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Manual
ABC
DE
das
Hepatites
Virais para
Cirurgiões-Dentistas
Brasília – DF
2010
Manual ABCDE das Hepatites Virais para Cirurgiões-Dentistas
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Vigilância em Saúde
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
Brasília – DF
2010
1
© 2010 Ministério da Saúde.
Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que
não seja para venda ou qualquer fim comercial.
A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens dessa obra é da área técnica.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do
Ministério da Saúde: http://www.saude.gov.br/bvs
Autores: Edição:
Cláudio Heliomar Vicente da Silva Angela Gasperin Martinazzo
Fabrício Bitu Sousa Dario Noleto
Gustavo Pina Godoy Myllene Priscilla Müller Nunes
Laura Alves de Souza Telma Tavares Richa e Sousa
Mário Rogério Lima Mota
Ricardo Gadelha de Abreu Projeto gráfico, capa e diagramação:
Silvânia Suely Caribe de Araújo Andrade Marcos Cleuton de Oliveira
Colaboradores: Editora MS
Ana Mônica de Mello Coordenação de Gestão Editorial
Carmem Regina Nery e Silva SIA, trecho 4, lotes 540/610
Clarissa Pessoa Fernandes CEP: 71200-040, Brasília – DF
Evilene Lima Fernandes Tels.: (61) 3233-1774 / 2020
Helena Cristina Alves Vieira Lima Fax: (61) 3233-9558
Leandro Queiroz Santi E-mail: editora.ms@saude.gov.br
Luciana Teodoro de Rezende Lara Home page: http://www.saude.gov.br/editora
Naiara Paola Veslasquez Thomazoni
Polyanna Christine Bezerra Ribeiro Equipe editorial:
Rafael Lima Verde Orterne Normalização: Adenilson Félix
Renata Pedrosa Guimarães
Ficha Catalográfica
_____________________________________________________________________________________________________
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais.
Manual A B C D E das Hepatites Virais para Cirurgiões Dentistas / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância
em Saúde, Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010.
100 p. : il. – (Série F. Comunicação e Educação em Saúde)
ISBN
1. Hepatite viral. 2. Agravos à saúde. 3. Programa Nacional para a Prevenção e o Controle das Hepatites Virais. I.
Título. II. Série.
CDU 616.36
_____________________________________________________________________________________________________
Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2010/0472
APRESENTAÇÃO
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Manual ABCDE das Hepatites Virais para Cirurgiões-Dentistas
INTRODUÇÃO
9
Ministério da Saúde
10
I
Epidemiologia
Manual ABCDE das Hepatites Virais para Cirurgiões-Dentistas
1 EPIDEMIOLOGIA
ATENÇÃO!
Suspeita clínica/bioquímica
Sintomático ictérico
t*OEJWÓEVPRVFEFTFOWPMWFVJDUFSÓDJBTVCJUBNFOUF SFDFOUFNFOUF
ou não), com ou sem sintomas como febre, mal-estar, náuseas,
vômitos, mialgia, colúria e hipocolia fecal.
t*OEJWÓEVP RVF EFTFOWPMWFV JDUFSÓDJB TVCJUBNFOUF
B RVBM
evoluiu para óbito, sem outro diagnóstico etiológico
confirmado.
- Sintomático anictérico
t *OEJWÓEVPTFNJDUFSÓDJB
RVFBQSFTFOUFVNPVNBJTTJOUPNBT
como febre, mal-estar, náusea, vômitos, mialgia e que, na
investigação laboratorial, apresente valor aumentado das
aminotransferases.
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Manual ABCDE das Hepatites Virais para Cirurgiões-Dentistas
- Assintomático
t *OEJWÓEVPFYQPTUPBVNBGPOUFEFJOGFDÎÍPCFNEPDVNFOUBEB
(na hemodiálise, em acidente ocupacional com exposição per-
cutânea ou de mucosas, por transfusão de sangue ou hemoderi-
vados, procedimentos cirúrgico-odontológicos/odontológicos/
colocação de piercing/tatuagem com material contaminado,
por uso de drogas endovenosas com compartilhamento de ser-
inga ou agulha.
t$PNVOJDBOUF EF DBTP DPOĕSNBEP EF IFQBUJUF
JOEFQFO
dentemente da forma clínica e evolutiva do caso índice.
t*OEJWÓEVP DPN BMUFSBÎÍP EF BNJOPUSBOTGFSBTFT OP TPSP
igual ou superior a três vezes o valor máximo normal dessas
enzimas, segundo o método utilizado.
