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2023
Revista do NU-SOL — Núcleo de Sociabilidade Libertária
Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais PUC-SP
verve
verve
Revista Semestral do Nu-Sol — Núcleo de Sociabilidade Libertária
Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais, PUC-SP
43
2023
VERVE: Revista Semestral do NU-SOL - Núcleo de Sociabilidade Libertária/
Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais, PUC-SP.
Nº43 (Maio 2023). São Paulo: o Programa, 2023 - semestral
ISSN 1676-9090
Editoria
Nu-Sol
Conselho Editorial
Conselho Consultivo
ISSN 1676-9090
verve
verve
o direito ao segredo
94 the right to secrecy
René Scherer
democracia e tirania
democracy and tyranny
100 [página única 2]
Nu-Sol
resenhas
sobre duas vidas completas... em revolução inacabada
206 on two complete lives... in unfinished revolution
Rogério Nascimento
uma dinamite à política. assim, com o pensamento de saul
newman acerca das irrupções libertárias contemporâneas
abrimos nossa verve. o hypomnemata 264, análise do rescaldo
de 2013, no brasil, parte também de recentes acontecimentos
para desvelar as possibilidades anarquistas no agora. seguindo
adiante, émile armand, com minuciosa apresentação de luíza
uehara, combate o que persiste de moral e política no interior
do movimento ácrata e fourier, com salutar introdução de
flávia lucchesi, atrai pessoas interessadas (e interessantes)
para outros movimentos, utópicos somente para caretas
que aguardam para o futuro o consolo chamado revolução.
rené schérer, um dos filósofos afetados pelo propositor
dos falanstérios, está presente ao lado de fourier em nossa
revista – com generosa tradução e nota de eder amaral –
descrevendo como liberações podem facilmente tornarem-se
tagarelice estéril. frente ao palavrório sem fim, propõe sorver
com prazer escandalosos silêncios. é no calor do momento,
mesmo quando retomamos textos do chamado passado, que
nossa verve pulsa. o nu-sol, problematizando os eventos do
início de 2023, escancara como o fascismo não foi e não será
derrotado por vitórias no pleito eleitoral. adriana martinez
sublinha precisamente como a democracia investe, via política
ecumênica, na captura de resistências. mirando futuros sem
afastar-se do presente, priscila piazentini vieira esmiuça
como na visão fundamental de donna haraway reverberam os
questionamentos intempestivos de emma goldman. rodolpho
jordano netto cartografa a produção de zines e livros
produzidos atualmente por pequenas editoras espalhadas
por vários cantos do país. com arte, algo que nunca faltou a
anarquistas, gustavo vieira traz em cartaz as aventuras vividas
na pele pelo inventor de películas subversivas, armand guerra.
por fim, retomando o primeiro a se declarar um anarquista,
diego lucato escancara a escrita de uma pequena guerra, da
existência anarquista de pierre-joseph proudhon. afinal, é
sempre vida a matéria inflamável das lutas antiautoritárias
travadas por mulheres e homens antipolíticos. esse é o recado
de rogério nascimento em sua vigorosa resenha de recente
publicação de lily litvak. aproveitem, verve 43, com a chegada
do frio de junho, ao sul da Terra, com o calor das labaredas
livres, viva, muito viva, no ar e com a presença de lírio!
43
2023
do anarquismo ao pós-anarquismo
saul newman
2
Aqui faço referência ao livro de Jodi Dean. The Communist Horizon,
London: Verso, 2012.
do anarquismo à anarquia
Essa mudança ontológica da qual me refiro também pode
ser entendida em termos do que o filósofo heideggeriano
Reiner Schürmann chama de experiência da anarquia,
relacionada com a ideia de Heidegger do fechamento
da metafísica, um desvanecimento dos princípios de
época. Ao contrário do pensamento metafísico, onde
a ação sempre deve ser derivada e determinada por um
princípio superior, a arché, “'anarquia’... designa sempre
o desaparecimento de tal regra, o relaxamento de seu
domínio” (Schürmann, 1987, p. 6). Para Schürmann: “A
anarquia que estará em questão aqui é o nome de uma
história que afeta o terreno ou o fundamento da ação, uma
história onde a pedra fundamental cede e onde se torna
óbvio que o princípio da coesão, seja ela autoritária ou
‘racional’, não é mais do que um espaço negro privado de
poder legislativo e normativo” (Idem).
