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ESTRATÉGIA
NACIONAL PARA
ENFRENTAMENTO
DA HANSENÍASE
2019| 2022
Brasília-DF
2020
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Vigilância em Saúde
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e
Infecções Sexualmente Transmissíveis
ESTRATÉGIA
NACIONAL PARA
ENFRENTAMENTO
DA HANSENÍASE
2019| 2022
Brasília-DF
2020
2019 Ministério da Saúde.
Esta obra é disponibilizada nos termos da licença Creative Commons – Atribuição – Não
Comercial – Sem Derivações 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta
BY SA
obra, desde que citada a fonte. A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada,
na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde: <www.saude.gov.br/bvs>
Coordenação-Geral:
Wanderson Kleber de Oliveira – SVS/MS
Gerson Fernando Mendes Pereira – DCCI/SVS/MS Carmelita
Ribeiro Filha Coriolano – CGDE/DCCI/SVS/MS
Organização:
Carmelita Ribeiro Filha Coriolano – CGDE/DCCI/SVS/MS Elaine da Rós
Oliveira – CGDE/DCCI/SVS/MS
Elaine Silva Nascimento Andrade – CGDE/DCCI/SVS/MS
Estefânia Caires de Almeida – CGDE/DCCI/SVS/MS
Fernanda Cassiano de Lima – CGDE/DCCI/SVS/MS
Flávia Freire Ramos da Silva – CGDE/DCCI/SVS/MS
Jeann Marie Rocha Marcelino – CGDE/DCCI/SVS/MS Juliana
Souza da Silva – CGDE/DCCI/SVS/MS
Jurema Guerrieri Brandão – CGDE/DCCI/SVS/MS
Mábia Milhomem Bastos – CGDE/DCCI/SVS/MS
Magda Levantezi – CGDE/DCCI/SVS/MS
Margarida Cristiana Napoleão Rocha – CGDE/DCCI/SVS/MS
Margarida Maria Araújo Praciano – CGDE/DCCI/SVS/MS
Pedro Terra Teles de Sá – CGDE/DCCI/SVS/MS Rodrigo
Souza Silva Valle dos Reis – CGDE/DCCI/SVS/MS
Rosália Maia – CGDE/DCCI/SVS/MS
Soraia Machado de Jesus – CGDE/DCCI/SVS/MS Vera
Lúcia Gomes de Andrade – Consultora Nacional OPAS
Brasil
Colaboração:
Carmen Fontes de Souza Teixeira – Universidade
Federal da Bahia/UFBA
Raylayne Ferreira Bessa – CGGAP/SAPS/MS Melquia de
Cunha Lima – CGGAP/SAPS/MS Priscilla Azevedo
Souza – CGGAP/SAPS/MS
Lista de quadros
Lista de tabelas
Apresentação................................................................................................................................................................ 8
1 Introdução.................................................................................................................................................................. 9
2 Análise da situação de saúde.............................................................................................................................. 9
2.1 Situação epidemiológica da hanseníase no mundo e nas Américas.................................................... 9
2.2 Situação epidemiológica da hanseníase
no Brasil ...................................................................................................................................................................... 10
2.3 Municípios segundo grupos epidemiológicos e operacionais ............................................................ 13
2.4 Fortalezas e desafios ........................................................................................................................................ 18
3 Políticas e diretrizes.............................................................................................................................................. 18
3.1 Histórico das políticas públicas para hanseníase no Brasil.................................................................. 19
3.2 Integração das ações de Vigilância em Saúde e Atenção Primária à Saúde
para o enfrentamento da hanseníase................................................................................................................20
4 Módulo operacional.............................................................................................................................................. 21
4.1 Objetivos, metas e pilares estratégicos ...................................................................................................... 21
5 Estratégia de implantação e mecanismos de monitoramento e avaliação ....................................... 22
5.1 Fases para a implantação da Estratégia
Nacional de Enfrentamento da Hanseníase..................................................................................................... 22
5.2 Competências em cada esfera de governo................................................................................................. 22
5.3 Avaliação e Monitoramento da Estratégia Nacional................................................................................ 23
5.4 Indicadores da estratégia................................................................................................................................ 35
Referências ................................................................................................................................................................. 42
Bibliografia complementar..................................................................................................................................... 43
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
Apresentação
A hanseníase mantém-se como importante 2022, que tem por objetivo geral reduzir a carga da
endemia para a saúde pública do Brasil, sobretudo doença no Brasil.
por sua magnitude e pelo poder incapacitante, O propósito da Estratégia Nacional é
fator que contribui para a ocorrência do estigma e apresentar metodologias diferenciadas frente aos
de atitudes discriminatórias. distintos padrões de endemicidade existentes
Embora se tenham conquistado avanços nas no país, de forma que se possa alcançar maior
últimas décadas, o Brasil está entre os 22 países cobertura e melhor desempenho das ações para o
que possuem as mais altas cargas da doença em controle da doença. Portanto, a Estratégia Nacional
nível global – ocupa a 2ª posição em número de visa subsidiar o planejamento das ações nas três
casos novos e detém cerca de 92% do total de casos esferas governamentais.
das Américas, em 2018 (OMS, 2019). Este trabalho é resultado da união de esforços
Diante desse cenário, o enfrentamento da das equipes técnicas que compõem a Coordenação
hanseníase envolve esforços para o compromisso Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação
político, ações estratégicas e o estabelecimento de (CGDE/SVS/MS) e a Coordenação Geral de Garantia
parcerias eficazes e sólidas para a redução da carga dos Atributos da Atenção Primária à Saúde, da
da doença, incluindo as incapacidades físicas. Secretaria de Atenção Primária à Saúde (CGGAP/
O Ministério da Saúde (MS), nos últimos anos, SAPS/MS), junto às outras interfaces no âmbito
tem promovido ações para aumentar a detecção de do Ministério da Saúde, Coordenações Estaduais
casos novos, prevenir as incapacidades e fortalecer do Programa de Hanseníase, Organização Pan-
o sistema de vigilância para a hanseníase, Americana de Saúde (OPAS), professores da
integrando-o às ações de atenção à saúde. Universidade de Brasília, instituições parceiras,
especialistas e colaboradores sobre o tema no país.
Diante dos desafios que ainda permanecem, e
alicerçado na Estratégia Global para a Hanseníase Assim, importa agradecer a todos os
2016-2020: Aceleração rumo a um mundo sem profissionais que participaram da elaboração
hanseníase (OMS, 2016a), da Organização Mundial deste documento, na expectativa de que essa
da Saúde (OMS), o MS elabora a presente Estratégia colaboração conjunta possa contribuir para o
Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019- controle da hanseníase no Brasil.
