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UNIVERSIDADE POLITÉCNICA

A POLITÉCNICA

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO E UNIVERSITÁRIO DE NACALA- ISPUNA

BOMBAS HIDRAULICAS

3º Grupo:

Carlos Charles Yussuf

Ivane António Armando

João Pilale Cassimo

João Correia

Hanza Assuate

NACALA-PORTO, MARÇO DE 2023

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UNIVERSIDADE POLITÉCNICA

A POLITÉCNICA

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO E UNIVERSITÁRIO DE NACALA- ISPUNA

BOMBAS HIDRAULICAS

3º Grupo:

Carlos Charles Yussuf

Ivane António Armando

João Pilale Cassimo

João Correia

Hanza Assuate

Trabalho de carácter avaliativo na cadeira de


Maquinas Primarias, do curso de Licenciatura
em Engenharia Eléctrica, 2º ano. Orientado pelo

Docente. dr: Erik Silvestre.

NACALA-PORTO, MARÇO DE 2023

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ÍNDICE

1. Introdução ..................................................................................................................................1
2. Objectivos do trabalho ...............................................................................................................2
2.1. Objectivo geral .......................................................................................................................2
2.2. Objectivos específicos ............................................................................................................2
2.3. Metodologia do trabalho ........................................................................................................2
3. BOMBA HIDRÁULICA ...........................................................................................................3
3.1. Conceito de Bomba hidráulica ...............................................................................................3
3.2. Classificação das Bombas Hidráulicas ...................................................................................3
3.3. Bombas hidrostáticas e bombas hidrodinâmicas ....................................................................3
3.4. Funcionamento de uma bomba ..............................................................................................4
4. Alturas de elevação (H) .............................................................................................................4
5. Altura disponível de elevação (Hd) ............................................................................................5
6. Diâmetros das tubulações ..........................................................................................................6
6.1. Diâmetro de recalque .............................................................................................................6
6.2. Diâmetro de sucção (Ds) ........................................................................................................6
7. Sistema de bombeamento ..........................................................................................................7
7.1. Ensaio de Campo em Sistemas de Bombeamento .................................................................7
7.2. Perdas de carga e rendimentos e potencias ............................................................................8
8. Potência ......................................................................................................................................9
9. Cavitação....................................................................................................................................1
10. NPSH......................................................................................................................................1
11. Altura Máxima de Sucção das Bombas..................................................................................3
12. Instalação e operação Típica de Bombeamento .....................................................................4
13. Ponto de Operação do Sistema ...............................................................................................6
14. Conclusão ...............................................................................................................................7
15. Referências bibliográficas ......................................................................................................8
1. Introdução

As bombas hidráulicas são dispositivos mecânicos concebidos para mover os líquidos com pressão
suficiente para transmitir a energia no corpo de fluido, sendo assim, convertem energia mecânicaem
energia hidráulica.

Quando em operação, criam um vácuo parcial na linha de entrada eprovocam a sucção do líquido
para dentro de seu corpo. Segundo sua ação mecânica, encaminhaeste mesmo líquido à linha de
saída (pressão) e força-o para dentro do sistema hidráulico. As bombas hidráulicas produzem vazão
de líquido, sendo que a resistência à esta vazãoocasiona a formação da pressão, quanto maior for a
resistência à vazão, maior será a pressãofornecida pela bomba. Na linha de sucção da bomba, o
vácuo parcial permite a admissão de óleoem sua entrada, entretanto podemos observar que na falta
de óleo poderá ocorrer.

Algumas vezes, muitas bombas hidráulicas podem ser usadas como motores com pequenas ou
nenhuma modificação. No motor tipo engrenagem ambas as engrenagens são acionadas, mas

somente uma é ligada ao eixo de saída. No motor tipo palheta, todas as palhetas são acionadas pela
pressão hidráulica, entretanto como não há força centrífuga no início de sua operação, molas

ou balancins são frequentemente usados atrás de cada palheta, para este fim. No motor tipo pistão,
o fluido entra na metade dos furos dos pistões, força-os para fora, causando a rotação do

bloco de cilindro e do eixo de acionamento. O motor tipo pistão é o mais utilizado de todos pois
possui uma inércia relativamente baixa, sua aceleração é rápida e pode adaptar-se facilmente nas
aplicações onde reversões imediatas são desejadas.