Esse gesto de desenraizar, remover ou questionar a au-
toridade absoluta do arquétipo (arché) — uma forma de
antiautoritarismo ontológico — também é característico
de movimentos teóricos como o da desconstrução, que re-
vela a historicidade e discursividade de nossas estruturas
aceitas de pensamento e experiência, desalojando assim a
centralidade da figura do “Homem” e o que Derrida deno-
mina como “metafísica da presença”. Schürmann afirma,
no entanto, que essa experiência de anarquia — entendida
aqui em termos de indeterminação, contingência, evento
— não torna o pensamento e a ação impossíveis, levando
ao niilismo. Pelo contrário, ao libertar nossa experiência
da autoridade de orientar os primeiros princípios, abre-se
um certo espaço para o pensamento e a ação indetermi-
nados e livres: perguntas como “o que devemos fazer?”,
Referências bibliográficas
Badiou, Alain Badiou. The Communist Hypothesis, London,
Verso, 2010.
Resumo
Neste texto, o pós-anarquismo é apresentado como uma
alternativa para lidar com a realidade contínua do
neoliberalismo e dos movimentos políticos atuais. Essa
abordagem consiste em compreender que o anarquismo parte
da não-aceitação do poder, uma posição que abre espaço para
diversas e variadas formas de liberdade, em vez de um padrão
definido de anarquismo.
Palavras-chave: anarquismo, pós-estruturalismo, pós-
anarquismo.
Abstract
In this text, post-anarchism is presented as an alternative to
deal with the ongoing reality of neoliberalism and current
political movements. This approach consists in understanding
anarchism as something that starts from the non-acceptance
of power, a position that makes room for diverse and varied
forms of freedom, rather than a definite pattern of anarchism.
Keywords: anarchism, poststructuralism, postanarchism.
outras palavras
Dez anos depois dos acontecimentos de junho
de 2013, a designação vândalo voltou a estampar
a capa de jornais, portais de notícias, blogs,
conversas de whatsapp. Contudo, desta vez, os
alvos não foram certos jovens radicais que
enfrentaram a polícia e demais autoridades.
emile armand
\
verve
dossiê émile armand
luiza uehara
Referências bibliográficas
Armand, Émile. El anarquismo individualista. Lo que es,
puede y vale. La Plata, Terramar, 2007.
_______. Le fil renoué. L’Unique – bulletin interiour ex-
clusivement destiné aux “Amis d’É. Armand”, n. 1, junho de
1945.
nudismo revolucionário 1
1
Publicado originalmente na Ecyclopedie Anarchiste (1934) em francês e
depois traduzido para o inglês por Alejandro de Acosta, e publicado no site
thenarchistlibrary.org.
2
Dr. Edouard Toulouse (1865-1947), médico psiquiatra francês, criador da
Liga Francesa de Profilaxia e Higiene mental, em 1920. (N.T.)
3
Neologismo que uniu a palavra grega que originou o termo ginástica
(gymnos) com o conceito de misticismo.(N.T.)
4
Seita do cristianismo surgida entre os séculos II e IV D.C. que buscava a
inocência de Adão no Jardim do Éden. (N.T.)
1
Trecho extraído de "On Sexual Liberty" (1916) e publicado em
theanarchistlibrary.org.
2
Em inglês no texto original francês (N.T.)
4
Joseph Boyer (1894-1961), sindicalista, professor, ligado ao Partido
Comunista Francês. Publicou “A Moral Proletária”, no periódico École
Émancipée, em 1926 (https://maitron.fr/spip.php?article102126). (N.T.)
II
O dicionário Larousse define a palavra moralidade
como: a relação de um ato, dos sentimentos de uma pessoa,
com a regra da moral. Daí vem a expressão “certificado de
moralidade”, para designar o atestado oficial de bons costu-
mes. Cada vez que ouço falar de moral em uma publicação
que se diz mais ou menos anarquista, me vem à mente, es-
pontaneamente, a ideia de um “certificado de moral e bons
costumes”, entregue pelo chefe de polícia do distrito.
Como escrevi na última edição, a palavra moralidade
nunca teria aparecido nos jornais anarquistas ou anar-
quizantes, caso o movimento anarquista não tivesse sido
inundado por pessoas vindas de origem burguesa, que
trouxeram consigo a noção de que é importante confor-
mar-se, em matéria de moral, com as regras estabelecidas.
Uma experiência que já é grande, uma familiaridade que
não data de ontem, me mostrou que um grande número de
flávia lucchesi
1
Sobre isso, ver a análise de Laura Fernandez Cordero a partir do arquivo da
imprensa anarquista na Argentina, entre 1880 e 1930: Amor y anarquismo:
experiencias pioneras que pensaron y ejercieron la libertad sexual, Buenos Aires,
Siglo Veintiuno, 2017.
charles fourier
consequência da monogamia:
o adultério ou a traição
Para se ter uma ideia da espantosa confusão que reina
no amor civilizado, bastaria _______2 para que o único
gênero permitido, o amor constitucional chamado casa-
mento exclusivo ou monogamia, forneça por si só mais de
cem espécies de _______ praticadas sob o nome de adul-
tério ou traição, com os quais reuni, na sexta seção, uma
tabela regular de sessenta e quatro espécies3.
