GUIA PRÁTICO

O MEU PRIMEIRO
GUIA DE GRÁVIDA
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propriedade de Cátia Raquel Gonçalves e é estritamente proibido o seu
uso e distribuição, em todo ou em parte, sem a autorização prévia da
autora, seja para fins pessoais ou comerciais, para divulgação pública ou
privada. Em caso de infração serão acionados todos os sistemas legais
de proteção de direitos de autor. Por favor, respeita o meu trabalho e a
minha profissão, e não partilhes este conteúdo. Recomenda o guia se
conheces alguma mãe que precisa de o ler.
 Índice
01 02 03
AS SEMANAS AS MUDANÇAS A PREPARAÇÃO
DE GRAVIDEZ NA GRAVIDEZ PARA O PARTO

04 05 06
AS CONSULTAS OS RASTREIOS AS ECOGRAFIAS
DE VIGILÂNCIA ANALÍTICOS OBSTÉTRICAS

07 08 09
OS SINAIS A ALIMENTAÇÃO A SUPLEMENTAÇÃO
DE ALARME SAUDÁVEL RECOMENDADA
 Bem-vinda!
Descobriste recentemente que estás grávida?
Então este primeiro guia prático é para ti!

Antes de avançares, quero desejar-te os mais sinceros PARABÉNS e sê

muito bem-vinda a este maravilhoso estado de graça! Bem sabemos que a
experiência da gravidez é avassaladora... Um verdadeiro turbilhão de
emoções! E como se isso não bastasse, começam a surgir na tua cabeça os
primeiros medos e incertezas da maternidade. Mas não te preocupes,
porque é perfeitamente normal e aceitável que te sintas perdida,
principalmente se fores uma mãe de primeira viagem. Para mim é muito
importante dar-te toda a informação necessária para que possas viver a tua
gravidez e maternidade de forma mais tranquila, segura e informada. Por
isso, não pretendo que este guia seja o teu manual de instruções mas antes
o fio condutor para os desafios que se aproximam. E porque o planeamento
e a organização são fundamentais, eu vou ajudar-te em tudo o que
precisares nesta primeira fase... Preparada para começar?

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AS SEMANAS
DE GRAVIDEZ

THE BABYMOON • O MEU PRIMEIRO GUIA DE GRÁVIDA

Em primeiro lugar, a confirmação da tua gravidez deve ser feita através de
um teste à urina e ao sangue nos primeiros dias após a ausência de
menstruação (este é o sintoma mais frequente, além da sensibilidade
mamária, sonolência, náuseas e/ou vómitos). E agora? Deves marcar a tua
primeira consulta de vigilância com a maior brevidade possível,
principalmente pela necessidade de suplementação nesta fase. A partir
daqui, ao longo da tua gravidez, existem três grandes fases pelas quais irás
passar e nas quais o teu bebé desenvolverá capacidades extraordinárias. As
mais notáveis ocorrem no primeiro trimestre, mas outras ao longo dos
restantes dois, e cada um deles com as suas características e desafios
próprios. O 1.º trimestre (que vai desde o início da gravidez até às 11
semanas e 6 dias) é a fase marcada pela formação da placenta, pelo
desenvolvimento dos primeiros órgãos do bebé a uma velocidade incrível e
pelo aparecimento dos primeiros sintomas comuns de gravidez (devido à
atuação das hormonas). O 2.ºtrimestre (que vai das 12 até às 27 semanas e
6 dias) é a fase marcada pelo teu aumento de energia (pois o corpo já se
adaptou às várias alterações iniciais), pelo crescimento do teu bebé
(incluindo a descoberta do seu sexo) e pelo aumento da sua sensibilidade a
estímulos externos (pela primeira vez vais senti-lo). O 3.º trimestre (que
vai das 28 semanas ao parto) é a última fase da tua gravidez em que os
vossos corpos começam a preparar-se para o nascimento, e é marcada pelo
aumento do peso do teu bebé e, consecutivamente, do teu cansaço, pelo
favorecimento das contrações uterinas e pela saída do rolhão mucoso.

