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Alexandra Fontes Licenciatura em Gestão – 2022.

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afontes@estg.ipvc.pt
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
2

• Apuramento do custo por ordens de produção (método directo)


Caracterização do método
Apuramento do custo

• Apuramento do custo por processos (método indirecto)


Caracterização do método
Apuramento do custo

• Valorimetria dos produtos em curso de fabrico


O cálculo das unidades equivalentes
O método de percentagem de acabamento

• Valorimetria da produção com defeito


Identificação de produção produção útil e com defeito
Apuramento de custos de toda a produção
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
3

Métodos de Apuramento do Custo de Produção:

1. Método Directo ou Custos por Ordens de Produção ou


Encomendas

2. Método Indirecto ou Custos por Processo de Produção ou


Fases
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
1.1. Apuramento dos Custos Pelo Método Directo
4

• Também designado Método de Apuramento dos Custos por Ordens de Produção(ou


ordens de encomenda) ou Por Tarefas ou ainda Método de Custos Específicos.

• O produto é identificado ao longo de todo o processo de fabrico., i.e., os


produtos são perfeitamente distinguíveis uns dos outros, e portanto faz-se o
custeio por lotes de fabrico, por obra, por encomenda, etc.

• Permite determinar directamente o custo específico de cada ordem de produção.


São identificados todos os custos directos de produção; os custos indirectos são
imputados a cada uma das ordens de produção com base numa ou mais bases de
imputação

• Os custos são acumulados numa “ficha de custo” - Obras em Curso - Ordens de


Produção ou Ordens de Fabrico , independentemente do período contabilístico.
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
1.1. Apuramento dos Custos Pelo Método Directo
5

Funcionamento

ü Custos de produção apurados por “ordens de produção”;


ü As ordens de produção são identificadas por um número bem definido e dão
origem a uma ficha de custeio, onde se vão registando os valores de todos os
consumos;
ü Após conclusão da produção, o custo da produção acabada resulta directamente
dos consumos;
ü Custo de cada unidade produzida resulta da divisão da soma dos consumos pelo
número de unidades produzidas
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
1.1. Apuramento dos Custos Pelo Método Directo
6

Contabilísticamente:
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
1.1. Apuramento dos Custos Pelo Método Directo
7

Em síntese:

Obra acabada Custos da Obra


Custos do Acabada
EIPVF mês
(custos acumulados (custos directos e
indirectos
no início do mês) + acumulados =
durante o mês)

Obra por acabar EFPVF

Fonte: Franco et al. (2008, p. 247)


Aplicação Prática
A Tipografia Leão produz cartazes de publicidade por encomenda. Em Fevereiro de 2013 tinha as
seguintes ordens de produção para executar:
• A- 200 cartazes publicitários de uma marca de carros;
• B- 500 cartazes referentes a eleições sindicais.
As matérias e a MOD são registadas na respectiva ficha de custo. Os GGF do mês são repartidos pelas
ordens de produção de acordo com o número de horas de MOD aplicadas.
A Contabilidade de Gestão fornece os seguintes dados sobre a produção:

Ordem de produção Outros Custos


A B GGF €2.100
Matérias consumidas €4.200 €10.000 C. Distribuição €500
MOD €1.200 €1.800 C. Administrativos €600
Custo horário € 12 € 12 C. Financeiros €1.000

Os cartazes A foram concluídos no mês de Fevereiro, enquanto que os cartazes eleitorais são concluídos no
mês seguinte. O preço de venda unitário dos cartazes A é de €82.

Pedidos:
1. Apuramento do custo industrial de cada uma das ordens de produção. 8
2. Elabore a demonstração dos resultados por funções.
Aplicação Prática (Resolução)
1. Apuramento do Custo Industrial

Cartaz A
(Qp = 200 unidades)
• Matérias consumidas 4 200 €
• MOD 1 200 €

• GGF * 840 €

Total 6 240 €
Custo Unitário 31,2 €

* Imputação dos custos indirectos (GGF)


ü BI = nº horas MOD
ü Coef. Imputação = GGF indirectos/nº MOD total (OP A+B) = 2100/250 Hh = 8,4 €/Hh

Nº de Horas GGF
Cartaz A 1200/12=100 Hh 100Hh*8,4 = 840 €
Cartaz B 1 800/12 = 150 Hh 150 Hh*8,4 = 1260 €
Total 250 Hh 2100 9
Aplicação Prática (Resolução)

