Você está na página 1de 22

CURSO SUPERIOR DE ENGENHARIA ELÉTRICA

RAFAEL DE OLIVEIRA

PROJETO ELÉTRICO RESIDENCIAL

Caxias do Sul
2021
1
Rafael de Oliveira

PROJETO ELÉTRICO RESIDENCIAL

Trabalho apresentado para o Curso de


Engenharia Elétrica do Centro
Universitário Uniftec como parte dos
requisitos para avaliação da unidade
curricular de Estágio.

Orientador: Prof. Eng. Esp. Rodrigo Brandt

Caxias do Sul
2021
2
Rafael de Oliveira

PROJETO ELÉTRICO RESIDENCIAL

Trabalho apresentado para o Curso de


Engenharia Elétrica, do Centro
Universitário Uniftec como parte dos
requisitos para avaliação da unidade
curricular de Estágio.

Aprovado em ____/____/____

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________
Professor Orientador: Eng. Esp. Rodrigo Brand

__________________________________________
Professor Avaliador: Eng. Esp. Rodrigo Brand

__________________________________________
Professor Avaliador: Eng. Esp. Rodrigo Brand

Caxias do Sul
2021
3
PROJETO ELÉTRICO RESIDENCIAL

Rafael de Oliveira
Autor
Rafael.ipr@outlook.com

Prof. Eng. Esp. Rodrigo Brand


Orientador
rodrigobrandt@gmail.com.br

Resumo: O projeto se ser realizado refere-se a uma reforma residencial, localizada no bairro centro da
cidade de São Marcos. Á área atualmente construída é de 191 metros quadrados sendo elas duas
garagens, varanda coberta com área de serviço, cozinha sala, corredor, duas suítes, quarto de
hospedes, escritório, lavabo e sala de costura. O objetivo do trabalho da disciplina de estágio para
engenharia elétrica será fazer o projeto elétrico da casa com preparação para instalação de sistema de
casa inteligente utilizando a Amazon Alexa, isso inclui a parte do dimensionamento de carga instalada.
Também fazer todos os cálculos para dimensionamento de circuitos elétricos respeitando as normas
regulamentadoras, sendo ela NBR 5410, (instalações elétricas de baixa tensão), NBR 5413 (Iluminação
de interiores), fazer todos os cálculos para dispositivos de proteções elétricas entre ele IDR, (Interruptor
Diferencial Residual), DPS (dispositivos contra surtos elétricos), e proteções contra curto circuitos,
utilizando um disjuntor para cada circuito. Os recursos utilizados foram o software CAD Project elétrica,
onde a empresa IPR instalações elétricas adquiriu a licença para uso, este será utilizado para fins de
desenhar todo o projeto utilizando as simbologias conforme norma ABNT.

Palavra-chave: Projeto elétrico, residência

4
Advisor
rodrigobrandt@gmail.com.br

Abstract: The project to be carried out refers to a residential renovation, located in the downtown district of São

Marcos. The area currently built is 210 square meters, including two garages, covered porch with laundry area,

kitchen, dining room, living room, hallway, two suites, guest bedroom, office, toilet and sewing room. The

objective of the work of the internship discipline for electrical engineering will be to make the electrical design of

the house with preparation for installing a smart home system using Amazon Alexa; this includes the installed load

sizing part. Also make all calculations for sizing electrical circuits respecting all regulatory standards, including

NBR 5410, (low voltage electrical installations), NBR 5413 (Interior lighting), make all calculations for electrical

protection devices including IDR, (Residual Differential Switch), DPS (Surge Devices), and short circuit

protections using a circuit breaker for each circuit. The resources used were the electrical CAD Project software,

where the company IPR Electrical Installations acquired the license for use; this will be used for designing the

entire project using the symbologi according to the ABNT standard.

