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RESOLUÇÃO/UEPB/CONSUNI/0176/2016

ESTABELECE NORMAS PARA A REMOÇÃO


INTERNA DE DOCENTES E TÉCNICOS
ADMINISTRATIVOS ENTRE AS UNIDADES
ADMINISTRATIVAS DA UNIVERSIDADE
ESTADUAL DA PARAÍBA.

O CONSUNI – Conselho Universitário da Universidade Estadual da Paraíba, no


uso das atribuições que lhes são conferidas pelo Estatuto da Instituição, e:

CONSIDERANDO a necessidade de disciplinar as transferências dos servidores


do quadro efetivo da UEPB entre as unidades administrativas nos diversos campi;

CONSIDERANDO os termos do Art. 34, da Lei Complementar nº 58/2003


(Estatuto do Servidor do Estado da Paraíba).

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar as normas que regulamentam a remoção de docentes e técnicos


administrativos da Universidade Estadual da Paraíba, conforme estabelecidas no
Anexo I.

Art. 2º Essa resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Campina Grande, 23 de setembro de 2016.

Prof. Dr. ANTONIO GUEDES RANGEL JUNIOR


Reitor
• RESENHA/UEPB/SODS/011/2016. Diário Oficial do Estado, João Pessoa 06 de outubro de 2016. P 3.
ANEXO I

NORMAS PARA REMOÇÃO INTERNA DE DOCENTES E


TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS DA UEPB

CAPÍTULO I
DA REMOÇÃO

Art. 1º Remoção é o deslocamento do servidor efetivo, seja docente ou técnico administrativo,


para outra unidade administrativa, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro de
pessoal, com ou sem mudança de campus, e implica na relotação do servidor.

Parágrafo único - Considera-se unidade administrativa a Reitoria, as Pró-reitorias, os Centros,


os Departamentos, as Escolas Técnicas, e quaisquer outras unidades onde existir lotação de
servidores.

Art. 2º A remoção ocorrerá nas seguintes modalidades:


I. de ofício, no interesse da Administração;
II. a pedido, a critério da Administração;
III. a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração:
A. para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou
militar estadual, deslocado no interesse da Administração;
B. por motivo de doença, comprovada por junta médica oficial, do servidor, do
cônjuge, do companheiro ou de dependente legalmente reconhecido, que viva
às suas expensas, segundo registro em seu cadastro funcional.

Parágrafo único - Para os casos em que o servidor alega ser vítima de assédio moral, o
servidor terá direito, se requerer:
a) à remoção temporária pelo tempo de duração da sindicância e do processo
administrativo;
b) à remoção definitiva, após o encerramento da sindicância e do processo administrativo,
se configurada a prática alegada.

CAPÍTULO II
DA REMOÇÃO DE OFÍCIO

Art. 3º A remoção de ofício, no interesse da Administração, visa atender demandas de pessoal


em caráter estratégico e institucional, a partir de uma necessidade temporária, pelo tempo
máximo equivalente ao exercício do Reitorado vigente, com anuência do servidor.
Art. 4º A Reitoria poderá rever, a qualquer tempo, o ato de remoção de ofício, com a devida
justificativa.

CAPÍTULO III
DA REMOÇÃO A PEDIDO, A CRITÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO

Art. 5º A remoção a pedido, a critério da Administração, visa atender o interesse do servidor


respeitando o interesse e a conveniência do serviço público, sendo o seu deferimento uma
faculdade administrativa, e dar-se-á mediante:
I. permuta;
II. processo seletivo de remoção, através de Edital específico.

Art. 6º Não poderá solicitar remoção a pedido, o servidor que enquadrar-se em quaisquer um
dos seguintes casos:
I. quando o servidor estiver em estágio probatório;
II. quando o servidor já foi removido a pedido há menos de 2 (dois) anos;
III. quando o servidor não estiver em pleno exercício de suas atividades, devido a
quaisquer tipos de licenças ou afastamentos;

SEÇÃO I
DA PERMUTA

Art. 7º No caso de servidor técnico administrativo, a permuta ocorrerá desde que ambos os
servidores ocupem a mesma função em suas unidades de origem.

Parágrafo único - O pedido deverá ser feito à PROGEP por qualquer dos interessados, a
qualquer tempo, e deverá conter uma declaração de anuência do outro servidor técnico
administrativo interessado, devendo ser ouvidas as unidades de origem e de destino e a
CPPTA, para deliberação final da Reitoria.

