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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

FLEXOGRAFIA 

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E U D E S S C A R P E T A  

FLEXOGRAFIA 
MANUAL PRÁTICO

Bloco Comunicação Ltda.

São Paulo, Março de 2007

1ª edição
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 Agradecimentos
  Pode parecer fácil, mas agradecer não é algo tão simples. Muitas pessoas ajudaram sobremaneira.
Outros não perceberam que estavam contribuindo para esse documento. Porém, quero destacar os
seguintes:
  Em primeiro lugar agradeço a Deus sobre todas as coisas que orienta e permite que as coisas
aconteçam. Muito obrigado.
  Agradeço à minha família, cujo esteio é muito importante para que as coisas andem e finalmente
cheguem ao final com sucesso.
  Agradeço ao amigo Wilson Paduan que me auxiliou no capítulo sobre impressão, pré-impressão
e tintas entre outras informações.
  Agradeço ao amigo José Carlos de Freitas, que foi grande incentivador e cotizador para que as

coisas acontecessem.
  Agradeço ao Lopez, Paulo Sergio, Daniela, Vlamir, Dutra e Letícia, que ajudaram a preparar ima-
gens e desenhos para o livro em seu tempo livre.
  Agradeço ao pessoal da Bloco de Comunicação (Marcos, Wilson e Carlos) em quem depositei
confiança para a edição deste livro, pois sempre admirei o trabalho sério que fazem na revista
EmbalagemMarca.
  Agradeço aos mestres Lorenzo Baer, Bruno Cialone, Sergio Vay e Bruno Mortara, cuja convivên-
cia me é sempre enriquecedora.

  Agradeço às empresas que acreditaram no projeto e que, espero, ganhem também por aposta-
rem em algo inédito na língua portuguesa.
  Agradeço aos dirigentes da Zaraplast, que permitiram essa contribuição sobre flexografia ao
mercado. Isso mostra o diferencial de uma empresa que, por meio da qualidade de seus produtos,
passou à vanguarda da flexografia em seu segmento no Brasil. Nunca pouparam esforços para
implementar ações de melhoria como a aplicação das normas ISO e NBR de flexografia, além de
acreditarem em meu trabalho. São meus mestres.
  Agradeço à Abflexo e à Abiea, que viabilizaram a divulgação e que apoiaram o projeto inédito
no Brasil. Agradeço à ABTG e à Abigraf por também confiarem em meu trabalho junto à ISO/TC 130
Comitê Internacional de normalização para a indústria gráfica mundial. Sou grato ao SENAI-SP que
tanto contribuiu para o meu crescimento como profissional e, acima de tudo, como pessoa.
Agradeço aos meus companheiros de trabalho que pontuaram com excelentes contribuições e a
todos aqueles que, no decorrer de muitos anos, me ajudaram e tiveram paciência comigo.
  Agradeço a minha esposa Miriam que é uma das maiores incentivadoras e que me motiva a mos-
trar-lhe um trabalho bem feito. Agradeço sua paciência e agradeço por ser simplesmente “minha”.
  A todos meu MUITO OBRIGADO!

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Dedicatória
Dedico este livro à minha mãe. Sabe, dedicar uma obra à mãe certamente parece lugar-comum.
Mas não é. Minha mãe é um exemplo de dedicação e trabalho. Durante muito tempo, trabalhou
duro junto com meu pai e minha irmã para que eu estudasse e cursasse o Senai de Artes Gráficas.
E não foram apenas os dois anos de aprendizagem industrial, mas também os quatros anos que
se seguiram de escola técnica no mesmo Senai Theobaldo de Nigris. Eram tempos difíceis, em que
levávamos arroz com feijão e ovo (às vezes frito, às vezes omelete ou outra criação pra disfarçar)
boa parte da semana.
Nascida no interior de São Paulo, logo mudou-se com sua família para o interior do Paraná, onde
seu pai comprou um pedaço de terra. Época muito difícil. Com o tempo conheceu meu pai e se
casou. Depois de eu e minha irmã nascermos no norte do Paraná, vieram para São Paulo tentar a
vida, como se diz. Mais épocas difíceis. Mas nunca desistiram e com o tempo conseguiram criar-nos
com educação e preceitos éticos e morais que, penso eu, sejam o maior legado de todos.
Hoje tenho minha mãe como exemplo, inspiração de persistência e determinação. Acredito real-
mente que os pais são a base para o que os filhos serão no futuro. Pois no meu caso foi isso que
aconteceu. Obrigado pai. Obrigado mãe.

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Prefácio
  O Professor Eudes Scarpeta entendeu que o desenvolvimento técnico sustentável da flexografia no
Brasil dar-se-á somente com a superação de seu maior paradigma: “Investimento em capital humano”,
 através do estudo, pesquisa e difusão dessas informações valiosas aos profissionais do setor. O Mercado
 da Flexografia bem-informado e a cada dia mais promissor, agradece.
  O Profissional Eudes Scarpeta continua contribuindo na consolidação deste ideal de crescimento,
liderando o projeto de normalização setorial junto à ISO (Comitê para Normalização da Flexografia,
 onde atua como Líder de Projeto Internacional), elevando à condição de “Empreendedor, Inovador e
 Pioneiro” o nosso país, o Mercado e todos nós, profissionais oriundos do meio. O Brasil, na berlinda da
 normalização, agradece.
  O Autor Eudes Scarpeta lança seu segundo livro técnico para a indústria gráfica e convertedora.
Depois de uma visão abrangente, clara o objetiva sobre redução de setup (e custos) para offset, rotogra-
vura e flexografia (Como diminuir o setup na impressão - Editora Scortecci - 2005), ele compila tudo
 o que aprendeu, vivenciou e praticou nos seus trabalhados em flexografia, uma obra bastante útil e
 necessária ao nosso segmento. Os leitores, ansiosos, agradecem.
  O Amigo Eudes Scarpeta me estende o gentil convite de prefaciar este livro, de compartilhar seu
 conhecimento, sua sabedoria e mais do que tudo isso, me honrar com a sua amizade. O admirador
 Aislan Baer, com sinceridade e votos de sucesso, agradece.

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Índice
Capítulo 1 – Introdução ..........................................................13   Quais os melhores ângulos para flexografia? ........................... 46
  Como surgiu a flexografia ........................................................14   O que é “Moiré”? .....................................................................47
  Características da flexografia ...................................................14   Existe alguma retícula que não provoque o “Moiré”? ............... 47
  Chapa flexível, mas resistente..................................................15   O que é lineatura? ...................................................................48

  Tinta líquida e de secagem rápida ...........................................15   Em que influi a lineatura na reprodução da imagem? .............. 49
  Sistema de entintagem ............................................................15   Qual a melhor lineatura para flexografia?.................................49
  Impressoras para todas as necessidades ................................. 16   Que dizer da porcentagem de pontos? .....................................49
  As variáveis a serem controladas na flexografia....................... 18   O que é “contraste de imagem”? .............................................50
  Características do processo flexo .............................................19   O que é “ganho de pontos”? ....................................................49
  Como identificar um impresso em flexografia .......................... 19   Por que ocorre o ganho de pontos? .........................................51
  Características das impressoras ..............................................20   Como se calcula o ganho de pontos?.......................................52
  O ganho de pontos é igual para cada máquina? ...................... 54
Capítulo 2 – O design e a produção gráfica .................. 23   Como se corrige o ganho de pontos? .......................................55
  Que cuidados o designer da embalagem deve ter? .................. 28   Como são feitas as medidas para
  A cor que eu vejo na tela do computador correção de ganho de pontos? .................................................55
é a mesma que eu vou obter na impressão? ...........................28   O ganho de pontos é igual nas áreas
  É possível aproximar a cor que vejo claras, médias e escuras da imagem? .....................................55
no monitor e o resultado impresso? .........................................28   De que forma se dá a correção do ganho de pontos? .............. 55
  Que tipos de textos são mais apropriados para flexografia?..... 29   O que é um densitômetro?.......................................................55
  O corpo do texto afeta a impressão?........................................29   Por que ocorre a distorção ou
  Que cuidados se deve ter com textos negativos? ..................... 29 aumento da imagem na flexografia? ........................................56
  Qual a diferença entre fontes PostScript e TrueType? ............... 30   A distorção é igual para todos os clichês? ............................... 56
  Por que as fontes PostScript são   Quais elementos importantes de
melhores em Macintosh que em PC? .......................................30 um finger print para flexografia? ..............................................56
  Imagem e ilustração não são a mesma coisa?......................... 31
  O que é resolução da imagem? Qual devo Capítulo 4 – Clichês para impressão flexo ..................... 63
usar para imprimir em flexografia? .......................................... 31   O que são clichês?...................................................................64
  Qual o melhor tipo de “formato” de imagem? .......................... 32   De que são feitos? ...................................................................64
  O que são ilustrações em vetor e bitmap? ............................... 33   Como escolher o tipo de fotopolímero
  Qual a melhor? ........................................................................34 e quais fatores são importantes? .............................................64
  O que é color trap e para que serve? .......................................34   Que métodos de gravação e cópia existem? ............................ 65
  O que é um arquivo em PDF/X? ...............................................35   Qual a altura correta do grafismo em relação ao piso? ............ 66
  O que é o PDF/X-1a? ...............................................................35   Como se faz e para que serve a exposição
principal no sistema convencional? ..........................................66
  Quais são os itens de um checklist
básico para orientar o trabalho do designer? ...........................38   Como determinar a melhor exposição de verso e principal? .... 66
  Para que serve a lavagem (gravação)
Capítulo 3 – Pré-impressão de flexografia  .................... 41 da chapa e que cuidados se deve ter? .....................................68

  O que é pré-impressão? ..........................................................42   Que


devecuidados com osquímica?
ter na gravação clichês se................................................68
  Quais os equipamentos utilizados? ..........................................42
  Para que serve e por que são necessários
  Quais os softwares utilizados na pré-impressão?..................... 43
a secagem e a estabilização do clichê? ...................................68
  Como a imagem é preparada para ser impressa? .................... 43
  O que acontece se não se esperar o tempo de
  O que é retícula? .....................................................................43 estabilização e já se utilizar o clichê para imprimir? ................69
  O que é quadricromia?.............................................................44   Como funciona o sistema de gravação a laser? ....................... 71
  Os pontos de retícula possuem formatos diferentes? ............... 44   Resumo dos principais tipos de cópia e gravação .................... 72
  Qual o melhor tipo de ponto para flexografia?.......................... 44   Quais os controles que se deve fazer
  O que é ângulo de retícula? .....................................................46 ao receber um clichê gravado? ................................................ 73

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  Qual o melhor método para limpar   Por que o tratamento corona


o clichê durante a impressão? ................................................. 73 tende a reduzir ao longo do tempo? .......................................101
  Como se deve limpar o clichê após a impressão? .................... 73   O tratamento pode variar em função da tinta? ....................... 102
  Qual o melhor método para armazenamento do clichê?........... 73   Resumo dos diferentes produtos e estruturas utilizadas.........103
  Existem controles a serem feitos
nos clichês de um modo geral? ...............................................74 Capítulo 7 – Tintas para impressão ................................109
  Qual a tendência dos sistemas de   Do que são feitas as tintas de flexografia?............................. 109
gravação de chapas no mercado mundial? .............................. 74   O que são resinas? ................................................................109
  Quais as resinas utilizadas na flexografia? ............................. 110
Capítulo 5 – Montagem de   Qual a função das resinas nas tintas......................................110
clichê e provas de impressão ..............................................77
  O que são vernizes?...............................................................111
  Quais os métodos de montagem de clichês ............................. 77
  O que são solventes? .............................................................111
  Qual é o melhor sistema de colagem utilizado hoje em dia? .... 79
  Que tipos de solventes são utilizados nas tintas flexo? .......... 112
  O que é dupla-face? ................................................................80
  Propriedades físicas dos principais solventes gráficos ........... 113
  Quais os tipos de dupla-face?..................................................81
  Qual o método correto para
  O tipo de dupla-face influencia no resultado da impressão? .... 81
utilização dos solventes nas tintas? .......................................114
  Densidade é o mesmo que compressibilidade?........................ 81
  Quais os controles feitos nos solventes? ................................114
  Qual a principal característica
  O que são e qual a função de pigmentos e corantes? ............ 114
que uma fita dupla-face deve ter? ........................................... 82   Como se classificam os pigmentos e quais as suas origens? ... 115
  Qual é, então, o melhor tipo de dupla-face?............................. 82
  Resistência à luz ....................................................................117
  O que são “sleeves” ou camisas? ............................................82
  O que é moagem? .................................................................117
  Quais são os tipos de camisas mais comuns no mercado? ...... 83
  O que são aditivos e quais os
  Quais as vantagens e as desvantagens das camisas? ............. 83
principais utilizados nas tintas flexo? .....................................119
  Quais os cuidados na escolha das camisas?............................ 84
  O que é viscosidade? Como controlá-la? ...............................119
  O que são provas de flexografia? .............................................85
  O que é rendimento da tinta?.................................................120
  Quais os tipos de provas mais comuns e qual a melhor? ......... 86
  Quais os principais controles a serem
  O que é “print” e Cromalin® .....................................................86   feitos nos filmes de tinta impressos? .....................................120
  O que é o catálogo Pantone®? .................................................86   O que é tixotropia?.................................................................121
  O que é perfil ICC? ...................................................................87   Qual seria uma formulação
média para tintas de flexografia? ...........................................122
Capítulo 6 – Principais suportes para impressão .......91   Tintas à base de água e seu uso em flexografia .................... 122
  Quais os principais suportes que   É possível aplicarmos tintas base água na
podem ser impressos na flexografia?.......................................91 flexografia de banda larga para substratos plásticos? ............122
  Quais as boas qualidades que os suportes devem possuir? ..... 92   Que dificuldades podem surgir e quais cuidados
  Quais as principais aplicações do papel os operadores devem ter com tintas base água? ...................123
nos segmentos que a flexografia atende? ................................ 92   Podemos utilizar tintas à base de água para laminação? ....... 123
  O que são plásticos?................................................................92   Como fazer para acertar a cor?..............................................124
  O que são “filmes técnicos”? ...................................................92   Quais são os três princípios da cor? ......................................125
  O que são co-extrusados? .......................................................93   De que forma a densitometria
  O que são laminados? .............................................................93 pode ajudar no controle da cor? ............................................126

  O que são metalizados? ...........................................................93


  Por que utilizamos laminados e metalizados? .......................... 94 Capítulo 8 – Cilindros anilox ...............................................129
  Quais as propriedades do alumínio e   Qual a função básica do anilox?.............................................130
por que é tão útil em embalagens?..........................................95   Quais os tipos de anilox mais comuns? .................................130
  Por que o poliéster é tão utilizado hoje em dia? ....................... 95   Quais os principais tipos de laser para gravação
  Quais as qualidades do polipropileno? .....................................96 de anilox e quais as diferenças entre eles?............................ 131
  O que é extrusão de materiais plásticos?................................. 97   Quais os itens de controle? ....................................................132
  O que é tratamento corona? ....................................................98   Por que a lineatura do anilox deve ser alta?........................... 132
  O que é a tensão superficial?...................................................99   O que é BCM?........................................................................132
  O que pode afetar o tratamento corona?................................ 101   O BCM é mais importante do que a lineatura do anilox? ........ 133

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  Qual o ângulo da retícula do anilox? ......................................133   Sistemas de cura U.V. ............................................................177


  Por que se escolheu esse ângulo? .........................................133   Electron beam........................................................................180
  Em que o volume de tinta influencia a impressão? ................ 134   Sistemas E.B. aplicados a impressoras flexo.......................... 182
  Qual o cálculo para converter BCM/pol² em cm³/m²?.............134   Meio-corte dos rótulos ...........................................................183
  Como escolher o anilox? ........................................................134
  Que outros fatores devem-se levar em Capítulo 11 – Impressão flexo – Corrugados  ............. 187
  conta na escolha do anilox correto? .......................................135   Algumas definições básicas na área de corrugados ............... 188
  Lineaturas e volumes recomendados para cada processo ..... 136   Tipos de papelão ondulado ....................................................188
  Quando utilizar rolo de borracha pelo sistema doctor roll? ..... 137   Terminologia ..........................................................................189
  Há algum princípio básico na escolha do anilox? ................... 137   Tipos de ondas ......................................................................189
  Quais os métodos de limpeza do cilindro anilox? ................... 138   Controle da qualidade do papelão ondulado........................... 190
  Como se deve armazenar os cilindros anilox? ........................ 138   Desenvolvimento de embalagens e estruturas ....................... 190
  E que dizer do armazenamento das camisas anilox? ............. 139   A impressão ...........................................................................191
  As camisas anilox são tão boas quanto os cilindros anilox? ... 139   Sistema de entrada (alimentação) ..........................................192
  O anilox sleeve pode ser recondicionado?.............................. 140   Grupo impressor ....................................................................193
  Que tipo de anilox é mais   Sistema de saída ...................................................................196
recomendado para grandes chapados?..................................140
 
  Como se afere o anilox? ........................................................141
  Quais são os métodos para aferição? ....................................141 Capítulo 12 – Problemas
na impressão e soluções comuns
práticas  ...................................201
  Dicas e cuidados com camisas anilox ....................................142   Falhas de impressão ..............................................................203
  Variação de registro ...............................................................204
Capítulo 9 – Impressão de flexo – Banda larga  ........ 145   Tinta U.V. não cura (seca) .......................................................205
  Sistemas de entintagem ........................................................145   Cor lavada em relação ao padrão...........................................205
  Sistema construtivo ...............................................................146   Falha na sobreposição de tintas (trapping da tinta) ................ 206
  A máquina impressora ...........................................................147   Variação da cor durante a impressão (color shifting) .............. 207
  Sistema de entrada (alimentação) e saída.............................. 147   Variação do passo da fotocélula .............................................208
  Eixos e tubetes ......................................................................148   Decalque................................................................................208
  Troca de bobinas....................................................................149   Manchas ou borrões no impresso ..........................................209

  Alinhadores ............................................................................150   Blocagem (blocking) ..............................................................210


  Controle de tensão manual ou semi-automático .................... 152   A tinta arranca as fibras do papel ..........................................211
  Controle de tensão automático...............................................152   Moiré no impresso .................................................................212
  Roletes...................................................................................153   Riscos no impresso ................................................................213
  O grupo impressor .................................................................155   Entupimento da retícula .........................................................214
  Sistema sem-engrenagens (gearless) ....................................158   Ganho de ponto excessivo .....................................................215
  Cuidados com o sistema de entintagem ................................ 161   Marcas de engrenagem .........................................................216
  Cilindro entintador (doctor roll) ...............................................162   Fotografia (fantasma) .............................................................217
  As racles (facas) utilizadas na flexografia ............................... 163   Chapado sem cobertura ou furando .......................................218
  O certo e o errado sobre as   Mudança de contraste durante a produção ............................ 219
racles e sistemas de entintagem............................................165
  Pontos de retícula falham (missing dots) ................................220
    A tinta perde (ou muda) a cor depois de impressa ................. 221
Capítulo 10 – Impressão flexo –   Variação de COF ....................................................................222
Banda estreita e média .........................................................171
  Impressão sem brilho (fosca) – Blushing................................223
  A máquina impressora ...........................................................172
  Código de barras não lê .........................................................224
  Sistema de entrada (alimentação) ..........................................172
 
  Grupo impressor ....................................................................173
Glossário e termos técnicos em flexografia  ................. 225
  Sistema de entintagem ..........................................................174
  Impressoras com troca do grupo impressor ........................... 174
  Secagem entre-cores, estufas e exaustão.............................. 175
  Secagem ultra-violeta ............................................................175

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 Capítulo 1 – Introdução – 11
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 Neste capítulo você vai ver:


• Como Surgiu a Flexografia
• Apresentação das Principais Características da Flexografia
• Resumo das Propriedades das Chapas para Impressão
• As tintas para Flexografia
• Importância do Sistema de Entintagem
• Diferentes tipos de Equipamentos para Diferentes Serviços
• Variáveis a Serem Controladas no Processo

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1•Introdução
fle xografia evoluiu muito nos últimos anos. Mais e mais 
profissionais de outras áreas têm mudado para fle xo. A qua-
lidade de impressão melhorou e o custo de fabricação não
aumentou proporcionalmente, tornando assim a fle xografia
forte concorrente da rotogravura em certos campos, especial-
mente no segmento de embalagens fle xíveis.
Ao passo que há este substancial desenvolvimento, material informativo e cla-
ro não está disponível no mercado. Assim, este livro procura au xiliar aqueles
que estão entrando no mercado e não conhecem bem o que é fle xografia. Ao

mesmo tempo,
mas carecem deserá
baseútil também para aqueles que já possuem experiência,
teórica.
“Fle xografia - Manual Prático” visa ajudar técnicos, vendedores, designers,
gerentes, impressores, técnicos de pré-impressão, clicheristas, profissionais da
área de controle de qualidade e todos os envolvidos com esse processo de
transformação que é a fle xografia a compreender esse excelente processo.
Este Manual deve estar na sala de impressão, no laboratório, na sala de ven-
das, enfim, em todo lugar que seja de fácil acesso. A recomendação que se faz
é que empresários, diretores, gerentes e responsáveis por empresas em geral
disponibilizem tantos exemplares quanto possível, a fim de qualificar seus
profissionais e melhorar o desempenho da empresa.
O Livro é dividido em partes, de modo a facilitar a localização do assunto
dese jado e o rápido acesso às causas e às soluções dos problemas em fle xo-
grafia. Assim, o leitor perceberá ser muito prática a forma como foi escrito e,
principalmente, sua linguagem, de fácil entendimento por operadores e todos
que o utilizarem no seu dia-a-dia. Além disso, há dicas de cuidados que se
deve ter no desempenho das funções ligadas ao processo de impressão, e
um apelo para a postura profissional de quem lida diretamente na execução
do pedido.

 Capítulo 1 – Introdução – 13
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Como surgiu a flexografia


Demorou muito depois da descoberta da vulcanização da borracha em 1839
ç pelo norte-americano Charles Goodyear para a fle xografia vir à existência.
Por volta da década de 30 do século 20 – isto é, quase um século depois
– a vulcanização já estava bem aprimorada, e a idéia de substituir os tipos
móveis de chumbo, estanho e antimônio por tipos de borracha vulcanizada
foi uma feliz conseqüência.
A primeira empresa a fazer uso deste recurso foi a Mosstype Corporation,
Charles Goodyear, o
 descobridor da vulcanização que desenvolveu as chapas. O princípio de impressão consistia na entinta-
 da borracha, processo que gem do clichê de borracha com uma tinta à base de anilina. O sistema de
viabilizou o desenvolvimento impressão passou então a ser conhecido como “Processo Anilina” ou “Impres-
 da flexografia
são Anilina”, pois não tinha outro nome ainda. Em 1938, a empresa Internatio-
nal Printing Ink Corporation, nos Estados Unidos, aprimorou o recurso para
entintagem do clichê. Passaram a usar um cilindro gravado com inúmeras
células que retinham a tinta e a transferiam com uma dosagem mais contro-
lada. Este cilindro gravado no cobre e recoberto com cromo foi chamado de
Anilox e é ainda hoje vastamente usado nas impressoras fle xográficas
Na década de 1930 a FDA (Food and Drug Administration), órgão do gover-
no americano que controla alimentos e remédios, declarou a anilina tó xica.
Deste modo o nome “Impressão Anilina” passou a ser considerado como
algo ruim, sinônimo de veneno. Na década seguinte as gráficas americanas
líderes decidiram mudar o nome deste processo de impressão, para que seus
produtos pudessem ser mais bem recebidos pelas indústrias alimentícias da
época. É interessante que já se usavam muitos outros tipos de tintas para a
impressão, mas o estigma da anilina persistia. As gráficas abriram a oportuni-
dade para sugestões
dos Estados e receberam
Unidos. Em cercadede1952
21 de outubro duasfoimil, vindas de
anunciada todas partes
a escolha: “Pro-
cesso Fle xográfico” ou “Fle xografia”.

Características da Flexografia
A fle xografia possui a facilidade de imprimir sobre diversos tipos de substratos
e de variar o formato. Pode-se imprimir desde etiquetas e sacolas plásticas até
Diversidade de substratos e cai xas de papelão ondulado. A otimização é maior, pois, diferentemente de
variedade de formatos são
outros processos, como offset, a fle xografia não melhor
possui interrupção
o substrato.no períme-
características do processo
de impressão flexográfica tro do clichê colado. Assim, pode-se aproveitar

14 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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Chapa flexível, mas resistente


A chapa para impressão pode variar tanto na espessura
quanto na dureza. Outra propriedade da chapa é o tipo
de material utilizado, que pode ser fotopolímero, borracha
natural ou mista, cada qual com uma finalidade específica. Nor-
malmente, para uma maior qualidade, o fotopolímero traz melhores
resultados. A dureza pode variar de 25 a 40 graus Shore “A”, a unidade
de medida de dureza de borrachas (quanto maior o valor, maior a dureza)
para impressão de cai xas de papelão ondulado, pois a “maciez” do clichê se  G
 A 
 D I O
amolda melhor à superfície irregular do material. Para impressão em substratos  S T U

com superfícies regulares e para se obter melhor definição de impressão, utili-


za-se dureza entre 55 e 60 graus Shore “A”. As chapas são coladas em cilindros As chapas podem variar
na composição, na
ou camisas apropriados chamados de “porta-clichês”. Os métodos para fi xação espessura e na dureza
das chapas podem variar, mas o mais utilizado é a colagem com dupla-face,
uma fita espumada com adesivo em ambos os lados.

Tinta líquida e de secagem rápida


A tinta de flexografia é normalmente líquida e de secagem rápida, permitin-
do boa velocidade de impressão. As tintas podem ser à base de solventes
como álcool, mistura de solventes e água ou mesmo de cura ultra-violeta. O
emprego de cada tipo de tinta decorre do tipo de serviço, do substrato, do
equipamento, do uso final do produto. São vários os controles feitos na tinta
e estes são considerados no Capítulo 7.

Sistema de entintagem
O item mais importante do sistema de entintagem na flexografia é o cilindro
anilox. Suas células gravadas dosam a tinta a ser depositada na superfície do
clichê. Se houver pouca tinta a cor impressa poderá ser distorcida. Se houver
excesso, acumulará tinta entre um ponto e outro causando manchas na ima-
gem impressa.
Os cilindros anilox são a parte
É importante ter sempre em mente que o controle da dosagem de tinta é fun-  mais importante do sistema de
damental na flexografia. A tecnologia moderna permite muita variedade no  entintagem em flexografia
tipo e na profundidade de células, que são escolhidas em função do serviço a
ser realizado.

O excesso de tinta pode gerar


 defeitos na impressão, como se
 observa na imagem da direita

 Capítulo 1 – Introdução – 15
http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 15/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Impressoras para
todas as necessidades
ç
Os equipamentos para impressão podem ser organizados em três grandes
categorias, conforme o tipo de material a ser impresso:
1) Etiquetas e rótulos (banda estreita e banda média),
2) Embalagens em geral (banda larga) e
3) Corrugados (Papelão Ondulado).

Os equipamentos para impressão de etiquetas e rótulos são relativamente


pequenos e requerem apenas um operador. São diversos os tipos de etique-
tas: de supermercado, para roupas, rótulos etc.
   R
   E
   T
   E
   P
   L
   I
   N
  :
   O
   T
   O
   F

 Impressora
 típica de
 banda estreita

 Rótulos auto-
 adesivos são
 amplamente
impressos em
flexografia

16 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 16/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

As embalagens são um grande grupo: sacolas de supermercado, sacolas de


papel, papel de presente, sacos de padaria, papel de embrulho, embalagens de
biscoitos, sorvetes, farinhas, laminados, longa vida, pet food etc.

 Impressora
 Flexopower
 para banda
larga

Embalagens flexíveis são


um grande mercado de
impressão em banda larga

O grupo de corrugados – isto é, as caixas de papelão ondulado – é mais


rústico que os dois anteriores. Para imprimi-las, normalmente se utiliza tinta à
base de água e impressão em duas ou mais cores. O equipamento é alimen-
tado com placas de papelão, diferentemente dos dois processos anteriores,
cujo substrato sempre entra na forma de bobina.
 Impressora Martin
 para corrugados

Grande parte
 das caixas de
 papelão ondulado são
impressas em flexo

 Capítulo 1 – Introdução – 17
http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 17/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

   G
   A
   O
   I
   D
   U
 As variáveis a serem
controladas na flexografia
   T
   S

ç
Muitas são as variáveis que interferem nos resultados da impressão em fle-
 xografia. A chapa, a tinta, o anilox, a máquina, o substrato e a própria mão-
de-obra, para se citar apenas os principais. Naturalmente os outros proces-
sos de impressão também possuem variáveis semelhantes, mas na flexografia
estes são agravados por causa das características do processo.
Por ser em alto relevo e feito de borracha flexível, o clichê obriga a um contro-
le cuidadoso por parte dos profissionais em flexografia. No ato da impressão
o clichê entra em contato direto com o substrato e tende a deformar-se. Além
disso, ao ser colado no cilindro porta-clichê, a imagem gravada na chapa de
fotopolímero se deforma. Tudo isso aumenta o ganho de pontos, causando
O clichê no momento da um aumento da tonalidade na imagem impressa.
impressão tende a deformar
Por ser a tinta líquida, sua dosagem deve ser feita com o mínimo necessário,
visto que ela pode escorrer ou entupir a imagem gravada no clichê. Além
disso, deve-se controlar a viscosidade, velocidade de secagem e tonalidade.
O cilindro anilox é fator muito importante relacionado com a tinta, visto ser
o principal agente de entintagem.
As folgas mecânicas, imprecisões, erros de projeto e tantos outros fatores
transformam o próprio equipamento de impressão em outra grande variável.
Cada impressora é única, com suas qualidades e seus defeitos.
Na flexografia, grande parte da qualidade do impresso depende da sensibi-
lidade, da experiência e dos cuidados do impressor. Dele dependerá a entin-
tagem do clichê, bem como a pressão e o encosto micrométrico do clichê no
substrato. O impressor também decidirá que tipo de anilox usar, o balancea-
mento dos solventes na tinta, o padrão de cor, qual o melhor dupla-face etc.
Portanto, não é exagero afirmar que o investimento em treinamento técnico
especializado é um dos melhores que a empresa faz.