1. Apuramento do Custo Industrial

Cartaz B
• Matérias consumidas 10 000 €
• MOD 1 800 €

• GGF * 1 260 €

Gastos Suportados 13 060 €

2. Demonstração de Resultados por Funções

Vendas 16 400
CIPV (6 240)
MB/RB 10. 160
Gastos Distribuição (500)
Gastos Administrativos (600)
Resultado Operacional 9. 060
Gastos de Financiamento (1000)
RAI 8. 060 10
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
1.2. Apuramento dos Custos Pelo Método Indirecto
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• Também designado método de Apuramento dos Custos por Processos ou Fases de


Fabrico

• Método em que se procede à acumulação mensal dos custos industriais por produto
fabricado ou por serviço prestado (“custeio mensal”).

• Portanto, o custo unitário (de um produto por exemplo) é obtido através do quociente
entre o custo global da produção durante um período e a quantidade produzida nesse
período (custo médio).

• Quando se aplica?
• É mais utilizado quando só há um produto, ou quando há poucos produtos.
• Utiliza-se nas empresas em que a produção se desenvolve de uma forma contínua e
ininterrupta ou por séries de produtos homogéneos.
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
1.2. Apuramento dos Custos Pelo Método Indirecto
12

Funcionamento:

ü Os custos , matérias e os custos com a sua transformação ( mão de obra directa +


gastos gerais de fabrico) são acumulados mensalmente nas fases de produção em que
interessa apurar os custos dos produtos.

ü Determinadas as quantidades acabadas e o custo da produção em curso de fabrico


(inicial e final), determina-se o custo unitário médio de cada fase.

ü O custo é, portanto, calculado indirecta e periodicamente.


I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
1.2. Apuramento dos Custos Pelo Método Indirecto
13

Contabilísticamente:

Armazém de MP Produto X Armazém de PVF

MOD

Fase Nº 1

Produto Y Armazém de PA

GGF

Fase Nº 2
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
1.2. Apuramento dos Custos Pelo Método Indirecto
14

Em síntese:

Custos do
EIPVF mês CIPA ou dos
(custos directos e EFPVF Serviços
(custos acumulados
indirectos
no início do mês) + - = Concluídos
acumulados
durante o mês)

Fonte: Franco et al. (2008, p. 248)


I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
Métodos Directo versus Método Indirecto
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MÉTODO DIRECTO MÉTODO INDIRECTO

REGIMES DE • Produção contínua, de produtos


• Produção descontínua e diversificada
FABRICO semelhantes ou iguais
• Indústria de equipamento
• Indústrias de química
• Indústria gráfica
EXEMPLOS DE • Indústrias de cimento
• Indústria mobiliária
TIPOS DE • Têxteis
• Construção civil
EMPRESAS • Calçado
• Oficinas de reparação
• Bebidas
• Estaleiros navais
• Cálculo do custo de cada encomenda • Cálculo do custo de cada secção
OBJECTIVO
(O.F.) e posteriormente de cada produto
CÁLCULO DO • Será resultado do valor final das várias • Será resultado do somatório do
CUSTO TOTAL encomendas custo das várias fases
• O custo total surge com o fecho da • O custo total surge com o fim do
PERÍODO
encomenda período contabilístico (mês, ano)
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
Métodos Directo versus Método Indirecto
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MÉTODO DIRECTO MÉTODO INDIRECTO


• Comparação fácil dos custos com o valor da •Fácil localização dos custos
venda
• Identificação dos produtos que têm uma
maior ou menor margem de lucro
•Simplifica o cálculo dos custos previsionais e
VANTAGENS orçamentais
• Facilita o controle da eficiência da
empresa, sem necessidade de inventários
físicos
• As encomendas e pagamentos parcelares
antecipados são mais facilmente controlados
• Os custos da Ordem de Produção não • Pela sua coincidência com o período
dependem do período contabilístico e por contabilístico e dependendo do tipo de
isso os custos são determinados apenas produto, exige frequentemente
através da sua acumulação na Ordem de inventário dos produtos em curso para
DESVANTAGENS
produção a determinação dos custos
• Funcionamento burocrático que traz • Dificuldade no cálculo do valor dos
enormes despesas e um nº elevado de produtos em vias de fabrico
registos e quantidade de pessoal • Recurso às unidades equivalentes
Aplicação Prática (1)
A empresa YoungWear, S.A. fabrica 2 produtos: camisas e vestidos. Da contabilidade do mês corrente foi
possível retirar os seguintes dados: Camisas Vestidos Total
Matéria-prima €5.000 €10.000
MOD €4.000 €6.000
GGF €5.000
Gastos de distribuição €2.200
Gastos de administração €4.000
Gastos financeiros €560
Produção acabada 500 unid. 600 unid.
PV1 €30 €40
EIPVF €400 €700
EFPVF €200 €100
Camisas Vestidos
Exist. de Produtos Acabados Quant. Custo unit. Valor Quant. Custo unit. Valor
Iniciais 80 unid. €21 €1.680 100 unid. €34 €3.400
Finais 60 unid. 40 unid.
Os Gastos Gerais de Fabrico são distribuídos em função do Custo Primo, e a empresa utiliza o FIFO como base de
mensuração dos inventários.
Pedidos:
1) Apure o Custo Industrial dos Produtos Acabados
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2) Elabore a Demonstração de Resultados por Funções (por produto)
3) Calcule o valor da “Variação da Produção”.
Aplicação Prática (2)

Considere os elementos referentes a um mês, constantes do quadro seguinte e relativos à função de


produção de uma empresa transformadora “Transforma, S.A.”:
Un. Custo Produto A Produto B Produto C
Descrição Física unit. Quantidade Quantidade Quantidade Total
Materiais consumidos Kg €7,5 200 700 500
Mão de obra aplicada Hh €1,5 1.000 3.000 2.000
GGF utilizados €24.000
Sabe-se que o Critério de Imputação dos GGF aos produtos é função da quantidade de Mão de Obra
Aplicada e que os Gastos Não Industriais são:
Descrição Produto A Produto B Produto C Total
Gastos comerciais
Específicos €2.500 €2.500 €2.500 €7.500
Outros €7.500
Gastos de distribuição
Específicos €1.500 €1.500 €4.500 €7.500 Pretende-se: Dem. de
Outros €1.000 Resultados por Funções e
Gastos administrativos por Produtos,
Globais €7.500 evidenciando a estrutura
Gastos de financiamento de Custos Industriais e
Gastos não Industriais.
Globais €12.500
Volume de vendas €21.000 €19.000 €55.000 €95.000 18
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
1.3. Valorimetria dos Produtos em Vias de Fabrico
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Método das Unidades Equivalentes

• Se o centro de fabricação apresenta PVF no final do período, a produção terminada no


período (Pt) não serve para medir toda a produção efectiva do período (Pe).

• Os custos incorridos foram utilizados na produção acabada, mas também na que ficou por
terminar.

• Na avaliação dos PVF recorre-se frequentemente ao Método das Unidades Equivalentes.


Assim, as unidades parcialmente completas (PVF) devem ser traduzidas numa base de
unidades equivalentes (unidades completas), para que seja possível medir toda a produção
do período (Pe).

• O Método das Unidades Equivalentes consiste em reduzir as quantidades em curso, com


graus de acabamentos variáveis, a unidades de produto acabado - Unidades Equivalentes.
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
1.3. Valorimetria dos Produtos em Vias de Fabrico
21

Ø Custo por Unidade Equivalente pelo Método do FIFO:


As primeiras unidades a serem acabadas e a darem entrada no armazém de produtos
acabados são mensuradas ao custo da produção em curso no início do mês, e
seguidamente, ao custo das unidades equivalentes do mês. Logo, a EFPVF fica mensurada
ao custo das unidades equivalentes do mês.

• Unidades Equivalentes do mês = PA + EFPVF * % Acab. – EIPVF * % Acab.


OU:

Unidades Equivalentes do mês = EIPVF * (1- % Acab.) + PiA pdo +EFPVF * % Acab

• Avaliação do custo por unidades equivalente:


Ù
Custos do m e s
Custo por Unidade Equivalente = C1 e Ù = Ù
do m e s
Unidades Equivalentes do m e s
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
1.3. Valorimetria dos Produtos em Vias de Fabrico
22

Ø Custo por Unidade Equivalente pelo Método do CUSTO MÉDIO


Os produtos acabados e a EFPVF são mensurados ao custo médio de cada unidade
equivalente. Este custo médio é calculado dividindo o somatório do custo da EIPVF e do
custo de produção do mês, pelo somatório das respetivas unidades equivalentes.

• Unid. Equiv. = PA + EFPVF * % Acab.

