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Rio de Janeiro
Julho de 2018
RESUMO
Este projeto propõe uma investigação sobre as ações do Estado brasileiro, a partir de seu conceito
democrático, em busca dos fatores que contribuem para a sustentação e o avanço do fenômeno
do genocídio da sociedade afro-brasileira, com a finalidade de compreender o processo
construtivo, bem como, as implicações econômicas, políticas e sociais deste fenômeno, utilizando
uma abordagem dialética que nos orienta ao melhor entendimento de como e por quê o genocídio
da sociedade negra encaixa-se de modo naturalizado na realidade atual do Estado.
Palavras-Chave: Genocídio. Afro-brasileiro. Estado brasileiro.
1. TEMA E PROBLEMA
O comportamento de Jane Elliot durante seu experimento instiga este projeto por
retratar um comportamento tipicamente eurocentrista, permissivo ao branco (superior)
analisar e concluir acerca das necessidades do "não-euro-centrado" (inferior), sem que o
mesmo atue nessas ações ou "vitimize" sua própria condição, semelhante ao que vem
acontecendo frequentemente nas mídias sociais, consideradas campos neutros para a
prática reprodutiva dos hábitos eurocêntricos.
no Brasil, considerando o fato de que o Estado ainda viva, sob muitos aspectos, uma
democracia racial?
Embora entenda haver outras possibilidades a serem exploradas por esta pesquisa,
o objetivo do ensaio é encontrar a raiz deste fenômeno e assim, entender o porquê de sua
prevalência, bem como, à quem deva interessar o extermínio da sociedade negra no
Estado brasileiro.
Somado o fato de que a autora deste ensaio está inserida na afro-sociedade, ávida
por melhor compreensão deste fenômeno, a relevância desta pesquisa toma corpo no
momento em que pretende lançar luz sobre o posicionamento da sociedade brasileira no
âmbito de sua invisibilidade negra, refletindo de modo conciso sobre a conduta jurídica e
social, tanto quanto ao que faz-se efetivamente necessário para impedir o avanço deste
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fenômeno, “porque de alguma forma está implícita uma noção de que a questão racial é
uma questão de interesse exclusivo de negros e negras, já que nos compete inclusive dizer
o que cabe aos brancos fazerem.” (FLAUZINA, 2017)
2. OBJETIVOS
2.1. Geral
2.2. Específicos
3. FUNDAMENTAÇĀO TEÓRICA
é possível lembrar que todos os fatos tidos como estarrecedores da história humana,
atendem aos princípios legais por estarem diretamente alinhados ao poder.
Para o avanço desta pesquisa, nos basta conceber que o racismo está para o
genocídio tanto quanto a branquitude para o privilégio.
Diante disso, embora não trate especificamente o genocídio racial, a fala atribuída
ao do então relator da ONU, Jean Ziegler (2002), afirmando que “A fome no Brasil é um
genocídio, não uma fatalidade, e quem morre de fome no país é assassinado”, evidencia
o "inaceitável" brasileiro, sobretudo, pelo fato de ter gerado tamanho constrangimento
por parte dos ofendidos representantes de Estado, reforça o que este projeto propõe: a
necessidade de dar voz a este fenômeno.
Admitindo que,
Por essa razão, segue-se a trilha dos intelectuais que refletem sobre o genocídio
da sociedade negra no país que mais recebeu escravos e que por mais tempo escravizou,
tal como afirma o historiador Florentino (1997, p.7), que em "termos de extensão
cronológica, seja com relação ao volume absoluto de importações, nenhuma outra região
americana esteve tão ligada a África como o Brasil".
4. REVISÃO LITERÁRIA
O êxito deste projeto requer ir além das escritas literárias e registros históricos,
faz-se necessário esmiuçar os conflitos que permeiam o processo decisório do Estado
brasileiro, sob a ótica do genocídio do afro-centrado, entendendo que a desigualdade
racial é discutida como fator de menor relevância, quando o tema é o desenvolvimento
socioeconômico do Estado mitologicamente democrático. O que faz deste estudo mais
complexo e por consequência, mais interessante.
Pois,
Orienta-se esta pesquisa para o Estado brasileiro, afeito a adentrar o viés de sua
formação eurocentrista, por sua vez embasada sob os princípios eugênicos, que mantém
fortes suas raízes legitimando o supremacismo branco e perpetuando privilégios.
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5. METODOLOGIA
6. CRONOGRAMA
Análise de fontes X X
Análise bibliográfica X
Confronto de ideias e
X X
reflexão
Redação X X
Revisão Orientada X
Preparo e Defesa X
REFERÊNCIAS
MUNANGA, Kabengele; GOMES, Nilma Lino. O negro no Brasil de hoje. São Paulo:
Global editora, 2006.
ODALIA, Nilo. O que é violência: (Primeiros Passos). São Paulo: Editora Brasiliense,
1993.
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