Clichê

Meios Impressora

Meio  Variáveis Dupla-face


ambiente flexo

Material Operador

Tinta

18 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 18/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Características do processo flexo


A evolução da Fle xografia significou nos últimos anos uma qualidade quase
igual (em alguns casos) à da rotogravura. No entanto a melhoria da qualida-
de também cobrou seu tributo. Os clichês tornaram-se mais caros, surgiram
novos tipos de dupla-faces, máquinas mais sofisticadas, tintas mais pigmenta-
das e com qualidade melhor, anilox com gravação a laser, controles automáti-
cos de viscosidade e tantas outras melhorias. Então, o que faz da flexografia
um processo competitivo? Vamos ver as principais características.

Resumo das Características do Processo


• Clichê flexível com gravação em alto relevo.
• Tinta líquida de secagem rápida por evaporação dos
solventes ou por cura UV.
• O clichê de fotopolímero pode durar perto de
1 milhão de cópias boas.
• Imprime sobre qualquer tipo de suporte flexível
(papéis diversos, alumínio e vários tipos
de plásticos) e também papelão ondulado.
• Mercado da Flexografia: Embalagens flexíveis em
geral com filmes técnicos e laminados, sacolas,
rótulos e etiquetas, embalagens de papelão ondulado etc.).

Como identificar
impresso em flexografia
um
A fle xografia disputa o mesmo mercado de atuação da rotogravura e por
esta razão alguns confundem os dois processos. Mas a fle xografia possui um
inconfundível squash (borrões nas bordas de traços e textos) característico do
processo.

• Observe as bordas de traços finos e textos, se tiver o squash, é fle xografia


(ver exemplo abaixo).

O squash é uma das


 características que marcam
 a impressão flexo

 Capítulo 1 – Introdução – 19
http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 19/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

• A maioria das cai xas de papelão ondulado é feita em fle xografia. A exceção é


feita às cai xas cuja “capa” que reveste as ondas do papelão é impressa em offset
para uma melhor definição de imagem (ex: cai xas de eletrodomésticos).
ç • Grande parte dos rótulos encontrados hoje são feitos em fle xografia (inclusi-
ve as pequenas etiquetas de preços usadas em supermercados).

Características das impressoras


As máquinas impressoras possuem configurações diferentes em função do
tipo de serviço a ser realizado e da largura do suporte a ser impresso. Assim
uma classificação mais genérica é:
1. Banda Larga: embalagens de snacks, sacolas promocionais, biscoitos, sacos
de arroz/fei jão, ração animal (pet food);
2. Banda Estreita e Média: Rótulos auto-adesivos, etiquetas;
3. Corrugado: Cai xas de papelão ondulado.

Assim temos:

1. Sistema satélite ou tambor central: Possui um cilindro contra-pres-


são (também chamado de tambor central ) que é comum a todos
os grupos impressores . É mais usado em banda larga. Possui a
vantagem de dei xar o suporte a ser impresso totalmente pre-
so durante a impressão de todas as cores. Isso facilita o
registro das cores e diminui a dilatação do suporte. Essa
estrutura é indicada para impressão de plásticos, espe-

cialmente polietileno e polipropileno. 


20 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

2. Sistema convencional ou Stack: Neste caso há um cilindro


contra-pressão  para cada grupo impressor . Há casos
 em que é utilizado em linha com a extrusão para imprimir
 sacolas de supermercado. Não é recomendado para supor-
tes que podem esticar demais, tais como polietilenos, pois o
material é muito tensionado e as cores podem sair de regis-
tro. Equipamento indicado para papel.

3. Sistema Modular: É semelhante ao anterior, no


sentido de que cada grupo impressor   possui
também um cilindro contra-pressão . A dife-
rença está no posicionamento desses grupos.
Enquanto no sistema stack eles ficam um sobre
o outro, nas máquinas modulares os grupos vêm
em seqüência. No Brasil é muito usual na indús-
tria de banda estreita que faz rótulos e etiquetas
auto-adesivas.

 Capítulo 1 – Introdução – 21
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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

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 Capítulo 2 – O Design e a Produção Gráfica – 23


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

 Neste capítulo você vai ver:


• Como funciona a produção gráfica
• Quais os cuidados que o designer deve ter ao criar uma arte para flexografia
• Qual a diferença entre fontes True Type e PostScrip
• Qual a diferença entre imagens em Bitmap e Vetor
• Resolução de imagem
• Cuidados com trap
• Importante informações sobre PDF 

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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

2•O design e a
produção gráfica or produção gráfica entende-se o processo de criação de um
produto (uma revista, uma embalagem, um folheto, um anún-
cio impresso). Esse processo passa por várias etapas antes de
finalmente chegar às mãos do consumidor final.
Em geral são agências especializadas que criam as peças para
reprodução gráfica. Isso quer dizer as artes a serem impressas. As gráficas já
possuem os projetos prontos de embalagens padronizados bastando apenas
adaptar ao processo de envasamento (no caso de embalagens) do cliente. Às
vezes a própria indústria de transformação (indústrias gráficas e de embala-
gens) propõe melhorias e/ou inovações nos produtos (estruturas de embala-
gens) do cliente.
O processo de criação começa na agência que idealiza, dentro de especifi-
cações do cliente, opções de design para que o departamento de marketing
escolha. A partir de então passa por uma série de departamentos dentro da
empresa para que o projeto seja bem-sucedido (produção, departamento legal,
Desenvolvimento, etc). Daí passa-se à finalização das artes. As artes prontas
são enviadas à gráfica e convertedores de embalagens. Esses adaptam a arte
às características do processo de impressão e fazem uma “prova” (impressão
digital, normalmente em ink jet e em papel offset normal ou fotográfico) e
devolvem para o cliente conferir dizeres, dimensões etc. Se estiver tudo ok, a
gráfica ou convertedor solicitará um visto de aprovação nessa “prova”. Note
que, embora a “prova” possa ser colorida, o objetivo não é fazer a aprovação
de cores, pois as cores que sairão na impressora são diferentes das impres-
soras ink jet tradicionais. Além disso, a prova digital normalmente não é feita
com os pontos de retícula utilizados na impressão e isso por si só já fará muita
diferença no resultado final. Isso, aliás, precisa ficar bem claro ao cliente.

 Capítulo 2 – O Design e a Produção Gráfica – 25


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Dessa forma, o projeto de um produto envolverá Marketing, Produção,


Qualidade Assegurada, Desenvolvimento, o Consumidor, Fornecedores, Supply
Chain e Distribuição. Há ainda a preocupação com o impacto do produto
(especialmente no caso das embalagens plásticas) com o meio-ambiente.

Marketing

Produção Supply Chain

Distribuição Meio Ambien


Design e
Projeto Gráfico

Safety Clearance Desenvolvimento

Fornecedor Consumidor

Marketing: faz e/ou orienta a criação do design do produto gráfico


em conjunto com o estúdio. Gerencia em parceria com o desenvolvi-
mento, os prazos de produção em conformidade com os prazos de
lançamento do produto.

Desenvolvimento:  Estuda e desenvolve junto com o convertedor


(gráfica) uma embalagem, por exemplo, compatível com o produto.
Verifica o custo/benefício do processo de impressão, tipo de material e
dificuldades de reprodução do que o marketing e a agência criaram.

Produção: Avaliação do protótipo do produto em linha de produ-


ção. É importante que uma embalagem, por exemplo, tenha um bom
desempenho nas máquinas de envase. Em outras palavras, deve-se
antecipar problemas.

Consumidor: É claro que nenhum projeto poderá ser bem-sucedido se não


incluir o consumidor. Aquele que, por adquirir o produto, dará sua aprovação.
Assim, o departamento de marketing junto com o estúdio testará o gosto do
consumidor final. Além disso, estão envolvidos aspectos legais como o Código
de Defesa do Consumidor.

26 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Fornecedores:  As gráficas ou convertedores de embalagens precisam ser


desenvolvidos, quer dizer, testados e até mesmo auditados muitas vezes. No
caso de embalagens alimentícias e farmacêuticas, por exemplo, o rigoroso
critério com BPF (Boas Práticas de Fabricação) e HACCP (Análise de Perigo e
Pontos Críticos de Controle) precisarão ser os pontos fortes do fornecedor.
Também deve ser verificada a “capabilidade” do processo, ou seja, se os forne-

cedores têmde
se poderão condição técnica para
um momento e espaço parasuportar
o outro produzirpedidos
o volume necessário
extras ou
de última
hora. É claro que tudo isso envolve também a negociação de preços.

Safety Clearence: ou produto limpo e seguro. Ainda é comum muitas empre-


sas utilizarem, sem saber, insumos com risco de intoxicação. Um exemplo são
as tintas que podem conter pigmentos inorgânicos com metais pesados como
o chumbo e que podem ser empregados desde uma revista infantil até uma
embalagem alimentícia. O mesmo risco pode acontecer com outras matérias
primas. Para assegurar que a embalagem é “limpa e segura” deve-se solicitar
amostra para análise dos insumos ou pelo menos um laudo do fornecedor
assegurando que não se utilizam produtos tóxicos no processo.

Supply Chain  (Cadeia de Abastecimento): é o processo integrado que per-


mite a obtenção de recursos (insumos) básicos, e os transforma agregando
valores para que possa ser entregue em forma de produtos ou de serviços a
clientes que estão dispostos a pagar por este valor agregado. O supply chain
também pode providenciar a escolha dos fornecedores.

• Logística: providenciará a melhor forma de distribuição dos produtos: como


entregar (paletes, pacotes, caixas etc). Também providenciará os melhores
meios de transporte e armazenamento.

• Departamento Legal: Nenhuma embalagem ou produto poderá chegar ao


consumidor final com textos, imagens ou gráficos abusivos, com linguagem
enganadora ou que violem os Direitos do Consumidor, ou ainda omitindo
informações importantes. É onde entra o Departamento Legal que, à luz das
leis, códigos etc, dará aval ao projeto.

 Capítulo 2 – O Design e a Produção Gráfica – 27


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Que cuidados o designer


da embalagem deve ter?
Muitas são as precauções que os criadores de design de embalagens devem
ter. Como vimos, cada processo possui suas características que devem ser res-
peitadas. A flexografia, por exemplo, possui características ímpares, e um pouco
de conhecimento facilitará a criação de artes próprias para reprodução.
Vamos considerar os principais cuidados que a flexografia requer. São eles: cor,
textos e imagens/ilustrações.

g
 A cor que eu vejo na tela do
computador é exatamente a mesma
que eu vou obter na impressão?
Não. O que você vê é a cor formada por RGB (red, green e blue), ou seja, o
monitor se utiliza de luz colorida para formar todas as cores que você vê,
processo chamado de síntese aditiva. Na impressão o que formará a cor serão
tintas com pigmentos que refletirão a luz (síntese subtrativa).

LUZ MAGENTA LUZ AZUL VERMELHO


VERMELHA VIOLETA AMARELO MAGENTA

BRANCO PRETO

AMARELO CIANO VERDE AZUL


VIOLETA

LUZ VERDE CIANO

 Síntese aditiva:  Síntese subtrativa:


 como as cores são  como as cores são
formadas no monitor formadas na impressão

É possível aproximar a cor que vejo


no monitor e o resultado impresso?
É possível sim. Porém, será necessário a calibração entre a impressora para
provas digitais (tipo ink jet, por exemplo) e a impressão. Normalmente isso é
feito dentro da empresa convertedora ou gráfica. Os estúdios, devido à distân-
cia e também por trabalhar com diversos convertedores, não possuem essa
calibração. Hoje em dia há um grande movimento do WYSIWYG que é a abre-
viação da expressão em inglês What You See Is What You Get, que pode ser
traduzido para “O que você vê é o que você tem”, no sentido de que a imagem
que se vê na tela do computador já está com a aparência do trabalho final.

28 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

TEXTOS
Que tipos de textos são mais
apropriados para flexografia?
Quase todas as embalagens possuem textos, mas às vezes, não se tomam cui-
dados simples para garantir a legibilidade das informações. Não é qualquer tipo,  Serifa
caractere ou fonte que pode ser usado sem atenção especial. Tipos com serifas
(Garamond, Bodoni, Times) e fontes cursivas (Brush Script, Mistral, Park Avenue,

 N
Zapf Chancery) não são recomendáveis para flexo. Em geral, estes tipos pos-
suem um grau de dificuldade na impressão por acumular tinta mais facilmente e
também por falhar, quando se trata de cursivas. As fontes recomendáveis são as
lapidárias ou sem serifas como a Arial, por exemplo.

O corpo do texto afeta a impressão?


Textos com corpo muito pequeno são difíceis de reproduzir, porém em muitas
embalagens, e especialmente em rótulos e etiquetas, o seu uso é inevitável. Se
não der para evitar textos com corpo menores que 8 pontos, então não tenha
dúvidas, utilize fontes lapidárias (sem serifas e não cursivas). O itálico também
deve ser evitado, pois tende a afinar as linhas do texto.

Que cuidados
ter com textosse deve
negativos?
São basicamente dois: evitar fontes serifadas ou cursivas e tamanhos pequenos.
Abaixo de corpo 8, por exemplo, haverá problemas. Textos com corpos peque-
nos e com serifas tendem a entupir na impressão e a perder legibilidade.
TABELA DE TEXTOS PARA FLEXOGRAFIA 
CARACTERÍSTICAS EVITAR INDICADOS
SERIFAS e Curivas 
Fonte  Itálicos LAPIDÁRIAS (sem serifas)
Textos negativos
Corpo 12 Corpo 10 Corpo 12 Corpo 10 
Corpo 8  Corpo 6 Corpo 8  Corpo 6

Textos positivos
Corpo 12 Corpo 10 Corpo 12 Corpo 10 
Corpo 8  Corpo 6 Corpo 8  Corpo 6

Fonte   Conjunto das letras do alfabeto, números e sinais desenhados de modo característico.
Corpo  Tamanho do texto, normalmente dado em pontos (pts).
Ponto   Unidade de medida da letra. Um ponto equivale a 0,325 mm.
Itálico  Inclinação que se dá a vários tipos de fontes.
Serifa   Traços que fazem o acabamento de uma letra.

 Capítulo 2 – O Design e a Produção Gráfica – 29


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Qual a diferença entre fontes


PostScript e TrueType?
PostScript é uma tecnologia que realmente fez a evolução da escrita em todos
os produtos gráficos. Sem a PostScript, os desenhos feitos em computadores
não iriam muito longe. Antes dessas fontes os designers não tinham controle
sobre o que sairia como fontes no resultado final para impressão.
Por outro lado a vantagem das fontes TrueType é que são baratas e por isso
são populares. Além disso, são fáceis de manejar e gerenciar. Porém, podem
causar muita dor de cabeça ao Bureau ou gráfica.
g  PostScript trata os itens PostScript foi desenvolvida pela Adobe (empresa de software que publica o
 de uma página como Photoshop, um dos mais conhecidos e utilizados softwares gráficos). PostScript
um objeto geométrico
difere de outros códigos para textos porque trata os itens de uma página
(textos, imagens e gráficos) como um objeto geométrico. Quando imprime em
uma impressora PostScript, são enviados para o sistema em forma de coman-
do de textos. Estes textos contêm informações exatamente como estão na
página (arte). O texto é recebido, entendido e traduzido por um interpretador
PostScript na sua impressora.
Por causa dessa simplicidade de comandos de textos e consistência do inter-
pretador de PostScript, qualquer impressora imprimirá sempre do mesmo jeito
a informação. Enviando sempre a mesma informação Postscript para cinqüenta
impressoras, você obterá sempre o mesmo resultado de impressão. A infor-
mação PostScript é importante principalmente quando se dará saída em filmes
(fotolitos) em uma imagesetter ou CTP (Computer to Plate). Quando se utilizam
Em cima, exemplo de texto fontes TrueType os resultados podem ser inexatos e inconsistentes (falta do
 em PostScript.
Em baixo, em True Type. texto, espaço entre as letras, repaginação, troca de letras ou fontes).

Por que as fontes PostScript são


melhores em Macintosh que em PC?
Os interpretadores PostScript são comuns em impressoras laser em ambiente
Macintosh, mas são menos comuns em PCs com ambiente Windows®. É evi-
dente que isso tem melhorado nos últimos anos e muito se faz hoje com um
PC, mas ainda há problemas. A razão é que o PC não foi criado como uma
máquina gráfica como o Macintosh, mas sim como equipamento matemático.
No entanto, se você já operou um Mac sabe muito bem a diferença entre os
dois. A manipulação de imagens gráficas fica muito mais simples nesses equi-
pamentos.
Ao contrário das fontes TrueType, as de PostScript permitem um desenho con-
sistente de todo o layout sempre. O que você vê na tela do computador é o
que você verá impresso não importando qual a impressora digital, imagesetter
ou CTP. Até mesmo algumas empresas gráficas não aceitam artes com fontes
TrueType por que terão muitas vezes que refazer o arquivo enviado pelo cliente
para “dar saída” na separação de cores.

30 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 30/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

IMAGENS E ILUSTRAÇÕES

Exemplo
Muitos não compreendem por que uma imagem ou ilustração que na tela do  de imagem
seu computador parece perfeita, mas quando é utilizada em uma arte para fotográfica
impressão, fica “pobre”, ou, como se diz, fica sem resolução. O problema não
está no processo de impressão. Como vimos, o que se vê no monitor não é
necessariamente o que se obterá no produto impresso, não importando muito
qual o processo utilizado (digital, offset, rotogravura ou flexografia).

Imagem e ilustração
não são a mesma coisa?
No jargão gráfico normalmente as imagens se referem a fotografias. Já as ilus-
trações são desenhos feitos em softwares especializados, como Corel Draw e
Illustrator ou algum desenho feito à mão e escaneado.

O que é resolução de imagem?


Qual devo usar para imprimir
em flexografia?
O design gráfico não necessita mais resolução do que a capaci-
dade de resolução da impressora ou do processo de impressão.
Note que muitas vezes vemos imagens, fotos em sites na inter-
net que parecem perfeitas e quando tentamos reproduzir em
impressora ink jet, por exemplo, ficam sem definição.

Exemplo de
ilustração

 Capítulo 2 – O Design e a Produção Gráfica – 31


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Isso acontece porque a resolução do monitor é baixa quando comparada à


resolução da impressora. Isso significa que se uma imagem que está sendo
impressa em uma impressora laser de 600 dpi também será necessário uma
resolução de imagem de 600dpi para uma reprodução 100%. Uma imagesetter,
por exemplo, pode ter uma resolução muito maior chegando a 2.400 dpi. É claro
que dependendo da configuração, ela pode descartar imagens acima de 1.200

dpi. Issoimagem
to uma significade
que3.600
imagens com essadisso,
dpi. Sabendo resolução
não ésão impressas
necessário tão bem
guardar quan-
imagens
com resoluções tão altas se forem para impressão. Apenas ocuparão espaço
 Imagens em bitmap precioso em seu computador ou rede além do fato que quanto mais “pesada” a
 mostrando o resultado imagem mais difícil de manusear em programas de edição de imagens.
 de diferentes resoluções
g

72 dpi 150 dpi 300 dpi

Qual é o melhor tipo de


“formato” de imagem?
Quase todas as imagens digitais que são utilizadas no computador estão no
formato RGB (red, green e blue) diferentes das que serão impressas na flexo-
grafia que são cyan, magenta, amarelo e preto ou CMYK (cyan, magenta, yellow
e black. O preto é representado pelo “K” para não confundir com o azul caso
fosse utilizada a letra “B”).
Alguns tipos de imagens, como as em JPG usam um tipo de compressão que
afeta a qualidade da imagem. Durante a edição ou tratamento da imagem,
cada subseqüente exportação de um JPG (mantendo-se o esse formato) irá

degradando a qualidade.
Quando preparamos imagens para impressão em flexografia ou outros pro-
cessos de impressão o ideal é salvar a imagem como CMYK e extensão TIFF.
Esse formato que é a abreviação em inglês de Tagged Image File Format é
amplamente usado pelos profissionais gráficos e designers, pois o TIFF pode
ser comprimido, alterado e exportado sem alterar a qualidade de imagem e
pode ainda guardar informações de cores.

32 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

O que são ilustrações


em vetor e bitmap?
O designer gráfico terá duas opções para trabalhar sua criação como arquivo
digital: Vetor ou Bitmap. Na tela do computador elas parecem idênticas, mas,
em uma inspeção mais acurada perceberemos muitas diferenças entre elas.

 Vetor
As artes em Vetor são preparadas em programas de
ilustração como o Adobe Illustrator ou Freehand,
que são baseados em código PostScrip. O
design gráfico “plota” pontos na sua pranche-
ta digital marcando pontos. Daí ele conecta
esses pontos fazendo linhas retas ou curvas.
As formas são então preenchidas com cores,
gradientes (para fazer degradês) ou mesmo
outros padrões. Se o designer utilizar softwares
como o Illustrator ou Freehand, então provavel-
mente a figura que criou será uma imagem em Vetor. A grande coisa sobre as
imagens em vetor é que podem facilmente ser editadas por clicar nos pontos
e movê-los criando outros contornos. Não importando se a imagem é grande
ou pequena ou se você reduzirá ou ampliará, a imagem sairá perfeita, sem
distorções. No entanto, como as imagens em vetor utilizam código PostScript
pode ocorrer que essas imagens não saiam perfeitas em impressoras digitais
que não possuem o código.
Um objeto vetorial
 pode ser ampliado sem
 perda de qualidade
Bitmap
As artes em Bitmap escaneadas ou criadas
em programas de edição de imagens como o
Photoshop são outra opção diferente das ima-
gens em vetor. Uma imagem de 72 dots-per-inch (dpi)
pode parecer bonita no monitor, mas não é boa sufi-
ciente para a impressão gráfica. Uma foto com resolução
de 300 dpi é o que se indica para imprimir em tamanho
natural ou 100%. Porém se aumentar em 300% todos os
pixels da imagem também aparecerão, deixando-a com
visual desagradável e com baixa resolução.

Quando se amplia uma


imagem em bitmap os
 pixels aparecem

 Capítulo 2 – O Design e a Produção Gráfica – 33


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 33/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Qual a melhor?
O ideal é que o designer gráfico procure criar imagens em vetor sempre que
possível, pois são mais fáceis de manipular. No entanto se for uma fotografia,
então não haverá escolha, pois essas imagens são sempre bitmaps. Mas não
tem problema se você sempre procurar trabalhar com o máximo de resolução
para garantir a perfeita reprodutibilidade da imagem impressa nos diferentes
sistemas de impressão.

g O que é color trap e para que serve?


Depois dos filmes produzidos, as cores impressas precisam ser alinhadas
(registradas) com precisão. Se as cores não estão alinhadas corretamente na
página, espaços em branco podem aparecer entre as cores que estão jun-
tas. Este problema é chamado de “fora de registro” e pode deixar o visual da
impressão muito ruim. Isso acontece porque, dependendo do tipo de impres-
sora, ou mesmo do tipo de processo de impressão, vários fatores (máquina,
cilindros, camisas, material, entre outros) podem fazer com que as cores não
se encaixem. Assim, para prevenir possíveis variações o operador experiente
utilizará um recurso chamado de color trap.
Por exemplo, o círculo cyan está registrado com o magenta de fundo. Daí
separam-se os filmes/clichês em dois: um para o cyan e outro para o magenta.
Porém, se não houver um recurso de trapping, qualquer variação mostrará o
desencaixe.

Original Filme/clichê  Filme/clichê


 do cian  do magenta

Note na figura que, sem o trap, quando aparece a variação, cria-se uma área
branca, e onde se aplicou o recurso de trap não há o círculo, embora haja a
mesma variação. É claro que são necessários cuidados para utilizar o recurso,
especialmente levando em consideração as cores.

Variação Variação
 sem trap  com trap

34 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 34/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Outra forma de se evitar (ou esconder a possível variação de registro) é quan-


do em embalagens há mais de duas cores. Daí deve-se engrossar as linhas de
contorno que esconderão o problema, caso ocorra na impressão (veja figura
abaixo).

Linhas grossas
 ajudam a esconder
 o “fora de registro” 

O que e um arquivo em PDF/X?


PDF/X
Documenté umFormat”
subconjunto
(PDF) foidedesenvolvido
especificações quecomitê
pelo é a sigla do de
técnico inglês
artes“Portable
gráficas
(Committee for Graphic Arts Technologies Standards - CGATS) e está sendo
padronizado como norma internacional ISO pelo ISO/TC 130.
O formato é baseado no PDF da empresa Adobe (a mesma que criou o
Photoshop) e serve para envio/troca de documentos digitais com anotações
ou não, de trabalhos prontos para a impressão inclusive com informações de
cores, texto etc.

O que é o PDF/X-1a?
PDF/X-1a restringe o conteúdo em um original no formato PDF que não sirva
diretamente à finalidade da saída de alta qualidade da produção da cópia para
impressão, tal como anotações, ações de Java, e multimídia inseridos.
O PDF/X-1a elimina também os erros mais comuns na preparação e envio
digital das artes. De acordo com um estudo da GATF (Graphic Arts Technology
Foundation) conduzido em janeiro 2002, os erros mais comuns em arquivos
PDF eram os seguintes:
• Fontes de textos não incluídas.

•• Perda
Erros de
de cores.
imagens.
• Características de overprint e trapping.
Já quando se prepara um documento em PDF/X-1a o arquivo garantirá que
esses erros não aconteçam porque ao imprimir em PDF o software (Acrobat
Distiller®) tem como padrão confirmar que:
• Todas as fontes e imagens devem estar incluídas.
• Todos os elementos são codificados como CMYK.
• O arquivo também deve indicar os trappings.
• Outros itens importantes.

 Capítulo 2 – O Design e a Produção Gráfica – 35


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 35/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Necessidades
do cliente
WORKFLOW
Foto da Arte Foto da Arte
Arte
digitalizada câmera gerada no Arte
digitalizada câmera gerada no
digital computador digital computador

Retoque e Retoqu
PROVAS correção PROVAS correç
de cores de cor

SIM OK  NÃO


Corrigir OK  NÃO
Corrig
? ?
SIM

Cria a prova Informações


para a
Conceito
do projeto
Lay-out
do projeto
OK  SIM final e a
printer que separação
de cores
Montagem
do trabalho PROVAS OK
? será aprovada
pelo cliente e demais ?
informações
NÃO

Melhoria
do projeto

DESIGN PRÉ-IMPRESS
36 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 36/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

FLEXOGRAFIA
Preparação
das tintas

PROVAS

O Correção
da imagem
OK  NÃO

?
SIM

Fazer os
filmes e
clichês ou
deixar os Montar os
clichês
Prova de
clichês OK  SIM Ajustes de
impressão
OK  SIM Imprimir
o serviço
arquivos
digitais
montados ? ? completo
prontos
NÃO

Corrigir o
problema
Aprovação
do cliente

O IMPRESSÃO
 Capítulo 2 – O Design e a Produção Gráfica – 37
http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 37/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Quais são os itens de


um checklist básico para
orientar o trabalho do designer?
Para evitar erros de projeto, o profissional de design pode seguir um checklist

com diversasAlguns
lembrados. informações importantes.
são considerados emPreparei
capítulosumespecíficos
com itensdo
que devem
livro. ser
Outros
você mesmo poderá colocar conforme as características do seu trabalho.
Conforme vimos também, se você utilizar o PDF/X-1a terá seu trabalho facili-
tado, pois ele conferirá todos os itens que são necessários para a reprodução
g gráfica de alta qualidade.

