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Campus Marabá

Instituto de Geociências e Engenharias


Faculdade de Computação e Engenharia Elétrica

Cortes

Professor: Valdez Aragão de Almeida Filho

Marabá, 2018
Roteiro da aula

1. Introdução
2. Corte total
3. Corte nas vistas do desenho técnico
3.1 Corte na vista frontal
3.2 Corte na vista superior
3.3 Corte na vista lateral esquerda
4. Mais de um corte nas vistas ortográficas
5. Referências bibliográficas
3 1. Introdução

 Dada a vista frontal da Figura 1, tal


representação, mesmo com os recursos vistos
até agora, ficaria bastante prejudicada;

 Para representar um conjunto complexo


como esse, com muitos elementos internos, o
desenhista utiliza um recurso que permite
mostrar seu interior com clareza: a
representação em corte;
4 1. Introdução

Figura 1. Modelo com elementos internos complexos. (Fonte: Apostila Desenho


Técnico Telecurso 2000)
5 1. Introdução

 Cortar quer dizer dividir, secionar, separar


partes de um todo;

 Corte é um recurso utilizado em diversas


áreas do ensino, para facilitar o estudo
interior dos objetos;

 A Figura 2 ilustra o corte frontal do modelo


mostrado na Figura 1;
6 1. Introdução

Figura 2. Corte frontal do modelo ilustrado na Figura 1. (Fonte: Apostila


Desenho Técnico Telecurso 2000)
7 1. Introdução

 Fica mais fácil analisar o desenho em corte


porque nesta forma de representação utiliza-
se a linha para arestas e contornos visíveis em
vez da linha para arestas e contornos não
visíveis;
8 2. Corte total

 Corte total é aquele que atinge a peça em toda a


sua extensão, como mostra a Figura 3;

 Vale lembrar que em desenho técnico os cortes


são apenas imaginários;

 Os cortes são imaginados e representados


sempre que for necessário mostrar elementos
internos da peça ou elementos que não estejam
visíveis na posição em que se encontra o
observador;
9 2. Corte total

Figura 3. Exemplo de corte total. (Fonte: Apostila Desenho Técnico Telecurso


2000)
10 2. Corte total

 Deve-se considerar o corte realizado por um


plano de corte, também imaginário;

 No caso de corte total, o plano de corte


atravessa completamente a peça, atingindo
suas partes maciças, como mostra a Figura 4;
11 2. Corte total

Figura 4. Plano de corte atravessando a peça. (Fonte: Apostila Desenho Técnico


Telecurso 2000)
3. Corte nas vistas do desenho
12
técnico

 Os cortes podem ser representados em


qualquer das vistas do desenho técnico;

 A escolha da vista onde o corte é


representado depende dos elementos que se
quer destacar e da posição de onde o
observador imagina o corte;
13 3.1 Corte na vista frontal

 Considere o modelo da Figura 5, visto de


frente por um observador;

Figura 5. Vista frontal de um modelo. (Fonte: Apostila Desenho Técnico


19
Telecurso 2000)
14 3.1 Corte na vista frontal

 Nesta posição o observador não vê os furos


redondos nem o furo quadrado da base;

 Para que estes elementos sejam visíveis é


necessário imaginar o corte;

 Imagine o modelo secionado, isto é,


atravessado por um plano de corte, como
mostra a Figura 6;
15 3.1 Corte na vista frontal

Figura 6. Modelo atravessado por um plano de corte. (Fonte: Apostila Desenho


Técnico Telecurso 2000)
16 3.1 Corte na vista frontal

 O plano de corte paralelo ao plano de projeção


vertical é chamado plano longitudinal vertical;

 Este plano de corte divide o modelo ao meio, em


toda sua extensão, atingindo todos os elementos
da peça;

 Na projeção do modelo cortado, no plano


vertical, os elementos atingidos pelo corte são
representados pela linha para arestas e
contornos visíveis, como mostra a Figura 7;
17 3.1 Corte na vista frontal

