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I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
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Funcionamento
Contabilísticamente:
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
1.1. Apuramento dos Custos Pelo Método Directo
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Em síntese:
Os cartazes A foram concluídos no mês de Fevereiro, enquanto que os cartazes eleitorais são concluídos no
mês seguinte. O preço de venda unitário dos cartazes A é de €82.
Pedidos:
1. Apuramento do custo industrial de cada uma das ordens de produção. 8
2. Elabore a demonstração dos resultados por funções.
Aplicação Prática (Resolução)
1. Apuramento do Custo Industrial
Cartaz A
(Qp = 200 unidades)
• Matérias consumidas 4 200 €
• MOD 1 200 €
• GGF * 840 €
Total 6 240 €
Custo Unitário 31,2 €
Nº de Horas GGF
Cartaz A 1200/12=100 Hh 100Hh*8,4 = 840 €
Cartaz B 1 800/12 = 150 Hh 150 Hh*8,4 = 1260 €
Total 250 Hh 2100 9
Aplicação Prática (Resolução)
Cartaz B
• Matérias consumidas 10 000 €
• MOD 1 800 €
• GGF * 1 260 €
Vendas 16 400
CIPV (6 240)
MB/RB 10. 160
Gastos Distribuição (500)
Gastos Administrativos (600)
Resultado Operacional 9. 060
Gastos de Financiamento (1000)
RAI 8. 060 10
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
1.2. Apuramento dos Custos Pelo Método Indirecto
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• Método em que se procede à acumulação mensal dos custos industriais por produto
fabricado ou por serviço prestado (“custeio mensal”).
• Portanto, o custo unitário (de um produto por exemplo) é obtido através do quociente
entre o custo global da produção durante um período e a quantidade produzida nesse
período (custo médio).
• Quando se aplica?
• É mais utilizado quando só há um produto, ou quando há poucos produtos.
• Utiliza-se nas empresas em que a produção se desenvolve de uma forma contínua e
ininterrupta ou por séries de produtos homogéneos.
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
1.2. Apuramento dos Custos Pelo Método Indirecto
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Funcionamento:
Contabilísticamente:
MOD
Fase Nº 1
Produto Y Armazém de PA
GGF
Fase Nº 2
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
1.2. Apuramento dos Custos Pelo Método Indirecto
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Em síntese:
Custos do
EIPVF mês CIPA ou dos
(custos directos e EFPVF Serviços
(custos acumulados
indirectos
no início do mês) + - = Concluídos
acumulados
durante o mês)
• Os custos incorridos foram utilizados na produção acabada, mas também na que ficou por
terminar.
Unidades Equivalentes do mês = EIPVF * (1- % Acab.) + PiA pdo +EFPVF * % Acab
Custos Globais
Custo por Unidade Equivalente = C1 e =
Unidades Equivalentes
Aplicação Prática
A empresa YoungWear, S.A. fabrica 2 produtos: camisas e vestidos. Da contabilidade do mês corrente foi
possível retirar os seguintes dados: Camisas Vestidos Total
Matéria-prima €5.000 €10.000
MOD €4.000 €6.000
GGF €5.000
Gastos de distribuição €2.200
Gastos de administração €4.000
Gastos financeiros €560
Produção acabada 500 unid. 600 unid.
PV1 €30 €40
EIPVF €400 €700
EFPVF €200 €100
Camisas Vestidos
Exist. de Produtos Acabados Quant. Custo unit. Valor Quant. Custo unit. Valor
Iniciais 80 unid. €21 €1.680 100 unid. €34 €3.400
Finais 60 unid. 40 unid.
Os Gastos Gerais de Fabrico são distribuídos em função do Custo Primo, e a empresa utiliza o FIFO como base de
mensuração dos inventários.
Pedidos:
1) Apure o Custo Industrial dos Produtos Acabados
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2) Elabore a Demonstração de Resultados por Funções (por produto)
3) Calcule o valor da “Variação da Produção”.
Aplicação Prática
A empresa Montagem de Compressores, S.A., dispõe de uma linha de montagem em que é feita a junção
dos vários componentes dos compressores. No final de certo mês, ficaram por terminar na linha de
montagem 5 compressores que lhes faltava incorporar os seguintes componentes de custo:
Materiais 20%
MOD 60%
GGF 60%
Fabricação:
Uniforme
Múltipla Conjunta
Disjunta
Produção Conjunta
Produção Conjunta
v Sub-produtos
• Os produtos com valor comercial nitidamente inferior aos restantes.
• É todo o produto que não é principal, mas sim secundário.
• Não é objetivo principal da produção obtê-lo, mas sim o produto principal que lhe está
associado.
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
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v Resíduos
• Subprodutos sem valor comercial.
• São todos os produtos de baixo valor relativo comparativamente com os restantes tipos
de produtos conjuntos.
• Podem ter um valor nulo ou negativo pois em determinadas produções, é necessário
submeter os resíduos a um processo de eliminação para evitar que originem efeitos
nocivos. Nestes casos, os custos derivados dos resíduos deverão ser acrescidos aos custos
conjuntos.
