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Uma das principais bases para a interpretação de que a ascensão de Jesus não foi
literal, é o fato de que a narrativa da ascensão aparece em diferentes formas nos
evangelhos canônicos. Marcos 16:19 afirma: "O Senhor Jesus, depois de lhes ter
falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de Deus." Já em Lucas 24:50-51,
encontramos: "Então os levou fora, até Betânia; e, levantando as mãos, os abençoou. E
aconteceu que, abençoando-os ele, se apartou deles e foi elevado ao céu." E em Atos
1:9-11, lemos: "E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem
o recebeu, ocultando-o a seus olhos. E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto
ele subia, eis que junto deles se puseram dois homens vestidos de branco, os quais
lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que
dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir."
Embora todas essas passagens se refiram à ascensão de Jesus ao céu, há algumas
diferenças entre elas.
Apesar dessas diferenças, as três passagens estão de acordo em afirmar que Jesus
ascendeu ao céu após sua ressurreição. Por exemplo, em Lucas 24:50-53, Jesus é
descrito como sendo "elevado" aos céus, enquanto em Atos 1:9-11, ele é visto
"subindo" em uma nuvem. Essas diferenças nas descrições sugerem que a história é
simbólica ou alegórica, em vez de uma descrição literal de um evento histórico.
[Uma história simbólica ou alegórica é uma narrativa que usa símbolos, metáforas ou alegorias para transmitir uma mensagem
mais profunda ou abstrata. Em vez de descrever eventos reais ou históricos de forma literal, essas histórias usam símbolos ou
metáforas para representar ideias, conceitos ou verdades universais. Por exemplo, a Parábola do Semeador, presente nos
evangelhos canônicos, não é uma descrição literal de um evento histórico, mas sim uma história alegórica que usa a imagem do
semeador lançando sementes em diferentes tipos de solo para transmitir a ideia de que a Palavra de Deus pode ser recebida e
frutificar de maneiras diferentes, dependendo das condições do coração das pessoas. As histórias simbólicas ou alegóricas são
comuns em muitas tradições religiosas e filosóficas e são usadas para transmitir ensinamentos espirituais ou morais. O
entendimento dessas histórias depende da interpretação dos símbolos ou metáforas usados, e pode variar de acordo com a
cultura, tradição ou crença individual.]
Existem alguns pontos controversos nos livros de Lucas e Atos dos Apóstolos, que têm
sido objeto de debate e interpretações diferentes ao longo dos séculos. Alguns
exemplos incluem:
A data de composição: Embora se acredite que os livros de Lucas e Atos foram escritos
por volta do final do primeiro século, a data exata de sua composição é incerta e tem
sido objeto de muita especulação e debate entre estudiosos.
A relação entre Lucas e outras fontes: Há debate sobre a relação entre Lucas e outras
fontes que podem ter sido usadas na composição dos livros, incluindo os outros
evangelhos canônicos e fontes apócrifas.
É importante notar, no entanto, que muitas dessas questões são objeto de debate
entre estudiosos e não afetam a fé ou a autoridade dos livros de Lucas e Atos como
textos sagrados para os cristãos.
Em João 6:62, Jesus pergunta aos judeus: "Que seria, se vós vísseis o Filho do homem
subir onde estava antes?".
Em João 16:10, na Última Ceia): “...porque vou para o Pai, e não me vereis mais;"
Em João 20:17, no episódio conhecido como Noli me tangere, Jesus diz a Maria
Madalena: " Não me toques; porque ainda não subi ao Pai, mas vai a meus irmãos e
dize-lhes que subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus".
Em Atos 2:30–33, Efésios 4:8–10 e I Timóteo 3:16, a ascensão é citada como um fato
consumado, enquanto em Hebreus 10:12, Jesus aparece entronado no céu.
A ascensão de Jesus é professada explicitamente no Credo Niceno e no Credo dos
Apóstolos afirmando que a humanidade de Jesus foi levada ao céu.