Keyword: Eletrical project, residence

5
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: (IDR) Interruptor Diferencial Residual....................................................11

Figura 2: Disjuntor termomagnético.......................................................................13

Figura 3: Dispositivos de proteção contra surtos (DPS) tipo 2...........................14

LISTA DE APREVIATURAS

NBR - Normas Brasileiras

RGE - Rio Grande Energia

mA - Milianpere

VA - Volt-Ampere

m- Metro

QGD - Quadro Geral de Distribuição

6
Sumário
1 – INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 9
2 – OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS ............................................................................................ 10
2. 1 – OBJETIVOS GERAIS ......................................................................................................... 10
2. 1. 1 – OBJETIVOS ESPECIFICOS ..................................................................................... 10
2. 2 – JUSTIFICATIVAS ................................................................................................................ 10
3 – DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA .......................................................................................... 11
3. 1 – INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL (IDR) ........................................................ 11
3. 2 – DISJUNTOR ......................................................................................................................... 12
3. 3 – DPS (DISPOSITIVOS CONTRA SURTOS ELÉTRICOS) ............................................ 13
3. 3. 1 – SURTOS ELÉTRICOS ................................................................................................... 14
4 – COMPONENTES DA INSTALAÇÃO ELETRICA .................................................................. 15
Durante a elaboração de um projeto de instalações elétricas se faz necessário a
identificação e caracterização de todos os componentes e elementos que o compõem,
aplicando a simbologias, convenções e a linguagem normatizadas para projetos elétricos. 15
4.1 - CONCEITOS E DEFINIÇÕES ............................................................................................. 15
4.1.1 – CIRCUITOS ELÉTRICOS ............................................................................................ 15
4.1.2 – COMANDOS .................................................................................................................. 15
4.1.2.1 – INTERRUPTOR SIMPLES ....................................................................................... 15
Os interruptores simples são utilizados geralmente em pontos de iluminação que não
haja a necessidade de ligar/desligar em mais de um ponto nos ambientes..................... 15
4.1.2.2 – INTERRUPTOR PARALELO ................................................................................... 16
Os interruptores paralelos são normalmente utilizados em pontos de iluminação em que
há a necessidade de ligar/desligar em dois pontos do cômodo. ........................................ 16
4.1.2.3 – INTERRUPTOR INTERMEDIARIO......................................................................... 16
Os interruptores intermediários são utilizados em conjunto com os interruptores
paralelos, para que os pontos de iluminação sejam controlados em três ou mais pontos
do projeto. .................................................................................................................................... 16
4.1.3 – ILUMINAÇÃO ..................................................................................................................... 16
4.1.4 – TOMADAS DE USO GERAL (TUG’s)............................................................................ 16
4.1.5 – TOMADAS DE USO ESPECIFICO (TUE’s) ................................................................. 16
4.1.6 – ATERRAMENTO ........................................................................................................... 17
5 – CARGA E DEMANDA INSTALADA ........................................................................................ 19
5.1 – CARGA INSTALADA DO PROJETO ................................................................................ 19
5.2 – CIRCUITOS E CONDUTORES.......................................................................................... 19
5.2.1 – TOMADAS DE USO GERAL (TUG)........................................................................... 19
5.2.2 – ILUMINAÇÃO ................................................................................................................. 19

7
5.2.3 – TOMADAS DE USO ESPECIFICO (TUE) ................................................................ 20
5.2.3.1 – CHUVEIROS .............................................................................................................. 20
5.2.3.2 – TORNEIRA ELÉTRICA ............................................................................................. 20
5.2.3.3 – AR CONDICIONADOS ............................................................................................. 20
5.3 – CONDUTORES DE ALIMENTAÇÃO GERAL ................................................................. 21
6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................... 21
7 – BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................... 22

8
1 – INTRODUÇÃO

A realização de um projeto elétrico demanda varias competências, pois além


do conhecimento das normas regulamentadoras vigentes, o profissional também deve
entender as necessidades atuais do cliente e prever espaço estrutural para as futuras.
Este trabalho se propõe em elaborar o projeto elétrico de uma residência visando a
norma regulamentadora NBR 5410, sendo realizando através de software todos os
cálculos de carga instalada da residência para poder dimensionar o padrão de entrada
de energia, todos os cálculos para distribuição de circuitos para que estejam em
equilíbrio e não sofram com sobre carga, assim prolongando a vida útil do cabeamento
utilizado na instalação elétrica, proporcionando maior segurança aos moradores.

