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LÍNGUA, DISCURSO E ENSINO - FLC0600: São Paulo, jun.

2022
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Artigo

O Artigo de Opinião em livro didático de português:


abordagem e concepção linguística

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Mirella de Carvalho¹
mirella.carvalho@usp.br
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Introdução

O objetivo deste artigo é analisar como o artigo de opinião é abordado em um


livro didático de português do ensino médio. As questões orientadoras são: (1) como o
artigo de opinião é apresentado para o aluno? (2) Qual é o encaminhamento
linguístico-discursivo oferecido pelos autores para levar o aluno à produção de artigo
de opinião? (3) Como tais procedimentos auxiliam o aprimoramento da escrita nos
mais diferentes gêneros da esfera dissertativa-argumentativa? Selecionou-se uma
atividade didática sobre artigo de opinião do livro Estações Língua Portuguesa – Rotas
de Atuação Social. (BARROS et al., 2020).

Escolhi essa obra porque ministro aulas particulares de português para um


estudante que utiliza esse material na escola, local onde cursa o 1° ano do Ensino
Médio. E a atividade sobre artigo de opinião foi escolhida por me chamar a atenção o
fato de não haver nenhuma atividade de produção de texto autoral por parte do aluno,
apesar de se tratar de um texto dissertativo-argumentativo, tão presente em nosso
cotidiano. Há apenas exercícios de análise do artigo de opinião apresentado a eles
como exemplo do gênero, e atividade de simulação/encenação de argumentação
relacionada ao mesmo texto.

Aprovado pelo PNLD de 2021, tal obra possui oito autores, todos com
formação voltada para Linguística, exceto um especialista em Literatura. Volume único
destinado aos três anos do Ensino Médio, o livro é composto de quinze capítulos,
divididos por temas norteadores associados a um ou mais campos de atuação social
presentes na BNCC, e do Manual do Professor, com instruções gerais e específicas.
Devido ao próprio nome da obra - Estações Língua Portuguesa - cada capítulo é

¹Bacharela e Licencianda em Letras-Português pela Universidade de São Paulo - USP


dividido em seções e subseções que fazem alusão a uma viagem de trem/avião:
“Embarque, Viagem” – a qual é dividida em “paradas” – e “Desembarque”, dividida em
“portões”. Ainda dentro de cada capítulo, os boxes com informações de conteúdo são
chamados de “Balcão de Informações” e “Bagagem”. Na tabela a seguir, é possível
perceber que todos os capítulos abordam alguma produção textual, porém apenas um
capítulo oferece produção de texto do gênero dissertativo-argumentativo:

PRODUÇÃO DE TEXTO EM:


Estações Língua Portuguesa – Rotas de Atuação Social (2020)

CAPÍTULO PRODUÇÃO TEXTUAL DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO

1 Carta aberta Sim

Elaboração de questões de múltipla escolha


2 Não
e discursiva

3 Entrevista Não

4 Pitch de empreendimento social Não

5 Folheto de Cordel Não

6 Projeto de Iniciação Científica Não

7 Projeto de lei Não

8 Crônica Não

9 Palestra sobre o Estatuto do Idoso Não

10 Conto Não

11 Peça de campanha publicitária Não

12 Elaboração de currículo profissional Não

13 Comentário crítico-literário Não

14 Cartaz de Divulgação Não

15 Poema Não

Apesar de abordar alguns temas dissertativos-argumentativos ao longo do volume,


como Fórum de Discussão no 1º capítulo e Artigo de Opinião no 4º capítulo, não é
trabalhada a produção textual desses temas. No Manual do Professor consta que a
abordagem teórico-metodológica da obra privilegia “a perspectiva sócio-histórica e
dialógica do Círculo Bakhtiniano e a perspectiva interacionista sócio discursiva do
Grupo de Estudos de Genebra, liderado por Bernard Schneuwly e Joaquim Dolz”
(BARROS et al., Manual do Professor, 2020, p.328).
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1. O empreendedorismo social como tema norteador

A atividade sobre artigo de opinião encontra-se no quarto capítulo do livro. O tema


norteador é “Empreendedorismo Social” e o campo de atuação é o jornalístico-
midiático. Na primeira página do capítulo tem uma introdução descrevendo o que será
visto nele, havendo no começo a interlocução com o leitor: “Você já imaginou ser um
empreendedor?” (BARROS et al., 2020, p. 75).

Na primeira seção “Embarque”, os autores descrevem o que é um empreendedor,


e iniciam o capítulo com exemplos de empreendedorismo social, atrelados a
atividades intuitivas. Na subseção “1ª parada” da seção “Viagem”, propõe-se que os
alunos possam “assumir uma postura mais protagonista e propor soluções que
impactem positivamente o lugar onde vivemos.” (BARROS et al., 2020, p. 79),
apresentando o programa Premio Jovem Cientista, promovido pelo CNPq para que
alunos do Ensino Médio possam elaborar projetos inovadores e sustentáveis. Na “2ª
parada” são propostas atividades acerca do que foi visto até então sobre
empreendedorismo social e a apresentação de um podcast que trata do assunto.