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2. Objectivos do trabalho

2.1. Objectivo geral

O trabalho apresenta como objectivo geral:

 Falar sobre bombas hidráulicas.

2.2. Objectivos específicos


São decorrentes os seguintes objectivos específicos que configuram no presente trabalho:

 Conceituar bombas hidráulicas;


 Classificar e descrever bombas hidrostáticas e hidrodinâmicas;
 Descrever as alturas de elevação;
 Descrever os diâmetros das tubulações de bombeamento de líquidos;
 Descrever as perdas de carga em tubulações;
 Descrever potências e rendimentos de bombas;
 Descrever a cavitacao˗NSPH˗ altura máxima de sucção;
 Instalação e operação de uma bomba.

2.3. Metodologia do trabalho

Para elaboração do presente trabalho, foi usado o método de revisão bibliográfica, que consistiu na
consulta de alguns livros eletrónicos, artigos científicos e páginas da internet, sobre baterias e
pilhas, cujas referências indicamos na parte final deste trabalho.

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3. BOMBA HIDRÁULICA

3.1. Conceito de Bomba hidráulica

Chama-se bomba hidráulica, portanto, à máquina que é responsável por transformar a energia
mecânica que permite sua ação em energia de um fluido incompressível que ela desloca. Ao
aumentar a energia deste fluido, também aumenta sua altura, sua velocidade ou sua pressão. É por
isso que as bombas hidráulicas são usadas para mover o fluido de um local de menor altitude ou
pressão para outro com maior altitude ou pressão.

3.2. Classificação das Bombas Hidráulicas


Embora muitos métodos diferentes sejam usados para classificar bombas, uma divisão fundamental
pode ser feita quanto ao tipo de deslocamento. As bombas são designadas de deslocamento positivo
ou deslocamento não-positivo.

3.3. Bombas hidrostáticas e bombas hidrodinâmicas


Bombas Hidrodinâmicas São bombas de deslocamento não-positivo, usadas para transferir fluidos
e cuja única resistência é a criada pelo peso do fluido e pelo atrito. Essas bombas raramente são
usadas em sistemas hidráulicos, porque seu poder de deslocamento de fluido se reduz quando
aumenta a resistência e também porque é possível bloquear-se completamente seu pórtico de saída
em pleno regime de funcionamento da bomba.

Bombas Hidrostáticas São bombas de deslocamento positivo, que fornecem determinada


quantidade de fluido a cada rotação ou ciclo. Como nas bombas hidrostáticas a saída do fluido
independe da pressão, com exceção de perdas e vazamentos, praticamente todas as bombas
necessárias para transmitir força hidráulica em equipamento industrial, em maquinaria de
construção e em aviação são do tipo hidrostático. As bombas hidrostáticas produzem fluxos de
forma pulsativa, porém sem variação de pressão no sistema.

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3.4. Funcionamento de uma bomba

4. Alturas de elevação (H)


É a energia por unidade de peso que o líquido adquire em sua passagem pela bomba. Seu valor é
calculado aplicando-se a equação de conservação de energia entre a entrada e saída da bomba.

P  P V 2  V12
H 2 1 2  ( Z2  Z1)
 2.g

H : Altura útil de elevação [m]

P1 : Pressão na entrada da bomba [Pa]

P2 : Pressão na saída da bomba [Pa]

V1 : Velocidade na entrada da bomba [m/s]

V2 : Velocidade na saída da bomba [m/s]

 : Peso especifico do fluido [N/m3]


g : Aceleração da gravidade [m/s2]

Z2 –Z1 = 0, (energia potencial), normalmente nas bombas o termo da energia cinética também é
P2  P1
desprezível. Então a Eq. (1) fica: H 

A altura útil é especificada nos catalogo dos fabricantes, em forma de curvas Q vs H.

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Figura 5. Curva característica da bomba.