Figura 7. Projeção do modelo cortado, no plano vertical. (Fonte: Apostila


Desenho Técnico Telecurso 2000)
18 3.1 Corte na vista frontal

 As partes maciças do modelo, atingidas pelo


plano de corte, são representadas hachuradas;

 As hachuras são formas convencionais de


representar as partes maciças atingidas pelo
corte;

 A ABNT estabelece o tipo de hachura para cada


material;
19 3.1 Corte na vista frontal

 Os furos não recebem hachuras, pois são


partes ocas que não foram atingidas pelo
plano de corte;

 Os centros dos furos são determinados pelas


linhas de centro, que também devem ser
representadas nas vistas em corte;
20 3.1 Corte na vista frontal

 Observe, na Figura 8, novamente o modelo


secionado e, ao lado, suas vistas ortográficas;

Figura 8. Modelo secionado e suas vistas ortográficas. (Fonte: Apostila Desenho


Técnico Telecurso 2000)
21 3.1 Corte na vista frontal

 Sob a vista representada em corte, no caso a


vista frontal, é indicado o nome do corte:
corte AA;

 Observe, na Figura 8, que a vista superior é


atravessada por uma linha;

 Esta linha indica o local por onde se imaginou


passar o plano de corte;
22 3.1 Corte na vista frontal

 As setas sob os traços largos indicam a direção


em que o observador imaginou o corte;

 As letras do alfabeto, próximas às setas, dão o


nome ao corte;

 A ABNT determina o uso de duas letras


maiúsculas repetidas para designar o corte: AA,
BB, CC, etc.;
23 3.2 Corte na vista superior

 Como o corte pode ser imaginado em


qualquer das vistas do desenho técnico,
imagine o mesmo modelo da Figura 5, visto
de cima por um observador, como mostra a
Figura 9;

 Para que os furos redondos fiquem visíveis, o


observador deverá imaginar um corte;
24 3.2 Corte na vista superior

Figura 9. Vista superior de um modelo. (Fonte: Apostila Desenho Técnico


Telecurso 2000)
25 3.2 Corte na vista superior

 Veja, na Figura 10, o modelo secionado por


um plano de corte horizontal;

Figura 10. Modelo secionado por um plano de corte horizontal. (Fonte: Apostila
Desenho Técnico Telecurso 2000)
26 3.2 Corte na vista superior

 Este plano de corte, que é paralelo ao plano


de projeção horizontal, é chamado plano
longitudinal horizontal;

 Ele divide a peça em duas partes;

 Com o corte, os furos redondos, que antes


estavam ocultos, ficaram visíveis;
27 3.2 Corte na vista superior

 Observe, na Figura 11, o modelo secionado e,


ao lado, suas vistas ortográficas;

 O corte aparece representado na vista


superior;

 As partes maciças atingidas pelo corte foram


hachuradas;
28 3.2 Corte na vista superior

Figura 11. Modelo secionado e suas vistas ortográficas. (Fonte: Apostila


Desenho Técnico Telecurso 2000)
3.3 Corte na vista lateral
29
esquerda

 Observe mais uma vez o modelo com dois furos


redondos e um furo quadrado na base;

 Imagine um observador vendo o modelo de lado


e um plano de corte vertical atingido o modelo,
conforme mostra a Figura 12;

 O plano de corte, que é paralelo ao plano de


projeção lateral, recebe o nome de plano
transversal;
3.3 Corte na vista lateral
30
esquerda

Figura 12. Modelo secionado por um plano de corte transversal. (Fonte: Apostila
Desenho Técnico Telecurso 2000)
3.3 Corte na vista lateral
31
esquerda
 A Figura 13 mostra como ficam as projeções
deste modelo em corte;