Essa infracção universal na única classe de amores
lícitos, que se julga como uma desordem nos amores...
_______ profunda incompetência social dos nossos legis-
ladores sobre esse ramo da paixão que participa junto com
1
Seleção feita a partir da edição Charles Fourier. La armonía pasional del
nuevo mundo. Taurus, Madrid, 1992.
2
Todos os espaços em branco correspondem a palavras ilegíveis, a fragmentos
do manuscrito original roídos por ratos ou, simplesmente, a momentos em
que Fourier interrompeu sua exposição para seguir desenvolvendo o tema.
3
Uma seleta de “alguns tipos de corno” elencados por Fourier foi publicada
em português na revista Libertárias, nº3, setembro de 1998, São Paulo,
Coletivo Libertárias, pp.28-29.. (N.T.)
6
Os sibaritas, habitantes da cidade de Síbaris, na Grécia Antiga, são
conhecidos pelo cultivo dos prazeres. (N.T.)
7
Conforme o esquema de Torbellino passional ou alma humana, Digino se
refere à duas paixões dominantes (N.T.).
a medicina atraente
Existe, pois, uma medicina atraente ou natural que se
compõe de alimentos agradáveis e sobre os quais os mé-
dicos civilizados não têm a menor noção. Muitas vezes,
o acaso e a inspiração são os meios pelos quais se encon-
tra o remédio atraente e os que o acham cometem uma
infinidade de leviandades a esse respeito, entre outras, a
de querer aplicá-lo a temperamentos muito distantes do
seu, a idades e doenças que diferem em grau. Mesmo que,
por acaso, encontre-se o mesmo temperamento e a mesma
doença (uma difícil constatação entre os 8108), ainda as-
sim, permaneceria a diferença de idade do sujeito e a dos
períodos e circunstâncias do mal. Por conseguinte, pode-
-se dizer que a medicina natural e atraente não nasceu e
que os lances de fortuna que o acaso nos oferece nesse
gênero são benefícios peculiares e perdidos para a ciência,
que não sabe, ou talvez não queira, tomar partido deles,
pois esse conhecimento, uma vez estendido e aperfeiçoa-
do, causaria um déficit enorme nas finanças dos médicos.
8
Fourier calculou existirem 810 tipos de temperamento, para homens e para
mulheres, que se somariam chegando ao número de 1600 habitantes dos
falanstérios idealizados por ele, tendendo à harmonia. (N.T.)
eder amaral
o direito ao segredo1
rené schérer
1
Publicado originalmente em L’Observatoire de la télévision, revista mensal,
fevereiro de 2000, nº 18. Esse foi o último número impresso da revista,
que desde então migrou para o formato eletrônico. A versão aqui traduzida
foi reeditada como “Suplemento – pivô inverso” no livro de René Schérer
intitulado Pour un nouvel anarchisme, Paris, Éditions Cartouche, 2008,
pp. 99-103. A tradução completa dessa obra para o português está em
andamento.
2
Madame de Duras, Olivier ou le secret, Paris, Librairie Joé Corti, 1971, p.
133. A exegese desse romance realizada por Denise Virieux o coloca em
relação com Astolphe de Custine, cujo nome pertence à história literária
da homossexualidade. A mesma comentadora evoca o tema idêntico do
segredo tratado por Stendhal, contemporâneo de Duras: “Seu projeto se
aproximava daquele presente em Mme de Duras, e Armance [romance de
Stendhal publicado em 1827] nos parece uma variação sobre Olivier” (o. c.,
p. 47). Cf. igualmente Joë Bousquet: “Armance é um livro nascido de uma
reflexão crítica sobre Olivier, manuscrito de Mme de Duras. Sabemos disso.”
(Ourika suivi de Édouard, préface de Jean Giraud, étude de Joë Bousquet,
Paris, Stock, 1950, p. 46).
4
No original, “honteux petit secret”. (N. T.)