SNC
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
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NCRF18- Inventários:
“A maior parte dos subprodutos, pela sua natureza, são imateriais. Quando
seja este o caso, eles são muitas vezes mensurados pelo valor realizável
líquido e este valor é deduzido do custo do produto principal. Como
consequência, a quantia escriturada do produto principal não é materialmente
diferente do seu custo.” (§14)
Produto Acabado
Produtos A
intermédios
Produtos
intermédios
Produto Acabado
B
Os custos conjuntos são os custos inerentes a um processo produtivo de que resultam dois ou
mais produtos e que, até determinada fase de fabricação – ponto de separação – não se
podem identificar como produtos distintos.
I. APURAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÃO E REGIMES DE FABRICO
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• A valorização dos produtos conjuntos passa pela divisão dos custos conjuntos ou comuns.
COMO?
NCRF18- Inventários:
“A imputação pode ser baseada, por exemplo, no valor relativo das vendas
(§14)
1. Critério do Lucro Nulo (o mais comum): a parte dos custos conjuntos que é imputada aos
subprodutos é igual ao seu valor de venda no ponto de separação (deduzido dos custos
com a venda). Consequentemente, os subprodutos originam resultado contabilístico nulo. Os
restantes custos conjuntos seguirão o processo do critério escolhido para a repartição. O
valor dos custos atribuídos aos coprodutos é, assim, inferior.
• Quando estes tem valor de mercado e este é conhecido, deverá adoptar-se o critério do
lucro nulo.
• Quando não se conhece o valor de venda ou quando este não têm qualquer valor, não
lhe é imputado qualquer custo - custo nulo. Se por acaso forem vendidos, consideraremos
o seu proveito como sendo do produto, ou dos produtos que o ocasionaram.
• Noutros casos, além de não terem valor, poderá acontecer que a remoção dos resíduos
ocasione encargos que devem ser considerados custos do produto ou produtos que os
ocasionam.
Aplicação Prática 1 – Produção Conjunta
Departamento A
600 un P2 (Pv1 = 50 €)
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Aplicação Prática 1 – Produção Conjunta (Resolução)
Métodos para a repartição dos custos conjuntos pelos Co-produtos ou Produtos
Principais
1) Método baseado nas quantidades físicas
Produtos Unidades Peso Custo conjunto Imputação do Custo
produzidas relativo CC unitário
1 400 40% 75 000 € 30 000 € 75 €
2 600 60% 45 000 € 75 €
Total 1 000 100% 75 000 €
Como se pode verificar, este método determina para cada produto o mesmo custo unitário,
independentemente do preço de venda de cada produto.
Este método gera resultados não ajustados à realidade. Não tem em consideração o valor de
mercado dos produtos. Não é pois aconselhável quando os preços de venda dos produtos diferem
bastante.
Como se pode constatar, este método pode imputar custos conjuntos superiores ao valor realizável
líquido. 40
Aplicação Prática 1 – Produção Conjunta (Resolução)
ü Por sua vez, o produto 2 (semi-produto, neste exemplo) segue, após o ponto de separação
para o departamento C, no qual é transformado no produto acabado 4. Foram produzidas
600 unidades do produto 4. O custo do departamento C é de 20 000 €. O preço de venda
do produto 4 é de 90 €. Venderam-se no período 240 unidades do produto 4.
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Aplicação Prática 1 – Produção Conjunta (Resolução)
SP 1 P3
Departamento B
Departamento A
SP 2 Departamento C
P4
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Aplicação Prática 1 – Produção Conjunta (Resolução)
Este método parece ser o mais adequado dos três estudados, já que considera não só o
valor de mercado dos diferentes produtos, como também os diferentes processos
produtivos a que cada produto é submetido após o ponto de separação
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Aplicação Prática 2 – Produção Conjunta
Produto X Subproduto Y
Exist. Inicial 0 0
Quantidade Prod. 25 000 15 000
Custo Conjunto 1 250 000
Quantidade Vendida 20 000 10 000
Preço de Venda Unitário 80 6
ü Defeitos que apenas limitam a utilidade do produto, mas que permitem que o
produto possa ser utilizado, sem necessidade de qualquer tratamento adicional;
1. O defeito é considerado dentro dos padrões normais de fabricação, pelo que o seu custo é
suportado pela produção boa (sem defeito).
À saída da Fundição foram contadas 1 026 peças boas e 24 com defeito. Estas 24 peças são
vendidas por um valor global de 4 700 €.
Tendo em conta que, neste caso, o número de peças defeituosas é considerado "normal", o
tratamento contabilístico é o seguinte:
• Custo de Produção 3 833 732 €
• Valor de venda dos defeituosos 4 700 €
• Custo de Produção das peças boas 3 829 032 €
• Custo unitário (1 026 peças) 3 732 €
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Aplicação Prática – Produção Defeituosa (Resolução)
ü Neste caso está subjacente o critério do lucro nulo na valorização da produção defeituosa.
ü Suponhamos agora que em vez das 1 026 peças boas apenas se contaram 995 peças boas,
detectando-se 55 peças com defeito. O valor da venda total dessas 55 peças é de 10 780 €.
Imagine que, das 55 peças com defeito, apenas 50 são consideradas como sendo normais,
pelo que as restantes 5 são consideradas defeitos extraordinários.
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Aplicação Prática – Produção Defeituosa (Resolução)
• Valor de venda unitário da produção defeituosa = 10 780 € / 55 = 196 €.
FABRICAÇÃO
CIPA: 995 * 3 823,932 = 3 804 812 €
EIPVF 0€
Nota: Como as 5 peças defeituosos anormais foram vendidas, teremos que considerar
(em resultados) o seu proveito extraordinário.
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