GERAL LAYOUT FONTES


 Imprimir seu documento (arte)  Conferiu todas as medidas  Todas as fontes estão presentes
em sua própria impressora e olhar da embalagem incluindo o passo no documento?
de longe se o resultado do layout é da foto-célula e os critérios para
o que você está esperando. Se não inserção de código de barras?  As fontes são legíveis e foram
for, voltar e refazer de forma que Lembre-se: quando a impressão é evitadas cursivas e serifadas?
atinja o resultado que você quer e, em flexografia, o posicionamento
principalmente, que seja legível. do código de barras possui menor
distorção no sentido longitudinal da
 Salvar seu documento para impressão. IMAGENS
futuras edições. Salvar em estágios
diferentes e, claro, na versão final.  Os elementos que serão “san-  Todos os arquivos de imagens
grados” quer dizer, cortados na estão presentes.
 Ler o texto e corrigir possíveis borda da arte atravessam 5mm
erros. além da marca de corte?   Todas
como TIFF?asNenhuma
imagens foram salvas
imagem foi
 Marque este item se você tiver  Nenhum elemento importante salva como GIF ou JPEG para não
tomado todos os cuidados solici- do projeto termina dentro de 5mm permitir a degradação da cor ou
tados pelo seu cliente quando lhe da borda da corte? resolução através da compressão?
encomendou esse trabalho.
 Nenhuma imagem ou ilustra-
 Você considerou o tipo de ção possui linhas finas menores
material em que será impresso CORES que 0,25 pontos que são de difícil
o seu trabalho (papel, plástico, reprodução em flexografia?
alumínio)?  Todas as cores foram criadas
ou convertidas como CMYK?  As imagens fotográficas foram
 Tem certeza de que tudo o que salvas com pelo menos 300 dpi
usou no trabalho é apropriado para  Todas as cores juntas (CMYK) (dots per inch) no tamanho original?
impressão em flexografia? no total somam no máximo 270%.
 Ilustrações a traço (tipo bico de
pena) entre
lução foram800
escaneadas
e 1200 ppicom reso-
(pixels
per inch).

CK LIS T
CHE
 Meios tons (imagens reticula-
das) que foram escaneadas foram
devidamente feitas de tal forma que
não causem “moiré” no resultado
final de impressão.

38 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 38/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

 Capítulo 3 – Pré-impressão – 39
http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 39/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

 Neste capítulo você vai ver:


• O que é a pré-impressão
• Por que é importante
• Quais equipamentos e softwares mais utilizados
• Como escolher retículas, pontos, ângulos e lineatura para flexografia
• Ganho de pontos e como controlar
• Densitometria e distorção de clichês

http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 40/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

3•Pré-impressão
de flexografia a reprodução gráfica é fundamental o uso de retículas. Toda
imagem que possui variação tonal (observe a imagem abaixo)
necessitará ser decomposta em pequenos pontos que chama-
mos de retícula. Esses pontos variam em freqüência ou tama-
nho, produzindo com isso uma imagem de graduação tonal.

 Capítulo 3 – Pré-impressão – 41
http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 41/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

O que é pré-impressão?
Costuma-se designar pré-impressão (prepress) todas as operações que são
necessárias para a preparação da imagem, gravação dos clichês e verificação
da qualidade do mesmo por meio de provas digitais ou analógicas.
A pré-impressão serve para preparar todo o processo que envolve a confecção
da imagem, filmes, provas digitais ou analógicas e clichês. No entanto, é mais
comum que a pré-impressão seja entendida como sendo apenas a área que
possui os computadores, scanners, imagesetter etc.

Quais os equipamentos utilizados?


Uma configuração típica de pré-impressão possui computadores (normalmen-
te a preferência é pela linha Macintosh), Scanner, imagesetter e uma processa-
dora de filmes.

Computador Apple
 Macitonsh G5

 Scanner Epson
 Perfection 4990 Photo

 Imagesetter Avantra 44

42 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 42/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Quais os softwares
utilizados na pré-impressão?
São quatro os principais softwares para editoração eletrônica: 1) Editores
de Textos (Microsoft Word, Word Perfect, Word pro), 2) Tratamento de ima-
gens (Photoshop, PhotoPaint, etc), 3) Ilustrações (Corel Draw, Illustrator) e 4)
Paginação (Art Pro, In Design, etc). Na prática os editores de textos são pre-
teridos pelos softwares de paginação e o software da Esko-Graphics. Outro
software utilizado especificamente para a flexografia é o FlexoCal que corrige
os possíveis ganhos de pontos antes da gravação do clichê. Há, no entanto,
sofwares especializados para a área de embalagens que facilitam a montagem
do layout, corrigem ganho de pontos e preparam a imagem para dar saída,
quer dizer, para cópia digital ou simplesmente para fazer os fotolitos.

 Softwares
 especialistas
 para correção
 de imagem
 em flexografia

 Software da Esko-Graphics

Como a imagem é preparada


para ser impressa?
Toda imagem necessita de uma prévia preparação de cores. No caso da ima-
gem fotográfica é necessário reticulá-la, ou seja, decompô-la em milhões de
elementos que chamamos de pontos de retícula. No caso de traços e linhas
isso não é necessário.
 Imagens fotográficas
 possuem variações de tons
O que é retícula?
São os milhões de elementos que compõem a imagem. A retícula é necessária
para que possamos visualizar uma imagem fotográfica na impressão. São os
pontos da retícula maiores e menores que dão a ilusão de áreas claras e escu-
ras de uma imagem. Em áreas claras os pontos são menores. Em áreas escuras
os pontos são maiores.
Pontos de meio-tom (como também são chamadas as retículas) são normal-
mente quantificados pela porcentagem da área que cobrem. Isto é necessário
para permitir o depósito de diferentes quantidades de tinta que reproduzem as
variações tonais da imagem original.

 Capítulo 3 – Pré-impressão – 43
http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 43/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

O olho humano, a certa distância, tem uma ilusão de variação de tonalidade,


pois não pode perceber os milhões de elementos (pontos) que compões a retí-
cula. Faça o seguinte teste com a figura abaixo: primeiro olhe de perto e depois
a coloque a uns três metros de distância. Notou que à distância a imagem
suaviza? Na realidade o olho humano tende a agrupar os pequenos pontos da
retícula dando a ilusão de uma fotografia.

O que é quadricromia?
Uma imagem fotográfica colorida é decomposta em quatro cores básicas:
Amarelo, magenta, cyan e preto. Daí o termo quadricromia. Quando se usam
duas
corescores:
usa-sebicromia; três cores:
normalmente tricromia
o termo e assim por diante. Acima de quatro
policromia.

Os pontos de retícula possuem


formatos diferentes?
Sim. Os pontos mais comuns em produtos impressos em geral são as retículas
geométrica e estocástica e de ponto quadrado, redondo e elíptico.

Qual o melhor tipo de


ponto para flexografia?
O melhor tipo de ponto para a flexografia é o redondo. A vantagem é que nas
áreas de 50 % de imagem não há o encontro dos pontos e isso facilita a impres-
são não permitindo o entupimento da retícula pela tinta. O mesmo não ocorre
com pontos quadrados e elípticos cujos vértices se encontram prematuramente
facilitando assim o entupimento da retícula.

44 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 44/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

TIPO
DE ILUSTRAÇÃO COMENTÁRIOS
PONTO
 
Constituída por pontos exata-
mente quadrados. Esta forma
  o
   d de ponto oferece uma boa
  a
  r combinação de rendimento

   d
  a tonal e definição
lhes, tendo de deta- do
a porcentagem
  u ponto facilmente determinada.
   Q Contudo, devido à união simul-
  o
   t tânea dos quatro vértices do
  n ponto há um maior entupimen-
  o to da retícula no clichê flexo.
   P Deve-se evitar esse tipo de
ponto na flexo.

Ponto de difícil reprodução


  o visto que as elipses (cantos
   t
   i
  c
  p
dos pontos) no sentido se
tocam em baixas porcenta-
   í
   l
   E gens. Isso cria um acúmulo de
tinta entre os pontos que torna
  o
   t a impressão propensa a bor-
  n rões e entupimento na impres-
  o são. Não é recomendado para
   P
flexografia.

  o Esta retícula compensa par-


   d
  n cialmente o acúmulo direcio-
nal da tinta e o conseqüente
  o aumento dos tons. Não ofere-
   d
  e ce riqueza de detalhes, mas é
   R o ponto que melhor se adapta
  o
   t à flexografia, pois ameniza o
  n problema de acúmulo de tinta
  o entre os pontos de retícula
   P durante a impressão.

   i
  o
  c
  r   s
Composto
aumentam de ou linhas que a lar-
diminuem
   t   a gura. Em áreas claras, linhas
   é   h mais finas. Em áreas mais
  m   n
  o   i
escuras, linhas mais grossas.
   l Utilizado por algumas empre-
  e  e
  g   d sas, este ponto dificulta a aná-
  o  u
   t
lise visual da imagem e facilita
  n  o o entupimento da retícula do
  o clichê. Não é recomendado
   P para flexografia.

 Capítulo 3 – Pré-impressão – 45
http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 45/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

O que é ângulo de retícula?


Em processo que envolva duas ou mais cores sobrepostas de retículas é neces-
sário que estas mantenham uma distância de pelo menos 30º uma da outra.
Observe na imagem abaixo como cada cor se comporta. Caso não se respeite
o ângulo, ocorrerá o “moiré” (lê-se moarê).
Y = 82,5º Y = 90º
M = 67,5º K = 75º

M = 45º
K = 37,5º

C = 15º
C = 7,5º

 Angulação padrão do processo flexográfico Angulação padrão do processo offset

p
Quais os melhores
ângulos para flexografia?
Diferente de outros processos de impressão, a flexografia utiliza ângulos pró-
prios pesquisados para obter o melhor resultado de impressão.
Assim uma típica seleção para flexografia é:

Cyan – 7,5º / Ângulos recomendados


Preto – 37,5º / Magenta à– flexografia
67,5º / Amarelo – 82,5º

82,5º
67,5º

37,5º

7,5º

46 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 46/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

O que é “Moiré”?
O “moiré” é um efeito xadrez que ocorre na imagem quando os ângulos da
retícula estão em menos de 30º. A única exceção é o amarelo que permite uma
inclinação de 15º (por ser uma cor clara, o moiré não é perceptível).

 Imagem sem moiré Imagem com moiré

Existe alguma retícula que


não provoque o “Moiré”?
Existe sim. Chama-se retícula “estocástica” ou “FM Screen” (retícula de freqüên-
cia modulada). Nesse caso o que varia na imagem não é o tamanho do ponto,
mas sim a freqüência (quantidade) dos pontos. Em áreas escuras há maior
concentração, em áreas claras menor concentração. O problema de seu uso na
flexografia é que facilita o entupimento da retícula na impressão. Uma alter-
nativa é o uso de retícula híbrida, quer dizer, em áreas de 3% à 10% utiliza-se
estocástica. Acima disso, retícula convencional.

 Retícula  Retícula
 convencional  estocástica

 Capítulo 3 – Pré-impressão – 47
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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

O que é lineatura?
Pode-se definir lineatura como: “a quantidade de linhas de pontos existente em
um centímetro ou polegada linear”.
Existem retículas de diversas lineaturas e sua escolha dependerá do tipo de
suporte a ser impresso (papel, papelão, plásticos, alumínio etc), e das caracte-
rísticas de reprodução do processo em que serão confeccionados os clichês.
1 cm
 Veja abaixo exemplos de utilização de lineaturas:

80 l/cm: Apresenta riqueza de detalhes finos para trabalhos de reprodução artística


em papel brilhante e liso. Aplicado aos processos de impressão offset e rotogravura.

60 l/cm: Apresenta também resultados bons nos detalhes e


pode ser empregado em papel mais poroso. Para offset e roto.

48 a 52 l/cm: Alguns trabalhos em flexografia já são realizados


nesta lineatura. Porém, exige bom controle do processo.

36 l/cm: Muito utilizado em flexografia, pois não entope a retícula


com facilidade. Por outro lado perde muito nos detalhes da imagem.

25 l/cm: também é utilizado na flexografia para serviços grosseiros que não requerem qualidade.

48 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 48/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Em que influi a lineatura


na reprodução da imagem?
A lineatura é diretamente responsável pela definição da imagem. Lineaturas
mais altas resultam em maior definição; lineaturas mais baixas têm menor defi-
nição. No entanto é preciso ter cautela visto que na flexografia lineaturas mais
altas podem significar maior entupimento e dificuldades de impressão.

Dica Importante  na escolha da lineatura: É possível fazer bons


trabalhos de quadricromia com lineaturas mais baixas. A vantagem,
nesse caso é o ganho de velocidade na impressão e poucas paradas
de máquina para limpeza do clichê durante a operação.

Qual a melhor lineatura


para flexografia?
Isso depende do segmento, tipo de serviço, máquina, anilox e outros fatores.
No entanto, há um parâmetro médio utilizado no mercado brasileiro, conforme
segue:
  Papelão ondulado: 25 a 34 linhas/cm = lineaturas mais baixas para máquinas
com menos recursos e lineaturas mais altas para máquinas mais sofisticadas.
  Banda Larga (Embalagens flexíveis): 36 a 42 linhas/cm.
  Banda Estreita (Etiquetas e rótulos): 46 a 60 linhas/cm.

Geralmente utilizam-se lineaturas mais altas para impressão com tinta U.V. É
evidente que esses parâmetros podem variar bastante conforme os recursos
de máquinas, tintas, clichês etc.

Que dizer da porcentagem de pontos?


Porcentagem de pontos é a quantidade de área impressa em relação às áreas
não impressas de uma imagem. A porcentagem varia entre 1% a 99% onde
100% é considerado um fundo chapado.

0% 5% 10% 20% 30% 40%

50% 60% 70% 80% 90% 100%

 Capítulo 3 – Pré-impressão – 49
http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 49/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

O que é “contraste de imagem”?


O conceito de contraste é interessante, pois nem todos os profissionais da área
se acostumaram a enxergar a imagem com variações tonais diferentes entre as
áreas claras, médias e escuras de uma fotografia.
Em linguagem simples podemos dizer que contraste é a diferença entre as
áreas claras, médias e escuras de uma imagem.
TIPO IMAGEM COMENTÁRIOS
 
  e O baixo contraste se caracteriza
   t pelo “achatamento” da imagem,
  s
  a
  r quer dizer, as áreas claras (míni-
   t mas) subiram e as áreas escuras
  n (máximas) baixaram. Esse proble-
  o
   C ma é comum nas imagens flexo.
  o Geralmente no momento do retoque
   i
  x
  a no arquivo
a subir digital, opois
as mínimas, operador
essas tende
áreas
   B são difíceis de gravar.
p
 
   l
  a No contraste ideal, as áreas claras,
  m
  r intermediárias e escuras estão equi-
  o libradas permitindo a boa visualiza-
  n ção da imagem com suas nuances
  e
   t depois de impressa. Naturalmente
  s algumas imagens já são criadas com
  a
  r deficiências de contraste. Nesses
   t
  n casos é necessário observar o que o
  o cliente final deseja.
   C

 
Quando o contraste é alto, as áreas
  e
   t
de máxima ficam muito altas e as
  s áreas de mínima (claras) ficam muito
  a
  r baixa. Acontece então o que na flexo
   t chamamos de “furar” a imagem, quer
  n dizer, não há pontos para imprimir.
  o
   C O resultado depois de impresso é

   l
   t
  o desagradável
escuras à vista.seJá“juntam”
os pontos nas árease
   A chapam. Em ambos os casos se per-
dem os detalhes da imagem.

50 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 50/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

O que é “ganho de pontos”?


O ganho de pontos pode ser entendido como aumento físico, em nível geométrico
ou óptico, de cada um dos pontos de retícula correspondente a uma imagem.
Dentre os vários processos de impressão, a flexografia é, simultaneamente, o
que mais cresce e um dos que mais evoluíram tecnologicamente.
Entretanto, apesar de toda a evolução tecnológica, dos grandes processos de
impressão, é aquele que mais apresenta restrições técnicas, exigindo grande
nível de conhecimento em todas as fases do processo para obtenção de uma
boa qualidade de impressão.
O primeiro passo para a obtenção de uma boa qualidade de impressão é o
entendimento da chamada Curva de Reprodução.
Como todos os processos de impressão, a flexografia possui uma curva carac-
terística de reprodução, que em termos mais amplos, relaciona a porcentagem
de ponto de uma área do original (geralmente na mídia eletrônica) com o
resultado final impresso.

Por que ocorre o ganho de pontos?


A flexografia é um dos processos de impressão cujo ganho de pontos é mais
acentuado. Alguns fatores colaboram para esse ganho excessivo: cópia do
clichê, fotopolímero muito macio contra uma superfície de contra-impres-
são dura, tinta líquida, ajuste de impressão que depende em grande parte da
habilidade do operador, excesso de pressão, escorregamento do ponto por
erro no diâmetro primitivo, rejeição da tinta pelo substrato ou por outra tinta

(especialmente em tintas UV).


A partir do entendimento das deformações sofridas pela imagem durante as
várias fases do processo de impressão, é possível estabelecer mecanismos de
compensação, que mesmo não sendo capazes de levar a imagem impressa a
ser reproduzida de maneira idêntica aos originais, compensam grandemente
as deformações.

Princípio do ganho de ponto clichê x impresso:

O ganho de ponto acima demonstrado é, em essência, o último dos vários


ganhos possíveis.

 Capítulo 3 – Pré-impressão – 51
http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 51/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Durante o processo de impressão, a tinta na superfície do ponto é comprimida


contra a superfície do substrato apoiado no tambor central ou contra-pressão.
Uma vez que o substrato, especialmente os filmes plásticos, não é capaz de
absorver a tinta, a compressão desta entre duas superfícies não absorventes
gera uma fuga da tinta para a periferia do ponto.
Este fenômeno conhecido por “squash” resulta em uma forma característica de

ponto impresso, demonstrado na figura abaixo.


O círculo preto na figura
 ao lado representa o
 real diâmetro de ponto
 no clichê e os círculos
 magenta, o resultado
 efetivamente impresso

Exemplo de ponto
 característico da
impressão flexográfica

Abaixo é apresentado um diagrama representativo do ganho de ponto e, em


p
seguida, a análise matemática do ganho de ponto, com exemplificação para
maior entendimento.
É recomendável para as empresas de flexografia disporem de lentes de aumen-
to com escala de leitura capaz de medir os pontos, uma vez que a análise
geométrica do ponto demonstra uma série de defeitos.

 Ponto no clichê Ponto impresso

Como se calcula o ganho de pontos?


Avaliando-se os pontos do clichê e do impresso acima temos:

Clichê:
% de ponto= ? Impresso:
% de ponto= ?
Ø do ponto= 130 μ Ø do ponto= 160 μ
Lineatura= 54 l/cm Lineatura= 54 l/c

Por definição, a % de ponto é:

Área do ponto/área do módulo

Módulo: Total de μ² do ponto de 100% e,

52 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 52/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Módulo = (1cm/lineatura (l/cm))²


Como 1 cm = 10.000μ;
Módulo = (10000/LPc)² = Xμ²

Assim sendo, para o ponto do clichê temos:

Módulo (M)μ=² (10000/54)²


M = 34294

Área do ponto no clichê (área de um circulo)(Ap) = πr²


Ap = 3,14159 x (130/2)²
AP = 13273μ²

Portanto, a porcentagem de ponto para o clichê será:

%pc = Ap/M;
%pc = 13273 μ²/34294μ²
%pc = 38,7%

O mesmo módulo vale para o ponto impresso, visto que o módulo está atre-
lado a lineatura.

A área do ponto sofreu um acréscimo devido ao ganho, assim sendo, a nova


área do ponto será:

Ap = 3,14159 x (160/2)2
AP = 20106μ²

% ponto impresso (%pi) = 20106μ²/34294μ²


%pi = 58,6%
Ganho de ponto:

O ganho de ponto de impressão (GPI) será:

GPI =( (%pi - %pc)/%pc)* 100:


GPI = ((58,6-38,7)/38,7)*100
GPI = 51,42%

Portanto o ganho de ponto de uma área de média baixa (39% de ponto) foi
de aproximadamente 50%, o que pode ser considerado muito elevado para a
flexografia atual, onde se esperaria em um bom processo convencional ou Olec
(cópia com luz puntiforme) no máximo 30% de ganho e no laser praticamente
nenhum ganho.

Abaixo segue uma tabela demonstrativa de diversos diâmetros de ponto e sua


porcentagem correspondente em algumas lineaturas usuais:

 Capítulo 3 – Pré-impressão – 53
http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 53/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

COMPARATIVO DE DIÂMETRO DE PONTO PARA DIVERSAS LINEATURAS


  %
Ø 34 38 42 46 50 54
30 0,8 1,0 1,2 1,5 1,8 2,1
40 1,5 1,8 2,2 2,7 3,1 3,7

50 2,3 2,8 3,5 4,2 4,9 5,7


60 3,3 4,1 5,0 6,0 7,1 8,2
70 4,4 5,6 6,8 8,1 9,6 11,2
80 5,8 7,3 8,9 10,6 12,6 14,7
90 7,4 9,2 11,2 13,5 15,9 18,6
100 9,1 11,3 13,9 16,6 19,6 22,9
110 11,0 13,7 16,8 20,1 23,8 27,7
120 13,1 16,3 20,0 23,9 28,3 33,0
130 15,3 19,2 23,4 28,1 33,2 38,7
140 17,8 22,2 27,2 32,6 38,5 44,9
150 20,4 25,5 31,2 37,4 44,2 51,5
p 160 23,2 29,0 35,5 42,5 50,3 58,6
170 26,2 32,8 40,0 48,0 56,7 66,2
180 29,4 36,7 44,9 53,8 63,6 74,2
190 32,8 40,9 50,0 60,0 70,9 82,7
200 36,3 45,4 55,4 66,5 78,5 91,6
210 40,0 50,0 61,1 73,3 86,6 101,0
220 43,9 54,9 67,1 80,4 95,0 110,8
230 48,0 60,0 73,3 87,9 103,9 121,2
240 52,3 65,3 79,8 95,7 113,1 131,9
250 56,7 70,9 86,6 103,9 122,7 143,1
260 61,4 76,7 93,7 112,3 132,7 154,8
270 66,2 82,7 101,0 121,2 143,1 167,0
280 71,2 88,9 108,6 130,3 153,9 179,6
290 76,4 95,4 116,5 139,8 165,1 192,6
300 81,7 102,1 124,7 149,6 176,7 206,1

Como se nota, nas lineaturas menores temos uma faixa ampla de diâmetro de
ponto para trabalhar, o que já é muito mais restrito nas maiores lineaturas.

O ganho de pontos é
igual para cada máquina?
Não. Conforme vimos, cada parte do processo flexo faz com que varie o ganho
de pontos. Assim, é necessário fazer uma avaliação personalizada por máquina.

54 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 54/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Como se corrige o ganho de pontos?


A primeira coisa que se faz é levantar a curva de reprodução. Isso é feito por
se imprimir um “Finger Print” que é uma coletânea de imagens, retículas, textos,
traços e meios para fazer análises densitométricas do impresso (ver nas páginas
 58 e 59 ). Além disso, pode-se também fazer uso de um cilindro de banda (veja
capítulo sobre Anilox).

Como são feitas as medidas para


correção de ganho de pontos?
O ganho de ponto pode ser medido pela utilização de um densitômetro e o
impresso com os respectivos campos de análise contidos no Finger Print ou em
uma tira de controle. O ganho de ponto é medido nas áreas sólidas de impressão
e nas áreas reticuladas, onde o densitômetro faz uma relação entre a luz inciden-
te e a luz refletida sobre a impressão. O resultado obtido é em porcentagem.

Curva de reprodução

O ganho de pontos é igual nas áreas


claras, médias e escuras da imagem?    )
   %
   (
   o
   s
   s
   e
   r
   p
   m
Não. Conforme o exemplo matemático citado anteriormente, em geral o ganho     i
   o
   n
   o
   t
de pontos é menor nas áreas claras e escuras. As áreas médias são as que    n
   o
   p
   e
possuem maior ganho de pontos. Isso se dá por que os pontos nessas áreas    d
   o
   h
   n
   a
    G

tendem a acumular mais tinta. Ganho de ponto no filme/clichê (%)

De que forma se dá a correção


do ganho de pontos?
Os densitômetros atuais possuem programas internos que efetuam auto-
maticamente os cálculos de ganho de ponto. A medição é feita em “steps”
apropriados (5%, 10%, 25%, 50% e 75%). Daí então se utiliza esse dado para
corrigir ou compensar a curva de reprodução antes de imprimir, no software
de preparação da imagem.

O que é um densitômetro?
São instrumentos que medem a luz transmitida ou refletida. Um densitômetro
de reflexão é utilizado como instrumento de controle para verificar a uniformi-
dade e consistência das cores de impressão. O densitômetro de transmissão é
utilizado para analisar a densidade do fotolito. Densitômetro de Reflexão

 Capítulo 3 – Pré-impressão – 55
http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 55/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Por que ocorre a distorção ou


aumento da imagem na flexografia?
Normalmente a cópia do clichê é feita em máquinas planas. Porém quando o
clichê pronto é colado no cilindro porta clichês ele sofre uma distorção natural
do fotopolímero. Dessa forma, um círculo perfeito, se não for corrigida a dis-
torção, será impresso oval. A distorção é sempre no sentido longitudinal, não
havendo necessidade de distorcer ou corrigir lateralmente a imagem.

 y 
Quando uma chapa de fototopolí-
 mero descansa em uma superfície
x  reta, a parte de cima do clichê e
 sua base são do mesmo tamanho
(x=y). Porém, quando o clichê é
 yd  colado na camisa/cilindro, a super-
fície estica pois a distância do cen-
xd  tro até a base e a área de impres-
 são são diferentes (yd>xd).

 A distorção é igual
para todos os clichês?
Não. Clichês com espessuras menores distorcem menos. Clichês mais espessos
distorcem mais. Este, inclusive é um fator a ser levado em conta no momento
da compra de uma impressora.

Quais os elementos importantes de


um finger print para flexografia?
O Finger Print (literalmente impressão digital) possui diversos elementos
gráficos que podem indicar por meio de análises densitométricas a curva de
reprodução de cada impressora. Para cada sistema de impressão (Banda larga,
estreita e corrugados) possui um tipo diferente. Porém, um elemento que nor-

malmente faltapara
é importante é o aqueles
uso de chapados
casos emeque
retículas em um
se utiliza mesmo
retícula Finger Print.
e chapados Isso
combi-
nados. Veja os detalhes num exemplo de Finger Print nas páginas seguintes.

56 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 56/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

O
  AR T E   O U ARQUIV
R UMA CLICHERIA
AO ENVIA E AU   O U  
 BUR
PARA UM  v ia r  à  c 
 l 
ic h  r
 e  ia, 
 ro-
ao u sa r  u m p a s 
 m d u a ra e n - lo s e
 
f e c  h a m  e  n  to  do a rq u i vo p  D ra w e  I  l lu s t ra to r, d e i xá  s eg u nda 
1)   No   o r e  l   e a
 d  e    

lu s t  ra  ç ão  co mo o C  s co n v e r t ido s e m c u r va s   a rq u i vo 
g ra ma  s t e x to  co m o
  im e i ra co m o  e n v ia r   ju n to
 v e r sõ e s: a p r a l. A l é m d i s so, o id ea l  é
 rão  no r m
 no 
 tod pad
a s a s fo n t e s  u sada s  na a r t e. o n to r no s d e  i mag e n s  e m  co ç  r e s o u  não. 
 r ia l 
 r e  p o s  
 iç ã o  d e c  m a  s  d  e   
i  
lu  s t ra ão  v e to
:   é  a   s o b  za  
 r  p ro g  ra
2)  T ra p  e l  é  u t  il i  D F.
 r e co m e ndá v  s t  S c r  ip t o u P
 N e s t e ca so o   g e ra ção d e a rq u i vo s  Po  n t e m pa s-
q u e  fa c i l  ita m
 a
 e p  s   p a  ra  q  u  e não a p r e s e  l  ic h ê e 
o m 2 5 6 s t  t e m e n t e,  c
3)  D eg rad ê
 s: ed i tá- lo s  c do fo to l  ito e, co n s eq ü e n
 s na g e ra çã o 
 sag e n s d u ra  e  s e r 
 i m p r e s são.   ra   m o n  
 ito  r  e s  e não d e v  ma d e 
 pad rão pa o e m s i s t e
4)  S i s t e ma
 RG B:  e s t e é o  r e s.  T udo d e v e  s e r g e rad a r e lo e  P r e to ).
c o
o  pad rão d e   Mag e n ta, A m
ado tado  co m  são, o u s e ja,  C M Y K  (  C ya n,  r ê n c ia 
 co r e s d e   im p
 r e s  u  m   é    
in  k     
je t )  pa ra co n f e
 l ( o ma i s  co m  i vo.
 v  ia r   u  m a  p ro va d ig i ta  e r  na a b e r t u ra do a rq u
5)  E  n  e   p e rd  l e ma s 
 u e pod e m   s  e s e n ta r  p ro b
d e d e ta l h e s q  p eq u e no s  e  l  in ha s  f i na s  pod  e m a p r n t e  s e o  c l i c h ê 
 u i to ,  p r  in c i pa l m e  u m t e s t e a n t e s 
6)  T e x to s  m  na co n f e c ção do c l i c h ê  e r 
 o u   O id ea l  é fa z
d e r e p e t  ição  ra s d e 2 ,8 4 o u ma io r e s.  i  lidad e do  p ro c e s so.
 s u  b
 po s s u i  e s p e s  p r e s so ra pa ra v e r a ca pa
 na m á q u  i n a    
im  e l  D ra w o u 
  D e s ig  n   
ju  n  to co m o Co r o p y  e Pa s t e 
 r o  I n  r o C
 7)  Ao  u t i  l iza  la ta fo r ma P C,  não ado ta  m p rog ra ma  pa ra 
 m p  e  u
 P ho to S ho p e  )  pa ra  le va r  u ma f ig u ra d mo n i to r q u e a  imag e m 
  e   C o la  r  
 ív e  
 l  n o  o n-
(  Co p ia r   b
 v i s
 ra po s sa s e r   o co r r e r  p ro b l e ma s na  c a 
o
  p o  
 i s   e  m
o o u t ro   p od e m  d  e po  i s 
, a i nda a s s i m u m a rq u i vo  e
 e s tá p e r f e i ta  i to.  Sa l v e a  imag e m e m 
 to l  ja.   Fo n te: C l ia
 r t
 f e c ção do  fo  so f t wa r e q u e vo c ê d e s e
 o
 i m po r t e  pa ra

 Capítulo 3 – Pré-impressão – 57
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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

58 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 58/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

 Capítulo 3 – Pré-impressão – 59
http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 59/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

 Capítulo 4 – Clichês – 61
http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 61/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

 Neste capítulo você vai ver:


• Características dos clichês para flexografia
• Quais os principais métodos de gravação de clichês
• Cuidados com os clichês durante o processo de gravação
• Gravação à laser de polímeros
• Cuidados com o manuseio

http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 62/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

4•Clichês para
impressão flexo
  clichê de flexografia possui as áreas de impressão em alto
relevo, quer dizer, a imagem destaca-se acima das áreas de
não-impressão. Vários são os cuidados relacionados ao cli-
chê. Abordaremos os principais cuidados relacionados ao de
fotopolímeros, que, no Brasil, é largamente usado nos vários
segmentos de flexografia.

