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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DO INTERIOR
SERVIÇO PENITENCIÁRIO

CRIMES CIBERNÉTICOS EM ANGOLA

Grupo nº: 1
Sala: 2
Turno:
DOCENTE

Luanda, 2023
INTEGRANTES DO 1º GRUPO
ÍNDICE
RESUMO ................................................................................................................................... 1
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 2
História da Internet ................................................................................................................. 3
Os crimes cibernéticos ............................................................................................................ 3
Crimes Cibernéticos Puros .................................................................................................. 6
Crimes Cibernéticos Impuros .............................................................................................. 6
Contextualização de Crimes Cibernético em Angola ............................................................. 7
Conceito Jurídico de Crimes Informático em Angola ............................................................ 8
Os Crimes Informáticos na Legislação Angolana .................................................................. 9
Os Autores nos Crimes Informáticos .................................................................................... 10
Os Princípios Aplicáveis na Proddecuçao dos Crimes Informático ..................................... 11
Referencias de Rimes Cibernético Em Angola ..................................................................... 12
Conclusão ................................................................................................................................. 14
Referencia bibliográfica ........................................................................................................... 15
Resumo

O objetivo do presente trabalho centra-se no estudo da prática dos crimes cibernéticos, o


impacto social causado e as soluções encontradas pelo nosso governo para prevenir e combater
a prática dos respectivos crimes. Para isso, percorre um breve histórico do surgimento e
desenvolvimento da internet a nível mundial. Posteriormente, expõe a evolução histórica e
legislativa dos crimes cibernéticos, com ênfase no desenvolvimento da legislação Angolana.
Por fim, analisa e discute as diversas denominações que definem os crimes virtuais, indicando
os principais programas que servem de ferramentas para a prática ilícito, bem como os seus
principais autores dos referidos crimes.

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho pretende discutir e analisar as questões relativas à prática dos crimes
cibernéticos, o impacto social causado e as soluções encontradas pelo nosso governo para
prevenir e combater a prática dos respectivos crimes.

Os crimes cibernéticos são um problema global que também afetam Angola, assim como
outros países ao redor do mundo. Angola não está imune a várias formas de crimes cibernéticos,
incluindo fraudes online, ataques de phishing, roubo de identidade, invasões de sistemas,
ransomware e outros tipos de atividades maliciosas realizadas através da Internet.

Os crimes cibernéticos em Angola podem ter diferentes motivações, como ganho


financeiro, espionagem industrial, ativismo político ou simplesmente causar danos aos sistemas
e infraestruturas digitais. Essas atividades criminosas são geralmente realizadas por indivíduos
ou grupos que possuem conhecimentos técnicos em informática e estão dispostos a explorar
vulnerabilidades em sistemas e redes de computadores.

Para combater os crimes cibernéticos, Angola conta com várias instituições, como a
Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime (UNCC) e a Direção Nacional de Tecnologias de
Informação e Comunicação (DNTIC), que trabalham em conjunto para investigar e prevenir
essas atividades ilegais. Além disso, a legislação angolana possui disposições específicas para
lidar com crimes cibernéticos, como a Lei de Crimes Informáticos, que criminaliza diversas
atividades maliciosas realizadas no meio digital.

É importante que os usuários em Angola estejam cientes dos riscos associados aos crimes
cibernéticos e adotem medidas de segurança para proteger suas informações pessoais e
financeiras. Isso inclui o uso de senhas fortes, evitar clicar em links suspeitos ou compartilhar
informações sensíveis em sites não confiáveis, manter o software e os sistemas atualizados e
utilizar soluções de segurança, como antivírus e firewalls.

É fundamental que o governo, as empresas e os cidadãos de Angola continuem a investir


em educação, conscientização e infraestrutura de segurança cibernética para enfrentar os
desafios dos crimes cibernéticos de forma eficaz e proteger a sociedade digital.