Καὶ εἰς ἕνα κύριον Ἰησοῦν Χριστόν, τὸν υἱὸν τοῦ καὶ εἰς ἕνα κύριον Ἰησοῦν Χριστόν, τὸν υἱὸν τοῦ
θεοῦ, γεννηθέντα ἐκ τοῦ πατρὸς μονογενῆ, τοὐτέστιν ἐκ τῆς θεοῦ τὸν μονογενῆ, τὸν ἐκ τοῦ Πατρὸς
οὐσίας τοῦ πατρός, γεννηθέντα πρὸ πάντων τῶν αἰώνων,
θεὸν ἐκ θεοῦ, φῶς ἐκ φωτός, θεὸν ἀληθινὸν ἐκ θεοῦ ἀληθινοῦ, φῶς ἐκ φωτός, θεὸν ἀληθινὸν ἐκ θεοῦ ἀληθινοῦ,
γεννηθέντα, οὐ ποιηθέντα, ὁμοούσιον τῷ πατρί γεννηθέντα οὐ ποιηθέντα, ὁμοούσιον τῷ πατρί,
Cremos em um só Deus, Pai todo-poderoso, criador de Cremos em um só Deus, Pai todo-poderoso, Criador do
todas as coisas visíveis e invisíveis. céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis.
Ε em um só Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, E em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho unigênito de
gerado unigênito do Pai, isto é, da substância do Pai; Deus, gerado do Pai antes de todos os séculos
Deus de Deus, luz de luz, Deus verdadeiro de Deus luz de luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado,
verdadeiro, gerado, não feito, consubstancial ao Pai; não feito, consubstancial ao Pai,
A ideia de que Jesus ascendeu ao céu em seu corpo físico como pregam no catecismo
católico (Credo dos Apóstolos também afirma que a humanidade de Jesus foi levada ao
céu), é difícil de conciliar com a compreensão moderna da física e da astronomia. O
corpo humano precisa de ar para respirar, e a atmosfera terrestre não seria capaz de
fornecer ar suficiente para sustentar um corpo humano em elevadas altitudes. Além
disso, a pressão atmosférica diminui à medida que a altitude aumenta, o que também
seria prejudicial para um corpo humano sem proteção. Portanto, a narrativa da
ascensão de Jesus ao céu em seu corpo físico é difícil de conciliar com a compreensão
moderna cientifica. A atmosfera é a camada de gases que envolve a Terra e se estende
até cerca de 10.000 km de altura, dentro da órbita terrestre baixa. Fora dessa altitude,
não há atmosfera significativa para sustentar a vida humana. Por isso, mesmo que se
assuma uma interpretação literal da ascensão de Jesus, a ideia de que ele subiu ao
céu em seu corpo físico além da atmosfera da Terra seria difícil de conciliar com a
ciência atual. Se um corpo humano fosse exposto ao ambiente do espaço sideral sem a
proteção adequada, ele estaria sujeito a várias formas de dano. Uma das principais
preocupações é a falta de oxigênio, que resultaria na incapacidade de respirar e,
eventualmente, na morte. Além disso, a falta de pressão atmosférica no espaço sideral
faria com que a água e os gases dentro do corpo humano começassem a se expandir
rapidamente, causando danos aos tecidos, ruptura de órgãos e até mesmo a explosão
do corpo. A exposição à radiação também seria um problema grave. No espaço, os
astronautas estão sujeitos a altos níveis de radiação cósmica que podem causar danos
ao DNA e aumentar o risco de câncer. Outras preocupações incluem a ausência de
gravidade, que pode afetar a circulação sanguínea, a densidade óssea e a massa
muscular, e a exposição a micrometeoritos e detritos espaciais, que podem danificar
naves espaciais e trajes espaciais. Portanto, a exposição ao ambiente do espaço sideral
sem a proteção adequada seria fatal para um corpo humano. Isso sugere que a
história da ascensão deve ser entendida como uma alegoria ou metáfora usada para
transmitir ideias espirituais profundas.
