LID - Leitura e Interpretação de Desenho

Leitura e Interpretação de
Desenho Técnico Mecânico

Leitura e Interpretação de Desenho Técnico Mecânico
Projeção de vistas
Uma peça que está sendo observada ou mesmo imaginada, pode ser
desenhada (representada) num plano. A essa representação gráfica se dá o nome
de “projeção”.
As projeções de uma peça pode ser dividida em vistas. As principais
são a vista de frente, as vistas laterais e a vista de cima (de topo).
Exercícios:
Desenhe a vista de frente, vista lateral esquerda, vista lateral direita,
vista superior e vista inferior da peça abaixo.
Linhas do desenho
Para desenhar as vistas de uma peça, em um desenho técnico
mecânico, são usados vários tipos de linhas, conforme a norma NBR 8403.
Linhas de contorno: usadas para desenhar arestas e contornos visíveis.
São largas e de traço contínuo.
Linhas do desenho
Linhas Invisíveis: usadas para desenhar arestas e contornos não
visíveis.
Linhas do desenho
Linhas de centro: usadas em centros de furos e eixos e em eixos de
simetria.
Linhas do desenho
Linhas de cota: Usadas para colocar as medidas da peça. São estreitas,
traço continuo, limitadas por setas nas extremidades.
Linhas do desenho
Linhas auxiliares: Utilizadas para auxiliar no processo de cotagem. São
estreitas e de traço contínuo. Não devem tocar o contorno do desenho e
prolongam-se além da última linha de cota que limitam.
Linhas do desenho
Linhas de corte: São utilizadas para representar os cortes de peças. São
formadas por traço e ponto, estreitas, largas nas extremidades e na mudança de
direção.
Linhas do desenho
Linhas de ruptura: São usadas para indicar rupturas e cortes parciais.
São formadas por traço contínuo, estreito e sinuoso para cortes curtos (A) e de
traço contínuo com zigue-zague para corte longos (B).
(A)
(B)
Linhas do desenho
Linhas para hachuras: Usadas para representar as partes cortadas de
uma peça e também podem identificar o material. São estreitas, traço continuo
ou tracejadas, geralmente inclinadas a 45°.
Linhas do desenho
Exercícios:
vista superior e a vista inferior da peça abaixo.
Linhas do desenho
Exercícios:
vista superior e a vista inferior da peça abaixo.
Vistas essenciais
Quando representamos uma peça pelas suas vistas, usamos as vistas
que melhor identificam suas formas e dimensões. Pode-se usar três ou mais
vistas, como também pode-se usar duas vistas e, em alguns casos, até uma única
vista.
Vistas essenciais
Exercícios:
Desenhe as vistas essenciais da peça abaixo.
Vistas essenciais
Exercícios:
Desenhe as vistas essenciais da peça abaixo.
Vista Auxiliar
A vista auxiliar é empregada para se obter a forma real de partes que
estejam fora das posições horizontal e vertical.
Vista Auxiliar
Exercícios:
Desenhe as vistas essenciais da peça abaixo:
Vista Auxiliar
Exercícios:
Desenhe as vistas essenciais da peça abaixo:
Cotagem
Para a execução de uma peça, é necessário que se coloque no desenho,
além das projeções que nos dão ideia da forma da peça, as medidas e outras
informações complementares.
Cotagem
Representação das cotas.
A posição do valor das cotas geralmente é escritas conforme figura
abaixo.
Cotagem
As cotas devem ser colocadas de modo que o desenho seja lido da
esquerda para a direita e de baixo para cima paralelamente a dimensão cotada.
Cotagem
Por convenção a unidade de medida de um desenho técnico mecânico
é o mm (milímetro), não sendo necessário a colocação da unidade nas medidas
do desenho. Se houver o emprego de outra unidade, coloca-se o respectivo
símbolo ao lado do valor numérico, conforme figura abaixo.
Cotagem
Cada cota deve ser indicada na vista que mais claramente representar a
forma do elemento cotado. Deve-se evitar a repetição de cotas.
Ø8
Cotagem
A ABNT ( Associação Brasileira de Normas Técnicas) recomenda a
utilização dos símbolos, que devem ser colocados sempre antes dos valores
numéricos das cotas. Os principais são:
Ø: símbolo de diâmetro;
□: símbolo de quadrado;
R: símbolo de raio.
Cotagem
Cotagem de chanfros:
Cotagem de ângulos:
Cotagem
Cotagem de raios:
Cotagem de diâmetros:
Ø8
Ø8
Cotagem
Cotagem de furos em torno de um diâmetro ou raio imaginário.
Cotagem
Cotagem somativa.
Cotagem
Cotagem em paralelo com face de referência.
Cotagem
Cotagem aditiva com face de referência.
Cotagem
Cotagem com linhas de referência.
Cotagem
Cotagem com e sem linha de simetria.
Cotagem sem linha de simetria Cotagem com linha de simetria