8
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
1 - Introdução
9
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
casos novos no mundo, quatro regiões reportaram casos registrados a mais do que em 2017 (Figura 2).
aumento, a saber: Américas, Oriente Médio, Europa Dos casos novos registrados em 2018 no Brasil,
e Pacífico Ocidental. Entre os países prioritários, 1.705 foram identificados em crianças menores
oito registraram aumento no número de casos: de 15 anos. Nesse ano, a taxa de incidência dessa
Angola, Brasil, Etiópia, Indonésia, Moçambique, população foi de 3,75 casos para cada 100.000
Nepal, Filipinas e Somália. Mesmo sendo uma das habitantes. Esse indicador se comportou de
nações com a maior carga da doença no mundo, maneira semelhante à taxa de detecção geral, com
em 2018 a Índia foi o país que mais contribuiu uma tendência de queda ao longo do tempo e uma
para o decréscimo de casos novos de hanseníase elevação no último ano (Figura 3).
registrados globalmente, em relação ao ano anterior. O comportamento de redução também foi
Ainda em 2018, os três países com as mais observado para a taxa de grau 2 de incapacidade
altas cargas da doença foram Índia, Brasil e física no diagnóstico. A série história dos últimos
Indonésia, representando 79,6% dos casos novos dez anos se iniciou com uma taxa de 12,70 casos
do mundo, com 120.334, 28.660 e 17.017 casos por 1 milhão de habitantes em 2009 e finalizou com
novos, respectivamente. No final do ano de 2018, a 10,08 por 1 milhão de habitantes em 2018 (Figura 4).
prevalência global da doença apresentou uma taxa Foram diagnosticados nesse último ano 2.109 casos
de 0,24 caso por 100.000 habitantes, perfazendo novos com grau 2 de incapacidade física no país.
184.212 casos em tratamento. A doença não se distribui de forma homogênea
Do total de casos novos detectados em no país, mas se concentra nas regiões Centro-Oeste,
2018, 62,4% (130.169) foram classificados como Norte e Nordeste, sendo a porção da Amazônia
multibacilares (MB), 7,7% (16.013) ocorreram em Legal a mais acometida. Em 2018, o maior número
menores de 15 anos e 5,4% (11.323) apresentaram de casos novos de hanseníase e a maior taxa de
grau 2 de incapacidade física. Nesse mesmo detecção foram registradas no estado do Mato
ano, mundialmente, foram reportados 350 casos Grosso, com 4.678 casos e 138,30 casos novos por
novos em menores de 15 anos com grau 2 de 100.000 habitantes, respectivamente. No mesmo
incapacidade física. ano, o Maranhão ocupou a segunda posição em
Nas Américas, entre 2009 e 2018, o número número de casos (3.165), representando 11,04%
de casos novos da doença diminuiu de 40.474 em relação ao total do país. O maior número de
para 30.957; tal redução equivale a 24% em uma casos novos em crianças menores de 15 anos
década. No entanto, a região ainda representa (312) foi registrado no Maranhão e o menor em
14,8% dos casos notificados no mundo. Dos casos Santa Catarina e Rio Grande do Sul, ambos com
reportados em 2018, foram detectados 2.324 2 casos. Quanto ao grau 2 de incapacidade física
com grau 2 de incapacidade física. Em relação no diagnóstico, o Mato Grosso apresentou a maior
aos menores de 15 anos, foram registrados 1.789 quantidade de casos (210) com essa situação na
casos novos; desses, 41 apresentavam grau 2 de população geral. Contudo, a maior taxa de GIF 2 no
incapacidade física no diagnóstico. diagnóstico, na população geral, foi observada no
estado do Tocantins (84,87/1 milhão hab.).
2.2 Situação epidemiológica da hanseníase A distribuição heterogênea da hanseníase pode
no Brasil estar relacionada à influência dos determinantes
O Brasil está entre os 22 países com as mais sociais da doença em cada localidade, assim
altas cargas de hanseníase do mundo, ocupando a como as rotas de migração interna em algumas
2ª posição em relação à detecção de casos novos áreas. A doença é negligenciada e acomete com
(Figura 1). Embora a incidência tenha apresentado mais frequência populações desprivilegiadas,
um comportamento de queda ao longo da última imersas em contextos de extrema vulnerabilidade
década, a doença ainda é um importante problema socioeconômica. Pessoas inseridas em situações
de saúde no país. desfavoráveis, com condições de habitação e
alimentação precárias, estão mais susceptíveis a
Em 2009, foram registrados 37.610 casos novos adoecerem por hanseníase.
de hanseníase, perfazendo uma taxa de detecção
Além disso, a estrutura política, econômica e
de 19,64 casos por 100.000 habitantes. O número
social do município pode influenciar na organização
de casos novos sofreu uma redução de 23,79%,
dos serviços de saúde para a detecção precoce,
finalizando a série com 28.660 casos no ano de 2018
o tratamento oportuno e o acompanhamento
e uma taxa de detecção de 13,70 casos/100.000
dos casos. Compreender a dinâmica da doença
habitantes. Entretanto, nesse último ano, o país
no território, assim como sua epidemiologia, é
apresentou um incremento de 6,64% no número de
fundamental para o delineamento de ações visando
casos novos em relação ao ano anterior, com 1.785
o enfrentamento da doença.
10
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
25,00
19,64
Taxa de detecção (por 100.000 habitantes)
20,00
15,32
15,00 13,70
10,00
5,00
0,00
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Fonte: Sinan/SVS/MS.
11
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
25,00
Taxa de detecção <15 anos (por 100.000 habitantes)
20,00
15,00
10,00
5,43
4,88
5,00 3,75
0,00
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Fonte: Sinan/SVS/MS.
Figura 4 - Taxa de casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física no diagnóstico. Brasil, 2008 a 2018
25,00
20,00
Taxa por 1.000.000 habitantes
15,00
12,70
10,10 10,08
10,00
5,00
0,00
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Fonte: Sinan/SVS/MS.
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Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
Fonte: CGDE/DCCI/SVS/MS.
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Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
Com casos
4.447 municípios
Subgrupo 3.4
Subgrupo 2.4
631 municípios
1.122 municípios
Fonte: CGDE/DCCI/SVS/MS.
