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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS


DEPARTAMENTO DE LETRAS VERNÁCULAS

Efigênia Lima Santos

TÍTULO

Minhas primeiras linhas mestranda

SÃO CRISTÓVÃO – SE 2023


SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. ANÁLISE DO LIVRO DIDÁTICO
3. FUNDAMENTAÇÃO DO LIVRO EM ANÁLISE
4. DESCRIÇÃO DE COMO SERÁ FEIRTA A ANÁLISE DO LIVRO
5. ANÁLISE DO LIVRO
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
7. O OBJETO DA ANÁLISE
8. Perspectivas
9. DIVISÃO DO LIVRO
10. FUNDAMENTAÇÃO DO LIVRO
11. DESCRIÇÃO DA ANÁLISE
12. ANÁLISE
13. CONSIDERAÇOES FINAIS
INTRODUÇÃO
O livro didático a ser analisado é o Se liga nas linguagens – Obra específica de
Português – área de Conhecimento – linguagens e suas tecnologias. Os
autores do livro analisado são: Wilton Ormundo e Cristiane Siniscalchi. Obra da
Editora Moderna LTDA – 2021. O livro didático, desde a sua criação já evoluiu
bastante, especificamente, os de ensino da língua portuguesa. Se inicialmente
havia livros cujo objetivo era apenas estudar os aspectos gramaticais
normativos da língua. Isso ao longo dos tempos e com o avanço dos estudos
linguística de Ferdnand de Saussure, já se estabeleceu um item importante que
foi trazer à luz as variações da língua brasileira como objeto de estudo
presente nos livros didáticos. Dali em diante o ensino da língua materna só
evoluiu. Essa evolução é visível, principalmente para o professor de língua
portuguesa, com a divulgação dos PCNS ( Parâmetro Curricular Nacional).Na
formulação deste importante documento, as possibilidades de novas formas de
se ensinar a Língua Portuguesa, causaram muitas perspectivas nos
educadores. Isso, já era muito esperado por essa categoria. Assim, os
Parâmetros Curriculares, alicerçados pelas ideias de Bakthin e o Círculo,
trouxe um ensino mais voltado para o texto como o centro de estudo. Esse fato,
se faz presente até os dias atuais.
É fato que em 2017 com a homologação da Base Nacional Comum
Curricular( BNCC)para o ensino infantil e e do Ensino Fundamental e, em
2018, a do Ensino Médio. Esse conjunto de documento como é sabedor de
todos os professores, estabelece competências e habilidades que o aluno
deve desenvolver ao longo de toda a Educação Básica. Essas, devem ser
comprometidas com a educação integral, onde os pilares da educação sejam
de fato alcançados, bem como os princípios dos eixos estruturantes do Novo
Ensino Médio, que são: Formação para a vida; Formação Acadêmica de
Excelência e Formação para o século XXI. Diante de todas essas mudanças
se fez também necessários, adequar o currículo para atingir os índices de
aprendizagens dos estudantes, que são avaliações externas ao âmbito escolar
como por exemplo: prova SAEBE, ENEM e a nível estadual, do estado de
Sergipe a prova SAESE, realizada anualmente. As avaliações citadas,
aparentemente, são necessárias, para se tentar garantir o cumprimento das
premissas da BNCC. Que foi um documento de base discutido com a
sociedade, embasada em teóricos, em pesquisadores. Além de se orientar
nos PCNs, a BNCC de Ensino Médio tenha a LDB como um referencial. Isso
ocorre para que prepare o estudante para adquirir as competências e
habilidades que as várias juventudes necessitam. Partiu-se da
homogeneidade, para uma visão de reconhecimento da heterogeneidade
social, cultural e linguística. Assim, também, ampliou- se os gêneros
multimodais. Por fim, ampliou-se o conceito de igualdade para o conceito de
“equidade” que, dessa forma será possível ter um ensino para todos e de
forma equitativa.
O objeto da análise
A análise do Livro Didático, tem o propósito de identificar se o livro está de
acordo com os materiais de base para criação dos currículos próprios, bem
como que linha ou perspectiva se sustentam.
ANÁLISE DA PERSPECTIVA
No manual do professor já fica explicitado que os documentos usados como
base para a confecção do livro são: BNCC e PCNS e a LDB. Ele informa que
os eixos de integração proposto são os mesmos para o Ensino Fundamental:
“leitura”, “produção de textos”, “oralidade” “( escuta e produção oral)” e “análise
linguística e semiótica .
DIVISÃO DO LIVRO
Embora ligados ao Ensino Fundamental os campos de atuação, que são:
“campo da vida pessoal”, “campo artístico-literário”, “campo das práticas de
estudo e pesquisa”, “campo das práticas jornalístico/midiático” e “campo de
atuação da vida pública”. Todas essas mudanças buscam reconhecer o ensino
voltado para as práticas socias.