Todo o projeto elétrico será desenvolvido através do software CAD Project


Elétrica onde serão distribuídos os pontos para circuitos de iluminação, interruptores,
tomadas e a localização do quadro de distribuição.

9
2 – OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS

2. 1 – OBJETIVOS GERAIS

Fazer o projeto elétrico da residência com o correto dimensionamento dos


circuitos.

2. 1. 1 – OBJETIVOS ESPECIFICOS

- Verificar planta baixa de arquitetura da residência

- Verificar as condições de fornecimento de energia

- Características das cargas instaladas

- Divisão de cargas

- Localização de quadros de distribuição

- Dimensionamento de condutores

2. 2 – JUSTIFICATIVAS

Fazer um projeto elétrico de uma residência é um compromisso para com o


cliente, um projeto muito bem dimensionado com todos os componentes de segurança
como IDR (Interruptor Diferencial Residual), dispositivo que quando detecta fuga de
energia interrompe automaticamente o circuito, isso garante mais segurança para as
pessoas que estarão naquele local diminuindo os riscos de choques elétricos.

10
3 – DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA

3. 1 – INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL (IDR)


IDR é um dispositivo contra fuga de energia, por exemplo (choque elétrico), os
IDR’s utilizados em residências detectam uma fuga de corrente menor ou igual à
30mA, ele automaticamente interrompe o circuito evitando choques elétricos.

A norma regulamentadora 5410 de 2017, no parágrafo 5. 1. 3. 2. 2, diz que toda


instalação elétrica de baixa tensão é obrigatória o uso de DR em cada um dos circuitos
ou também pode-se adotar o uso de um único DR para toda instalação, mas junto com
o DR é obrigatório o uso de um disjuntor, isso porque o DR não serve para proteção
contra curto-circuito. O dimensionamento do IDR é baseado no dimensionamento do
disjuntor, ou seja, se num determinado circuito elétrico foi determinado um disjuntor
de 25A, o IDR também será de 25A, para que não desgaste seus contatos internos.

Figura 1: (IDR) Interruptor Diferencial Residual

Fonte: O Autor

11
3. 2 – DISJUNTOR

Disjuntores são dispositivos eletromecânicos que quando passar uma corrente


elétrica maior que sua nominal ele automaticamente interrompe o circuito. Segundo a
norma regulamentadora NBR 5410 toda instalação elétrica é obrigatória o uso de
disjuntores, um para uso geral e um para cada circuito. Todo disjuntor deve ser
dimensionado com forme seu circuito correspondente.

A NBR 5410 estabelece que, a capacidade de interrupção dos dispositivos de


proteção contra curto-circuito deve ser igual ou superior à corrente de curto-circuito
presumida no ponto onde o dispositivo de proteção seja instalado. O tempo de
interrupção das correntes resultantes de um curto-circuito que e produz em um ponto
qualquer do circuito deve ser inferior ao tempo que levaria a temperatura máxima dos
condutores.

O tempo necessário para um dispositivo de proteção de curto-circuito atue deve


ser inferior a 5 segundos. A temperatura limite para a sua isolação pode ser calculada
com a equação a seguir:

𝐾2 ∗ 𝑆2
𝑡≤
𝑡2

Em que:

t = duração em segundos da corrente elétrica de curto-circuito;

S = seção dos condutores;

K = 115, para condutores isolado com PVC;

12
Figura 2: Disjuntor termomagnético

Fonte: O Autor

3. 3 – DPS (DISPOSITIVOS CONTRA SURTOS ELÉTRICOS)

Os DPS são dispositivos que protegem a instalação elétrica contra surtos


elétricos, quando ele detectar um surto ele automaticamente joga esse excesso de
tensão ou corrente no aterramento da residência.

