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Entendendo o arrebatamento através do casamento judaico!

O glorioso futuro do crente

Nosso Senhor era judeu, e Ele fazia coisas como um judeu.


Frequentemente, se consultarmos as leis e costumes judaicos,
vamos achar muitos motivos para atitudes tomadas pelo nosso
Senhor.

Vamos considerar aqui os costumes judaicos relativos ao


matrimônio. Obviamente esses costumes variavam de nação
para nação e de tempos em tempos. Inclusive no mundo de hoje,
vemos diferentes padrões sendo acrescentados à cerimônia de
casamento, em diferentes países. Os judeus tem sua maneira
peculiar, baseados na velha aliança, e o Senhor, como veremos,
seguiu essas tradições e peculiaridades quando escolheu sua
noiva!

Devemos primeiramente notar que entre os


judeus, não existe tal coisa como namoro, ou corte, como
observamos hoje em dia. Casamento para eles era uma matéria
legal, estabelecida por contrato e, levada adiante por
procedimentos lícitos e exatos. Esse procedimentos existem
hoje, de varias formas na cerimônia das bodas judaicas, e nos
tempos de Jesus, isso era muito mais complexo e fascinante.

Quando um jovem judeu nos tempos de Jesus, encontrava a


mulher que queria ( ou a mulher que seu pai dizia que ele
queria), ele deveria se aproximar dela com um contrato de
matrimônio. Ele deveria ir a casa dela com uma proposta – com
um acordo legal e verdadeiro – dando os termos pelos quais ele
estava propondo o casamento. O mais importante a ser
considerado no contrato, era o preço que o noivo estaria
disposto a pagar, para desposar aquela noiva em particular.

Então o noivo deveria pagar esse valor. E devemos mencionar


que esse valor não era “qualquer valor”, modesto e barato, mas
ele deveria expressar o grande custo que aquele item “a noiva”
lhe traria – essa era a ideia. O jovem não deveria se iludir que
estaria adquirindo algo que não lhe fosse dispendioso –
comprando barato. Ele deveria pagar caro, pela noiva que
escolhesse.

Quando esse assunto estava encerrado, o noivo deveria partir.


Ele deveria fazer um breve discurso à sua noiva dizendo: “Eu vou
preparar lugar para você”, e ele deveria retornar à casa de seu
pai. De volta à casa do pai, ele deveria construir para ela uma
câmara de núpcias, uma pequena suíte, na qual eles teriam sua
futura lua de mel.
Devemos notar que esse era um empreendimento complexo
para o noivo. Ele deveria realmente edificar um aposento
separado da casa de seu pai. A suíte nupcial deveria ser linda –
ninguém passa a lua de mel em “qualquer lugar”, e ali deveria
haver provisões estocadas, pois noiva e noivo deveriam
permanecer sete dias ali dentro ( sete anos para a Noiva de
Jesus!). Esse projeto de construção tomaria praticamente um
ano, e o pai do noivo deveria ser o juiz sobre quando a obra
estaria terminada. (Nós podemos ver a lógica nisso – obviamente
se fosse atribuído ao noivo, ele faria qualquer coisa e logo iria
correndo buscar a garota!). Mas o pai do noivo, que já havia
passado por isso na vida, e estava menos ansioso, deveria dar a
palavra final sobre a obra estar terminada, e liberar o noivo para
ir tomar sua noiva para si.

Por sua vez a noiva, estaria obrigada a esperar pacientemente.


Ela deveria gastar tempo em preparar seu enxoval, e
estar pronta quando o noivo chegasse. A tradição mandava
que ela deveria ter consigo uma lâmpada de óleo, em caso do
noivo chegar em altas horas da noite escura, pois ela deveria
estar pronta para viajar de um momento para outro, assim que
solicitada. Durante esse longo período de espera, ela deveria ser
conhecida como “consagrada”, “separada” e “comprada por
preço”. Ela era verdadeiramente uma “Senhora à espera”, mas
não havia dúvida sobre o retorno do noivo. Algumas vezes o
jovem poderia se ausentar por período realmente longo, mas
obviamente, ele tinha pago um alto preço por sua noiva, e
apesar de haverem outras mulheres disponíveis, ele certamente
voltaria por sua escolhida, com a qual havia celebrado contrato.

A Noiva, nesse período de espera, deveria usar um véu, sempre


que saísse de casa, a fim de que outros jovens soubessem que
ela estava comprometida, e assim não se aproximariam dela com
outra oferta de casamento. (Hoje a Noiva de Cristo deve se
apresentar com um “véu”, “um posicionamento” – aqueles que
não compreendem nossa aliança com o Senhor, tentarão nos
oferecer outros contratos, que violariam aquele que fizemos com
nosso Noivo. Ela deve resistir aos que ofereçam traições e
aguardar por aquele que pagou o preço por ela!)

Quando o ano vai passando, a noiva deve convocar suas irmãs e


suas melhores amigas, e todos os demais que deveriam ir com
ela para as bodas, quando da chegada do noivo. E todos
deveriam ter suas lâmpadas com óleo prontas! Se nessa altura
alguém, vendo o noivo trabalhando para concluir sua câmara
nupcial pergunta-se a ele: “Quando será o grande dia?” Ele teria
que responder: “Só meu pai sabe”!