Figura 13. Modelo secionado e suas vistas ortográficas. (Fonte: Apostila


Desenho Técnico Telecurso 2000)
4. Mais de um corte nas vistas
32
ortográficas

 Dependendo da complexidade do modelo ou


peça, um único corte pode não ser suficiente
para mostrar todos os elementos internos;

 Observe, por exemplo, o modelo da Figura 14;

 Imagine este modelo visto de frente, secionado


por um plano de corte longitudinal vertical que
passa pelo centro da peça;
4. Mais de um corte nas vistas
33
ortográficas

Figura 14. Modelo secionado por um plano de corte longitudinal vertical. (Fonte:
Apostila Desenho Técnico Telecurso 2000)
4. Mais de um corte nas vistas
34
ortográficas
 Imagine que a parte anterior do modelo,
separada pelo plano de corte, foi removida,
como pode ser visto na Figura 15;

Figura 15. Vista do modelo secionado por um plano de corte longitudinal


vertical. (Fonte: Apostila Desenho Técnico Telecurso 2000)
4. Mais de um corte nas vistas
35
ortográficas

 Esta vista mostra apenas parte dos elementos


internos da peça: os dois rasgos passantes;

 O que fazer para mostrar os outros dois


elementos, de modo a tornar mais clara a
representação do modelo?

 A solução é representar mais de uma vista em


corte;
4. Mais de um corte nas vistas
36
ortográficas

 Imagine o mesmo modelo da Figura 14, visto de


lado, secionado por um plano de corte
transversal, como mostra a Figura 16;

 Neste caso, a vista atingida pelo corte é a lateral


esquerda;

 Nesta vista é possível ver claramente o furo


cilíndrico com rebaixo e o furo quadrado, que
não apareciam na vista frontal em corte;
4. Mais de um corte nas vistas
37
ortográficas

Figura 16. Modelo secionado por um plano de corte transversal. (Fonte: Apostila
Desenho Técnico Telecurso 2000)
4. Mais de um corte nas vistas
38
ortográficas
 O modelo com os dois cortes representados
ao mesmo tempo pode ser visto na Figura 17;

Figura 17. Modelo representado pelos dois cortes. (Fonte: Apostila Desenho
Técnico Telecurso 2000)
4. Mais de um corte nas vistas
39
ortográficas

 Cada corte é identificado por um nome;

 O corte representado na vista frontal recebeu


o nome de corte AA;

 O corte representado na lateral esquerda


recebeu o nome de corte BB;
4. Mais de um corte nas vistas
40
ortográficas – Exemplo 1

 Represente a figura abaixo com a quantidade de cortes


necessária para representar adequadamente os detalhes
ocultos nas vistas.

2
4. Mais de um corte nas vistas
41
ortográficas – Exemplo 2

 Represente a figura abaixo com a quantidade de cortes


necessária para representar adequadamente os detalhes
ocultos nas vistas.

2
4. Mais de um corte nas vistas
42
ortográficas – Exemplo 3

 Represente a figura abaixo com a quantidade de cortes


necessária para representar adequadamente os detalhes
ocultos nas vistas.

2
4. Mais de um corte nas vistas
43
ortográficas – Exemplo 4

 Represente a figura abaixo com a quantidade de cortes


necessária para representar adequadamente os detalhes
ocultos nas vistas.

2
4. Mais de um corte nas vistas
44
ortográficas – Exemplo 5
 Represente a figura selecionada abaixo com a quantidade
de cortes necessária para representar adequadamente os
detalhes ocultos nas vistas.

2
40 5. Referências Bibliográficas

 SILVA, A., RIBEIRO, C. T., DIAS, J., SOUSA, L.: Desenho


Técnico Moderno, 4ª edição. Editora LTC, 2014.

 LEAKE, J. M.: Manual de Desenho Técnico para


Engenharia – Desenho, Modelagem e Visualização, 2ª
edição. Editora LTC, 2017.

 Apostila completa de desenho técnico. Telecurso 2000.

 Apostila de desenho técnico. UFPR.

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