- Doador de sangue
t*OEJWÓEVPBTTJOUPNÈUJDPEPBEPSEFTBOHVF
DPNVNPVNBJT
marcadores reagentes para hepatite A, B, C, D ou E.
Hepatite A
t*OEJWÓEVPRVFQSFFODIBBTDPOEJÎÜFTEFDBTPTVTQFJUPFRVF
apresente anti-HAV IgM reagente.
t*OEJWÓEVPRVFQSFFODIBBTDPOEJÎÜFTEFDBTPTVTQFJUPFRVF
apresente vínculo epidemiológico com caso confirmado
(anti-HAV IgM reagente) de hepatite A.
Hepatite B
t *OEJWÓEVPRVFQSFFODIBBTDPOEJÎÜFTEFDBTPTVTQFJUPFRVFBQSFTFOUF
um ou mais dos marcadores sorológicos reagentes ou exame de
biologia molecular para hepatite B, conforme listado abaixo:
15
Ministério da Saúde
- HBsAg reagente;
- Anti-HBc IgM reagente;
- HBeAg reagente;
- DNA do VHB detectável.
Hepatite C
t *OEJWÓEVPRVFQSFFODIBBTDPOEJÎÜFTEFDBTPTVTQFJUP
FRVF
apresente anti-HCV reagente e RNA do HCV detectável.
Hepatite D
t *OEJWÓEVPRVFQSFFODIBBTDPOEJÎÜFTEFDBTPTVTQFJUP
FRVF
apresente HBsAg ou anti-HBc IgM reagentes e um ou mais
dos marcadores sorológicos conforme listado abaixo:
Hepatite E
t*OEJWÓEVPRVFQSFFODIBBTDPOEJÎÜFTEFDBTPTVTQFJUPFRVF
apresente anti-HEV IgM reagente.
t*OEJWÓEVPTDPNNBSDBEPSFTTPSPMØHJDPTEFJOGFDÎÍPQBTTBEB
porém curados no momento da investigação, deverão ser
notificados e classificados como casos de cicatriz sorológica.
1.2.1 Hepatites A e E
1.2.2 Hepatites B e D
17
Ministério da Saúde
2 A superinfecção compreende a infecção pelo vírus Delta em paciente portador crônico da hepatite B.
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Manual ABCDE das Hepatites Virais para Cirurgiões-Dentistas
ATENÇÃO!
t FTDPWBTEFEFOUFT
t MÉNJOBTEFCBSCFBSPVEFEFQJMBS
t JOTUSVNFOUPTEFNBOJDVSF
UBUVBHFOTPVDPMPDBÎÍPEFpiercings;
t FRVJQBNFOUPTQBSBPVTPEFESPHBTJOKFUÈWFJT
JOBMÈWFJT
ou pipadas;
t BHVMIBTPVTFSJOHBT
1.2.3 Hepatite C
ATENÇÃO!
20
II
Medidas de
prevenção
Manual ABCDE das Hepatites Virais para Cirurgiões-Dentistas
2. MEDIDAS DE PREVENÇÃO
2.1 Hepatites A e E
tDPOTVNPEFÈHVBUSBUBEB
t MBWBHFN EBT NÍPT BOUFT F BQØT PT QSPDFEJNFOUPT PEPOUPMØHJDPT
após o uso do banheiro, antes da preparação de alimentos e antes de
se alimentar;
t DVNQSJNFOUP EBT OPSNBT EF CJPTTFHVSBOÎB OPT QSPDFEJNFOUPT
odontológicos;
t MBWBHFNEFBMJNFOUPTDSVT GSVUBT
WFSEVSBTFMFHVNFT
EFJYBOEP
os mergulhados por 30 minutos em solução preparada com 1 colher
das de sopa de hipoclorito de sódio a 2,5% para cada litro de água;
t DPOTVNPEFNBSJTDPTFGSVUPTEPNBSCFNDP[JEPT
ATENÇÃO!