• Avaliação do custo por unidades equivalente:

Custos Globais
Custo por Unidade Equivalente = C1 e =
Unidades Equivalentes
Aplicação Prática
A empresa YoungWear, S.A. fabrica 2 produtos: camisas e vestidos. Da contabilidade do mês corrente foi
possível retirar os seguintes dados: Camisas Vestidos Total
Matéria-prima €5.000 €10.000
MOD €4.000 €6.000
GGF €5.000
Gastos de distribuição €2.200
Gastos de administração €4.000
Gastos financeiros €560
Produção acabada 500 unid. 600 unid.
PV1 €30 €40
EIPVF €400 €700
EFPVF €200 €100
Camisas Vestidos
Exist. de Produtos Acabados Quant. Custo unit. Valor Quant. Custo unit. Valor
Iniciais 80 unid. €21 €1.680 100 unid. €34 €3.400
Finais 60 unid. 40 unid.
Os Gastos Gerais de Fabrico são distribuídos em função do Custo Primo, e a empresa utiliza o FIFO como base de
mensuração dos inventários.
Pedidos:
1) Apure o Custo Industrial dos Produtos Acabados
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2) Elabore a Demonstração de Resultados por Funções (por produto)
3) Calcule o valor da “Variação da Produção”.
Aplicação Prática
A empresa Montagem de Compressores, S.A., dispõe de uma linha de montagem em que é feita a junção
dos vários componentes dos compressores. No final de certo mês, ficaram por terminar na linha de
montagem 5 compressores que lhes faltava incorporar os seguintes componentes de custo:

Materiais 20%
MOD 60%
GGF 60%

O custo atribuído aos 5 compressores foi de: Materiais €720


MOD €137
GGF €148
Durante o mês deram entrada no armazém de produtos acabados 120 compressores e ficaram em linha
de montagem 10 compressores, os quais tinham aplicadas as seguintes % de custos:
Materiais 60%
MOD 50%
GGF 60%
Os custos do mês referentes à fabricação (linha de montagem) foram de €37.815, assim repartidos:
Materiais €26.230
MOD €5.682,6
GGF €5.902,4
Qual a produção equivalente do período? Qual o custo dos compressores? Qual o custo dos
compressores em vias de fabrico no final do período?
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO

Os regimes de fabrico que mais frequentemente surgem resultam da combinação


das seguintes formas de fabrico:

Quanto ao processo de transformação:

Ø Fabricação Simples: a transformação das matérias-primas exige apenas uma


operação;

Ø Fabricação Complexa: a transformação das matérias-primas exige um maior ou


menos número de operações distintas.
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO

Quanto à variação qualitativa dos produtos:

Ø Fabricação Contínua/ininterrupta: as operações fabris sucedem-se rapidamente


de modo que em qualquer altura a produção apresenta-se nas várias fases de
fabrico;

Ø Fabricação Descontínua/Por Fases: as operações fabris são separadas por curtos


intervalos de tempo, porque, por exemplo, as matérias-primas passam por
diferentes estádios sucessivos antes de atingirem a forma de produtos
acabados.
Exemplo: o fabrico de tijolos passa por 3 fases: (i) preparação do barro, (ii) moldagem,
(iii) secagem e cozedura. Assim, a produção apresenta-se apenas numa fase específica
ou em algumas fases específicas.
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
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Quanto ao número de produtos:

Fabricação:
Uniforme
Múltipla Conjunta
Disjunta

ü Há empresas que fabricam sempre o mesmo e único produto- fabricação


uniforme;
ü Outras empresas fabricam diversos produtos – fabricação múltipla:
• … a partir da mesma matéria-prima e operações de transformação fabricação
conjunta;
• … a partir de operações de transformação distintas- fabricação disjunta.
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
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Produção Conjunta

• A produção é conjunta quando, ao se proceder à transformação de uma ou de diversas


matérias-primas se obtêm, simultaneamente, diversos produtos.
• Portanto, a fabricação de um produto obriga necessariamente à fabricação de dois ou
mais produtos- tratando-se de produção conjunta esta simultaneidade tem carácter
obrigatório!
• Exemplos:
ü Da moenda de trigo obtêm-se a farinha, a sêmea, a farinha forrageira e outros produtos;
ü Produção do azeite e bagaço a partir da moagem da azeitona;
ü Produção do leite, manteiga, requeijão e soro a partir do leite;
ü No abate de gado obtêm-se diversos produtos conjuntos: carne, osso, sangue etc.
ü Na refinação do petróleo temos como produtos conjuntos a gasolina, o gasóleo, fuel-óleo e outros
derivados da refinação.
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO

Produção Conjunta

Designação dos Produtos Conjuntos:


v Co-produtos ou Produtos Principais
• Produtos conjuntos que têm idêntica importância relativa pois fazem parte do core business
da empresa.
• Quando se obtém um produto de valor necessariamente superior aos restantes produtos
obtidos na mesma fabricação, diz-se que é um produto principal. No caso de se obterem
dois ou mais produtos principais, estes designam-se por co-produtos.

v Sub-produtos
• Os produtos com valor comercial nitidamente inferior aos restantes.
• É todo o produto que não é principal, mas sim secundário.
• Não é objetivo principal da produção obtê-lo, mas sim o produto principal que lhe está
associado.
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
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v Resíduos
• Subprodutos sem valor comercial.
• São todos os produtos de baixo valor relativo comparativamente com os restantes tipos
de produtos conjuntos.
• Podem ter um valor nulo ou negativo pois em determinadas produções, é necessário
submeter os resíduos a um processo de eliminação para evitar que originem efeitos
nocivos. Nestes casos, os custos derivados dos resíduos deverão ser acrescidos aos custos
conjuntos.

SNC
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
32

NCRF18- Inventários:

“A maior parte dos subprodutos, pela sua natureza, são imateriais. Quando
seja este o caso, eles são muitas vezes mensurados pelo valor realizável
líquido e este valor é deduzido do custo do produto principal. Como
consequência, a quantia escriturada do produto principal não é materialmente
diferente do seu custo.” (§14)

“Valor realizável líquido: é o preço de venda estimado no decurso ordinário da


atividade empresarial menos os custos estimados de acabamento e os custos
estimados necessários para efetuar a venda.” (§6)
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
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Repartição dos Custos Conjuntos: Apuramento do Custo Industrial dos Produtos


Conjuntos

Produto Acabado
Produtos A
intermédios

Produção Conjunta Ponto de separação

Produtos
intermédios
Produto Acabado
B

Custos conjuntos Custos específicos

Os custos conjuntos são os custos inerentes a um processo produtivo de que resultam dois ou
mais produtos e que, até determinada fase de fabricação – ponto de separação – não se
podem identificar como produtos distintos.
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
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Valorização dos Coprodutos

• A valorização dos produtos conjuntos passa pela divisão dos custos conjuntos ou comuns.
COMO?

1. Critério das quantidades produzidas:


Os custos conjuntos são repartidos proporcionalmente às quantidades obtidas pela
produção de cada produto.
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
35

Valorização dos Coprodutos

2. Critério do valor de venda relativo da produção:


Os custos conjuntos são repartidos pelos produtos proporcionalmente ao respectivo valor
de venda da produção efectuada.

3. Critério do valor de venda da produção reportado ao ponto de separação dos produtos:

Os custos conjuntos são repartidos pelos produtos proporcionalmente ao valor de venda no


ponto de separação de cada um deles, isto é, ao valor de venda da produção deduzido dos
custos específicos de cada produto.
Os custos específicos podem não ser apenas custos de produção, mas também, da
administração, da distribuição ou de financiamento.
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
36

NCRF18- Inventários:

“A imputação pode ser baseada, por exemplo, no valor relativo das vendas

de cada produto, seja na fase do processo de produção quando os produtos

se tornam separadamente identificáveis, seja no acabamento da produção”

(§14)

Ou seja, o critério recomendado pela norma é o último, sendo este também

referido na NCRF- PE (§11.6)


I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
37

Valorização dos Subprodutos

1. Critério do Lucro Nulo (o mais comum): a parte dos custos conjuntos que é imputada aos
subprodutos é igual ao seu valor de venda no ponto de separação (deduzido dos custos
com a venda). Consequentemente, os subprodutos originam resultado contabilístico nulo. Os
restantes custos conjuntos seguirão o processo do critério escolhido para a repartição. O
valor dos custos atribuídos aos coprodutos é, assim, inferior.

2. Critério do Custo Nulo: os coprodutos (produtos principais) suportam todos os custos


conjuntos, representando o valor de venda dos subprodutos (após a dedução de todos os
custos com a sua venda) um lucro para a empresa [vendas líquidas – (custo = 0) = lucro]
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
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Valorização dos Resíduos

• Quando estes tem valor de mercado e este é conhecido, deverá adoptar-se o critério do
lucro nulo.
• Quando não se conhece o valor de venda ou quando este não têm qualquer valor, não
lhe é imputado qualquer custo - custo nulo. Se por acaso forem vendidos, consideraremos
o seu proveito como sendo do produto, ou dos produtos que o ocasionaram.
• Noutros casos, além de não terem valor, poderá acontecer que a remoção dos resíduos
ocasione encargos que devem ser considerados custos do produto ou produtos que os
ocasionam.
Aplicação Prática 1 – Produção Conjunta

ü Uma indústria química, ao transformar a matéria-prima A, obtém 400 unidades do


produto 1 e 600 unidades do produto 2. O custo conjunto, antes do ponto de
separação, é de 75 000 €. Os produtos 1 e 2 podem vender-se no ponto de separação,
sem necessidade de tratamento adicional.
ü Venderam-se 200 unidades do produto 1 a 300 € cada e 480 unidades do produto 2 a
50 € cada.
ü Custo conjunto = 75 000 €

400 un P1(Pv1 = 300 €)

Departamento A

600 un P2 (Pv1 = 50 €)

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Aplicação Prática 1 – Produção Conjunta (Resolução)
Métodos para a repartição dos custos conjuntos pelos Co-produtos ou Produtos
Principais
1) Método baseado nas quantidades físicas
Produtos Unidades Peso Custo conjunto Imputação do Custo
produzidas relativo CC unitário
1 400 40% 75 000 € 30 000 € 75 €
2 600 60% 45 000 € 75 €
Total 1 000 100% 75 000 €

Como se pode verificar, este método determina para cada produto o mesmo custo unitário,
independentemente do preço de venda de cada produto.

Produto 1 Produto 2 Total


Vendas 60 000 24 000 84 000
CIPV (15 000) (36 000) (51 000)
Margem Bruta 45 000 (12 000) 33 000

Este método gera resultados não ajustados à realidade. Não tem em consideração o valor de
mercado dos produtos. Não é pois aconselhável quando os preços de venda dos produtos diferem
bastante.
Como se pode constatar, este método pode imputar custos conjuntos superiores ao valor realizável
líquido. 40
Aplicação Prática 1 – Produção Conjunta (Resolução)

Métodos para a repartição dos custos conjuntos pelos Co-produtos ou Produtos


Principais

2) Método do “valor de vendas potencial”


Este método distribui o custo conjunto pelos produtos proporcionalmente aos valores
de venda potenciais.

Prod Unidades Preço de Valor de Valor CC Imputação Custo


Produzidas Venda (€) vendas relativo das do CC unitário
potencial (€) vendas
1 400 300 120 000 80% 75 000 60 000 150
2 600 50 30 000 20% 15 000 25
Total 1 000 150 000 100% 75 000

Produto 1 Produto 2 Total


Vendas 60 000 24 000 84 000
CIPV (30 000) (12 000) (42 000)
Margem Bruta 30 000 12 000 42 000
MB % 50% 50% 41
Aplicação Prática (1) – Produção Conjunta

Métodos para a repartição dos custos conjuntos pelos Co-produtos ou Produtos


Principais

3) Método do "valor de vendas potencial" reportado ao ponto de separação

ü Retomando os dados do exemplo anterior, suponha-se agora que o produto 1 (semi-produto,


neste exemplo) sofre um processo de acabamento no departamento B, transformando-se no
produto acabado 3. Os custos de transformação no departamento B ascenderam a 34 000 €.
Foram produzidas no período 400 unidades do produto 3, cujo preço de venda no mercado é
de 340 €. Foram vendidas 280 unidades do produto 3.

ü Por sua vez, o produto 2 (semi-produto, neste exemplo) segue, após o ponto de separação
para o departamento C, no qual é transformado no produto acabado 4. Foram produzidas
600 unidades do produto 4. O custo do departamento C é de 20 000 €. O preço de venda
do produto 4 é de 90 €. Venderam-se no período 240 unidades do produto 4.

42
Aplicação Prática 1 – Produção Conjunta (Resolução)

Métodos para a repartição dos custos conjuntos pelos Co-produtos ou Produtos


Principais

3) Método do "valor de vendas potencial" reportado ao ponto de separação

SP 1 P3
Departamento B

Departamento A

SP 2 Departamento C
P4

Prod Valor de Custos Valor de vendas Valor Custo Imputação Custo


vendas específicos reportado ao ponto relativo conjunto CC total de
potencial (€) (€) de separação (€) das vendas produção
3 (SP1) 136 000 34 000 102 000 75% 75 000 56 250 90 250
4 (SP2) 54 000 20 000 34 000 25% 18 750 38 750
Total 190 000 136 000 100% 75 000