14
Tabela 1 - Distribuição dos municípios nos grupos epidemiológicos e operacionais, segundo Unidade da Federação
Subgrupo 2.1 Subgrupo 2.2 Subgrupo 2.3 Subgrupo 2.4 Subgrupo 3.1 Subgrupo 3.2 Subgrupo 3.3 Subgrupo 3.4
UF
n = 435 n = 213 n = 458 n = 1122 n = 403 n = 422 n = 763 n = 631
Acre 0 0 0 0 5 0 6 5 6
Alagoas 11 27 5 4 26 8 6 10 5
Amazonas 0 4 3 5 8 2 15 18 7
Amapá 1 0 0 0 0 1 7 2 3
Bahia 30 87 29 18 93 57 43 30 30
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase
Ceará 0 20 7 13 20 34 24 44 22
Distrito Federal 0 0 1 0 0 0 0 0 0
Espírito Santo 1 2 1 11 21 2 0 25 15
Goiás 4 4 1 8 19 17 34 67 92
Maranhão 0 6 1 2 10 58 62 55 23
15
Minas Gerais 285 63 34 115 198 10 7 87 54
Mato Grosso do Sul 2 2 2 1 6 19 6 32 9
Mato Grosso 0 0 1 0 0 35 21 57 27
Pará 1 3 1 1 9 6 62 49 11
Paraíba 49 30 14 5 50 20 27 8 21
Pernambuco 3 16 3 14 43 14 10 57 25
Piauí 10 13 2 2 35 31 33 31 67
Paraná 53 18 14 54 137 7 3 47 66
Rio de Janeiro 5 7 11 25 29 1 4 8 2
Rio Grande do Norte 46 33 12 6 37 9 9 0 15
Rondônia 0 2 0 1 0 2 8 27 12
Roraima 1 1 0 0 1 5 3 3 1
Rio Grande do Sul 323 30 26 21 82 0 4 2 9
Santa Catarina 148 17 12 26 74 2 1 7 8
Sergipe 4 11 3 3 12 5 6 17 14
São Paulo 146 37 30 123 205 14 7 36 47
Tocantins 0 2 0 0 0 44 14 39 40
Fonte: Sinan/SVS/MS; dados publicados em 30/05/2018.
2019 | 2020
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
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Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
Figura 9 - Distribuição dos municípios segundo os grupos e subgrupos epidemiológicos e operacionais – taxa de
detecção < 10, grupo 2. Brasil, 2018
Figura 10 - Distribuição dos municípios segundo os grupos e subgrupos epidemiológicos e operacionais – taxa de
detecção ≥ 10, grupo 3. Brasil, 2018
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Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
• Programa de hanseníase instituído, com diag- • Manter e ampliar as parcerias com organi-
nóstico, tratamento e acompanhamento dis- zações governamentais e não governamentais,
poníveis gratuitamente no SUS; sociedade civil e líderes religiosos;
• Estabelecimento de parcerias com associações, • Melhorar os resultados de indicadores opera-
fundações e movimentos sociais, como as cionais, como: avaliação do grau de incapaci-
Fundações Sasakawa e Nippon, a Novartis Bra- dade física, investigação dos contatos registra-
sil, a International Federation of Anti-Leprosy dos, taxa de cura, entre outros;
Associations (ILEP) e o Movimento de Reinte-
• Assegurar o tratamento e acompanhamento
gração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase
dos casos na Atenção Primária à Saúde, apoia-
(Morhan), entre outros;
da por uma rede de referência e contrarrefer-
• Realização de ações estratégicas que favoreçam ência;
a detecção de casos novos, vigilância e con-
• Delinear ações específicas para localidades
trole da doença no país, a exemplo da Cam-
com diferentes níveis de endemicidade;
panha Nacional de Luta Contra a Hanseníase,
com mobilização em todo território nacional, • Implantar a vigilância dos eventos pós-alta
e dos projetos: Roda-Hans; Abordagens Inova- junto aos estados e municípios.
doras para intensificar esforços para um Brasil
livre de Hanseníase (2017-2019); e Apoiadores
aos estados endêmicos para implementação 3 - Políticas e diretrizes
da Estratégia Nacional para Enfrentamento da
Hanseníase; Em 2019, por meio do Decreto nº 9.795, de 17
• Realização de assessorias para as atividades de maio (BRASIL, 2019), a Secretaria de Vigilância
inerentes ao programa de hanseníase; em Saúde (SVS/MS) criou a Coordenação-Geral de
Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE), com
• Apoio aos estados e municípios quanto à re-
o objetivo de fortalecer o enfrentamento de um
alização de capacitações para profissionais de
grupo de doenças que tendem a coexistir em áreas
saúde;
que apresentam condições econômicas, sociais
• Incentivo à educação continuada por meio do e ambientais desfavoráveis, e com importante
Curso EaD – Hanseníase na Atenção Básica; dificuldade de acesso da população à rede de
serviços de saúde.
• Implementação da vigilância de casos em
menores de 15 anos com GIF 2; Nesse contexto, a hanseníase configura-se
como importante endemia para a saúde pública
• Vigilância das recidivas e da resistência medi- do Brasil, com registro de casos novos em todas as
camentosa. Unidades Federadas, tornando-se imprescindível
a incorporação de ações estratégicas que visem
garantir a atenção integral e minimizar o sofrimento
Desafios: nessa parcela da população.
Assim, devido à dimensão da doença e do
• Ampliar o acesso da população ao diagnóstico seu impacto para a saúde pública, a hanseníase
precoce e tratamento oportuno, no âmbito da é considerada uma prioridade pelo Ministério da
Atenção Primária à Saúde; Saúde, o qual tem, ao longo dos últimos anos, unido
esforços com estados, municípios e instituições
• Buscar recursos para o desenvolvimento de parceiras no que permeia a vigilância e o controle
ações específicas para a hanseníase; da doença no país.