Eles são classificados em três tipos, eles são:

- Tipo 1

- Tipo 2

- Tipo 3

Ao tipo 1 são DPS que vão estar ligados juntamente com o SPDA (sistema de
proteção contra descargas atmosféricas), isto quer dizer que el so atua na parte
externa da residência. Já o tipo 2 é instalado junto ao quadro de distribuição fazendo
a proteção interna da residência e por último o tipo 3 que instalado junto a uma tomada
de uso geral ou especifico, protegendo um único aparelho.

13
3. 3. 1 – SURTOS ELÉTRICOS

Surtos elétricos são ondas transitórias de tensão, corrente ou potência que se


propaga em uma determinada rede elétrica em um curtíssimo período de tempo
podendo se propagar em uma instalação elétrica e podendo assim danificar aparelhos
ou até mesmo queima-lo.

Os surtos elétricos podem ser causados por descargas atmosféricas diretas,


quando um raio cai na própria residência ou pode ser indireta, quando um raio cai em
um ponto distante da residência, também podem causar surtos nas manobras de rede
da concessionária de energia ou em quedas de energia.

Figura 3: Dispositivos de proteção contra surtos (DPS) tipo 2

Fonte: O Autor

14
4 – COMPONENTES DA INSTALAÇÃO ELETRICA

Durante a elaboração de um projeto de instalações elétricas se faz necessário a


identificação e caracterização de todos os componentes e elementos que o
compõem, aplicando a simbologias, convenções e a linguagem normatizadas para
projetos elétricos.

4.1 - CONCEITOS E DEFINIÇÕES

4.1.1 – CIRCUITOS ELÉTRICOS

Um circuito elétrico em uma residência é composto por um conjunto de cabos ou fios


que tem a finalidade de alimentar diretamente os pontos de utilização, como os
equipamentos e as tomadas de uso geral, tomadas de uso especifico, chuveiros
elétricos, torneiras e outros equipamentos que possam entrar em uma residência.

A lei n° 11.337, de 26 de junho de 2006, que entrou em vigor em 1º de janeiro de


2010, determina que as edificações possuam um sistema de aterramento com a
utilização de condutores de terra para proteção, o que torna obrigatório a existência
de condutor terra nas residências.

4.1.2 – COMANDOS

São dispositivos normalmente utilizados para controle de um ponto ativo na


instalação elétrica, podendo ser, interruptores, botoeiras, chaves ou disjuntores. Os
interruptores são o comando mais utilizados para o controle de iluminação
comumente encontrados os tipos simples, paralelo e intermediário.

4.1.2.1 – INTERRUPTOR SIMPLES

Os interruptores simples são utilizados geralmente em pontos de iluminação que não


haja a necessidade de ligar/desligar em mais de um ponto nos ambientes.

15
4.1.2.2 – INTERRUPTOR PARALELO

Os interruptores paralelos são normalmente utilizados em pontos de iluminação em


que há a necessidade de ligar/desligar em dois pontos do cômodo.

4.1.2.3 – INTERRUPTOR INTERMEDIARIO

Os interruptores intermediários são utilizados em conjunto com os interruptores


paralelos, para que os pontos de iluminação sejam controlados em três ou mais
pontos do projeto.

4.1.3 – ILUMINAÇÃO

A norma regulamentadora NBR 5413 determina a carga mínima necessária de


iluminação nos ambientes, no caso residencial a norma determina que para
cômodos com área menor ou igual a seis metros quadrados, deve-se utilizar uma
carga de 100VA.
Para ambientes com área maior que seis metros quadrados existe uma regra, sendo
ela, para cada quatro metros quadrados inteiros deve-se acrescentar 60VA de
carga, por exemplo um cômodo de dez metros quadrados de área, a previsão de
carga será de 160VA.

4.1.4 – TOMADAS DE USO GERAL (TUG’s)

São pontos de tomadas para o uso de equipamentos gerais de baixa potência


elétrica, como eletrodomésticos, televisores, carregadores de celular, etc. A
quantidade mínima de tomadas de uso geral para cada ambiente é regulamentada
pele norma NBR 5410.