tWBDJOBÎÍPDPOUSBBIFQBUJUF#
tVTPEFQSFTFSWBUJWPFNRVBJTRVFSQSÈUJDBTTFYVBJT
t OÍP DPNQBSUJMIBNFOUP EF PCKFUPT QFTTPBJT FTDPWBT EF EFOUFT
lâminas de barbear ou de depilar, seringas, agulhas, cachimbos e
canudos para o uso de drogas, instrumentos de manicure, materiais
para confecção de tatuagens ou colocação de piercings;
tCJPTTFHVSBOÎBBEFRVBEBOPTQSPDFEJNFOUPTNÏEJDPTFPEPOUPMØHJDPT
%JTQPOÓWFMOBTTBMBTEFWBDJOBOBSFEF464QBSBJOEJWÓEVPTEFB
anos, devendo ser administrada em três doses (0, 30 e 180 dias após a
primeira dose), garantindo imunidade de cerca de 90 a 95% dos casos,
conferindo imunidade também contra a hepatite Delta (Nota Técnica
nº 35/2008/CGPNI/DEVEP/SUS/MS).
ATENÇÃO!
t USBCBMIBEPSFTEBTBÞEF
t HFTUBOUFTBQØTPQSJNFJSPUSJNFTUSFEFHFTUBÎÍP
24
Manual ABCDE das Hepatites Virais para Cirurgiões-Dentistas
t QFTTPBTJOGFDUBEBTDPN)*7
t QFTTPBTWJWFOEPDPNBJET
t BTQMFOJBBOBUÙNJDBPVGVODJPOBMFEPFOÎBTSFMBDJPOBEBT
t DPOWÓWJPEPNJDJMJBSDPOUÓOVPDPNQFTTPBTQPSUBEPSBTEF7)#
t EPBEPSFTEFØSHÍPTTØMJEPTPVEFNFEVMBØTTFB
t JNVOPEFĕDJÐODJBDPOHÐOJUBPVBERVJSJEB
t EPFOÎBTBVUPJNVOFT
t EPFOÎBTEPTBOHVF
t ĕCSPTFDÓTUJDB NVDPWJTDJEPTF
t IFNPGÓMJDPT
t QPSUBEPSFTEFIFQBUPQBUJBTDSÙOJDBTFIFQBUJUF$
t QPSUBEPSFTEFEPFOÎBTSFOBJTDSÙOJDBTRVFOFDFTTJUBNEFEJÈMJTF
hemodiálise;
t JNVOPEFQSJNJEPT
t QPSUBEPSFTEFOFPQMBTJBT
t USBOTQMBOUBEPTEFØSHÍPTTØMJEPTPVEFNFEVMBØTTFB
25
Ministério da Saúde
t WÓUJNBTEFBCVTPTFYVBM
t DPNVOJDBOUFTTFYVBJTEFDBTPBHVEPEFIFQBUJUF#
t WÓUJNBTEFFYQPTJÎÍPTBOHVÓOFB BDJEFOUFTQFSGVSPDPSUBOUFTPV
exposição de mucosas), quando o caso-fonte for portador do
HBV ou de alto risco;
t SFDÏNOBTDJEPTEFNÍFTTBCJEBNFOUFQPSUBEPSBTEP)#7
2.3 Hepatite C
3 DIAGNÓSTICO
Marcadores sorológicos:
Hepatite A
29
Ministério da Saúde
Hepatite B
Anti- Anti-
Anti- Anti-
Interpretação HBsAg HBc HBc HBeAg
HBe HBs
total IgM
31
Ministério da Saúde
Hepatite C
Hepatite D
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Manual ABCDE das Hepatites Virais para Cirurgiões-Dentistas
Hepatite E
33
Ministério da Saúde
a. Hepatite B
b. Hepatite C
t%JBHOØTUJDP
- inicial;
- de acidente ocupacional;
- transmissão vertical do VHC;
- em imunossuprimidos.
t .POJUPSBNFOUPUFSBQÐVUJDP FYBNFRVBMJUBUJWPFRVBOUJUBUJWP
t "WBMJBÎÍP EF SFTQPTUB WJSPMØHJDB TVTUFOUBEB EB IFQBUJUF DSÙOJDB
pelo vírus C, após seis meses do final do tratamento.