C
 A 

 A: Espessura Total da Chapa


B: Altura do Piso
C: Altura do relevo

 Capítulo 4 – Clichês – 63
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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

O que são clichês?


São formas (matrizes) de impressão que reproduzirão sempre a mesma ima-
gem. No entanto, com o decorrer da tiragem há um desgaste e isso pode
alterar a imagem.

Clichês feitos
 no sistema
 convencional
utilizam fotolitos

De que são feitos?


No passado recente usou-se muito a borracha natural, borracha sintética e a
mista. No ramo de papelão ondulado ainda se utilizam mantas de borrachas
entalhadas para serviços de traços e letras grossas. Mas o tipo de clichê mais
utilizado hoje em dia é o fotopolímero. Os fotopolímeros são monômeros
compostos de metacrilatos, fotoiniciadores e outras substâncias químicas que
estão depositados sobre uma base de poliéster. Assim, ele possui alta estabili-
dade dimensional e uniformidade de espessura.

Como escolher o tipo de fotopolímero


e quais fatores são importantes?
A escolha do fotopolímero levará em conta o tipo de trabalho a ser executado,
máquina, etc. São três os fatores para a escolha:

1) Espessura do fotopolímero: Existem vários tipos de espessuras e o que


determinará seu uso será o tipo de impressora, quer dizer, o  diâmetro pri-
 mitivo das engrenagens projetadas na fabricação da máquina. As espessu-
ras mais comuns são: 0.76mm; 1.14mm; 1.70mm; 2.84mm; 3.18mm; 3.9mm
e 5.00mm. A espessura influencia diretamente no ganho de pontos e na

64 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 64/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

deformação da imagem. Quanto maior a espessura maior a deformação. Dê


preferência para clichês com 0.76mm de espessura na compra da impres-
sora visto que facilitam o controle da  curva de reprodução da imagem. O
inconveniente é que requerem muito cuidado durante a gravação, pois as
escovas gravadoras podem facilmente remover pontos de retícula.

2) Dureza: Os clichês
chapas mais podem variar
finas possuem entremais
durezas 25º altas
a 85ºeShore “A”espessas
as mais (normalmente as
durezas
menores). Clichês muito macios podem deformar a imagem no momento
da impressão. Os clichês mais duros tendem a não transferir perfeitamente
Durômetro verifica
a tinta de impressão.  a dureza da chapa

3) Resistência do polímero: Normalmente a tinta determina o tipo de resis-


tência que o clichê deverá ter. Tintas com cura ultravioleta (U.V.) necessitam
de fotopolímeros com resistência específica. O ozônio (O 3) liberado pelo
tratamento corona também deve ser levado em consideração se o uso for
perto dessas fontes.

Que métodos de gravação


e cópia existem?
Gravação convencional com fotolito:  ainda é o processo mais utilizado.
Um filme negativo é colocado na superfície do fotopolímero depois que o
mesmo recebeu uma exposição com luz ultravioleta pelo verso para definir
o “piso”, isto é, a base de não-impressão do clichê. Dá-se então a exposição
principal no mesmono
estão transparentes equipamento com(fotolito)
filme negativo o fotolito. As áreas
permitem de imagemdeque
a passagem luz
que polimeriza os monômeros do fotopolímero. Posteriormente o clichê será
“lavado” com produtos químicos que removerão as áreas que não receberam
luz. As que receberam luz foram endurecidas e não serão removidas. Depois o
clichê vai para uma estufa de secagem com uma temperatura
de 60º, onde permanecerá por cerca de 1 hora. No entan-
to ainda é necessário um tempo de descanso que poderá
variar de fabricante para fabricante de fotopolímero. Por
fim é dada uma exposição com luz especial (chamada de

germicida) que eliminará


clichê e o deixará pronto apara
pegajosidade característica
a impressão. Outra opção do
é a utilização de luz puntiforme para a cópia, visto que a
precisão é muito maior.

Equipamento de
 cópia convencional

 Capítulo 4 – Clichês – 65
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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Qual a altura correta do


grafismo em relação ao piso?
Isso depende da espessura e também do tipo de serviço que normalmente a
empresa executa. Apesar disso, a tabela abaixo traz valores interessantes que
podem servir de referência:

Linhas finas Lineatura da imagem


Espessura e pontos e porcentagem mínima
da Chapa isolados 33 l/cm ou 48 l/cm ou 60 l/cm ou
na chapa 85 lpi 3% 120 lpi 3% 150 lpi 3%

1,14 0,7 0,6 0,6 0,5


1,70 0,8 0,7 0,7 0,6
2,84 1,2 1,0 0,8 0,7    I
   H
   A
   S
   A
  :

3,94 1,8 1,2 - -    E


   T
   N
   O
   F

Como se faz e para que serve


a exposição principal no
sistema convencional?
A cópia com filme negativo “mate” (fosco no lado da camada do filme) é feita
em equipamentos apropriados que emitem luz rica em ultravioleta. Nas áreas
transparentes do filme (grafismo, imagem) a luz passará e endurecerá o foto-
polímero. Nas áreas escuras a luz não passará e o fotopolímero ficara “solúvel”
ao solvente de lavagem.

LUZ ULTRA VIOLETA 

FILME NEGATIVO

FOTOPOLÍMERO
Esquema da cópia do fotopolímero

Como determinar a melhor


exposição de verso e principal?
O melhor modo é fazer uma série de testes de exposição. O ideal é utilizar um
test form como o exemplo a seguir. Note também os tempos e quais devem
ser os resultados. Cada fabricante de fotopolímero pode ajudar com um test
form específico.

66 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 66/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

TEST FORM DO PROCESSO DE CONFECÇÃO


DE CLICHÊS DE FOTOPOLÍMERO CONVENCIONAL
ESPESSURA O QUE OBSERVAR
DA CHAPA  NA CHAPA 
1,14 a 1,70 2,84 a 5,0

Meios tons
Meios tons Verifique
Áreas
Áreas míni- perda de
mínimas:
mas: 1%–5% Exposição pontos ou
2%–10% insuficiente
Lineatura: pontos mal
Lineatura:
100–175 lpi formados;
45–120 lpi
Tipo de utilize uma
Tipo de
ponto: Round lente ou
ponto: Round
(redondo) conta-fios.
(redondo)
Ângulo da Ângulo da
retícula: 45º 
retícula: 45º  Exposição
correta

Veja se não
há linhas
tortas.
Confira
Linhas finas: Linhas finas:
Exposição também
Positivas: Positivas:
0.04–1.5 mm 0.08–1.5 mm insuficiente linhas
negativas
Negativas: Negativas:
para ver se
0.04–1.5 mm 0.08–1.5 mm
não estão
entupidas
ou rasas
Exposição demais.
correta

Com uma
lente
Pontos Pontos verifique
Isolados: Isolados: o formato
0.04–0.2 mm 0.06–0.3 mm Exposição do ponto e
insuficiente
Fontes: Fontes: se a base
Lapidárias e Lapidárias e está bem
Serifadas: Serifadas: formada
2–8 pt 4–8 pt para poder
sustentar o
ponto.
Exposição
correta

 Capítulo 4 – Clichês – 67
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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

O que acontece se não se esperar


o tempo de estabilização e já se
utilizar o clichê para imprimir?
Muitas vezes é necessário fazer um clichê às pressas para repor algum que

se estragou
clichê, porém,naprovavelmente
impressora ouhaverá
por outra razão qualquer.
dificuldades no acertoÉ possível
visto queutilizar
o clichêo
pode ainda estar inchado pelo fato de o tempo não ter sido suficiente para a
saída de todo solvente. Outra importante perda é que o clichê durará muito
menos na impressão, uma vez que ele ainda está “aberto” e sujeito à penetra-
ção do solvente flexo que faz com que ele perca suas propriedades.

Solvente: Percloetileno e n-Butanol

3,05mm (+7%) Comparada com a espessura original

Como pode
 gráfico ser observado
ao lado, no
até a primeira
2,89mm (+2%): Depois de 1 hora de secagem hora depois que o clichê sai
 da lavagem ele aumenta de
(2,84mm: Após 8 horas de estabilização)  espessura e, conforme as horas
vão passando, ele volta ao
 tamanho normal.
  m
  m
   4
   8
 ,
   2 2,86mm (+1%): Após 2 horas de secagem

Cópia com luz puntiforme: O processo é exatamente igual ao sistema


convencional descrito acima. A diferença está no equipamento de cópia.
Nesse caso utiliza-se uma copiadora com um tipo especial de luz cha-
mada “puntiforme”. O principal equipamento é a copiadora da empresa
americana OLEC, cuja grande distinção é uma luz halogênica
que produz um endurecimento (polimerização) profundo do
fotopolímero permitindo assim uma cópia de pontos bem
pequenos com pouco ganho de pontos.

Equipamento da OLEC
 que permite cópia
 com luz puntiforme

 Microfotografia  Microfotografia mostrando


 mostrando ponto  ponto da retícula com cópia
 da retícula com  de luz puntiforme.
 cópia convencional Baixo ganho de pontos

 Capítulo 4 – Clichês – 69
http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 69/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Gravação com cópia a laser:  Neste processo, existe uma película negra
(que substitui o fotolito negativo) na superfície da placa que será vaporizada
pelo laser. Dá-se, então, mais uma cópia com luz ultravioleta e grava-se a
chapa normalmente com produtos químicos. A vantagem deste processo é a
eliminação do filme, pois a imagem é digitalizada e é transferida para a placa
diretamente.
 Micro-fotografia do clichê
 em–áreas e 1%definição
excelente de retícula

Equipamento para cópia


 digital de fotopolímeros
 da Esko-Graphics

Gravação rápida (térmica):  Lançado pela Du Pont com o nome de Cyrel


Fast® , este processo baseia-se na remoção das áreas não endurecidas pela luz
(não-impressão) por meio de uma espécie de “toalha aquecida” que é embobi-
nada após o processo. A grande vantagem é a rapidez.

Equipamento
Cyrel Fast®

Gravação de polímero com laser: embora já exista há alguns anos a gra-


vação em borracha para flexografia, o processo de gravar um polímero só
desenvolveu a partir da DRUPA 2000 (Feira de Artes Gráficas que ocorre de
4 em 4 anos na Alemanha) com a adaptação de equipamentos de gravação
a laser já existentes no mercado. Nesse caso, o laser grava diretamente um
polímero removendo as áreas de não-imagem. Após a gravação o clichê está
pronto para a impressão sem necessitar de quaisquer outros processamentos
ou esperas visto que não foi processado com solvente.

70 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Equipamento
 de gravação a
laser modelo
 Morpheus
 da Stork

Como funciona o sistema


de gravação a laser?
Os sistema mais modernos baseiam-se no conceito in-the-round. Um cilindro
de aço onde é colocada a chapa de polímero (note que não é mais fotopolí-
mero pois não é necessário mais a polimerização por meio luz nessa etapa),
irá girar a uma velocidade de 18m/s (cerca de 2400 rpm), enquanto a unidade
de gravação se desloca na extensão do cilindro removendo, por meio de feixes
de laser, toda a área de contra-grafismo (que não será impressa). O laser nesse
caso é o CO2 que permite alta precisão. A chapa ou sleeve absorve a luz que é
convertida em calor, resultando numa decomposição termal. Um software irá
regular o tipo e tamanho dos pontos bem como ângulo (podem ser especifi-
cados até 10 µm (0.01 mm) e 0.01 graus respectivamente).

 A figura ilustra como os três feixes de


Detalhe da gravação a laser – Equipamento Agrios da Stork laser podem “delinear” o ponto gravado

 Capítulo 4 – Clichês – 71
http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 71/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Platô
Meio corte

Primeiro nível

α
Relevo

Tamanho da base
Configuração do desenho do ponto com gravação à laser

RESUMO DOS PRINCIPAIS TIPOS DE CÓPIA E GRAVAÇÃO

     A
     M Cópia Gravação
     E
     T Convencional Cópia Digital com luz Cyrel Fast à laser
     S
     I Puntiforme
     S

     A
     I Fotolito
     P Fotolito negativo Digital Fotolito e luz Não tem
      Ó
negativo
com luz U.V. com laser Puntiforme cópia
     C com luz U.V.

     O Manta Laser


      Ã
     Ç aquecida que remove as
     A Produto Químico Produto Produto
     V remove as áreas de
     A ou Água Químico Químico
     R áreas que não contra-
     G receberam luz grafismo

Precisão nas Não é


     S áreas de Eliminação
     A necessário
     C
     I mínimas e das etapas
     T Menor custo Precisão nas esperar
     S menor custo de cópia e
      Í do mercado áreas mínimas estabilização
     R em relação à gravação
     E
     T cópia laser química
     C Maior ganho Custo ainda Um único
     A de pontos é alto fornecedor de
     R Equipamento Custo ainda
     A insumos (manta
     C requer muitos é alto
e polímeros)
controles

72 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Quais os controles que se deve fazer


ao receber um clichê gravado?
  Verificar se está pegajoso (isso indica que não houve um acabamento adequado).
  Ver se há um brilho excessivo (clichês com superfície muito lisa tendem a
repelir a tinta especialmente à base d’água).
  Observar os flancos (inclinação lateral das imagens também chamada de
ombros) se estão a aproximadamente 30º.
  Analisar a altura do grafismo e contra-grafismo (piso).
  Observar se existem linhas finas tortas.
  Certificar-se de que não tem pontos em áreas de mínima densidade faltando.
  Analisar o aspecto geral do clichê: furos, efeito “casca de laranja”, rachadu-
ras, amassados, riscos, etc.

Qual o melhor método para limpar


o clichê durante a impressão? Clichê limpo e bem controla-
 do é um dos segredos da boa
 qualidade de impressão
De preferência um que não deixa fiapos, que não arranque pontos ou risque
o clichê. Assim, podem-se utilizar escovas bem macias, com pouco solvente
para não descolar o clichê. Estopas, algodão ou panos industriais felpudos
estão descartados. Em algumas empresas o uso de bolas feitas de meia-calça
feminina também tem dado bom resultado. Atenção: nunca limpe o clichê com
a máquina em movimento. Certifique-se que ela esteja travada.

Como se deve limpar o


clichê após a impressão?
O primeiro item importante é o uso do solvente que foi utilizado na própria
tinta de impressão. A limpeza feita logo após o clichê ter saído da impressão é
mais fácil de executar. Deve-se evitar deixar de molho em banheira de um dia
para outro, pois vários solventes podem atacar o clichê. Utilizar preferencial-
mente escovas de pelo animal bem macias.

Qual o melhor método para


armazenamento do clichê?
Os fabricantes de fotopolímeros dão as seguintes sugestões:
 Só guardar clichês muito bem limpos.
  Os clichês poderão ficar na posição vertical ou plana, desde que não sofram
excesso de peso ou tensão.
  Armazenar em local fresco e arejado, protegido da ação do ozônio, prove-

 Capítulo 4 – Clichês – 73
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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

niente de relâmpagos, luz solar, faiscamento de motores elétricos, luz de


arco voltaico, tratamento Corona e eliminadores estáticos. Caso seja inevi-
tável, aplicar etil-glicol para proteger.
  O ideal é ficar sob uma temperatura que de preferência não exceda os 25º C.
  Se montados em cilindros, após a aplicação de silicone, envolvê-los em
papel ou em envelopes do tipo Kraft.

 Se desmontados, envolvê-los
impermeabilidade do plástico em
nãopapel, e nunca
permitirá emdos
a saída plástico, vistoretidos
solventes que a
pelo clichê durante a impressão.

Existem controles a serem feitos


nos clichês de um modo geral?
Existem sim. A verificação da espessura da chapa, quer dizer sua uniformidade
é recomendável. Se a chapa possuir diferenças de espessuras, haverá compli-
cações no momento de impressão especialmente no acerto, causando uma
impressão falha.

Controle da espessura e uniformidade é


fundamental para uma boa impressão

Qual a tendência dos


sistemasnodemercado
chapas gravação de
mundial?
A eliminação do fotolito já é uma realidade com a digitalização dos processos.
Isso elimina custos de produção e melhora a qualidade. Mas o melhor mesmo
é a gravação com laser, cujo desenvolvimento melhorou a qualidade e a veloci-
dade e reduziu o preço. Assim, a tendência é que sistemas de gravação a laser
predominem em clichês de polímeros nos próximos anos.

74 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

 Capítulo 5 – Montagem de clichê e provas de impressão – 75


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

 Neste capítulo você vai ver:


• Quais os métodos de montagem mais comuns
• Cuidados na montagem de clichês
• Características dos dupla-faces
• Camisas para montagem
• O que são provas de flexografia
• Catálogo Pantone

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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

5•Montagem de clichê
e provas de impressão
or montagem em flexografia entende-se a disposição de cli-
chês fixados e colocados sobre a superfície do cilindro porta-
clichês. A montagem é uma etapa importante do processo
flexográfico, pois dela depende o registro perfeito das cores.
A execução de provas de impressão também ajudará a evitar
desperdício de tempo no setup de máquina.

Quais os métodos de
montagem de clichês?
São quatro os métodos de montagem de clichês:
a)  Montagem manual
b)  Máquina de montagem óptica
c)  Sistema de registro por pinos
d)  Sistema de montagem com vídeo por micro-pontos (microdots)

a) Montagem manual
A montagem manual é a mais simples e a mais imprecisa de todas, visto que
depende do cuidado e da experiência do montador. A importância da boa
montagem pode ser resumida no fato de que, se a colagem não for precisa
no registro ou se houver bolhas entre o clichê, a dupla-face e o cilindro, tem-
se que parar a máquina para corrigir. Em muitos casos há a necessidade de
se remover o cilindro porta-clichê com perda de tempo precioso. Além disso,
quando a colagem envolve vários clichês, a probabilidade de erro é maior.

 Capítulo 5 – Montagem de clichê e provas de impressão – 77


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

 Montagem para corrugado

b) Máquinas de montagem óptica


O operador deste tipo de máquina deve ser especializado. Com a ajuda de um
espelho de reflexão com um fator de ampliação de 1:1 ele posiciona uma ima-
gem sobre outra usando como referência o espelho. A precisão da montagem
depende em grande parte da perícia e concentração do operador para montar
 jogos completos de clichês com plena sincronização e, em muitos casos, jogos
de oito cilindros. Tem a vantagem de permitir uma prova impressa para verifi-
cação do registro.

c) Montagem por pinos


Neste sistema a precisão é maior, visto que o clichê é furado em determinadas
posições e fixado no cilindro em um equipamento por meio de réguas. Embora
o princípio seja simples, requer cuidados e não garante uma precisão absoluta.
Também os furos feitos no clichê são uma janela de entrada para o solvente da
g
tinta de impressão, podendo causar o desprendimento do clichê da dupla-face
durante a impressão.

d) Sistema de montagem por micro-pontos


Permite uma absoluta precisão e normalmente estes equipamentos possibili-
tam fazer uma prova impressa com tinta pastosa para a verificação do registro
de cores. Naturalmente a prova neste equipamento é única e exclusivamente
para verificar o registro.

78 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

 Montadora Viper Gearless


 computadorizada. Grava cerca
 de 10.000 trabalhos na memória

Qual é o melhor sistema de


colagem utilizado hoje em dia?
O sistema de micro-pontos (micro-dots) é o que permite maior precisão. O
equipamento possui câmeras de vídeo para a visualização dos micro-pontos
gravados nos clichês (cerca de 0,25 mm de diâmetro) que se movimentam por
meio de motores. As vídeo-câmeras aumentam os pontos cerca de 30 vezes
para equipamentos que possuem dois vídeos e 140 vezes para modelos com
8 câmeras. Como o sistema de vídeo é travado na posição do primeiro clichê,
o registro de cores é preciso, bastando acertar os próximos pontos dos clichês
pelo primeiro. Uma das vantagens, além da precisão do registro, é que não é
necessário cortar o micro-ponto antes de imprimir, facilitando a reutilização
do clichê nas próximas vezes em que voltará para a impressora. Os pontos
podem ser colocados em zonas de impressão onde ficarão dobras, cortes,
colas, etc. Equipamentos mais modernos, como o mostrado acima, trazem
programas de computador que podem ser armazenados para facilitar mon-
tagens complexas.

 Capítulo 5 – Montagem de clichê e provas de impressão – 79


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Equipamento Heaford
 de montagem por
 micro-pontos – banda estreita

 Vantagens do método:
  Pode-se montar múltiplos clichês na extensão do cilindro porta-clichês
diminuindo os custos.
 Rapidez na montagem.
 Precisão no registro.

  Não é necessário remover o ponto após acertar o registro.

O que é a dupla-face?
As duplas-faces são fitas que podem ser de papel, tecido, PVC, poliéster, poliu-
retano, poliestireno, polímero e outros materiais que possuem adesivo em
g
ambos os lados. O objetivo é fixar o clichê na superfície do porta-clichês.

 Adesivo acrílico (lado aberto)

Espuma de PE (células fechadas) 0,30mm

 Adesivo de laminação
Filme estabilizador com logo do fabricante

 Adesivo acrílico (lado coberto)

Liner de PP Rugoso
Esquema da estrutura da dupla-face

80 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Quais os tipos de dupla-face?


Basicamente pode-se classificar as duplas-faces da seguinte forma:

 Rígidas (papel, tecido, PVC, poliéster).


 Alta, média e baixa densidade (espuma de polietileno). Chapado impresso
 Reutilizáveis (polímero).  com Dupla face macio
 Camisas acolchoadas.

O tipo de dupla-face influencia


no resultado de impressão?
 Impressão de chapado
A dupla-face influencia diretamente o resultado final de impressão. A espessu-  com dupla face rígido
ra, a maciez e o tipo devem ser utilizados corretamente em função do serviço
que será executado.

Tipo de 100 200 300 400 % De


Desvio
compressibilidade m/min m/min m/min m/min desvio

Macia 1,23 1,10 1,05 1,02 0,21 -18,7

Média Maciez 1,33 1,23 1,20 1,15 0,18 -13,5

Média Dureza 1,48 1,45 1,42 1,38 0,10 -6,8


   N
   N
   A
   M
   H
   O

Firme 1,52 1,50 1,48 1,47 0,05 -3,3    L


  :
   E
   T
   N
   O
   F

 A tabela acima mostra o resultado de impressão de áreas chapadas com os vários tipos de dupla-face.
Quanto menor a compressibilidade, menor a variação de densidade de impressão.

Densidade é o mesmo
que compressibilidade?
Densidade não é o =mesmo
Compressibilidade queAssim,
pressão. compressibilidade. Densidade
deve-se entender que as=fitas
peso/massa
são classi-e
ficadas como abaixo:
  Baixa densidade/alta compressibilidade: Bom para processos de impres-
são com linhas muito finas e impressões de retículas delicadas.
  Média densidade/média compressibilidade: Bom para meio-tons, linhas e
impressão mista e para algumas impressões sólidas.
  Alta densidade/baixa compressibilidade: Bom para a maioria dos trabalhos
com traços, algumas impressões mistas, para impressões de sólidos rever-
sos (negativos) e chapados.

 Capítulo 5 – Montagem de clichê e provas de impressão – 81


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Qual a principal característica que


uma fita dupla-face deve ter?
Além da densidade/compressibilidade da fita espumada, também é relevante a
sua capacidade de recuperação, ou seja, quão efetiva é a volta da fita à posição
inicial após a pressão de impressão, em especial para grandes tiragens. A estru-
tura da espuma deve manter sua capacidade de recuperação após milhares de
metros rodados, garantindo assim a repetibilidade da imagem impressa, sem
ter que fazer ajustes freqüentes da pressão de impressão durante a operação.
   A
   S
   E
   T
  :
   O
   T
   O
   F

 As microfotografias mostram as células da dupla-face. À esquerda as células bem definidas que
 ajudarão o impressor no acerto e na repetibilidade. À direita células desuniformes.

Qualde
tipo é, dupla-face?
então, o melhor
Isso depende. No caso de retículas finas, é necessário dupla-face compressí-
vel de baixa densidade. Já para traços grossos e chapados o recomendável
são duplas-faces mais rígidas. Porém se a dupla-face for utilizada sobre uma
superfície macia, como no caso das camisas (sleeves), então uma dupla-face de
g tecido pode cumprir bem a função.

O que são “sleeves” ou camisas?


São “tubos” onde serão montados os clichês a serem impressos. O uso de
camisas se disseminou nos últimos anos devido ao apelo de o setup (troca de
serviço) poder ser feito mais rápido e por causa da leveza do material. A camisa
é colocada no eixo do porta-clichês, que é ligado ao ar comprimido que expan-
de a camisa. Quando o ar é desligado a camisa se fixa no porta-clichê.

82 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Construção Fibra de vidro


Inserto metálico
para registro
Marcas para montagem
Camada
Camada intermediária
anti-desgaste

   I
   D    E
   D

Esquema de uma típica


 camisa (sleeve) para
 montagem de clichês
C

Quais são os tipos de camisas


mais comuns no mercado?
Basicamente são dois: as camisas compressíveis e as rígidas, mas as rígidas
prevalecem. No caso das camisas compressíveis, normalmente, pode-se utilizar
uma dupla-face rígida de papel ou outro material como o tecido. Isso barateia
o gasto com dupla-face. Já nas camisas rígidas são necessárias duplas-faces
compressíveis que ajudarão na qualidade de impressão.

Quais as vantagens e as
desvantagens das camisas?
Exemplo de camisa
 alcochoada
Algumas das vantagens são a leveza e troca rápida do serviço. A principal des-
vantagem é que as camisas requerem muitos cuidados. Riscos e batidas com-
prometem seriamente o resultado da impressão. Além disso, algumas podem
ser muito sensíveis aos solventes utilizados na tinta de impressão e, com o
tempo, podem perder suas propriedades e ficar irregulares.

Clichês montados em
 camisas facilitam o
 setup na impressão

Embora o mandril (cilindro onde é colocada a camisa)


 seja o mesmo, a espessura das paredes das camisas é
 diferente para se ajustar aos diferentes formatos exigidos

 Capítulo 5 – Montagem de clichê e provas de impressão – 83


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Quais os cuidados na
escolha das camisas?
Talvez o maior problema na escolha da camisa seja a diversidade de modelos e
a compressividade. As camisas compressíveis estão mais sujeitas a cortes, ris-
cos e deformações. Embora haja uma economia no custo da dupla-face, pois
pode-se utilizar dupla-face de tecido sem compressão, a empresa que optar
por esse modelo deverá ter cuidado redobrado no manuseio e armazenamen-
to, pois quaisquer estragos inutilizarão a camisa. As camisas rígidas de fibra de
carbono costumam dar bons resultados e tendem a durar mais.

