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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA


FACULDADE DE DIREITO
CONCURSO DE SELEÇÃO PARA O PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
SOCIOLOGIA E DIREITO
PPGSD

CANDIDATA: JACINEIDE LEMOS SOARES

O FENÔMENO DO GENOCÍDIO DA SOCIEDADE AFRO-BRASILEIRA: MÃO


VISÍVEL DO ESTADO - CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO

Jacineide Soares, 38 anos, natural do Rio de Janeiro, formada em Gestão de Recursos


Humanos pelo PROUNI na UNIGRANRIO/2016.
jacineidesoares@gmail.com

Linha de Pesquisa: Conflitos Socioambientais, rurais e urbanos

Rio de Janeiro
Julho de 2018
RESUMO

Este projeto propõe uma investigação sobre as ações do Estado brasileiro, a partir de seu conceito
democrático, em busca dos fatores que contribuem para a sustentação e o avanço do fenômeno
do genocídio da sociedade afro-brasileira, com a finalidade de compreender o processo
construtivo, bem como, as implicações econômicas, políticas e sociais deste fenômeno, utilizando
uma abordagem dialética que nos orienta ao melhor entendimento de como e por quê o genocídio
da sociedade negra encaixa-se de modo naturalizado na realidade atual do Estado.
Palavras-Chave: Genocídio. Afro-brasileiro. Estado brasileiro.

1. TEMA E PROBLEMA

No documentário "Olhos Azuis" (1996), a educadora norte americana Jane Elliot,


autora do exercício, conduz um experimento sobre o racismo e seus danos emocionais,
assumindo a fala sobre o tema, segundo ela, enriquecido por sua própria experiência.
Porém, sob alegação de "não gostar do negro lamentar-se para o branco", a autora e
condutora do exercício demonstra evidente incômodo, no momento em que um voluntário
afro-americano decide interromper sua fala, a fim de expor sua própria conotação ao teor
do exercício e este, embora contraditório, parece ser um senso comum ao que reflete sobre
os interesses, direitos e deveres do afro-centrado.

O comportamento de Jane Elliot durante seu experimento instiga este projeto por
retratar um comportamento tipicamente eurocentrista, permissivo ao branco (superior)
analisar e concluir acerca das necessidades do "não-euro-centrado" (inferior), sem que o
mesmo atue nessas ações ou "vitimize" sua própria condição, semelhante ao que vem
acontecendo frequentemente nas mídias sociais, consideradas campos neutros para a
prática reprodutiva dos hábitos eurocêntricos.

Ao passo que esta pesquisa pretende, justamente inverter este posicionamento e


proceder uma leitura do genocídio afro-brasileiro por si mesmo, não como causa natural,
mas como instrumento materializado nas mãos do Estado.

De modo que, não deverá causar espanto se durante o processo de estudo, o


genocídio parecer humanizado, com dedo em riste apontando suas causas e efeitos, já que
esta é a clara intenção deste trabalho.

Afinal, o que melhor explicaria a recorrência do fenômeno genocida da sociedade


afro-brasileira que, advém de fatos históricos, está presente e é cada vez mais crescente
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no Brasil, considerando o fato de que o Estado ainda viva, sob muitos aspectos, uma
democracia racial?

Sendo que, o real conceito democrático confronta diretamente o formato adotado


no Brasil, por permitir questionar a possibilidade de estruturar uma democracia,
ignorando a ausência de tamanha diversidade na formação do poder.

Principalmente, considerando a hipótese de que o fenômeno do genocídio seja


parte fundamental da engrenagem institucional, direcionada à preservação dos privilégios
da branquitude sob o prisma da supremacia branca, que mesmo após devastar a Europa,
chega como o cerne da formação do Estado brasileiro, quando o racismo arraigado da
"Asili eurocêntrica", insere-se, imediatamente, na construção deste novo Estado e
mantém-se até hoje, embora formalmente o Estado brasileiro apresenta-se democrático.

Neste contexto, considera-se relacionar o Estado brasileiro, tal como o


reconhecemos, à intencionalidade dos fatores promocionais do fenômeno genocida de sua
afro-sociedade, procedendo uma investigação acerca da origem e sustentação deste
fenômeno, analisando a dominante "Asili euro-centrada" sob a teoria "Afrocêntrica
brasileira", a exemplo do que já vem sendo feito na Europa, e, para tal, serão base deste
estudo, os intelectuais afro-centrados, envolvidos pela problemática apresentada,
dialogando entre eles para a elucidação das questões levantadas por este projeto de
pesquisa.

