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Dominante secundária
Cadências dominante e
deceptiva
Ciclo das quintas
Tons vizinhos e tons
relativos
MUSICALIZAÇÃO B
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APRESENTAÇÃO

Súmula

Reconhecimento das dominantes secundárias nas progressões harmônicas; identificação das cadências
dominante e deceptiva; análise do ciclo das quintas, identificação dos tons vizinhos e relativos.

Objetivos

Reconhecer as dominantes secundárias nas canções;


Identificar as cadências à dominante e deceptiva;
Analisar o ciclo das quintas;
Identificar os tons vizinhos e os tons relativos das tonalidades.

Material elaborado para o curso de Licenciatura em Música EAD / UFBA 2023.


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CONTEÚDO

Dominante secundária

Dominante secundário (ou dominante secundária) é qualquer acorde que possui a função dominante sobre
outro acorde do campo harmônico da tonalidade da música.

Por exemplo, na canção O gato, que está na tonalidade de F, aparece um acorde de A7, que não faz parte
desse campo harmônico. Se procurarmos a resolução desse acorde, vamos observar que ele é o V grau do
acorde de Dm (vi grau de F). Logo, A7 é o acorde de dominante secundário do vi grau.
MusicB_UE14_slide03_audio01

Dominantes secundários não fazem parte do campo harmônico natural. Eles são acordes auxiliares,
servem apenas para “preparar” uma cadência para algum outro grau do campo harmônico. Neste contexto, o
acordes secundários, em muitos casos, podem levar a uma mudança de tonalidade.

O acorde dominante da tonalidade principal é chamado dominante primário ou dominante primária. Assim,
todos os demais acordes do campos harmônico possuem sua própria dominante.

https://www.youtube.com/watch?v=jcSoRs1Zgx4

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CONTEÚDO

Cadência a dominante

A cadência suspensiva, ou cadência à Dominante, consiste em uma parada sobre o acorde de Dominante
(V). Ela se caracteriza especialmente por dar à frase uma sensação de suspense.
Exemplo na canção O gato:
MusicB_UE14_slide04_audio01

A primeira parte da canção Quando a Maré Sobe termina com uma cadência suspensiva (I – V),
potencializada pela fermata, que prolonga a sensação de suspense.
Exemplo 1: Cadência suspensiva
MusicB_UE14_slide04_audio02

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CONTEÚDO

Cadência deceptiva

A cadência deceptiva é quando nós temos um acorde dominante sendo resolvido em qualquer outro que
não seja a tônica. Esse efeito é chamado de efeito surpresa e não possui uma total conclusão na harmonia
da música, por não finalizar na fundamental.
Vamos imaginar que você está tocando uma música em dó maior. Nessa tonalidade, os acordes mais
comuns são dó, ré, mi, fá, sol, lá e si. Normalmente, quando você chega ao final de uma frase musical,
espera-se que o último acorde seja o dó, que é o acorde principal da tonalidade.

A cadência deceptiva faz algo diferente. Em vez de usar o acorde de dó no final, ela usa um acorde diferente
que não é tão esperado. Por exemplo, ao invés de terminar com o acorde de dó, você poderia terminar com
o acorde de lá menor.

Essa mudança inesperada cria uma sensação de surpresa e tensão para o ouvinte, porque eles esperavam
uma resolução diferente. É como se você estivesse contando uma história musical e, de repente, mudasse o
final de forma surpreendente.

Veja o exemplo abaixo e execute em seu instrumento:

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CONTEÚDO

Ciclo das quintas

Um dos modelos de organização de escalas e que serve para vários outros propósitos é o ciclo das quintas.

Trata-se de uma disposição circular das tônicas das escalas e que mostra a relação intervalar que há entre
elas e, portanto, entre suas armaduras. Pode-se fazer um círculo para as escalas maiores e outro para as
escalas menores. Entretanto, pode-se juntar os dois círculos em um só, como se pode ver no exemplo
abaixo:

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CONTEÚDO

Tons vizinhos e tons relativos

Tons vizinhos são aqueles que possuem a armadura de clave com, no máximo, uma alteração de diferença.
São considerados tons vizinhos diretos aqueles que possuem apenas um (ou nenhum) acidente em relação
ao tom principal. Para encontrar os tons vizinhos diretos, basta encontrar o V grau ascendente e o V grau
descendente no ciclo das quintas. O outro tom vizinho direto é a tonalidade relativa.

Os tons vizinhos indiretos são aqueles que são relativos aos tons vizinhos diretos (exceto o tom relativo da
tonalidade principal). Veja o exemplo:

Logo, na tonalidade de C, temos:

Vizinhos diretos: C – Am (tom relativo) – F (V grau descendente) – G (V grau ascendente)


Vizinhos indiretos: Dm (relativo de F) e Em (relativo de G)

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MATERIAL COMPLEMENTAR

Vídeo explicativo 01 – Dominantes secundários: o que são e como encontrá-los. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=jcSoRs1Zgx4. Acesso em: 19 jun. 2023.

Vídeo explicativo 02 – O que são tons vizinhos? Disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=mHckgA-fA1A. Acesso em: 19 jun. 2023.

Vídeo explicativo 03 – Ciclo das quintas: o que é e para que serve? Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=8fIouuBa3pA. Acesso em: 19 jun. 2023.

Vídeo explicativo 04 - Outras cadências harmônicas: plagal, deceptiva, modulante, imperfeita... Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=0SzD6TPNbhA. Acesso em: 19 jun. 2023.

Vídeo explicativo 05 – Cadência deceptiva. Violão e guitarra: estudo da cadência (deceptiva). Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=J-6UKsnVdrw. Acesso em: 19 jun. 2023.

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REFERÊNCIAS

GUSMÃO, Pablo. Teoria Elementar da Música. Universidade Federal de Santa Maria Centro de Artes e
Letras Departamento de Música. Santa Maria, 2012. Disponível em:
https://www.ufrgs.br/harmonia/pablo_gusmao-teoria_elementar.pdf. Acesso em: 20 mar. 2023.

LIMA, Marisa Ramires Rosa; FIGUEIREDO, Sérgio Luiz Ferreira. Exercícios de teoria musical: uma
abordagem prática. São Paulo: Attar, 1991. 2. ed.

MATTOS, Gerson de Souza; MOREIRA, João Geraldo Segala; SULENA, de Araujo Borges. Material de
apoio ao Curso Licenciatura em Música da UFRGS e Universidades Parceiras, do Programa Pró-
Licenciaturas II da SEED/MEC. Porto Alegre, junho de 2008.

SOUZA NUNES, Helena. Musicalização de professores - livro do professor. Porto musical: Porto Alegre:
Centro de Artes e Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2005.

___________________. Musicalização de professores - livro do aluno. Porto Alegre: Centro de Artes e


Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2005.

BORDINI, Ricardo. Acordes. São Luiz: Universidade Federal do Maranhão, 2020. Disponível em:
http://musica.ufma.br/bordini/ext/unidades/unidade_05.html. Acesso em: 23 mai. 2023

KOSTKA, S.; PAYNE, D. Tonal Harmony with an Introduction toTwentieth-Century Music. : 5. ed. New
York: Mac Graw Hill, 1984.

MED, Bohumil. Teoria da Música. 4ª Ed. Brasília: Musimed, 2000.

Material elaborado para o curso de Licenciatura em Música EAD / UFBA 2023.

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