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Ferramentas da qualidade clássica

Diagrama de Causa Efeito

O Diagrama de Causa e Efeito é uma ferramenta utilizada para


apresentar a relação existente entre as características de qualidade
resultantes de um processo (efeito) e os fatores (causas) do processo
que, por razões técnicas, possam afetar o resultado considerado.
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Também designado de: Diagrama Espinha de Peixe; ou Diagrama


de Ishikawa
Desenvolvido pelo Engenheiro Kaoru Ishikawa, um dos gurus da
qualidade;
Método particularmente efetivo para ajudar a pesquisar as raízes
de um problema.
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1. Desenhar uma espécie de espinha de peixe.


2. Cada uma dessas espinhas são representadas com as principais
categorias que podem ser a causa do problema;
3. A quantidade de cada uma destas espinhas pode variar conforme o
tipo de empresa ou problema;

A coluna vertebral do peixe é a linha representativa que liga as causas


até ao seu efeito, representado pela cabeça do peixe.
É na cabeça do peixe que se coloca o problema a enfrentar.
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As principais categorias representadas em cada uma das espinhas
são também conhecidas como os 6M:

Mão de obra: Todas as pessoas envolvidas no processo;

Método: O método caracteriza a forma como o processo é executado. Quais são os


procedimentos usados, regras e requisitos;
Máquina: Todos os equipamentos envolvidos no processo. Desde computadores a
ferramentas;
Medida: Analisar todos os dados gerados a partir do processo procurando falhas na
avaliação da qualidade.
Material: Avaliar todas as matérias-primas utilizadas. Incluindo peças e tudo
necessário para produção do produto final;
Meio ambiente: As condições do local de trabalho onde o processo é desenvolvido.
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Exemplo 1: Procura dos motivos para o atraso recorrente na
produção de um produto.
A equipa reuniu-se e sugeriu 3 motivos para o atraso que antes
não acontecia. Os atrasos sugeridos foram:
Máquina: Maquinaria antiga a precisar de constante manutenção;
Mão de obra: Atraso dos colaboradores;
Método: Mudança nos processos.
Exemplo 2:

Determinar causas de uma pessoa que chega


sistematicamente atrasada ao trabalho.
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Na construção e análise de um diagrama de Causa-Efeito , deverá
adotar-se os seguintes procedimentos:
Quando se constrói o diagrama devem escrever-se todas as causas,
mesmos as que, à partida, pareçam ser improváveis;
Depois de construído o diagrama, procurar-se-á, na prática,
verificar qual delas ocorre mais frequentemente;
É usual marcar posteriormente um período para observação, e de
cada vez que a causa é identificada, regista-se numa folha de
recolha de dados;
Uma vez identificada a causa mais frequente, por exemplo usando
o método de Pareto, há que eliminar essa causa.
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Histograma
Um histograma consiste num gráfico de barras que demonstra uma
distribuição de frequências, onde a base de cada uma das barras
representa uma classe, e a altura a quantidade ou frequência absoluta
com que o valor da classe ocorre. Ao mesmo tempo, pode ser utilizado
como um indicador de dispersão de processos.
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O histograma dispõe as informações de modo que seja possível a


visualização da forma da distribuição de um conjunto de dados e
também a percepção da localização do valor central e da
dispersão dos dados em torno deste valor central.
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Histograma para variáveis contínuas
1.Recolha n dados referentes à variável cuja distribuição será
analisada.
É aconselhável que n seja superior a 50 para que possa ser obtido
um padrão representativo da distribuição.
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20,2 21 24 24,6 25,5 26 27 28,3 29 29,2 29,9 30,8


30,9 31 31 31,2 31,4 31,6 31,6 31,8 32,1 32,2 32,2 32,2
32,4 32,6 34 34,5 34,7 34,8 35,3 35,6 35,7 35,8 36 36
36,1 38 38,1 38,4 38,5 38,7 38,7 39,1 39,4 39,7 41,3 41,9
42 42 42,1 42,3 43 43,7 44 44,6 45,8 46 49 50

Ex.: característica dimensional (mm)


2) Determine o maior e menor valor do conjunto de dados;
Min = 20,2 e Max = 50

3) Defina o limite inferior da primeira classe (LI), que deve ser igual ou
ligeiramente inferior, caso nº decimal, ao menor valor das observações;
LI = 20

4) Defina o limite superior da última classe (LS), que deve ser igual ou
ligeiramente superior, caso nº decimal, ao maior valor das observações;
LS= 50
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5) Define-se o número de classes (K), que pode ser calculado usando K  n
e deve estar compreendido entre 5 e 20;

K  60  8

6) Conhecido o número de classes, define-se a amplitude de cada classe:


a = (LS - LI) / K;
7) Calcule os limites de cada intervalo;
8) Construa uma tabela de distribuição de frequência
Limite inferior Limite superior
da classe da classe

Intervalo de Classe Freqüência Absoluta


1- 20,00 a 23,75 2
2- 23,76 a 27,50 5
3- 27,51 a 31,25 9
4- 31,26 a 35,00 14
5- 35,01 a 38,75 13
6- 38,76 a 42,50 9
7- 42,51 a 46,25 6
8- 46,26 a 50,00 2
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9)Desenhe o histograma
10) Registe as informações importantes que devem constar no gráfico
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CARTAS DE CONTROLO

É um tipo de gráfico comumente utilizado para o acompanhamento


durante um processo.

Determina uma faixa chamada de tolerância limitada pela linha superior


(Limite Superior de Controle - LSC) e uma linha inferior (Limite Inferior de
Controle - LIC) e uma linha média do processo (Limite Central - GOAL),
que foram estatisticamente determinadas.
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Realizada em amostras extraídas durante o Processo Produtivo, supõe-


se que represente a distribuição normal das características da qualidade.