5. Altura disponível de elevação (Hd)


É a variação final de energia por unidade de peso do liquido bombeado, ao passar este do
reservatório de sucção para o de descarga. Seu valor é calculado aplicando-se a equação de
conservação de energia entre os reservatórios de sucção e de descarga.

Ps  Pd Vs2  Vd2
Hd   z
 2.g

Hd : Altura disponível de elevação

Ps : Pressão na sucção do sistema [Pa]

Pd : Pressão na descarga do sistema [Pa]

Vs : Velocidade na sucção do sistema [m/s]

Vd : Velocidade na descarga do sistema [m/s]

Z : Diferença de níveis entre a descarga e a sucção [m]

Para cada sistema de bombeamento a altura disponível é representada em forma de curvas Q vs H .


do sistema.

Figura 6. Curva característica do sistema de bombeamento.

O ponto de trabalho é o ponto onde se interceptam as curvas do sistema e da bomba.

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Figura 7. Ponto de trabalho da bomba

6. Diâmetros das tubulações

6.1. Diâmetro de recalque

a) Fórmula de Bresse recomendara para funcionamento contínuo, ou seja: 24 horas.dia-1.


DR K.

Sendo:
DR em m e Q em m3.s-1;
K = coeficiente econômico {balanço entre os gastos com tubulação (investimento) e os
gastos com a operação da instalação (custo operacional - 0,8 a 1,3)}.

O valor de K está também relacionado com a velocidade, ou seja:

. ₌ .

6.2. Diâmetro de sucção (Ds)

É o diâmetro comercial imediatamente superior ao diâmetro de recalque calculado pelas fórmulas


anteriores.
Observações importantes:

 O correto é fazer um balanço econômico entre o custo da tubulação e o custo da manutenção


do sistema. A manutenção do sistema envolve gastos com energia elétrica (ou
combustível), lubrificantes, mão-de-obra, etc. (Figura 60).
Recomenda-se a análise de cinco diâmetros comerciais, sendo o intermediário calculado pela
fórmula de Bresse, para K = 1.

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 Quando o diâmetro calculado pela fórmula de Bresse ou da ABNT não coincidir com o
diâmetro comercial, é procedimento usual admitir o diâmetro comercial imediatamente
superior ao calculado para a sucção e o imediatamente inferior par o recalque.

Figura 60 – Avaliação entre o custo da tubulação e manutenção.

Além das fórmulas vistas anteriormente para cálculo dos diâmetros, pode-se adotar o critério das
chamadas velocidades econômicas, cujos limites são:

- na sucção: vs < 1,5 m.s-1 (no máximo 2,0 m.s-1)


- no recalque: vr < 2,5 m.s-1 (no máximo 3,0 m.s-1)

Como valores médios pode-se adotar vs = 1,0 m.s-1 e vr = 2,0 m.s-1. Adotadas as
velocidades, o cálculo dos diâmetros é facilmente determinado pela equação da continuidade, já
que se conhece a vazão (Q = A . v), ou seja:.

7. Sistema de bombeamento

7.1. Ensaio de Campo em Sistemas de Bombeamento


A verificação do desempenho das condições reais de funcionamento de conjuntos elevatórios pode
ser feita em campo por meio de medições. Estas medições permitem que os resultados de campo
possam ser comparados com aqueles previstos nos catálogos dos fabricantes (ver Figura 5.4) e/ou

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pelo projeto do sistema e assim dê subsídios a projetos de melhoria da eficiência e/ou a formulação
da base de regras práticas, para conformações operacionais mais eficazes.

7.2. Perdas de carga e rendimentos e potencias


Rendimentos de bombas de grande porte podem atingir mais de 85% enquanto os de
pequenas unidades podem chegar a menos de 40%. Valores de referência para cálculos
preliminares situam-se em torno de 40% para bombas pequenas e 60% para bombas de
médio porte.

 Perdas externas de energia na bomba – Também chamadas de perdas mecânicas,


são as que ocorrem nos mancais (rolamentos) e nos elementos de vedação
(gaxetas e selos mecânicos), de modo que parte da potência motriz se perde fora
da bomba e, portanto, deixa de chegar às pás do rotor.