Outra base de interpretação para a ascensão, é que tenha sido literal, a compreensão
teológica do que significa a ascensão de Jesus nesta interpretação, é que tal ascensão
só foi possível, porque seu corpo havia passado para outro estado o de glorificado.
Isso significa que seu corpo físico foi transformado em um estado glorioso,
ressuscitado e transfigurado, tornando-se apto para a vida eterna junto a Deus no céu.
Alguns teólogos argumentam que a ascensão de Jesus não violou as leis da física, mas
foi um evento sobrenatural que ocorreu de acordo com a vontade de Deus. Eles
argumentam que, assim como Deus pode realizar milagres, Ele também pode fazer
com que o corpo ressurreto de Jesus suba aos céus sem violar as leis da física.
Outros teólogos sugerem que o corpo ressurreto e glorificado de Jesus pode ter se
tornado diferente de nosso corpo físico e, portanto, pode ter sido capaz de
transcender as limitações da física. Eles sugerem que o corpo glorificado de Jesus era
capaz de existir além do espaço e do tempo e, portanto, era capaz de subir aos céus
sem seguir as leis da física que regem nosso mundo físico.
Em resumo, a questão de se a ascensão de Jesus violou as leis da física é uma questão
teológica complexa que continua a ser debatida entre os estudiosos religiosos.
Algumas interpretações sugerem que o evento ocorreu de acordo com a vontade
divina, enquanto outras argumentam que o corpo ressurreto e glorificado de Jesus
tinha características que o tornavam capaz de transcender as leis da física.
O termo grego "elevado" em Lucas 24 se refere à ascensão de Jesus Cristo aos céus. No
capítulo 24 do Evangelho de Lucas, é relatado que Jesus apareceu aos seus discípulos
após a sua ressurreição e os instruiu sobre as Escrituras. Depois disso, ele os levou para
Betânia, abençoou-os e foi elevado ao céu diante deles. Esse evento é conhecido como
a ascensão de Jesus Cristo e é um dos principais eventos da fé cristã. O termo grego
usado em para se referir à ascensão de Jesus é "ἀνεφέρετο" (anephereto), que
significa "foi elevado" ou "foi carregado para cima".
Em Atos 1:9, o verbo usado para descrever a elevação de Jesus aos céus é "epērthē"
(ἐπήρθη), que é uma forma do verbo "epairō" (ἐπαίρω), que pode ser traduzido como
"elevar" ou "levantar". Nesse versículo, é relatado que, após falar com seus discípulos,
Jesus foi elevado enquanto eles o observavam, até que uma nuvem o ocultou de sua
vista. Essa é uma descrição poética da ascensão de Jesus aos céus, um evento
fundamental na tradição cristã que simboliza a entrada de Jesus na glória celestial e o
início da espera pela sua segunda vinda.
Em Lucas 24:51, é dito que Jesus "foi levado para o céu", enquanto em Atos 1:9 é dito
que ele "foi elevado" enquanto seus discípulos o observavam. Além disso, em Lucas, a
ascensão ocorre em Betânia, enquanto em Atos ela ocorre no Monte das Oliveiras.
A tese da ascensão física de Jesus aos céus é amplamente aceita entre os cristãos, mas
pode haver variações na forma como é interpretada ou enfatizada.
Tomás de Aquino: teólogo católico medieval que argumentou que a ascensão de Jesus
era necessária para que ele pudesse assumir seu lugar à direita de Deus Pai e
interceder por nós.
John Calvin: teólogo reformado que argumentou que a ascensão de Jesus foi uma
confirmação de sua vitória sobre a morte e o pecado, e que ele agora reina como Rei
dos reis e Senhor dos senhores.
Esses são apenas alguns exemplos de teólogos importantes que defendem a tese da
ascensão física de Jesus aos céus. No entanto, há alguns teólogos e estudiosos que
questionam ou rejeitam essa crença.