• Pleitear a visibilidade da hanseníase em todos O diagnóstico de casos de difícil manejo,
os espaços políticos e sociais; os estados reacionais e o acompanhamento
dos eventos pós-alta, bem como a reabilitação,
• Mobilizar ONGs e entidades civis e religiosas
devem ser feitos, preferencialmente, nos serviços
para o enfrentamento do estigma e discrimi-
de referência. No entanto, o tratamento das
nação às pessoas acometidas pela doença e
reações poderá ser adequadamente realizado
seus familiares;
pelas Unidades de Atenção Básica (UBS) que
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Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
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Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
Nacional para Avaliação da Política de Controle inserida anos depois. A inclusão da rifampicina
da Hanseníase. foi justificada devido à resistência à dapsona e
Finalmente, no dia 29 de março de 1995, à persistência bacteriana que vinha causando
essa substituição entrou na legislação brasileira sérios problemas operacionais para o tratamento
com a sanção da Lei nº 9.010 (BRASIL, 1995), que dos casos.
proibiu o uso do termo “lepra” e seus derivados na Com o objetivo de definir critérios para a
linguagem empregada nos documentos oficiais da habilitação de Unidades de Saúde para atuarem
administração centralizada e descentralizada da como Centros de Referência de Hanseníase
União, dos estados e dos municípios.. Nacionais e Macrorregionais, com vistas a
Em 2007, o Congresso Nacional aprovou o qualificar as ações de atenção à pessoa acometida
Projeto de Conversão em Lei da Medida Provisória pela doença e que necessitam de atendimento
nº 373, que resultou na publicação da Lei nº 11.520, especializado (ambulatorial e/ou hospitalar), a SVS
de 18 de setembro de 2007 (BRASIL, 2007), a qual publicou a Portaria nº 11, de 2 de março de 2006
trata da propositura de concessão indenizatória (BRASIL, 2006).
sobre a violação dos direitos fundamentais das Em 29 de outubro de 2010, a Secretaria de
pessoas acometidas pela hanseníase submetidas Atenção à Saúde (SAS), por meio da Portaria nº
ao isolamento compulsório em Hospitais-Colônia 594 (BRASIL, 2010), incluiu o serviço de Atenção
até 31 de dezembro de 1986: Integral em Hanseníase na Tabela de Serviços
Especializados, instituída pelo Sistema de Cadastro
Art. 1º - A pensão especial mensal, espécie Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES). A
96, prevista na Medida Provisória nº 373, referida Portaria estabelece as condições técnicas,
de 24 de maio de 2007, convertida na Lei instalações físicas, equipamentos e recursos
nº 11.520, de 18 de setembro de 2007, e humanos capacitados para a realização das ações
regulamentada pelo Decreto nº 6.168, de mínimas enquanto Serviços de Atenção Integral em
24 de julho de 2007, será devida às pessoas Hanseníase Tipos I, II ou III.
atingidas pela hanseníase e que foram
submetidas a isolamento e internação Em 2012, com o objetivo de ampliar a oferta
compulsórios em Hospitais-Colônia até 31 de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME)
de dezembro de 1986. e de promover a reabilitação e a reinserção social
das pessoas com deficiência, o Ministério da Saúde
§1º - A pensão especial de que trata o caput publicou a Portaria GM/MS nº 793, de 24 de abril
é personalíssima, não sendo transmissível (BRASIL, 2012), instituindo a Rede de Cuidados à
a dependentes e herdeiros, e será devida a Pessoa com Deficiência no âmbito do SUS.
partir da entrada em vigor desta Lei.
Por meio da Portaria GM/MS nº 149, de 3 de
fevereiro de 2016, o Ministério da Saúde publicou
A avaliação dos pedidos de Pensão Especial as Diretrizes para Vigilância, Atenção e Eliminação
prevista na Lei nº 11.520 é processada na Comissão da Hanseníase como Problema de Saúde Pública
Interministerial de Avaliação (CIA) da Secretaria (BRASIL, 2016). O documento fornece subsídios,
Especial de Direitos Humanos da Presidência da apoio e orientação aos gestores, técnicos e
República (SEDH-PR), instituída pelo Decreto nº profissionais que atuam na Vigilância em Saúde, na
6.168, de 24 de julho de 2007. Após a concessão Atenção Primária e nos demais níveis de atenção
da indenização pela SEDH-PR, o procedimento sobre as questões que permeiam o planejamento,
administrativo é enviado ao Instituto Nacional de monitoramento e avaliação no que se refere ao
Seguro Social (INSS) para início do pagamento da acolhimento, ao diagnóstico, ao manejo clínico,
pensão diretamente ao beneficiário, salvo em caso à prevenção e tratamento das incapacidades e à
de justo motivo, quando poderá ser constituído organização do serviço.
procurador especialmente para esse fim. No ano de 2018, iniciaram-se novas discussões
Os Planos Nacionais para Eliminação da para uma atualização do esquema terapêutico
Hanseníase como Problema de Saúde Pública no utilizado, culminando na Portaria nº 71, de 11 de
Brasil tiveram início na década de 1980, com a dezembro de 2018 (BRASIL, 2018b), que ampliou o
implantação da PQT no país e com a modificação uso da clofazimina para o tratamento de hanseníase
das normas técnicas. Em 1981, um novo esquema paucibacilar, aderindo ao recomendado pela
terapêutico com a multidrogaterapia foi proposto OMS por meio das Diretrizes para o diagnóstico,
pela OMS, incluindo a rifampicina em associação tratamento e prevenção da hanseníase (OMS,
à dapsona, utilizada desde 1949, e à clofazimina 2019a), publicadas no mesmo ano.
20
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
3.2 Integração das ações de Vigilância em dos ciclos produtivos, ciclos de vida, ocorrência
Saúde e Atenção Primária à Saúde para o de surtos, epidemias ou situações de emergência
em saúde pública e os vazios sanitários no que se
enfrentamento da hanseníase refere à oferta de serviços e à capacidade instalada
(BRASIL, 2018a).
Entendendo que dentre as ações da Atenção Dentre as ações realizadas no território, a
Primária à Saúde (APS) está a Vigilância em Saúde, visita domiciliar é oportunidade potente para
assim como a Promoção da Saúde (BRASIL, 2017b), a redução da transmissão, da carga da doença
normas e estratégias têm sido elaboradas nos e dos danos aos pacientes. A investigação dos
últimos anos no sentido de motivar a integração contatos das pessoas acometidas pela hanseníase,
dessas ações em todos os níveis de atenção, os quais possuem o maior risco de adoecimento,
iniciando a construção da proposta na APS, de é estratégia efetiva para que o diagnóstico seja
acordo com a capilaridade e oportunidade de realizado na fase inicial da doença, assim como
suas ações para identificação precoce de doenças a busca de faltosos ao tratamento é um meio de
e agravos. A ausência ou insuficiência dessa evitar o abandono e a resistência medicamentosa.
integração provoca dificuldades na identificação É imprescindível que as equipes de APS e as
dos elementos que exercem determinação sobre referências especializadas realizem acompanhamento
o processo saúde-doença, tornando distante a qualificado e integral às pessoas acometidas pela
possibilidade de colocar em prática o princípio da hanseníase desde o diagnóstico, durante o tratamento,
integralidade da atenção no nível local. e após a alta.