2. Eu, leitor de artigo de opinião – análise da atividade proposta

O artigo de opinião é abordado na subseção “3ª parada”, com o título “Eu, leitor de
artigo de opinião” (BARROS et al., 2020, p. 83). É introduzido por um texto sobre
empreendedorismo intitulado “O empreendedor deve conhecer a si mesmo”, o qual o
autor expõe as características necessárias para ser um bom empreendedor (anexo em
pdf). Tal artigo foi publicado na revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios, em
novembro de 2017.

Nesta atividade são propostos sete exercícios. O primeiro é a leitura do próprio


texto; o segundo define o que é um artigo de opinião, descreve quem é o autor e faz
uma pergunta em relação a isso: “2) O artigo de opinião é um gênero jornalístico
argumentativo, escrito por um articulista. Nesse caso, por Marcos Hashimoto,
coordenador do Centro de Empreendedorismo, professor e pesquisador, sócio-diretor
de uma empresa de consultoria e autor de livros sobre empreendedorismo. Por que
saber quem é e o que faz o autor do texto pode ser importante para leitores de artigos
de opinião?” (BARROS et al., 2020, p. 84)

A única definição para artigo de opinião que consta no livro é esta. Não é
mencionado, em momento algum da atividade, o objetivo específico e o contexto de
circulação dentro da esfera jornalística. De acordo com Kátia Lomba Bräkling, em seu
texto “Trabalhando com artigo de opinião: re-visitando o eu no exercício da
(re)significação da palavra do outro”:

“O artigo de opinião é um gênero de discurso onde se busca


convencer o outro de uma determinada ideia, influenciá-lo, transformar os seus
valores por meio de um processo de argumentação a favor de uma
determinada posição assumida pelo produtor e de refutação de possíveis
opiniões divergentes. (...) É, portanto, condição indispensável para a produção
de um artigo de opinião, que se tenha uma questão controversa a ser debatida,
uma questão referente a um tema específico que suscite uma polêmica em
determinados círculos sociais.” (BRÄKLING, 2000)

Não basta constar no início do capítulo que o campo de atuação tratado é o


jornalístico-midiático. É preciso enfatizar que o artigo de opinião é um gênero textual
que se difere das notícias e reportagens – as quais tem a função de informar – por ter
a função distinta de analisar e opinar sobre notícias relevantes, fatos recentes e,
muitas vezes, polêmicos e de grande repercussão. Para a pergunta da questão, a
resposta sugerida ao professor é: “Se o leitor sabe que o autor do artigo é um
especialista no assunto, ele se sente mais disposto a aceitar o ponto de vista
defendido no texto.” (BARROS et al., 2020, p. 84).

Essa resposta é problemática por levar em consideração apenas o público que


será convencido pelo articulista. Desta forma, fica implícito que ninguém pode ou deve
discordar dele, por ser um especialista no assunto. Mas nem sempre o articulista é
propriamente um especialista na questão abordada; muitos jornalistas, autores de
artigos de opinião, por terem um bom repertório histórico-cultural e por sua capacidade
crítico-analítica, dissertam e publicam seus artigos, opinando sobre os mais diversos
assuntos que estão em voga. Possuem espaço cativo nos jornais para comentarem
sobre fatos recentes, dialogando, na maioria das vezes, com opiniões já proferidas na
mídia, concordando com elas ou rebatendo-as.

Os autores do livro didático, ao transmitirem a mensagem que o articulista é


sempre um especialista no assunto, colocam o aluno como mero leitor de artigos,
como se não fossem aptos a debaterem o assunto e produzirem seu próprio artigo
embasado em pesquisa prévia sobre o assunto.

Em seguida, o terceiro e quarto exercícios focam na estrutura do artigo de


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opinião e no papel do editor-chefe de um jornal ou uma revista, o qual aprova se um


texto será publicado ou não. Na letra “b” do exercício três os autores se utilizam de um
role-pay, metodologia ativa de simulação, para “testar a adequação do texto”
(BARROS et al., 2020, p. 85) em relação à estrutura e à argumentação. No manual do
professor, nas instruções específicas para o capítulo e atividades, consta a seguinte
explicação:

“Essa atividade é uma forma de aplicação do role-play, uma


metodologia ativa de aprendizagem na qual os estudantes assumem diferentes
papéis em um contexto fictício determinado. A ideia, com essas simulações, é
permitir que os estudantes compreendam a orientação argumentativa
construída pelo articulista.” (BARROS et al., Manual do Professor, 2020, p.359)

A simulação proposta na primeira parte do exercício busca trabalhar a


argumentação de forma ativa, em que os alunos assumem o papel de investidor
experiente versus empreendedor autoconfiante, e professor de empreendedorismo
versus jovem empreendedor. A atividade é válida, mas por se encerrar em si mesma,
não havendo criação e autoria por parte dos estudantes, se mostra ineficaz. Ainda no
mesmo exercício, após a simulação, é pedido ao estudante que ele sistematize em
uma tabela pré-estabelecida a estrutura do artigo de opinião trabalhado no capítulo.

