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Controle

Estatístico de
Processo (CEP)

Marcelo Ramos
www.linkedin.com/in/engmarceloramos
O que é CEP?
O Controle Estatístico de Processos, ou simplesmente CEP, é considerado
uma das 7 ferramentas da qualidade, e é um método de coleta e verificação
de amostra de resultados de um processo, a fim de controlar seu
funcionamento e diminuir as falhas decorrentes da sua execução.

O CEP é um método de identificar saídas não conformes. O objetivo do


monitoramento de saídas não conformes é reprovar as saídas que não
atendem as especificações e não devem ser usadas, ou seja, identificar
erros e corrigi-los pontualmente. Já o CEP procura identificar o que
aconteceu de errado no processo e resultou uma saída não conforme, para
que a causa raiz seja eliminada e o processo seja estabilizado, impedindo
que ocorra mais variações.
O que é CEP?
A ferramenta usada para a identificação das variações do processo é o
gráfico de controle ou carta de controle. Ele foi desenvolvido por Walter
Shewhart, ao estudar a variação das primeiras linhas telefônicas. Mas foi
Deming que popularizou o uso da técnica, introduzindo-a na indústria
japonesa após a Segunda Guerra Mundial.
O gráfico de controle é uma representação de uma amostragem do
processo, que considera o LSC: limite superior de controle e o LIC: limite
inferior de controle, que são os limites permitidos de variação nos resultados
do processo. Entre os dois limites, é traçada a LM: linha média, que indica o
resultado realizado do processo.
As variações que ocorrem no processo podem ser controladas ou
descontroladas, e podem ter duas causas: as comuns e as especiais.
O que é CEP?

Causas comuns de variação:

São variações características do processo e controladas, pois a


variabilidade que causará no processo permanece dentro dos limites
superior e inferior. Essas causas podem ser, por exemplo: falta de
padronização das operações.

Causas especiais de variação:

São variações descontroladas, que provocam deslocamento além dos


limites superior e inferior, necessitando de ação corretiva. Essas causas
podem ser: lote de matéria-prima com problema, falha humana,
desregularem do equipamento.
O que é CEP?

Portanto, quando a linha média apresenta variações além dos limites,


significa que o processo está fora do controle estatístico, e ações
deverão ser tomadas, usando outras ferramentas da qualidade como
Diagrama de Ishikawa e 5 porquês para auxiliar no processo.

Mas é importante verificar também se as variações dentro dos limites


seguem alguma tendência. Por exemplo, numa amostra de 50 dados, se
as primeiras 40 amostras apresentarem pouca variação (perto da linha
média), e as últimas apresentarem variação perto dos limites, pode
significar um problema que precisará de tratamento.
Quando usar um Controle Estatístico do
Processo (CEP)?

O CEP e o gráfico de controle são usados para a identificação de


variações inusitadas nos resultados do processo, servindo como base
para a elaboração de ações que ataquem a causa raiz e eliminem a
condição fora do padrão. Você poderá utilizá-lo para:

Controlar os processos em curso, localizando e corrigindo os problemas


à medida que ocorrem.

Prever o intervalo esperado de resultados de um processo.


Quando usar um Controle Estatístico do
Processo (CEP)?

Determinar se um processo é estável (no controle estatístico).

Analisar os padrões de variação do processo de causas especiais


(eventos não rotineiros) ou causas comuns (incorporadas ao processo).

Determinar se o seu projeto de melhoria da qualidade deve ter como


objetivo evitar problemas específicos ou fazer mudanças fundamentais
no processo.
Como fazer?
1. Determinar a ferramenta para coleta de dados: como o CEP
envolve a análise de dados, é preciso escolher uma ferramenta para que
os resultados do processo sejam coletados. Uma das ferramentas
indicadas é a folha de verificação.
2.Coletar a amostragem: definir a amostra que será analisada, e coletar
os dados.
3.Definir os limites do processo: Analisar a base histórica do processo
para verificar como o processo se comporta e fazer uma média e desvio
padrão dos dados obtidos para determinar o LSC e o LIC, ou ainda
verificar quais são os padrões que é esperado do processo e definir os
limites.
4.Construir o gráfico: desenhar linha do LSC (limite superior de
controle) e do LIC (limite inferior de controle), e no meio inserir a LM
(linha média) com os dados analisados.
Como fazer?

5.Identificar as variações: verificar quais se existem dados que


ultrapassam as linhas de limites.

6.Identificar as causas da variação e elaborar planos de ação: usar


ferramentas como Diagrama de Ishikawa para encontrar a causa raiz e o
5H2W para elaborar planos de ação.

7.Melhorar o processo: ainda é possível usar o gráfico de controle para


diminuir cada vez mais a variação do processo, diminuindo a variação
dos limites de controle e analisando as causas das instabilidades.
Marcelo Ramos
www.linkedin.com/in/engmarceloramos

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