6
Ano de publicação original deste texto. (N. T.)
o ecumenismo renovado
e as técnicas de dependência
adriana martinez
terreno fértil
O século XXI iniciou-se com a expectativa de enterrar
os regimes autoritários, reacionários, totalitários, os
moedores de corpos e mentes do século anterior, sendo
primordial evitar todo e qualquer ressurgimento. A
democracia firmou-se como princípio universal a ser
seguido e defendido, mesmo que para isso fosse imperativo
iniciar uma guerra. Aqui e acolá convoca-se a participar
para que cada um em seu contexto assuma o protagonismo
social, tornando-se pauta habitual a busca por direitos e a
promoção de políticas públicas. Comemora-se a liberdade
liberal com seus projetos de segurança manifestados, hoje
em dia, por meio da inclusão, cultura de paz/tolerância,
capitalismo sustentável e responsabilidades individuais.
A racionalidade neoliberal, já consolidada, está
presente na regulação e condução dos Estados, do
mesmo modo que a concorrência entre os sujeitos e /ou
corporações organiza, no livre mercado, um estilo de vida
estilhaçar o pêndulo
A convocação democrática configurada nas últimas
décadas a partir da racionalidade neoliberal e norteada
pelo ecumenismo renovado propiciou as novas lideranças
políticas, abrindo espaço para o fortalecimento de forças
reacionárias, autoritárias e nacionalistas, que lançaram
mão do discurso democrático, que até este momento
era refúgio quase exclusivo da esquerda paladina das
instituições governamentais. Desta maneira, as práticas
Referências bibliográficas
Deleuze, Gilles. Conversações. Tradução de Peter Pál
Pelbart. Rio de Janeiro, Ed. 34, 2004.
Foucault, Michel. “O sujeito e o poder”. In: Motta,
Manoel Barros (org.). Genealogia da ética, subjetividade e
sexualidade (Ditos e Escritos, vol. IX). Tradução de Abner
Chiquieri. Rio de Janeiro, Forense Universitária, 2014, pp.
118-140.
___________. Nascimento da biopolítica: curso no Collége
de France (1978 – 1979). Tradução de Eduardo Brandão.
São Paulo, Martins Fontes, 2008 – (Coleção tópicos).
Documentos
Papa João XXIII. “Concilio Vaticano II” (Humanae sa-
lutis). Disponível em: <http://www.vatican.va/content/
john-xxiii/pt/speeches/1962/documents/hf_j-xxiii_
spe_19621011_opening-council.html> Acesso em: 16 de
março de 2023.
Papa Paulo VI. “Decreto sobre Ecumenismo” (Unitatis
Redintegratio). Disponível em: <http://www.vatican.va/
archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-
-ii_decree_19641121_unitatis-redintegratio_po.html>
Acesso em: 26 de março de 2023.
Papa João Paulo II. “Carta Encíclica Sobre o Empenho
Ecumênico” (Ut Unum Sint). Disponível em: <http://
www.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/encyclicals/do-
cuments/hf_jp-ii_enc_25051995_ut-unum-sint.html>
Acesso em: 28 de março de 2023.
Papa Francisco. “Mensagem do papa Francisco à con-
ferência da ONU com a finalidade de negociar um ins-
trumento juridicamente vinculante sobre a proibição
das armas nucleares e que leve à sua total eliminação”.
Disponível em: <http://www.vatican.va/content/frances-
co/pt/messages/pont-messages/2017/documents/papa-
-francesco_20170323_messaggio-onu.html> Acesso em:
30 de março de 2023.
Resumo:
No novo milênio, fixou-se a convocação democrática para
a participação política e se inaugurou o exercício de poder
ecumênico atravessado por técnicas nas quais é possível
constatar o movimento de arrebanhamento voluntário de
sujeitos. Nesse contexto, as pessoas conduzem as suas condutas e
a dos outros mediante processos de mútua dependência.
Palavras-chave: ecumenismo, arrebanhamento,
democratização.
Abstract:
In the new millennium, the democratic call for political
participation was established and the exercise of ecumenical
power was inaugurated, crossed by techniques in which it is
possible to observe the movement of voluntary “gather around”
of subjects. In this context, people conduct their conduct and
that of others through processes of mutual dependency.
Keywords: ecumenism, herding, democratization.
2
A sinopse da história utilizada aqui é baseada na que a editora Minna
divulgou. Disponível em: https://livraria.minnaeditora.com.br/produto/
uma-mulher-no-limiar-do-tempo/. Acesso em: 8 de abril 2023.
4
Faço estas reflexões de modo mais demorado em: Priscila Piazentini
Vieira. A coragem da verdade e a ética do intelectual em Michel Foucault. São
Paulo: Intermeios, 2013.
6
Para entender as relações entre Goldmann e Moura, consultar: Liane
Peters Richter. Emancipação feminina e moral libertária: Emma Goldman e
Maria Lacerda de Moura. Dissertação de Mestrado em História, Unicamp,
1998.
