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Por que irrigar?

IRRIGAÇÃO E DRENAGEM

Prof. JORGE LUIS COPQUER

REVISANDO... DEFINIÇÃO E COMPOSIÇÃO DO SOLO

• Material poroso, constituído de 3 fases: sólidas,

líquida e gasosa.

• Originado de rochas por processos de

intemperização.

• Serve de apoio físico (sustentação), químico e

biológico para o crescimento vegetal.

• Funciona como reservatório de água, essencial para

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COMPOSIÇÃO VOLUMÉTRICA DO SOLO FRAÇÃO SÓLIDA

• Constitui de partículas classificadas de acordo com o

tamanho médio dos grãos (partículas).

• Areia: 2 – 0,02 mm

• Silte: 0,02 – 0,002 mm

• Argila: < 0,002 mm

FRAÇÃO SÓLIDA FRAÇÃO LÍQUIDA

• TEXTURA DO SOLO = proporções de areia, silte e • Água, contendo minerais dissolvidos e materiais
argila. orgânicos solúveis.

• ESTRUTURA DO SOLO = arranjo das diversas • Ocupa parte (ou quase o todo) do espaço vazio entre
partículas, juntamente com os efeitos cimentantes as partículas sólidas, dependendo da umidade do solo.
de materiais orgânicos e inorgânicos.
• A água é absorvida pelas plantas ou é drenada para
• Os materiais orgânicos sólidos se constituem de camadas mais profundas.
resíduos vegetais e animais, vivos e em
• Reposta pela chuva ou pela “irrigação”.
decomposição, por exemplo, (húmus).

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FRAÇÃO GASOSA CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO SOLO

• Constitui-se do ar do solo ou da atmosfera do solo,
ocupando o espaço poroso não ocupado pela água.
• TEXTURA
• Esta é uma porção importante do sistema solo, pois a
maioria das plantas exige certa aeração do sistema • ESTRUTURA
radicular (exceção de plantas aquáticas, como o
arroz). • CARACTERÍSTICA FÍSICO-HÍDRICAS

• Na composição química semelhante à da atmosfera

livre, junto à superfície do solo, diferenças quanto aos

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO SOLO TEXTURA DO SOLO

• A textura pode dar uma idéia a respeito da
quantidade de água a ser armazenada no solo.

• Solos com partículas grosseiras; ótimas propriedades

quanto à permeabilidade e arejamento; baixa
capacidade de retenção de água.

• Solos com partículas finas, boa ou satisfatória

capacidade de retenção; permeabilidade e o
arejamento reduzidos, prejudicando, o

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TEXTURA DO SOLO TEXTURA DO SOLO

TRIÂNGULO TEXTURAL COMPACTAÇÃO DO SOLO

• Indiretamente ligada à estrutura. Como o solo é um

material poroso, por compactação, a mesma massa
de material sólido pode ocupar um volume menor

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ESTRUTURA DO SOLO RELAÇÕES MASSA-VOLUME

• Altamente dinâmica, varia muito no tempo, em resposta a
mudanças nas condições naturais ou nas práticas de
manejo do solo.

• Na superfície, a estrutura é afetada pelo preparo do solo e

nos horizontes mais profundos, ela é típica para cada
solo.

• Boa estrutura melhora a permeabilidade do solo à água,

dá melhores condições de aeração e penetração de raízes.

• Solo sem estrutura é massivo, pesado para ser

trabalhado, com problemas de penetração de água e de
raízes.