Aqui estão alguns exemplos de teólogos que argumentam contra a tese da ascensão
física de Jesus:
Bart Ehrman: estudioso do Novo Testamento americano que argumenta que a crença
na ascensão de Jesus é uma crença tardia que evoluiu a partir de tradições antigas
sobre a ressurreição.
Porque em João 20:17, Jesus diz às mulheres que o encontram no jardim do túmulo
para não o tocar, pois ele ainda não havia subido ao Pai?
Essa declaração de Jesus pode ser entendida de várias maneiras, mas uma possível
interpretação é a seguinte:
Além disso, a declaração de Jesus pode ter um significado teológico mais profundo. A
ascensão de Jesus é frequentemente entendida como um evento que marca sua vitória
sobre a morte e o pecado, sua exaltação à direita do Pai e seu papel como nosso sumo
sacerdote e intercessor. Ao dizer que ainda não subiu ao Pai, Jesus pode estar
indicando que seu trabalho na terra ainda não havia sido concluído e que ele ainda
precisava completar sua missão antes de ser glorificado.
Em resumo, a declaração de Jesus para não o tocar pode ter sido uma medida para
evitar perturbações durante sua transição entre a ressurreição e a ascensão, bem
como uma indicação de que seu trabalho ainda não havia sido concluído na terra.
Imortalidade: O corpo glorificado não está sujeito à morte. 1 Coríntios 15:53-54 diz:
"Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que
este corpo mortal se revista da imortalidade. E, quando este corpo corruptível se
revestir da incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir da imortalidade, então
cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória."
Glória: O corpo glorificado é revestido de glória. Filipenses 3:21 diz: "o qual
transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo
o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas".
Em 1 Coríntios 15:45, que diz: "Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão,
foi feito alma vivente; o último Adão, porém, é espírito vivificante".
Ao dizer que Adão foi feito uma alma vivente, Paulo está se referindo à criação de
Adão no livro de Gênesis, onde Deus soprou o fôlego da vida em Adão e ele se tornou
uma "alma vivente" (Gênesis 2:7). Mas Jesus Cristo, como "Espírito Vivificante",
oferece vida eterna através da sua ressurreição, e aqueles que creem nele receberão
um corpo transformado e glorificado, semelhante ao corpo de Cristo ressurreto.
Vale ressaltar que a expressão "assim está também escrito" é uma fórmula comum
usada por Paulo para introduzir uma referência às Escrituras do Antigo Testamento.
Essa fórmula é encontrada em diversas passagens das suas epístolas, como em
Romanos 11:26, 1 Coríntios 1:31, 2 Coríntios 9:9, Gálatas 3:10, entre outras.
No entanto, em 1 Coríntios 15:42-44, Paulo faz uma distinção entre o corpo natural e o
corpo ressurreto: "Assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se em
corrupção, ressuscita-se em incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita-se em
glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscita-se em poder. Semeia-se corpo animal,
ressuscita-se corpo espiritual".
Essa passagem sugere que o corpo ressurreto é um corpo espiritual, não no sentido de
ser etéreo ou imaterial, mas no sentido de que é um corpo guiado e vivificado pelo
Espírito Santo de Deus. Portanto, podemos inferir que o corpo ressurreto de todos os
crentes será um corpo transformado, glorificado e vivificado pelo Espírito Santo, mas
Jesus é único como o "Espírito Vivificante" por ser o iniciador e consumador da nossa
salvação.
É verdade que Tomé, um dos discípulos de Jesus, tocou o corpo ressurreto de Jesus.
Esse episódio é relatado em João 20:24-29. Quando Jesus apareceu aos seus discípulos
pela primeira vez após a sua ressurreição, Tomé não estava presente. Quando os
outros discípulos contaram a ele que haviam visto o Senhor, Tomé expressou dúvida e
disse que só acreditaria se pudesse ver e tocar nas marcas dos cravos nas mãos de
Jesus e no seu lado perfurado pela lança.
