Você está na página 1de 5

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA

NÚCLEO DE ESTUDOS AFRO- BRASILEIROS - NEAB


CURSO INTERDISCIPLINAR EM ESTUDOS AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS

MARCUS VINICIUS COSTA DE JESUS

Resenha Individual Filme: 13ª Emenda

SÃO LUIS
2022
MARCUS VINICIUS COSTA DE JESUS

Resenha Individual Filme: 13ª Emenda

Resenha apresentada à disciplina Educação em


Direitos Humanos, do Curso Interdisciplinar
em Estudos Africanos e Afro- Brasileiros da
Universidade Federal do Maranhão- UFMA,
valendo a segunda nota da disciplina.

Professora Dr: Marcelo Pagliosa

SÃO LUIS
2022
13ª Emenda

A 13ª Emenda é um documentário estadunidense do ano de 2016 que traz a

ideia voltada no sistema carcerário e étnico recebendo esse nome em referência à

décima terceira alteração na Constituição dos Estados Unidos, seus autores Ava

DuVernay, DuVernay e Spencer Averick fizeram iniicialmente toda a filmagem em

segredo e só apos foi anunciado devido segundo o filme que tudo que se passa foi

uma alternativa de continuar a manter trabalhos braçais mesmo após a abolição da

escravidão utilizando o processo de encarceramento em massa.

Comecou a ser distribuído pela Netflix em 2016 ganhando muita notoriedade e

explosão rapidamente na internet tanto que recebeu uma indicação ao oscar no ano

de 2017, entrando no que trata diretamete o documentário é necessário informar que

Constituição dos Estado Unidos proíbe a escravidão mantendo uma importante

exceção que é justamente explorada ao longo de toda a produção: a mesma emenda

que garante liberdade, ou seja, nenhuma servidão involuntária para todos os

americanos, também inclui exceto como uma punição por crime do qual a parte deve

ter sido devidamente condenada.

A partir dessa exceção ou ressalva disposta na pela constituição é mostrada a

opressãi que se estende até os dias de hoje, ou seja, a opressão da população negra

vai resulta em um verdadeiro encarceramento em massa dos mesmos. Ao longo

dos anos reforçou-se o negro enquanto figura responsável por todos os males da

sociedade americana e que esse deveria ser temido o que resulta o que trabalhamos

muito em nosso curso se tornar um termo pejorativo social.

É mostrado alguns exemplos como a chamada lei não ceda terreno da Flórida,

que tornou o homicídio aceitável caso o executor alegue ter se sentido

ameaçado pelo sujeito assassinado em linhas gerais foi uma autorização para

exterminio pois dentro de uma sociedade na qual o medo possui uma representação

clara construída especialmente em torno dos homens negros.


Através dessa estrutura de construção da narrativa, na qual se apresenta

cenas importantes relacionadas à história racial americana e os depoimentos

oferecidos pelos profissionais para comentar cada argumento apresentado, o

documentário constrói de forma bastante clara e linear de que maneira os

Estados Unidos chegou a possuir 25% de toda a população carcerária mundial e que

chega hoje a ocupar o primeiro lugar.

Nesse contexto coloco as ideias Hall (1997), as imagens estereotipadas ou

racializadas do “outro”, ao serem propagadas na sociedade sem serem contestadas,

se transformam em “verdade” e passam a ser naturalizadas. Ainda na visão de Hall

(1997), essa naturalização vem intensificar as imagens vistas como hegemônicas, em

contrapartida vem atrapalhar o questionamento e problematização da condição de

inferioridade e subalternidade do negro na sociedade.

Isso retrata essa “liberação” que houve e é possivel enxergar também forte no

documentário que os negros na sociedade americana fazem parte da mesma apenas

no sentindo de contagem populacional mais no retsnate não fazem parte da mesma,

sendo incluídos apenas a partir da exclusão ou do encarceramento estando

sempre à margem da sociedade .

Em conjunto com o taxado problema das drogas massivamente presente

nos discursos dos noticiários e dos presidentes estes também representam a

figura do negro como centro e esses comos criminosos existe até o termo super-

predadores que foi utilizado com frequência e de forma insistente pelos jornais e pelos

especialistas estes últimos figuras chaves no desenvolvimento do próprio biopoder

e em especial na area médica.

Em resumo diante de tamanha informação negativa despejada e mostrada cada

vez mais do homem negro como a pior especie e maior número de encarceramento as

pessoas eram tomadas pelo medo e a ameaça obviamente até da presença

negra e outro resultado criado é a sensação de risco para torna-se possível justificar
a morte como diz no documentário a justificativa para jogar as pessoas no lixo.

Concluo colocando a ideia que esse documentário deveria ser aberto fora os

meios pagos(NETFLIX) com a intenção de chegar a mais pessoas que não tem

acesso e com isso abrir a mente de muitos pois trata-se de um documentário rico em

possibilidades de discussão e análise onde não é sempre que vemos uma forte e

fundamentada critica racial a opressão que ocorre nos Estados Unidos e por

consequência ainda está dentro da “legalidade”.

Você também pode gostar