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Sob esse prisma, uma vez camuflado, o racismo no Brasil usufruiu de longos
prazos de desenvolvimento latente sem nenhuma ação contraria imediata, tendo assim
crescido na sociedade brasileira de forma lenta e constante. Nesse sentido, a
racionalidade em si já não é suficiente para que todas as pessoas possam renunciar a
suas crenças racistas (MUNANGA; 2017). Sendo assim, o racismo brasileiro age de
forma “cordial”, não declarado, desmoralizando suas vítimas e diminuindo a coesão de
uma possível força contraria que tem de agir contra algo que muitos não enxergam ou se
recusam a enxergar.
Além disso, vale ressaltar o quão intrigante é o fato de que, atualmente, quanto
mais existem forças para manter o racismo oficialmente não institucional, mais ele se
adentra e deixa claro de que é um processo plenamente intrínseco aos mais diversos
níveis da sociedade brasileira. Nesse âmbito, as evidências são amplas e diversas, como
o vice-presidente Hamilton Mourão fazendo declarações afirmando a inexistência do
racismo no Brasil, que seria algo que militantes tentam “importar” para o país.