43
Aplicação Prática 1 – Produção Conjunta (Resolução)

Métodos para a repartição dos custos conjuntos pelos Co-produtos ou Produtos


Principais

3) Método do "valor de vendas potencial" reportado ao ponto de separação

Custo unitário produto 3 = 90 250/400 un = 225,625 €


Custo unitário produto 4 = 38 750/600 un = 64,583 €

Produto 3 Produto 4 Total


Vendas 95 200 21 600 116 800
CIPV (63 175) (15 500 ) (78 675)
Margem Bruta 32 025 6 100 38 125

Este método parece ser o mais adequado dos três estudados, já que considera não só o
valor de mercado dos diferentes produtos, como também os diferentes processos
produtivos a que cada produto é submetido após o ponto de separação
44
Aplicação Prática 2 – Produção Conjunta

Critérios de valorimetria para a valorização de subprodutos e resíduos

Considere os seguintes dados de uma determinada empresa, relativos a um determinado


período.

Produto X Subproduto Y
Exist. Inicial 0 0
Quantidade Prod. 25 000 15 000
Custo Conjunto 1 250 000
Quantidade Vendida 20 000 10 000
Preço de Venda Unitário 80 6

Calcule os resultados operacionais brutos e o valor das existências finais, de


acordo com os seguintes critérios:
1) Ao Subproduto é atribuído um custo nulo;
2) Ao Subproduto é atribuído um lucro nulo .
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Aplicação Prática 2 – Produção Conjunta (Resolução)
Critérios de valorimetria para a valorização de subprodutos e resíduos
1) Ao Subproduto é atribuído um custo nulo:
• Custo conjunto: 1 250 000 €
• Custo Total do Produto X: 1 250 000 €
• Custo Unitário do Produto X: 1 250 000 €/25 000 = 50 €
• Custo Total do Subproduto Y: 0 €

Demonstração dos Resultados:

Vendas X = 20 000 * 80 € = 1 600 000 €


CIPV X = 20 000 * 50 € = 1 000 000 €
Margem = 600 000 €

Vendas Y: 10 000 * 6 € = 60 000 €


CIPV Y = 10 000 * 0 € = 0 €
Margem = 60 000 €

Margem Total = 600 000 + 60 000 = 660 000 €


Ef X = 5 000 * 50 € = 250 000 €
46
Ef Y = 5 000 * 0 € = 0 €
Aplicação Prática 2 – Produção Conjunta (Resolução)
Critérios de valorimetria para a valorização de subprodutos e resíduos
2) Ao Subproduto é atribuído um lucro nulo:
• Custo conjunto: 1 250 000 €
• Custo Total do Subproduto Y: 15 000 * 6 € = 90 000 €
• Custo Unitário do Subproduto Y: 90 000 €/15 000 = 6 €
• Custo Total do Produto X: 1 250 000 € – 90 000 € = 1 160 000 €
• Custo Unitário do Produto X: 1 160 000 €/25 000 = 46,4 €

Demonstração dos Resultados:


Vendas X = 20 000 * 80 € = 1 600 000 €
CIPV X = 20 000 * 46,4 € = 928 000 €
Margem = 672 000 €

Vendas Y: 10 000 * 6 € = 60 000 €


CIPV Y = 10 000 * 6 € = 60 000 €
Margem = 0 €

• Margem Total = 672 000 + 0 = 672 000 €


• Ef X = 5 000 * 46,4 € = 232 000 €
47
• Ef Y = 5 000 * 6 € = 30 000 €
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
1.4. Valorimetria da Produção com defeito
48

Produção útil e produção defeituosa

• Produção útil - a que, em cada fase de produção, se encontra em condições


de poder ser utilizada nos específicos fins que motivaram a sua produção.

• Produção defeituosa – com referência a uma determinada fase, aquela que no


termo da mesma fase não possa ser utilizada para os específicos fins que a
determinaram.

• Produção total – produção útil + produção com defeito


I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
1.4. Valorimetria da Produção com defeito
49

Os defeitos detectados podem ser diferentes e, em consequência, com importâncias e


soluções diferenciadas:

ü Defeitos que inutilizam definitivamente o produto, no sentido de que o tornam


absolutamente inapto para satisfação das específicas necessidades que
determinam a sua produção;

ü Defeitos que apenas limitam a utilidade do produto, mas que permitem que o
produto possa ser utilizado, sem necessidade de qualquer tratamento adicional;

ü Defeitos que podem ser eliminados mediante reelaboração do produto.


I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
1.4. Valorimetria da Produção com defeito
50

v Produção defeituosa normal : é inerente ao próprio processo, resulta


exclusivamente das características do processo;

v Produção defeituosa extraordinária : resulta de anomalias do processo.

Para cada empresa é possível definir limites de normalidade com referência


a uma dada taxa normal de defeituosos.
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
1.4. Valorimetria da Produção com defeito
51

Medição da produção defeituosa

Ø Taxa efectiva de defeituosos no segmento j, (δej), referida à produção


útil será: Pde
δej = j
Pu
j
Ø Taxa normal de defeituosos no segmento j, (δnj), referida à produção
útil:
Pdn j
δn =
j Pu j
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
1.4. Valorimetria da Produção com defeito
52

Defeituosos normais e defeituosos extraordinários:

• Se δe > δn → produção defeituosa extraordinária

• Se δe < δn → produção defeituosa normal


I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO

1.4. Valorimetria da Produção com defeito


53

1. O defeito é considerado dentro dos padrões normais de fabricação, pelo que o seu custo é
suportado pela produção boa (sem defeito).

Custo dos produtos acabados (sem defeito) vem acrescido do


custo referente aos defeitos.

2. O defeito é considerado acidental e o seu custo é deduzido ao custo da produção, para


ser imputado a uma conta de Resultados Acidentais.

Os produtos defeituosos têm um custo igual ao dos restantes produtos fabricados,


pelo que a conta de Fabricação é creditada por contrapartida de «Resultados
Analíticos – Resultados Acidentais» pelo respectivo valor.
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
1.4. Valorimetria da Produção com defeito
54

O defeito pode ser recuperável mediante determinadas operações adicionais, as quais


podem melhorar o respectivo valor de venda. Interessa, pois, comparar o valor de venda
com o custo de recuperação e, se for vantajoso, há conveniência em proceder deste modo
Aplicação Prática – Produção Defeituosa

Na Fundição A, no fabrico das peças A, é normal obter-se 50 peças com defeito.


Durante o mês de Outubro passado, fabricaram-se 1 050 peças, o que originou os seguintes
custos:
• Matérias-primas 2 355 132 €
• Custos de Transformação 1 478 600 €
• TOTAL 3 833 732 €

À saída da Fundição foram contadas 1 026 peças boas e 24 com defeito. Estas 24 peças são
vendidas por um valor global de 4 700 €.

Tendo em conta que, neste caso, o número de peças defeituosas é considerado "normal", o
tratamento contabilístico é o seguinte:
• Custo de Produção 3 833 732 €
• Valor de venda dos defeituosos 4 700 €
• Custo de Produção das peças boas 3 829 032 €
• Custo unitário (1 026 peças) 3 732 €

55
Aplicação Prática – Produção Defeituosa (Resolução)

ü Neste caso está subjacente o critério do lucro nulo na valorização da produção defeituosa.

ü Se a empresa não conseguisse vender a produção defeituosa, o custo unitário seria:


3 833 732 € / 1 026 unidades = 3 736,60 €

ü Suponhamos agora que em vez das 1 026 peças boas apenas se contaram 995 peças boas,
detectando-se 55 peças com defeito. O valor da venda total dessas 55 peças é de 10 780 €.
Imagine que, das 55 peças com defeito, apenas 50 são consideradas como sendo normais,
pelo que as restantes 5 são consideradas defeitos extraordinários.

O tratamento contabilístico será, neste caso:

• Custo de Produção 3 833 732 €


• Valor de venda dos defeitos normais 50 * 196 € = 9 800 €
• Custo de Produção das peças boas + defeitos extraordinários 3 823 932 €
• Custo unitário (1 000 peças) 3 823,932 €

56
Aplicação Prática – Produção Defeituosa (Resolução)
• Valor de venda unitário da produção defeituosa = 10 780 € / 55 = 196 €.

• O custo unitário das 5 peças defeituosas "anormais" é de 3 823,932 €. Os defeituosos anormais


são tratados como se fossem produtos sem defeito, simplesmente, são considerados custos
extraordinários no período em que ocorrem.

FABRICAÇÃO
CIPA: 995 * 3 823,932 = 3 804 812 €
EIPVF 0€

Custos do período: Custos ext. = 5 * 3 823,932 = 19 120 €

3 833 732 € Def. Normais = 50 * 196 € = 9 800 €


EFPVF 0 €
3 833 732 € 3 833 732 €

Nota: Como as 5 peças defeituosos anormais foram vendidas, teremos que considerar
(em resultados) o seu proveito extraordinário.
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