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Cartas de Controlo
Qualidade
Este trabalho tem a finalidade de me ajudar a conhecer melhor as cartas de controlo assim
como também ajudar-me a aplicar as mesmas num laboratório.
As cartas de controlo podem ser aplicadas em diversos processos, como por exemplo, no
controlo do sal durante o processo de confeção de algum alimento. É possível identificar o dia
em que se esgotou o sal utilizado na confeção, como consequência os cozinheiros acabaram
por utilizar um outro sal do qual não estavam habituados a trabalhar, então acabou por
ocorrer uma dificuldade no doseamento do mesmo. No sentido de evitar uma repetição deste
problema, no futuro, optou-se por modificar o processo de aprovisionamento de sal, para
garantir que o sal utilizado não voltasse a esgotar-se.
As cartas de controlo, ou carta de controle estatístico de processo (CEP), é uma ferramenta
que faz uso da estatística para analisar a variação de dados em um certo processo. Dessa
forma, é possível determinar se as variações dele estão dentro do limite aceitável. É possível
encontrar as causas comuns e as causas especiais numa carta de controlo.
As causas comuns são causas de variação que são inerentes ao processo mas que podem
ter redução. Por exemplo, a diferença de trabalho entre dois operários.
Já as causas especiais são variações do processo que extrapolam os limites aceitáveis e que
devem acabar. Um exemplo disso é um problema na máquina que gera imperfeições na
peça.
Como a carta de controlo permite uma fácil comparação entre desvios da média, é possível
avaliar resultados de mudanças nos processos. Nesse sentido, ao representar graficamente os
desvios na linha de produção, a carta de controlo possibilita uma rápida identificação de
problemas em máquinas ou processos. Assim, é possível aplicar melhorias com mais agilidade,
evitando retrabalho e o envio de produtos irregulares aos clientes. As cartas de controlo
permitem, portanto, acompanhar o comportamento de um determinado parâmetro e têm por
objetivos:
Mas existem dois tipos de cartas de controlo, e cada uma tem a sua função.
A carta de controlo por atributos é mais simples, pois consiste em apenas identificar
visualmente se o processo é satisfatório ou não. Portanto, para utilizar-se esta carta deve-
se separar os dados que serão analisados em dados referentes a defeitos ou defeituosos.
O produto pode ter defeitos, mas só será considerado defeituoso caso o cliente não os
tolere. Dessa forma, as cartas de controlo por atributos são recomendadas para a
utilização quando se deseja controlar o número ou percentagem de produtos defeituosos
em um numero determinado total de itens.
Já a carta de controlo por variáveis exige uma medição que supera a simples inspeção
visual realizada na carta de controle por atributos. Ou seja, aqui é necessária uma medição
mais complexa. Por exemplo, ao analisar a variação do comprimento de uma peça, a
introdução de um método de medição na linha de produção é fundamental para que os
dados na carta sejam preenchidos de maneira satisfatória.
A estrutura das cartas de controle é muito visual, possibilitando uma fácil compreensão dos
dados. Dessa forma, contém três estruturas principais, que se refletem em três linhas de
referência.
Primeira linha (LSC): É a linha referente ao limite superior de controle (LSC) que é
correspondente à média mais três vezes o desvio padrão ;
Terceira linha (LIC): É a linha referente ao limite inferior de controle (LIC) que
corresponde à média menos três vezes o desvio padrão ;
Linha do meio (LC): É a linha referente ao limite central (LC) correspondente à média e
encontra-se exatamente entre o LSC e o LIC.
Não basta apenas criar um gráfico tem que se saber ver e compreender o que o
mesmo apresenta. Para analisar os
resultados de uma carta de controlo, é preciso resgatar as definições de causas comuns e
causas
especiais. Sendo
assim, todas as
variações
que ocorrem entre o LSC e o LIC
são
consideradas variações de causas comuns, desde que sejam aleatórias. Logo,
todas as variações que ocorrem acima do LSC ou abaixo do LIC são consideradas
variações de causas especiais e devem ser corrigidas.
Entretanto,
caso haja algum
padrão entre as variações
(mesmo que estejam dentro dos limites de LSC e LIC) significa que o processo não
está conforme o esperado e que há a existência de causas especiais.
Passos para criar uma carta de controlo
1. Recolher os dados
2. Criar a tabela
Para criar a tabela é necessário inserir os dados no Excel. Utiliza-se uma coluna para a
inserção dos dados coletados, uma coluna para a média desses dados, duas outras para o
Limite Superior de Controle (LSC) e o Limite Inferior de Controle (LIC), que serão explicados
mais para frente, e uma célula para o desvio padrão dos dados. Todas essas colunas terão
um papel muito importante para um controle estatístico do nosso processo.