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In: Cap. I: Tradição e Reforma. Pág. 1-16; Cap. III: O estudo da natureza num mundo
em mudança. Pág. 35-54.
Igualmente significativo era o fato de as descrições da flora e da fauna serem cada vez
mais pormenorizadas em resultado das explorações do século XVI.
O conhecimento médico de plantas pode ser reconstituído até um período remoto, mas o
estudo da botânica propriamente dita não constitui uma parte importante da filosofia
natural da antiguidade. Os trabalhos de Dioscórides, tiveram, aparentemente, uma
influência limitada na ilustração renascentista de plantas, porque a necessidade de novas
pinturas de espécimes vivos tinha sido reconhecida antes deste período.
A insuficiência dos herbários anteriores foi-se tornando cada vez mais evidente no
decurso do século XVI, a riqueza do novo material sobre plantas trazido para a Europa
por viajantes, não descreviam apenas animais estranhos, mas também a riqueza mineral
e a flora fora do vulgar. Entre os mais preciosos destes tesouros, encontravam-se as
inúmeras ervas novas usadas como medicamentos pelos nativos, as quais prometiam
nova esperança de cura para doenças supostamente incuráveis na Europa. A principal
fonte sobre as plantas medicinais da India era Garcia de Orta (1501-1568)