7
Ver essa posição de valorização da maternidade e boa moral feminina
em contraposição à prostituição em: Margareth Rago. Os prazeres da noite.
Prostituição e códigos da sexualidade feminina em São Paulo (1890-1930). Rio
de Janeiro: Paz e Terra, 1991, pp. 67-80.
Referências bibliográficas
Goldman, Emma. Sobre anarquismo, sexo e casamen-
to. Tradução e organização de Mariana Lins. São Paulo,
Hedra, 2021.
Haraway, Donna. Primate Visions: Gender, Race and
Nature in the World of Modern Science. New York, London,
Routledge, 1989, p. 36 (Versão e-book).
9
A frase dá título à obra: Maria Clara Queiroz. Se não puder dançar, esta
não é minha revolução. Aspectos da vida de Emma Goldman. Lisboa: Assírio
& Alvim, 2008.
Resumo
Abstract
This text emphasizes the resonances between Donna Haraway and Emma
Goldman’s anarcho-feminism through four points: the accurate diagnosis of power
relations in the present, especially when considering, for example, the attack on the
heteronormative bourgeois family model; the criticism they make of the Christian
tradition and how it permeates the production of Western subjectivity, pointing
out its intertwining with naturalized female stereotypes, the heteronormative
sexual regime and the practices of militancy encrusted in militancy groups on
the left; the critical relationship they establish with some feminist perspectives,
such as the liberal and the Marxist, proposing changes to the way we think about
militancy and intellectual practice; and, finally, how both open to the creation of
other worlds in the present itself, refusing to wait for the previously programmed
phases towards the redemptive revolution.
as publicações marginais em
território dominado pelo estado
brasileiro no século XXI
introdução
Longe de ser algo novo dentro dos anarquismos, pu-
blicar, traduzir e difundir são práticas seculares e tinham
extrema importância para os anarquistas do século XIX
e da primeira metade do século XX. Panfletos e jornais
eram algo comum e de ampla circulação dentro dos espa-
ços anarquistas, sindicatos, organizações operárias, entre
outros. Com o passar dos anos, essas práticas perderam
força, mas não se extinguiram. Alguns coletivos e organi-
zações anarquistas continuaram publicando seus jornais
e informativos como maneira de difusão e propaganda
libertária.
Na década de 1980, o movimento anarcopunk trouxe
uma prática dos movimentos contraculturais: a publicação
de zines. Estes surgem como alternativas ao mercado edi-
torial e como forma de autopublicação de artistas, poetas,
2
Para mais informações: < https://nogods-nomasters.com/nogodsnomasters/
quem-somos/ > (acesso em: 30/03/2023).
4
Mais informações em: < https://www.instagram.com/edicoestormenta/ >
(Acessado em 30/03/2023).
5
Mais informações em: < https://monstrodosmares.com.br/ > (Acessado
em 30/03/2023).
6
Mais informações em: < https://www.instagram.com/laputeditoreoficial/
> (Acessado em 30/03/2023).
7
Mais informações em: < https://www.instagram.com/ed.insurrectas/ >
(Acessado em 30/03/2023).
8
Mais informações em: < https://www.instagram.com/diyfusao_serigrafia/
> (Acessado em 30/03/2023).
11
Mais informações em: < https://www.instagram.com/anarkadistra/ >
(Acessado em 30/03/2023).
12
Mais informações em: https://www.instagram.com/tsa.editora/ >
(Acessado em 30/03/2023).
conclusão
Como exposto neste artigo, apesar das mudanças de
formato, as publicações marginais anarquistas continuam
vivas e presentes nos espaços de sociabilidade libertária e
para além deles. Os modos de divulgação dessas publi-
cações se adaptam ao meio computo-informacional, não
13
Contribuição voluntária se dá a partir de quanto a pessoa acha que vale
aquele trabalho. Às vezes, se dá de maneira livre e espontânea ou a pessoa
que publicou o material avisa a respeito dos custos que teve para a produção.
Referências bibliográficas
Imprensa Marginal, Uma Breve Apresentação da
Imprensa Marginal. Disponível em www.anarcopunk.
org/imprensamarginal. (Acessado em: 30/03/2023).
No God No Masters. Quem Somos?. Disponível em:
https://nogods-nomasters.com/nogodsnomasters/quem-
-somos/ (Acessado dia 30/03/2023).
Resumo
Este artigo visa analisar brevemente a importância de coletivos
e editoras na difusão dos anarquismos em território dominado
pelo Estado brasileiro e seus papéis de continuidade acerca da
propaganda anarquista de outrora. Pretendemos com este,
fomentar o debate acerca do que designamos como publicações
marginais, sem que com isso criemos uma fórmula fechada.
