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Peter Wilhelm Lund

● Peter Wilhelm Lund (Copenhague,


14 de junho de 1801 — Lagoa Santa,
25 de maio de 1880) foi um dos
naturalistas dinamarqueses mais
notáveis do século XIX,[1] e que é
considerado o pai da paleontologia e
arqueologia no Brasil.[2]
● Após ter-se mudado
definitivamente para o Brasil em 1833
, fez extraordinárias escavações em
grutas calcárias no vale do
Rio das Velhas, em Minas Gerais
durante 10 anos, descrevendo
minuciosamente a fauna de
mamíferos dessa região e as
mudanças ambientais que
aconteceram desde o Pleistoceno.[3]
Peter Wilhelm Lund
● Nasceu de uma próspera família
de camponeses da parte central
da Jutlândia e diplomou-se em
Medicina pela
Universidade de Copenhague em
1824. Grande estudioso de
Botânica e Zoologia, viajou para o
Brasil, estabelecendo-se no
Rio de Janeiro e realizando várias
excursões nessa província entre
1825 e 1829.
● Nestas excursões, coletou grande
quantidade de material botânico e
zoológico, que enviava, em parte,
para o Museu de História Natural
da Dinamarca.[1]
Peter Wilhelm Lund
● Em 1833, voltou definitivamente ao Brasil e
ao lado do botânico Ludwig Riedel, viajou pelo
Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás e Minas Gerais
. O resultado dos estudos botânicos promovidos
nesta expedição foram publicados em
Observações a respeito da vegetação dos
campos no interior do Brasil, especialmente fito-
históricas, de 1835. Em Curvelo, Minas Gerais,
encontrou outro dinamarquês, Peter Claussen,
que o apresentou às grutas da região cárstica do
vale do Rio das Velhas.
● Decidiu estabelecer residência em
Lagoa Santa e estudou uma enormidade de
fósseis encontrados nas centenas de cavernas
entre Sabará e Curvelo. Dedicou-se também às
pesquisas arqueológicas. Estudou as montanhas
da Serra do Espinhaço, recolheu material e
remeteu-os para a Sociedade Real de
Antiquários do Norte, em Copenhague, junto
com um memorial sobre o assunto.[1]
Peter Wilhelm Lund
● Ao longo dos anos, a sua maior preocupação
foi com a curadoria de sua coleção, a cargo do
zoólogo Johannes Theodor Reinhardt (1816–1882).
Ele também recebeu a visita de jovens naturalistas
europeus, com destaque para o botânico
Eugenius Warming (1841-1924). Além das visitas do
Imperador Pedro II e do Duque de Saxe, filho da
Rainha Vitória. O estudo completo de sua coleção,
E Museo Lundii, só seria publicado pelos curadores
desta na Dinamarca, em 1888.
● Em 1845, alegando falta de recursos, Lund
terminou repentinamente o trabalho nas cavernas.
Ele empacotou e doou a sua vasta coleção, com
cerca de 20 mil itens, para o rei
Cristiano VIII da Dinamarca. Um único exemplar de
crânio humano encontrado por ele permanece no
Brasil, no IHGB. Permaneceu em Lagoa Santa pelo
resto da vida. No início de 1880, Lund ficou doente
e morreu de forma tranquila em 25 de maio.O
enterro ocorreu com muita música tocando durante
todo o cortejo até o cemitério e toda população da
cidade de Lagoa Santa seguiu o caixão.[1]
Peter Wilhelm Lund
● Em 1842, segundo um relato seu,
já tinha explorado mais de 200
cavernas na região e descrito 115
espécies de animais - entre os
quais o célebre
tigre de dentes de sabre (
Smilodon populator).
● Em 1843 encontrou na região
vestígios de homens pré-
históricos, cujos estudos
definiram as características
daquele que ficaria conhecido
posteriormente como o
Homem de Lagoa Santa.
Peter Wilhelm Lund

Os trabalhos de Lund levaram à identificação de
150 espécies de mamíferos que habitavam a região
desde o Pleistoceno, fazendo de Lagoa Santa a região
mais bem conhecida do Brasil em termos de fauna de
mamíferos.[7] As descobertas de fósseis humanos
levaram Lund, em 1842, a escrever uma carta ao
Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, publicada
naquele mesmo ano e intitulada “Sobre a antiguidade
do homem de Lagoa Santa”, onde ele discutiu se
aquelas ossadas fósseis, uma vez que se encontravam
em estratos geológicos que também continham fósseis
da fauna extinta. Esta constatação contrariava a
premissa do catastrofismo de Georges Cuvier, de que
as faunas extintas por catástrofes ocorridas em
diferentes momentos, não poderiam estar contidas no
mesmo estrato geológico.
● Esta anomalia na teoria catastrofista levou-o a um
questionamento desta teoria, que pode ter contribuído
para a súbita interrupção dos trabalhos de Lund.[8]
Uma tese de doutorado recente, baseada na imensa
coleção de cartas de Lund depositada na Biblioteca
Real de Copenhague, conclui que Lund encerrou suas
pesquisas de campo abruptamente devido à falência
de uma lavra de ouro em Sabará (MG), da qual era um
dos sócios.[9]
Peter Wilhelm Lund
● Publicou várias memórias em dinamarquês (E
Museo Lundii), ricamente ilustradas com pinturas
do norueguês Peter Andreas Brandt (1791-1862),
que foram organizadas e traduzidas para o
português em 1950 pelo paleontólogo
Carlos de Paula Couto (1910-1982), sob o título
Memórias sobre a Paleontologia Brasileira.