DICAS PARA MONTAGEM DE CLICHÊS


EM CAMISAS OU PORTA-CLICHÊS
1  Limpar a superfície do cilindro porta-cli- maior pressão e obtém-se uma melhor
chês ou da camisa e o clichê com solu- adesão da fita. Evitar movimentos em
ção apropriada (sugestão: 90% de álcool “zigue-zague”, visto que podem provocar
isopropílico + 10% de acetato) eliminando bolhas.
as imperfeições no cilindro (camisa) com 5  No início, fixar o clichê sobre uma área
lixa suave e limpando completamente pequena da fita dupla-face. Deve-se evi-
resíduos de tinta seca, óleo, graxa, fitas tar um contato prematuro do clichê com
adesivas etc. a fita, usando como protetor para isso o
2  No caso das camisas, procurar usar próprio liner.
a mesma pressão de ar utilizada pela 6  Quando finalizar o posicionamento do
máquina, ou ainda a menor pressão pos- clichê, pressionar o mesmo contra a fita
sível, para evitar eventuais variações no dupla-face com um rolinho, para aumen-
diâmetro externo das mesmas. tar a união (adesão) e evitar o surgimento
g 3  Ao aplicar a fita dupla-face, primeiro de bolhas.
desenrole o rolo em uma mesa de traba- 7  Sempre deixar uma margem de aproxi-
lho e, sobre uma superfície plana, corte o madamente 1,5cm de fita dupla-face ao
tamanho da fita proporcional ao tamanho redor da área do clichê, para fixar melhor
do clichê. Enrole a fita cortada em um as bordas do mesmo e evitar que ocorra
tamanho utilizável. Evite segurar o rolo o levantamento das laterais.
inteiro e apertar muito enquanto manuse-
ar a fita, pois isso pode causar dificulda-
8  Nunca deixar coincidir as bordas da fita
dupla-face com as bordas do clichê.
des no processo e criar tensão excessiva
na espuma. 9  Ao limpar o clichê durante a impressão,
evitar o contato do solvente com a fita
4  Aplicar a fita dupla-face com um movi- adesiva que margeia o clichê. Este cuida-
mento amplo de ponta a ponta. O rolinho
do evita o levantamento prematuro da fita
(ou uma espátula de plástico), ajuda na
dupla-face em relação ao cilindro.

84 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 84/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

O que são provas de flexografia?


As provas de flexografia são ajudas para poupar tempo e insumos antes da
gravação final. Essa operação é realizada em uma máquina de provas que
simula a impressão flexo, na qual há os mesmos elementos da impressora:
anilox, porta-clichês, tinta flexo, etc. Porém, a máquina de provas não reproduz
com precisão as características da impressora. Portanto, velocidade, viscosida-
de, desgaste de engrenagens, pressão de impressão, pressão de entintagem e
outras muitas variáveis podem fazer com que a prova fique bem diferente do
resultado impresso.

Dica: Tente reproduzir na máquina de provas as condições da


impressora como mesma tinta, mesma lineatura e BCM de anilox
disponíveis, mesma marca de dupla-face, etc. Pode-se inclusive
controlar os valores densitométricos das cromias na prova para
posterior comparação com o impresso.

Equipamento de provas da
 Heaford sleeve gearless.
Economia de tempo na
 aprovação do serviço

 Capítulo 5 – Montagem de clichê e provas de impressão – 85


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 87/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 88/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

 Capítulo 6 – Principais suportes de impressão – 89


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 89/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

 Neste capítulo você vai ver:


• Quais os principais tipos de substratos usados na flexografia
• Tipos e características dos plásticos
• Co-extrusados
• Alumínio e suas propriedades
• Papéis diversos e aplicações
• Laminação

http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 90/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

6•Principais suportes
para impressão que faz da flexografia um processo de impressão muito ver-
sátil é a variedade de suportes que se pode imprimir. Além da
possibilidade da impressão em monocamadas, quer dizer, um
único material, há também a proliferação de materiais combi-
nados. Esses materiais combinados possibilitam maior resis-
tência e qualidades de “barreira” ou proteção maior ao produto. A versatilidade
dos plásticos transformam-nos em “campeão de uso” na indústria de embala-
gens flexíveis. Sendo fáceis de moldar, alguns possuem excelente estabilidade
dimensional, resistência ao rasgo e estouro, excelentes barreiras contra óleos,
água, etc. Os materiais plásticos também são muito utilizados em rótulos para
diferentes produtos como alimentícios, farmacêuticos e cosméticos.
A facilidade de uso dos auto-adesivos em máquinas rotuladeiras (que aplicam
o rótulo), favoreceu a flexografia. Processos como offset, por exemplo, não
imprimem rótulos em bobinas que são utilizadas pelas máquinas aplicado-
ras automáticas. Empresas tradicionais do mercado de rótulos em offset têm
migrado para flexografia. Um importante segmento é o de papéis. Estes são
muito utilizados em rótulos, sacolas e caixas de papelão ondulado. Com o foco
de muitas empresas na questão ambiental, o papel ganha cada vez mais força
como embalagem.

Quais os principais suportes que


podem ser impressos na flexografia?
Os principais materiais utilizados são:

 Capítulo 6 – Principais suportes de impressão – 91


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Plásticos:  Polipropileno (PP), polietileno (PE), poliéster (PET), ionômeros


(Surlyn), etileno vinil acetato (EVA), cloreto de polivinilideno (PVDC), cloreto de
polivinil (PVC), nylon (poliamida).
Papéis: Monolúcido, couché, corrugado, offset, kraft.
O Alumínio (Al) também tem sua utilização, em estruturas laminadas ou sozinho.

Quais as boas qualidades que


os suportes devem possuir?
Depende da utilização final, mas para a impressão qualidades como estabili-
dade dimensional, boa resistência a temperaturas, planicidade (uniformidade),
impermeabilidade, brilho e transparência facilitam o processo. No caso dos
papéis a superfície pouco rugosa e a cor são importantes, pois podem influir
na aparência do impresso.

Os papéis são utilizados Quais as principais aplicações


 também em rótulos
 auto-adesivos
do papel nos segmentos
que a flexografia atende?
Hoje há uma ampla gama de papéis e usos para os diversos segmentos que a
flexografia atende. O uso em caixas de papelão é o que vem à lembrança primei-
ro, porém o papel é também muito utilizado em estruturas laminadas, sacolas e
sacos ecologicamente corretos e principalmente em rótulos auto-adesivos.”

O que são plásticos?


  Plásticos:  São materiais macromoleculares, principalmente de origem
orgânica (carbono), os quais são preparados pela modificação de produtos
naturais ou por síntese de compostos de baixo peso molecular. De forma
geral, podem ser moldados por processamento sob condições favoráveis
de pressão e temperatura. São também chamados de polímeros.


  Polímeros:
cos, obtidos do gregodapoly
a partir união+ de
meros = muitasdepartes,
um número compostos
unidades quími-
elementares ou
monômeros (uma só parte), os quais se repetem sucessivamente.

p O que são “filmes técnicos”?


Embalagem
 monocamda Convencionou-se usar essa expressão para materiais plásticos impressos em
 em Polietileno uma única camada e com boa soldabilidade como o polietileno e polipropileno.

92 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 92/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Podem ser utilizados para o empacotamento automático de cereais em geral,


adubos, papéis higiênicos, massas alimentícias, biscoitos, produtos têxteis e
alimentos em geral. Os filmes monocamadas são muito utilizados também em
rótulos.

O que são co-extrusados?


Co-extrusão é a união pelo processo de extrusão de
vários materiais plásticos em até 13 camadas. O objetivo
é fazer estruturas com alta resistência às gorduras, ao oxi-
gênio, à água, à luz e a outras substâncias que venham a
causar a deterioração rápida do produto. Geralmente, os
co-extrusados são utilizados para laticínios e embutidos
como salsichas, presuntos, aves, mortadelas, charques
entre outros.

O que são laminados?


São materiais plásticos, papéis e/ou alumínio que são
unidos por meio de adesivos. O objetivo é o mesmo da
co-extrusão, isto é, criar estruturas capazes de resistir a
diversas substâncias que afetam o produto. Os lamina-
dos formam hoje um dos grandes nichos de mercado
para as embalagens alimentícias em geral.

O que são metalizados?


São materiais plásticos (polietileno, polipropileno
e poliéster) em cuja superfície é aplicada uma fina
camada de alumínio. O processo ocorre em um
equipamento apropriado e a vácuo.

 Capítulo 6 – Principais suportes de impressão – 93


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Por que utilizamos


laminados e metalizados?
Algumas pessoas relacionam o uso de laminados e metalizados apenas a
resistências mecânicas e eventualmente efeito visual. Contudo, os laminados (e
os laminados metalizados principalmente) desempenham um efeito dramático
na proteção dos alimentos.
Algumas das principais propriedades dos alimentos estão relacionados ao
impedimento do contato deste com determinados agentes, dentre os quais
destacamos o oxigênio, com dois efeitos dramáticos:

 Materiais metalizados e/  a) Oxidação de óleos essenciais.


 ou laminados aumentam
 a proteção e deixam a
b) Proliferação bacteriana.
 embalagem mais atraente
Conforme pode ser observado na tabela abaixo, as propriedades dos filmes
plásticos são muito diversas, e o uso da metalização também aumenta mui-
tíssimo a barreira contra oxigênio (OTR – Oxygen Transmission Rate). Como
referência, uma taxa de permeabilidade ao oxigênio menor que 15 cm³/m²/dia
é considerada alta barreira. Se for inferior a 8 cm³/m²/dia é altíssima barreira.
Outras barreiras são também importantes para determinados produtos, como
a barreira a vapor de água (WVTR – Water Vapor Transmission Rate) para
biscoitos e outros produtos que a água pode retirar a crocância e precipitar a
degradação.
A metalização também aumenta a barreira à umidade, colaborando com a
preservação dos produtos embalados.
Abaixo a tabela da barreira a oxigênio dos principais filmes utilizados na indús-
tria de embalagens.
FILME OTR* 23ºC - 0% UR
(25μ ) (cm³/m²x24h)
EVOH 0,08-1,9
NYLON 6 18,6-39
PET 31-93
BOPP 1550-2500
PP 2300-3100
PEAD 2300-3100
PS 4350-6200
p PEBD 7000-8500

* Quanto menor a taxa


PET METALIZADO 0,16-0,17
 de permeabilidade, BOPP METALIZADO 19-160
 maior a barreira

94 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 94/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Quais as propriedades do alumínio e


por que é tão útil em embalagens?
O alumínio possui duas propriedades importantes para as embalagens: proteção
e apresentação. Outra vantagem na sua utilização é o baixo peso específico.
O material, além de não ser tóxico, é completamente invulnerável a odores, gases
e vapores. Além disso, a folha de alumínio pode ser pintada, impressa ou lavra-
da, realçando assim a beleza das embalagens, característica muito desejada pelo
pessoal de marketing na elaboração de uma nova embalagem.
Propriedades de proteção da folha do alumínio: não alimenta microorganis-
mos; não é tóxico e é seguro para ser usado em contato com a maioria dos
alimentos, remédios e cosméticos; não possui gosto nem odor próprio; não é
volátil, não resseca, nem enruga; tem boa estabilidade; é impermeável à maioria
dos tipos de gorduras e óleos, tanto em baixa como em altas temperaturas; é
resistente à luz, e por isso pode ser utilizado para embalar produtos que não
podem perder seu aroma e/ou que podem se tornar rançosos ou descorados
pela exposição à luz; é bom condutor de calor, e por isso permite seu aqueci-
mento e resfriamento rápidos.
A folha de alumínio, em seu estado puro ou temperado, pode ser facilmente
O alumínio possui excelentes
moldada, dobrada e prensada. Esta propriedade é muito importante para o  propriedades de barreira
reempacotamento e a reutilização.
A folha de alumínio densa, dura ou temperada, apresenta maior resistência à
tração, maior rendimento, mas menor alongamento. Sua alta condutibilidade
térmica se torna ideal para produtos que devem ser embalados quentes e sub-
seqüentemente esfriados ou congelados.
A flexibilidade da folha de alumínio permite sua utilização em envoltórios exter-
nos, forração de recipientes, moldagens ou fabricação de pouches e sacos.
Torna-se, no entanto, necessário aplicar adesivos ou laminação com polietileno,
por exemplo, a fim de obter uma boa selagem. A maioria dos pouches ou sacos
são fabricados com folhas de alumínio coladas em outro material.
Uma das características principais da folha de alumínio é sua impermeabilidade
a umidade, gases e odores.
Encontra-se no supermercado grande variedade de aplicações do alumínio em
embalagens: cigarros e tabacos, chocolates, balas, confeitos, queijos, manteiga,
margarina e gordura, biscoitos, sopas, extratos de carne, embalagens semi-rígi-
das, comprimidos e medicinais, rótulos e etiquetas adesivas.

Por que o poliéster é tão


utilizado hoje em dia?
O poliéster é muito utilizado nas embalagens pelas seguintes características
básicas: bom brilho e transparência; ausência de gosto e odor; baixa umidade;
alta resistência à tração; alta resistência ao impacto; boa barreira a umidade e
a gases; resistência a gorduras, óleos e açúcares. A principal desvantagem do

 Capítulo 6 – Principais suportes de impressão – 95


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 95/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

poliéster é que o material não permite soldagem a quente.


Outra desvantagem é o fato de o poliéster possuir baixa umidade permitindo
assim o acúmulo de cargas eletrostáticas quando este desliza pela máquina. A
estática pode provocar faíscas que podem gerar incêndio durante o processo
de impressão. Assim, é necessário que as impressoras tenham bons dispositi-
vos de eliminação de estática.

No
são entanto, há estabilidade
a excelente muitas vantagens do poliéster
dimensional, no processo
facilitando dedas
o registro impressão
cores, e que
alta
resistência ao calor (cerca de 220º C) propiciando uma boa secagem do filme
impresso e viabilizando altas velocidades de produção.
A aplicação do poliéster está mais ligada à formação de embalagens especiais,
devido ao seu custo alto e às suas propriedades boas como barreira ao vapor
d’água, ao oxigênio e a fragrâncias, que é superior à dos filmes de polietileno
e BOPP, principalmente se o poliéster for metalizado.
Os principais usos do poliéster são: embalagens de produtos congelados;
embalagens de alimentos desidratados; embalagens para cozimento do pro-
duto; embalagens que necessitem de barreira contra a vazão de essências
como os sabonetes; embalagens que necessitem de barreira a umidade, gases
e que mantenham o aroma do produto.

Quais as qualidades do polipropileno?


O polipropileno mono-orientado (PP) é utilizado em balas (PPT - polipropileno
de torção) e em laminações para conferir propriedades de brilho, transparência e
barreiras. O polipropileno bi-orientado sofre uma orientação das moléculas nos
sentidos longitudinal e transversal, conferindo excelentes características de brilho
e transparência; alta resistência à tração; alta resistência ao impacto; boa barreira
a umidade e a gases; resistência a gorduras, óleos e açúcares.
 Processo de fabricação Sua utilização é ampla em embalagens flexíveis, em embalagens que exigem gran-
 de filmes de BOPP
de transparência para verificação do produto, em embalagens que necessitam
de barreira a oxigênio, como produtos fritos, bolos, doces, massas
e biscoitos e embalagens a vácuo, como as de café, e também em
embalagens de líquidos ou comestíveis que após serem embalados
necessitem de esterilização ou cozimento em autoclaves. Isto se deve
ao fato de o material suportar temperaturas de até 120º C e apresen-
tar uma boa barreira aos gases e ao vapor d’água.
Quanto a printabilidade o BOPP possui
boas qualidades, pois resiste bem a tensões
e ao calor (menos que o poliéster, entretan-
to). Assim como o polietileno, o polipropi-
leno necessita de tratamento superficial. No
p
tratamento é utilizado o sistema Corona
(ver na página 98). Os métodos e soluções
químicas para verificação são os mesmos
do polietileno.

96 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

O que é extrusão de
materiais plásticos?
Extrusão é a conversão de resinas plásticas de
grânulos para filme plástico. O equipamento que
faz esta transformação pode variar dependendo
do tipo de resina. No entanto, o processo segue o
mesmo princípio: a resina entra sólida, é derretida
e transformada em filme para impressão.
Um dos métodos mais comuns de fabricar o
filme plástico é o Blow, ou extrusão Balão. O
processo envole a extrusão de plásticos através
de um anel circular que, por meio de ar, forma um balão expandido. O pro- Detalhe do anel de ar
 do fabricante Macchi
cesso Blow pode ser usado para fazer materiais co-extrusados e multicamadas
para altas barreiras.
O plástico em forma de grânulos é derretido no “canhão” da extrusora e é
empurrado para um anel de ar onde é formado o balão. Depois o balão é
puxado por rolos colocados no alto da máquina num longo percurso que
ajuda a resfriá-lo. O filme tubular, então, em forma plana, é cortado e aberto
em dois e embobinado.
Normalmente é assim que os materiais como polietileno de baixa, média e alta
densidades são feitos. Porém, no caso de co-extrusão, podem ser agregadas
camadas de Nylon, EVA (acetato de vinil etileno) e outros materiais.

Rolos tracionadores

Balão

Saída da
bobina

 Alimentação

Filtro e
anel de ar

Rosca sem fim


Rotação
 Ar Extrusora

 Capítulo 6 – Principais suportes de impressão – 97


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

O que é tratamento corona?


Podemos definir tratamento corona como sendo a modificação química e
eletrônica da superfície dos materiais plásticos na adesão e molhabilidade
(propriedade de espalhamento de um líquido na superfície).
É muito importante notar que a propriedade de molhabilidade gerada pelo
aumento da tensão superficial do filme desempenha um papel tão importante
Detalhe do tratador corona quanto a adesão em si, pois além de ser um dos princípios básicos da adesão,
resulta em boa qualidade de impressão, permitindo uma distribuição uniforme
da tinta na superfície do substrato plástico, com bom fechamento dos chapa-
dos e uma impressão uniforme dos pontos.
O tratamento corona promove três diferentes fenômenos na superfície dos
materiais plásticos:

1) A descarga elétrica dos tratadores coronas provoca, simultaneamente, a


ionização do ar e a formação de ozônio. Nessa atmosfera extremamente
oxidante, a estrutura do material plástico, seja ele polietileno, polipropileno,
poliéster ou qualquer outro, é oxidada, gerando grupos químicos muito
mais polares que a cadeia original. Dentre os grupos formados destacam-se
o C=O, C-O e C-OH, todos muito mais energéticos, possuindo relevantes
níveis de forças de polarização de Keeson, contra as predominantes forças
de dispersão de London, no caso das poliolefinas principalmente.
2) Outro fenômeno que explica a melhor printabilidade instantaneamente
após o tratamento corona é que alguns dos radicais formados, como C=O
apresentam alta reatividade, podendo reagir com a própria estrutura do
polímero tratado, que agora, convém lembrar, apresenta maior presença de
grupos reativos, ou mesmo com elementos da tinta, como aditivos (titana-
tos) ou com as resinas. Caso a impressão se dê muito brevemente após o
tratamento, é de se supor que haja uma maior disponibilidade de grupos
reativos para provocar ligações cruzadas com a tinta, causando uma excep-
cional adesão. Após algum tempo, sem contato com a tinta, é maior a pos-
sibilidade de tais grupos reagirem
com o próprio substrato.
3) Finalmente, mas não menos
importante, o tratamento aumenta
a rugosidade do filme, o que reper-
cute em um efeito positivo: mais
superfície implica em um somatório
maior de energia por área macros-
cópica.
p

98 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 98/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Conseqüentemente, após todos esses fenômenos terem ocorrido, temos sig-


nificativa mudança nas características superficiais que permitem bom nível de
adesão e molhabilidade.
Tinta
Tinta
Filme não Filme
tratado tratado
 Ângulo de  Ângulo de
contato contato

A figura acima demonstra claramente o efeito do tratamento corona sobre


uma gota de um líquido qualquer, no caso uma gota de tinta.
O filme sem tratamento apresenta um ângulo de contato superior a 90º,
enquanto o filme com tratamento correto apresentará ângulo de contato
inferior a 90º. Quanto menor o ângulo, melhor a molhabilidade e maior a
tendência de adesão.
Como abordado, não podemos dizer que o fato de uma tinta molhar o subs-
trato seja condição
de outras suficiente
propriedades, comopara garantir a adesão,
compatibilidade pois esta
química é fruto também
(microscopicamente
falando – compatibilidade eletrônica) e garantirmos uma mínima formação de
tinta na superfície do plástico.
Geralmente, o tratamento é feito durante o processo de extrusão pouco antes
de o filme ser embobinado. No entanto, pode ser feito também na máquina
impressora antes de o material entrar no grupo impressor. O nível de tratamen-
to é medido em dynes/cm. A faixa de trabalho para impressão pode variar em
função do material, porém esses valores ficam entre 38 e 44 dinas/cm. Um cilin-
dro metálico revestido com uma borracha isolante por onde passa o substrato

funciona
plástico há como um que
um barramento eletrodo
é umque ficaeletrodo
outro girando.fixo.
Acima desse
Esse cilindro
eletrodo e do
fornece
a descarga elétrica na superfície do cilindro e, conseqüentemente, do plástico
que passa por ali, recebendo assim o tratamento superficial.

O que é a tensão superficial?


Muitos se perguntam por que, se a tensão é superficial, ou seja, refere-se a
uma superfície ou área, ela é expressa em força/comprimento linear.

De fato material,
mesmo a energiacomo
da superfície é proporcional
o ferro por exemplo, seaapresentar
sua área. Assim sendo,
por cm² um
de área,
uma área microscópica maior ou menor, poderemos ter impacto na adesão
ou mesmo molhabilidade.
Em outras palavras, um cm² macroscopicamente falando, poderá apresentar
áreas hipoteticamente variando do próprio 1 cm² para uma superfície teori-
camente perfeitamente lisa a muitos e muitos metros quadrados no caso de
extrema rugosidade.
Mas respondendo diretamente a pergunta sobre por que a unidade de tensão
superficial é expressa em comprimento linear e não área superficial, como era

 Capítulo 6 – Principais suportes de impressão – 99


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

de se esperar, reportamo-nos ao teste de tensão superficial. Para a determi-


nação da tensão superficial de um líquido é utilizado um aparelho específico
denominado tensiômetro (figura abaixo)

Um recipiente contendo o líquido a ser analisado é colocado no aparelho de


modo a permitir que um fino anel de platina iridizada, completamente isenta
de impurezas, toque suavemente a superfície do líquido.
Este anel, conectado ao tensiômetro por um fino fio, é tracionado de modo
extremamente lento e suave, até o ponto em que a energia superficial do líqui-
do que retém o anel em sua superfície é superada pela força aplicada ao anel.
Neste momento, rompe-se a ligação do anel com o líquido e o aparelho regis-
tra o nível de força em que o rompimento ocorreu.
Dividindo-se então esta força pelo comprimento do anel aberto, temos a ten-
são superficial do líquido.

Esquema de
funcionamento
 do tensiômetro

100 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 100/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Como a tensão superficial de um líquido a uma dada temperatura é proprie-


dade intrínseca deste líquido, a partir da determinação dessa tensão passamos
a usar este líquido para mensurar a energia superficial de sólidos, como os
filmes de impressão.
Este é o caso do uso de misturas entre formamida e etil celosolve utilizadas na
determinação do tratamento em indústrias de embalagens, pois uma vez que

se saiba ea aplicar
mistura tensãoesta
individual
últimade cada
para líquido, éapossível
determinar determinar
tensão dos filmes. a tensão da Detalhe do prato
Ao lado, um detalhe do líquido ainda preso ao anel de platina, mesmo este já  do tensiômetro
estando consideravelmente afastado da superfície do líquido.

O que pode afetar o


tratamento corona?
Além dos ajustes do equipamento, os aditivos que são colocados na resina
durante a extrusão ou na obtenção da mesma podem requerer maior energia
para atingir o nível de tensão superficial necessário. Os ajustes que podem
afetar o tratamento são: distância entre os eletrodos e o filme plástico; velo-
cidade de passagem do filme; voltagem da freqüência aplicada; e temperatura
do filme.

Por que o tratamento corona


tende a reduzir ao longo do tempo?
Como foi explanado há pouco, o tratamento corona se configura como uma
alteração permanente na superfície dos filmes tratados. Portanto, seria prati-
camente impossível desoxidar esta superfície, visto que o oxigênio forma uma
ligação química com energia superior à ligação carbono – carbono (C-C) ante-
rior à oxidação.
De fato, esta alteração superficial não é perdida. Contudo, vários componentes
adicionados ou presentes desde a polimerização dos materiais plásticos vão
gradual e inexoravelmente migrando de todas as profundidades da camada do
filme para as superfícies interna e externa.

Dentre estes elementos, destacam-se:


1. Moléculas menores do próprio polímero que, durante o processo de poli-
merização, não polimerizaram em grau necessário para a sua imobilização
no filme.
2. Aditivos como os de fluxo, de deslizamento, antioxidantes e outros.

Todas essas moléculas, menores e mais fluidas que a massa de polímero que
define o filme, atingem a superfície e recobrem, até mesmo pela atratividade do
oxigênio da área oxidada, toda a superfície do filme.

 Capítulo 6 – Principais suportes de impressão – 101


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Após um determinado grau de cobertura, a adesão encontra-se terminalmente


comprometida, sem contar a redução drástica da tensão superficial que gera
uma péssima printabilidade (ou como é comum se dizer na indústria de emba-
lagem, um péssimo fechamento). Pode-se dizer mesmo que se passe a imprimir
sobre uma capa de materiais exudados de dentro do filme.
Tal fenômeno é tanto mais veloz quanto maior for a temperatura, o que explica

auma
perda
vezmais
que acentuada de tratamento
a movimentação no verão
e a mobilidade ou em regiões
molecular é tantomuito
maiorquentes,
quanto
mais elevada é a temperatura.

O tratamento pode variar


em função da tinta?
Pode sim. Se a tinta for à base de água o tratamento deve ser maior, visto que
a tensão superficial de uma tinta à base de água está por volta de 45 dinas/cm
e a água pura tem tensão superficial de 72 dinas/cm.

Co-extrusora Macchi

102 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

RESUMO DOS DIFERENTES PRODUTOS E ESTRUTURAS UTILIZADAS


PRODUTO ILUSTRAÇÃO ESTRUTURAS MAIS COMUNS COMENTÁRIO

O café possui
sensibilidade ao oxigênio,
    S
    É PET
BOPPMETALIZADO/ADESIVO/PE
METALIZADO/ADESIVO/PE à luz e à umidade.
   F Assim, o uso de alumínio
   A PET/ADESIVO/ALUMINIO/ADESIVO/PE
    C em folhas ou metalizado
PET/PE/ALUMINIO/ADESIVO/PE no filme garante a
integridade do produto.

    S PPT Os chocolates são


   E especialmente sensíveis
   T BOPP PEROLIZADO/COLD SEAL
   A ao calor. O BOPP
   L BOPP PEROLIZADO
    O perolizado ajuda a ter
    C
    O BOPP/ADESIVO/BOPP
BOPP/ADESIVO/PE PEROLIZADO uma embalagem leve e
   H funcional e ao mesmo
    C  ALUMÍNIO/ADESIVO/PAPEL/PARAFINA tempo protetora.

Para manter a
“crocância” do alimento,
    S a estrutura precisa
   K
    C protegê-lo da luz e
   A BOPP/ADESIVO/BOPP METAL também. É também
   N
    S injetado um gás inerte
no envase para evitar a
oxidação.

   E    S
    O
    Ó   D
   P   A Como o produto é
   M   T PET/ADESIVO/PE desidratado, o uso do
   E   A
   R PET/METALIZAÇÃO/ADESIVO/PE poliéster é fundamental
   E   D
   I
   T
   I    S para a proteção.
   E   E
   L   D

Os produtos usados em
PET/ADESIVO/AL/PP sachês como maionese
    S PET/ADESIVO/AL/PE e catchup são facilmente
    Ê
   H PET/METAL./ADESIVO/PE degradáveis quando
    C PET/PE/AL/ADESIVO/PP expostos ao oxigênio.
   A
    S PET/ADESIVO/PE O uso de poliéster e/ou
PET/ADESIVO/PP alumínio garante a
integridade dos molhos.

 Capítulo 6 – Principais suportes de impressão – 103


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

PRODUTO ILUSTRAÇÃO ESTRUTURAS MAIS COMUNS COMENTÁRIO

Ninguém quer comer um


    S   R wafer murcho. Assim,
    O   E
   F a característica de
   T
   I    A BOPP/ADESIVO/BOPP PEROLIZADO
    O   W
“crocância” é assegurada
BOPP/ADESIVO/BOPP METAL
    C
    S
   I    O
   P PET/METAL/ADESIVO com o Poliéster
metalizado. No passado
   B   I
   T era utilizado o alumínio
puro laminado.

    S
    O Além de não permitir que
   H as intempéries externas
   N
   I PET/ADESIVO/PET METAL./ADESIVO/PE
   D alcancem o produto, a
BOPP/ADESIVO/PE
   A estrutura também deve
    G PET/ADESIVO/ALUM/PE evitar que gorduras e
   L
   A
    S óleos migrem para fora.

    S
   A PET ADESIVO/PE As massas em geral
    S
    S PP/ADESIVO/PE não requerem estruturas
   A PP/ADESIVO/PP complexas.
   M

Há uma variedade de
BOPP PEROLIZADO/COLD SEAL estruturas para balas e
    S goma de mascar. Podem
   A PAPEL/PE/ALUMÍNIO/PE
   L conter papel + alumínio
   A PET/ADESIVO/ALUMINIO/PE
   B ou simplesmente, em
PET/ADESIVO/PE alguns casos, um BOPP
perolizado.

