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Você sabia?

Mudança da data da Consciência Negra

13 de maio 1888 20 de novembro de 1965


Valorizando produções intelectuais negras
LÉLIA GONZALEZ
BIOGRAFIA
Nasceu em Minas Gerais em 1935.
Cresceu no Rio de Janeiro e estudou no Colégio Dom Pedro
II.
Formou-se em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio
de Janeiro (UERJ).
Foi professora do Instituto de Educação, lecionou em muitas
escolas do nível médio, faculdades e universidades.
Também foi professora da Pontifícia Universidade Católica
(PUC).
Trajetória Política
Grande referência teórica do Movimento Negro de 1970.
Foi membro do Conselho Nacional dos Direitos da
Mulher.
Indicada para ocupar a vaga do Ministério da Cultura,
em 1985.
Participou da criação do Instituto de Pesquisas das
Culturas Negras (IPCN-RJ), do Movimento Negro
Unificado (MNU).
Fundou o Nzinga Coletivo de Mulheres Negras-R
Cargos públicos: 1ª suplente como Deputada Federal - PT,
1982. E suplente de Deputada Estadual - PDT.
Principais teorias

Estudos decolonais:
Construção da identidade negra
Cultura Afro-brasileira
Feminismo negro
Relações raciais com recorte em gênero e classe.
Crítica às ideologias e à hegemonia de dominação.
OBRAS
Lugar de Negro

No campo da luta antirracista, desde a década de 1970,


um novo movimento negro emergia com características
marcantes de ruptura com seus antecessores,
especialmente na crítica ao mito da democracia racial e
de reivindicações políticas institucionais.
No primeiro capítulo, “O Movimento Negro na Última Década”,
Gonzalez estabelece uma narrativa em primeira pessoa ao
estilo de uma conversa, na qual apresenta os efeitos do golpe
militar de 1964 e a instauração de um novo modelo econômico
em que grande parte da população negra vivenciou um quadro
geral de empobrecimento.
Isso ao mesmo tempo em que, por meio da
“pacificação” —ou repressão—, da sociedade civil, os
conflitos foram suprimidos, inclusive a denúncia do
racismo.
A segunda parte é dedicada especialmente às condições que
tornaram possíveis a fundação do Movimento Negro Unificado,
o MNU, um movimento de caráter nacional que defendeu como
indissociáveis a raça e a classe, compreendendo sua atribuição
enquanto sujeito nas lutas sociais do país e na
redemocratização.
O segundo capítulo do livro, “Raça, Classe e
Mobilidade”, e o terceiro, “O Negro na Publicidade”, são
de autoria de Hasenbalg e seguem o formato
tradicional de trabalhos acadêmicos.
Por um feminismo afro latino americano
Por um feminismo afro-latino-americano reúne quase toda a produção de
Lélia Gonzalez entre anos 1975 e 1990, desde ensaios a diálogos, incluindo
seu discurso na Constituinte de 1987, e, obviamente, o artigo que traz
para o todo dessa obra seu título, evidenciando sua luta em firmar um
feminismo indissociável da questão racial e da visão colonial.
Assim, sua produção critica o viés eurocêntrico das
ciências sociais, mesmo no Brasil, e também traz
para o debate do feminismo a interseccionalidade,
ao tratar da dominação sexual sob a perspectiva
ainda da classe social e da raça, que coloca a
mulher negra numa posição de opressão diferente
das mulheres brancas.
REFERÊNCIAS
Lélia Gonzalez: Mulher Negra na História do Brasil. Portal
Geledés, 2011. Acesso em: 04. nov. 2023. Disponível em:
Lélia Gonzalez: Mulher Negra na História do Brasil
(geledes.org.br).

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