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Conceitos e Métodos de Planejamento

Urbano

Inés Sánchez de Madariaga

Alunos:
Aloísio Lélis de Paula
Enéas Querin Fernandes
Com a emergência da necessidade do
urbanismo, após a Segunda Guerra Mundial,
todas as técnicas se sistematizam e se
sintetizam em relação ao urbanismo moderno.
Em paralelo com a institucionalização do
planejamento, os princípios do funcionalismo
se convertem em norma nas instancias
políticas e administrativas.
A partir dos anos cinqüenta se iniciou a
discussão sobre a necessidade de recuperar a
complexidade da vida urbana.
As formas em que se institucionalizam todas
estas técnicas e o alcance da regularização no
âmbito público variam entre países:

Espanha Caráter mais tecnocrático baseado na


técnica jurídica.
França Administração de engenheiros do
estado.
Países Anglo- Caráter mais representativo e aberto,
Saxões baseados em políticas públicas em
consenso.
Holanda e
Países Intervenção pública sistemática
Escandinavos
As primeiras críticas ao urbanismo técnico-
científico provem das próprias realizações do
movimento moderno.
Lewis Munford critica os aspectos estéticos, a
corrente sociológica radical critica a falta
de humanidade no novo meio urbano,
inadequado para as relações sociais com sua
geometria Elemental, sua estandardização,
sua monotonia e pobreza simbólica.
A obra de Lefebvre é a mais destacada pelos
críticos marxistas da época, chama a atenção a
dimensão inevitavelmente política do
urbanismo.
 Henri Lefebvre (Neo marxismo)
Henri Lefebvre nasceu em Hagetmau, Landes, França, e estudou
Filosofia em Sorbone, graduando-se em 1920.
Por volta de 1924 fez parte do grupo que estudou e procurou a
Revolução Filosófica, tem contato com os Surrealistas e em
1928 entra para o Partido Comunista Francês.
Entre 1930-1940 leciona Filosofia e em 1940 se junta e Resistência
Francesa.
Em 1958 é expulso do Partido Comunista e nos anos seguintes se
envolve com editoriais da revista Argumentos, nova revista
de esquerda,... ”cujo maior mérito era possibilitar o publico
francês entrar em contato com os movimentos revi sionistas
dos anos 20 e 30 na Europa Central”.
Após lecionar nas Universidades de Strasbourg e Nanterre,
faleceu em 1991. Em sua homenagem a Revista “Filosofia
Radical” escreveu:
“O mais prolixo intelectual marxista francês morreu na noite
de 28 para 29 de junho de 1991, pouco antes de completar
noventa anos”.
Durante sua longa carreira, seu trabalho entrou e saiu de moda
varias vezes, e influenciou o desenvolvimento não só da
Filosofia, mas também da Sociologia, geografia, Ciência
Política e a Literatura Critica.
Henri Lefebvre (Neo marxismo)
 
No livro The Production of Space (1974), Lefebvre defende que
existem diferentes níveis de espaço, desde o mais abstrato,
cru, natural (espaço absoluto) às mais complexas
espacialidades cuja significação é produzida pela sociedade
(espaço social).
Ele argumenta que o espaço é um produto social. Como filosofo
marxista defende a idéia de que a produção social do espaço
urbano é fundamental para a reprodução da sociedade,
conseqüentemente do próprio capitalismo. Lefebvre
argumentava que cada sociedade – e por conseqüência
qualquer modo de produção - produz seu próprio espaço.
Baseado neste argumento Lefebvre criticava os planejadores
urbanos soviéticos, afirmando que eles não haviam criado
um espaço socialista, apenas reproduziram as idéias
modernistas da época:
“Mudem a vida! Mudem a sociedade! Estas idéias perdem
completamente o seu significado se não se produzir um
espaço apropriado. A lição a ser aprendida com as
construções soviéticas dos anos 20 e 30, e das suas falhas, e
que uma nova relação social demanda um novo espaço e
vice-versa”.
 
 
Fonte – www.wikipedia.org
Paul Davidoff (participação)
 
Paul Davidoff graduado em Planejamento e Arquitetura pela
Universidade da Pensilvânia.
Trabalhou como planejador na Comissão de Planejamento do
Condado de Delaware, Nova Canaan, Voorhees, Walker,
Smith & Smith, e na Comissão de Planejamento da cidade de
Nova York.
De 1958 para 1965, ele lecionou no Departamento de
Planejamento Urbano da Universidade da Pensilvânia.
Foi professor e diretor do curso de pós-graduação de
Planejamento Urbano da Universidade Hunter de 1965 a
1969.
Foi diretor executivo do Suburban Action Institute, que veio a se
tornar o Metropolitan Action Institute in 1980.
Seu trabalho com ambas as organizações incluem controle de
projetos de pesquisa, litígio entre zonas, estudos de
recolocação incorporações, perito, conferencias e
angariamento de fundos para diversas atividades, lecionando
dando consultoria para varias instituições, e produzindo
diversas publicações.
Em 1982, Davidoff e o Metropolitan Action Institute se tornaram
associados a Queens College.
Paul Davidoff morreu em Dezembro 1984.
 