Art. 8º No caso de servidor docente, a permuta será condicionada à liberação da unidade de


origem e à aceitação da unidade de destino.

§ 1º O pedido deverá ser feito à PROGEP por qualquer dos interessados, a qualquer tempo, e
deverá conter uma declaração de anuência do outro docente interessado, o curriculum lattes
atualizado de ambos, o plano de atividades a ser realizado na unidade de destino de ambos.

§ 2º A PROGEP deverá encaminhar o processo para emissão de parecer técnico


fundamentado às unidades de origem e de destino e à CPPD, para deliberação final da
Reitoria.

§ 3º A permuta deferida no curso de um semestre letivo, implicará na remoção efetiva no


semestre letivo seguinte, para evitar prejuízos na realização das atividades acadêmicas.
SEÇÃO II
DO PROCESSO SELETIVO DE REMOÇÃO ATRAVÉS DE EDITAL

Art. 9º As vagas originadas por exoneração, aposentadorias, demissão e falecimento deverão


ser providas por edital de remoção prevalecendo o interesse público relacionado às vagas
disponíveis.

§ 1º Antes de qualquer edital de concurso público, deve haver um edital de remoção interna
para preencher as vagas, com servidores já do quadro efetivo da UEPB.

§ 2º As vagas oriundas da remoção serão imediatamente preenchidas:


I. Por concurso público para o quadro efetivo;
II. Por convocação de candidato aprovado em lista de espera de concurso público ainda
vigente;
III. Por contrato temporário, prévio à realização de um novo concurso.

Art. 10º A UEPB publicará Edital específico para disciplinar o processo seletivo de remoção,
que deverá conter no mínimo as seguintes informações:
I. cronograma do processo seletivo;
II. especificação do quantitativo de vagas por cargo/função, com identificação das
unidades administrativas onde há disponibilidade para remoção;
III. condições e requisitos necessários para participação no processo;
IV. indicação precisa dos locais, horários e procedimentos de inscrição, bem como das
formalidades para sua confirmação;
V. indicação da documentação a ser apresentada no ato de inscrição e quando da
realização das provas ou etapas;
VI. fixação dos critérios de classificação no processo;
VII. número de etapas do processo seletivo, bem como seu caráter eliminatório ou
eliminatório e classificatório;
VIII. fixação do prazo de validade do processo seletivo e da possibilidade de sua
prorrogação; e
IX. disposições sobre o processo de elaboração, apresentação, julgamento, decisão e
conhecimento do resultado de recursos.

§ 1º O processo seletivo de remoção será organizado e coordenado por Comissão designada,


pela Reitoria, para este fim.

§ 2º As vagas para o edital de remoção serão estabelecidas pela Pró-Reitoria de Gestão de


Pessoas, após consulta às unidades administrativas.
§ 3º No caso de servidor docente, a solicitação de remoção deve ocorrer para a mesma
área/disciplina para a qual prestou concurso, ou por comprovação de habilitação para a
área/disciplina objeto da remoção, seguindo os critérios estabelecidos no Edital do processo
seletivo.

Art. 11 Em caso de haver mais interessados que o número de vagas disponíveis para um
determinado cargo em uma unidade, serão considerados, para fins de classificação, por ordem
de precedência, os seguintes critérios:
I. maior tempo de efetivo exercício na UEPB;
II. regime de trabalho, com prioridade, na sequência:
A. No caso de docentes: dedicação exclusiva, depois T40, e T20;
B. No caso de técnicos administrativos: T40, T30, e por fim T20;
III. maior titulação acadêmica;
IV. maior idade.

Art. 12 O servidor classificado deverá continuar no desempenho de suas atribuições na


unidade de origem até a publicação da sua portaria de remoção.

Parágrafo único - O servidor removido, sem que haja mudança de campus, terá até 07 (sete)
dias, após a publicação da portaria de remoção para apresentar-se na nova unidade de
lotação. Para os casos em que haverá mudança de campus, o prazo é de até 30 (trinta) dias.

Art. 13 Após a publicação da portaria de remoção no Diário Oficial do Estado, os servidores


que sejam ocupantes de cargo de gestão ou de funções gratificadas na unidade de origem
serão destituídos do cargo/função.

