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No segundo vídeo, uma palestra também ministrada por Djamila Ribeiro, ela aborda a
importância de se romper com os silêncios. De maneira resumida, Djamila discute a inclusão
social e justiça, tal como o direito à voz em uma sociedade que se silencia frente às
desigualdades. De acordo com a pesquisadora, a sociedade permanece calada quando se trata
de desigualdades, as pessoas negras mortas violentamente, ao fato de pessoas negras, que
totalizam a maioria da população, não se sentem incluídos em seu país. Segundo ela, direito a
voz é direito a humanidade. A pesquisadora foi mais uma vez extremamente certeira em suas
palavras. É inadmissível que pessoas negras continuem sofrendo injustiças. É importante que
se fale sobre essas questões, para que haja luta, e que coisas do tipo não fiquem mais acobertadas
e impunes em pleno século XXI. Algo que marca muito o telespectador em sua palestra é
quando ela afirma que a pessoa que sempre teve esse direito a falar – em sua maioria homens
brancos e heteros saiba – entenda que ele pode contribuir com a luta apenas ouvindo, e que os
negros têm a necessidade histórica de falar, pois nunca teve a possibilidade de falar.
No terceiro vídeo, Kimberlé Crenshaw inicia sua palestra citando o nome de pessoas e
pedindo que as pessoas sentem caso não conheçam e permaneçam sentados. No primeiro grupo
de nomes, ela cita Eric Garner, Freddie Gray, Tamir Rice e Mike Brown, afro-americanos que
foram mortos pela polícia cerca de 2 anos antes da palestra, e a maioria permaneceu de pé. Já
no segundo grupo de nomes, ela citou Tanisha Anderson, Aura Rosser, Megan Hockaday e
Michelle Cusseaux, e a maioria se sentou, restando cerca de 4 pessoas em pé. Uma observação
interessante de Kimberlé Crenshaw é que elas também são afro-americanas que foram mortas
pela polícia cerca de 2 anos antes da palestra. Ela fala sobre a violência policial que mulheres,
principalmente negras, também sofrem, mas que pouco se fala ou se conhece sobre. O exemplo
que ela usa é realmente tocante, e faz o telespectador refletir muito sobre. Ela discute a
necessidade de que os jornalistas noticiem sobre essas mulheres, que o governo pense também
em soluções para atender as mulheres, entre outros. Sua palestra teve uma contribuição muito
importante já que pouco se fala sobre o assunto. Também foi muito importante ela ter citado
um caso real para servir de exemplo e sustentar sua argumentação.
No quarto vídeo, a teoria Pós-colonial nascida na Índia e na África como uma crítica ao
eurocentrismo é abordada, e analisa o capitalismo, o racismo e as opressões. Além disso, o
vídeo discute a teoria do feminismo colonial, que critica a subordinação das mulheres. Há
dentro da teoria feminista outras propostas, como o feminismo negro, o feminismo autônomo,
e o lesbianismo feminista. Segundo Ochy Curiel, o feminismo colonial não apenas critica as
categorias como fazem práticas políticas. Para ela, as formas de conhecimento e de produzir
pensamentos são importantes. O vídeo de maneira geral é muito relevante e explicativo.
De modo geral, todos os vídeos são muito relevantes e agregam muito ao conhecimento,
levantando nas pessoas que estão assistindo questionamentos e pensamentos profundos sobre
tudo o que foi abordado, como o racismo, a desigualdade de gêneros, o feminismo, as injustiças,
entre outros. São vídeos relativamente curtos e de fácil compreensão, ou seja, claros e objetivos.
Foram todos vídeos espetaculares e, sem dúvidas, muito bem selecionados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS