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O Palatino

Palatino era uma das sete colinas de Roma. De acordo com a lenda, este foi o primeiro lugar
onde Romulo (v. pág. 1 04) se estabeleceu com seus seguidores . A Colina do Palatino era um
dos bairros mais ricos da cidade até o imperador Augusto construir o palácio imperial (o
palatium) lá. A palavra palácio deriva do nome deste monumento. Por volta do ano 100 d.C.
toda a colina estava tomada pelos edifícios imperiais. O Palatium era uma estrutura imensa,
com vários domos e níveis. Estátuas e azulejos dourados brilhavam sobre a cidade o dia
inteiro. Os edifícios ocupavam mais de 1 .000 m'. O imperador vivia nas casas luxuosas do topo
da colina junto com seus parentes e favoritos. O Palatino era também o quartel-general da
administração pública. Ali trabalhavam milhares de funcionários e se encontravam os
escritórios de muitos funcionários públicos importantes.

O Forum

Os fora romanos eram os edifícios públicos, equivalentes à nossa assembléia. O Forum


Romano original acabou se tomando muito pequeno, por isso foram construídos vários outros
até que se tivesse uma cadeia de templos e edifícios públicos. Um Forum tinha um ou dois
templos, uma basflica, e uma cúria, ou sala de reuniões da assembléia. Estes edifícios eram
construídos em tomo de uma grande praça decorada com estátuas e fontes. Havia também
lojas espalhadas pela praça. A entrada do Forum era normalmente um arco triunfal, decorado
com pmturas que representavam as vitórias de um general ou imperador.

O Coliseu e o Circo Máximo

Os dois principais pontos de entretenimento em Roma eram o Coliseu, um anfiteatro com


capacidade para 50.000 pessoas sentadas, e o Circo Máximo que tinha uma lotação de 250.000
lugares. Praticamente qualquer habitante de Roma será capaz de encontrar o caminho até
estes dois edifícios. (teste de Conhecimento do Terreno + 6).

As Termas

As grandes casas de banho eram uma combinação de shopping center, spa e clube de campo.
Existiam várias termas (thermae) em Roma. A maioria delas era construída seguindo o mesmo
padrão: um grandejardim com a sala de banho principal no centro cercada por salas menores
onde as pessoas se juntavam para conversar, ouvir poesia, etc ... Nas grandes tennas exi stiam
lojas de roupas. presentes bibliotecas e auditórios onde pensadores famosos debatiam em
público. Os banhos tinham quatro salas principais: o frigidarium (banhos frios), tepidarium
(banhos mornos), caledarium (banhos quentes) e sudatorium ( vapor). Os três primeiros
tinham piscinas que eram aquecidas ou esfriadas de acordo com a sala onde estavam. Os \
i�itantes nonnal mente se exercitavam durante um ceno tempo no pátio e depois entravam
em todas as salas em seqüência; não está c laro em que ordem, mas acredita•se que o
frigidarium era a última delas_ Os escravos limpavam os freqüentadores com uma espécie de
almofaça (strigi[) com óleo para tirar o suor e a poei ra. A água quente, morna e fria era
conduzida at ravés de um complexo conj unto de encanamentos subterrâneos. Existia também
uma rede subterrânea de corredores de serviço usados pelos escravos para ir de uma pane das
tennas a out ra sem penurbar os freqüentadorcs (estes túneis seriam úteis também para
alguém que estivesse planej ando uma travessura nas tennas).

O Panteão

o Este era o templo dedicado a vários deuses e, com mais relevância, aos imperadores
divinl7.ados. F.ste era um centro de cerimôni� e adoração importante para a religião de
estado Romana. Ele era notável por ter o maior domo da antigüidade. Foi construído em 27 a.C
e depois reconstruído pelo imperador Adriano em 1 1 8 d.C.

As Casas Romanas

Onde e como os romanos viviam era determinado pela sua riqueza e posição social. Os pobres
da cidade tinham que se satisfazer com pequenos apartamentos enquanto os patrícios
possuíam diversas casas grandes.

Edifícios de Apartamentos

Os ediffcios de apartamentos (chamados insulae) foram a solução romana para a super-


