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“Cuidado por onde andas, que é sobre os meus sonhos que caminhas.

Fácil é saber que está


rodeado por pessoas queridas. Di;cil é saber que está se sen<ndo só no meio delas... As
dificuldades são o aço estrutural que entra na construção do caráter.”

Carlos Drummond de Andrade

1. Passeio de Deus pelo Jardim do Éden:


“Então, ouviram a voz do Senhor Deus, que estava passeando no jardim, pela viração do dia”
(Gênesis 3:8).

Nesse verso, é mencionado que Deus estava passeando pelo Jardim do Éden após a
desobediência de Adão e Eva.

2. Satanás passeando pela terra:


“E disse o Senhor a Satanás: Donde vens? E Satanás respondeu ao Senhor, e disse: De rodear a
terra, e passear por ela” (Jó 1:7).

Essa passagem faz parte do livro de Jó e descreve uma conversa entre Deus e Satanás, onde
Satanás menciona que estava circulando e passeando pela terra.

3. Rei Davi vê Bate-Seba enquanto passeia pelo palácio:


“E aconteceu que, à tarde, Davi levantou-se do seu leito, e andava passeando no terraço da casa
real, e viu do terraço a uma mulher que se estava lavando; e era esta mulher mui formosa à vista”
(2 Samuel 11:2).

É verdade que Deus sempre deseja o melhor para nós, pois Ele é um Pai amoroso e cheio de
bondade. No entanto, a desobediência a Ele pode nos levar a trilhar caminhos dolorosos e
enfrentar consequências nega<vas. Quando desobedecemos a Deus, afastamo-nos de Sua
vontade e dos princípios que Ele estabeleceu para nosso bem. Muitas vezes, nossas escolhas
imprudentes e rebeldes nos levam a experiências dolorosas e consequências indesejáveis.

Vemos exemplos disso ao longo da Bíblia. Adão e Eva, ao desobedecerem a Deus e comerem do
fruto proibido, enfrentaram a expulsão do Jardim do Éden e a entrada do pecado e da dor no
mundo. Saul, ao desobedecer a ordem de Deus, enfrentou a perda de seu reinado e o sofrimento
em sua vida. Essas histórias nos mostram que a desobediência a Deus não é uma ação sem
consequências. Deus nos deu Suas leis e princípios para nos guiar e proteger do mal. Quando os
ignoramos e escolhemos nosso próprio caminho, estamos nos expondo a perigos e dificuldades
desnecessárias.

Em 2 Samuel 11:1-2, é relatado que Davi permaneceu em Jerusalém quando deveria ter ido para
a guerra, como era seu dever como rei. Essa escolha de desobedecer a Deus abriu caminho para
a tentação e os subsequentes pecados que Davi cometeu. Ao permanecer em Jerusalém, Davi
avistou Bate-Seba, que estava tomando banho, e sen<u desejo por ela. Ele acabou cedendo à
tentação e cometeu adultério com ela. Para encobrir seu pecado e evitar que fosse descoberto,
Davi tramou a morte de Urias, marido de Bate-Seba, enviando-o para o campo de batalha onde
ele foi morto. Como consequência direta do pecado de Davi, Deus disse que a espada nunca se
apartaria de sua casa, o que significa que haveria conflitos e derramamento de sangue em sua
família (2 Samuel 12:10). Além disso, Deus também declarou que o filho nascido do adultério de
Davi com Bate-Seba morreria (2 Samuel 12:14). A família de Davi enfrentou uma série de
conflitos e tragédias. Seu filho Amnon cometeu um estupro incestuoso contra sua meia-irmã
Tamar (2 Samuel 13). Absalão, outro filho de Davi, buscou vingança pelo estupro que seu meio-
irmão Amnon cometeu contra sua irmã Tamar. Após esperar por dois anos, Absalão organizou
uma festa na qual mandou assassinar Amnon como forma de vingar o ocorrido (2 Samuel 13:28-
29). Absalão conspirou, contra seu pai Davi, reuniu seguidores e tentou tomar o trono de seu
pai (2 Samuel 15-18). O conflito culminou na morte de Absalão e causou grande dor a Davi.

Essa sequência de eventos trágicos mostra como a desobediência a Deus pode levar a
consequências severas. A escolha de Davi de não seguir o plano de Deus para sua vida abriu a
porta para o pecado e a destruição. Esse episódio na vida de Davi serve como um lembrete
poderoso sobre a importância de buscar e obedecer a vontade de Deus em nossas vidas para
evitar consequências devastadoras.

Ao chegarmos a Jó 1:7, encontramos Satanás respondendo a Deus sobre suas a<vidades,


afirmando que estava "rodeando a terra e passeando por ela". Aqui, a imagem de Satanás como
um leão bramando e buscando a quem possa tragar é evocada (1 Pedro 5:8). Essa expressão
ressalta a natureza predatória do inimigo espiritual, sempre à espreita, esperando por uma
oportunidade para nos enganar e destruir.