Cotagem
Exercícios:
Desenhe as vistas essenciais e coloque as cotas da peça do desenho
abaixo:
Cotagem
abaixo:
Cotagem
abaixo:
Cortes
Os cortes são utilizados em desenhos de peças e conjuntos visando
facilitar a interpretação de detalhes internos que, através das vistas
convencionais, seriam difíceis.
Hachuras
Hachuras são linhas estreitas ou figuras empregadas para representar a
parte cortada. Todos os cortes de uma mesma peça devem conservar as mesmas
hachuras.
Linhas de corte
O plano de corte é indicado, no desenho, por linha estreita com traço e
ponto, larga nas extremidades e nas mudanças de direção do corte, sendo
denominada Iinha de corte.
Meio corte
Quando uma peça é simétrica, não há necessidade de empregarmos o
corte total para mostrar seus detalhes internos. Podemos utilizar o meio corte,
mostrando a metade da peça em corte, com seus detalhes internos, e a outra
metade em vista externa.
Corte parcial
Corte parcial é o corte utilizado para mostrar apenas uma parte interna
do objeto ou peça, possibilitando esclarecer pequenos detalhes internos sem
necessidade de recorrer ao corte total ou meio corte.
Omissão de corte
Para representarmos de forma mais clara detalhes, como nervuras ou
peças, de um desenho podemos recorrer a omissão do corte.
Seções
As seções indicam, de modo prático e simples, o perfil ou partes de
peças.
Vista de peças encurtadas

São representações convencionais utilizadas para o desenho de peças
que, devido ao seu comprimento, necessitam ser encurtadas para melhor
aproveitamento de espaço no desenho.
Corte
Exercícios:
Desenhe a vista de corte total do desenho abaixo.
Ø 30
Ø 20
Corte
Exercícios:
Desenhe as vistas de corte totais do desenho abaixo.
Corte
Exercícios:
Desenhe a vista de meio corte do desenho abaixo.
Corte
Exercícios:
Desenhe as vistas essenciais e a seção do perfil central da peça abaixo.
Corte
Exercícios:
Desenhe a vista de corte longitudinal da peça abaixo aplicando a
omissão de corte.
Tolerância dimensional
Tolerância é o valor da variação permitida em uma ou mais dimensões. Em

termos práticos é a diferença tolerada entre as dimensões máxima e mínima de uma
dimensão nominal.
Conceitos na aplicação de medidas com tolerância:
Medida nominal: é a medida representada no

desenho.
Medida com tolerância: é a medida com

afastamento para mais ou para menos da medida nominal.
Medida efetiva: é a medida real da peça

fabricada.
Dimensão máxima: é a medida máxima

permitida.
Conceitos na aplicação de medidas com tolerância:
Dimensão mínima: é a medida mínima permitida.
Afastamento superior: é a diferença entre a

dimensão máxima permitida e a medida nominal.
Afastamento inferior: é a diferença entre a

dimensão mínima permitida e a medida nominal.
Campo de tolerância: é a diferença entre a

medida máxima e a medida mínima permitida.
Indicações de tolerâncias nos desenhos:
Sistema de tolerância e ajustes ABNT/ISO:
A tolerância ABNT/ISO é representada normalmente por uma letra e um

numeral colocados à direita da cota.
As letra indicam a posição do campo de tolerância. As maiúsculas
representam as medidas internas (furos) e as minúsculas representam as medidas
externas (eixos);
O numeral representa a qualidade de trabalho.
Campo de tolerância ABNT/ISO:
Tolerância para medidas internas (furos).
Tolerância para medidas externas (eixos).

Tabela de ajustes - Tolerâncias para medidas internas (furos):



Tabela de ajustes - Tolerâncias para medidas externas (eixos):



Tabela de ajustes – Tipos de ajustes e aplicações
Exercícios:
Furo com encaixe

deslizante justo Posição do furo
com tolerância de
± 0,05 mm
Furo com encaixe

rotativo
Furo com encaixe

forçado duro
Tolerâncias geométricas
Tolerância geométrica é a variação permitida, em relação a nominal, das
características geométricas das peças, como forma, orientação e posição.
Tipos:
Superfície paralela a
Exercícios. Superfície “A” superfície “A” com
tolerância de 0,03mm
Furo concêntrico com o