 Perdas internas de energia na bomba – Compreendem as perdas causadas pelo


movimento do fluido, dividindo-se em:

 Perdas volumétricas que são as que ocorrem por fugas de vazão através do eixo e
gaxetas da bomba, e as perdas por recirculação entre as zonas de alta pressão, na
saída dos rotores, e a de baixa pressão, na entrada destes;

 Perdas hidráulicas que se referem às perdas por choque na entrada das pás e por
atrito nos canais internos, quer no interior do rotor, quer na voluta ou pás
diretrizes. Os choques são minimizados se a bomba é bem projetada e trabalha
próxima ao ponto de máxima eficiência. As perdas por atrito são, assim,
minimizadas por um bom projeto, além de um bom acabamento superficial das
partes internas das bombas.

A Figura 1.13 mostra graficamente as transformações que ocorrem num conjunto

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motobomba, desde a potência elétrica até o fluido, sintetizando os conceitos de potências,
perdas e rendimentos aqui apresentados.

Figura 1.13 – Representação gráfica das transformações de energia presentes numa


bomba acionada por motor elétrico.

Observa-se que a rede elétrica fornece a potência elétrica Pe ao motor elétrico,


responsável pela transformação desta em potência de eixo ou mecânica Pm. Embora os
motores elétricos sejam máquinas bastante eficientes, cujos rendimentos estão
normalmente acima de 90%, parte da potência elétrica por ele recebida é perdida na
transformação, identificada na figura como perdas no motor elétrico. A potência no eixo,
por sua vez, é transferida à bomba para a sua conversão em potência hidráulica P.

Conforme já discutido, parte da energia que chega à bomba se perde nos manca e
elementos de vedação, constituindo as chamadas perdas externas. Uma outra parcela de
maior importância perde-se no interior da bomba, nas chamadas perdas volumétricas e
perdas hidráulicas, cuja soma são as perdas internas. Finalmente a energia aproveitada
pela bomba P é fornecida ao fluido, para produzir o trabalho de escoamento, além do
aumento das energias cinética e potencial, conforme o traçado e finalidade da instalação.

8. Potência

a) Potência hidráulica (Pothid)

Pothid = x Q x Hm

b) Potência absorvida (Pabs)

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9. Cavitação
Para que um líquido mude da fase líquida para vapor é necessário que sua pressão atinja a
pressão de vapor do líquido, pv. Esta é dependente da temperatura, de modo que a ebulição
ocorre quando a pressão e a temperatura atingem valores bem determinados. A 100 ºC, pv
= 10,33 m (pressão atmosférica), já a temperaturas próximas à ambiente, digamos 25ºC,
pv da
pressão de vapor para água em função da temperatura. Nas entradas de rotores, as pressões
podem tornar-se muito baixas e atingir valores inferiores à de vapor, de modo que nestas
regiões, mesmo à temperatura ambiente, ocorrerá mudança de fase, formando-se bolsas de
vapor ou cavidades que se expandem rapidamente. Estas se deslocam de seu ponto de
origem para pontos nos quais a pressão é superior à pv, próximo à saída dos rotores, onde
ocorre o colapso ou implosão das bolhas. Este fenômeno é conhecido como cavitação. Pode
surgir em vários dispositivos hidráulicos, mas é nas bombas e turbinas que suas
consequências são mais danosas.
Quadro 1.12 - Pressão de vapor da água em função da temperatura
T 5 0 10 15 20 25 30 40 50 60 80 100
(ºC)
pv/y (m) 0,06 0,08 0,12 0,17 0,23 0,32 0,43 0,75 1,25 2,03 4,82 10,3
2 9 5 4 8 3 3 2 8 1 7 32

Quando uma grande bolsa de ar é formada, esta provoca descontinuidades na densidade do


líquido, podendo interromper o escoamento. Se ao invés de uma única bolsa formam-se
inúmeras pequenas bolhas, estas provocam vibrações e ruídos de martelamento, que reduzem
drasticamente o rendimento da bomba. Além disso, as contínuas implosões das bolhas junto a
superfícies sólidas do rotor ou da carcaça produzem arrancamento de material, provocando
uma erosão crescente que pode destruir estas peças.