O objetivo é verificar se o processo está sob controlo. Este controlo é feito


por meio do referido gráfico.
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Um processo encontra-se fora de controlo estatístico quando se verifica
uma das situações abaixo:

Regra 1: qualquer ponto fora Regra 2: nove pontos


dos limites de controle consecutivos de um mesmo
(limites superior e inferior); lado da linha central (GOAL);

Regra 3: seis pontos


Regra 4: catorze pontos
consecutivos em sentido
crescendo e decrescendo
ascendente ou
alternadamente;
descendente;
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Regra 6: quatro de cinco


Regra 5: dois de três pontos
pontos consecutivos na zona B
consecutivos na zona A, do
ou A, do mesmo lado da linha
mesmo lado da linha central;
central;

Regra 8: oito pontos de ambos


Regra 7: quinze pontos
os lados da linha central, sem
consecutivos na zona C;
nenhum na zona C.
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Carta de Controlo

18

15
Medidas

12

9
Amostras

LIC LC LSC Medidas

25
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OBJECTIVOS DAS CARTAS DE CONTROLO
Mostra as evidências de um processo estar a ser conduzido num estado de
controlo estatístico;
Assinala a presença de causas especiais de variação, de modo que as ações
corretivas possam ter lugar;
Concentra as ações no sentido da melhoria gradual da capacidade dos
processos;
Manter o estado de controlo estatístico, utilizando os limites de controlo (LIC e
LSC) como forma de decisão em tempo real do andamento do processo.
Diagramas de Dispersão
Diagramas de Dispersão

É um gráfico no qual cada ponto representa um par observado de valores.


Revela a direção, a forma e a inclinação do relacionamento entre as variáveis,
além de outliers e outros desvios.

Os valores da variável independente aparecem no eixo horizontal do gráfico e


os valores da variável resposta no eixo vertical. Cada par de valores forma um
ponto no gráfico.
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São representações de duas ou mais variáveis que são organizadas num


gráfico, uma em função da outra. Esse tipo de diagrama é muito
utilizado para correlacionar dados.
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Quando o valor de uma variável diminuí com o aumento da outra, diz-


se que as mesmas são negativamente correlacionadas. Por exemplo:

A venda de carros é negativamente correlacionada com o aumento de


desemprego , quanto maior o índice de desemprego, menor a venda de
carros,

O PH de um xarope composto varia conforme sua acidez. Quanto


maior a acidez do xarope composto menor o seu PH
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Este gráfico permite que façamos uma regressão linear e determinemos uma
reta, que mostra o relacionamento médio linear entre as duas variáveis. Com
essa reta, acha-se a função que nos dá o "comportamento" da relação entre as
duas variáveis. De entre os vários benefícios da utilização de diagramas de
dispersão como ferramenta da qualidade, um de particular importância é a
possibilidade de inferirmos uma relação causal entre variáveis, ajudando na
determinação da causa raiz de problemas.
O diagrama de dispersão é usado para se verificar uma possível relação
de causa e efeito. Isso não prova que uma variável afeta a outra, mas
torna claro se a relação existe e em que intensidade. Na prática, muitas
vezes temos a necessidade de estudar a relação de correspondência
entre duas variáveis
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O gráfico de dispersão poderá indicar um padrão:


◦ correlação positiva

◦ correlação negativa

◦ ausência de correlação

◦ correlação não linear


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O coeficiente de correlação linear “r” mede a intensidade da relação linear
entre duas variáveis
O coeficiente de correlação varia de -1 r +1:
Valores de “r” próximos de +1 indicam uma forte correlação positiva entre x e y
Valores de “r” próximos de -1 indicam uma forte correlação negativa entre x e y
Valores de “r” próximos de 0 indicam uma fraca correlação entre x e Y
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Coeficiente de correlação linear
Vaolr de r Correlação Interpretação
os valores da variável y crescem com o
aumento da variável x; há pouca dispersão
0,7 ≤ r ≤ 1 Forte-positiva entre os pontos do diagrama (Fig 1)
os valores de x crescem, y também cresce;
os pontos do diagramestão mais dispersos (fig
0,3 ≤ r ≤ 0,7 Fraca -positiva 2)
y assumirá qualquer valor, independente do
valor da variável x; não é possível encontrar
algum padrão de correlação entre as variáveis
- 0,3 < r < 0,3 Sem correlação (fig. 3)

quando os valores de x crescem, y decresce;


- 0,7 < r ≤ 0,3 Fraca-negativa os pontos estão dispersos (fig. 4)

o valor de x cresce, y decresce; há pouca


- 1 ≤ r ≤ - 0,7 Forte-negativa dispersão entre os pontos (fig. 5)
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Fluxograma
Ferramentas simples (de construir e de perceber);
Apresentam de forma ordenada as etapas de um processo (fluxos),
identificam as entradas/saídas que gradualmente vão contribuindo para
a obtenção do produto/serviço;
Recorrem a simbologia “quase” universal. A possibilidade de codificarmos
cores, padrões ou tipos de linhas permite-nos colocar muita informação
num fluxograma!
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Folha de Verificação
É uma ferramenta utilizada para facilitar e organizar o processo de
recolha e registo de dados, de forma a otimizar a posterior análise dos
dados.

Só é construída após a definição das categorias (estratos) para


estratificação dos dados.

Uma Folha de Verificação bem planeada elimina a necessidade de


rearranjo posterior dos dados.
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Os tipos dependem do objetivo da recolha de dados. As mais empregues
são:
Para distribuição de frequência de um item de controle de um processo;
Para classificação de defeitos;
Para localização de defeitos;
Para identificação de causas de defeitos.

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