O serviço de APS deve ser a porta de entrada Para tanto, estados, municípios e o Distrito
preferencial do Sistema de Saúde para realizar Federal devem articular ações e organizar a Rede
o acompanhamento da pessoa, da família e da de Atenção à Saúde para o enfrentamento da
comunidade ao longo do tempo, possibilitando a hanseníase, cabendo ao gestor local, junto às
longitudinalidade do cuidado. Ademais, deve buscar equipes de saúde, avaliar e definir a identificação de
a coordenação do cuidado na ação multiprofissional instrumentos para a sua realidade de atuação, bem
da equipe de saúde e na articulação com outros como a linha de cuidado da pessoa acometida pela
níveis de atenção ou ações intersetoriais. hanseníase, que deve ser trabalhada considerando
As estratégias de integração relacionadas os dispositivos existentes na rede. Além disso,
à organização no território e ao processo de outros tipos de racionalidade em saúde podem
trabalho das equipes que atuam na APS têm ser incluídos na oferta de serviços, como práticas
como objetivo fomentar maiores possibilidades e integrativas e complementares em saúde.
oportunidades de uma nova prática de vigilância
e atenção à saúde, com foco no cuidado integral
à pessoa acometida pela hanseníase e seus 4 - Módulo operacional
familiares, avaliando as possíveis intervenções e 4.1 Objetivos, metas e pilares estratégicos
ações de saúde no território.
As equipes que atuam na APS têm um papel
essencial nas ações de cuidado/assistência A Estratégia Nacional para Enfrentamento
às pessoas acometidas pela hanseníase e na da Hanseníase 2019-2022 tem por objetivo geral
identificação de riscos e vulnerabilidades no reduzir a carga de hanseníase no Brasil e foi
território, a fim de planejar ações de busca estruturada em três pilares estratégicos, a saber:
ativa e prevenção, bem como de acolhimento, 1) fortalecer a gestão do Programa; 2) enfrentar a
diagnóstico, tratamento e cura, prevenindo ou hanseníase e suas complicações; e 3) promover a
minimizando a instalação das incapacidades. inclusão social por meio do combate ao estigma
Nesse contexto, as pessoas com hanseníase e à discriminação. Cada um desses pilares
que apresentam incapacidade física visível contempla objetivos específicos e ações macro
perfazem aproximadamente 8% dos casos novos adequadas à realidade dos municípios brasileiros.
diagnosticados, com um escore de risco nível 3, em As ações foram delineadas levando em conta os
virtude da morbidade e potencial incapacitante grupos epidemiológicos e operacionais definidos
da doença. anteriormente.
A lógica de risco e da vulnerabilidade deve
incluir a priorização de ações na comunidade
a partir da análise do perfil epidemiológico e
sociodemográfico da população e da avaliação de
cobertura dos serviços de saneamento básico, além
21
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
Figura 11 - Linha do tempo: evolução das políticas públicas para hanseníase no Brasil, 1920-2018
Atualidade
• 2006 – Portaria nº 11,
de 02/03: define
critérios para o
reconhecimento das
Unidades de Saúde
como Centros de
Referência Nacionais e
Macrorregionais de
hanseníase
1980-1990 • 2007 – Lei nº 11.520:
• 1980 – Introdução da concessão
poliquimioterapia indenizatória sobre
(PQT/OMS) no Brasil violação dos direitos
1960-1970 • 1995 – Lei n° 9.010: de pessoas com
• 1972 – Portaria nº 236, proibição do uso do hanseníase
de 28/12: termo “lepra” e seus submetidas a
regulamentação do fim derivados na isolamento
do isolamento linguagem empregada compulsório em
compulsório em nos documentos Hospitais-Colônia até
leprosários oficiais 1986
1940-1950 • 1976 – Portaria nº 165, • 2010 – Portaria nº
• 1945 – Descoberta de 14/05: substituição 793, de 24/04:
das sulfas do termo "lepra" por instituição da Rede de
• 1950 – Lei nº 1.045, "hanseníase" na rotina Cuidados à Pessoa
de 02/01: regulação de saúde com Deficiência no
da concessão de
âmbito do SUS
altas e transferências
• 2016 – Publicação das
de internos para
Diretrizes para
1920-1930 dispensários
Vigilância, Atenção e
• 1923 – Decreto • 1953 – Criação do
Eliminação da
nº 16.300, de Ministério da Saúde;
Hanseníase como
31/12: início de ações
Problema de Saúde
isolamento de diretas para
Pública
doentes em regulação sanitária
• 2018 – Portaria nº 71,
leprosários da hanseníase
de 11/12: ampliação do
• 1930 – Reforço uso da clofazimina
da política de para hanseníase
isolamento paucibacilar.
compulsório
Fonte: CGDE/DCCI/SVS/MS.
22
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
2019 - 2022
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase
VISÃO OB
JETIVO METAS
1) Reduzir para 30 o
Um Brasil Reduzir a número de crianças com
incapacidade física grau 2;
sem hanseníase carga de
2) Reduzir a taxa de casos
hanseníase novos de hanseníase com
no Brasil grau 2 de incapacidade
física de 10,08 para 8,83
casos/1 milhão;
3) Ter todas as UF com
canais para registro de
práticas discriminatórias
às pessoas acometidas
pela hanseníase e seus
familiares.
Fonte: CGDE/DCCI/SVS/MS.
Objetivo geral:
Reduzir a carga de hanseníase no Brasil
Fonte: CGDE/DCCI/SVS/MS.
23
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
Pilar 1:
Fortalecer a gestão do Programa
Fonte: CGDE/DCCI/SVS/MS.
Pilar 2:
Enfrentar a hanseníase e suas complicações
Fonte: CGDE/DCCI/SVS/MS.
24
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
Pilar 3:
Promover a inclusão social por meio do
combate ao estigma e à discriminação
Fonte: CGDE/DCCI/SVS/MS.
25
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
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Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
27
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
Viabilizar o acesso das pessoas acometidas pela hanseníase à rede de saúde mental,
2e3
incluindo a assistência psicossocial.
Intensificar o apoio de grupo de autocuidado e de ajuda mútua no fortalecimento das ações
2e3
voltadas a qualificar a atenção integral aos casos.
