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δέ ὑμεῖς λέγω τίς λέγω μέ εἶναι

“Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou?”


Mateus 16:15 (ARC) - 1969 - Almeida Revisada e Corrigida

Era uma vez uma rainha chamada Elizabeth, que governava há décadas sobre seu reino.
Ela vivia em um majestoso palácio, rodeada por toda a pompa e riqueza que o poder real
podia proporcionar.

No entanto, um dia Elizabeth recebeu uma missão urgente. O reino enfrentava uma crise,
e a vida de muitos estava em risco. A rainha senau seu coração ser tocado pela angúsaa
de seu povo, e ela sabia que precisava agir.

Movida por um amor inabalável por seu povo, Elizabeth tomou uma decisão corajosa. Ela
escolheu renunciar a seu luxuoso palácio e de tudo o que o cercava para se estabelecer
em uma mansão no bairro de Alphaville, em São Paulo. Ela sabia que lá conseguiria
cumprir a missão para ajudar seu povo e fazer a diferença em suas vidas.

Enquanto isso, em um modesto apartamento de um “qualquer” conjunto habitacional,


vivia uma pessoa pobre chamada João. Ele enfrentava dificuldades diárias para sustentar
sua família, e o espaço limitado era um desafio constante.

Um dia, uma surpresa incrível aconteceu. João recebeu a oportunidade de se mudar para
o bairro de Alphaville, onde teria uma casa de luxo espaçosa e confortável para viver. Para
ele, essa era uma verdadeira benção. Ele finalmente teria espaço para sua família,
conforto e a chance de uma vida melhor.

Enquanto João celebrava sua nova vida em Alphaville, Elizabeth senaa o peso de sua
decisão de ter se mudado, ela havia abandonado a segurança e a grandiosidade de seu
palácio. Viver em Alphaville representava uma redução em sua condição de vida, mas era
um sacrilcio que ela estava disposta a fazer pelo bem de seu povo.

Você pode estar se perguntando: qual é a conexão desta história com Jesus Cristo?

Essa história da nossa rainha Elizabeth ficncia reflete, em certo senado, a kenosis
(esvaziamento - Filipenses 2:5-7) que Jesus Cristo realizou ao encarnar como humano.
Jesus, sendo Deus, escolheu renunciar a sua glória e majestade celesaal para se tornar
um de nós, vivendo entre as pessoas comuns, pois a humanidade enfrentava uma
condenação à morte eterna.

E o verbo estava com DEUS ...

O termo grego "kenosis" é uma palavra que significa "esvaziamento" ou "aniquilamento".


Esse termo é usado na teologia cristã para se referir ao ato de Jesus Cristo em esvaziar-se
de sua glória e divindade ao se tornar humano.
Assim como a rainha Elizabeth escolheu deixar o palácio e morar numa casa em Alphaville,
Jesus Cristo, sendo em forma de Deus, escolheu se esvaziar (kenosis) e encarnar na forma
humana. Ele voluntariamente renunciou a Sua glória celesaal para se tornar como um de
nós, vivendo uma vida humana completa.

É importante deixar claro, que mesmo após Sua ressurreição e ascensão, Jesus conanua
a ter uma natureza humana glorificada. Ele escolheu para sempre estar conectado à
humanidade, demonstrando Seu amor e compaixão por nós. Essa escolha representa Seu
desejo de estar presente conosco, comparalhando nossa alegria, dor e experiências
terrenas.

Embora agora Jesus possua um corpo glorificado, Sua natureza humana não é uma
limitação, mas sim uma expressão do Seu amor redentor e compromisso conosco. Ele
entende nossas fraquezas, sofrimentos e alegrias, pois Ele mesmo experimentou a vida
humana em sua plenitude. Sua presença connnua em forma humana glorificada é um
testemunho do Seu sacrilcio e um lembrete constante do Seu eterno amor por nós.

E onde está João nesta história toda?

“é necessário que nosso corpo corrupnvel se revista da incorrupabilidade e que nosso


corpo mortal se revista da imortalidade.” I Corínaos 15:53

A palavra grega "phthartos", traduzida como "corrupnvel", refere-se a algo que perece,
estraga ou se deteriora. Nesse contexto, o corpo corrupnvel representa nosso corpo
humano mortal, sujeito ao envelhecimento, à morte e à decomposição. Esse corpo não é
capaz de herdar a plenitude da salvação, pois está manchado pelo pecado e desanado à
destruição.

Por outro lado, a palavra grega "aphtharsia", traduzida como "incorrupabilidade",


descreve algo que não se corrompe, é eterno e perpétuo, que não se deteriora ou
apodrece. Esse termo está relacionado à transformação que ocorrerá em nosso corpo,
quando seremos revesados da imortalidade. É a mudança da condição mortal para a
imortal, em que nosso corpo será transformado para estar em plena harmonia com a
realidade espiritual.

A analogia de João saindo de seu apartamento humilde para morar em uma mansão em
Alphaville pode ajudar a ilustrar a transformação gloriosa que ocorrerá com nosso corpo
corrupnvel. Assim como João experimentaria uma mudança radical em sua condição de
vida ao se mudar para uma mansão, nossa transformação espiritual será ainda mais
grandiosa.

Ao recebermos a salvação em Jesus Cristo, somos chamados a uma nova vida em


comunhão com Deus. Isso inclui a promessa de uma transformação futura de nosso corpo
corrupnvel em um corpo incorrupnvel e glorificado, livre da influência do pecado e da
morte. Assim como João experimentaria uma melhoria significaava em sua qualidade de
vida ao se mudar para uma mansão espaçosa em Alphaville, nossa transformação
espiritual será como um "upgrade" celesaal, onde receberemos um corpo glorificado e
capacitado a desfrutar plenamente da vida eterna em comunhão com Deus.