Uma semana depois, Jesus apareceu novamente aos seus discípulos, desta vez com
Tomé presente. Jesus convidou Tomé a ver e tocar as suas feridas, e Tomé confessou a
sua fé em Jesus, dizendo: "Senhor meu e Deus meu!" (João 20:28).
Esse episódio mostra que o corpo ressurreto de Jesus era real e tangível, e não uma
mera aparição ou visão. No entanto, o corpo ressurreto de Jesus também era diferente
do corpo físico que ele possuía antes de morrer, pois podia aparecer e desaparecer,
passar através de portas fechadas e ser reconhecido apenas quando ele o permitia.
É verdade que Tomé, um dos discípulos de Jesus, tocou o corpo ressurreto de Jesus.
Esse episódio é relatado em João 20:24-29. Quando Jesus apareceu aos seus discípulos
pela primeira vez após a sua ressurreição, Tomé não estava presente. Quando os
outros discípulos contaram a ele que haviam visto o Senhor, Tomé expressou dúvida e
disse que só acreditaria se pudesse ver e tocar nas marcas dos cravos nas mãos de
Jesus e no seu lado perfurado pela lança.
Uma semana depois, Jesus apareceu novamente aos seus discípulos, desta vez com
Tomé presente. Jesus convidou Tomé a ver e tocar as suas feridas, e Tomé confessou a
sua fé em Jesus, dizendo: "Senhor meu e Deus meu!" (João 20:28).
Esse episódio mostra que o corpo ressurreto de Jesus era real e tangível, e não uma
mera aparição ou visão. No entanto, o corpo ressurreto de Jesus também era diferente
do corpo físico que ele possuía antes de morrer, pois podia aparecer e desaparecer,
passar através de portas fechadas e ser reconhecido apenas quando ele o permitia.
Existem algumas diferenças entre o corpo de Jesus antes de sua morte e ressurreição e
o seu corpo ressurreto e glorificado. Algumas dessas diferenças são:
Corpo físico: Antes da sua morte, Jesus tinha um corpo físico humano como qualquer
outro ser humano, que estava sujeito às limitações e fraquezas da carne. Após a sua
ressurreição, o corpo de Jesus foi transformado em um corpo ressurreto e glorificado,
que não estava mais sujeito à morte ou corrupção.
Capacidade de ser reconhecido ou não: O corpo ressurreto de Jesus nem sempre era
imediatamente reconhecido por aqueles que o viam. Por exemplo, Maria Madalena
não reconheceu Jesus imediatamente quando ele apareceu a ela (João 20:14-16), e os
discípulos no caminho de Emaús não reconheceram Jesus até que ele partiu o pão
(Lucas 24:30-31).
Capacidade de ser tocado: Embora o corpo ressurreto de Jesus fosse diferente do seu
corpo físico anterior, ele ainda tinha uma forma física tangível e real. Ele convidou
Tomé a tocar as suas feridas para que pudesse ver e crer (João 20:27).
Essas são apenas algumas das diferenças entre o corpo de Jesus antes da sua morte e
ressurreição e o seu corpo ressurreto e glorificado.
De acordo com a crença cristã, antes da fundação do mundo, Jesus existia como Deus,
como parte da Trindade divina. Ele não tinha um corpo físico como temos, mas existia
como um ser espiritual.
A Bíblia se refere a Jesus como o "Verbo" que estava com Deus desde o início e que "se
fez carne e habitou entre nós" (João 1:1, 14). Isso significa que, na encarnação, Jesus
assumiu um corpo humano para se tornar o salvador da humanidade.
No entanto, a crença cristã não se preocupa tanto com a natureza do corpo que Jesus
tinha antes da encarnação, mas com o seu papel como o Filho de Deus, o salvador da
humanidade. O corpo que Jesus assumiu na encarnação foi necessário para que ele
pudesse viver entre os seres humanos e se oferecer como um sacrifício pelos nossos
pecados.