Promover a atuação do farmacêutico no cuidado em hanseníase.
PILAR 2: ENFRENTAR A HANSENÍASE E SUAS COMPLICAÇÕES
Objetivo específico 4: Qualificar as ações de prevenção e o manejo das incapacidades durante o
tratamento e no pós-alta.
Ações Grupo*
Estruturar as ações de prevenção e tratamento das incapacidades durante o tratamento e no
2e3
pós-alta.
Promover a atuação do fisioterapeuta no cuidado em hanseníase.
Assegurar o acesso aos serviços de média e alta complexidade no período do pós-alta para
2e3
as complicações e incapacidades.
Estruturar programa de educação permanente em serviço para profissionais de saúde
quanto ao diagnóstico e manejo clínico de episódios reacionais, bem como o manejo clínico- 2e3
cirúrgico das complicações associadas.
Promover a expansão e a formação de novos grupos de autocuidado inclusivos e de ajuda
2e3
mútua em hanseníase.
Promover assessorias/supervisão para ações de prevenção e tratamento das incapacidades,
2e3
incluindo a validação do grau de incapacidade física.
Integrar a hanseníase na rede de atenção à saúde voltada para reabilitação, viabilizando
a concessão de órteses, próteses e materiais especiais (OPME), e cirurgia preventiva e 2e3
reabilitadora.
Promover a investigação e o manejo de incapacidades em menores de 15 anos de idade com
2e3
grau 1 ou 2 de incapacidade física.
PILAR 2: ENFRENTAR A HANSENÍASE E SUAS COMPLICAÇÕES
Objetivo específico 5: Fortalecer a rede de laboratórios e Centros de Referência em hanseníase,
incluindo a vigilância da resistência medicamentosa.
Ações Grupo*
Ampliar e qualificar a rede de laboratórios para hanseníase. 2e3
Estruturar, em parceria com o Lacen, um programa de capacitação em serviço para os
profissionais da rede de laboratório em: baciloscopia, biologia molecular, sorologias, 2e3
controle de qualidade e outros exames complementares.
Implantar a investigação da resistência medicamentosa. 2e3
Ampliar as unidades de referência e a rede de biologia molecular para resistência
2e3
medicamentosa.
Promover o desenvolvimento e a aplicação de material padronizado para realização de
2e3
exames complementares no atendimento integral às pessoas acometidas pela hanseníase.
Promover assessorias/supervisão para a rede de laboratórios e vigilância da resistência
2e3
medicamentosa.
Implantar a vigilância de casos de hanseníase com recidivas, episódios reacionais e
2e3
incapacidades físicas.
continua
28
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
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Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
30
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
Quadro 4 - Competências das instâncias do Sistema Único de Saúde para o enfrentamento da hanseníase
• Apoiar e cooperar tecnicamente junto às coordenações dos estados, Distrito Federal e municípios,
com o intuito de fortalecer a gestão dos programas;
• Apoiar de forma complementar as ações de Vigilância da Hanseníase dos Estados, Distrito Federal
e Municípios;
• Participar do financiamento das ações de Vigilância da Hanseníase;
31
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
conclusão
32
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
conclusão
• Realizar a gestão dos sistemas de informação da hanseníase em âmbito municipal para subsidiar a
análise da situação de saúde e a realização de ações de promoção à saúde;
• Coordenar e alimentar os sistemas de informação da hanseníase, realizando coleta, processamento,
consolidação e avaliação da qualidade dos dados advindos das unidades notificantes e
retroalimentando os dados para essas unidades;
• Participar do financiamento das ações de hanseníase;
33
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
4.
Conclusão do tratamento no período Para as atividades de monitoramento e
preconizado. avaliação, recomenda-se:
Nesse contexto, reconhece-se que as ações 1.
Realizar diagnóstico situacional da
a serem implementadas para o monitoramento e capacidade institucional em monitoramento
avaliação da Estratégia se correlacionam com um e avaliação;
melhor desempenho de atividades de rotina, a
2.
Estabelecer modelos formalizados de
serem expressas por indicadores, especialmente
alternativas estratégicas, considerando o
em relação aos seguintes aspectos:
perfil socioepidemiológico das unidades
1. Maior ênfase na coleta de dados sobre federativas;
cobertura;
3. Priorizar o que será monitorado e desenhar
2. Geração de informações mais detalhadas a cadeia de efeitos para as estratégias a
sobre indicadores específicos; serem implementadas, estabelecendo a
3. Monitoramento da capacidade de absorção hierarquia de efeitos por valor agregado
e outros sistemas críticos de apoio à esperado;
prestação de serviços como o e-SUS e
4. Descrever os tipos de dados, fontes de
georreferenciamento;
dados e periodicidade da coleta;
4. Aprimoramento de métodos de busca ativa,
visando a detecção na fase inicial da doença. 5. Fornecer indicadores, metas e a frequência
de relatórios em um formato padronizado;
A utilização de instrumentos de medição
padronizados em todos os níveis da organização 6. Orientar o uso de instrumentos de coleta de
dos serviços públicos é o alicerce para fortalecer rotina das atividades planejadas para medir
os vínculos entre a assistência e a vigilância. Para os resultados esperados;
a elaboração dos planos estaduais e municipais, 7. Disseminar resultados.
propõe-se uma lista de indicadores de produto,
resultado e impacto, a serem utilizados na
verificação do desenvolvimento das ações e
do controle da doença. Foram selecionados
indicadores para cada uma das atividades segundo
os objetivos dos pilares, com base na estratégia da
OMS. Dessa forma, os estados e municípios deverão
utilizar a lista para monitoramento nos diferentes
níveis (Quadro 5).
Além do monitoramento indireto por meio
do acompanhamento desses indicadores, tendo
como fonte dos dados o Sistema de Agravos de
Notificação (Sinan), com divulgação pública no
Tabnet do DataSUS, e o painel de monitoramento
(Dashboard), cabe aos três níveis de gestão uma
priorização de visitas de monitoramento para o
acompanhamento das ações/atividades/tarefas no
nível local, com foco nas notificações e atualizações
mensais nos boletins de acompanhamento.