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História da Internet

A internet, também conhecida como “rede mundial de computadores”, surgiu durante a


guerra fria, devido a uma disputa acirrada entre os Estados Unidos da América e a União
Soviética, onde os respectivos países compreendiam a eficácia e a necessidade dos meios de
comunicação para garantir vantagens e até mesmo a vitória.
Os Estados Unidos, por sua vez, temiam um ataque nuclear russo as suas bases militares,
o qual poderia comprometer todas as suas informações, tornando-lhe vulnerável aos seus
inimigos. Portanto, idealizou uma rede de troca e compartilhamento de informações que se
descentraliza. Assim, foi criado pela empresa ARPA a rede ARPANET – Advanced Research
Projects Agency. Nota-se, que inicialmente a internet surgiu com a única e exclusiva finalidade
de proteger os computadores e informações do Governo Norte Americano.
Além do mais, durante determinado tempo à utilização e exploração da internet eram
restritas as áreas militares e universitárias, sendo que somente no final da década de 70 e início
da década de 80, o sistema passou a ser utilizado para o comércio, devido o surgimento da Rede
Minitel na França.
Os crimes cibernéticos
Os crimes cibernéticos são um problema global e Angola não é exceção. Como em muitos
outros países, as atividades criminosas cibernéticas em Angola podem incluir várias formas de
ataques cibernéticos, fraudes online e outras atividades ilegais realizadas através do uso da
tecnologia.
Alguns exemplos de crimes cibernéticos comuns em Angola e em outros lugares incluem:
1. Phishing: Ocorre quando os criminosos enviam e-mails falsos ou criam sites
falsos para enganar as pessoas a fornecerem informações pessoais, como senhas,
detalhes bancários ou números de cartão de crédito.
2. Fraudes online: Incluem esquemas de fraude envolvendo leilões falsos, vendas
fraudulentas, esquemas de pirâmide, entre outros.
3. Ransomware: É um tipo de malware que infecta os computadores das vítimas e
criptografa seus dados, exigindo um resgate para desbloqueá-los.
4. Hacking: Envolve acessar ilegalmente sistemas de computador, redes ou contas
online para roubar informações, interromper serviços ou causar danos.
5. Roubo de identidade: Os criminosos cibernéticos podem obter informações
pessoais, como números de identificação, datas de nascimento e informações de

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contas bancárias, para se passarem por outras pessoas e realizar atividades
fraudulentas.
6. Cyber espionagem: É a prática de obter informações confidenciais de governos,
empresas ou indivíduos usando métodos cibernéticos.
Em resposta a esses crimes, o governo angolano tem tomado medidas para combater o
cibercrime. Isso inclui a criação de leis e regulamentos para punir os infratores, bem como o
fortalecimento da infraestrutura de segurança cibernética e a conscientização pública sobre os
riscos e medidas de proteção.
É importante que os indivíduos e as organizações em Angola adotem práticas de
segurança cibernética robustas, como o uso de senhas fortes, a instalação de software antivírus
e a atualização regular de sistemas e aplicativos, a fim de proteger-se contra possíveis ataques
cibernéticos. Além disso, denunciar qualquer atividade suspeita às autoridades competentes
pode ajudar a combater o cibercrime em Angola.
Os crimes cibernéticos em Angola
Assim como em outros países, estão se tornando cada vez mais comuns devido ao
aumento do acesso à Internet e ao uso generalizado da tecnologia. Alguns dos crimes
cibernéticos mais comuns em Angola incluem:
1. Phishing: É uma técnica usada por criminosos para obter informações
confidenciais, como senhas e dados financeiros, se passando por entidades
confiáveis em e-mails, mensagens ou sites falsos.
2. Fraude online: Isso inclui várias formas de fraude, como fraude em leilões
online, esquemas de pirâmide, venda de produtos falsificados ou inexistentes e
golpes de investimento.
3. Roubo de identidade: Os criminosos roubam informações pessoais, como
números de identificação, passaportes e detalhes de cartão de crédito, para realizar
atividades fraudulentas em nome das vítimas.
4. Ataques de malware: Isso envolve a disseminação de programas maliciosos,
como vírus, worms e cavalos de Troia, para obter acesso não autorizado a
computadores e redes, roubar informações ou causar danos aos sistemas.
5. Ransomware: Trata-se de um tipo de malware que criptografa os arquivos de
uma vítima e exige um resgate em troca da chave de descriptografia.