Além disso, apresentamos um pequeno mapeamento das
editoras e coletivos anarquistas que publicam seus materiais de
forma marginal – sem mediações de gráficas, críticas ao direito
autoral e à propriedade intelectual, publicadas de maneira
artesanal e faça-você-mesma.
Palavras-chave: Publicações marginais, anarquismo;
anarcopunk.
Abstract
This article aims to analyze briefly the importance of collectives
and publishers in the diffusion of anarchism in the territory
dominated by the Brazilian State and their continuing role
in the anarchist propaganda of the past. We intend with this
paper to foment the debate about what we call marginal
publications, without creating a closed formula. In addition, we
present a small mapping of anarchist publishers and collectives
that publish their materials in a marginal way - without the
mediation of printers, critical of copyright and intellectual
property, published in a handmade, do-it-yourself manner.
Keywords: marginal publications; anarchism, anarchopunk.
Recebido em 15 de abril de 2023. Confirmado para publicação
em 10 de maio de 2023.
The underground publication on territory under control of
the brazilian government in the 21st century, Rodolpho
Jordano Netto.
armand guerra:
um cineasta semeador de rebeldias
gustavo vieira
cinema do povo
Em 1913, na cidade de Paris, Guerra produz um filme
para a empresa Éclair, intitulado Un Cri Dans la Jungle
(1913), que chamou a atenção do anarquista Yves-Marie
Bidamant, que, fascinado pela obra, convidou o cineasta
espanhol para formar uma cooperativa cinematográfica
anarquista com o propósito de rodar filmes de interesse
social. Quanto a esse encontro com Bidamant, Guerra
escreveu: “Como resultado de um sucesso que eu havia
conseguido — permita-me dobrar minha modéstia —
como o único ator, diretor e roteirista espanhol atuando
em Paris em 1913 com meu filme Un grito en la selva, no
qual havia escrito, dirigido e estrelado, Bidamant, então
guerra e a revolução
Em razão da vitória das esquerdas nas eleições de 16
de fevereiro de 1936, as facções reacionárias espanholas,
apoiadas pelo fascismo internacional, reagiram com um
golpe militar chefiado pelo General Francisco Franco em
19 de julho do mesmo ano. A ofensiva fascista fez com que
os trabalhadores anarquistas da Confederación Nacional
del Trabajo (CNT), Federación Anarquista Ibérica (FAI) e
grande parte da população espanhola resistissem ao golpe
militar tomando quartéis e armamentos. Entretanto, dian-
te das circunstâncias, os anarquistas espanhóis decidiram,
em vez de lutar pela defesa da democracia e do governo
republicano, partir para a revolução libertária e, ao mesmo
tempo, combater as tropas militares do nazi-fascismo em
um conflito bélico que se estenderia até 1939 (Cubero,
2016). Poucas semanas antes de estourar a Revolução na
Espanha, Armand Guerra foi contratado pelo produtor
Arturo Carballo, que na época dirigia a sala de cinema
madrilenha Cine Doré, para escrever e dirigir um filme.
O filme foi Carne de Fieras, considerado por alguns histo-
riadores e pesquisadores do cinema como a primeira obra
cinematográfica militante anarquista da Espanha.
Com a Revolução em andamento, Guerra queria en-
cerrar as filmagens o quanto antes e seguir para o front
de batalha com a intenção de documentar os combates
dos guerrilheiros libertários da CNT-FAI contra as tro-
pas franquistas. Porém, a pedido do Sindicato Único de la
3
Arturo Carballo não voltou mais a produzir outros filmes e seguiu com
seu trabalho de gerente do Cine Doré em Madri. Ali permaneceram os
rolos de Carne de Fieras por alguns anos até que os herdeiros de Carballo
os venderam em uma feira de rua madrilenha, onde, por fim, perderam-se.
Muitos anos depois, em 1991, a Filmoteca de Saragoça adquire o acervo
de Raúl Tartaj, ator, diretor e sobretudo um dos maiores colecionadores de
filmes da história da Espanha, possuindo mais de 2.000 títulos acervados.