THE BABYMOON • O MEU PRIMEIRO GUIA DE GRAVIDEZ 6

AS MUDANÇAS
NA GRAVIDEZ

THE BABYMOON • O MEU PRIMEIRO GUIA DE GRÁVIDA

De semana para semana, muitas transformações acontecerão no teu corpo
(além do habitual aumento progressivo da barriga e do peso) em resposta à
preparação da chegada do bebé: algumas serão graduais, outras não. É
normal que, nos primeiros meses, sintas alguns desconfortos que estão
associados às tuas hormonas e ao crescimento do teu bebé. Sobre as
mudanças físicas, as mais comuns são: cansaço e/ou sonolência na fase
inicial, azia, náuseas e/ou vómitos (sobretudo matinais), mamas volumosas,
mamilos sensíveis (com eventual aparecimento de gotas de leite no final da
gravidez), maior pigmentação na aréola dos mamilos, uma linha escura na
barriga que desaparece ao longo da gravidez, manchas escuras na cara,
prisão de ventre e/ou hemorróidas, ligeiro corrimento vaginal (normal),
maior frequência nas idas ao WC (sobretudo no início e no final da
gravidez), excesso de transpiração, estrias, varizes, dor lombar e/ou
ciática, dor na púbis e/ou anca (também mais acentuadas na reta final).
Paralelamente poderão existir alterações familiares, psicológicas e
emocionais, sobretudo no primeiro e no último trimestre: maior
sensibilidade, insegurança, ansiedade, preocupação e choro fácil.

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O PREPARAÇÃO
PARA O PARTO

THE BABYMOON • O MEU PRIMEIRO GUIA DE GRÁVIDA

A contabilização das tuas semanas de gravidez, que é muito importante para
um seguimento mais concreto e seguro, é feita a partir da data da tua
última menstruação e, de forma mais fidedigna, através da (primeira)
ecografia realizada entre as 11 e as 13 semanas. Numa gravidez de baixo
risco, o bebé nasce por volta das 41 a 42 semanas (que é também o número
contabilizado para se estabelecer a data provável do parto) ou dos 9 meses
após a fecundação. Caso se aplique, a partir das 20 semanas é a altura ideal
para planeares a criopreservação das células estaminais do cordão umbilical
do teu bebé (deverás escolher o serviço de criopreservação mais adequado
para ti e avisar a equipa multidisciplinar que dará assistência ao teu parto).
A partir das 26 a 28 semanas recomendo um curso de preparação para o
parto e nascimento, que pode ser uma excelente opção quer para o
esclarecimento de todas as vossas (casal) dúvidas quer para a adaptação às
várias etapas da tua gravidez. Da mesma forma recomendo um plano de
parto, que pode ser uma poderosa ferramenta para facilitar a tua
assistência individualizada e o envolvimento do teu acompanhante, devendo
contemplar os procedimentos a efetuar em caso de emergência/urgência
relacionados com a tua saúde e a do teu bebé.

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AS CONSULTAS
DE VIGILÂNCIA

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Para que sejam detetadas algumas situações clínicas, durante as semanas de
gravidez deverás fazer uma boa vigilância e realizar diversos exames. De
facto, toda a gestação é marcada, essencialmente, pelo desenvolvimento do
bebé que é mais sensível nas primeiras 12 semanas, pois é a fase em que
ocorre uma rápida multiplicação celular e a formação dos principais órgãos.
A vigilância de uma gravidez de baixo risco pode ser feita pela tua(eu)
médica(o) obstetra (e/ou de família) e pela(o) enfermeira(o) parteira(o).
Portanto, a primeira consulta deve ser realizada o mais precocemente
possível antes das 12 semanas (idealmente pelas 8) e a partir daí a
recomendação é: uma a cada 4 ou 6 semanas até às 30 semanas, uma a cada
2 ou 3 semanas entre as 30 e as 36 semanas e uma a cada 1 ou 2 semanas
após as 36 semanas até ao parto (nesta altura, como todas as grávidas,
deves ter acesso a uma consulta na maternidade onde está previsto o
parto, caso ainda não estejas a ser seguida lá). Por outro lado, a vigilância
de uma gravidez de alto risco deve ser feita em contexto hospitalar (assim
como as datas de realização de determinados exames podem mudar
ligeiramente), no caso de existir um risco de complicações de saúde como
doenças associadas (diabetes, hipertensão, problemas cardiovasculares,
endócrinos ou infeções), obesidade, hábitos tabágicos, abortos
espontâneos repetidos, idade inferior a 16 ou superior a 35.