RELAÇÕES MASSA-VOLUME RELAÇÕES MASSA-VOLUME

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RELAÇÕES MASSA-VOLUME RELAÇÕES MASSA-VOLUME

RELAÇÕES MASSA-VOLUME RELAÇÕES MASSA-VOLUME

Teor de água
https://www.youtube.com/watch?v=BSyvA
MwxL2w&feature=youtu.be

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RELAÇÕES MASSA-VOLUME RELAÇÕES MASSA-VOLUME

Massa e volume totais do solo Massa e volume totais do solo

RELAÇÕES MASSA-VOLUME RELAÇÕES MASSA-VOLUME

• DENSIDADE DAS PARTÍCULAS

𝑀𝑠
𝑑𝑝 = (𝑔𝑐𝑚 −3)
𝑉𝑠

▪ Pequena variação entre os solos

▪ Valor médio: 2,65 g cm-3

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RELAÇÕES MASSA-VOLUME RELAÇÕES MASSA-VOLUME

• DENSIDADE GLOBAL • POROSIDADE

𝑀𝑠 Vporos Vw + Va Vt − Vs  dg 
𝑑𝑔 = (𝑔𝑐𝑚 −3) = = =  = 1 −  100
𝑉𝑡
Vt Vt Vt  d p 

▪ Maior porosidade indica maior capacidade do

▪Bastante variável dada a sua dependência da
textura, estrutura e grau de compacidade
▪Solos arenosos  1,3 - 1,8 g cm-3
▪Solos argilosos  1,1 - 1,5 g cm-3
solo em armazenar água.
▪ A porosidade total ou volume total de poros
não dá indicação da distribuição de tamanho de
poros.

RELAÇÕES MASSA-VOLUME RELAÇÕES MASSA-VOLUME

• UMIDADE
• DENSIDADE GLOBAL E POROSIDADE

Classe Textural dg (g cm-3)  (%) – Umidade à base de massa ou gravimétrica

(U): é quantidade de água que contém o
Argila 1,00 – 1,25 61,5 – 52,8
Franco 1,25 – 1,40 52,8 – 47,2 solo em relação a massa de solo seco.
Areia 1,40 – 1,80 47,2 – 32,1
𝑀𝑤
𝑈 = (𝑔𝑔−1 , %)
𝑀𝑠

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RELAÇÕES MASSA-VOLUME RELAÇÕES MASSA-VOLUME

• UMIDADE

– Umidade à base de volume ou volumétrica

(): é a porcentagem de água que contém
o solo com relação ao volume de solo
𝑉𝑤
𝜃= (𝑐𝑚 3𝑐𝑚 −3, %)
𝑉𝑡

RELAÇÕES MASSA-VOLUME RELAÇÕES MASSA-VOLUME

• UMIDADE • EQUAÇÕES
– Umidade à base de volume 𝑑𝑝 =
𝑀𝑠
(𝑔𝑐𝑚 −3) 𝑑𝑔 =
𝑀𝑠
(𝑔𝑐𝑚 −3) 𝑈 =
𝑀𝑤
(𝑔𝑔−1 , %)
𝑉𝑠 𝑉𝑡 𝑀𝑠

𝑀𝑠 𝑀𝑠 𝑉𝑤 𝑑𝑔
𝑑𝑔 = (𝑔𝑐𝑚 −3) 𝑉𝑡 = 𝜃 = = 𝑉𝑤
𝑉𝑡 𝑑𝑔 𝑀𝑠 𝑀𝑠
𝑑𝑔 𝑉𝑤
𝜃= (𝑐𝑚 3𝑐𝑚 −3, %) 𝜃 = 𝑈 𝑑𝑔
𝑉𝑡

𝑀𝑤
𝜃 = 𝑑 𝜃 = 𝑈 𝑑𝑔  dg 
𝑀𝑠 𝑔  = 1 −  100
 d p 

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CICLO DA ÁGUA NA AGRICULTURA
ARMAZENAMENTO DE ÁGUA
• É dada por sua umidade e
pode ser medida por uma
“altura de água”.
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DISPONIBILIDADE DE ÁGUA DO SOLO
PARA AS PLANTAS
DISPONIBILIDADE DE ÁGUA DO SOLO
PARA AS PLANTAS
• SATURAÇÃO: Um solo está saturado quando todos os seus
poros estão ocupados pela água.
• CAPACIDADE DE CAMPO: A água ocupa e está retida nos
poros pequenos do solo e o ar ocupa grande parte do
espaço dos poros maiores. É o limite superior de umidade.
A quantidade de água que pode reter um solo à
capacidade de campo depende da quantidade de
microporos  textura.
• Energia de retenção de água na CC = -1/3atm.
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DISPONIBILIDADE DE ÁGUA DO SOLO DISPONIBILIDADE DE ÁGUA DO SOLO

PARA AS PLANTAS PARA AS PLANTAS
Limite
LIMITES DE UMIDADE R Superior
E
• CAPACIDADE DE CAMPO: S
E Limite
Marca o limite superior
R Crítico
de água no solo, pronta- V
mente disponível às A
plantas T
Ó
• PONTO DE MURCHA: R
Marca o limite inferior de I Limite
aproveitamento da água O Inferior
do solo pelas plantas.