Essa comparação nos ajuda a entender a magnitude da transformação que Deus realiza
em nós. Assim como João experimentaria uma mudança completa em seu ambiente e
condição de vida ao se mudar para uma mansão em Alphaville, nossa transformação
espiritual envolve uma mudança total de nosso ser, capacitando-nos a desfrutar da
plenitude da salvação e da comunhão com Deus de uma forma que excede em muito o
que podemos imaginar ou compreender.

Portanto, assim como a mudança de João para uma mansão em Alphaville seria uma
verdadeira benção e um upgrade em sua vida terrena, a transformação de nosso corpo
corrupnvel em um corpo incorrupnvel será uma dádiva celesaal e uma glorificação
espiritual que nos permiará desfrutar plenamente da presença de Deus e da vida eterna
em toda a sua plenitude.

Vamos a cronologia das humilhações que Jesus Cristo enfrentou por nós, ela é ampla e
profunda. Desde o momento em que ele assumiu a forma humana até sua crucificação,
Jesus suportou diversas formas de humilhação. Aqui está uma breve cronologia dos
principais eventos:

• Encarnação: Jesus, sendo Deus, escolheu humilhar-se ao assumir a forma


humana. Ele deixou sua glória celesaal para se tornar um bebê frágil e
dependente, nascido em um humilde estábulo.
• Vida Terrena: Durante sua vida, Jesus experimentou a humilhação em várias
ocasiões. Ele foi chamado de blasfemo, acusado de associar-se com pecadores e
desprezado por muitos líderes religiosos de sua época.
• Traição de Judas: Jesus foi traído por um de seus próprios discípulos, Judas
Iscariotes. Isso envolveu uma traição pessoal e ínama, o que aumentou a
humilhação que Jesus suportou.
• Julgamento e Escárnio: Jesus foi submeado a um julgamento injusto, onde foi
acusado falsamente e zombado. Os soldados romanos o espancaram, cuspiram
nele e o insultaram, colocando uma coroa de espinhos em sua cabeça.
• Via Crucis: Jesus foi forçado a carregar sua própria cruz em direção ao Calvário.
Durante essa jornada, ele foi ridicularizado e insultado pelas muladões.
• Crucificação: A crucificação em si é um ato de extrema humilhação. Jesus foi
pregado na cruz, onde sofreu uma morte agonizante e humilhante, enquanto era
zombado e escarnecido por aqueles que o observavam.

Esses são apenas alguns exemplos das humilhações que Jesus enfrentou por nós. Ele
suportou tudo isso por amor e para nos oferecer a salvação. Sua humilhação é uma parte
essencial da narraava da redenção e um testemunho poderoso de seu sacrilcio e amor
incondicional.
Abrindo um parênteses na história da crucificação de Jesus, enquanto ele estava na cruz,
chegou um momento em que ele senau sede. Isso foi registrado nos evangelhos, como
em João 19:28, que diz: "Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam
terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede".

Um soldado, compadecendo-se da sede de Jesus, ofereceu-lhe vinagre em uma esponja


fixada em uma vara. Essa esponja embebida em vinagre provavelmente foi colocada em
um instrumento chamado xylospongium ou tersorium, que era uma espécie de esponja
presa a uma haste longa.

A oferta do vinagre na esponja é mais um exemplo da humilhação que Jesus suportou em


sua jornada de amor e sacrilcio. Mesmo em meio à sua própria agonia, ele conanuou a
demonstrar compaixão e amor por aqueles ao seu redor.

Na época de Jesus, os romanos ualizavam diferentes métodos para se limparem após


defecar. A práaca mais comum era o uso de uma esponja em uma vara, chamada de
"spongia", que era embebida em água ou vinagre e ualizada para limpar a área anal. Após
o uso, a esponja era lavada e guardada para uso posterior.

O "xylospongium" ou "tersorium" era um termo usado para descrever tal objeto, que
também era comumente conhecido na época por "spongia".

Agora lendo tudo isto, fica fácil entender o porquê Jesus em um momento de profunda
angúsaa, exclamou: "Eli, Eli, lemá sabactâni?", que significa "Meu Deus, meu Deus, por
que me abandonaste?" (Mateus 27:46). Essas palavras demonstram o sofrimento
emocional e espiritual de Jesus durante sua crucificação. Já há milênios profeazado por
David nos salmos. O Salmo 22 é uma poderosa profecia que descreve a crucificação de
Jesus de forma impressionante, incluindo detalhes como a exposição dos ossos, o
lançamento de sortes sobre as roupas, e até mesmo a sensação de sede. Essa conexão
entre a profecia e a experiência de Jesus na cruz ressalta a importância do seu sacrilcio e
a intencionalidade divina por trás de sua missão redentora.

Diante de tudo o que foi exposto, fica evidente que ignorar a mensagem da salvação em
Jesus Cristo seria um ato irracional. A história da crucificação e ressurreição de Jesus
revela o amor incondicional de Deus por nós e o sacrilcio supremo que Ele fez para nos
reconciliar consigo mesmo. Conanuar vivendo de acordo com os padrões do mundo,
ignorando a oferta de salvação em Jesus, seria negar a oportunidade de experimentar a
plenitude da vida que Deus deseja nos conceder. Seria desconsiderar o perdão dos
pecados, a paz interior, a esperança renovada e a promessa de uma eternidade gloriosa
ao lado de nosso Criador.

O amor de Deus é a essência do evangelho e a razão pela qual podemos encontrar perdão,
esperança e salvação. Ele nos ama incondicionalmente, e essa é a maior prova de seu
amor.

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