Esses textos bíblicos nos alertam sobre a realidade da batalha espiritual (Efésios 6:12) em que
estamos envolvidos. O inimigo de nossas almas está constantemente ao nosso redor, procurando
nos enfraquecer, nos levar ao pecado e nos afastar de Deus. Essas passagens nos exortam a
estarmos vigilantes, a sermos conscientes das nossas fraquezas e a buscar a proteção e a
orientação divina para resis<r às tentações. Ao compreendermos a presença constante do
inimigo e a necessidade de estarmos alertas espiritualmente, podemos tomar medidas para
fortalecer nossa fé, buscar a verdade de Deus e confiar na Sua provisão e poder para resis<r ao
maligno. Com a ajuda de Deus, podemos enfrentar o inimigo, permanecer firmes em nossa fé e
não sermos tragados pelas suas ar<manhas.

Jesus descreve Satanás como o príncipe deste mundo. Essa afirmação está relacionada à ideia
de que Satanás exerce uma influência nega<va e tentadora sobre o mundo e seus habitantes.

Quanto à desobediência de Adão e Eva, a narra<va bíblica indica que sua queda no pecado
permi<u que o poder e a influência de Satanás se manifestassem no mundo. A desobediência
deles à vontade de Deus resultou em uma quebra na harmonia originalmente estabelecida por
Deus na criação. Isso permi<u que Satanás ganhasse um certo domínio ou influência sobre a
terra, levando à presença do mal e do pecado na humanidade.

Assim, a desobediência de Adão e Eva à vontade de Deus desempenhou um papel na entrada de


Satanás como o príncipe deste mundo. No entanto, é importante ressaltar que, apesar de
Satanás ter uma influência sobre o mundo, o poder e a soberania final con<nuam pertencendo
a Deus. A história bíblica aponta para a redenção através de Jesus Cristo, que veio para conquistar
o poder do pecado e de Satanás, restaurando a possibilidade de reconciliação com Deus.

Um princípio fundamental encontrado na teologia cristã é a convicção de que todas as coisas


cooperam para o bem daqueles que amam a Deus. Essa verdade é expressa de forma poderosa
em Romanos 8:28, onde o apóstolo Paulo escreve: "Sabemos que todas as coisas cooperam para
o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito".

Essa afirmação nos traz uma perspec<va esperançosa e reconfortante, mesmo diante das
adversidades e desafios que enfrentamos. Ela nos assegura que Deus tem o poder de trabalhar
todas as circunstâncias, sejam elas boas ou ruins, para o nosso bem. Essa promessa não significa
que não enfrentaremos dificuldades ou que tudo acontecerá conforme nossos desejos. Pelo
contrário, a vida está repleta de desafios, perdas e decepções. No entanto, a promessa de Deus
é que Ele está no controle e pode transformar até mesmo as situações mais di;ceis em algo
posi<vo.

Quando amamos a Deus e vivemos em Sua vontade, Ele u<liza todas as coisas para moldar nosso
caráter, fortalecer nossa fé e nos conduzir a um propósito maior. As experiências que
enfrentamos, sejam elas de sucesso ou fracasso, vitória ou derrota, alegria ou tristeza, têm o
potencial de nos ensinar lições valiosas e nos levar a um crescimento espiritual mais profundo.

Essa perspec<va também nos lembra que Deus é um Deus redentor, capaz de transformar até
mesmo os momentos mais sombrios em algo bom. Ele pode restaurar o que foi perdido, trazer
consolo às nossas dores e usar nossas experiências para trazer bene;cios não apenas para nós,
mas também para aqueles ao nosso redor.

A promessa de que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus nos convida
a confiar na soberania de Deus, a aprender com cada situação e a encontrar consolo na certeza
de que Ele está trabalhando em todas as coisas para cumprir Seu propósito em nossas vidas. Em
cada desafio, podemos encontrar a oportunidade de crescer, de ser transformados e de
experimentar a bondade e a fidelidade de Deus.

O princípio de que é melhor obedecer do que sacrificar pode ser encontrado em várias passagens
bíblicas, incluindo 1 Samuel 15:22. Nesse versículo, Samuel confronta Saul após este ter
desobedecido a Deus em relação a uma ordem específica. Samuel diz a Saul: "Tem, porventura,
o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacri;cios quanto em que se obedeça à sua palavra? A
obediência é melhor do que o sacri;cio, e a submissão é melhor do que a gordura de carneiros".

Essa passagem enfa<za a importância da obediência a Deus em vez de confiar apenas em rituais
ou sacri;cios religiosos. Deus valoriza mais uma a<tude de coração submisso e obediência à Sua
vontade do que o simples cumprimento de rituais externos. O sacri;cio, embora tenha seu lugar
nas prá<cas religiosas, não pode subs<tuir a obediência a Deus em todos os aspectos da vida.

Essa mensagem se estende para além do contexto específico de Saul e se aplica a todos nós.
Deus deseja que nos submetamos à Sua vontade e vivamos de acordo com Seus mandamentos,
em todas as áreas de nossas vidas. É um convite para priorizarmos a obediência e a busca de um
relacionamento íntegro com Deus, em vez de confiar apenas em ações externas.

Portanto, essa passagem nos lembra que obedecer a Deus e viver uma vida de re<dão é mais
importante do que qualquer forma de sacri;cio ou ritual religioso. A verdadeira adoração e
devoção são expressas através de uma vida de obediência e submissão a Deus em todas as áreas
de nossa existência.

“Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacri;cio. Porque eu não vim
a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.”

Mateus 9:13

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