As estruturas de papel
+ PE foram diminuindo
    S
BOPP PEROLIZADO/ADESIVO/PE com o tempo, ao passo
    É BOPP/ADESIVO/BOPP/METALIZADO que o BOPP perolado ou
   L
    O PET/ADESIVO/PAPEL/PE metalizado melhoraram
p     C
   I PAPEL PE as qualidades de
   P proteção e especialmente
BOPP PEROLIZADO COM COLD SEAL
de solda a frio (cold
seal).

104 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

PRODUTO ILUSTRAÇÃO ESTRUTURAS MAIS COMUNS COMENTÁRIO

    S
    O
    C
   I
   T O alumínio é muito
   U comum em estruturas
    Ê PET/PE/ALUMÍNIO/PE
    C
   A destinadas ao produtos
farmacêuticos.
   M
   R
   A
   F

    S
    O
    C
   I O alumínio também
   T   R
   U   E é muito empregado
    Ê   T  ALUMÍNIO/PE
    C    S
   I  ALUMÍNIO/VERNIZ TERMO-SELANTE
nas estruturas para
   A   L blisters de remédios em
   M   B
   R
   A comprimidos.
   F

No passado, o papel com


    S
   E parafina era amplamente
   T BOPP PEROLIZADO utilizado. Hoje, porém,
   E
   N PAPEL COUCHÉ/PARAFINA o BOPP perolizado
    O
   B PET/ADESIVO/PAPEL/PARAFINA  ganhou muita força pela
   A praticidade, apelo visual
    S
e maquinabilidade.

As estruturas para PET


   L food podem variar.
   A Porém, em geral
   D   M
    O   I PET/ADESIVO/PE LEITOSO precisam garantir que
    O   N PET/ADESIVO/BOPP/ADESIVO/PE agentes externos não
   F   A
   T    O PE/ADESIVO/PE contaminem o produto,
   E    Ã PET/ADESIVO/ALUM/ADESIVO/PE pois cães e gatos
   P    Ç
   A são muito sensíveis a
   R quaisquer variações no
odor do produto.

    S Os condimentos em
    O
   T geral possuem agentes
   N químicos muito fortes e
   E
   M
   I
PET/PE/PP CAST requerem uma estrutura
   D forte e um adesivo
   N resistente para evitar a
    O
    C delaminação.

 Capítulo 6 – Principais suportes de impressão – 105


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

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 Capítulo 7 – Tintas para impressão – 107


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

 Neste capítulo você vai ver:


- Qual a composição básica das tintas de flexografia
- O que são pigmentos, resinas, vernizes
- Características dos solventes utilizados nas tintas
- O que é e como controlar a viscosidade das tintas
- Testes e cuidados
- Quais são os princípios da cor

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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

7•Tintas para
impressão m bom conhecimento sobre tintas está diretamente relaciona-
do a uma boa impressão, e ajuda o impressor a usá-las com
poucos problemas. Além da qualidade da cor, do brilho e do
custo, outros fatores devem ser considerados: a relação da
tinta com o solvente, sua utilização em embalagens, compati-
bilidade com o clichê e com o suporte em que será aplicada.

Do que são feitas as


tintas de flexografia?
As tintas para flexografia são compostas basicamente de pigmentos, resinas e
solventes. Podemos incluir ainda aditivos que são incorporados à formulação
de acordo com as necessidades, ou, quando se quer dar alguma característica
especial. Por exemplo, podem ser adicionadas ceras à composição da tinta
para proporcionar maior deslizamento, evitando assim riscos no impresso na
passagem das máquinas envasadoras.

O que são resinas?


Resinas são polímeros de médio a alto peso molecular, geralmente apresentan-
do estrutura de considerável complexidade e amorfa. Na grande maioria dos
casos, sua composição é inteiramente orgânica. Quanto às suas propriedades
físicas, apresentam-se como sólidos ou líquidos viscosos e não voláteis, sem

 Capítulo 7 – Tintas para impressão – 109


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

um ponto de fusão (melt point) preciso, devido principalmente à dificuldade


de obtenção de uma estrutura química de alto grau de pureza, no caso das
resinas naturais, e da distribuição do peso molecular relativamente ampla, no
caso das resinas sintéticas.

Quais as resinas
utilizadas na flexografia?
A resina mais comum é a de nitrocelulose (NC). Possui boa compatibilidade
com os pigmentos e solventes, baixo odor residual, alta resistência ao calor,
é econômica e tem grande compatibilidade com outras resinas. Também são
usadas resinas maleica e fumárica em tintas base álcool ou em combinação
com resinas de poliamida e nitrocelulose para papel, alumínio e plásticos.
As resinas acrílicas estão sendo mais utilizadas nos últimos anos em com-
binação principalmente com nitrocelulose devido às suas características de
adesão.
As resinas de nitrocelulose apresentam baixa retenção de solventes, princi-
palmente por sua alta temperatura de transição vítrea e ponto de fusão. No
entanto, esta característica, associada geralmente a resinas duras, exige a
adição de plastificantes ao sistema.
Até recentemente, os plastificantes eram de natureza externa, ou seja, eram
compostos por elementos, geralmente líquidos, que tendiam a migrar gradu-
almente para fora do filme de tinta formado.
Com o desenvolvimento dos plastificantes internos, especialmente as resinas
poliuretânicas de baixo peso molecular, praticamente foi extinto o uso de
plastificantes externos.
Dentre as vantagens que estes aportaram aos sistemas de tinta, podemos citar:

1) Produto não migrante, o que reduz a possibilidade de contaminação do


produto embalado;
2) colaboração no aumento de sólidos do sistema, com vantagens na incor-
poração de pigmento;
3) conseqüente aumento do brilho;
4) aumento de adesão;

5) compatibilidade com os adesivos de laminação.

Qual a função das resinas nas tintas?


Fixar os pigmentos no suporte. Isso se dá depois que o solvente evapora e a
resina se solidifica.

110 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

O que são vernizes?


Verniz é a mistura de uma ou mais resinas com um ou mais solventes. Os
vernizes possuem como função transportar o pigmento até o substrato. Após
a evaporação do solvente forma-se um filme estável que fixa o pigmento ou
corante ao suporte e proporciona ao impresso as propriedades necessárias de
coloração e brilho.

O que são solventes?


São substâncias líquidas de características físicas e químicas bastante definidas
que apresentam capacidade para diluir o sistema de resinas escolhido.

Podem ainda se subdividir em:

1) Solvente verdadeiro: aquele que efetivamente e sozinho dilui a resina ou


o sistema de resinas. São representantes típicos deste grupo os ésteres e
Cetonas, com preferência para os primeiros por serem menos compatíveis
com água.
2) Co-solvente: não apresentam poder solvente para resultar em um sistema
líquido como os solventes verdadeiros, porém modificam as propriedades
dos primeiros de modo a melhorar a performance do sistema. O grupo
mais comum de co-solventes são os éteres de glicóis, principalmente os
éteres do propileno glicol como o Dowanol PM e Dowanol DPM.
3) Diluentes: não possuem propriedade solvente em relação às resinas do
sistema e são usualmente utilizados para reduzir o custo da formulação.
Os maiores representantes deste grupo são os álcoois e, no caso do Brasil,
especialmente o etanol.

Quais são as principais propriedades que


os solventes para flexografia devem ter?

 Dissolver totalmente a resina. Para cada tipo de resina existem solventes


específicos;

 ser
que facilmente removidos
a película de pelalogo
tinta seque evaporação ou absorção do substrato para
após a impressão;
 ajudar na adesão do filme de tinta sobre o substrato;
 não deixar odor no filme impresso;
 não atacar o clichê de impressão;
 reagir o mínimo possível com outros componentes da tinta;
 estar dentro das especificações legais de segurança e preservação do meio-
ambiente;
 ser compatíveis com o suporte a ser impresso.

 Capítulo 7 – Tintas para impressão – 111


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Que tipos de solventes são


utilizados nas tintas flexo?
Alguns dos tipos de solventes utilizados na flexografia são: álcool etílico, álcool
isopropílico, acetato de etila, etil glicol e água.
Normalmente esses solventes não são utilizados sozinhos na tinta. A mistura
desses solventes acrescenta propriedades específicas de solvência, tempo de
secagem e viscosidade. Geralmente se dá o nome de thinner ao composto de
dois ou mais solventes misturados.
A composição de propriedades, principalmente em termos de solvência e velo-
cidade de evaporação, está entre os principais fatores da melhoria de qualidade
e da estabilidade do processo produtivo, devendo os formuladores prestar
especial atenção àquelas duas propriedades.
Genericamente, recomenda-se ajustar as tintas de impressão, especialmente
para alta qualidade de impressão para:
Pontos (> 30 linhas/cm): 4,5 a 6 minutos – Extensor Bird 40
Traços: entre 2,5 a 5,0 minutos – Extensor Bird 40

O extensor Bird 40 micras é utilizado para controlar a velocidade de secagem da tinta

112 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

PROPRIEDADES FÍSICAS DOS PRINCIPAIS SOLVENTES GRÁFICOS


   )
    C    )
    O
   (      C
   º
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   0    )    )
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   A     Ç   =    L   (     S (% massa) 20º C     C    0
   2
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    Ç
   a
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   L    m
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    C    P
SOLVENTE     O    V   E
   E    E   ”
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   D    /    I    º    A    D    D   m    F    V
   M    E   D    A   1     C   5    D    A    0    R    E
    O    D    O    D
   I    C    N   2    I    D     O   6    E
    S    T
   A   A     S   N     Ê   A    E
   T   A     O   E
   T     S    I
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   E    T    U    N   N     O    N     O
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   T    C     S
   I    E    L    U   V
   L    I
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   A
   (    V    R    M     G
    O   E     Á    O     S    E
    S     S    N    R
   E    P
   T

CETONAS
 ACETONA  58,08 520 12 20 COMP. COMP. 0,33 0,79 56,2 23,38 184,5
(22) (20)

DIACETONA 116,2 12 295 76 COMP. COMP. 3,2 0,94 168 24,6 1,23
 ÁLCOOL (20) (20)

ISOFORONA  138,2 2,5 220 97 1,2 4,3 2,6 0,923 215 32,2 0,43
(20) (25)
METIL ETIL 72,1 340 20 45 27 12,5 0,4 0,805 79,6 24,5 91 (25)
CETONA  (25)
METIL ISOBUIL 100,2 155 38 78 1,7 1,9 0,59 0,8 115,9 23,6 15,7
CETONA  (20) (20)

 ÁLCOOIS
n-BUTANOL 74,12 46 INSOL. – 7,9 20,1 3 0,809 118 24,52 5,5 (20)
(20)

ETANOL 46,07 150 INSOL. – COMP. COMP. 1,2 0,79 78,3 22,39 40 (19)
(20)
ISOBUTANOL 74,12 62 INSOL. – 9,5 16,9 4 0,806 108 23 (20) 10 (22)

ISOPROPANOL 60,11 135 INSOL. – COMP. COMP. 2,41 0,785 82,5 21,32 44 (25)
(20)

METANOL 32,04 181 25 – COMP. COMP. 0,58 0,791 64,5 22,5 100
(20) (21)

ÉSTERES
 ACETATO 116,2 100 49 83 0,7 1,6 0,73 0,883 127 14,5 15 (25)
DE BUTILA  (25)
 ACETATO 88,12 430 36 39 8,7 3,3 0,45 0,901 77 23,9 100
DE ETILA  (20) (27)

HIDROCARBONETOS
TOLUENO 92,13 190 INSOL. – 0,06 0,05 0,6 0,87 111 28,52 36,7
(20) (30)

XILENO 106,2 60 INSOL. – 0,04 0,05 0,8 0,87 140 29,48 6,72
(20) (21)

 ÁLCOOIS
BUTILGLICOL 118,2 6,8 220 96 COMP. COMP. 6,4 0,901 171 27,4 0,76
(25) (20)

ETILGLICOL 90,12 39 143 59 COMP. COMP. 2,1 0,931 135 28,2 5,29
(25) (25)

 Capítulo 7 – Tintas para impressão – 113


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Qual o método correto para


utilização dos solventes nas tintas?
No processo flexo a evaporação não deve ocorrer tão rapidamente, para que
a tinta não seque nas células do anilox; e nem muito lentamente, para que não
ocorra a blocagem. A solvência é o fator mais importante, contudo não pode
ser o único parâmetro na escolha de um solvente.
A formulação de uma tinta ou verniz exige que exista um balanceamento entre
os solventes usados, possibilitando uma melhor secagem.

  Os solventes leves evaporam rapidamente, retirando, em curto espaço de


tempo, muito calor do meio, especificamente do substrato. Devido a isso
ocorre um resfriamento brusco da superfície, ocasionando condensação
do vapor d’água, que provoca a precipitação da resina, causando um fenô-
meno chamado de névoa ou blushing. Não devem ser usados sozinhos.
  Já os solventes médios têm uma velocidade de secagem ideal, propor-
cionando filmes brilhantes, duros e isentos de solventes retidos. São os
solventes intermediários na secagem, estabilizando a velocidade de eva-
poração ao longo da secagem.
  Os solventes pesados são requeridos nas formulações pelas ótimas pro-
priedades que conferem aos filmes, especificamente por permitirem uma
acomodação às moléculas da resina, pela manutenção do filme aberto
pelo maior espaço de tempo possível, evitando a precipitação do agente
filmógeno. Esses fatores permitem maior brilho e resistência do filme for-
mado. Os solventes pesados retardam a secagem, e o seu uso deve ser
limitado,
acentuadapois podem causar filmes moles e pegajosos e uma retenção
de solvente.

Quais os controles
feitos nos solventes?
A densidade, cor aparente, porcentagem de água contida (análise de Karl-
Fisher) e cromatografia para identificação de composição, são alguns dos
testes que devem ser feitos nos solventes.

O que são e qual a função


de pigmentos e corantes?
O pigmento é um sólido insolúvel, geralmente na forma cristalina, encontran-
do-se finamente disperso no verniz. Essa dispersão é obtida por moagem em
moinhos especiais (de rolos, esferas, etc).

114 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

O pigmento é responsável pela tonalidade e intensidade da cor, sendo que


sua correta incorporação ou não pela resina afeta consideravelmente o brilho.
Do pigmento dependem ainda muitas outras propriedades fundamentais das
tintas (podendo inclusive restringir sua aplicação), como a resistência à luz, a
ácidos, e álcalis, o que restringe a aplicação de alguns pigmentos nas embala-
gem de sabões, detergentes etc.

Os
lizarcorantes são molecular
até o nível produtos químicos
no veículoque possuemPossuem
escolhido. a propriedade de setintorial,
alto poder solubi-
mas seu uso nas tintas é restrito, pois, com exceção dos complexos metálicos,
não possuem boas resistências em praticamente todas as propriedades rele-
vantes, como resistência à luz, ao sangramento e a álcalis e ácidos.
Outro ponto forte para reduzir drasticamente o uso dos corantes é a associa-
ção entre o sangramento, definido como a capacidade de solventes, óleos ou
outras substâncias líquidas dissolverem e extraírem o corante
mesmo após o filme formado, com as características quími-
cas ou tóxicas ou relativamente tóxicas de muitos tipos de
corantes.
Isso tem restringido cada vez mais a aplicação de corantes
em embalagens de produtos alimentícios e de brinquedos,
por exemplo.
Com o aumento do nível de exigência dos consumidores e
dos institutos de análise e proteção ao consumo, será cada
vez mais restrito o uso de determinados tipos químicos,
não somente os corantes, mas também muitos tipos de
pigmento, como alguns inorgânicos derivados de cromo,
chumbo e outros metais pesados.

Como se classificam os pigmentos


e quais as suas origens?
Os pigmentos podem ser de origem natural ou sintética, sendo também classi-
ficados pela estrutura química em pigmentos orgânicos ou inorgânicos.
A intensidade, a opacidade, a resistência às intempéries ou agentes químicos
variam conforme o tipo de pigmento, especialmente os de origem orgânica.
De modo geral, por questões de consistência, disponibilidade e mesmo preço,
usam-se majoritariamente pigmentos sintéticos, tanto orgânicos como inorgâ-
nicos, de modo a se padronizar ao máximo a qualidade e repetibilidade dos
resultados da fabricação de tintas, gerando os resultados mais previsíveis na
impressão, base de toda a padronização do processo gráfico.

 Capítulo 7 – Tintas para impressão – 115


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Classificação de pigmentos
Caolin
Naturais Carbonatos
Óxidos de ferro

Pigmentos inorgânicos
Carbonatos precipitados
Dióxido de titânio
Sintéticos
Sulfato de bário
Sulfeto de zinco

Púrpura
Naturais Índigo
Brasilina (corante do pau-brasil)
Etc.
Pigmentos orgânicos
Amarelos
Vermelhos(benzedines, hansa,
(rubis, carmins, etc) etc)
fanais,
Sintéticos Azuis (ftalocianinas, etc)
Verdes (ftalocianinas)
Etc.

O pigmento ideal é aquele que, em menor quantidade, consegue tingir o verniz


na intensidade desejada. Normalmente o pigmento corresponde de 8% a 30%
da formulação total da tinta. O pigmento deve ser o menos abrasivo possível,
evitando assim danos à racle e ao anilox.
Uma característica importante para o pigmento na tinta para flexografia é a
transparência.
tando assim quePara
umauma
corboa sobreposição
interfira a tinta anteriormente,
na cor impressa dever ser transparente,
à exceçãoevi-
do
amarelo que, por ser a primeira cor a ser impressa, não precisa ser totalmente
transparente. Os pigmentos são classificados da seguinte forma quanto à cor:

Pigmento preto: são geralmente obtidos por meio de combustão incompleta


de substância líquida ou gasosa, sendo que os originários da queima de gás
apresentam maior profundidade e força (contudo, são os de maior complexi-
dade para se trabalhar).
Os negros de fumo são classificados quanto à origem (gás ou óleo) e quanto

àproduto
absorção
e é de óleo, que relacionada
diretamente indica a quantidade depigmento.
à força do superfície presente em 1g de
Os pigmentos negros apresentam áreas superficiais que geralmente variam
entre 30m²/g e 500m²/g.

Pigmento branco: Os pigmentos brancos devem possuir alta cobertura e alta


alvura de modo a cobrir a superfície na qual são aplicados, refletindo a luz. Os
pigmentos mais comumente aplicados são de dióxido de titânio e sulfeto de
zinco e sulfato de bário. A mistura dos dois últimos é conhecida comercial-
mente por litopônio.

116 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Pigmento colorido: são responsáveis pelo poder tintorial transferido pela


tinta, possuindo diversas e variadas propriedades de acordo com a composi-
ção química.

Dentre as principais propriedades destacam-se:


1- Resistência à luz;

2- Resistência aa ácidos;
3- Resistência álcalis;
4- Resistência ao sangramento;
5- Resistência Térmica, outros.
Em termos de consumo, os principais pigmentos gráficos são:

Resistência à luz
Como normalmente os impressos em flexo são expostos em prateleiras e, con-
sequentemente, à luz, é importante conhecer a resistência de cada pigmento e
a aplicação do mesmo. A tabela abaixo ajudará na escolha.

TABELA DE RESISTÊNCIA À LUZ


(EXPOSIÇÃO DIRETA À LUZ DO SOL)
RESISTÊNCIA EQUIVALÊNCIA  
1 2 dias
2 4 dias

3 10 dias
4 20 dias
5 40 dias
6 3,5 meses
7 1 ano
8 1,5 a 2 anos

1- Amarelo 12, 13 e 14 (benzedine);


2- vermelho rubi 57.1 (bona);
3- azul 15, 15.3 e 15.4 (ftalocianinas de cobre).

O que é moagem?
O processo de preparação de tintas consiste em incorporar o pigmento ao
veículo de modo a obter o máximo de poder tintorial possível sem afetarmos
outras propriedades como a viscosidade.
Novamente a flexografia, dada a sua característica de forma em alto relevo,

 Capítulo 7 – Tintas para impressão – 117


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

é o setor que mais se beneficia de uma tinta de alto poder tintorial, pois isto
reduz a camada de tinta necessária à obtenção da cor e, conseqüentemente
reduzem-se o ganho de ponto, o squash, a perda de legibilidade dos textos e
códigos de barra, os entupimentos freqüentes e outros defeitos característicos
de altas camadas de tinta.
No entanto, não é tão simples a obtenção de tintas de alto poder tintorial, pois

isto implica em nas


concentrações escolher
tintas.pigmentos com maior força e também aumentar suas
Aumentar as concentrações de pigmentos acaba impactando em aumento da
tixotropia (ver na página 121), dada a alta energia superficial dos pigmentos
(força Zeta). Necessita-se então de agentes dispersantes de alta performance e
seleção criteriosa de pigmentos, resinas e mesmo solventes.
Quanto mais moemos, ou seja, diminuímos o tamanho das partículas de pig-
mento, maior área superficial é gerada e maior tixotropia pode surgir.

 Acima a visualização em microscópio do efeito do processo de moagem sobre o tamanho das par-
 tículas (sílica neste exemplo). Partículas menores, maior espalhamento.

Os processos de moagem se modernizaram. No passado recente tínhamos o


Processo chips + esferas de vidro onde era possível obter partículas grosseiras de
até 30 micra. Com a utilização de esferas de óxido de zircônio (Processo novo)

pode-se
Como osgarantir particular
pigmentos médiasdevem
são sólidos, menores
serque 5 micra
moídos até(veja microfotografias
atingir um grau muito).
pequeno de partículas. A moagem como é chamado o ato de moer deve estar
acima de 7 hegmans no grindômetro. Os pigmentos são moídos em moinhos
especiais de esferas.
 Processo Chips + esferas de
vidro (antigo) que fornecia  Medida da moagem do
 moagem até 30 micras  pigmento em grindômetro

 Novo processo com esferas


 de óxido de zircônio permite A escala do grindômetro varia de 8 a 0 hegman, ou o correspondente a 0 e 100
 moagem até 5 micras micra, exatamente nesta proporção (assim, 4 hegman equivalem a 50 micra, 6
hegman a 25 micra e assim por diante).

118 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

O que são aditivos e quais os


principais utilizados nas tintas flexo?
Os aditivos são substâncias sólidas ou líquidas adicionadas à tinta em baixas
concentrações que complementam as características que os outros compo-
nentes da tinta não conseguem conferir sozinhos. Os principais são:
• Plastificantes, cuja principal função é manter o filme de tinta impresso flexível
e elástico. Além disso, os plastificantes podem, em alguns casos, conferir pro-
priedades de brilho e adesão.
• As ceras são um outro grupo utilizado nas tintas para reduzir o blocking,
promover deslizamento e repelência à água. São aplicados em uma proporção
que pode variar de 1% a 3%. O excesso de ceras pode reduzir o brilho e causar
problemas de aderência ao filme impresso.
• O silicone aparece com propriedades de deslizante e sua aplicação varia
entre 0,1% e 1,0%. Acima de 1% o filme impresso sofrerá pequenos furos (pin
holing), entre outros problemas.
• Os promotores de adesão, geralmente os titanatos, são muito comuns nos
processos de impressão, melhorando não somente a adesão, como provocan-
do uma reação de aumento do peso molecular das resinas hidroxiladas como
a nitrocelulose, e aumentando também a resistência térmica da tinta.
• Há ainda anti-espumantes, aglutinantes, e outros aditivos com funções
específicas.

O que é viscosidade?
Como controlá-la?
Em linguagem simplificada, pode-se dizer que a
viscosidade de uma tinta representa a resistência
que ela oferece ao ser manipulada. É o estado de
uma substância fluida ou semi-fluida que, em razão
do atrito interno das suas diferentes camadas entre
si, apresenta uma maior ou menor dificuldade de
escoamento.
A avaliação da viscosidade se faz determinando o
tempo de escoamento da tinta através do orifício
padrão do viscosímetro (copo de medida de visco-
sidade com volume padrão de 100ml). Os segundos
são a unidade internacional de medida de viscosi-
dade para tintas de flexografia. Nesse sistema de
impressão, os tipos de viscosímetro utilizados para
medir a viscosidade de uma tinta são o Ford4 (no
Brasil é mais utilizado em laboratório) e o Zahn 2
(utilizado na sala de impressão). Exemplo de
viscosímetro

 Capítulo 7 – Tintas para impressão – 119


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

O que é rendimento da tinta?


Rendimento é a quantidade máxima de impressões que se pode obter com
uma certa quantidade de tinta. Mantendo-se o mínimo de qualidade exigido,
deve-se medi-lo obedecendo às mesmas condições: substrato, máquina e arte
a ser impressa. Para uma eficiente avaliação do rendimento da tinta, devemos
considerar sua força, sua taxa de diluição e o volume de célula necessário
para atingir a força padrão mínima exigida para o recebimento. Sem essas três
informações, estaremos fazendo uma avaliação errada.

O Controle de tempo de
 secagem e viscosidade é
fundamental para bom
funcionamento das tintas.

Quais nos
feitos os principais
filmes de controles
tinta impressos?
a serem
A adesão é particularmente importante em materiais não-porosos. A adesão
é verificada com uma fita adesiva aplicada sobre a superfície e removida com
rapidez. Se todo o filme de tinta ou parte dele sair na fita adesiva então há
problema de adesão.
A resistência ao atrito também é um controle mais visual, embora existam
equipamentos para isso. A resistência ao atrito é importante visto que a emba-
lagem ou produto impresso sofrerá atrito durante o transporte, armazenamen-

to e manuseio.
impresso será deSeque
a resistência
o produtodooufilme de tinta não
a embalagem for boa, a aparência do
é velha.
Mais um controle visual é o brilho. Mesmo com equipamentos que podem
medir o brilho (goniophotômetro) a avaliação é feita empiricamente.
O deslizamento, como é chamado o Coeficiente de Fricção (COF),  é a
propriedade de deslizar que o filme de tinta deve possuir principalmente no
envasamento. Se essa propriedade for deficiente, então o material impresso
pode enroscar na máquina de fechamento e envasamento da embalagem.
Resistências aos produtos constituem testes importantes. Por exemplo,
o filme de tinta impresso deve resistir a gorduras, ácidos, álcalis, óleos etc.

120 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 120/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Normalmente esses testes de resistência aos produtos são feitos


com metodologia específica, mas todos implicam em colocar
o filme de tinta em contato com o produto por um período de
tempo, após o qual são feitas avaliações visuais.
Outro teste muito relevante em embalagens alimentícias e de
pet food é o de odor residual,  cuja medição é feita em um

equipamento
a quantidade dechamado de cromatógrafo,
certos solventes que serve para
que eventualmente medir
não foram
totalmente removidos no processo de secagem da tinta. Esses
solventes (geralmente os pesados como o etil glicol e dowanol)
podem contaminar o produto embalado.
Finalmente a avaliação da cor pode ser feita com o espectrofo-
tômetro que mede os desvios da cor. Em muitas empresas ainda
se faz a avaliação da cor visualmente.

O aparelho IGT pode ser


utilizado para testes de
 aplicação de tintas em
O que é tixotropia? laboratório
Pode-se dizer que tixotropia é uma falsa viscosidade. Devido a forças de atra-
ção intermoleculares, ainda que fracas, formam-se aglomerados em torno de
um núcleo mais energético como os pigmentos. Isto se dá quando o sistema
não está submetido a forças externas como a de uma agitação, pois uma vez
que este aglomerado formado é muito frágil, qualquer força ligeiramente maior
é capaz de desfazê-lo, e o sistema reassume a sua viscosidade característica.
Por isso, é muito importante que a viscosidade seja medida com a tinta em
agitação, para que não tenhamos um resultado falso de viscosidade. Ao adi-

cionarmos solvente
causado pelo estadonuma tinta onde
tixotrópico, tivermos
teremos um falso
uma queda valor
brusca dede viscosidade,
viscosidade no
momento do acerto.

A figura acima representa o fenômeno da tixotropia. Quando em repouso,


estabelece-se um arranjo molecular característico que provoca um travamento
do sistema. Contudo, assim que uma energia atua sobre o sistema, o arranjo é
quebrado e o sistema passa a fluir mais facilmente.

 Capítulo 7 – Tintas para impressão – 121


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Qual seria uma formulação


média para tintas de flexografia?
As composições variam grandemente dependendo da escolha do substrato,
das condições de impressão e do uso final. O gráfico abaixo ilustra uma típi-
ca tinta flexo (Pigmentos: 4%-20%; Resinas: 10%-30%; Solventes: 40%-60%;
Aditivos: 1%-10%).
 Aditivos Pigmento

Resina

Solvente

Tintas à base de água e


seu uso em flexografia:
As tintas à base de água são muito comuns na impressão de papéis, cartões
e papelão ondulado, mas são mais relacionadas a tintas de qualidade inferior,
de baixo poder tintorial.
No entanto, as tintas à base de água, ao contrário do que se possa pensar,
conseguem gerar tintas de altíssimo poder tintorial quando comparadas às
tintas à base de solvente. Isto é o que verificamos no caso das impressões de
rótulos e etiquetas adesivas, inclusive em substratos plásticos.
Esta possibilidade está relacionada à característica das resinas utilizadas.
Geralmente na forma de emulsões acrílicas, podem ser produzidas em altíssi-
mos teores de sólidos e em viscosidades relativamente baixas e com a vanta-
gem de possuírem excelente capacidade de incorporação de pigmentos.