população. Os senhorios tentavam construir as casas com o maior nómero possível de
andares. Na época de Augusto, a altura dos edifícios não podia ultrapassar 20 metros (seis ou
sete pavimentos). Edifícios desta altura em NT 3 eram um risco constante; depois de alguns
anos eles começavam a se desintegrar com conseqüências terríveis para seus ocupantes. A
qualidade das insulae variava muito, dependendo do bairro onde eram construídas. Os
edifícios construídos nas favelas não ofereciam nenhuma segurança. Os edifícios eram
construídos normalmente em torno de um pátio central descoberto. Existiam sacadas que
davam para o pátio central ou para a rua. Às vezes os edifícios de lados opostos da rua
estavam tão próximos uns dos outros que era possível passar da sacada de um para a sacada
do outro. Os edifícios eram feitos de concreto e madeira; normalmente os andares mais altos
eram feitos de madeira para diminuir o peso (reduzindo também a qualidade). O preço e a
classe social de um edifício variava de acordo com a altura do apartamento. Como não
existiam elevadores, quanto mais alto era o apartamento, mais árdua era a subida que seu
morador deveria fazer para chegar em casa. Além disso, os andares mais altos eram
construídos com materiais mais leves que estavam mais propensos a fraturas, ventos e
vazamentos . Os andares mais baixos tinham lojas ou apartamentos de melhor qualidade. Os
bairros melhores eram decorados, bem ventilados e tentavam imitar as cobiçadas vil/a
romanas (v. pág. 2 3). Cada andar a mais siginificava uma diminuição no tamanho, conforto e
qualidade da decoração. A pior área era sempre o ático, um cubículo de paredes frágeis e
cheio de vazamentos que era terrivelmente quente no verão (o raio do sol aquecia o teto de
tijolos e transformava o ático num forno) e frio e cheio de correntes de ar no inverno. Mas até
mesmo os áticos eram alugados a preços exorbitantes . O acesso aos edifícios era feito por
escadas diferentes . Os melhores apartamentos do primeiro andar muitas vezes tinham sua
própria saída para a rua. Os inquilinos dos andares mais altos tinham que entrar no edifício e
depois subir uma das escadas. As j anelas dos andares mais baixos eram fechadas com grades
para impedir a entrada de ladrões.

A Domus

As mansões em Roma eram muito grandes e abrigavam um conjunto de dezenas ou às vezes


centenas de criados e escravos. Da mesma forma que a maioria das moradias romanas, elas
eram construídas em torno de um pátio central descoberto (o atrium). Entrava-se através de
um corredor e normalmente havia uma porta em alguma parte dele. A parte exterior do
corredor era o vestíbulo, onde os visitantes anunciavam sua presença a um porteiro. Os
quartos ficavam em torno do pát o. Depois do atrium havia um segundo pát i o, separado por
um muro, o peristylium, que muitas vezes tinham um jardim e uma fonte. Entre os cõmodos
restantes estavam uma pequena capela (cella), uma ou duas salas de jantar (triclinium),
lavatórios e os aposentos dos escravos. As vezes se construía pequenas lojas e apartamentos
em torno da domus. O valor do aluguei destes quartos menores ajudava a pagar a manutenção
da casa.

Os Departamentos de Polícia e Bombeiros

A ntes do reinado de Augusto, a cidade de Roma era vulnerável ao crime, incêndios, e


tumultos. Não havia nem polícia nem corpo bombeiros oficiais. Os nobres tinham cortejos de
escravos ou ex-gladiadores armados para sua proteção e existiam corpos de bombeiros
privados que trabalhavam em troca de pagamento (como o utilizado por Crasso; v. pág. 47) e
não pela segurança pública. O governo imperial mudou completamente este cenário quando
criou uma grande força que atuava como polícia e corpo de bombeiros ao mesmo tempo. Em
termos administrativos, Roma estava dividida em sete distritos e cada um deles tinha uma
guarnição e duas sub-guarnições.

As Vigilias

Existiam 7.000 vigiles ("vigilantes") divididos em coones de 1 .000 homens para cada distrito.
As coones eram organizadas de acordo com as normas militares, lideradas por um tribuno e
dividida em centúrias com um centurião no comando. O Prefeito da Guarda (Praefectus
Vigilum) tinha a função de comandar a polícia e ele era norm almente um cavalei ro com
experiência militar e administrativa. Muitos cidadãos tinham uma opinião não muito boa dos
vigiles e acabaram dando-lhes o apelido de "Caçambeiros" por causa dos baldes feitos de
corda e piche que eles carregavam consigo. Além do equipamento de combate ao fogo, que
incluía escadas, bombas hidráulicas e machados, os vigilan tes carregavam varas munidas de
ganchos (v. a coluna lateral da pág. 11) que eles usavam para deslocar escombros num edifício
em chamas ou como uma maça contra criminosos . Os vigiles andavam aos pares ou em
patrulhas de 4 a 6 homens. Durante o dia havia uma grande quantidade vigiles fazendo a
ronda. Durante a noite, era possível encontrar patrul ha� com lanternas nas melhores ruas da
cidade com o objetivo de oferecer um mínimo de segurança; eles evitavam as áreas mais
pobres depois de escurecer. Um incêndio o u u m a grande emergência fazia c o m q u e eles
saíssem cm grandes quantidades de seus quarteis.

As Coortes na Cidade

As colwrtes urbanae estavam sob o comando direto do prefeito e eram compostas de quatro
coones de 1 .000 homens cada. Elas não eram usadas como uma força policial. a n ão ser em
situações de emergência como uma grande rebelião e sim para ajudar os vigiles em algumas
operações . Em geral, elas funcionavam como a guarnição da cidade.

A Guarda Pretoriana

Os pretorianas eram os guarda-costas do i mperador. No início, existiam apenas três coortes


de 1 .000 homens em Roma. mas em pouco tempo este número foi aumentado para nove
transformando os pretorianos na maior força armada da cidade. Os pretorianos eram
recrutados entre italianos escolhidos devido à sua coragem e pericia militar e treinados como
uma unidade de elite.

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