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1. Sueli Carneiro.

Nascida em São Paulo em 1950, Sueli Carneiro é uma das


principais referências do feminismo negro no Brasil. Doutora em Filosofia pela
USP, fundou na década de 1980 o Geledés Instituto da Mulher Negra,
organização feminista e antirracista. No primeiro episódio da série Filósofas
brasileiras Sueli é apresentada por Djamila Ribeiro (que também será tema
de um vídeo). Djamila dá a dica do livro Escritos de uma vida (2018) para
conhecer o pensamento de Sueli. Essas duas filósofas feministas negras
conversaram sobre suas jornadas acadêmicas e sociais em um dos episódios
do podcast Vidas negras, da Rádio Novelo. (Assista ao vídeo sobre Sueli
Carneiro no canal da Rede Brasileira de Mulheres Filósofas.)
2. Marilena Chauí. Uma das intelectuais mais importantes do país, Marilena
Chauí é professora do Departamento de Filosofia da USP desde 1967 e
fundadora do Partido dos Trabalhadores (PT). Ganhou seu primeiro Prêmio
Jabuti pelo livro Convite à filosofia (1994), referência no ensino médio.
Marilena é apresentada por Tessa Lacerda, historiadora e professora do
Departamento de Filosofia da USP, além de editora-chefe dos Cadernos
Espinosanos, revista semestral de filosofia. No vídeo Tessa indica a leitura da
coleção Escritos de Marilena Chauí, com seis volumes, cada um sobre tema
que permeia a obra da filósofa. (Assista ao episódio sobre Marilena Chauí na
série Filósofas brasileiras.)
3. Lélia Gonzalez. Nascida em Belo Horizonte e graduada em Filosofia pela
Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Lélia Gonzalez (1935-1994)
foi uma das fundadoras, em 1978, do Movimento Negro Unificado (MNU).
Ativista incansável, Lélia denunciou o silenciamento e o sexismo na luta
afro-brasileira e o racismo em discussões feministas. Dois de seus principais
títulos são Lugar de negro (1982), em coautoria com o sociólogo argentino
Carlos Hasenbalg, e Por um feminismo afro-latino-americano (1988). Lélia
participou ainda da formação do Colégio Freudiano do Rio de Janeiro (1975).
É uma das personalidades negras homenageadas pelo rapper Emicida no
documentário AmarElo: é tudo para ontem (Netfflix) e, também, tema de um
dos episódios do podcast Vidas negras. Quem apresenta a feminista negra
na série Filósofas brasileiras é Carla Rodrigues, professora de Ética do
Departamento de Filosofia da UFRJ e mestre e doutora em Filosofia
(PUC-Rio). (Assista ao vídeo sobre Lélia Gonzalez no canal da Rede
Brasileira de Mulheres Filósofas.)
4. Gilda de Mello e Sousa. Primeira mulher a dar aula na Faculdade de Filosofia
da USP, na década de 1940, Gilda de Mello e Sousa (1919–2005) foi ensaísta
e crítica de arte. Em um de seus principais trabalhos, O espírito das roupas
(1987), Gilda faz uma análise estética, psicológica e sociológica sobre a
moda no século 19. Como era um assunto considerado “menor” e
“excessivamente feminino”, seu trabalho não teve o reconhecimento merecido
enquanto ela era viva. Um dos principais exemplos de mentoria feminina no
campo da filosofia, Gilda foi orientadora de Marilena Chauí. Quem a
apresenta é Silvana Ramos, professora de Filosofia da USP especializada em
Ética e Filosofia Política e coordenadora do Grupo de Estudos de Filosofia
Política da USP. (Assista ao episódio sobre Gilda Mello e Sousa na série
Filósofas brasileiras.)
5. Beatriz Nascimento. Depois de migrar com a família de Aracaju para o Rio de
Janeiro, Beatriz Nascimento (1942-1995) formou-se em História na UFRJ. A
pesquisa de Beatriz sobre quilombos brasileiros se alinhava à sua militância e
ao seu ativismo antirracista. No início dos anos 1980, a historiadora esteve ao
lado de Lélia Gonzalez no Movimento Negro Unificado. Em 1989 escreveu e
narrou o documentário Ôrí, dirigido por Raquel Gerber, sobre movimentos
negros. Em 1995, morreu assassinada a tiros no Rio. Quem apresenta o
vídeo sobre Beatriz é Halina Leal, doutora em Filosofia pela USP e líder do
Genera Grupo Interdisciplinar de Pesquisas em Gênero, Raça e Poder.
(Assista ao vídeo sobre Beatriz Nascimento).
6. Djamila Ribeiro. De família ativista e candomblecista, Djamila Ribeiro é
mestre em Filosofia Política pela Universidade Federal de São Paulo
(Unifesp), colunista do jornal Folha de S.Paulo e tem mais de 1,2 milhão de
seguidores no Instagram. Seu trabalho é um dos mais populares no país
quando se fala em ativismo negro. Em junho de 2020, o humorista Paulo
Gustavo cedeu sua conta do Instagram para Djamila, buscando ampliar
discussões sobre racismo e preconceito. Quem tem medo do feminismo
negro? (2018) é um de seus livros fundamentais, unindo textos já publicados
em forma de artigos a reflexões antirracistas baseadas em suas próprias
experiências como mulher e acadêmica negra. Considerada uma das 100
mulheres mais influentes do mundo pela BBC, Djamila será apresentada por
Yara Frateschi, professora de Ética e Filosofia Política na Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp). (Assista ao episódio sobre Djamila
Ribeiro.)

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