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6. Ciberbullying: É o uso da tecnologia para assediar, ameaçar, difamar ou
intimidar pessoas, geralmente por meio de redes sociais, mensagens de texto ou
e-mails.
As autoridades angolanas têm tomado medidas para combater os crimes cibernéticos,
incluindo a promulgação de leis e regulamentos para punir os infratores. No entanto, a
conscientização e a educação sobre segurança cibernética também são essenciais para proteger
os usuários da Internet em Angola. Recomenda-se que os indivíduos adotem práticas seguras,
como o uso de senhas fortes, a atualização regular de software e a verificação da autenticidade
de sites e e-mails antes de compartilhar informações pessoais.
Os crimes cibernéticos, também conhecidos como crimes digitais, são uma preocupação
global, e Angola não é exceção. Como em muitos outros países, as atividades criminosas na
esfera cibernética em Angola podem abranger uma ampla gama de ações ilegais realizadas
através de meios eletrônicos e da Internet.
Alguns exemplos comuns de crimes cibernéticos em Angola incluem:
1. Phishing: Essa é uma técnica em que os criminosos enviam e-mails fraudulentos
ou mensagens de texto, fingindo ser de empresas legítimas, com o objetivo de
obter informações pessoais confidenciais, como senhas, números de cartão de
crédito ou informações bancárias.
2. Fraudes online: Isso pode envolver várias formas de engano para obter dinheiro
ou informações pessoais das vítimas. Isso pode incluir esquemas de fraude em
leilões online, golpes de loteria, fraudes de romance (conhecidas como "scams"
ou "golpes do amor") e outras práticas fraudulentas.
3. Ataques de malware: Os ataques de malware envolvem a disseminação de
software malicioso, como vírus, worms, ransomware e spyware, com o objetivo
de causar danos a sistemas de computadores ou roubar informações confidenciais.
4. Ataques de hacking: Os ataques de hackers podem envolver o acesso não
autorizado a sistemas de computadores, redes ou contas online para roubar
informações, causar interrupções ou danificar sistemas.
5. Cyberbullying: Isso envolve o uso da tecnologia, especialmente das mídias
sociais, para intimidar, assediar ou ameaçar outras pessoas.
O governo angolano está ciente dessas ameaças e tem adotado medidas para combater os
crimes cibernéticos. Isso inclui a promulgação de legislação específica, como a Lei de Crimes
Informáticos, que visa punir os infratores e proteger os cidadãos contra esses tipos de crimes.

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Além disso, foram criados órgãos e unidades especializadas dentro da Polícia Nacional e outras
agências de segurança para investigar e combater os crimes cibernéticos em Angola.
É importante que os indivíduos e as empresas tomem precauções para se protegerem
contra os crimes cibernéticos, como manter seus sistemas e softwares atualizados, utilizar
senhas fortes, ter cuidado ao compartilhar informações pessoais online e estar atento a
atividades suspeitas. Em caso de suspeita ou ocorrência de crimes cibernéticos, é importante
denunciá-los às autoridades competentes.
Crimes Cibernéticos Puros
Os crimes cibernéticos puros ocorrem quando o agente quer atacar o sistema de
informática de um terceiro, seja este sistema um software, hardware, sistema e meios de
armazenamento de dados. Segundo Damásio de Jesus:

crimes eletrônicos puros ou próprios são aqueles que


sejam praticados por computador e se realizem ou se
consumem também em meio eletrônico. Neles, a informática
(segurança dos sistemas, titularidade das informações e
integridade dos dados, da máquina e periféricos) é o objeto
jurídico tutelado.

Nota-se, que esta categoria de crime caracteriza-se quando um indivíduo, principalmente


o hacker e o cracker, utiliza-se de um computador e/ou internet para invadir a máquina de um
terceiro, sendo que o crime se consome no próprio meio virtual, não produzindo efeitos fora
deste ambiente.
Crimes Cibernéticos Impuros
Os crimes cibernéticos impuros ocorrem quando o agente utiliza-se da internet como meio
executório para prática de um crime tipificado em nossa legislação penal, como por exemplo,
a divulgação de fotografias pornográficas de crianças e adolescentes, tipificada no Art. 241 do
Estatuto da Criança e do Adolescente. Damásio de Jesus, conceitua o referido crime da seguinte
forma:

os crimes eletrônicos impuros ou impróprios são


aqueles em que o agente se vale do computador como meio
para produzir resultado naturalístico, que ofenda o mundo
físico ou o espeço “real”, ameaçando ou lesando outros bens,
não-computacionais ou diversos da informática.