DISPONIBILIDADE DE ÁGUA DO SOLO DISPONIBILIDADE DE ÁGUA DO SOLO

PARA AS PLANTAS PARA AS PLANTAS

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DISPONIBILIDADE DE ÁGUA DO SOLO DISPONIBILIDADE DE ÁGUA DO SOLO

PARA AS PLANTAS PARA AS PLANTAS

DISPONIBILIDADE DE ÁGUA DO SOLO DISPONIBILIDADE DE ÁGUA DO SOLO

PARA AS PLANTAS PARA AS PLANTAS
Tabela 1 . Estimativa da profundidade efetiva média (Z) do sistema radicular de
algumas culturas.

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DISPONIBILIDADE TOTAL DE ÁGUA DISPONIBILIDADE REAL DE ÁGUA (DRA)

(DTA)
• Água disponível (AD), quantidade de água que o solo Limite Superior
R R
pode armazenar, entre CC e PM, na camada de solo E
E
A
S L
explorada pelas raízes da cultura (Z). E Limite Crítico
𝐷𝑇𝐴 = 𝜃𝐶𝐶 − 𝜃𝑝𝑚 𝑍 R
V R
A
E
em que: S
T E
◼ DTA – disponibilidade total de água, mm;
Ó R
◼ cc – umidade do solo à capacidade de campo, cm3.cm-3; R
V
A
◼ pm – umidade do solo ao ponto de murcha, cm 3.cm-3; I
◼ Z - profundidade efetiva do sistema radicular, mm O Limite inferior

DISPONIBILIDADE REAL DE ÁGUA (DRA) DISPONIBILIDADE DE ÁGUA

Fator/fração de disponibilidade - f (LIMITES DE UMIDADE)
• A fração de disponibilidade ou de esgotamento de
Limite Superior
água disponível, depende: R
E
– tipo de cultura S
E Limite Crítico T
– tipo de solo R O
V T
– magnitude da demanda evapotranspirométrica da A
A
T
planta (clima). Ó L
• Doorenbos e Kassan (1979), valores de “f” em função R
do grupo da cultura e da evapotranspiração máxima I
O Limite inferior
diária.

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DISPONIBILIDADE REAL DE ÁGUA (DRA) DISPONIBILIDADE REAL DE ÁGUA (DRA)

Fator/fração de disponibilidade - f
• Corresponde a uma reserva de água disponível que
▪ Grupo 1: cebola, arroz, alho, folhosas;
pode ser consumida sem que as plantas exerçam ▪ Grupo 2: feijão, trigo, ervilha;
esforço excessivo, sem que se configure déficit ▪ Grupo 3: milho, girassol, tomate, batata;
▪ Grupo 4: algodão, amendoim, sorgo, soja, cana-
hídrico capaz de afetar a produção.
de-açúcar.
𝐷𝑅𝐴 = 𝑓 𝐷𝑇𝐴 = 𝑓 𝜃𝐶𝐶 − 𝜃𝑝𝑚 𝑍
Grupo de Evapotranspiração máxima – ETm (mm dia-1)
culturas
2 3 4 5 6 7 8 9 10
em que:
1 0,50 0,42 0,35 0,30 0,25 0,22 0,22 0,20 0,18
◼ DRA – disponibilidade real de água, mm; 2 0,68 0,56 0,48 0,40 0,35 0,32 0,28 0,25 0,22
◼ f – fração da disponibilidade total de água que a planta 3 0,80 0,70 0,60 0,50 0,45 0,42 0,38 0,35 0,30
4 0,88 0,80 0,70 0,60 0,55 0,50 0,45 0,42 0,40
pode utilizar, antes que se configure déficit hídrico,

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