CAPÍTULO IV
DA REMOÇÃO A PEDIDO, PARA OUTRA UNIDADE, INDEPENDENTE DO INTERESSE DA
ADMINISTRAÇÃO

TÍTULO I
Para acompanhar cônjuge ou companheiro

Art. 14 O servidor da UEPB poderá ser removido a pedido para outra unidade para
acompanhar cônjuge ou companheiro, que conste no registro de seu cadastro funcional,
também servidor público civil ou militar estadual, que tenha sido deslocado no interesse da
Administração.
§ 1º Entende-se como servidor público civil aquele com vínculo estatutário.

§ 2º O deslocamento do cônjuge ou companheiro deverá ter ocorrido em data posterior ao


início do efetivo exercício do servidor requerente na UEPB no cargo que pretende a remoção.
§ 3º É vedada a remoção para acompanhar cônjuge ou companheiro quando a remoção deste
tenha se dado a pedido.

Art. 15 O processo de remoção deverá ser instaurado via setor de Protocolo, direcionado à
Reitoria, com a seguinte documentação:
I. requerimento próprio de remoção, conforme modelo a ser definido;
II. cópia da Certidão de Casamento ou comprovante de união estável;
III. documento que comprove o deslocamento no interesse da Administração do cônjuge ou
companheiro;
IV. documentos que auxiliem a fundamentação do pedido, caso necessário.

§ 1º Quando da abertura do processo, as unidades administrativas de origem e de destino do


servidor deverão ser comunicadas pela Reitoria.

TÍTULO II
Por motivo de saúde

Art. 16 O servidor da UEPB poderá ser removido a pedido para outra unidade por motivo de
doença pessoal, do cônjuge, do companheiro ou de dependente legalmente reconhecido, que
viva às suas expensas, segundo registro em seu cadastro funcional, condicionada à
comprovação por junta médica oficial.

Art. 17 O processo de remoção deverá ser instaurado via setor de Protocolo, direcionado à
Reitoria, com a seguinte documentação:
I. requerimento próprio de remoção, conforme modelo a ser definido;
II. laudo médico com histórico da patologia, tipo de tratamento prescrito e, duração do
tratamento;
III. documentos que auxiliem a fundamentação do pedido, caso necessário;

§ 1º Quando da abertura do processo, as unidades administrativas de origem e de destino do


servidor deverão ser comunicadas pela Reitoria.

Art. 18 O laudo médico emitido por junta médica oficial, deverá, necessariamente, atestar a
doença que fundamenta o pedido, bem como informar:
I. se a localidade onde trabalha ou reside o paciente é agravante de seu estado de saúde
ou prejudicial à sua recuperação;
II. se na localidade onde trabalha ou reside o paciente não há tratamento adequado;
III. se a doença é preexistente e, em caso positivo, se houve evolução do quadro que
justifique o pedido;
IV. se a mudança de local de trabalho/residencia pleiteada terá caráter temporário e, em
caso positivo, a época de nova avaliação médica;
V. caso o servidor e seu cônjuge, companheiro ou dependente enfermo residam em
localidades distintas, a prejudicialidade para a saúde do paciente decorrente da
mudança para a localidade de lotação do servidor;
VI. outras que possam esclarecer melhor a situacão.

§ 1º O laudo médico deverá ser conclusivo quanto à necessidade da mudança pretendida.

§ 2º A remoção será de caráter definitivo, quando o laudo emitido pela Junta Médica Oficial,
identificar que a patologia do servidor é permanente e/ou irreversível.

§ 3º Quando o laudo médico emitido pela junta médica oficial identificar que a patologia é
transitória e/ou reversível, a remoção será de caráter temporário, nos seguintes termos:
I. a portaria de remoção será temporária, inicialmente pelo período de até 01 (um) ano,
podendo ser prorrogada mediante requerimento do servidor e após nova avaliação feita
pela Junta Médica Oficial;
II. constatado pela Junta Médica Oficial, quando da nova avaliação, o fim da patologia que
deu fundamentação à remoção, não haverá renovação da portaria de remoção e o
servidor terá 30 dias para retornar ao efetivo exercício em sua unidade de origem.

§ 4º Anualmente, a Administração deverá solicitar reavaliação da Junta Médica Oficial nos


processos de remoção a pedido.

§ 5º Cessada a qualquer tempo a causa da remoção, o servidor retorna a sua unidade de


origem.

CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 19 Possíveis situações não contempladas nesta resolução e os casos omissos serão
resolvidos pela Reitoria, mediante requerimento do interessado.

Art. 20 Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da Paraíba.

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