Finalmente, a câmara nupcial ficaria pronta, e o noivo deveria


então convocar seus jovens amigos, para acompanha-lo na
jornada ansiosa em busca da noiva. O grande momento chegou,
e o noivo está mais que preparado, disso podemos ter certeza.
Ele e seus amigos deveriam entrar pela noite, tentando de tudo
para fazer a maior surpresa para a Noiva.

E essa é a parte romântica – todas as noivas judias eram


“roubadas”. Os judeus tinham um entendimento especial do
coração das mulheres. Que êxtase e aventura para ela, ser
abduzida, tomada durante a noite, não por um estranho, mas
pelo que a amou tanto que pagou alto preço para tê-la.

Na casa da Noiva, as coisas deveriam estar prontas! Pra ter


certeza, que a noiva teria a maior surpresa, pois o noivo tentaria
chegar à meia-noite, enquanto ela dormia. Mas as lâmpadas de
óleo deveriam estar prontas, e o véu deveria estar à mão. E
enquanto ela dormia vestida de noiva, ela deveria ser
surpreendida com a chegada do Noivo, e pronta para seguir com
Ele.

Agora, existem regras a serem observadas quanto aos


sentimentos
de uma mulher. O Noivo não poderia simplesmente arrancá-la
de casa dormindo, pois é obvio que ela estaria dormindo com
bobs nos cabelos! Na verdade, quando a turma de jovens amigos
do Noive se aproximava da casa dela, eles eram obrigados a dar
a ela um sinal. Alguém naquela turma deveria dar um grito!
Quando a Noiva ouvisse aquele grito, ela saberia que seu Noivo
chegaria em mais alguns momentos. Ela só teria tempo para
acender sua lâmpada, tomar seu enxoval, e sair com ele. Suas
irmãs e suas amigas, que quisessem assistir às bodas, também
deveriam ter suas lâmpadas prontas. Ninguém poderia andar
pela noite escura, no terreno rochoso de Israel, sem carregar
uma lâmpada!

Dessa forma os jovens, deveriam entrar na casa, e levar as moças


consigo. O pai da Noiva, deveria olhar a situação com outros
olhos, verificando se aquele era realmente o rapaz que havia
contratado o matrimônio, e acompanhando a saída do grupo. As
pessoas do povoado certamente seriam acordadas de seu sono,
devido à alegria nas vozes dos jovens carregando sua lâmpadas e
fazendo festa pelas ruas, e todos ficariam sabendo das bodas
que estavam acontecendo. Hoje, ouvimos carros buzinando, mas
naquele tempo, eles viam as lâmpadas clareando a noite escura.
Os que observavam, talvez não identificassem a Noiva, pois ela
continuava usando o seu véu. Mas ela voltaria às mesmas ruas
uma semana mais tarde, com o Noivo, e então não estaria mais
usando véu. Com o retorno da Noiva junto de seu Noivo, todo
povo saberia quem realmente havia se casado, e entenderiam o
verdadeiro significado daquelas bodas.

Quando o grupo chegasse à casa do pai do noivo, a noiva e o


noivo deveriam entram na câmara nupcial, e trancar a porta!
Ninguém mais poderia entrar. O pai do noivo, enquanto isso,
deveria receber os convidados para as bodas, seus amigos, e
estarem prontos para celebrar o novo matrimônio. Já que o
casamento duraria sete dias ( até que noiva e noivo saíssem da
câmara de núpcias), o trabalho era de grande monta.
Ocasionalmente os anfitriões poderiam ficar sem vinho para
servir, como lemos em João 2.

Mas as celebrações não começavam imediatamente. Primeiro, o


matrimônio deveria ser consumado. Os judeus eram um povo
sujeito a muitas leis, e a lei declarava que noiva e noivo deveriam
se tornar um só, antes do casamento ser reconhecido. Dessa
forma – um dos amigos do noivo – que chamaríamos hoje
padrinhos, deveria ficar à porta da câmara, aguardando o sinal
da voz do noivo. Quando o matrimônio fosse consumado, o
noivo deveria anunciar ao padrinho à porta, e este deveria
anunciar as boas novas aos convidados. Então as comemorações
começavam, e deveriam durar toda a semana!

No final da semana, a Noiva e o Noivo deveriam fazer sua tão


aguardada aparição, para a celebração e o brinde de todos
presentes. Haveria então um delicioso jantar, a ceia das bodas, a
qual conhecemos como a festa do casamento para honrar o novo
casal. Nesse momento a noiva se apresenta sem o véu, pois
agora ela já é uma mulher casada, e todos deveriam conhecer
quem era a eleita do noivo. O novo casal e todos os convidados
deveriam então encerrar a semana desfrutando de uma
magnifica festa.

Após a ceia das bodas, a noiva e o noivo deveriam partir, não


permanecendo mais tempo na casa do pai do noivo. Eles por
outro lado, deveriam agora ir para sua própria casa, preparada
de antemão pelo noivo. ( A noiva de Cristo ficará por sete anos
no céu, na casa do Pai do Noivo, e então retornar com o Noivo e
ocupar o Reino que Ele preparou para eles)

Quando Noiva e Noivo viajam de volta pelo povoado, todos os


habitantes percebem quem eram os noivos e onde eles passarão
a morar desde então.

Esta é a cerimônia completa do casamento judaico na época de


Cristo, em toda sua glória

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