O exercício cinco faz uma pergunta de resposta pessoal: “5) Você se sentiu
convencido pelo articulista Marcos Hashimoto, isto é, você concorda que o
empreendedor precisa conhecer a si mesmo? Converse com os colegas e o
professor.” (BARROS et al., 2020, p. 86). Os últimos exercícios (seis e sete) giram em
torno do tema do empreendedorismo: o seis pergunta se o aluno conhece o termo
startup e o sete pede para que ele, junto com a turma e com o professor, “estabeleça
relações entre as características apresentadas no texto e o que a turma sabe sobre
empreendedorismo.” (BARROS et al., 2020, p. 86).

Na “4º parada”, subseção seguinte à tratada até aqui, chamada “Nosso


laboratório de análise linguística e semiótica”, os autores ainda se utilizam do texto do
artigo de opinião para trabalhar questões gramaticais e estilísticas, mencionando
conectivos utilizados em alguns trechos do texto, os quais possuem sentido de
oposição e que são imprescindíveis em um texto argumentativo. Porém a exposição é
superficial e não se relaciona de maneira satisfatória com o gênero. Assim, a atividade
termina dando destaque ao assunto do empreendedorismo, não havendo proposta de
produção de texto.
O encaminhamento linguístico-discursivo oferecido pelos autores para levar o
aluno à produção de artigo de opinião se faz apenas com a definição primeira dada
após o texto fornecido (e citada nesta análise) e com “dicas” esparsas ao longo dos
exercícios, indicando que o autor pretende convencer e persuadir, mas não ensinando
ao estudante como fazê-lo. Em suma, tal atividade auxilia de maneira superficial o
aprimoramento da escrita nos mais diferentes gêneros da esfera dissertativa-
argumentativa, não fornecendo informações suficientes para que o aluno entenda seu
funcionamento e estrutura e possa produzir, sozinho, um texto deste gênero.

Conclusão

Por se tratar de volume único destinado aos três anos do Ensino Médio, o livro
didático Estações Língua Portuguesa – Rotas de Atuação se mostra incompleto para o
aprendizado e aprimoramento da produção textual, não somente na esfera
dissertativa-argumentativa, mas da escrita como um todo. Os autores, quando não
oferecem atividade de produção de texto autoral ao abordarem o gênero de artigo de
opinião, desperdiçam a chance do aluno de melhorar sua escrita e sua argumentação,
algo tão cobrado no nosso cotidiano, tanto nos principais vestibulares do país, como
em processos seletivos profissionais (AZEVEDO, 2015).

Desta maneira, não cumprem em sua totalidade tal exigência prevista na


BNCC (Base Nacional Comum Curricular), em habilidades que mencionam a produção
de texto como uma habilidade a ser aprimorada. Ao analisar o documento, podemos
encontrar, nas habilidades específicas de Português, em todos os campos de atuação
social, o seguinte excerto:

“(EM13LP01) Relacionar o texto, tanto na produção como na


leitura/escuta, com suas condições de produção e seu contexto sócio-
histórico de circulação (leitor/audiência previstos, objetivos, pontos de
vista e perspectivas, papel social do autor, época, gênero do discurso
etc.), de forma a ampliar as possibilidades de construção de sentidos e de
análise crítica e produzir textos adequados a diferentes situações.” (BRASIL,
2018, p. 506) (grifo em negrito meu).

A obra em questão não oferece conteúdo suficiente para que essas exigências
sejam cumpridas por completo, assim como na atividade específica analisada, ao não
explanar de maneira mais sólida o que é um artigo de opinião, qual seu contexto de
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circulação e funções, e ao não propor uma atividade de produção textual do gênero. É


importante salientar que a produção de texto dissertativo-argumentativo é proposta
apenas no primeiro capítulo, através de atividade sobre carta aberta, sendo
insuficiente para trabalhar o gênero no Ensino Médio. Porém, mesmo se baseando na
BNCC, o livro foi aprovado pelo PNLD de 2021 e o parecer da obra não condiz com o
que foi entregue neste volume em relação à produção de texto argumentativo:

“(...) Há propostas, em cada capítulo, que o(a) conduzem a


experienciar práticas de linguagem, com ênfase no desenvolvimento de
estratégias argumentativas, considerando-se recursos linguísticos e de
outras modalidades semióticas, os quais são estudados no que diz respeito à
construção de diferentes efeitos de sentido. (...) A obra promove a abordagem
das metodologias ativas e valoriza estratégias voltadas para a
argumentação, (...) para a construção de análises críticas, criativas e
propositivas.” (BRASIL, 2021) (grifo em negrito meu).