THE BABYMOON • O MEU PRIMEIRO GUIA DE GRÁVIDA 12

Na tua primeira consulta de vigilância (após a confirmação da tua gravidez e
a viabilidade da mesma) terás acesso gratuito ao teu Boletim de Saúde da
Grávida, um pequeno livro que contém informação muito importante e que
te acompanhará sempre que fores a uma consulta programada, a uma
consulta de urgência e, principalmente, quando fores para a maternidade (a
este boletim deves ainda agrafar a página respetiva do Boletim de Saúde
Reprodutiva / Planeamento Familiar). Já na última consulta de vigilância
deves agendar, ainda, a tua primeira consulta de pós-parto (puerpério),
que deve ter lugar entre 5 a 6 semanas após o parto. Em último, além das
consultas acima mencionadas, deves também agendar uma consulta de
medicina dentária nas primeiras semanas de gravidez ou entre as 12 e as
24, principalmente pelas alterações hormonais que podem originar
problemas orais e/ou inflamações. O Sistema Nacional de Saúde disponibiliza
gratuitamente, a todas as grávidas, até três cheques com validade até 60
dias após o parto (podes solicitá-los ao teu médico de família).

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OS RASTREIOS
ANALÍTICOS

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Durante a gravidez, as análises não só complementam os dados ecográficos
como ajudam a interpretar os constituintes do teu sangue, a avaliar a
existência ou não de alguma infeção, a perceber se és imune a determinadas
doenças e a avaliar os resultados de todos os teus nutrientes (para reajuste
em caso de défice). Durante o 1.º trimestre, mais precisamente antes das
13 semanas, deverás realizar o rastreio combinado de anomalias
cromossómicas (com os marcadores bioquímicos Beta Hcg livre e PAPP-A)
além do hemograma completo, tipagem sanguínea para sistema AB0 e fator
Rh, coombs indireto, glicémia em jejum e serologias (Ag HBs, VDRL, Ac VIH 1
e 2, toxoplasmose e rubéola) e exames à urina. Durante o 2.º trimestre
deverás realizar um primeiro rastreio bioquímico (combinado com a
ecografia morfológica e o ecocardiograma fetal) além das serologias
(rubéola IgG e IgM se não fores imune) entre as 18 e as 20 semanas, e a
prova de tolerância à glicose oral (PTGO) para despiste de diabetes
gestacional mais um segundo rastreio bioquímico entre as 24 e as 28
semanas. Na reta final, durante o 3.º trimestre deverás realizar ainda um
último rastreio entre as 32 e as 34 semanas mais a colheita de exsudado
vaginal e retal entre as 35 e as 37 semanas.

THE BABYMOON • O MEU PRIMEIRO GUIA DE GRAVIDEZ 15

AS ECOGRAFIAS
OBSTÉTRICAS

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As ecografias são dos exames mais importantes durante a gravidez, porque
através delas é possível descobrir várias particularidades do bebé,
nomeadamente algum tipo de alteração morfológica (inclusive da placenta).
Estão recomendadas três ecografias a cada trimestre, em períodos bem
definidos, embora se possam realizar mais duas além das três recomendadas
(uma na fase inicial e outra na fase final da gravidez). Os períodos definidos
para os exames ecográficos são os seguintes: o 1.º trimestre entre as 11 e
as 13 semanas, o 2.º trimestre entre as 20 e as 22 semanas, e o 3.º
trimestre entre as 30 e as 32 semanas. A primeira ecografia permite datar
corretamente a gravidez, determinar o número de bebés, confirmar a
viabilidade fetal, diagnosticar malformações e calcular o risco de anomalias
cromossómicas (como por exemplo, a trissomia 21). A segunda
(morfológica) permite avaliar a anatomia fetal, identificar malformações e
confirmar alguns dados ecográficos anteriores. A terceira permite avaliar o
desenvolvimento fetal e identificar anomalias tardias.

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 OS SINAIS
DE ALARME

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 Deverás dirigir-te imediatamente ao centro de saúde ou à urgência da
maternidade na presença dos seguintes sinais e/ou sintomas de alarme:
perda de líquido vaginal ou sangramento (mesmo que em pequena
quantidade), corrimento vaginal com comichão, ardor ou cheiro não
habitual, dor abdominal ou pélvica contínua, arrepios de frio ou febre >
37.8ºC, dor ou ardor ao urinar ou sensação de não conseguires parar de
urinar ou presença de sangue na urina, vómitos persistentes, dor de cabeça
forte ou contínua, perturbações da visão, hipertensão arterial, aumento
acentuado do peso num curto espaço de tempo, inchaço repentino dos pés
ou mãos ou rosto, diminuição dos movimentos fetais do bebé (esta
contagem dos movimentos é um excelente indicador do estado de saúde do
teu bebé, começando a ser percetíveis no 2.º trimestre, geralmente entre
as 18 e as 21 semanas).

