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Green Book: O guia

Caracterizado como uma comédia dramática de época, o filme Green


Book (2018) estrelado por Viggo Mortensen e Mahershala Ali, situa-se no ano
de 1962 em Nova York. Com ela, é retratado a segregação racial que era muito
pertinente naquele tempo de uma forma estruturada e bem desenvolvida.
Um pianista afro-americano, caracterizado como Doutor Shirley, está à
procura de um motorista particular para sua turnê e acaba encontrando Tony
Lip, um malandro do Bronx que se encontra sem uma renda fixa pelo
fechamento para reformas de uma boate em que trabalhava, o Copacabana.
No desenrolar do longa metragem, os dois desenvolvem um grande laço
afetivo, quebrando a visão alienada de Tony e se mantendo ao lado de Doutor
Shirley, mesmo com outros lhe oferecendo diferentes propostas, seja de
suborno ou emprego. Há cenas que é visível uma grande dor social por parte
do Doutor no meio dessa viagem, nos locais de suas apresentações.
Uma delas, Tony e Doutor Shirley entram em uma loja de smokings e o
vendedor nega ao doutor o direito de provar o que ele havia gostado. Ele
desconta sua raiva na música, essa angústia de não se sentir pertencente à um
lugar. A tristeza vem depois de outro episódio, quando ele já está em outra
cidade antes de ser espancado por policiais ao ser pego com outro homem, até
o entanto apenas de forma implícita. Tudo é exposto em uma discussão entre
Tony e o Doutor, saindo do carro no meio da chuva e fazendo o entender o
quão difícil é na realidade.
O racismo estrutural deve ser o tópico mais presente nesse longa e o
mais necessário de ser visto no mundo contemporâneo, a cena que mais
evidencia ele é de quando ambos são presos pela agressão cometida por Tony
a um policial, após comentários ofensivos e preconceituosos. Há uma privação
de direitos pelo ódio trazido com esse extenso passado histórico construído
menosprezando outras raças e etnias.

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