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GAAL– Prova suplementar– Soluções

1. Determine a inversa da matriz seguinte:


 
1 1 1
A= 2 1 4 .
2 3 5

Solução. Começamos por escrever a matriz aumentada


 
1 1 1 | 1 0 0
 2 1 4 | 0 1 0 .
2 3 5 | 0 0 1

Aplicamos operações elementares dos dois lados até obter a identitade do lado esquerdo,
obtendo
7 2
− 35
     
1 1 1 | 1 0 0 1 0 3 | −1 1 0 1 0 0 | 5 5
 0 −1 2 | −2 1 0 ; 0 1 −2 | 2 −1 0 ; 0 1 0 | 2
5 − 35 2
5
.
0 1 3 | −2 0 1 0 0 5 | −4 1 1 0 0 1 | − 54 1
5
1
5

Então
7 2
− 35
 
5 5
A−1 =  2
5 − 35 2
5
.
− 54 1
5
1
5

2. Consideramos as duas retas seguintes em R3 :

r1 : (x, y, z) = (−1, 1, 0) + (3, 2, 1)t, e r2 : (x, y, z) = (0, 0, 1) + (1, 2, −1)t.

(i) Mostre que r1 e r2 são reversas.


(ii) Calcule a distância entre r1 e r2 .

Solução.
(i) r1 e r2 não são paralelas, pois os vetores diretores correspondentes– v1 = (3, 2, 1) e
v2 = (1, 2, −1)– não são múltiplos. Verificamos que elas não são coincidentes: senão,
teriamos t1 e t2 tais que

−1 + 3t1 = t2 , 1 + 2t1 = 2t2 , e t1 = 1 − t2 .

Usando a primeira equação, a segunda dá

1 + 2t1 = 2(−1 + 3t1 )

ou seja, t1 = 43 . Mas então a primeira dá t2 = 5


4 e a terceira t2 = 14 , contradição.

1
(ii) Seja P1 = (−1, 1, 0), P2 = (0, 0, 1), e
 
i j k
N := v1 × v2 = det  3 2 1  = −4i + 4j + 4k.
1 2 −1

Então temos
P1 P2 · N 1
dist(r1 , r2 ) = projN (P1 P2 ) = =√ .
kN k 3
3. Determine uma base ortonormal  de vetorespara o espaço de soluções v = (v1 , v2 , v3 ) da
1 2 2
equação vetorial Av = v, onde A =  0 4 2 .
0 0 1

Solução. As soluções são os vetores v = (v1 , v2 , v3 ) verificando (A − I)v = 0. Aqui


   
0 2 2 0 0 1
A − I =  0 3 2  , que tem redução  0 1 0  .
0 0 0 0 0 0

Uma base ortonormal das soluções correspondentes é dada pelo vetor v = (1, 0, 0).

4. Usando uma mudança explı́cita de coordenadas, identifique geometricamente a


cônica no plano com equação
4x2 − 4xy + 2y 2 = 9.
 
T T 4 −2
Solução. A equação da cônica é da forma X AX = 9, onde X = [x, y] e A = .
−2 2
A matriz A é simétrica, então podemos diagonaliza-la. Aqui o polinómio caracteristico de A
é  
4 − t −2
det(A − tI) = = (4 − t)(2 − t) − 4 = t2 − 6t + 4
−2 2 − t
√ √
 
6± 20 t1 0
que tem raı́zes t = 2 = 3 ± 5. Por consequência A diagonaliza-se em D = ,
0 t2
√ √
onde t1 = 3 + 5 e t2 = 3 − 5, e a cônica pode se re-escrever sob a forma

t1 (x0 )2 + t2 (y 0 )2 = 9,

o que descreve uma elipse.

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