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Desta forma, os crimes impuros são aqueles em que o agente utiliza-se do computador e
da internet como ferramenta meio para produzir um resultado que afeta outros bens tutelados
pelo nosso ordenamento jurídico que não sejam relacionados aos meios virtuais.

Contextualização de Crimes Cibernético em Angola


Os crimes cibernéticos são uma preocupação crescente em Angola, assim como em
muitos outros países ao redor do mundo. Com o rápido avanço da tecnologia e o aumento da
conectividade à Internet, mais pessoas e empresas estão expostas a ameaças cibernéticas.
Em Angola, os crimes cibernéticos abrangem uma variedade de atividades ilegais
realizadas por meio de computadores, dispositivos móveis e da Internet. Esses crimes podem
incluir ataques cibernéticos, fraudes online, roubo de informações pessoais e empresariais,
disseminação de malware e outros tipos de atividades maliciosas.
Os ataques de phishing são uma das principais ameaças enfrentadas em Angola. Os
criminosos enviam e-mails falsos que se parecem com comunicações legítimas de instituições
financeiras, empresas ou órgãos governamentais, com o objetivo de obter informações
confidenciais, como senhas e dados bancários.
Além disso, os ataques de malware são uma preocupação significativa. Os criminosos
desenvolvem e distribuem software malicioso para infectar computadores e dispositivos
móveis, comprometendo a segurança e privacidade das informações armazenadas neles.
A fraude online também é uma área problemática. Isso inclui esquemas de fraude em
leilões, golpes de romance, falsos sites de comércio eletrônico e outras formas de engano
destinadas a enganar as vítimas e obter dinheiro ou informações pessoais.
Para combater esses crimes, o governo angolano tem tomado medidas para fortalecer a
legislação e a aplicação da lei relacionadas aos crimes cibernéticos. A Lei de Crimes
Informáticos, promulgada em 2018, estabelece uma estrutura legal para punir os infratores e
proteger as vítimas de crimes cibernéticos.
Além disso, foram estabelecidos órgãos e unidades especializadas dentro da Polícia
Nacional e de outras instituições governamentais para investigar e combater os crimes
cibernéticos. Essas iniciativas visam aumentar a conscientização sobre a segurança cibernética,
fortalecer as capacidades de resposta e colaborar com parceiros internacionais na luta contra os
crimes cibernéticos.
No entanto, é importante ressaltar que a conscientização e a educação da população são
fundamentais para combater efetivamente os crimes cibernéticos. Os cidadãos e as empresas
devem adotar medidas de segurança cibernética, como manter seus sistemas e softwares

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atualizados, usar senhas fortes, evitar clicar em links suspeitos e denunciar atividades suspeitas
às autoridades competentes.
A evolução constante das tecnologias e o aumento da sofisticação dos criminosos
cibernéticos exigem um esforço contínuo e colaborativo de todas as partes envolvidas,
incluindo governo, setor privado e sociedade civil, para proteger os indivíduos e as
infraestruturas digitais em Angola.
Conceito Jurídico de Crimes Informático em Angola
Em Angola, o conceito jurídico de crimes informáticos é definido pela Lei nº 3/2018,
conhecida como a Lei de Crimes Informáticos. Essa lei estabelece disposições específicas para
combater as atividades criminosas realizadas por meio de sistemas informáticos e da Internet.
De acordo com a legislação angolana, os crimes informáticos referem-se a condutas
ilegais que envolvem o uso de tecnologias da informação e comunicação, como computadores,
redes de computadores, dispositivos móveis e a Internet, para cometer infrações criminais.
A Lei de Crimes Informáticos lista uma série de condutas que são consideradas crimes
informáticos em Angola. Esses crimes incluem:
1. Acesso ilegítimo: É o ato de acessar um sistema informático, rede de computadores,
banco de dados ou dispositivo eletrônico sem a devida autorização.
2. Interferência em sistemas informáticos: Refere-se à alteração, destruição,
modificação, supressão ou bloqueio de dados ou programas informáticos sem a
devida autorização.
3. Espionagem informática: Consiste em obter, copiar, transmitir, revelar ou explorar
informações ou dados armazenados em sistemas informáticos sem autorização.
4. Fraude informática: Envolve a manipulação de dados ou programas informáticos
com o objetivo de obter vantagens indevidas ou causar prejuízos a terceiros.
5. Difusão de vírus informáticos: Refere-se à criação, disseminação, introdução ou
propagação de programas de computador maliciosos, como vírus, worms ou trojans.
6. Falsificação informática: Consiste na criação, utilização ou distribuição de dados
ou programas informáticos falsificados ou adulterados.
7. Ataques a sistemas de informação: Isso inclui ações que visam prejudicar a
integridade, disponibilidade ou segurança de sistemas de informação ou redes de
computadores.