Dentre os objetos que se encontravam acervados, estavam os 42 rolos do
filme de Guerra e Carballo. A Filmoteca de Saragoça, então, encarregou
4
Armand Guerra comenta em seu livro A través de la metralla sobre a
equipe cinematográfica que o acompanhou ao longo da expedição: “como
não sabemos por quanto tempo estaremos longe de casa, levamos conosco
na expedição duas companheiras para cuidar da cozinha e de outros detalhes
domésticos. Além das mulheres e dos motoristas: Pepe e Manolo, há outros
oito homens. Estes são: José Jerez e seu irmão, Montoya e Domingo Martín,
assistentes de direção e de câmera; Arturo Beringola (operador de câmera) e
Ricardo G. Morchón (fotógrafo); Antonio Cotiello, como delegado sindical,
e eu como diretor. Em dois grandes carros, um Graam-Paine e um Pakard,
levávamos os rolos de filme cru, placas fotográficas, um quadro negro,
máquinas fotográficas, filmadora, utensílios diversos, provisões, cobertores,
etc.” (Guerra, 2005, p. 43-44).
antes do desfecho
Armand Guerra era um bom diretor? Muitos pesqui-
sadores e críticos cinematográficos colocam essa questão
visto que nenhum outro filme foi descoberto em cinema-
tecas depois do ano de 1992. Em relação ao valor artístico
da obra de Guerra, é muito difícil formar uma opinião,
afirma Eric Jarry (2001), uma vez que apenas pequenos
fragmentos de seus primeiros filmes foram encontrados,
ou seja, aqueles feitos com os meios mais escassos. Seu
último filme, Carne de Fieras, foi filmado às pressas sob
ataques de bombas, escassez de recursos, pessoas e de
modo relutante. Porém, não há como falar da obra de
7
Disponível em: < https://www.retronews.fr/journal/le-libertaire/9-
mars-1939/1835/3287939/3 >. Acesso em 18/08/2022.
Referencias bibliográficas
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indústria cinematográfica, 2011. Disponível em <http://
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Dupuy, Rolf. “Guerra, Armand [ José Maria Estívalis
Cabo, dit]”, Dictionnaire des anarchistes, 2014. Disponível
Resumo:
Esse artigo retoma parte da história do cineasta anarquista
Armand Guerra, enfatizando sua trajetória e os percursos
durante sua existência. Seu envolvimento com as artes,
em especial o cinema, juntamente com o combate libertário
possibilitou inventar novas formas de pensar e fazer cinema,
mostrando outros modos de promover a revolta por todos os
lados.
Abstract:
This article takes up part of the history of anarchist filmmaker
Armand Guerra, emphasizing his trajectory and the paths
during his existence. His involvement with the arts, especially
cinema, together with libertarian combat, made it possible to
invent new ways of thinking and making films, showing new
ways of promoting revolt on all sides.
Keywords: Armand Guerra, anarchism, anarchist movies
proudhon:
invenções de percursos libertários
diego lucato
seriações
A realidade, segundo Proudhon, está constituída por
um conjunto de seriações. São relações em constante
movimento entre unidades contrárias e complementares.
Essa abordagem explicita um distanciamento em relação
às premissas teológicas e filosóficas, uma vez que ambas
baseiam suas fundamentações acerca dos acontecimentos
sociais numa suposta origem. Trata-se de pressupostos as-
sentados em fatos dados a priori e que não dão a devida
importância à materialidade.
Proudhon (1986) estava ciente das arbitrariedades ine-
rentes às explicações universais. Ao constatar que as rela-
ções são um fim em si mesmas, salientou não haver teoria
geral da série, apenas análises relativas às especificidades
de cada unidade serial. Isso envolve um deslocamento de
perspectiva frente ao que estava colocado no âmbito da fi-
losofia. Não se trata de decifrar as essências ou a natureza
das forças que compõem o campo material, mas analisar
a maneira pela qual elas se movimentam e acompanhá-
-las. “O que sobretudo importa ao historiador filósofo é
observar como o povo vincula-se a certas ideias em vez
de outras, generaliza-as, desenvolve-as à sua maneira”
(Proudhon, 2019, p. 83).
afirmações antipolíticas
A década de 1840 foi um período irruptivo na Europa,
de modo a incidir nas perspectivas e na produção de
Proudhon. Não foi apenas um momento no qual publi-
cações demolidoras vieram à tona, como O que é a pro-
priedade? (1840), O Único e a sua Propriedade (1841) e
outras, mas também um contexto em que eclodiram múl-
tiplas lutas. O ano de 1848, conhecido também como A
Primavera dos Povos, esteve marcado por barricadas e re-
voltas nas ruas de distintos países europeus, incluindo da
própria França.
O mês de fevereiro chancelou a derrubada da
Monarquia dos Orléans e a instauração da Segunda
federações libertárias
A segunda metade do século XIX foi marcada, entre
outras coisas, por maiores centralizações administrati-
vas no interior dos Estados europeus. Ao mesmo tem-
po, as confederações vigentes, como a Confederação dos
Estados Germânicos, estavam distantes das perspectivas
de Proudhon, que passou a conferir maior importância às
análises e às discussões a respeito do Estado. Isso ilustra,
mais uma vez, como a sua produção esteve relacionada às
movimentações do momento.