FUDAMENTAÇÃO DO LIVRO EM ANÁLISE


O livro que será corpus de análise se baseia nas teorias dos gêneros propostas
por Bakhitin( 1929, 1953-1954) e as releituras feitas por Marcuschi (2008) e
kock & Elias (2009). A linguagem como interação oriunda da perspectiva
enunciativa-discursiva é perpassada pela sociointeracionista. Os autores do
texto deixam evidenciado no manual do professor que o livro irá dialogar com
mais de um perspectiva, são estas: sociointeracionista e uma metodologia
construtivo-reflexiva do ensino da língua. Isso porque, segundo ele, a formação
inicial e as formações nos cursos de letras – não demonstram uniformidade
nem nas posições teóricas nem nos currículos, precisando assim, de um livro
que fique aberto para todos os professores que queiram seguir determinadas
teorias, ou seja, fazer escolha dentre elas.
DESCRIÇÃO DA ANÁLISE
1. Perspectivas assumidas pelo manual do professor
1.1. As perspectivas são fáceis de ser percebidas no livro didático?
2. Trabalho com produção de textos.
2.1. Discutir a relação de texto com os gêneros de referência .
2.2. Como o livro trata o ensino do trabalho com a produção textual?
2.3. O livro didático contempla o que já foi estudado nas séries anteriores
2.4.A proposta é condizente com a BNCC ou outro materiais legais?
3. Destacar aspectos ligados à relação verbal e não verbal explorados nas
questões destinadas ao trabalho.
4.Considerações finais
ANÁLISE
Como já foi citado o livro analisado trabalha com a perspectiva
sociointeracionista e com uma metodologia construtiva-reflexiva. Salienta
também que o livro não é um espaço “fechado” nas mãos do professor; ele terá
seu “acabamento”, nos termos de Bakhtin ( 1953-1954) nas (re)significações
que o professor “leitor’ fará dele, levando em consideração sua realidade de
formação e a de aprendizado do seu alunado.
O material analisado é obra única para o Ensino Médio. Ele apresenta 3
possibilidades de divisão dos conteúdos por turmas ou séries. São elas:
( anexar as divisões)
Ademais, o livro é dividido em 2 partes. Na primeira parte, estuda -se a
Literatura. Na segunda parte apresenta conteúdos de Análise
linguística/Semiótica. Todas as duas partes trazem divisões que marcam a
estrutura da coleção e Sugestões e orientações para o professor. Ainda temos
a seção de Boxes do volume específico, que traz o resumo do capítulo. Isso,
trata-se de uma lista simplificada abrangendo os principais conteúdos que
serão abordados no capítulo. Analisando a obra me deparei com a seguinte
obra, denominada pop – art, utilizando-se de imagens do líder guerrilheiro Che
Guevara. Logo é identificável que existe um viés ideológico político.Pois tenta,
ainda na modernidade, trazer um personagem que ajudou a tornar uma vila
em uma ditadura. (página 141). Em contrapartida tenta sair da “bolha” e leva o
aluno a observar que o livro já traz novas autoras femininas, como Maria
Valéria, sec. XXI e Conceição Evaristo, sec. XXI. Na sessão - Fala aí! Que se
trata de um quadrado com alguma proposta para pesquisa ou debate, percebe-
se que foi dada menos importância ao tema sobre o atraso de trazer para os
livros didáticos escritoras contemporâneas, diferentemente do enfoque dado de
quase uma folha com imagens do líder guerrilheiro.( pag. 152)
No último capítulo sobre a literatura temos um momento com José
Saramago (Portugal), Agualusa (Angola) Onjaki (Angola) e Craveirinha
(Moçambique) e Conceição Evaristo( Mineira e brasileira) com um único
poema, fêmea – Fênix.( pág. 163).
Os elementos estruturais da coleção, são: componente curricular, descrição e
orientações ou sugestões para o professor.
No livro especifico de português – Se liga nas linguagens – Ensino
médio, não fica evidente nas atividades como se deve trabalhar a escrita, que
é o foco da minha análise, porém a analisar os 6 livros da área de linguagens,
especificamente , o que seria utilizado no 3º ano dessa modalidade de ensino,
vi que que na seção práticas de linguagem: produção de texto. O ensino versa