Sem produção de texto autoral não há “ênfase no desenvolvimento de


estratégias argumentativas”. A atividade de simulação proposta não promove a
criação por parte dos estudantes, que atuam nela como meros reprodutores do
texto fornecido. Assim como não há “a construção de análises críticas, criativas e
propositivas” apenas com análise e reprodução oral de um texto já existente.

Além da BNCC, no Manual do Professor, como já citado anteriormente, consta


que a abordagem teórico-metodológica do volume é bakhtiniana, ou seja, dialógica.
Entende-se por “dialógico” a característica inerente a todo enunciado, que está sempre
vinculado a outro enunciado. Como bem explica José Luiz Fiorin em Introdução ao
pensamento de Bakhtin:

“Todos os enunciados no processo de comunicação, independente de


sua dimensão, são dialógicos. (...) Isso quer dizer que o enunciador, para
constituir um discurso, leva em conta o discurso de outrem, que está presente
no seu. (...) O dialogismo são relações de sentido que se estabelecem entre
dois enunciados.” (FIORIN, 2008).

Os próprios autores, ao entregarem um conteúdo superficial sobre o gênero


textual aqui tratado, não cumprem com o que se propuseram a entregar. No Manual
do Professor, eles inclusive dissertam sobre a concepção dialógica e citam autores
como José Fiorin e Ingedore Koch:
“Para resolver as demandas complexas do cotidiano, exercer a
cidadania e atuar no mundo do trabalho, é preciso que os estudantes sejam
capazes de formular, negociar e defender ideias e pontos de vista (...). A
argumentação, assim, é uma competência essencial e que deve ser
desenvolvida durante toda a Educação Básica. Segundo Koch e Elias, é
essencialmente por meio de sua expressão oral ou escrita que um indivíduo
tenta influenciar o outro, o que faz da argumentação o ato linguístico
fundamental (KOCH; ELIAS, 2018, p. 28).” (BARROS et al., Manual do
Professor, 2020, p.339).

O tema do artigo de opinião fornecido – empreendedorismo – apesar de


dialogar com um assunto de relativa relevância social e com outras concepções que
se opõem a ele, não é trabalhado desta forma, não concluindo a premissa dialógica
proposta na obra. Da maneira como é exposto, sem contextualização midiática e
social, termina por descaracterizar o gênero, apresentando-se como um texto em que
não há espaço para questionamentos e contra-argumentações, características
inerentes ao gênero jornalístico em questão.

E mesmo a argumentação existente no texto acaba não sendo um bom


exemplo de artigo de opinião, pois não dialoga explicitamente com outro texto ou
mesmo com situações que se aproximam do repertório e da realidade do aluno.
Portanto, ele não auxilia na percepção da função maior do artigo de opinião – assim
como as atividades e conteúdo subsequentes – que é a oposição de ideias e a
argumentação diante da refutação, da divergência.
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BIBLIOGRAFIA

AZEVEDO, I. C. M. Organização de textos dissertativo-argumentativos em prosa: o


que se percebe em dez anos de realização do Enem? In: SILVA, L. R.; FREITAG, R.
M. K. (Orgs.) Linguagem, interação e sociedade: diálogos sobre o Enem. João
Pessoa: Editora do CCTA. 2015.

BARROS, Fernanda Pinheiro [et. al]. Estações língua portuguesa: rotas de atuação
social. São Paulo: Ática. 2020.

BRÄKLING, Kátia Lomba. Trabalhando com artigo de opinião: re-visitando o eu no


exercício da (re)significação da palavra do outro. In: ROJO, Roxane (Org.). A prática
da linguagem em sala de aula: praticando os PCN. São Paulo: EDUC; Campinas, SP:
Mercado de Letras, 2000, p. 221-247.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (versão final).


Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase.
Acesso em: 25 jun.2022.

BRASIL. Guia digital: PNLD 2021 obras didáticas por áreas de conhecimento
específicas. Brasília: Ministério da Educação, 2021. Disponível em:
https://pnld.nees.ufal.br/assetspnld/guias/Guia_pnld_2021_didatico_pnld-2021-obj2-
lingua-portuguesa.pdf. Acesso em: 25 jun. 2022.

FIORIN, José Luiz. Introdução ao pensamento de Bakhtin. São Paulo: Ática, 2008.

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