Evidentemente, o intelecto euro-centrado terá grande representação neste


trabalho, por meio de Löic Wacquant, Pierre Bourdieu, entre outros intelectuais dedicados
às divisões sociais que envolvem o ser afro-centrado e que motivam este projeto.

Embora entenda haver outras possibilidades a serem exploradas por esta pesquisa,
o objetivo do ensaio é encontrar a raiz deste fenômeno e assim, entender o porquê de sua
prevalência, bem como, à quem deva interessar o extermínio da sociedade negra no
Estado brasileiro.

Somado o fato de que a autora deste ensaio está inserida na afro-sociedade, ávida
por melhor compreensão deste fenômeno, a relevância desta pesquisa toma corpo no
momento em que pretende lançar luz sobre o posicionamento da sociedade brasileira no
âmbito de sua invisibilidade negra, refletindo de modo conciso sobre a conduta jurídica e
social, tanto quanto ao que faz-se efetivamente necessário para impedir o avanço deste
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fenômeno, “porque de alguma forma está implícita uma noção de que a questão racial é
uma questão de interesse exclusivo de negros e negras, já que nos compete inclusive dizer
o que cabe aos brancos fazerem.” (FLAUZINA, 2017)

2. OBJETIVOS
2.1. Geral

Reconhecer os fatores que contribuem para a manutenção e o avanço do fenômeno do


genocídio da sociedade afro-brasileira.

2.2. Específicos

• Investigar e analisar instrumentos que tratam do desenvolvimento populacional


negro no Brasil, a partir da abolição da escravatura.
• Pesquisar e apontar os princípios sociais que permeiam o ambiente racial.
• Refletir de modo crítico sobre as políticas de desenvolvimento socioeconômico
do Estado.
• Identificar, analisar e refletir sobre as ações do Estado brasileiro no âmbito de sua
sociedade negra.

3. FUNDAMENTAÇĀO TEÓRICA

Este projeto insere-se na Linha de Pesquisa "Conflitos Socioambientais, rurais e


urbanos" do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Direito da Universidade
Federal Fluminense, e incidirá sobre uma investigação analítica dos processos de
desenvolvimento socioeconômico do Estado brasileiro, sob a perspectiva do genocídio
negro.

Ensaia-se uma compreensão do genocídio afro no Brasil, de encontro ao


intelectual afro-brasileiro, Abdias do Nascimento (1978), que o descreve como "processo
de um racismo mascarado", tendo em vista que neste projeto o racismo será tratado como
o princípio da legalidade e o genocídio como instrumento de controle do Estado, de onde
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é possível lembrar que todos os fatos tidos como estarrecedores da história humana,
atendem aos princípios legais por estarem diretamente alinhados ao poder.

A fim de esclarecer a premissa deste projeto, cabe ressaltar que entende-se a


vastidão bibliográfica acerca do racismo e que tratá-lo mais profundamente, fugiria ao
objetivo deste trabalho.

Para o avanço desta pesquisa, nos basta conceber que o racismo está para o
genocídio tanto quanto a branquitude para o privilégio.

O racismo é uma ideologia. A ideologia só pode ser reproduzida se as


próprias vítimas aceitam, a introjetam, naturalizam essa ideologia.
Além das próprias vítimas, outros cidadãos também, que discriminam
e acham que são superiores aos outros, que têm direito de ocupar os
melhores lugares na sociedade. Se não reunir essas duas condições, o
racismo não pode ser reproduzido como ideologia, mas toda educação
que nós recebemos é para poder reproduzi-la. (MUNANGA, 2015)

Diante disso, embora não trate especificamente o genocídio racial, a fala atribuída
ao do então relator da ONU, Jean Ziegler (2002), afirmando que “A fome no Brasil é um
genocídio, não uma fatalidade, e quem morre de fome no país é assassinado”, evidencia
o "inaceitável" brasileiro, sobretudo, pelo fato de ter gerado tamanho constrangimento
por parte dos ofendidos representantes de Estado, reforça o que este projeto propõe: a
necessidade de dar voz a este fenômeno.

O intelectual afro-brasileiro Abdias do Nascimento, que em muito nos acrescenta,


ao transcorrer por estes caminhos, desperta para o embranquecimento cultural como uma
estratégia do genocídio e é neste ponto que o estudo avança, no sentido de
aprofundamento da questão que envolve as estratégias no processo de democratização do
Estado brasileiro, enxergando a exclusão dos interesses da sociedade negra, que segue em
um processo de dessacralização, como uma ação prévia e continuamente elaborada.