sobre práticas sociais. A escrita toma corpo e perpassa por diversas
modalidades de textos escritos, são ele: orais, escritos e multissemióticos
como apontam Koch & Elias9 2010), Na concepção atual de língua e
linguagem não há mais espaço para a escrita compreendida em relação
apenas à apropriação de regras da língua. Ela também perde o caráter
espontâneo do pensamento do escritor, agora se pensa na interação escritor-
leitor. É fato que ainda há um intenção do autor, porém ela por si só não se
sustenta, pois precisa do leitor que é quem vai dar significado ao que foi
escrito. Logo, a escrita exerce uma função social. Deve ser escrita para se
comunicar e não apenas para ser corrigida, ou sem um leitor. Aqui, fica
evidente , ainda, que embora represente uma ação, precisa saber fazer uso
dela para interagir nos diversos campos que circula.
No livro de área , Experimenta Dialogar! há muitas situações dessa
escrita que falamos. O aluno é levado através de sequências a escrever
pequenos textos de diferentes gêneros. A seção do livro que trata da escrita é
dividida em seções e subseções. O aluno passa por três eventos de leitura, em
cada um há leituras sobre o mesmo tema, mas com uso de gêneros diferentes.
Por exemplo: Um trecho do romance Dois Irmãos de Milton Hatoum, que se
transforma em outro gênero A grafhic novel que mantém as linguagens dos
quadrinhos , mas possui estrutura semelhante à dos romances. Assim, o aluno
é levado a produzir diferentes gêneros se utilizando de outros que mais o
agrade, ou agrade o leitor.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho iniciou, analisando aspectos da BNCC do Ensino Médio no que
tange os aspectos inerentes ao componente curricular de língua portuguesa.
Assim, a Base Nacional Comum Curricular, ganhou respaldo, na LDB.
Documento que já se pronunciava para uma mudança no currículo dessa etapa
de ensino, dada que essa havia uma visão preconceituosa sobre aspectos
ligados á juventude, Assim, Siegel contribui para uma melhor concepção do
que seja “juventude. No seu trabalho ele derruba três “estereótipos” perigosos
na forma de compreender a juventude. Assim, contribuiu para um currículo
voltado para que o jovem desenvolva o protagonismo responsivo. O
pesquisador defende que: “os adolescentes precisam apenas sobreviver à
adolescência; eles podem prosperar por causa desse período de suas vidas”
(p.8).Segel, afirma também que: “movimento saudável para a vida adulta se faz
por meio da interdependência, e não do isolamento total do “faça você
mesmo”(p.8) Ele credita muito mais ao cérebro do que aos hormônios a grande
crise pela qual passa o adolescente. Vimos as teorias do médico presente nos
conteúdos tratados nos livros didáticos da área de linguagens.
CONSIDERAÇÕES SOBRE A APLICABILIDADE EM SALA
Não me parece difícil empregar o que os livros didáticos apresentam,
principalmente, a obra específica que, apesar de algumas inovações na forma
de abordar o conteúdo, continua tradicional. Por ser um volume único, facilita a
pesquisa, a retomada de conceitos, ou até mesmo a retomada de conteúdos.
Esta é uma grande vantagem da obra. Uma desvantagem é a de que o livro do
aluno não faz referência nenhuma aos teóricos, à BNCC, às competências e
habilidades. É uma obra, praticamente, descritiva dos conteúdos de língua
portuguesa.
OS LIVROS DE ÁREAS SÃO DESAFIADORES
Os livros, tanto o específico de Português, bem como os da área de
linguagens, não trazem dificuldades, quanto o estudos dos objetos, mas na
forma de trabalhar, especificamente, os da área de conhecimento, pois para
que esses sejam vistos como relevantes para o ensino médio, perpassa por
mudanças na concepção de ensino do professor,em sala de aula, sobre a
necessidade de se abrir para novas perspectivas de trabalho em conjunto.
Embora, também haja uma certa rejeição pelo alunado sobre as novas
nuances do Novo Ensino Médio, tanto nas mudanças de metodologias, quanto
nas mudanças das avaliações que versam sobre a aquisição de competências.

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