FONTE - rmc.library.cornell.edu/EAD
JANE JACOBS (sociologia radical)
 

Jane Jacobs nasceu em 4 de maio de 1916 em Scranton


Pennsylvania e faleceu em (25/4) em Toronto, Canadá. É
bem possível que tenha sido Scranton a responsável pelo
interesse que Jacobs desenvolveu, ao longo de toda a vida,
para com as cidades e o modo como funcionam. Scranton lhe
forneceu "uma amostra de como uma cidade se torna
estagnada e decadente, e em parte explica o porquê desse
assunto tanto me interessar: afinal, cresci numa comunidade
onde isto de fato aconteceu", observa.
 
Era uma intelectual, escritora, analista social, ativista, economista
autodidata, livre-pensadora da Ética e da Moral. Uma líder
das lutas pela preservação das comunidades urbanas e pela
eliminação das vias expressas, primeiro em Nova Iorque e
depois em Toronto.
 
Com ela, se inaugurou a luta contra a cultura utópica do
“planejamento” hegemônica à época, e expressa através dos
grandes empreendimentos residenciais, das vias expressas
cortando o Centro das cidades, do arrasamento de áreas
deterioradas e do abandono dos Centros tradicionais das
cidades.
 
JANE JACOBS (sociologia radical)
Jacobs era vista, erroneamente, por muitos de seus simpatizantes
como de 'esquerdista'. Suas posições aceitavam a existência
do mercado, apoiavam a privatização dos serviços públicos
de infra-estrutura, desaprovavam os subsídios, e
abominavam a intromissão dos governos, fosse ela pequena
ou grande.
 
Mas Jacobs também não era de 'direita'. Na verdade, ela não
ligava para ideologias.
  "Acho que as ideologias, não importa quais, são uma grande
aflição, porque elas nos cegam e não nos permitem enxergar
o que está ocorrendo e o que está sendo feito por aí",
declarou.
E esclareceu:
"sou meio atéia, já que ser de esquerda ou de direita é o tipo
de coisa que não faz sentido para mim. Acho que as
ideologias nos cegam”.
 
Não era uma especialista em qualquer matéria, nem dispunha de
muitas 'credenciais' acadêmicas. Sua educação formal e
acadêmica era limitada.

Foi casada 52 anos com Robert Jacobs, arquiteto e foi seu trabalho
que lhe despertou a atenção para a Architectural Forum, uma
revista mensal onde se tornou editora.
 
 
JANE JACOBS (sociologia radical)
 

Em 1958, após escrever sobre os Centros das cidades para a


revista Fortune, recebeu uma bolsa da Fundação Rockefeller
para escrever sobre temas urbanos. Paralelamente, criava
casos com empreendedores, planejadores e políticos que
queriam implantar uma via expressa cortando a cidade de
Nova Iorque. A via expressa proposta nada tinha a ver com o
movimento do tráfego.
"Ela seria devastadora para a cidade. O que motivava sua
construção era que poderia receber verbas federais
destinadas às vias expressas, já que conectaria New Jersey a
Nova Iorque. Geraria empregos para a indústria da
construção, e um caminhão de dinheiro para os políticos e
arquitetos que dela se beneficiariam, e também,
provavelmente, para os incorporadores imobiliários que
colheriam frutos indiretamente”.
E até que Jane finalmente conseguisse impedir essa operação,
passaram-se 12 anos. Foi presa e encarcerada com dois
companheiros, passando por sérios problemas.
Em 1968 muda-se para o Canadá, para que os filhos não fossem
chamados para a guerra do Vietnam.
 
JANE JACOBS (sociologia radical)
 
Logo após a mudança foram anunciados os planos para a
construção da Spadina Expressway, que cortaria uma faixa
do tecido urbano, facilitando o acesso dos moradores dos
suburbios ao Centro da cidade.

Jacobs escreveu um artigo de jornal criticando duramente os


planejadores urbanos por sua tentativa de 'los angelizar' a
cidade, que considerava a mais promissora e sadia da
América do Norte, ainda não desfigurada, e ainda com
muitas oportunidades a aproveitar".

Mobilizou os cidadãos, contra os urbanistas e contra os políticos,


em um movimento social que ficou conhecido como Stop
Spadina.

Jane Jacobs ficou surpresa por seu livro The Question of Separatism
não ter sido bem recebido por alguns canadenses. Nele, ela
afirmou que a província de Quebec desenvolveria uma
economia mais bem sucedida e com maior vitalidade caso se
separasse do Canadá.

Fonte - www.vivercidades.org.br

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