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TIMÓTEO, o AGNALDO
Programa da saudade. Pode ser. Lembranças das décadas de 60 e 70? Porque não? Gosto não
se discute. A quarentena que impõe sacrifícios, também tem o seu lado positivo. Combinados?
Manuseando a Bíblia Sagrada, vamos constatar que TIMÓTEO é um dos personagens mais
conhecidos. Também em outros livros da Bíblia constam várias referências e indicações sobre
ele. Muitas pregações são feitas sobre a pessoa de Timóteo, geralmente enfatizando o seu
exemplo como jovem obreiro que a Bíblia descreve.
Ainda que diante do momento atual da pandemia, até a “boleirada” passou a lembrar de Deus,
não menos verdade que o início de nossa narrativa certamente desagrada a maioria. Então,
paremos por aqui.
Roçaliano que somos, matuto, saudosista e apegado, sentimos nas canções de Agnaldo a
expressão da verdade, do sentimento e dos valores de nossa juventude. “...se algum dia a
minha terra eu voltar...”, “mamãe sou tão feliz...”, etc.etc., provocam reações e sentimentos
profundos. Agnaldo sempre cantou e continua cantando com o coração.
Nosso Agnaldo, enquanto ser humano não é perfeito. Daí ser BOTAFOGUENSE roxo. Vivenciou
um time que tinha, dentre outros, Manga, Pampoline, Leônidas, Rildo, Nilton Santos, Didi,
Mané (nascido em Pau Grande), Amarildo, Quarentinha, Paulo Valentim, Zagalo e inúmeros
outros. Esquadrão que fazia e fez frente ao Santos de Pelé e seus pares. Brincadeira. Bons
tempos.
A paixão pelo clube da Estrela Solitária era (e deve continuar sendo) tanta que o filho ilustre de
Caratinga, com seu inegável prestígio, em oportunidades que não foram poucas, liderava
embaixada do plantel de juvenis (hoje juniores) do clube de seu coração para apresentações
em cidades do interior do país, naquilo que se convencionou de futebol show, eis que nos
intervalos ou mesmo após os espetáculos o repertório musical ocorria em grande estilo. Assim
foi em Governador Valadares em pleno Mamudão, ocasião em que AGNALDO também
funcionou como árbitro. E que árbitro...
Agnaldo sabe que é querido. Porém, certamente não tem a dimensão do quanto é querido. De
quanto sofreu o seu público, seus admiradores e simpatizantes. Rezas e orações ocorreram em
percentual altíssimo por todo Brasil varonil. Promessas, também. Passado o susto, resta pagá-
las. Certamente tal ocorrerá.
Aí, surge a pandemia da Covid-19. Sofrimentos os mais diversos para ninguém botar defeitos.0
vírus não escolhe ou mesmo seleciona classe social, sexo, cor ou idade. Um verdadeiro
furacão. Quando passará? Os mortais não sabem precisar. Falam e dissertam sobre teses e
hipóteses. Sonham com uma vacina. A nós resta rezar e orar. Implorar misericórdia.
De repente, surge no vídeo e na tela, com cabelos parcialmente grisalhos, com semblante de
um jovem sonhador e com voz eloquente, inconfundível, ELE, Timóteo – o Agnaldo, entoando
“ o ESCUDO”, implorando ao Pai Celestial que interceda pela humanidade.
“...já vi fogo e terremoto; vento forte que passou; já vivi tantos perigos; mas tua voz me
acalmou; tu das ordens às estrelas; e ao mar os seus limites; eu me sinto tão seguro; no teu
colo ó ALTÍSSIMO”. Que assim seja. Tudo passará. Poderemos continuar curtindo o “filho de
Caratinga”. 0 quase irmão do Chico Duro. Vida longa para o mito Agnaldo Timóteo.
0 que dizer da grande massa de artistas de nosso país, verdadeiramente anônimos, que ao
longo de suas carreiras artísticas não lograram êxitos financeiros suficientes ao enfrentamento
de intempéries? Está lá na Constituição de 1988. A valorização do SUS é medida que se impõe.
0xalá que os “donos” do PODER, escaldados com a pandemia que vai passar, reflitam sobre
nossas mazelas de cada dia. Que assim seja.
N.B. – subiu para o andar de cima o Dr. Rubens Alves Barroso. Notável advogado.
Extraordinário professor. A gratidão será eterna.
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(*)Ex-atleta
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