Admitindo que,

Nem sempre a violência se apresenta como um ato, como uma relação,


como um fato, que possua estrutura facilmente identificável. [...] o ato
violento se insinua, frequentemente, como um ato natural, cuja essência
passa despercebida. Perceber um ato como violento demanda do
homem um esforço para superar sua aparência de ato rotineiro, natural
e como que inscrito na ordem das coisas. (ODALIA, 1993, pp. 22-23)
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Hipoteticamente, pode-se pensar a dessacralização do afro-brasileiro como um


processo violento de motivação genocida sob o comando do Estado.

Por essa razão, segue-se a trilha dos intelectuais que refletem sobre o genocídio
da sociedade negra no país que mais recebeu escravos e que por mais tempo escravizou,
tal como afirma o historiador Florentino (1997, p.7), que em "termos de extensão
cronológica, seja com relação ao volume absoluto de importações, nenhuma outra região
americana esteve tão ligada a África como o Brasil".

4. REVISÃO LITERÁRIA

O êxito deste projeto requer ir além das escritas literárias e registros históricos,
faz-se necessário esmiuçar os conflitos que permeiam o processo decisório do Estado
brasileiro, sob a ótica do genocídio do afro-centrado, entendendo que a desigualdade
racial é discutida como fator de menor relevância, quando o tema é o desenvolvimento
socioeconômico do Estado mitologicamente democrático. O que faz deste estudo mais
complexo e por consequência, mais interessante.

Pois,

Além dos órgãos de poder – o governo, as leis, o capital, as forças


armadas, a política – as classes dominantes brancas têm à sua
disposição poderosos implementos de controle social e cultural: o
sistema educativo, as várias formas de comunicação de massa – a
imprensa, o rádio, a televisão – a produção literária. Todos esses
instrumentos estão a serviço dos interesses das classes no poder e são
usados para destruir o negro como pessoa e como criador e condutor de
uma cultura própria. (NASCIMENTO, 1978, p. 142)

Por esta linha, compreende-se haver um minucioso processo de


"desenraizamento" da parcela negra da sociedade brasileira, o que nos remete ao quanto
deste fenômeno está inserido no planejamento de poder e privilégios, uma vez que, “o
Estado desempenha um papel central na produção e na distribuição, tanto social quanto
espacial, da marginalidade urbana.” (WACQUANT, 2014, p. 145)

Orienta-se esta pesquisa para o Estado brasileiro, afeito a adentrar o viés de sua
formação eurocentrista, por sua vez embasada sob os princípios eugênicos, que mantém
fortes suas raízes legitimando o supremacismo branco e perpetuando privilégios.
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O segredo que os europeus descobriram cedo em sua história é que a


cultura carrega regras para o pensamento, e que se for possível a eles
impor sua cultura sobre suas vítimas a criatividade de sua visão fica
limitada, destruindo sua habilidade de agir com vontade, intenção e em
função de seu próprio interesse. (ANI, 1994, p. 1)

Para tanto, recorre-se ao instrumental teórico, crítico e racionalista do


eurocentrismo, em razão do que compreende o genocídio da sociedade afro-brasileira,
que o vê representado sob inúmeros aspectos, inclusive na forma da lei ou ausência dela.

Art. 2º - O Governo Federal reserva-se o direito de limitar ou suspender,


por motivos econômicos ou sociais, a entrada de indivíduos de
determinadas raças ou origens, ouvido o Conselho de Imigração e
Colonização. (BRASIL, 1938)

Art. 2º - Atender-se-á, na admissão de imigrantes, à necessidade de


preservar e desenvolver, na composição étnica da população, as
características mais convenientes da sua ascendência europeia, assim
como a defesa do trabalhador nacional. (BRASIL, 1945)

Ainda sobre o eurocentrismo e suas ramificações, observando o modelo


eurocêntrico de educação do Estado brasileiro, cabe absoluta concordância com a
intelectual afro-brasileira Sueli Carneiro (2018), quanto à experiência do racismo ser
vivida por toda pessoa negra, desde os primeiros anos de vida.