furo “C”, com tolerância
de 0,1mm
Superfície perpendicular
a superfície “B” com
Furo “C”
Superfície plana de
Superfície “B”
Acabamento superficial
A simbologia de acabamento superficial tem por objetivo indicar o grau
de acabamento requerido na superfície de uma peça. Pode ser representada por
meio de sinais convencionais ou por meio de valores de rugosidade.
A simbologia de acabamento superficial tem por objetivo indicar o grau
de acabamento requerido na superfície de uma peça. Pode ser representada por
meio de sinais convencionais ou por meio de valores de rugosidade.
Sinais convencionais.
De acordo com NBR-6402, a especificação de acabamento nos
desenhos por meio de sinais convencionais é feita conforme a indicação abaixo.
Valores de Rugosidade
De acordo com a NBR-8404, a especificação de acabamento nos
desenhos por meio de valores de rugosidade é feita conforme a indicação abaixo.
Valores de Rugosidade
Parâmetros de rugosidade
Rugosidade média - Ra (roughness average)
É a média aritmética dos valores absolutos das ordenadas de
afastamento (yi), dos pontos do perfil de rugosidade em relação à linha média,
dentro do percurso de medição (lm).
Parâmetros de rugosidade
Rugosidade total – Rt (roughness total)
Corresponde à distância vertical entre o pico mais alto e o vale mais
profundo no comprimento de avaliação (lm).
Exercícios
Superfícies da peça sem
indicação de acabamento
Superfície retificada usar rugosidade de 6,3 Ra
com acabamento de
0,8 Ra
Superfície fresada
com acabamento de
1,6 Ra
Solda
Em desenho técnico mecânico as simbologias de soldagem são
elementos gráficos (símbolos, letras e números) empregados para fornecer
informações necessárias a realização de um determinado tipo de solda.
Solda
Simbologia:
Solda
Tipos de solda e exemplos de aplicação:
Solda
Solda
Solda
abaixo:
Solda de filete com

espessura de 8 mm
ao redor de toda a
nervura.
Solda com chanfro

em “V”.
Escalas
Os desenhos que utilizamos em oficinas, para orientar a construção de
uma peça, nem sempre podem ser executados com os valores reais das medidas.
O recurso então é reduzir ou ampliar o desenho, conservando-se a proporção da
peça, utilizando para isso o recurso da escala.
Escalas
Exercícios:
Desenhe a peça abaixo na escala 2: 1
Terceiro diedro
Em desenhos com sistema de projeção no terceiro diedro, as vistas são
dispostas de maneira diferente ao primeiro diedro, conforme mostra as figuras
abaixo.
Vistas em 1º diedro Vistas em 3º diedro

Terceiro diedro
Desenhe a peça abaixo com as vistas essenciais e no terceiro diedro.
Leiaute de desenho
Os desenhos técnicos mecânicos são feitos em folhas com margens e
legenda onde são colocados informações adicionais sobre o desenho.
Leiaute de desenho
Formato e dimensões das folhas
Folha vertical
Folha horizontal
Leiaute de desenho
Formato e dimensões das margens das folhas
Leiaute de desenho
Distribuição dos conteúdos.
Leiaute de desenho
Formato e dimensões da legenda do leiaute.
Leiaute de desenho
Exemplo de legenda.
Perspectiva Isométrica
A perspectiva isométrica auxilia na interpretação de peças complexas.
Perspectiva cavaleira
Esta perspectiva se caracteriza par sempre representar a peça como
vista de frente.
Conjuntos mecânicos
Conjuntos mecânicos são conjuntos de peças montados entre si, para
produzir um produto que pode ser desde uma simples ferramenta até uma
máquina de grande porte.
Conjuntos mecânicos
Exercícios:
Desenhe as peças e o conjunto abaixo com as vistas essenciais e
coloque as cotas:
Referências Bibliográficas
PROVENZA. Francesco. Desenhista de Máquinas. 71ª ed. São Paulo. Ed. F.

Provenza. 1996.
SENAI-RS. Desenho Técnico Mecânico; área metal mecânica. 2ª Edição. Porto
Alegre. Diretoria Técnica / Gerência de Desenvolvimento Educacional. 1997.
SENAI-RS. Informações Tecnológicas - Mecânica. 11ª Edição. Porto Alegre.
Diretoria de Educação e Tecnologia/Unidade de Negócios Em Educação Profissional. 2005.

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Leitura e Interpretação de

Desenho Técnico Mecânico

Cotagem sem linha de simetria Cotagem com linha de simetria

Vista de peças encurtadas

Tolerância é o valor da variação permitida em uma ou mais dimensões. Em

Medida nominal: é a medida representada no

Medida com tolerância: é a medida com

Medida efetiva: é a medida real da peça

Dimensão máxima: é a medida máxima

Dimensão mínima: é a medida mínima permitida.

Afastamento superior: é a diferença entre a

Afastamento inferior: é a diferença entre a

Campo de tolerância: é a diferença entre a

A tolerância ABNT/ISO é representada normalmente por uma letra e um

Tolerância para medidas internas (furos).

Tolerância para medidas externas (eixos).

Tabela de ajustes - Tolerâncias para medidas internas (furos):

Tabela de ajustes - Tolerâncias para medidas internas (furos):

Tabela de ajustes - Tolerâncias para medidas internas (furos):

Tabela de ajustes - Tolerâncias para medidas externas (eixos):

Tabela de ajustes - Tolerâncias para medidas externas (eixos):

Tabela de ajustes - Tolerâncias para medidas externas (eixos):

Furo com encaixe

Furo com encaixe

Furo com encaixe

Furo concêntrico com o

Solda de filete com

Solda com chanfro

Vistas em 1º diedro Vistas em 3º diedro

PROVENZA. Francesco. Desenhista de Máquinas. 71ª ed. São Paulo. Ed. F.

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