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8. Pornografia infantil: A produção, distribuição, exibição ou posse de material
pornográfico envolvendo crianças por meio de sistemas informáticos é considerada
um crime.
Esses são apenas alguns exemplos dos tipos de crimes informáticos abordados pela
legislação angolana. A Lei de Crimes Informáticos também estabelece as penas e as medidas
de segurança aplicáveis a esses delitos, bem como os procedimentos de investigação e as formas
de cooperação internacional para combater os crimes informáticos.
É importante ressaltar que o texto legal e os conceitos jurídicos podem sofrer alterações
ao longo do tempo, portanto, é fundamental consultar a legislação atualizada para obter
informações precisas sobre os crimes informáticos em Angola.
Os Crimes Informáticos na Legislação Angolana
Na legislação angolana, os crimes informáticos são regulados pela Lei nº 3/2018,
conhecida como a Lei de Crimes Informáticos. Essa lei define uma série de condutas ilegais
relacionadas ao uso indevido de sistemas informáticos e da Internet. A seguir, estão alguns dos
principais crimes informáticos tipificados pela legislação angolana:
1. Acesso ilegítimo: Refere-se à invasão, acesso não autorizado ou ultrapassagem de
barreiras de segurança de sistemas informáticos, redes de computadores ou
dispositivos eletrônicos.
2. Interferência ilegítima: Consiste em alterar, apagar, destruir, inutilizar, danificar,
suprimir ou modificar dados ou informações contidos em sistemas informáticos, redes
de computadores ou dispositivos eletrônicos.
3. Espionagem informática: Envolve a obtenção, cópia, transmissão, divulgação ou
exploração indevida de informações ou dados armazenados em sistemas informáticos
ou redes de computadores.
4. Difusão de códigos maliciosos: Refere-se à criação, introdução, disseminação ou
propagação de vírus informáticos, worms, trojans ou qualquer outro código malicioso
que possa prejudicar sistemas informáticos ou danificar dados.
5. Fraude informática: Consiste em práticas fraudulentas realizadas por meio de
sistemas informáticos ou redes de computadores, com o objetivo de obter benefícios
indevidos, causar prejuízos ou enganar terceiros.
6. Falsificação informática: Envolve a criação, utilização, distribuição ou posse de
dados, documentos ou informações falsificados ou adulterados, com o propósito de
enganar ou prejudicar outras pessoas.

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7. Ataques a sistemas de informação: Isso inclui atividades como ataques de negação
de serviço (DDoS), ataques de hacking, acesso não autorizado a redes ou sistemas,
interceptação de comunicações eletrônicas, entre outros.
8. Pornografia infantil: A produção, distribuição, exibição, posse ou divulgação de
material pornográfico envolvendo crianças por meio de sistemas informáticos é
considerada um crime grave.
Esses são apenas alguns exemplos dos crimes informáticos previstos na legislação
angolana. A Lei de Crimes Informáticos também estabelece as penas e as medidas de segurança
aplicáveis a esses delitos, bem como os procedimentos de investigação, cooperação
internacional e responsabilidade civil relacionados aos crimes informáticos.
É importante consultar o texto completo da legislação vigente e obter orientação jurídica
especializada para compreender completamente os crimes informáticos e suas implicações
legais em Angola.
Os Autores nos Crimes Informáticos
Nos crimes informáticos, os autores podem ser pessoas físicas ou jurídicas que realizam
condutas ilegais por meio de sistemas informáticos e da Internet. Em Angola, assim como em
outros países, os autores de crimes informáticos podem ser classificados em diferentes
categorias:
1. Hackers: São indivíduos com habilidades técnicas avançadas que exploram
vulnerabilidades em sistemas de computadores e redes para acessar informações não
autorizadas, realizar ataques cibernéticos, roubar dados ou causar danos.
2. Criminosos Cibernéticos: Essa categoria abrange indivíduos ou grupos que se
dedicam a atividades criminosas específicas na esfera cibernética, como fraude online,
golpes financeiros, phishing, ransomware, extorsão digital, entre outros.
3. Funcionários Desonestos: Pessoas que têm acesso privilegiado a sistemas
informáticos, redes ou dados sensíveis e abusam dessa posição para realizar atividades
ilegais, como roubo de informações, sabotagem de sistemas ou acesso não autorizado.
4. Grupos Organizados: Organizações criminosas, muitas vezes transnacionais, que se
dedicam a crimes cibernéticos em larga escala, como ataques a instituições financeiras,
roubo de informações corporativas valiosas, tráfico de dados pessoais ou disseminação
de malware.