34
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
35
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
1.3. Fomentar pesquisas básicas 1.3.2. Percentual de agências Resultado Internet ou Anual
e operacionais sobre os aspectos de fomento que priorizaram agência de
prioritários em hanseníase e a hanseníase no âmbito da fomentos
maximizar a base de evidências pesquisa
para orientar políticas,
estratégias e atividades
1.4. Fortalecer o sistema de 1.4.1. Número de boletins de Produto Sinan Anual
vigilância e informação em acompanhamento dos casos
saúde para monitoramento e em tratamento alimentados e
avaliação do programa atualizados no Sinan
1.4. Fortalecer o sistema de 1.4.2. Número de casos de Produto FormSus do Semestral
vigilância e informação em hanseníase em menores de 15 incidente
saúde para monitoramento e anos com GIF 2 investigados crítico
avaliação do programa como incidente crítico
1.4. Fortalecer o sistema de 1.4.2. Proporção de casos de Resultado FormSus do Semestral
vigilância e informação em hanseníase em menores de 15 incidente
saúde para monitoramento e anos com GIF 2 investigados crítico
avaliação do programa como incidente crítico
1.4. Fortalecer o sistema de 1.4.3. Número de boletins Produto Documentos Semestral
vigilância e informação em epidemiológicos de hanseníase e relatórios
saúde para monitoramento e publicados
avaliação do programa
1.4. Fortalecer o sistema de 1.4.4. Número de capacitações Produto Documentos Semestral
vigilância e informação em em Sistema de Informação de e relatórios
saúde para monitoramento e Agravos de Notificação (Sinan)
avaliação do programa para hanseníase
1.4. Fortalecer o sistema de 1.4.5. Número de capacitações Produto Documentos Semestral
vigilância e informação em em análise epidemiológica da e relatórios
saúde para monitoramento e hanseníase
avaliação do programa
1.4. Fortalecer o sistema de 1.4.6. Número de capacitações Produto Documentos Semestral
vigilância e informação em em Sistemas de Informações ou relatórios
saúde para monitoramento e Geográficas (SIG) técnicos
avaliação do programa
1.4. Fortalecer o sistema de 1.4.7. Número de estados/ Produto Documentos Semestral
vigilância e informação em municípios que realizam ou relatórios
saúde para monitoramento e vigilância das recidivas técnicos
avaliação do programa
1.4. Fortalecer o sistema de 1.4.7. Proporção de estados/ Resultado Documento Semestral
vigilância e informação em municípios que realizam ou relatório
saúde para monitoramento e vigilância das recidivas técnico
avaliação do programa
Pilar 3 - ENFRENTAR A HANSENÍASE E SUAS COMPLICAÇÕES
Fonte de
Objetivos Indicadores Classificação Periodicidade
verificação
2.1. Potencializar ações de 2.1.1. Número de campanhas Produto Documento Semestral
informação, comunicação e de Informação, Educação e ou relatório
educação em hanseníase junto Comunicação (IEC) realizadas técnico
às pessoas acometidas, suas
famílias e comunidades e à
sociedade geral
36
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
37
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
2.2. Promover a detecção precoce 2.2.7. Número de casos novos Produto Sinan Semestral
de casos de hanseníase descobertos por investigação de
contatos realizadas
2.2. Promover a detecção precoce 2.2.7. Proporção de casos novos Resultado Documento Semestral
de casos de hanseníase descobertos por investigação de ou relatório
contatos realizadas técnico
2.2. Promover a detecção precoce 2.2.8. Número de atividades Resultado Sinan Semestral
de casos de hanseníase de busca ativa e exames de
coletividade
2.2. Promover a detecção precoce 2.2.9. Número de casos novos de Produto Sinan Semestral
de casos de hanseníase hanseníase diagnosticados na
Atenção Primária
2.2. Promover a detecção precoce 2.2.9. Proporção de casos novos Resultado Sinan Semestral
de casos de hanseníase de hanseníase diagnosticados
na Atenção Primária
2.2. Promover a detecção precoce 2.2.10. Número de pacientes Produto Sinan Semestral
de casos de hanseníase curados de hanseníase entre os
casos novos diagnosticados nos
anos das coortes
2.2. Promover a detecção precoce 2.2.10. Proporção de pacientes Resultado Sinan Semestral
de casos de hanseníase curados de hanseníase entre os
casos novos diagnosticados nos
anos das coortes
2.2. Promover a detecção precoce 2.2.11. Número de pacientes Produto Sinan Semestral
de casos de hanseníase curados em todos os esquemas
terapêuticos de hanseníase
entre os casos novos
diagnosticados nos anos das
coortes
2.2. Promover a detecção precoce 2.2.11. Percentual de pacientes Resultado Sinan Semestral
de casos de hanseníase curados em todos os esquemas
terapêuticos de hanseníase
entre os casos novos
diagnosticados nos anos das
coortes
2.3. Assegurar o início imediato 2.3.1. Número de casos novos Produto Sinan Semestral
da medicação, a adesão do de hanseníase com grau 2 de
paciente e a conclusão do incapacidade física no momento
tratamento do diagnóstico, entre os casos
novos detectados e avaliados
no ano
2.3. Assegurar o início imediato 2.3.1. Proporção de casos novos Resultado Sinan Semestral
da medicação, a adesão do de hanseníase com grau 2 de
paciente e a conclusão do incapacidade física no momento
tratamento do diagnóstico, entre os casos
novos detectados e avaliados
no ano
2.3. Assegurar o início imediato 2.3.2. Intervalo em dias entre a Resultado Sinan Semestral
da medicação, a adesão do data do diagnóstico e início do
paciente e a conclusão do tratamento
tratamento
2.3. Assegurar o início imediato 2.3.3. Disponibilidade de blisters Resultado Documento Semestral
da medicação, a adesão do de 3 meses ou relatório
paciente e a conclusão do técnico
tratamento
38
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
2.3. Assegurar o início imediato 2.3.4. Número de casos de Produto Sinan Semestral
da medicação, a adesão do hanseníase em abandono de
paciente e a conclusão do tratamento entre os casos novos
tratamento diagnosticados nos anos das
coortes
2.3. Assegurar o início imediato 2.3.4. Proporção de casos de Resultado Documento Semestral
da medicação, a adesão do hanseníase em abandono de ou relatório
paciente e a conclusão do tratamento entre os casos novos técnico
tratamento diagnosticados nos anos das
coortes
2.3. Assegurar o início imediato 2.3.5. Número de grupos Produto Sinan Semestral
da medicação, a adesão do autocuidado formados
paciente e a conclusão do
tratamento
2.4. Qualificar as ações de 2.4.1. Número de casos com Resultado FormSus e Semestral
prevenção e o manejo das reação hansênica durante o relatório
incapacidades durante o tratamento Técnico
tratamento e no pós-alta
2.4. Qualificar as ações de 2.4.1. Proporção de casos de Resultado Sinan Semestral
prevenção e o manejo das hanseníase curados com grau 2
incapacidades durante o de incapacidade física entre os
tratamento e no pós-alta casos avaliados no momento da
alta por cura
2.4. Qualificar as ações de 2.4.2. Número de casos de Produto Sinan Semestral
prevenção e o manejo das hanseníase curados com grau 2
incapacidades durante o de incapacidade física entre os
tratamento e no pós-alta casos avaliados no momento da
alta
2.4. Qualificar as ações de 2.4.2. Proporção de casos de Resultado Sinan Semestral
prevenção e o manejo das hanseníase curados com grau 2
incapacidades durante o de incapacidade física entre os
tratamento e no pós-alta casos avaliados no momento da
alta
2.4. Qualificar as ações de 2.4.3. Número de casos novos Produto Sinan Semestral
prevenção e o manejo das de hanseníase com grau de
incapacidades durante o incapacidade física avaliado no
tratamento e no pós-alta diagnóstico
2.4. Qualificar as ações de 2.4.3. Proporção de casos novos Resultado Sinan Semestral
prevenção e o manejo das de hanseníase com grau de
incapacidades durante o incapacidade física avaliado no
tratamento e no pós-alta diagnóstico
2.5. Fortalecer a rede de 2.5.1. Número de estados que Insumo FormSus e Semestral