34
IV
Manifestações
clínicas
Manual ABCDE das Hepatites Virais para Cirurgiões-Dentistas
4 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
ATENÇÃO!
t 1FTTPBTDPNRVBMRVFSUJQPEFJNVOPEFĕDJÐODJBUBNCÏNUÐNNBJPS
chance de cronificação após uma infecção pelo VHB.
t /ÍPFYJTUFGBTFDSÙOJDBOBIFQBUJUF"
37
Ministério da Saúde
)FQBUJUFDSÙOJDB
ATENÇÃO!
39
Condutas
terapêuticas
para as
hepatites virais
preconizadas
pelo SUS
V
Manual ABCDE das Hepatites Virais para Cirurgiões-Dentistas
43
Manifestações
orais em
portadores
VI
das hepatites
virais
Manual ABCDE das Hepatites Virais para Cirurgiões-Dentistas
O Líquen Plano Oral (LPO) tem sido relatado como mais prevalente
em pacientes portadores de hepatite C crônica em comparação com a
população geral (GROSSMANN et al., 2007); porém, a associação entre
essas enfermidades ainda permanece controversa.
VII
Manual ABCDE das Hepatites Virais para Cirurgiões-Dentistas
ATENÇÃO!
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Ministério da Saúde
52
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Manual ABCDE das Hepatites Virais para Cirurgiões-Dentistas
ATENÇÃO!
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Ministério da Saúde
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Farmacologia
aplicada às
hepatopatias e
pós-transplantes
VIII
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Mecanismo
Agravo Fármaco Repercussões
de ação
(Continua)
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Ministério da Saúde
(Continuação)
Mecanismo
Agravo Fármaco Repercussões
de ação
Nefrotoxicidade (tubulopatia
Inibidor nu- proximal) com elevação da creatinina
cleotídeo de sérica, Síndrome de Fanconi, Diabetes
Tenofovir insipidus nefrogênica, hipofosfatemia,
polimerase hiperfosfatúria e aminoacidúria, alter-
viral ação do metabolismo ósseo, redução
de densidade óssea (alterações nos
níveis séricos de cálcio e fosfato).
Inibidor nu-
cleotídeo de Nefrotoxicidade com elevação da
Adefovir creatinina sérica (lesão do epitélio
polimerase tubular), associada à albuminúria,
viral com ou sem hipofosfatemia.
(Continua)
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Manual ABCDE das Hepatites Virais para Cirurgiões-Dentistas
(Continuação)
Mecanismo
Agravo Fármaco Repercussões
de ação
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Ministério da Saúde
t "45PV"-5FMFWBEPTNBJTEFRVBUSPWF[FTBDJNBEPOPSNBM
t FMFWBÎÍPEFCJMJSSVCJOBTÏSJDBBDJNBEPWBMPSEFSFGFSÐODJB
t BMCVNJOBTÏSJDBBCBJYPEPWBMPSEFSFGFSÐODJB
t TJOBJTEFBTDJUFPVFODFGBMPQBUJBBTTPDJBEBBGBMIBIFQÈUJDB
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Manual ABCDE das Hepatites Virais para Cirurgiões-Dentistas
Fármaco Comentários
Seu uso deve ser feito com cautela em pacientes com cirrose,
pois além de a metabolização dessa droga encontrar-se
reduzida, ocorre um decréscimo da síntese de proteínas
ANTI- plasmáticas (falha hepática), o que causa aumento na
INFLAMATÓRIOS fração livre dessa droga, com aparecimento de toxicidade.
NÃO ESTEROIDAIS Adicionalmente, a presença de plaquetopenia, varizes
esofágicas, sangramento gástrico e úlcera péptica são
comuns em pacientes com hipertensão portal (devido a
cirrose). O uso dessa droga pode potencializar o dano à
mucosa gástrica e produzir sangramento digestivo.