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A ALIMENTAÇÃO
SAUDÁVEL

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Uma vez que o teu corpo vai sofrer muitas transformações, é importante (e
necessário) que tenhas uma alimentação correta, que deve ser diversificada
e com qualidade, não sendo aconselhável um aumento drástico da
quantidade ingerida. E manter esta alimentação não só durante a gravidez
como na amamentação e no pós-parto é benéfico, pois previne
complicações para a tua saúde e a do teu bebé, favorece uma boa
recuperação do peso anterior à gravidez e diminui os sintomas como queda
de cabelo, unhas quebradiças e pele baça no pós-parto. Os alimentos (mais)
saudáveis e recomendados são: ovos, leite, queijos, iogurtes, peixes gordos,
carnes brancas ou vermelhas, leguminosas, vegetais, legumes, frutas e
líquidos (água, infusões, sopa). O que não pode faltar diariamente nos teus
pratos principais: ferro, vitamina C, ómega 3, colina, iodo, vitaminas do
complexo B, vitamina D e probióticos. Já os alimentos que deves evitar são:
leite e lacticínios não pasteurizados e mal curados (incluindo queijo fresco e
requeijão), enchidos e fumados, marisco, enlatados, peixes com alta
concentração de mercúrio, patês, alimentos e bebidas doces, alimentos
com excesso de sal ou com aditivos, café (em excesso), chá e refrigerantes
com cafeína e bebidas energéticas. Deverás ter especial atenção aos
alimentos crus, mal lavados e mal cozinhados, visto que estes podem ser
portadores de microrganismos que provocam doenças como a toxoplasmose
e a salmonelose. Sobre o tabaco, álcool e drogas, são produtos
completamente proibidos por serem altamente prejudiciais para o teu bebé.

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A SUPLEMENTAÇÃO
RECOMENDADA

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Deves ter em atenção que a alimentação adequada deverá ser a tua principal
fonte nutricional. A maior parte dos medicamentos e suplementos são
incompatíveis com a gravidez, e alguns podem gerar complicações até para
o próprio bebé. A suplementação "às cegas" (especialmente a
multivitamínica) pode ser altamente perigosa, além de não ser
recomendada (exceto em situações de défice nutricional). Mas qualquer
medicamento e/ou suplemento necessariamente utilizado durante a gravidez
deverá ser estritamente orientado e prescrito pelo teu médico assistente.
De acordo com a Direção-Geral da Saúde e alguns estudos internacionais, a
recomendação habitualmente mais comum durante a gestação é a seguinte:
ácido fólico (pelo menos) dois meses antes da data de interrupção do
método contracetivo e durante o 1.º trimestre (nas primeiras 12 semanas)
para prevenção de malformações a nível do tubo neural; e iodo desde o
período pré-concecional até durante toda a gravidez (para manutenção do
metabolismo materno e formação do sistema nervoso central fetal) e até
mesmo durante o período de amamentação exclusiva (nota importante: para
mulheres com alterações na tiróide esta pode não ser uma opção).

THE BABYMOON • O MEU PRIMEIRO GUIA DE GRAVIDEZ 23

 MUITO
OBRIGADA!
Este ebook (grátis) faz parte do meu projeto profissional de serviços de
enfermagem para cuidados maternos e infantis, com o objetivo de ajudar
mães e pais desde a gravidez/pré-parto ao nascimento/pós-parto e primeira
infância. Espero sinceramente que este primeiro guia prático te seja muito
útil durante a tua gravidez!

No meu website www.thebabymoon.pt podes encontrar todos os serviços,

cursos e workshops disponíveis para viveres a tua gravidez e maternidade
de forma consciente, segura e tranquila, com a possibilidade de seres
acompanhada por mim de forma individual e personalizada.

Segue-me no Instagram e Facebook em @thebabymoon.pt para ficares a

saber mais, leres dicas, artigos, novidades e tendências que te vão ajudar
com o teu projeto de vida. E caso tenhas alguma dúvida, questão ou
sugestão, não hesites em contactar-me através do email:
geral@thebabymoon.pt

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