Assim, “a realidade dos afro-brasileiros é aquela de suportar uma tão efetiva


discriminação que, mesmo onde constituem a maioria da população, ainda existem como
minoria econômica, social e política.” (NASCIMENTO, 1978, p. 83)

Portanto, a conclusão do intelectual afro-centrado D’ADESKY (2006, p.171),


resume perfeitamente a abrangência prevista por este estudo que vê-se "longe de requerer
a neutralidade do Estado", por entender que "na medida em que a Constituição
reconhecesse também a igualdade de status de diferentes culturas, o Estado não teria
como escapar à exigência de criar um ambiente jurídico que respeitasse todos os grupos
e comunidades em sua diversidade cultural, dotando-os dos meios e do sentimento de
pertencer a uma comunidade nacional mais ampla."

Logo, admite-se que este estudo exigirá extenuante dedicação no seguimento de


análise e depuração conceitual ao longo de sua execução, tendo em mente os intelectuais
afro-centrados ou não, que trilharam o caminho que este projeto prevê.
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Podemos aprender com o passado, mas conceitos morais, como dever e


responsabilidade decorrem diretamente do nosso entendimento de
futuro. O tempo do futuro é o da esperança. O presente é o tempo do
dever. (MBEMBE, 1994, p. 163)

5. METODOLOGIA

Pretende-se nortear esta investigação no campo de natureza teórica, reflexiva e


exploratória, ponderando aspectos históricos, sociais e epistemológicos.

Considerando o caráter urgente de desenvolvimento do tema para o real conceito


de sociedade, onde “cada sociedade humana existe se constrói num determinado espaço
e se organiza de forma particular e diferente das outras” (MINAYO, 2010, p. 14), assim
como “todas [as sociedades humanas] que vivenciam a mesma época histórica têm alguns
traços comuns” (MINAYO, 2010, p. 14), partindo para uma investigação da trajetória
populacional afro-brasileira, a partir do momento em que o humano negro deixa de ser
objeto legal para ser inserido no conceito social, conduzido pelo Estado, antes abordada
por autores como Fernandes, Florentino, Lopes, Nascimento e Munanga, buscando
relacionar ideias e definições que nos auxiliem no avanço estudioso.

Em seguida, a atenção voltará para uma análise teórica e reflexiva a respeito da


concepção do Estado brasileiro, com ênfase, primordial, nas ações que envolvem a
situação populacional negra, agora chamada: povo, frente aos interesses da sociedade
(brancos), ao ponto em que devemos confrontar a contemporaneidade das ações políticas,
jurídicas e sociais, trazidas à luz por intelectuais e pessoas públicas como Sueli Carneiro,
Jacques d'Adesky e Luís Inácio da Silva, entre outros que despertam para a problemática
levantada por este projeto de pesquisa e que serão deliberadamente parte deste estudo.

Dada a complexidade do tema, optamos por sistematizar a investigação por meio


de análise de dois campos de ação direta do Estado: o político e o social, admitindo o
peso dado à esses campos, ao observar o modo como a sociedade generalizada encara a
construção do genocídio de sua parcela negra.
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6. CRONOGRAMA

Atividade 2018.2 2019.1 2019.2 2020.1

Coleta de fontes históricas X

Coleta de fontes políticas X

Análise de fontes X X

Análise bibliográfica X
Confronto de ideias e
X X
reflexão
Redação X X

Revisão Orientada X

Preparo e Defesa X

REFERÊNCIAS

ANI, Marimba. Yurugu: An African-Centered Critique of European Cultural Thought


and Behavior. Trenton: Africa World Press, 1994.

BLUE Eyed = Olhos Azuis. Direção: Bertram VERHAAG. Produção: Claus


STRINGEL e Bertram VERHAAG. Intérprete: Jane ELLIOTT. Alemanha: 1996.

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território nacional, Rio de Janeiro, mai. 1938. Disponível em:
<http://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1930-1939/decreto-lei-406-4-maio-1938-
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_____. Decreto-Lei nº 7.967, de 18 de setembro de 1945. Imigração e Colonização, 18


set. 1945. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1940-
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Acesso em: 22 jul 2018.

CARNEIRO, Sueli. 2018. Fundação Tide Setubal entrevista Sueli Carneiro.


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Disponível em: < https://fundacaotidesetubal.org.br/noticias/3838/fundacao-tide-
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D’ADESKY, J. Pluralismo Étnico e Multiculturalismo: Racismos e Anti-Racismos


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FERNANDES, Florestan. A integração do negro na sociedade de classes: O legado


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FLAUZINA, Ana Luiza. Para entender o nosso racismo. Entrevistador TREVISAN,


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