10. NPSH
O NPSH, ou Net Positive Suction Head, representa a diferença entre a carga de pressão total
disponível na instalação (estática e dinâmica) e a pressão de vapor do líquido. Trata-se de uma
característica da instalação e não da bomba, sendo por isso referenciado como NPSH
disponível ou NPSHd. Então:

1
Para chegar ao rotor e percorrer os canais entre as pás, o liquido sofre perdas de carga
que reduzirão sua pressão. Estas perdas e, consequentemente, a pressão disponível, são
dependentes do projecto da bomba e não da instalação. Para garantir que essa pressão se
mantenha superior à de vapor, é conveniente que se defina um outro NPSH,
característico da bomba. Este é identificado como NPSH requerido, ou NPSHr. Para que
a bomba não cavite, faz-se necessário que a instalação disponha de um NPSH.

Alguns autores recomendam que a diferença NPSHd - NPSHr > 1 m , outros sugerem que
(NPSHd - NPSHr)/NPSHr > 15%, e há quem recomende valores maiores. Naturalmente,
devem prevalecer as recomendações do fabricante.

O NPSHr é geralmente fornecido pelo fabricante na forma de gráficos em função da vazão e


integrados às curvas características da bomba, conforme pode ser visto na Figura 1.18, ou em
destaque na Figura 1.30, que mostra no detalhe a mesma curva do NPSHr. Observa-se o seu
comportamento crescente com a vazão diferentemente do NPSHd que possui comportamento
inverso.

2
11. Altura Máxima de Sucção das Bombas
Para que uma bomba trabalhe sem cavitar, torna-se necessário que a pressão absoluta do líquido na
entrada da bomba, seja superior à pressão de vapor, à temperatura de escoamento do líquido. A
equação de Bernoulli desenvolvida entre o nível da água no reservatório (0) e a entrada da bomba (1)
pode ser apresentada por (fazendo p1 = pv (pressão de vapor)):

Hs . hs

maiores, menor deverá ser a altura de sucção. Os valores de v1 e hs poderão ser reduzidos,
utilizando-se tubulações de sucção com diâmetros grandes. O valor de pv pode ser reduzido
operando com líquidos à baixa temperatura.
Na expressão (1), patm e pv são tabelados. Na falta de tabela, a pressão atmosférica poderá ser
calculada por:

em que A = altitude em metros.

Na expressão (1) levou-se em conta apenas a perda de carga existente até à entrada da bomba.
Considerando-se que as bolsas de vapor serão levadas para a saída do rotor, devemos adicionar à
referida expressão a perda de carga que leva em conta a perda existente entre a entrada da
bomba e a saída do rotor (porque é na saída que ocorre o colapso das bolhas). Essa perda não é
3
calculada pelas expressões usuais de perda de carga. Sendo assim, a expressão (1) pode ser rescrita
como:

Hs . hs

H* tem muita importância no cálculo da Hsmax jutamente com constituem as grandezas

relacionadas com a bomba.

12. Instalação e operação Típica de Bombeamento

A Figura 61 mostra as peças especiais utilizadas numa instalação de bombeamento.

Na linha de sucção

 Válvula de pé com crivo


Instalada na extremidade inferior da tubulação de sucção. É uma válvula unidireccional, isto é, só
permite a passagem do líquido no sentido ascendente. Com o desligamento do motor de accionamento
da bomba, esta válvula mantém a carcaça ou corpo da bomba e a tubulação de sucção cheia do líquido
recalcado, impedindo o seu retorno ao reservatório de sucção ou captação.

Nestas circunstâncias, diz-se que a válvula de pé com crivo mantém a bomba escorvada (a função da
carcaça e tubulação desta válvula é a de impedir a entrada de partículas sólidas ou corpos estranhos
como: folhas, galhos, etc). A válvula deve estar mergulhada a uma altura mínima de: entrada de
partículas sólidas ou corpos estranhos como: folhas, galhos, etc). A válvula deve estar mergulhada a
uma altura mínima de:

para evitar a entrada de ar e formação de vórtices

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Figura 61 – Esquema típico de instalação de uma motobomba centrífuga.