(Continua)
65
Ministério da Saúde
(Continuação)
Fármaco Comentários
Seu uso deve ser feito com cautela em pacientes com
cirrose (menor dose necessária para exercer um bom efeito
ANESTÉSICOS clínico). A maioria dos anestésicos locais do tipo amida é
metabolizada primariamente no fígado (com exceção da
LOCAIS DO GRUPO
articaína, da qual cerca de 90-95% são metabolizados no
AMIDA (LIDOCAÍ-
plasma). Apesar de o uso de anestésicos locais (do grupo
NA, MEPIVACAÍNA) amida) ser seguro, o cirurgião-dentista deve estar ciente
de que concentrações tóxicas de tais drogas são alcançadas
mais facilmente nesses pacientes
ANTIBIÓTICOS
Seu uso deve ser feito com cautela em pacientes com cirrose,
DO GRUPO DOS
pois essa droga possui eliminação hepática e está associada
MACROLÍDEOS
(de forma rara) a necrose hepática e falha hepática.
(AZITROMICINA)
ANTIBIÓTICOS DO Seu uso deve ser feito com cautela em pacientes com cirrose,
pois a farmacocinética dessa droga torna-se alterada na
GRUPO DOS
presença de insuficiência hepática. Entretanto, esse fármaco
MACROLÍDEOS
parece ser seguro e não necessitar de ajuste de dose em
(CLARITROMICINA) paciente com cirrose e função renal normal.
ANTIBIÓTICOS DO Seu uso deve ser feito com cautela em pacientes com
GRUPO DOS cirrose, pois essa droga possui excreção hepática e sua
meia-vida aumenta na presença de insuficiência hepática.
MACROLÍDEOS
Adicionalmente, disfunção hepática (aumento das enzimas
(ERITROMICINA) hepáticas, hepatite colestática e hepatite hepatocelular) tem
sido associada ao uso desta droga.
(Continua)
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Manual ABCDE das Hepatites Virais para Cirurgiões-Dentistas
(Continuação)
Fármaco Comentários
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Ministério da Saúde
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Manual ABCDE das Hepatites Virais para Cirurgiões-Dentistas
Mecanismo de
Imunossupressor Implicações na Saúde Bucal
Ação
Inibe biossíntese
Antimetabólicos Estomatite, náusea, vômito, diarreia,
de purinas e
(ciclofosfamida) cefaleia e leucopenia.
pirimidinas
(Continua)
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Ministério da Saúde
(Continuação)
Mecanismo de
Imunossupressor Implicações na Saúde Bucal
Ação
Antimetabólicos
Inibe biossíntese de Náusea, vômito, cefaleia, diarreia e
(micofenolato
purinas prováveis interações com aciclovir.
mofetil)
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Manual ABCDE das Hepatites Virais para Cirurgiões-Dentistas
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Ministério da Saúde
Cirurgias menores
PACIENTES DE RISCO - 20-40mg de prednisona no dia da cirurgia;
MODERADO - 10-20mg no 2o dia;
- Suspender ao 3o dia.
Cirurgias maiores
- 60mg no dia da cirurgia;
- 30mg no dia seguinte;
- Suspensão ao 3o dia.
Pacientes em dose de manutenção para doença adrenal
(10-20mg prednisona/dia).
Estresse moderado
- Dobrar a dose até o máximo de 60mg;
PACIENTES DE ALTO - Dose de manutenção no segundo dia.
RISCO
Estresse intenso
- Suplementar a dose diária para 60mg/dia;
- Reduzir a dose em 50% ao dia até a dose de
manutenção.
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Considerações
finais
IX
Manual ABCDE das Hepatites Virais para Cirurgiões-Dentistas
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
75
Ministério da Saúde
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Controle de infecções e a prática odontológica em tempos
de aids. Brasília: Manual de Condutas. 2000, 118 p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica. Secretaria de
Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica, 2009.