4.1.5 – TOMADAS DE USO ESPECIFICO (TUE’s)

São pontos de tomadas para o uso em equipamentos fixos ou estacionários de


maior potência elétrica, tais como chuveiros elétricos, torneiras elétricas, ar
condicionado, entre outros. Cada ponto de tomada de uso especifico de ser tratado
como um circuito separado dos demais, com disjuntor e condutores dimensionados
especificamente para seu uso.

16
4.1.6 – ATERRAMENTO

De acordo com a norma NBR 5410 existem basicamente três tipos de esquema de
aterramento, sendo o esquema IT, esquema TT e o esquema TN, que possui suas
variações, sendo TN-S, TN-C e TN-C-S, por isso conhecer cada um deles é essencial
para realizar uma boa escolha e de acordo com as especificações da norma.

O sistema de aterramento possui basicamente três funções, sendo uma delas fazer
a proteção em caso de descargas atmosféricas, pois o aterramento irá proteger o
usuário e o equipamento que está em uso, criando um caminho alternativo para a
passagem da corrente elétrica em direção à terra.

Mais uma maneira que o aterramento elétrico pode agir são nas carcaças de
qualquer máquina ou equipamento elétrico, pois é comum nesses casos ficar
acumulando cargas eletrostáticas, sendo que há uma necessidade de ser escoada
em direção à terra. É importante destacar que nesses casos, com uma boa execução
do sistema de aterramento, ele garante a segurança da integridade física das
pessoas, porque ele evita choques elétricos por contato indireto com as partes
metálicas que estão expostas conduzindo eletricidade.

Por último e não menos importante, um bom sistema de aterramento contribui para
um bom funcionamento dos dispositivos de proteção, como fusíveis, disjuntores,
interruptor diferencial residual (IDR) e dispositivos de proteção contra surtos (DPS),
que passarão a atuar nos momentos certos, minimizando as chances de acidentes
mais graves.

Para fazer um aterramento não basta fazer um buraco no solo e inserir a haste de
cobre de qualquer maneira e fazer a conexão de um fio qualquer e levar até o quadro
de distribuição de circuitos (QDC), pelo contrário! É necessário seguir as normas,
utilizando materiais e ferramentas adequadas, para garantir um excelente
aterramento elétrico, começando pelas peças para montagem como algumas abaixo:

17
 Haste de cobre: é a principal peça e que tem a finalidade de escoar as
cargas elétricas para o solo, pois oferece uma baixíssima impedância
(resistência).
 Caixa de inspeção: garante a passagem, derivação e acesso às redes
elétricas e sua estrutura proporciona maior durabilidade à instalação
 Conectores: são elementos necessários para efetuar as conexões
entre o condutor da malha e as hastes de aterramento, equipamentos e partes
metálicas não enterradas.
 Condutores da malha de aterramento: são os cabos utilizados para
conectar as partes metálicas não enterradas, como as estruturas metálicas,
equipamentos ou os condutores de descida, ligados à haste de aterramento.
Importante lembrar os condutores possuem cores e bitolas específicas de
acordo com a NBR 5410. O condutor de aterramento deve ser da mesma
seção do cabo fase, desde que seja até 16 mm².

Para saber se o aterramento foi realizado de maneira correta e se será eficiente


utilize um aterramento, a norma NBR 5410 não fala exatamente qual deve ser o valor
da impedância (resistência) do aterramento, mas ela indica que este valor deve ser
baixíssimo, o mais próximo possível de zero.

18
5 – CARGA E DEMANDA INSTALADA

5.1 – CARGA INSTALADA DO PROJETO

A soma dos circuitos projetados para a residência, tais como chuveiros, ar


condicionados, torneiras elétricas, iluminação e tomadas, resultou em uma carga
instala de 43320 Watts totais.

5.2 – CIRCUITOS E CONDUTORES

Todos os circuitos foram dimensionados e calculados utilizando o software CAD


PROJECT elétrica, desenvolvido pela empresa Highlight. O programa utiliza a
plataforma do AutoCad, é de certa forma intuitivo e atende as normativas vigentes.