1) Curva de 90o Imposta pelo traçado da linha de sucção.

1) Redução Excêntrica
Liga o final da tubulação à entrada da bomba, de diâmetro geralmente menor. Essa excentricidade
visa evitar a formação de bolsas de ar à entrada da bomba. São aconselháveis sempre que a tubulação
de sucção tiver um diâmetro superior a 4” (100 mm).

Na linha de recalque

1) Ampliação concêntrica

Liga a saída da bomba de diâmetro geralmente menor à tubulação de recalque.

2) Válvula de retenção

É unidirecional e instalada à saída da bomba, antes da válvula de gaveta.


Suas funções são:

- impedir que o peso da coluna de água do recalque seja sustentado pela bomba o que poderia
desalinhá-la ou provocar vazamentos na mesma;
- impedir que, com o defeito da válvula de pé e estando a saída da tubulação de recalque afogada
(no fundo do reservatório superior), haja um refluxo do líquido, fazendo a bomba funcionar como
turbina, o que viria a provocar danos à mesma;
- possibilitar, através de um dispositivo chamado “by-pass”, a escorva da bomba.

3) Válvula de gaveta

5
Instalada após a válvula de retenção. Suas funções são de regular a vazão e permitir reparos na
válvula de retenção.

Observação: a bomba centrífuga deve ser sempre ligada e desligada com a válvula de gaveta fechada,
devendo-se proceder de modo contrário nas bombas axiais.

13. Ponto de Operação do Sistema

A intersecção da curva característica da bomba com a curva característica da tubulação define o ponto
de trabalho ou ponto de operação da bomba, ou seja: para a vazão de projeto da bomba, a altura
manométrica da bomba é igual àquela exigida pelo sistema.
A curva característica da bomba associada à curva característica do sistema tem o seguinte aspecto:

Figura 64 – Ponto de funcionamento do sistema.

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14. Conclusão

Neste trabalho, foi destacado como tema bombas hidraulicas e os tipos de bombas hidráulicas, que são
dispositivos utilizados para converter energia mecânica em energia hidráulica.Assim como a variedade
de bombas hidráulicas é grande, o mesmo acontece com as suas aplicações, tendo um amplo uso no
ramo industrial. Mas mesmo antes da era industrial, as bombas hidráulicas já eram muito usadas, como
para usar os cata-ventos ou rodas d’água no bombeio do líquido para o consumo das cidades, bem como
na irrigação e para o consumo animal.

Atualmente, suas aplicações são inúmeras, como nas bombas para irrigação, abastecimento de água, de
gasolina e outros combustíveis, bem como em sistemas de condicionamento de ar, refrigeração e no
deslocamento de produtos químicos. Elas também são úteis no combate a enchentes, serviços em
embarcações e em demais processos industriais, entre outras funções.

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15. Referências bibliográficas

 ANNECCHINI, K. P. V.; ABREU, P. P. C.; LABEGALINI, M. S. Comportamento de

setores controlados por válvulas redutoras de pressão (VRPs) na região metropolitana da


grande Vitória - ES. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA
 SANITÁRIA E AMBIENTAL, 24, 2007, Belo Horizonte.

 AZEVEDO NETTO, J. M. et al. Manual de Hidráulica. 8. ed. São Paulo: Edgard


Blucher Ltda, 1998.
 BEZERRA, S. T. M.; SILVA, S. A. Automação e Controle. In: GOMES, H.P. (Org.).
 BACHUS, L.; CUSTODIO, A. Know and Understand Centrifugal Pumps. Eselvier Oxford, 2003.

Sistemas de bombeamento: eficiência energética. 1. ed. João Pessoa:


Universitária/UFPB. V. único, p. 203-252.

 COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Medição de vazão de


água por meio de tubo de Pitot: CETESB L4.250. São Paulo, 1990

 https://www.mecanicaindustrial.com.br/135-tipos-de-bombas-hidraulicas/
 http://www.industriahoje.com.br/o-que-e-e-como-funciona-uma-bomba-hidraulica
 http://www.escoladavida.eng.br/mecfluquimica/bomba_hidraulica.htm
 http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfp3kAA/bomba-engrenagens

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