ESTRELA, C. Controle de infecção em odontologia. São Paulo: Artes Médicas, 2003. 169 p.
'&33&*3"
$5FUBM7JSBMIFQBUJUJTQSFWFOUJPOCZJNNVOJ[BUJPOJornal de Pediatria,
Rio de Janeiro, v. 82, n. 3, p. S55-S66, 2006.
GAZE, Rosangela; CARVALHO, Diana Maul de; WERNECK, Guilherme Loureiro.
Soroprevalência das infecções pelos vírus das hepatites A e B em Macaé, Rio de Janeiro,
Brasil. Cadernos de Saúde Pública [online], Rio de Janeiro, v. 18, n. 5, set./out. 2002.
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2
002000500017>. Acesso em: 02 set. 2009.
76
Manual ABCDE das Hepatites Virais para Cirurgiões-Dentistas
GIR, E. et al. Accidents with biological material and immunization against hepatitis B
among students from the health área. Rev. Latino-am. Enfermagem, Ribeiro Preto, SP, v.
16, n. 3, p. 401-406, 2008.
/*$)*"5"
-:*FUBM&WPMVÎÍPEPTJTPMBNFOUPTFNEPFOÎBTUSBOTNJTTÓWFJTPTTBCFSFT
na prática contemporânea. Ver. Esc. Enferm. São Paulo, v. 38, n. 1, p. 61-70, 2004.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Relatório Mundial da Saúde 2002:
prevenir riscos, promover vida saudável=World Health Report 2002 of World Health
0SHBOJ[BUJPOQSFWFOUJOH3JTLT
1SPNPUJOH)FBMUIZ-JGF<4M>
PASSOS, A. D. C. Aspectos Epidemiológicos das Hepatites virais. Medicina, Ribeirão
Preto, v. 36, p. 30-36, 2003.
PEREIRA, M. G. Epidemiologia: teoria e prática. Editora Guanabara Koogan. 2005.
Anexos
Manual ABCDE das Hepatites Virais para Cirurgiões-Dentistas
ANEXOS
Caso 01
ATENÇÃO!
Caso 02
2. Com o resultado sorológico reagente para VHB e VHD; não reagente para
os demais marcadores de doenças sexualmente transmissíveis; e frente à
normalidade dos exames sanguíneos, qual é a conduta a ser adotada?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________.
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Manual ABCDE das Hepatites Virais para Cirurgiões-Dentistas
Caso 03
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Ministério da Saúde
Caso 04
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Manual ABCDE das Hepatites Virais para Cirurgiões-Dentistas
Caso 05
Exames Resultados
3,8 milhões eritrócitos/mm3
(Referência: 3,8-5,2 milhões de eritrócitos/mm3)
Hb 11,3g/dL
Eritrograma
(Referência: 12-16g/dL)
34,6% de hematócrito
(Referência: 35-47%)
1.400 leucócitos/mL
Leucograma (Referência: 5.000-11.000 leucócitos/mm3)
Neutropenia e linfocitopenia
35.000 plaquetas/mm3
Plaquetometria
(Referência: 140.000-450.000 plaquetas/mm3)
INR 1,62
3,8 milhões eritrócitos/mm3
TTP
(Referência: 3,8-5,2 milhões de eritrócitos/mm3)
Respostas:
Caso 01
ATENÇÃO!
86
Manual ABCDE das Hepatites Virais para Cirurgiões-Dentistas
t $BTPTEFIFQBUJUF"QPEFNTFSGFDIBEPTQPSWÓODVMPFQJEFNJPMØHJDP
dependendo da situação.
Caso 02
87
Ministério da Saúde
Vacinada
Realizar anti-HBs
- Realizar HBsAg
e anti- HBc total
Vacinar e
acompanhar Encaminhar para avaliação
2. Com o resultado sorológico reagente para VHB e VHD; não reagente para
os demais marcadores de doenças sexualmente transmissíveis; e frente à
normalidade dos exames sanguíneos, qual é a conduta a ser adotada?