5.2.1 – TOMADAS DE USO GERAL (TUG)

Segundo a NBR 5410, os pontos de tomadas de uso geral devem ter uma potência
mínima de 100W cada. Um ponto de tug a cada 3,5 metros, é recomendado em norma
para áreas como copas, área de serviço e cozinha, para dormitórios e sala é
recomendado um ponto de tug a cada 5 metros de perímetro.

O projeto da residência apresentou um total de 39 pontos de tomadas de uso geral,


este montante é dividido em circuitos correspondentes aos ambientes em que se
encontram, nos pontos serão utilizados tomadas 20 A e tensão nominal de 220V.

Em norma é descrito que os condutores dos circuitos de tomadas devem ter uma
secção mínima de 2,5 milímetros quadrados.

5.2.2 – ILUMINAÇÃO

Segundo a NBR 5410, a cada 6 metros quadrados, deve-se projetar um ponto mínimo
de 100VA, e para 4 metros quadrados inteiros adicionais, se prevê um acréscimo de
60VA para cada.
19
Na residência foi projetado um total de 30 pontos de iluminação espalhados nos
ambientes com um total de carga instalada igual a 3120 Watts, os mesmos estão
distribuídos em circuitos conforme os ambientes. Para condutores de iluminação a
norma orienta a utilização de condutores com no mínimo 1,5 milímetros quadrados de
secção transversal.

5.2.3 – TOMADAS DE USO ESPECIFICO (TUE)

Os pontos em que haja a necessidade de circuitos alimentadores exclusivos, ou


equipamentos de maior potência, que demandem correntes superiores a 10 A, são
denominados tomadas de uso especifico.

5.2.3.1 – CHUVEIROS

O projete apresenta dois banheiros que possuem chuveiros elétricos com potência
nominal de 7800 Watts por chuveiro, cada equipamento terá seu circuito individual
saindo diretamente do quadro de distribuição. Circuitos estes que terão seus
condutores de alimentação com secção transversal igual a 6,0 milímetros quadrados.

5.2.3.2 – TORNEIRA ELÉTRICA

A residência terá dois pontos de torneira elétrica, um na cozinha e outro na varanda,


a potência destas é de 4400 Watts por torneira, cada equipamento terá seu circuito
individual saindo diretamente do quadro de distribuição. Circuitos estes que terão seus
condutores de alimentação com secção transversal igual a 4,0 milímetros quadrados.

5.2.3.3 – AR CONDICIONADOS

Estão previstos dois pontos de ar condicionado no projeto, um em cada uma das


suítes, sendo ambos de 9000 BTUS, cada equipamento terá seu circuito individual

20
saindo diretamente do quadro de distribuição. Circuitos estes que terão seus
condutores de alimentação com secção transversal igual a 2,5 milímetros quadrados.

5.3 – CONDUTORES DE ALIMENTAÇÃO GERAL

Os condutores de alimentação geral da residência, foram calculados através do


software, apresentaram uma secção transversal de 10,0 milímetros quadrados. O
padrão de entrada de energia escolhido foi o trifásico com tensão entre fase igual a
380V.

6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante o estágio assumi o desafio e responsabilidade de elaborar um projeto elétrico


residencial, sendo este planejado e finalizado sem grandes problemas. Seguindo o
planejamento, todas as etapas foram sendo realizadas, como por exemplo a divisão
de cargas e dimensionamento dos condutores.

A metodologia utilizada se mostrou válida para a realização deste projeto e todos os


objetivos foram atendidos com êxito. O projeto foi aprovado pelo proprietário da
residência e será executado quando iniciarem as obras.

21
7 – BIBLIOGRAFIA

DE CARVALHO JUNIOR, ROBERTO, Instalações elétricas e o projeto de arquitetura,


9º edição, 2019.

NERY, NORBERTO, Instalações elétricas: Princípios e aplicações, 3º edição, 2018.

NBR5410.Universidade de São Paulo,2020. Disponível em :


https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5810747/mod_resource/content/1/NBR5410
%20-
%20Instala%C3%A7%C3%B5es%20el%C3%A9tricas%20de%20baixa%20tens%C3
%A3o.pdf. Acesso em: 01/11/2021.

22

Você também pode gostar