É possível aplicarmos tintas base


água na flexografia de banda larga
para substratos plásticos?
A resposta é sim. Contudo, esta aplicação está condicionada a alguns cuidados
e necessidades de adaptação de anilox, processos e eventualmente máquinas.
Um dos primeiros pontos a se considerar é que as tintas base água tem um
caráter predominantemente alcalino, e conseqüentemente todas as partes e
peças, incluindo o tambor central, estufas, recipientes para tintas e todas as
demais partes que entrarão em contato com a tinta ou com seus vapores,
deverão ser resistentes à oxidação.
No caso de impressão de materiais plásticos, é recomendado o uso de tintas

122 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

à base de emulsão acrílica, seja pela sua adesão, seja pela resistência a água
após secar completamente.

Que dificuldades podem surgir e


quais cuidados que os operadores
devem ter com tintas base água?
Há um problema recorrente: as tintas à base de água permanecem ressolú-
veis em água apenas por um determinado (e relativamente curto) período de
tempo.
Apesar de podermos ajustar este tempo com o uso de alguns aditivos ou
uso conjunto de resinas tipo álcali solúveis, a capacidade de ampliarmos este
tempo chamado de aberto é restrita e até mesmo perigosa, pois pode resultar
em extrema dificuldade de secagem da tinta.
Assim é muito importante que os operadores mantenham a bateção automá-
tica dos anilox permanentemente ligada e redobrem o cuidado com a limpeza
dos anilox imediatamente após cada parada de máquina, mesmo por falta de
energia elétrica, por exemplo.
Outra necessidade é a de se reduzir o volume dos cilindros anilox, pois uma
vez que as tintas à base de água são mais fortes, mas tem maior dificuldade de
secagem, deve-se trabalhar com camadas reduzidas de tinta.
Isto se converte em vantagem no caso da flexografia, pois quanto menor a
quantidade de tinta no processo de impressão, melhor.
No caso de impressão de cromias em banda estreita com tintas à base de
água de alta qualidade e alto poder tintorial, podemos utilizar anilox até de
400 linhas/cm e entre 2 e 3 bcm, com excelente resultado de força e qualidade
de impressão.
Algumas empresas construtoras de máquinas na Europa e Estados Unidos estão
desenvolvendo projetos específicos para impressoras para tinta a base de água,
com secagem amplificada para permitir boas velocidades de impressão.

Podemos utilizar tintas à


base de água para laminação?
Outro ponto importante na aplicação de tintas à base de água é que estas,
geralmente são baseadas em resinas de Tg (temperatura de transição vítrea)
baixa. Como se trata de resinas de baixa força de coesão, devem resultar em
camadas muito finas ao final da impressão, para permitir que se atinjam forças
adequadas de laminação.
No entanto as tintas à base de água são muito compatíveis com os adesivos
de laminação e com vernizes UV, não apresentando efeito sobre outras pro-
priedades do filme como COF, por exemplo, o que é relativamente comum aos
sistemas base solvente.

 Capítulo 7 – Tintas para impressão – 123


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Como fazer para acertar a cor?


Um dos grandes desafios durante a troca de serviços é o acerto da cor. Um
método prático que dá bons resultados é o uso de amostras físicas. Depois
que o colorista ou impressor acertou a cor, colhe-se uma amostra em um
recipiente, anota-se o que foi acrescentado à tinta e o recipiente é arquivado.
Quando essa mesma cor voltar em impressão, prepara-se uma nova quanti-
dade de tinta nova e fazem-se comparativos com a amostra que foi utilizada
anteriormente. O comparativo pode ser feito da seguinte forma: puxada com
extensor, hand proof, raspinha (puxada com um pedaço de lâmina) e impresso
com clichê em mini impressora de laboratório com o RK para flexo. Para o
sucesso desse processo é importante manter durante a impressão as variáveis
(anilox, velocidade de impressão, viscosidade e outros) sob controle e de pre-
ferência idênticos ao que foi impresso na vez anterior.

 Puxada com
 extensor de
10 micras

O hand proof aplica uma


 camada fina e uniforme
 de tinta em laboratório

124 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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Quais são os três princípios da cor?


Os três princípios da cor são: tom, saturação e luminosidade. A observação
desses princípios ajuda o colorista ou impressor na comparação e acerto de
cor. Tom é a própria cor, em outras palavras, ou é amarelo, ou é azul, ou é
verde, ou vermelho, ou magenta e assim por diante. É o primeiro critério para
avaliação da cor. O segundo é a saturação, que é a propriedade da cor ser
forte ou fraca. Em outras palavras é a intensidade da cor. O último critério é a
luminosidade ou a propriedade da cor ser clara ou escura.
Vários sistemas para parametrizar o que chamamos de cor já foram desen-
volvidos, contudo os mais aceitos são os estabelecidos pela CIE (Commission
Internationale de l’Eclairage) ou Comissão Internacional de Iluminação, onde
são baseados todos os aparelhos de avaliação de cor utilizados pelas indús-
trias em geral (tintas, gráfica, automobilística, etc).

L=25 L=50 L=75

Acima, a visualização das mesmas coordenadas cromáticas a* e b* sob lumi-


nosidades diferentes (25, 50 e 75).

Outro sistema, o HSV retratado abaixo, também dá uma demonstração clara


das propriedades citadas, onde as variáveis são H=Hue (Tom), S=Saturation
(Saturação) e V=Value (que equivale à Luminosidade).

Todos os sistemas se baseiam em conceitos tridimensionais para o espaço da


cor, de forma a representar a maneira como o ser humano a enxerga e procu-
rando, assim, definir valores matemáticos que permitam operar algebricamente
com essa importante variável do processo.

 Capítulo 7 – Tintas para impressão – 125


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De que forma a densitometria


pode ajudar no controle da cor?
A medição da densidade das cores impressas é um excelente meio para con-
trole da cor durante o processo de impressão. Segue abaixo a tabela de den-
sidades das cromias.

DENSIDADE DE TINTAS SÓLIDAS – Banda Larga


 AMARELO MAGENTA CYAN PRETO
Papel 1.00 1.25 1.25 1.50
Plásticos 1.00 1.20 1.25 1.40

DENSIDADE DE TINTAS SÓLIDAS – Banda Estreita e Média


 AMARELO MAGENTA CYAN PRETO
Papel 1.00 1.25 1.35 1.50
Plásticos 1.00 1.20 1.25 1.40

126 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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 Capítulo 8 – Cilindros anilox – 127


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 Neste capítulo você vai ver:


• Características do anilox
• Tipos de gravação a laser
• Quais os melhores ângulos
• Por que a lineatura é importante
• Controle do volume de tinta (BCM)
• Como escolher o anilox
• Aferição e limpeza
• Cuidados com o manuseio e armazenagem

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8•Cilindros
anilox Hoje em dia o melhor cilindro anilox (ou entintador) possui
revestimento cerâmico e é gravado a laser. Existem cilindros
gravados mecanicamente (por recartilhagem) e revestidos
com cerâmica, o que foi um grande avanço em relação aos
antigos cilindros gravados quimicamente. O formato das
células mais usado é o hexagonal, embora o equipamento de gravação possa
variar conforme a programação. Sobre o nome anilox, a história conta que a
denominação se deve ao fato de a flexografia ser chamda, no início, de pro-
cesso anilina. Então, foi atribuído o nome anilox ao cilindro que transportava
essa anilina até o clichê.

Os anilox mais indicados


 para flexografia são os
 revestidos com cerâmicas e
 gravados a laser

 Capítulo 8 – Cilindros anilox – 129


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Qual a função básica do anilox?


Transferir e dosar a quantidade de tinta para a superfície do clichê. A transferên-
cia precisa ser uniforme e com muita precisão em toda a extensão do cilindro
para que também toda a extensão do clichê seja entintada de modo uniforme
e uma parte não fique mais forte ou fraca em relação às outras partes.

Quais os tipos de
anilox mais comuns?
Os anilox mais comuns são os seguintes: Anilox com revestimento cerâmico
e gravação a laser; gravação mecânica (recartilhagem) e gravação química.
No entanto, o mais usado hoje na flexografia é o anilox com revestimento
cerâmico e gravado a laser. Os cilindros gravados quimicamente eram feitos
de ferro revestido galvanicamente com cobre. Daí eram gravados, copiados
e gravados com FeCl³ (Percloreto de Ferro) no mesmo método da gravação
de rotogravura. Depois de gravados, eles eram cromados também pelo pro-
cesso galvânico para dar resistência ao cobre, que não suportaria o trabalho
de transferência. A principal desvantagem é a baixa lineatura que o processo
permitia gravar. No processo de recartilhagem dava-se o mesmo, quer dizer,
a aplicação da recartilha era feita no cobre; o cilindro era cromado posterior-
mente. Da mesma forma, não permitia lineaturas superiores a 120 linhas/cm
com qualidade razoável.
A gravação com laser trouxe, assim, um grande avanço para a flexografia, e
não é exagero dizer que foi a principal revolução em qualidade do processo
flexo. Para se gravar a laser é necessário revestir a superfície do cilindro/camisa
com um metal e recobrir essa superfície com um plasma de óxido de cromo.
Daí, em cima dessa superfície de cor grafite se dá a sublimação e conseqüen-
temente o desenho das células. É interessante que a superfície da cerâmica é
extremamente dura, com uma micro-dureza de 1150 à 1300 graus Vickers. Para
se ter uma idéia comparativa,
o cromo chamado duro apli-
cado na superfície do cilindro
de rotogravura possui dureza
entre 850 a 950 graus Vickers.
Sendo assim, a única forma de
gravação é realmente o laser.

Cabeçote para gravação


 a laser da Praxair.

130 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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Quais os principais tipos de laser


para gravação de anilox e quais
as diferenças entre eles?
O laser tem tido enorme impacto em inúmeros processos industriais. E não é

diferente no processo
o anilox. Como foi vistodeno
impressão
capítulo flexo
sobreeclichês,
na confecção
o laser de acessórios
ajuda comoe
na precisão
rapidez de obtenção dos polímeros, e no aumento da qualidade do impresso.
Um dos tipos de laser mais utilizados é o de CO 2 (dióxido de carbono). Trata-se
de um gás usado em combinação com outros dois gases (hélio e nitrogênio)
para produzir a energia para gravação.
O laser de CO2 foi muito usado nas últimas duas décadas na gravação de ani-
lox com revestimento cerâmico. O laser é usado para gerar pulsos de energia
para sublimar a camada de cerâmica, gerando, assim, os alvéolos.
Outro tipo bem diferente de laser é o YAG, sigla em inglês para Yttrium
Aluminum Garnet. Ele não usa gases e sim um tipo especial de cristal cerâmi-
co. Ao passo que, para gravação de polímero ou borracha, o CO2 é uma boa
opção, no caso do anilox o YAG possui um diferencial interessante devido ao
tipo de pulso que ele gera, mais regular, o que permite uma definição melhor
entre as paredes do anilox.

Gráfico mostrando o perfil


Gráfico mostrando o perfil do pulso laser YAG
 do pulso do laser CO ²

 Micro fotografia do resultado da Gráfico mostrando o perfil de pulso


 gravação com CO ² . Acima e abaixo  do laser YAG. Acima e abaixo

 Capítulo 8 – Cilindros anilox – 131


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Quais os itens de controle?


Os cilindros anilox podem variar quanto a: 1) lineatura, 2) ângulo da retícula e
3) capacidade volumétrica (BCM). A escolha do tipo de anilox está diretamente
relacionada com o tipo de trabalho a ser executado. Para isso é necessário
conhecer os três fatores acima.

Por que a lineatura do


anilox deve ser alta?
A escolha da lineatura está relacionada, principalmente, com a lineatura utili-
zada na confecção da imagem reticulada no clichê. O ideal é que seja de, pelo
menos, 4 a 5 vezes maior que a lineatura da imagem. Isso é necessário para
evitar o efeito moiré. Porém outro fator muito importante é que nessa propor-
ção de 5 para 1 o pequeno ponto do anilox será entintado mais uniforme-
mente, melhorando assim a definição da imagem. Note na figura abaixo como
o pequeno ponto nas áreas claras da imagem é “inundado” com tinta caso a
lineatura do anilox não seja maior que a do clichê.

Porta-clichês

Ponto de
altas luzes Quantidade
ideal
Célula com Resultado da
volume maior entintagem
que os pontos

Cilindro Anilox

O que é BCM?
O volume é medido em BCM (bilhões de micras cúbicas por polegada quadra-
da) e está diretamente relacionado à quantidade de tinta depositada no clichê.
O critério para escolha do volume é: volumes mais baixos para retículas e
textos pequenos e volumes maiores para áreas de traços grossos e chapados.
No entanto, há uma falsa idéia de que, para se obter um chapado com boa
cobertura, é necessário um anilox com capacidade volumétrica máxima. Na
prática, pode-se conseguir uma boa cobertura com uma tinta bem equilibrada
e concentrada e BCM não muito alto. Volumes altos tendem a entupir a retícula
no clichê.

132 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

O BCM é mais importante


que a lineatura do anilox?
O BCM é muitas vezes desconsiderado na escolha do anilox. Normalmente
o impressor faz a escolha em função da lineatura. Assim, quando se quer
diminuir o volume de tinta troca-se o anilox por outro de lineatura maior e
vice-versa. No entanto, dentro de uma mesma lineatura é possível ter BCM
diferentes, o que pode causar confusão e erros. Vamos supor que o impressor
esteja trabalhando com um anilox de 180 l/cm e BCM de 3.30 e decida trocar
por outro de 200 l/cm que “carregue” menos tinta. Se, ao trocar, ele simples-
mente segue a lineatura e esquece de verificar também o BCM, que pode estar
com volume de 3.50, ele estaria aumentando a “carga” de tinta, piorando o
problema. Veja na tabela da página 136 uma sugestão de tabela aplicada em
máquinas de flexo 8 cores. Note também as possibilidades de variação de BCM
dentro da mesma lineatura.

Qual o ângulo da retícula do anilox?


Embora o equipamento de gravação a laser possa fazer ângulos variados,
convencionou-se utilizar na flexografia apenas o ângulo de 60º. Esse ângu-
lo é comprovadamente o melhor para liberar a tinta que está dentro dele e
também é a posição que menos favorece o moiré que poderia ocorrer com
a retícula do clichê.

 Ângulo com 30º Ângulo com 45º Ângulo com 60º

Por que se escolheu esse ângulo?


Este ângulo foi escolhido porque é o melhor
para transferência de tinta para os pontos do
clichê. Note, nas imagens acima, alguns tipos
de ângulos possíveis (observe também o for-
mato hexagonal das células a 60º).

 Capítulo 8 – Cilindros anilox – 133


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Em que o volume de tinta


influencia a impressão?
Influencia diretamente na força ou na intensidade da cor. Um volume maior
carrega mais pigmento de uma cor, e conseqüentemente dá mais força a ela.
Além disso, há problemas relacionados ao entupimento de retículas finas,
textos e linhas vazadas. Assim, a regra deve ser sempre lembrada: quanto
menos tinta estiver envolvida no momento de impressão entre anilox/clichê/
substrato, melhor.

Qual o cálculo para converter


BCM/pol² em cm³/m²?
Para converter BCM/polegada para unidades métricas usa-se a seguinte equi-

valência: 1.0 BCM/Pol² = 1.549 cm³/m².

Como escolher o anilox?


Pode-se escolher o anilox por meio de testes com um cilindro de banda que
é um cilindro gravado com faixas (ou bandas) com lineaturas e BCM difrentes
(6 a 8 faixas) e o uso de um finger print. O finger print contém linhas finas e
grossas, textos positivos e negativos com tamanhos e fontes diferentes, áreas
sólidas, código de barras, linhas concêntricas para verificação da pressão de
impressão, combinações
diversas, escala de retículas,
de gris, marcas lineaturas
de registro, e porcentagem
entre outros itens. Veja de pontos
abaixo um
exemplo de cilindro de banda.

Exemplo de cilindro de banda

134 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Que outros fatores devem-se levar em


conta na escolha do anilox correto?
Substratos – Os porosos, como os papéis, necessitarão de um volume de tinta
maior. Papéis revestidos como os couchés, cuja superfície é menos absorvente,
demandarão volume menor.
Tintas – Deve-se ficar atento às tintas a base d’água com alto teor de sólidos,
que são mais bem transferidas com volumes reduzidos e alta lineatura.
Equipamento de impressão – Este deverá permitir a instalação do anilox e a
verificação periódica, para que se analise se não apresentam folgas mecânicas
em mancais e engrenagens do sistema de entintagem.

EXEMPLO DE INVENTÁRIO PARA 8 CORES


BCM (Bilhões de Micra Observações
Tipo de Lineatura Data da Quem
Cúbicas/polegada (aspecto, BCM atual,
trabalho (linhas/cm) Avaliação Avaliou
quadrada) riscos, batidas, etc)
400 1.10 – 1.40  
   S
   O    S   A
300 1.50 – 2.10    D     E
Quadricromia e    A    R
retículas finas    D
      P
270 1.80 – 2.60    S    M
   O
      E
230 2.10 – 3.00    A 
   M    U
   O    S
   C
    I     E 
 
Textos 200 2.60 – 3.50    U    D
   Q  
pequenos
e linhas finas 180 2.90 – 4.00
   A   A
     R
    Á
    I
   O
   H
   C    N    T
140 3.60 – 5.00    N
    E    V    E
    E    N
Chapados e
100 4.60 – 6.70    R     I
    P  
traços grossos    O
80 5.50 – 8.10    D
É importante manter um registro atualizado do inventário de anilox para não ter surpresas
 ao colocá-lo em máquina e descobrir que há um sério problema com o mesmo

 Capítulo 8 – Cilindros anilox – 135


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

LINEATURAS E VOLUMES RECOMENDADOS PARA CADA PROCESSO


LINEATURA DO ANILOX VOLUME DO ANILOX
PROCESSO IMAGENS LPI LPCM
DO CLICHÊ (linhas por (linhas por BCM/pol² cm³/m²
polegada) centímetro)
–150 – 175 cromias
70 lpcm) lpi (60 800 – 900 315 – 355 1.4 – 2.0 2.2 – 3.1
120 – 133 lpi (48 650 – 750 255 – 295 1.8 – 2.5 2.8 – 3.9
   l – 52 lpcm) cromias
   e
   v   )
    í 85 – 110 lpi (33
   x   a – 42 lpcm) cromias 500 – 600 195 – 235 2.2 – 2.9 3.4 – 4.5
   e
   l    g
   F    r
     a Retículas com
   m    L textos 360 – 440 140 – 175 3.2 – 4.2 5.0 – 6.5
   e   a
   g   d Linhas finas e
   l    n
   a 300 – 360 120 – 140 4.2 – 5.5 6.5 – 8.5
   a   a textos
   b   B
   (
   m Linhas e chapados 250 – 330 100 – 130 6.0 – 7.0 9.3 – 10.9
   E
Chapados 200 – 300 80 – 120 7.3 – 8.0 11.3 – 12.4
Grandes áreas
chapadas como 180 – 220 70 – 90 9.9 – 10.0 15.3 – 15.5
branco e verniz
   s
150 – 175 lpi (60 800 – 900 315 – 375 1.4 – 2.0 2.2 – 3.1
   a – 70 lpcm) cromias
   v
    i
   s   ) 120 – 133 lpi (48 600 – 800 235 – 315 1.5 – 2.0 2.3 – 3.1
   e    a
    i – 52 lpcm) cromias
   d    d
  -    é
   o
   t   m 85 – 110 lpi (33
   u – 42 lpcm) cromias 500 – 600 195 – 235 2.0 – 3.0 3.1 – 4.7
   A   e
   s   a
   t Retículas com
   a
   t    i textos 500 – 600 195 – 235 2.5 – 3.5 3.9 – 5.4
   e   e
   r
   u   t Linhas finas e
   q   s
    i
   t   a
   E    e textos 360 – 440 140 – 175 3.5 – 4.5 5.4 – 7.0
   e   d
   n Linhas e chapados 300 – 400 120 – 160 4.5 – 7.5 7.0 – 11.6
   s   a
   o
   l    B Chapados 300 – 360 120 – 140 5.0 – 6.5 7.8 – 10.1
   u    (
   t Grandes áreas
    ó
   R chapadas com 200 – 250 80 – 100 7.2 – 8.7 11.2 – 13.5
branco e verniz
110 – 120 lpi
   s (42 - 48 lpcm) 440-550 175 – 220 2.0 – 3.5 3.1 – 5.4
   o Cromias
   d
   a 85 lpi (33 lpcm)
   g 360-440 140 – 175 3.0 – 3.5 4.7 – 5.4
   u
   r cromias
   r
   o
    C
  Traços
ma doctor
com siste-
roll 250 – 330 100 – 130 5.5 – 6.0 8.5 – 9.3
   m
   e Traços com siste-
   a ma doctor blade 250 – 300 100 – 120 6.5 – 7.8 10.1 – 12.1
   t
   e
   r
    i Áreas chapadas
   D com sistema doc- 200 – 250 80 – 100 6.5 – 7.8 10.1 – 12.1
   o tor roll
    ã
   s
   s Áreas chapadas
   e
   r com sistema doc- 200 – 250 80 – 100 8.0 – 9.0 12.4 – 14.0
   p tor blade
   A
   T
   F

   m
  -

   I
   T
   S

Verniz ou Branco 200 – 250 80 – 100 7.8 – 12.0 12.1 – 18.6


   R
   I
   F
  :

chapado   e
   t
  n
  o
   F

136 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 136/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Quando utilizar rolo de borracha


pelo sistema doctor roll?
O doctor roll, ou sistema de entintagem com rolo de borracha, ainda é bas-
tante utilizado em alguns tipos de equipamentos. Assim, é possível encontrar
informações úteis para a combinação de anilox, rolo de borracha e o tipo de
clichê/imagem.

Lineatura do Anilox Dureza do rolo Tipo de imagem


tomado (pescador)
60 à 85 l/cm 65º Chapados
100 à 120 l/cm 70º Traços e Textos
120 à 140 l/cm 75º Retículas até 28 linhas/cm
160 l/cm 80º Retículas até 36 linhas/cm

Há algum princípio básico


na escolha do anilox?
Sim. O princípio envolvido é: quanto menos tinta estiver envolvida no processo
de impressão, melhor. Como a tinta é líquida, ela costuma entupir a retícula
do clichê. Há um engano de muitos técnicos em achar que o volume de tinta
é necessário para se obter uma cor forte, quando, na prática, basta uma tinta
com concentração pigmentar maior para se obter a tonalidade desejada para
o impresso. Afinal, o que dá a cor é o pigmento, e não a quantidade de tinta.
Menos tinta significa rápida secagem e redução no custo com a tinta. Pode
significar também aumento de velocidade de máquina porque a transferência
de tinta dificulta o acúmulo de tinta sobre o clichê.

 Volume alto do Anilox Volume ideal do Anilox

Quando o volume do anilox é alto, o excesso de tinta gera entupimento da retícula e de letras

 Capítulo 8 – Cilindros anilox – 137


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Quais os métodos de
limpeza do cilindro anilox?
Devido à sua característica, com o uso as células do anilox entope e diminui o
volume de tinta a ser transferido para o clichê. Tintas à base de água tendem
a ser as piores para o anilox, pois a resina tende a secar dentro dos alvéolos,
e dificilmente pode ser removida com o solvente da tinta. Recomenda-se não
parar o sistema de entintagem durante a produção, limpando-o imediatamente
no final do trabalho.

 Micro fotografia mostrando o entupimento


 por tinta seca dentro das células do anilox

Por tudo isso, é necessário fazer uma limpeza freqüente e cabal dos alvéolos
do anilox. Há vários meios para isso. Os processos químicos são mais baratos
e possuem razoável qualidade. O processo a laser é mais caro, porém mais
eficaz. Veja abaixo quais são os métodos mais comuns:

Lavagem química Ultra-som  Jateamento com Laser


 esferas de polietileno

Como se deve armazenar


os cilindros anilox?
O anilox é um acessório caro e delicado. Portanto, seu armazenamento deve
ser feito em local protegido de qualquer tipo de agressão. O ideal é que fique
em prateleiras, gavetas ou estantes com suportes para encaixá-lo. Além disso, é
necessário envolvê-lo em feltro ou outro material macio e que ofereça alguma
proteção contra eventuais pequenas batidas. No caso de se colocá-lo preso

138 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

apenas pelo eixo, certifique-se de que o apoio esteja o mais próximo do corpo
do cilindro para evitar que o peso do meio envergue o cilindro com o tempo.
É claro que essa recomendação é para cilindros anilox para banda larga. Os de
banda estreita, como são pequenos, não carecem dessa preocupação.

Todo cuidado com anilox ainda é pouco. Ao passo que a camada cerâmica possui alta resistência
 ao atrito (embora isso na impeça o desgaste natural), ela possui baixa resistência ao impacto. Pense
 no piso cerâmico onde as pessoas passam e que resiste a riscos. Se alguém deixar cair um objeto
 pontiagudo e contundente, imediatamente se fará um furo na camada cerâmica do piso

E que dizer do armazenamento


das camisas anilox?
Todos os cuidados acima são igualmente necessários. Pode-se armazená-las
em pé, mas longe do chão e com barras para não deixá-las cair. Outra forma de
armazenar as camisas anilox é colocá-las na parede em barras apropriadas.

 As camisas anilox são tão boas


quanto os cilindros anilox?
Cada tipo possui características próprias. As camisas anilox evoluíram e hoje
são bastante estáveis. No passado recente, o maior problema era a excentrici-
dade das mesmas, pois os ajustes nos mandris precisavam ser perfeitos para
não vibrar. Vários meios foram tentados e hoje há certamente um resultado
muito bom.
Um dos principais fatores que se precisa entender sobre camisas anilox é TIR,
que é a sigla em inglês para Total Indicated Run-out, ou algo como Indicador
Total de Batimentos. O TIR, em termos simples, é uma medida de comparação
da excentricidade da área gravada de um anilox em relação ao centro absoluto

 Capítulo 8 – Cilindros anilox – 139


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

do eixo do sleeve ou do mandril onde ele é afixado quando está em rotação.


O TIR é uma importante tolerância dimensional de cilindros anilox, mas mais
importante ainda é no anilox sleeve. Esse controle é feito pelo fabricante da
camisa e da empresa gravadora do anilox.

BATIMENTOS NO ANILOX ACEITÁVEIS


Largura < 25 cm (ou 65”) +/- 0.0005” polegadas 0,013 mm

Largura > 25 cm (ou 65”) +/- 0,001 polegadas 0,025 mm

O anilox sleeve pode


ser recondicionado?
O fator mais importante a considerar é a espessura do metal ou alumínio que
é a base para a aplicação da cerâmica. Assim como em rolos anilox, a camada
antiga de cerâmica precisa ser totalmente removida. Ao fazer isso, certamente
uma parte do metal também será removido. Então, dependendo da quantida-
de desse metal que foi aplicada, é possível recondicionar. Mas há limites, pois
o metal ficará mais frágil a cada recondicionamento e poderá enfraquecer a
Células com fissuras estrutura e até mesmo causar vibrações. Normalmente o máximo que se reco-
 e desgastadas menda para retirada da espessura no recondicionamento é de 0,010 polegadas
(ou 0,25mm) no diâmetro do sleeve.

Que tipo de anilox é


mais recomendado
para grandes chapados?
Lembre-se: o importante é que o “fechamento” da tinta seja bom e isso não
quer dizer que grande quantidade de tinta resolverá seu problema, como já
mencionamos anteriormente. Assim, há opções recentes de anilox como aque-
les com características de retícula geométrica. O objetivo é justamente facilitar
esse “fechamento” do impresso.

Este formato diferenciado neste tipo de gravação da Praxair, observado nas figuras acima, ajuda
 o “fechamento” do chapado e facilita a “raspagem” da faca na entintagem. Neste exemplo, uma
 retícula de 700 linhas/cm e com 3.8BCM significa economia de tinta em chapados

140 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Como se afere o anilox?


O volume de tinta é reduzido devido ao entupimento dos alvéolos do anilox.
Isso é comum, embora ruim. Com o passar dos meses, deve-se fazer avaliações
periódicas das condições do volume. Normalmente essa verificação pode ser
feita pela empresa que grava anilox ou pelo próprio usuário.
Uma análise com microscópio
 é fundamental para garantir
Quais são os métodos para aferição?  a qualidade de gravação

Pode-se medir com o microscópio eletrônico, sistema manual, e outros méto-


dos, como o Wyco, Urmi, Ravol, Volugraph e Capatch. Sistemas com ultra-som
são os mais precisos, porém os equipamentos são muito caros.
 A avaliação do volume do
 Anilox pode ser feita com
 aplicação de um líquido, com
 o auxílio
 na de uma
superfície seringa,e
do cilindro
 espalhando-se com uma
 pequena lâmina raspadora.
Depois se decalca a mancha
 em um papel e mede-se a
 área da mancha. Por fim se
 calcula o volume total que o
 anilox suportou.