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5. Insiders: São indivíduos que têm acesso legítimo a sistemas de computadores ou redes
e usam essa autorização para cometer crimes, como roubo de dados, sabotagem,
espionagem empresarial ou violação de privacidade.
6. Empresas e Entidades: Em certos casos, empresas ou entidades podem ser
responsabilizadas por crimes informáticos, especialmente quando estão envolvidas em
atividades ilegais, como pirataria de software, violação de direitos autorais, violação
de privacidade ou negligência na proteção de dados.
É importante ressaltar que a identificação e responsabilização dos autores de crimes
informáticos podem ser complexas devido à natureza anônima e global da Internet. A
investigação desses crimes muitas vezes exige a colaboração de agências de aplicação da lei,
especialistas forenses digitais e cooperação internacional para rastrear e identificar os
responsáveis.
Cabe ao sistema de justiça criminal de Angola, por meio de suas agências competentes,
investigar e processar os autores de crimes informáticos de acordo com a legislação aplicável.
Os Princípios Aplicáveis na Proddecuçao dos Crimes Informático
Ao lidar com a produção de provas em casos de crimes informáticos, aplicam-se alguns
princípios legais e processuais relevantes. Esses princípios visam garantir a legalidade, a
imparcialidade e a integridade do processo de produção de provas. A seguir, estão alguns dos
princípios aplicáveis:
• Princípio do Devido Processo Legal: Esse princípio assegura que todas as partes
envolvidas no processo de produção de provas, tanto a acusação quanto a defesa,
tenham a oportunidade de apresentar seus argumentos, oferecer evidências e contar
com um julgamento justo perante a lei.
• Princípio da Legalidade: As provas devem ser obtidas de acordo com a lei vigente.
Isso significa que as ações dos investigadores e agentes responsáveis pela produção de
provas devem estar em conformidade com as disposições legais relevantes, como a Lei
de Crimes Informáticos em Angola.
• Princípio da Proporcionalidade: A obtenção de provas deve ser proporcional à
natureza do crime e ao interesse público envolvido. Isso implica que as medidas
adotadas para produzir provas devem ser adequadas, necessárias e proporcionais à
gravidade do crime investigado.
• Princípio da Presunção de Inocência: O acusado deve ser considerado inocente até
que sua culpa seja comprovada além de qualquer dúvida razoável. Esse princípio

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implica que a produção de provas deve ser imparcial, evitando preconceitos ou
conclusões precipitadas antes do devido processo legal.
• Princípio do Contraditório e Ampla Defesa: As partes envolvidas devem ter
igualdade de oportunidades para apresentar suas evidências, contestar as provas
apresentadas pela outra parte e serem ouvidas de forma justa e imparcial.
• Princípio da Integridade das Provas: As provas devem ser coletadas e mantidas de
forma a garantir sua integridade e autenticidade. Isso inclui a adoção de práticas
adequadas de preservação de evidências digitais, evitando adulteração ou
manipulação.
• Princípio do Sigilo e Privacidade: As investigações devem ser conduzidas de forma
a proteger o sigilo e a privacidade das informações não relacionadas ao crime
investigado, evitando a violação indevida dos direitos fundamentais dos envolvidos.
Esses princípios têm como objetivo garantir um processo justo e equitativo na produção
de provas em casos de crimes informáticos, protegendo os direitos e garantias dos envolvidos
e promovendo a confiança no sistema de justiça. É importante ressaltar que a aplicação
específica desses princípios pode variar de acordo com a legislação e o sistema jurídico de cada
país.
Referencias de Rimes Cibernético Em Angola
Lei de Crimes Informáticos de Angola (Lei nº 3/2018): A própria legislação angolana
é uma fonte fundamental para compreender os crimes cibernéticos e suas disposições legais.
Você pode encontrar o texto completo da Lei de Crimes Informáticos para obter informações
detalhadas sobre os tipos de crimes, penas e medidas de segurança aplicáveis.
Relatórios e publicações de organizações governamentais: Verifique se há relatórios
ou documentos publicados por órgãos governamentais relevantes em Angola, como o
Ministério do Interior, a Polícia Nacional ou a Agência Nacional de Crimes Eletrônicos. Essas
instituições podem fornecer informações atualizadas sobre a situação dos crimes cibernéticos
no país.
Artigos acadêmicos e pesquisas: Consulte bases de dados acadêmicas, como JSTOR,
Scopus ou Google Scholar, para encontrar artigos acadêmicos e pesquisas relacionados a crimes
cibernéticos em Angola. Essas fontes podem fornecer insights sobre tendências, desafios e
abordagens para lidar com esse tipo de crime no contexto angolano.
Relatórios de organizações internacionais: Organizações internacionais, como a
Europol, Interpol e a UNODC (United Nations Office on Drugs and crime), podem publicar

