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Análise Filológica:
Mirella de Carvalho
Nº USP: 7613181
Período: noturno
1. Transcrição da carta - edição diplomática
[I-1,19,32]
70%
60%
50%
40%
Homem
30% Mulher
20%
10%
0%
1600-1700 1711-1720 1727-1740 1741-1750
DISTRIBUIÇÃO (%) DOS ALFORRIADOS POR FAIXAS ETÁRIAS, 1650-1750
80%
70%
60%
50%
40% Crianças
Adultos
30%
20%
10%
0%
1650-1700 1711-1720 1727-1740 1741-1750
Fonte dos gráficos: SAMPAIO, Antonio Carlos Jucá. A produção da liberdade: padrões gerais das
manumissões no Rio de Janeiro colonial, 1650-1750. In: FLORENTINO, Manolo (org). Tráfico,
Cativeiro e Liberdade – Rio de Janeiro séculos XVII-XIX. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.
70%
60%
50%
40% gratuita
autopagamento
30%
terceiros
20%
10%
0%
1650-1700 1711-1720 1727-1740 1741-1750
Fonte - gráfico baseado em: SAMPAIO, Antonio Carlos Jucá. A produção da liberdade: padrões gerais
das manumissões no Rio de Janeiro colonial, 1650-1750. In: FLORENTINO, Manolo (org). Tráfico,
Cativeiro e Liberdade – Rio de Janeiro séculos XVII-XIX. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.
Século XIX
Brasileiros
Área Africanos Adultos Crianças Total Desconhecido Total
Homens
- Urbana 115 128 51 179 33 327
- Rural 39 83 24 107 6 152
- Total 154 211 75 286 39 479
Mulheres
- Urbana 285 216 66 282 24 591
- Rural 65 129 35 164 20 249
- Total 350 345 101 446 44 840
Soma Total 1319
Fonte: KARASCH, Mary C. A vida dos escravos no Rio de Janeiro (1808-1850). São Paulo: Companhia
das Letras, 2000.
Diferentemente dos séculos anteriores, as alforrias gratuitas se tornaram
raras. E a libertação era concedida mais frequentemente por homens de
posição social mediana, que moravam nas cidades e exerciam profissões
urbanas. Dificilmente, senhores donos de fazendas e membros da nobreza
concediam tal documento aos seus mancípios.
Donos
Formas de alforria Homens Mulheres Dois¹ Total %
Leito de Morte 48 30 28 106 11,7
Condicional 85 105 5 195 21,6
Incondicional 114 61 7 182 20,1
Comprada 217 129 10 356 39,4
- Autocomprada 143 82 6 231 25,6
- Comprador Desconhecido 37 15 3 55 6,1
- Por Terceiro 37 32 1 70 7,7
Ratificada 9 12 __ 21 2,3
Duas ou Mais² 20 15 __ 35 3,9
Desconhecida 5 3 1 9 1,0
TOTAL 498 355 51 904
Fonte: KARASCH, Mary C. A vida dos escravos no Rio de Janeiro (1808-1850). São Paulo: Companhia
das Letras, 2000.
¹ Dois ou mais donos libertaram o escravo.
² O dono usou mais de uma forma para libertar o escravo.
Acioli (1994, p. 63) aponta que é comum, nos manuscritos dos séculos
XVIII e XIX, o uso constante de vírgulas e períodos longos, além de traços
oblíquos que servem como pontos. Observa-se, neste trecho do documento, o
uso de traços oblíquos:
- vírgulas: 13 vírgulas
- ponto e vírgula: 1
assinar v. tr. || firmar com seu sinal ou assinatura (carta ou escritura para a tornar valiosa e
responder por ela). || Marcar com o seu nome (uma obra, para se declarar autor dela): Assinar um
livro, um quadro. || Apontar, mostrar, designar || -, v. pr.assinar, escrever a própria assinatura. ||
(Ant.) Persignar-se, fazer o sinal da cruz. || Assinalar-se. F. lat. Assignare.
forrar¹ v. tr. || pôr forro em, cobrir com forro; cobrir com pano, com papel, com lâminas de metal,
com peça de madeira delgada, etc.: || Poupar; economizar; fazer pecúlio: || (Fig.) Desforrar-se, tirar
a desforra; ressarcir o perdido. || Poupar-se, esquivar-se tratar de evitar.
forrar² v. tr. || tornar forro2 ou livre, dar alforria a, pôr em liberdade; resgatar.
A letra s, por exemplo, tem seu traçado de acordo com a próxima letra
que o sucede na palavra:
1) Quando é sucedido por outro ‘s’, possui um traçado vertical e oblíquo,
maior que as outras letras; diferentemente da letra que o precede, o ‘s’
seguinte se caracteriza por um traçado curto e arredondado, ligeiramente
separado da próxima letra que faz parte da palavra grafada:
assignado
possu[o]
posse
servissos
mossos
fasso
os mais bens
mansa
meos
sirvindo-me
sempre sem
ambos
Paes
bons
prestado desde
estivi
desde
3) Exceções:
ACIOLI, Vera Lúcia Costa. A escrita no Brasil Colônia: um guia para leitura de
documentos manuscritos. Recife: UFBA/FJN/Massangana, 1994.
KLEIN, Herbert S.; LUNA, Francisco Vidal. Escravismo no Brasil. São Paulo:
Edusp, 2010.
SANTIAGO-ALMEIDA, Manoel M. Os manuscritos e impressos antigos: a via
filológica. In: GIL, Beatriz Daruj. Modelos de análise linguística. São Paulo:
Editora Contexto, 2009.