Entre seus trabalhos, Lund escreveu a história do
Pleistoceno brasileiro. Entre sua vasta obra,
pode-se destacar:
● Vista da fauna do Brasil anterior à última
revolução geológica;

Cavernas calcáreas existentes no interior do
Brasil, contendo algumas delas ossadas
humanas;
● Relatório sobre vertebrados do Brasil;
● Sobre os animais carbonizados no Brasil na
época geológica atual e anterior;
● Anotações sobre os últimos exames e
descobertas em cavernas do Brasil.
Peter Wilhelm Lund: Luzia (fóssil)
● Luzia é o fóssil humano mais antigo
encontrado na América do Sul, com cerca
de 12 500 a 13 000 anos[1] que reacendeu
questionamentos acerca das teorias da
origem do homem americano.[2] O fóssil
pertenceu a uma mulher que morreu entre
seus 20 a 24 anos de idade[3] e foi
considerado como parte da primeira
população humana que entrou no
continente americano.[3][4]
● O esqueleto foi descoberto nos anos 1970
em escavações na Lapa Vermelha, uma
gruta no município de Pedro Leopoldo, na
Região Metropolitana de Belo Horizonte.[5]
Em 2018, o fóssil foi queimado e quase
destruído no incêndio do Museu Nacional.[6]
Em 19 de outubro de 2018, o museu
anunciou que conseguiu recuperar até 80%
dos fragmentos e poderá reconstruir o
esqueleto.[7]
Peter Wilhelm Lund: Luzia (fóssil)
Origem do nome
Formalmente, o esqueleto se chama "Lapa
Vermelha IV Hominídeo 1".[8] "Luzia" é um apelido
dado pelo biólogo Walter Alves Neves, do
Instituto de Biociências da Universidade de São Paul
o
. Ele se inspirou em Lucy, o célebre fóssil de
Australopithecus afarensis de 3,5 milhões de anos
achado na Etiópia no ano de 1974.[carece de fontes]

Condição
Além de "fóssil", Luzia é também referida
simplesmente como um "esqueleto" de hominídio.
Os ossos não apresentam "sinais clássicos de
fossilização",[9] logo, segundo a definição de certos
autores, poderiam ser chamados de "subfósseis".
Entretanto, atualmente, muitos paleontólogos
desconsideram a necessidade de alteração química
(fossilização, ou diagênese) para a classificação de
um resto biológico como fóssil, em sentido amplo.
[10]
Peter Wilhelm Lund: Luzia (fóssil)
Descoberta
● O esqueleto foi encontrado no início dos anos 1970,
pela missão arqueológica franco-brasileira chefiada
pela arqueóloga francesa Annette Laming-Emperaire
(1917-1977), em escavações na Lapa Vermelha, uma
gruta no município de Pedro Leopoldo (MG).[11] A
gruta era famosa pelos trabalhos do cientista
Peter Lund (1801-1880), que lá descobrira, entre 1835
e 1845, milhares de fósseis de animais extintos da
época do Pleistoceno e 31 crânios humanos em
estado fóssil do que passou a ser conhecido como o
Homem de Lagoa Santa. Seus hábitos alimentares
incluíam folhas, frutas, raízes e algumas vezes, carne.
[12]
● Inicialmente, Emperaire, acreditava que haviam na
verdade dois esqueletos diferentes no local do sítio
arqueológico: um mais recente, datado em 11 mil
anos, e outro localizado um metro abaixo, datado em
12 mil anos, o qual seria da cultura Clóvis e ao qual
pertenceria o crânio de Luzia. Entretanto, análises
posteriores pelo arqueólogo francês André Prous
revelaram que ambos os restos encontrados
pertenciam a um mesmo indivíduo, datado em 11 mil
anos – como o crânio havio rolado para longe do resto
do esqueleto, Emperaire fizera uma interpretação
errônea dos achados.[13][14]

Peter Wilhelm Lund: Luzia (fóssil)

FONTE:
WIKIPEDIA DO BRASIL
CASA PETER LUND

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