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relatórios sobre crimes cibernéticos em diversos países, incluindo Angola. Esses relatórios
fornecem uma visão geral dos desafios e das melhores práticas no combate aos crimes
cibernéticos.
Notícias e artigos de mídia: Acompanhe fontes de notícias e veículos de mídia angolanos
para ficar informado sobre casos e desenvolvimentos relacionados a crimes cibernéticos no
país. Jornais, revistas e sites de notícias podem fornecer informações atualizadas sobre
incidentes, investigações e medidas tomadas pelas autoridades.
Ao utilizar essas fontes, certifique-se de avaliar a confiabilidade e a credibilidade das
informações encontradas. Além disso, entrar em contato com especialistas em direito,
segurança cibernética ou criminologia em Angola pode ser uma abordagem adicional para obter
informações mais específicas e atualizadas sobre crimes cibernéticos no país.

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Conclusão

Os crimes cibernéticos são uma realidade em Angola, assim como em muitos outros
países ao redor do mundo. Eles envolvem condutas ilegais cometidas por meio de sistemas
informáticos, redes de computadores e a Internet. Angola reconhece a gravidade desses crimes
e promulgou a Lei de Crimes Informáticos (Lei nº 3/2018) para combater e reprimir essas
atividades.

Vimos que com a aprovação do Código Penal, Angola pela primeira vez na sua história
consagrou no seu ordenamento jurídico os crimes informáticos. Crime informático ou
cibercrime são termos utilizados para se referir a toda a actividade onde um computador ou uma
rede de computadores é utilizada como uma ferramenta, uma base de ataque ou como meio de
crime.

A legislação angolana define uma série de crimes informáticos, como acesso ilegítimo,
interferência em sistemas informáticos, espionagem informática, difusão de vírus informáticos,
fraude informática, falsificação informática, ataques a sistemas de informação e pornografia
infantil. Essa lei estabelece as penas e as medidas de segurança aplicáveis a esses crimes, bem
como os procedimentos de investigação e a cooperação internacional para combater o
cibercrime.

É importante destacar que a luta contra os crimes cibernéticos requer não apenas uma
legislação adequada, mas também o fortalecimento das capacidades de investigação, a
conscientização da população sobre as ameaças digitais e a implementação de medidas de
segurança eficazes. As autoridades angolanas estão trabalhando para melhorar esses aspectos e
proteger os indivíduos, as empresas e as instituições contra os riscos dos crimes cibernéticos.

É essencial que os cidadãos angolanos e as organizações adotem boas práticas de


segurança cibernética, como a proteção de senhas, a atualização regular de software, a
verificação de fontes de informações suspeitas e a educação sobre os perigos do cibercrime.
Além disso, é fundamental denunciar qualquer atividade suspeita às autoridades competentes
para que possam tomar as medidas necessárias.

Ao enfrentar o desafio dos crimes cibernéticos, é necessário um esforço conjunto entre o


governo, as forças de segurança, o setor privado e os cidadãos para garantir a proteção dos
sistemas de informação, a privacidade dos dados e a segurança digital em Angola.

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Referencia bibliográfica

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