Na teologia cristã, o "Verbo" é uma tradução do termo grego "Logos", que é usado no
Evangelho de João para se referir a Jesus Cristo. O termo "Logos" tem várias camadas
de significado e é rico em simbolismo e teologia.
O termo grego usado em João 1:14 para "habitou entre nós" é "eskenosen", que vem
do verbo "skenoo". Esse verbo é usado para descrever o ato de "habitar em uma
tenda" ou "acampar", mas a palavra em si não tem conexão direta com a palavra
hebraica "sukot".
Embora não haja uma conexão direta entre as palavras "eskenosen" (do grego) e
"sukot" (do hebraico), pode-se fazer um paralelo simbólico entre os dois conceitos.
Em João 1:14, a Bíblia diz: "E o Verbo se fez carne e habitou (eskenosen) entre nós". A
palavra "eskenosen" vem do verbo "skenoo", que pode ser traduzido como "habitar
em uma tenda" ou "acampar". Nesse sentido, podemos entender que a vinda de Jesus
à Terra foi como se Ele tivesse vindo acampar ou habitar temporariamente entre nós.
Em Apocalipse 21:3, lemos: "E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o
tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo,
e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus".
Essa passagem fala da presença definitiva de Deus entre os homens, após o fim dos
tempos. Nesse sentido, podemos fazer uma ligação com a ideia de "eskenosen" e
"sukot", que falam da presença temporária de Deus entre os homens.
Assim como Jesus habitou entre nós temporariamente, preparando o caminho para a
presença definitiva de Deus na Terra, o texto de Apocalipse fala da realização desse
plano divino, onde Deus habitaria para sempre com o seu povo. A palavra
"tabernáculo" evoca a ideia de uma tenda ou cabana, lembrando-nos do simbolismo
de "sukot".
O fato de Deus estar presente entre os homens e ser o Deus deles é enfatizado na
passagem de Apocalipse, assim como a presença de Jesus na Terra durante sua vida
terrena nos lembra que Deus está conosco e é nosso Salvador. O paralelo simbólico
entre "eskenosen", "sukot" e "tabernáculo" nos lembra da continuidade e do
cumprimento do plano divino de habitar entre os homens.
A palavra grega usada para "tabernáculo" em Apocalipse 21:3 é "σκηνή" (skene), que
pode ser traduzida como "tenda" ou "habitação temporária". É interessante notar que
essa palavra tem uma raiz comum com a palavra grega usada para "eskenosen" em
João 1:14, que significa "e Ele (o Verbo) habitou (eskenosen) entre nós". Isso pode
indicar uma conexão simbólica entre a habitação temporária de Jesus na Terra e a
ideia de Deus habitar entre os homens de forma definitiva no tabernáculo celestial.
O verso 2 afirma que essa cidade "descia do céu, da parte de Deus, ataviada como
noiva adornada para o seu esposo". Isso sugere que a nova Jerusalém é uma realidade
celeste que desce à terra, em vez de uma cidade terrena. Além disso, a descrição da
cidade é repleta de imagens simbólicas que remetem ao céu, como as ruas de ouro
transparente, o rio da água da vida e a árvore da vida.
Com base nisso, muitos entendem que quando Apocalipse 21:3 afirma que "Eis aqui o
tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo,
e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus", está se referindo à presença de
Deus na nova Jerusalém que desce à terra. Ou seja, a nova terra é a terra renovada
pela presença da nova Jerusalém, que é uma realidade celestial.
ΕΝ ΑΡΧΗ ΗΝ Ο ΛΟΓΟΣ, ΚΑΙ Ο ΛΟΓΟΣ ΗΝ ΠΡΟΣ ΤΟΝ ΘΕΟΝ, ΚΑΙ ΘΕΟΣ ΗΝ Ο ΛΟΓΟΣ.
Transliteração: En archē ēn ho logos, kai ho logos ēn pros ton theon, kai theos ēn ho
logos.