Caso 03
Exames Resultados
Hemoglobina: 9,7g/dlL
(Referência: 14-18g/dL)
Hematócrito: 30%
(Referência: 42-54%)
Eritrograma
Volume corpuscular médio: 65fl
(Referência: 80-98fl)
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Ministério da Saúde
50.000 plaquetas/mm3
Plaquetometria
(Referência: 140.000-450.000 plaquetas/mm3)
INR: 1,7
Tempo de protrombina
(Referência: 10-14 seg.)
(TP)
INR: até 1,2
180mg/dl
Glicemia em jejum
(Referência: 79-110mg/dL)
6%
Hemoglobina glicada
(Referência: 4-6%)
90
Manual ABCDE das Hepatites Virais para Cirurgiões-Dentistas
ATENÇÃO
t 0VUSPTQBSÉNFUSPTQPEFNJOĘVFODJBSBEFDJTÍPEPVTPEFQSPĕMBYJB
antibiótica, como, por exemplo, neutropenia (menos de 1.000 células/
mm3) e hemoglobina glicada acima de 9%.
t 0QBDJFOUFGPJBWBMJBEPRVBOUPËQPTTJCJMJEBEFEFBMFSHJBBQFOJDJMJOB
91
Ministério da Saúde
Caso 04
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Manual ABCDE das Hepatites Virais para Cirurgiões-Dentistas
Caso 05
Exames Resultados
Eritrograma Hb 11,3g/dL
(Referência: 12-16g/dL)
34,6% de hematócrito
(Referência: 35-47%)
1.400 leucócitos/mL
Leucograma (Referência: 5.000-11.000 leucócitos/mm3)
Neutropenia e linfocitopenia
35.000 plaquetas/mm3
Plaquetometria
(Referência: 140.000-450.000 plaquetas/mm3)
INR 1,62
93
Ministério da Saúde
94
Anexo B- Quadro-resumo das hepatites
Tipo de vírus A B C D E
Fonte de infecção Fezes e saliva Sangue e derivados, Sangue e derivados, Sangue e derivados, Fezes
fluidos corpóreos fluidos corpóreos fluidos corpóreos
Via (modo) de - Fecal-oral: água - Sexual - Parenteral: sangue - Sexual - Fecal-oral: água
transmissão e alimentos - Parenteral: sangue e hemoderivados - Parenteral: sangue e alimentos
contaminados, e hemoderivados, - Sexual: pouco e hemoderivados, contaminados,
manipulação procedimento frequente procedimento manipulação
de alimentos e cirúrgico/ - Uso de drogas cirúrgico/ de alimentos e
utensílios (pessoa odontológico, ilícitas e odontológico, utensílios (pessoa
a pessoa solução de inalatórias solução de a pessoa)
continuidade continuidade
- Vertical: - Vertical:
mãe-filho mãe-filho
Período de
15-45 dias 30-180 dias 15-150 dias 40-180 dias 28-48 dias
incubação
Período de 15 dias antes dos Semanas antes Semanas antes do Pouco antes do Desconhecido
transmissibilidade sintomas até 7 dias do início dos início dos sintomas, início dos sintomas,
após o início da sintomas até o persistindo por persistindo por
icterícia desaparecimento período indefinido período indefinido
destes (forma
aguda) ou enquanto
persistir o antígeno
de superfície do
vírus B - HBsAg
(forma crônica e
portador)
95
Manual ABCDE das Hepatites Virais para Cirurgiões-Dentistas
96
Tipo de vírus A B C D E
Risco de Inexistente Alto (90% nos Alto (85%) Alto (79% na Inexistente
cronificação neonatos e 5-10% superinfecção e
nos adultos) menor que 5% na
Ministério da Saúde
coinfecção)
Prevenção e - Saneamento: - Vacinação - Hemovigilância - Vacinação - Saneamento:
controle melhorias seguindo as - Sexo seguro seguindo as melhorias
sanitárias normas do PNI - Utilização rigorosa normas do PNI sanitárias
domiciliares, - Hemodiálise: das normas de - Hemodiálise: domiciliares,
esgotamento cuidados biossegurança cuidados esgotamento
sanitário específicos com os - Não específicos com os sanitário
- Tratamento procedimentos compartilhamento procedimentos - Tratamento
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