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Alexandre , o

grande

Uma das personalidades mais fascinantes da história, Alexandre, o Grande (356 a.C-323 a.C.) foi um
dos maiores comandantes militares e um dos maiores estrategas de guerra que o mundo conheceu.
Nenhum superlativo parece fazer justiça ao jovem rei Macedónio quando se trata de descrever a
sua personalidade carismática, a sua arte de guerra ou visão de um império multicultural. Em
apenas onze anos conquistou uma área que se estendia da Grécia através do Oriente até a Índia.
Subjugou 19 estados, três continentes e inúmeras etnias numa campanha gigantesca. Senhor da
guerra que desafiou a morte, foi uma lenda em vida, mas apenas a posteridade o tornou um mito.
Logo após a morte de Alexandre, dá-se uma transfiguração, atrás da qual a figura histórica
desaparece quase completamente ao longo dos séculos.

Alexandre fundou, reestabeleceu e deu o seu nome a várias vilas e cidades, atualmente nos
territórios da Bulgária, da Turquia, da Índia, do Afeganistão, do Paquistão, do Turquemenistão, do
Uzbequistão, do Irão, do Tajiquistão, do Golfo da Pérsia e da Síria. Contudo, a mais famosa é
provavelmente a cidade de Alexandria, a segunda maior do Egito e, à época, um importante centro
da civilização helenística, chegando a conquistar o título de maior cidade do mundo antigo antes de
ser ultrapassada por Roma.
Após o assassinato do seu pai, o jovem rei da Macedónia partiu para conquistar um enorme império.
Contra todas as probabilidades, Alexandre liderou o seu exército para vitórias nos territórios persas da
Ásia Menor, Síria e Egito, finalmente chegando ao noroeste da Índia – tudo sem sofrer uma única derrota.
Mas ele não era apenas um génio militar, ele também sabia como conquistar pessoas que o saudavam
como salvador e libertador do domínio persa. No entanto, as muitas batalhas mudaram gradualmente a
personalidade de Alexandre

Conquista do Império Persa


Depois de pacificada a Grécia, Alexandre III iniciou a conquista do império persa que era um entrave nas
rotas da seda, das especiarias e de todo o comércio grego com o exterior. Em 334 a. C, Alexandre III
cruzou o Helesponto – faixa de mar entre a Grécia europeia e a Grécia Asiática, seguindo em direção à
Ásia Menor, onde enfrentou os persas pela primeira vez e alcançou importantes vitórias, chegando a
Górdia, onde cortou com a espada o “nó górdio”, que segundo a profecia lhe assegurava o domínio da
Ásia.

Exército Macedónico
Quando chegou à Ásia Menor, Alexandre, o Grande contava com nove mil lanceiros distribuídos em seis
batalhões, formando as “falanges” – cuja principal arma era a zarissa – lança de grande comprimento, além
da cavalaria que constituía a base do ataque. Amedrontado pelo poderio bélico do líder macedônico, Dario III
propôs a partilha pacífica do império. Alexandre recusou e seguiu em suas conquistas pelo litoral do
Mediterrâneo.Em 332 a. C. Alexandre III ocupou o Egito, onde se fez tratar pelos sacerdotes como filho de
Deus. Fundou a cidade de “Alexandria” que se tornou o centro administrativo do império macedônico. Em
331 a. C. o rei Persa, Dario III é finalmente derrotado e Alexandre entra na Babilônia.Após a morte de Dario em
330 a. C., Alexandre foi aclamado "rei da Ásia e sucessor da dinastia persa”. Por toda parte o Imperador
ganhava confiança e o respeito dos povos conquistados. Em 328 a. C., casou com Roxana, filha do sátrapa
da Bactriana, com quem teve um filho.

Chegada à Índia e o Retorno


Alexandre, o Grande continuou seu projeto imperialista em direção ao Oriente. Em 327 a. C. se dirigiu para a
Índia, país mítico para os gregos, no qual fundou colônias militares e as cidades de Nicéia e Bucéfala, esta
erguida em memória de seu cavalo, às margens do rio Hidaspe.

Ao chegar ao rio Bias, suas tropas se negaram a continuar. Alexandre decidiu voltar e no caminho de volta,
em 324 a. C. chega a Susa, onde toma duas novas esposas, Estatira, filha de Dario III e Parisátide II, uma
jovem persa de nobreza local. Em 323 a. C., Alexandre, o Grande chega à Babilônia, onde contrai uma febre
que, em dez dias lhe tira a vida.
Cultura Helenística
Alexandre, o Grande havia construído um gigantesco império e costumava respeitar os povos vencidos, o
que criou condições para uma integração cultural dentro do vasto império que conquistou.

Com isso, surgiu a “cultura helenística”, uma fusão da cultura helênica (grega) com a cultura oriental.
Alexandre fundou várias cidades ao longo de suas conquistas e muitas delas receberam o nome de
Alexandria, especialmente a fundada no Egito, que se tornou um dos polos irradiadores da civilização
helenística.

Morte e sucessão
A 10 ou 11 de junho de 323 a.C., Alexandre morreu no antigo palácio do rei Nabucodonosor ll, na Babilónia ,
aos 32 anos. Existem duas versões a respeito de sua morte. De acordo com Plutarco, cerca de quatorze dias
antes de falecer, Alexandre deu uma festa ao almirante Nearco e passou aquela noite e a próxima
bebendo .Ele teve então uma febre, que foi piorando até o ponto de não poder falar. Aos soldados comuns,
ansiosos por causa da saúde do seu rei, foi permitido passar por ele silenciosamente e acenar.A segunda
versão, de Diadoro, afirma que Alexandre passou a sofrer de fortes dores após tomar uma enorme porção de
vinho, em uma festa a Héracles. Permaneceu fraco por onze dias; não teve febre e morreu depois de dias de
agonia .Plutarco afirmou que esta última versão não seria verdade.

Após seu falecimento


O corpo de Alexandre foi posto em um sarcófago antropoide de ouro que foi enchido com mel, o qual foi
colocado em um caixão de ouro .De acordo com Eliano, um vidente chamado Aristandro teve uma visão da
terra onde os restos de Alexandre deveriam descansar onde seria "feliz e invencível para sempre". Talvez,
mais provavelmente, os sucessores podem ter visto que o local de enterro de Alexandre serviria como um
símbolo de legitimidade, já que enterrar o rei que o antecedeu era uma prerrogativa real.

9º G

Heloysa e Simón

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