Como sublinham Resende e Passetti (1986), Proudhon
se distanciou da razão aristotélica, segundo a qual os re-
gimes da liberdade e da autoridade são categorias fixas,
absolutas. Para ele, os regimes que constituem as séries
liberdade – anarquia e democracia – e autoridade – mo-
narquia e comunismo – não são capazes de se concretizar
na sua integralidade, de modo que há um atravessamento
constante entre liberdade e autoridade. Isso significa, por-
tanto, que os regimes políticos vigentes são híbridos. Há,
em alguns casos, a prevalência da série autoridade sobre a
liberdade; em outros, por sua vez, há a preponderância da
liberdade sobre a autoridade.
É pertinente retomar essa abordagem metodológica,
uma vez que é fundamental para a compreensão da anar-
quia. Alguns estudiosos do pensamento proudhoniano,
como, por exemplo, Fernando Trindade (2001), partem
da premissa segundo a qual a obra de Proudhon deve ser
percursos outros
Pensar com Proudhon é sinônimo de traçar pontilha-
dos libertários por meio dos quais múltiplos caminhos são
possíveis. Não se trata de buscar em sua produção um mo-
delo metodológico ou conceitual. Uma leitura libertária de
sua obra deve considerar que, em nenhum momento, ele
buscou ser reconhecido como um teórico da luta de clas-
ses, propósito dos seguidores do autoritarismo de Marx.
Suas conceituações escancararam práticas que se encon-
Referências bibliográficas
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São Paulo, Editora Hedra, 2011.
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Proudhon, Pierre-Joseph. Da Capacidade Política das
Classes Operárias. Tradução de Edivaldo Vieira da Silva.
Rio de Janeiro: Instituto de Estudos Libertários - IEL;
Resumo:
Este artigo pretende trazer à tona as análises de Pierre-
Joseph Proudhon, distanciando-se de produções que visam à
construção de um pensamento sociológico pronto e acabado em
seu pensamento. São movimentos voltados para a retomada
das conceituações de uma existência inquieta e atenta às
práticas mutualistas inventadas pelas associações operárias no
século XIX. Trazê-las e reafirmá-las no presente é sinônimo
de potencializar leituras libertárias acerca dos combates
que urgem no presente, dilacerando o culto aos pressupostos
e às condutas que pretendem pacificar a pequena guerra e a
mutualidade entre as forças da revolução.
Palavras-chave: pequena guerra, mutualidade, forças da
revolução.
Abstract:
This article intends to bring up the analyses of Pierre-Joseph
Proudhon, distancing himself from productions that aim at
the construction of ready and finished sociological thought
in his thought. They are movements aimed at resuming the
concepts of a restless existence and attentive to the mutualist
practices invented by Workers associations in the 19th
century. Bringing them and reaffirming them in the present
is synonymous with enhancing libertarian readings about the
combats that are urgent in the present, tearing apart the cult
of asssumptions and conducts that intend to pacify the small
war and the mutuality between the forces of the revolution.
Keywords: small war, mutualiy, forces of the revolution.
Recebido em 03 de fevereiro de 2023. Confirmado para
publicação em 12 de maio de 2023.
Proudhon: inventions of libertarians courses, Diego Lucato.
Resenhas
sobre duas vidas completas...
em revolução inacabada
ROGÉRIO NASCIMENTO
NU-SOL
Publicações do Núcleo de Sociabilidade Libertária, do Programa de Estudos
Pós-Graduados em Ciências Sociais da PUC-SP.
Aulas-teatro
215
43
2023
Vídeos
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29 títulos.
Colóquio
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216
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O autor deve enviar minicurrículo, de no máximo 03 linhas,
para identificá-lo em nota de rodapé, com endereço de e-mail
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Os artigos devem vir acompanhados de resumo de até 800
caractéres (aproximadamente 8 linhas) — em português e inglês
— e de três palavras-chave (nos dois idiomas).
Notas explicativas:
As notas, concisas e de caráter informativo, devem vir em
rodapé e não conter mais do que 4 linhas. Resenhas não devem
vir com notas explicativas.
217
43
2023
Citações:
Para as referências bibliográficas ao longo do texto, use:
(Sobrenome do autor, data), (Sobrenome do autor, data, página),
(Sobrenome do autor, data, on-line);
As referências bibliográficas devem estar ao final do texto
observando o padrão a seguir:
I) Para livros:
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Ano.
Ex: Nascimento, Rogério. Florentino de Carvalho: pensamento
social de um anarquista. Rio de Janeiro, Achiamé, 2000.
218
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