laboratórios e Centros de compõem a rede de resistência relatório
Referência em hanseníase, medicamentosa em hanseníase técnico
incluindo a vigilância da
resistência medicamentosa
2.5. Fortalecer a rede de 2.5.1. Proporção de estados que Resultado FormSus e Semestral
laboratórios e Centros de compõem a rede de resistência relatório
Referência em hanseníase, medicamentosa em hanseníase técnico
incluindo a vigilância da
resistência medicamentosa
2.5. Fortalecer a rede de 2.5.2. Número de casos novos Produto Sinan Anual
laboratórios e Centros de multibacilares (MB) com
Referência em hanseníase, realização de baciloscopias no
incluindo a vigilância da momento do diagnóstico
resistência medicamentosa
39
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
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Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
41
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
3.4. Promover o acesso a serviços 3.4.1. Número de parcerias Produto Documento Anual
e programas de apoio social e entre associações de pessoas ou relatório
financeiro acometidas pela hanseníase e técnico
os programas de hanseníase do
governo
3.4. Promover o acesso a serviços 3.4.2. Número de estados/ Produto Documento Semestral
e programas de apoio social e municípios com legislação que ou relatório
financeiro permite o acesso ao apoio social técnico
e financeiro a pacientes com
hanseníase
Referências
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conforme estabelecido pelo Ministério da Saúde, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS. Diário Oficial
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BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 236, de 28 de dezembro de 1972. Baixa as instruções referentes à
internação de doentes de Lepra em Hospitais Especializados. Diário Oficial da União, Brasília, 16 jan. 1973.
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com Deficiência no âmbito do Sistema Único de Saúde. Diário Oficial da União, Brasília, Seção 1, 25 abr. 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017. Aprova a Política Nacional de
Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União, Brasília, Seção 1, 22 set. 2017b.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Portaria nº 594, de 29 de outubro de 2010.
Define a habilitação dos Serviços de Atenção Integral em Hanseníase. Diário Oficial da União, Brasília, Seção
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Define critérios para habilitação de unidades de Saúde como Centro de Referência de Hanseníase. Diário
Oficial da União, Brasília, Seção 1, 2006.
BRASIL. Presidência da República. Decreto n. 9.795, de 17 de maio de 2019. Aprova a Estrutura Regimental e
o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções de Confiança do Ministério da Saúde [...].
Diário Oficial da União, Brasília, Seção 1, 20 maio 2019.
42
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
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normas sobre as políticas nacionais de saúde do Sistema Único de Saúde. Diário Oficial da União, Brasília,
Seção 1, 3 out. 2017a.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Interministerial nº 3, de 27 de outubro de 1978. Bol. Div. Nac. Derm.
Sanit., Brasília, v. 37, n. 1/4, p. 15-18, 1978.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância e Doenças
Transmissíveis. Guia Prático sobre a hanseníase. Brasília: Ministério da Saúde, 2017c. 70 p.
43
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
Quadro 6 - Relação dos municípios por estado, segundo os grupos e subgrupos epidemiológicos e operacionais
ACRE
44
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
ALAGOAS
45
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
AMAZONAS
AMAPÁ
46
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
BAHIA
47
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
BAHIA
48
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
BAHIA
49
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
BAHIA
50
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
BAHIA
CEARÁ
51
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
CEARÁ
52
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
ESPÍRITO SANTO
DISTRITO FEDERAL
53
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
GOIÁS
54
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
GOIÁS
55
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
GOIÁS
56
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
MARANHÃO
57
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
MARANHÃO
58
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
MARANHÃO
59
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
MINAS GERAIS
60
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
MINAS GERAIS
61
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
MINAS GERAIS
62
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
MINAS GERAIS
63
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
MINAS GERAIS
64
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
MINAS GERAIS
65
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
MINAS GERAIS
66
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
MINAS GERAIS
67
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
MINAS GERAIS
68
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
69
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
MATO GROSSO
70
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
MATO GROSSO
71
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
PARÁ
72
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
PARÁ
73
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
PARAÍBA
74
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
PARAÍBA
75
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
PARAÍBA
76
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
PARANÁ
77
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
PARANÁ
78
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
PARANÁ
79
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
PARANÁ
80
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
PERNAMBUCO
81
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
PERNAMBUCO
82
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
PIAUÍ
83
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
PIAUÍ
84
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
PIAUÍ
85
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
RIO DE JANEIRO
86
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
87
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
88
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
RONDONIA
RORAIMA
89
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
90
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
91
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
92
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
93
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
94
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
SANTA CATARINA
95
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
SANTA CATARINA
96
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
SANTA CATARINA
97
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
SERGIPE
98
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
SÃO PAULO
99
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
SÃO PAULO
100
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
SÃO PAULO
101
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
SÃO PAULO
102
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
SÃO PAULO
103
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
SÃO PAULO
104
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
SÃO PAULO
105
Coordenação Geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (CGDE) - Ministério da Saúde
TOCANTINS
106
Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019 | 2020
TOCANTINS
107
Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde
www.saude.gov.br/bvs