 Ao lado, o
 método Capatch,
 que é barato,
 prático e tem
 razoável precisão

 Capítulo 8 – Cilindros anilox – 141


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

DICAS E CUIDADOS COM CAMISAS ANILOX


 Um dos benefícios dos anilox sleeves é, sem dúvida, o peso. Eles são leves e fáceis de manu-
sear. Isso pode ser um problema, pois eles podem também cair facilmente ou ser batidos nesse
manuseio. Esteja certo de não colocar o anilox sobre mesas sujas ou com objetos, ou ainda
deixar cair objetos na superfície ou apoiar objetos sobre o mesmo. Um pequeno buraco invisível
a olho nu pode ser o início de um grave problema de rachadura na superfície cerâmica.
 Às vezes o anilox sleeve não quer sair facilmente (talvez em função de ter entrado um pouco
de tinta entre o sleeve e o mandril, colando-os) e o operador da máquina força a saída ou até
mesmo bate com um martelo de borracha para que saia do mandril. É claro que isso pode causar
danos irreparáveis ao anilox, especialmente se o operador ferir o canto do anilox descascando-o.
Se estiver difícil de sair, tenha paciência e peça ajuda de pessoal especializado.
 Na limpeza do sleeve não se recomenda o uso de tanques ultra-sônicos, soluções de soda
cáustica ou qualquer outro método em que a camisa seja submersa. Isso pode alterar o diâme-
tro interno da camisa, e devemos lembrar também que há metais na estrutura da camisa que
podem ser afetados pelos produtos químicos empregados, podendo causar a delaminação da
cerâmica.
 Tenha um inventário completo e preciso de todos os anilox na fábrica. Isso significa nume-
rá-los e medi-los periodicamente (volume). Faça observações quanto a riscos ou danos na
superfície do mesmo.

 Bombas com filtro de tinta ruim ou inexistente e facas de baixa qualidade que soltam peda-
ços de metal também podem causar riscos na superfície do anilox. Assim, certifique-se de que
se faça limpeza cabal do sistema de entintagem, bem como que se usem facas com aço que
não soltem limalhas no processo de raspagem. Esses pedaços de metal incrustam-se na faca
e ficam marcando o mesmo lugar, causando riscos que inutilizariam o anilox. Uma ajuda são os
filtros com elementos magnéticos que seguram metais e não permitem que eles retornem ao
sistema doctor blade, prevenindo, assim, estragos.
 A montagem incorreta das câmaras doctor blade pode contribuir para que o anilox receba
uma raspagem irregular, desgastando assim também de forma irregular, o mesmo. O modo cor-
reto de montagem das facas pode ser visto no capítulo 9.
  Embora o anilox seja um acessório importante para o processo de impressão flexo, ele
também é considerado um bem consumível. Não durará para sempre e muitas vezes pode se
tornar obsoleto com novos avanços dos métodos de gravação ou obtenção da camisa para os
revestimentos. Mas cuidado: ao ser considerado um bem consumível alguns podem achar (ou
se conformar em achar) que, se estragar, compra-se outro. Porém, o custo de um anilox é muito
alto e muitas vezes leva-se tempo para se obter um do fabricante. O mau uso e o manuseio
descuidado pode inviabilizar o processo flexo pelo custo!

142 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

 Capítulo 9 – Banda larga – 143


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

 Neste capítulo você vai ver:


• Características dos equipamentos para impressão banda larga
• Sistema de desbobinamento e controle de tensão
• Elementos de apoio (roletes, eixos, calandras, alinhadores)
• Controladores de tensão
• Sistema engrenagens e gearless
• Camisas anilox e porta-clichês
• Entintagem e controle da viscosidade
• Secagem entre cores e secagem final

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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

9•Impressão de
flexo - Banda larga
ste e os próximos capítulos sobre impressão flexo não estão
em forma de perguntas e respostas. Preferi abordar de forma
explicativa e deixar os problemas relacionados à impressão
num capítulo apropriado. Há neste capítulo informações para
banda larga mas que também são princípios para os sistemas
banda estreita/média e corrugados. São informações que não coloquei naque-
les capítulos para não ser repetitivo.
O sistema de impressão flexográfico é bastante versátil em todos os sentidos,
podendo apresentar diversas configurações de máquinas e assessórios. Dentre
as mais importantes variantes do processo flexográfico, destacam-se os siste-
mas de entintagem e o aspecto construtivo do equipamento.

Sistemas de entintagem
Doctor roll: Um cilindro de borracha imerso na tinta (pescador) a transfere,

por
outrocontato,
cilindropara outrodecilindro
revestido chamado
borracha quanto entintador,
um cilindroque poderá ser tanto
anilox.
O clichê é colado num cilindro porta-clichês e é então entintado Substrato

pelo cilindro entintador, transferindo a tinta, ainda úmida, para o


Cilindro Cilindro
substrato (suporte a ser impresso). Contra-Pressão
Cilindro
Porta-clichês
Entintador 
(Anilox)
Cilindro
Este sistema, considerado antigo para os padrões atuais, ainda é uti- Tomador ou
Pescador 

lizado para impressão de papelão ondulado e em máquinas de con-


cepção mais antiga para impressos de papel (cadernos) e impressos Clichê
Tinteiro
simples. Porém, a grande maioria das impressoras modernas só
utiliza o sistema doctor blade ou sistema encapsulado.  Sistema de entintagem doctor roll

 Capítulo 9 – Banda larga – 145


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Doctor blade:  O sistema conhecido como doctor blade consiste em uma


câmara fechada por duas lâminas metálicas que removem completamente a
tinta da superfície do cilindro anilox, deixando-a exclusivamente no interior
das células gravadas.
O surgimento desse sistema representou uma grande evolução para a flexo-
grafia, uma vez que parte do ganho de ponto observado no processo flexográ-

fico derivados
superfície da entintagem
cilindros delateral dos pontos, originada pelo excesso de tinta na
entintagem.
Substrato

Cilindro Cilindro
Cilindro
Contra-Pressão Entintador 
Porta-clichês
(Anilox)

Clichê
Entintagem
(Encapsulado)

 Sistema de entintagem doctor blade


g

Dica Importante: É fundamental que se observe a superfície dos


cilindros anilox durante o processo de entintagem. Esta deve estar
sem brilho, caracterizando a correta raspagem da superfície.

Sistema construtivo
Partindo-se do conceito
flexografia, conforme vistobásico de entintagem
anteriormente, e impressão
os diversos gruposque caracteriza
impressores quea
constituírem a máquina impressora podem ser dispostos em diversas formas,
geralmente em função do tipo de trabalho e/ou substrato a ser impresso.
Por se tratar de um dos sistemas mais simples de construção dentre os vários
processos industriais de impressão, as possibilidades de arranjo dos grupos
impressores flexográficos são inúmeras, sendo inclusive muito utilizados
como unidades aplicadoras de vernizes em conjunto com outros processos
de impressão.

Exemplo de equipamento de banda larga típico

146 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

 A MÁQUINA IMPRESSORA 
Essencialmente as máquinas de flexografia possuem os seguintes elementos,
que serão analisados um a um:

 Sistema de entrada e saída do substrato


 Grupos impressores (entintagem, porta-clichês)
 Sistema de secagem e exaustão (entre-cores e final)

Sistema de entrada
(alimentação) e saída
As máquinas de flexografia são alimentadas com substratos em forma de
bobinas. A exceção são as máquinas de impressão de caixas de papelão ondu-
lado, alimentadas com folhas.
Para uma boa impressão, é necessário que se tenha um bom controle na entra-

da de máquina,
extensão uma vez que o substrato deve ser mantido esticado em toda a
da impressora.
Os componentes de entrada são os seguintes (trataremos aqui apenas das
máquinas alimentadas a bobina):
a) Eixos e tubetes
b) Troca de Bobina
c) Alinhadores
d) Controle da Tensão
e) Roletes

 Capítulo 9 – Banda larga – 147


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

a) Eixos e tubetes
Os eixos são objetos onde as bobinas são colocadas e presas. Podem ser de
dois tipos: não-expansíveis e expansíveis. Os não-expansíveis são de configu-
ração simples, compostos por uma barra de ferro (A) onde a bobina é colocada
e fixada por duas cunhas (B) com parafusos. Os mais comuns são os eixos
com cunhas que fixam a bobina através da pressão nas laterais do tubo. Este
sistema não suporta grandes tensões do material e pode danificar lateralmente
a bobina.
B
 A 

Os eixos expansíveis são compostos de réguas ou dispositivos que, por ação


mecânica ou pneumática, fixam a bobina. Os eixos de expansão mecânica são

g acionados
ra as réguasporpara
umcima,
discotravando
com rosca na pontaEste
a bobina. do tipo
eixo de
que,eixo
ao éserpouco
apertado, empur-
utilizado.

Eixo expansivo pneumático - Possui garras ao longo de sua extensão que


se expandem pressionadas por ar comprimido, fixando a bobina. O tipo mais
comum de eixos expansíveis é o acionado por ar comprimido (pneumático),
composto por câmaras que se expandem quando injetado ar comprimido,
empurrando pequenas réguas que travam a bobina no eixo. Tem sido muito
empregado pela sua rapidez e eficiência na troca de bobinas. Possui a desvan-
tagem de, com manuseio inadequado, poder furar a câmara interna, requeren-
do assim manutenção. Não é um eixo barato, porém facilita muito o processo
produtivo pela rapidez e por não prejudicar o tubete.

Eixo com cones expansíveis -  É constituído de uma barra de aço com cones
passantes expansíveis que são interligados por mangueira.

Castanhas cônicas - Prendem a bobina somente por pressão lateral.

Castanhas expansíveis - Travam no tubo e prendem a bobina por expansão.

148 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Tubetes
Os tubetes (também conhecidos como buchas, tarugos e espulas) são ele-
mentos importantes, visto que o substrato será enrolado nele. Os tubetes
podem ser de papelão, PVC ou metal (alumínio ou aço) e sua espessura e
diâmetro podem variar em função do eixo ou do tipo de substrato utilizados.
Substratos plásticos tendem a exercer forte tensão sobre o tubete e por isso
deve-se
ou papelãoter cuidados especiais
com espessura na escolha
suficiente para dos mesmos.
agüentar Recomenda-se
a pressão da tensãoPVC
do
material embobinado. Se a tensão for excessiva e o tubete não agüentar,
o eixo não sairá e será necessário forçar a saída do eixo, podendo causar
estragos no mesmo.
Deve-se levar em consideração que, quando ocorrem acidentes, como a
queda da bobina, o tubete não pode amassar, o que geraria muitas perdas
e dificuldade para utilizar a bobina, visto que o eixo muitas vezes não entra
mais. Para bobinas de alumínio recomenda-se tubetes de alumínio capazes
de suportar a tensão.

b) Troca de bobinas
Quando a bobina que está sendo impressa chega ao fim, realiza-se a troca
da mesma. Os métodos para a troca são três: manual, semi-automático e
automático.
Troca manual: Necessariamente a máquina é parada ao fim da bobina e é
colocada outra. O método é totalmente manual. A fita de substrato é emenda-
da a outra com o auxílio, normalmente, de uma fita adesiva. É recomendável

colocar umamáquina.
sagem pela fita em toda a extensão da emenda para evitar a quebra na pas-
Troca semi-automática: Neste caso não é interrompida a impressão (apenas
a velocidade é diminuída). Há, no entanto, a necessidade da intervenção do
operador na troca, cortando a fita com um estilete depois que a emenda é
colada. Não há dispositivos que indiquem quando fazer a troca ou se a bobina Desbobinador com
está no fim. É desaconselhável esse procedimento, pois pode facilmente causar  troca automática
acidentes graves.
Troca automática: Neste terceiro método a máquina não pára e pode-se
manter a velocidade normal de produção. Há dispositivos do tipo foto-células
e/ou sensores ultrassônicos que automaticamente preparam a máquina para a
troca, identificando o momento exato programado pelo operador. A interven-
ção humana é mínima, e se limita ao preparo da próxima bobina pelo opera-
dor. A preparação da bobina é feita passando-se cola em áreas reservadas da
bobina e fazendo-se cortes na ponta da folha da bobina que será a próxima.
Com a forte concorrência e clientes exigindo maior qualidade e custos baixos,
qualquer parada de máquina gera perdas (tinta, material, tempo, energia etc).
Por isso, as máquinas modernas saem de fábrica com estes dispositivos incor-  Rebobinador com
porados à impressora e não como itens opcionais.  troca automática

 Capítulo 9 – Banda larga – 149


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

c) Alinhadores
Os alinhadores são dispositivos capazes de manter o substrato alinhado na
máquina para que a impressão ocorra sempre na mesma posição na fita e a
bobina seja enrolada sem variações na sua lateral.
O tipo mais comum de alinhador é o sistema pneumático. De funcionamento
simples, baseia-se no princípio de saída e recepção de ar comprimido que cir-
cula por canos. O esquema abaixo esclarece o princípio.

Este tipo de alinhador faz


 a leitura na fita e corrige
 na bobina. Normalmente
utilizada em impressoras
 pequenas ou cortadeiras e
g  rebobinadeiras

Este tipo de alinhador faz a leitura na


fita e corrige na fita mesmo. É o mais
utilizado, podendo ter dois na máquina:
um antes do material entrar na impres-
 são e outro já depois de impresso, antes
 de embobinar no final da impressora

d) Controle de Tensão
Tensão é o esforço ocasionado por uma força que opera em qualquer sentido:
longitudinal ou transversal.
Quando medimos o elongamento de um material em função da tensão que
existe sobre ele, obtemos a curva abaixo:

  o
   ã
  s
  n Zona Plástica
  e
   T
Ruptura

Zona Elástica

Elongamento

150 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Esta curva é conhecida por Lei de Hook e divide-se em duas zonas bem dis-
tintas: zona elástica e zona plástica. Na primeira, o elongamento ∆l varia pro-
porcionalmente à tensão aplicada, ou seja, se dobrarmos a tensão aplicada o
elongamento será duas vezes maior, e se a tensão cair a zero o elongamento
desaparecerá totalmente. Na zona plástica, ao contrário, esta proporcionalida-
de não é mais respeitada. Observamos que há uma deformação permanente

do material, que continua até a ruptura do mesmo, caso a tensão seja muito
grande.
Este efeito está presente nas máquinas de impressão flexográfica, visto que na
entrada da máquina há cilindros de tração que submetem o material a uma certa
tensão por meio de um balancim ou outro sistema de controle de tensão.
Em momento algum durante a produção a tensão da fita na impressão deve
fazer com que o substrato entre no domínio plástico, sob pena de este defor-
mar-se permanentemente junto com o que já foi impresso.
Ao ser impressa a fita, o controle de esticamento começa na entrada da
impressora. A idéia é que a força exercida para este esticamento seja a mínima
necessária. Para que isto ocorra existem mecanismos de controle.
Conforme a bobina diminui de diâmetro, a tensão aumenta, obrigando a uma
diminuição da força aplicada sobre a bobina.
Os materiais variam no tipo, na espessura e na largura utilizadas para a
impressão. Portanto, as tensões aplicadas são as mais variadas, mas o fator
importante é a constância da força aplicada.
Esta tensão deve permanecer constante no decorrer de toda a operação de
impressão, tanto no desbobinamento quanto no embobinamento.
A tensão de um filme é a força aplicada em toda sua extensão transversal.

 A tensão de um
filme é a força
 aplicada em toda
 sua extensão Força
 transversal

É como se uma barra rígida colocada no sentido transversal do filme exercesse


uma força (veja a figura acima). Em outras palavras, a força aplicada deve ser
constante em todos os pontos da fita. Isto equivale a dizer que:

F = Constante

Para que se possa aplicar a força (F), é necessário “frear” a bobina, isto é,
aplicar no eixo da bobina um momento de força (F) causada pelo raio (R) da
bobina.
Conforme o raio diminui o Momento de força (Mf) aplicada aumenta. Em
outras palavras, o Momento de força ou frenagem é uma razão direta do raio.

 Capítulo 9 – Banda larga – 151


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Se o raio diminuir de metade do seu valor inicial, Mf também deve diminuir da


metade de seu valor inicial, de tal modo que a razão Mf:R permaneça cons-
tante.

Controle de tensão manual ou semi-automático


O eixo porta-bobinas possui uma engrenagem em uma das extremidades e é
apoiado em uma engrenagem ligada a um motor de corrente contínua, que
permite um desbobinamento maior ou menor conforme o ajuste do operador
da máquina. Este sistema oferece a desvantagem de precisar sempre da aten-
ção do operador. À medida em que a impressão ocorre, a tensão aumenta e,
portanto, é necessário um alívio da tensão. Como não há controle constante
do desbobinamento, a tensão de esticamento varia constantemente, podendo
causar problemas no tamanho da fita impressa. Nesse caso, o controle é feito
por lonas de freio ou outro sistema simples de frenagem.

g  
Controle de tensão automático
Para manter o esticamento o mais constante possível, muitos equipamentos de
impressão utilizam um balancim ou uma célula de carga.
Os equipamentos de controle automático podem ser de tipos os mais varia-
dos: freios eletromagnéticos com sensores indutivos, freios pneumáticos com
válvulas do tipo “relieving”, freios-motores com sensores resistivos, bailarinos
de atuação vertical ou horizontal, com um ou dois roletes, ou mesmo vários.
Todos, porém, com
um dispositivo para raras exceções,
“apalpar” a fita obedecem ao mesmo
a ser impressa, e são princípio. Possuem
constituídos geral-
mente por um ou mais roletes com liberdade de movimento (este conjunto
também é chamado de balancim), um sensor que transmite a informação do
conjunto de rolete a um dispositivo que coordenará o freio.

Na figura ao lado temos um rolete “P” (pois atuam


pesos sobre ele) que chamaremos “bailarino”, com
posição máxima superior em 1 e posição máxima
Freio (F)
inferior em 2. O sensor “s” transmite uma informação

ao dispositivo
Quando de controle
o diâmetro que atua
da bobina no freio
diminui, “F”.
supondo-se
que o freio “F” não muda, ocorre um deslocamento
do rolete “r” em direção à posição 1, pois o subs-
trato continua a ser tracionado pela máquina. Este
deslocamento será “lido” pelo sensor, que transmi-
tirá a informação ao dispositivo de controle. Este
“ordena” ao freio diminuir, de modo que a tensão
permaneça constante.

152 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Inversamente, se o freio for insuficiente, ou em outras palavras, se o peso P


colocado no rolete vence o momento de força aplicado na bobina, o rolete se
deslocará para a posição 2. Deste modo o dispositivo de controle, detectado
pelo sensor, “ordena” ao freio que aumente a força.

A célula de carga trabalha com o princípio de esforço aplicado. A fita passa

por um cilindro
mações elétricasnão
queengrenado que, à mínima
são prontamente variação
entendidas de tensão,
por uma central,envia infor-
corrigindo
a força aplicada no desbobinamento.

Esquema da célula de carga

Roletes
Os roletes são os elementos que conduzem o substrato através da máquina.
Têm função importante, visto que sem eles não é possível o transporte do
material. Além do transporte do material, esses rolos ajudam de outras formas,
como no alinhamento do material, alguns evitam rugas etc.
Os tipos de roletes normalmente usados pelas impressoras de flexografia são:
roletes controladores de paralelismo, condutores, estriados, bananas, resfria-
dores e tracionadores. Estudaremos alguns destes.

Roletes condutores: São os que possuem a função específica de conduzir o


suporte sem provocar nenhuma alteração em sua trajetória.

Para exercerem esta função, necessitam possuir algumas características, tais


como:
  Devem ter um giro livre, sem oferecer qualquer resistência ao
substrato, o que é conseguido por intermédio de rolamentos
que são colocados nas pontas de eixo ou nas laterais da mesa;
  Precisam estar nivelados com a máquina;
 Devem estar balanceados;
  Necessitam possuir uma superfície que não risque e nem danifique
o substrato ou camadas que venham a ser depositadas sobre este.

Para possuir estas características, os cilindros normalmente são confecciona-


dos em aço, sendo compostos por uma mesa (tubo) de alumínio ou aço galva-

 Capítulo 9 – Banda larga – 153


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

nizado com níquel ou cromo, ou então revestidas de borracha. Cabe salientar


que em muitas impressoras encontramos cilindros com mesa de aço, o que
não é muito recomendável devido à fácil oxidação.

Compensadores de tensão: São fixados em uma base móvel que se movi-


menta para evitar folgas no substrato.

Cilindros compensadores de paralelismo:  Possuem um eixo fixo e um

g móvel. São utilizados para controlar o paralelismo na puxada do substrato, a


fim de compensar a diferença de tensão do substrato entre um lado e outro.
Também podem promover pequenas torções no substrato, a fim de elimi-
nar rugas e facilitar o encaixe. Normalmente são encontrados na entrada da
máquina e antes do grupo impressor. Às vezes também no final da máquina.

Cilindros tracionadores (puxadores): Consistem em um conjunto com um


cilindro rígido, tracionado, que trabalha com um cilindro de borracha pressio-
nando o substrato sobre sua superfície. Este conjunto é encontrado na entrada
e na saída da impressora, e seu objetivo é manter o material preso para facilitar
o controle de tensão.

 A 
 A - Condutores
B - Cilindro de
borracha puxados
B C - Cilindro
metálico puxador

154 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Cilindros eliminadores de rugas:  São cilindros com sulcos (estrias) com


desenho que favorecem o esticamento do material durante o processo de
impressão e embobinagem. Têm a finalidade de eliminar rugas do substrato e
promover o esticamento lateral.

Controladores de temperatura ou calandras: São cilindros que possuem


circulação de água gelada ou vapor em seu interior. São utilizados para pro-
mover a redução ou a elevação da temperatura do substrato.

Outros roletes: Há outros cilindros que podem ser utilizados na máquina,


conforme a necessidade. Podem ser revestidos com cortiça ou Teflon, material
que não permite aderência, e são usados para aplicação de cold seal. Os rolos
“bananas” também podem ser utilizados para “abrir” o substrato, e são assim
chamados por serem curvos. Pelo movimento irregular destes roletes, o subs-

trato é forçado a “abrir”, ajudando a eliminar as rugas no material.

O grupo impressor
O grupo impressor é onde a imagem é formada, e é composto de:

a) Cilindro contra-pressão
b) Porta-clichês
c) Sistema de entintagem

Cilindro contra-pressão e tambor central: A


qualidade de impressão muito dependerá do cilindro
contra pressão. Conforme foi visto anteriormente, o
cilindro contra-pressão serve de apoio para o subs-
trato que está sendo impresso.

O material fica o tempo


 todo preso durante a
impressão de todas as cores

 Capítulo 9 – Banda larga – 155


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Conforme já considerado anteriormente, há dois tipos de contra-pressão: os


do sistema convencional (ou stack), onde cada conjunto ou grupo impressor
possui o seu, e o sistema satélite, onde um único cilindro é capaz de servir de
apoio para a impressão, e é chamado de tambor central.
A precisão destes cilindros é fundamental. Devem ter paralelismo, planicidade
e estar isentos de quaisquer irregularidades (o ideal são variações de batimen-

tos entre do
cilindros 0,001 a 0,0015mm).
sistema Estes
stack, pois sãoatributos são mais
de diâmetros fáceis deque
pequenos, encontrar nosa
facilitam
precisão. No entanto, o tambor central também deve ter essas condições e para
isso requer mais cuidados na sua confecção.
Importante também é a engrenagem utilizada nesses cilindros, no caso de
máquinas que utilizam engrenagens para tracionar todo sistema de impres-
são. Devem ser precisas e resistentes, pois em muitas máquinas movimentarão
todo o restante do grupo impressor: porta-clichês, anilox etc.

Cuidados com o cilindro contra-pressão:  Mantê-lo sempre


limpo, com engrenagens lubrificadas, evitar que oxide, não lixá-lo ou
g usar instrumentos cortantes sobre sua superfície. Periodicamente,
ou se tiver dúvidas quanto à exatidão do mesmo, convém fazer tes-
tes com relógio comparador, não devendo ser aceitos batimentos
acima de 0,01mm, embora o ideal seja entre 0,001 a 0,0015mm.

Sistema de engrenagens: Pode-se dizer que a qualidade de impressão muito


dependerá da precisão, conservação e uso correto do conjunto de engrena-
gens do contra-pressão/porta-clichês/entintador (veja sobre diâmetro primiti-
vo na seqüência).
As engrenagens
 xografia são as demais comuns
dentes usadaspreferíveis
helicoidais, nos equipamento de impressão
às de dentes retos, porem fle-
ofere-
cerem maior precisão, visto que mantêm durante todo o tempo de movimento
o contato entre os dentes das engrenagens.

 As engrenagens de dentes helicoidais são as mais utilizadas em máquinas


 modernas, dada a sua capacidade de transferir grandes torques com suavidade

156 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Uma das características mais importantes para a qualidade de impressão é a


precisão mecânica do equipamento flexográfico, que, se aliada à robustez, que
significa, em última análise, a capacidade de manter esta precisão pelo maior
tempo de uso possível, representará um equipamento com boa qualidade e
estabilidade de produção.
O controle mais elementar que deve ser executado em cilindros é a verificação

de seu diâmetro
deformidades dosprimitivo,
cilindrosjuntamente
e desgastescom a avaliação contínua de eventuais
em engrenagens.

Diâmetro primitivo: é o engrenamento perfeito dos dentes da engrenagem.


Não pode passar do ponto de encontro dos dentes da engrenagem e nem
pode ficar aquém. Quando as engrenagens do porta-clichês e do contra-pres-
são se encontram, no espaço que sobra entre a periferia dos dois deve caber
exatamente o filme, o clichê e o dupla-face. O diâmetro primitivo é determi-
nado pelo fabricante de máquina e é em função dele que se faz a escolha da
espessura de clichês que serão utilizados. Para se alterar o valor do mesmo é
necessário refazer as engrenagens e os portas-clichês. A 3M colocou no mer-
cado um tipo de dupla-face que faz a compensação exata dessa diferença no
porta-clichês, permitindo, por exemplo, que se use um clichê com espessura
1,14mm em um cilindro que seria para um clichê com espessura de 2,84mm.
De qualquer forma isso é apenas um paliativo, pois o ideal é fazer a troca das
engrenagens e cilindros, caso o custo/benefício justifique o investimento alto.
Se estiverem ocorrendo problemas de printabilidade como, por exemplo, o
ilustrado abaixo, recomenda-se uma verificação do estado dos cilindros utili-
zados na impressão. Infelizmente são necessárias várias leituras em diferentes
pontos de um mesmo cilindro, e recomenda-se a leitura de todos os cilindros
de um mesmo jogo, para evitar suposições que possam impedir a detecção
mais rápida e eficiente do problema.

 Microfotografia
flexografia de um+impresso
com o clichê emno
dupla-face  Microfotografia
 do do mesmo
diâmetro primitivo. Querclichê colado quer
seja abaixo, fora
 correto diâmetro primitivo  seja acima, o resultado será pontos alongados
 Ao comparar as duas microfotografias nota-se que na primeira os pontos estão redondos e na segun-
 da estão ovalados (alongados), o que é causado pela velocidade periférica diferente do porta-clichê

A avaliação é feita pela comparação dos valores encontrados com o valor teó-
rico. Para cálculo teórico temos:

Ø f  = (Z x M/cosα) - (2 x EC + 2 x DF) + (P i), onde

 Capítulo 9 – Banda larga – 157


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Diâmetro do cilindro de ferro = Øf 


Número de dentes da engrenagem = Z
Ângulo de hélice = α
Módulo da engrenagem = M
Módulo circunferencial = M/cosα 
Espessura do clichê = EC

Espessura
Pressão deda dupla Face
Impressão = P=i –DF 
geralmente de 0,1mm a 0,2 mm no diâmetro.

Exemplo: Qual o diâmetro no ferro (ou camisa) de um cilindro cuja engrena-


gem possui 130 dentes, módulo 1,5 e ângulo de hélice de 20º e que trabalha
com clichê de 1,14 e dupla face de 0,38.

Ø f  = (130 x 1,5/0,93969262) – ( 2 x 1,14 + 2 x 0,38) + 0,2


Øf  = 207,5146656328 – 3,04 + 0,2
Ø  = 204,6746656328 ou 204,675

g f 
O que equivale a um repeat de 653,184 mm, antes da pressão de impressão
ser aplicada.

Sistema sem engrenagens (gearless)


Os grandes fabricantes de impressoras já se
adaptaram à realidade do sistema gearless
(sem engrenagem). Nesse sistema, não há
mais engrenagens para fazer a tração, e sim
motores sincronizados em cada cilindro do
grupo impressor. Há inúmeras vantagens

nessemais
rem sistema, como o fato
as “marcas de que não ocor-
de engrenagem”, um
defeito típico dos processos tradicionais, e
de que os passos não são mais presos ao
número de dentes da engrenagem.

Detalhe do encosto do anilox,


 porta-clichês e tambor central Visão geral da lateral de uma
 no sistema “gearless”   máquina com sistema “gearless” 

158 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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Cilindros e camisas porta-clichês: Os porta-clichês são cilindros onde serão


fixados os clichês.

Pouca importância já foi dada a estes cilindros. Hoje, porém, sabe-se que a pre-
cisão e cuidados na preservação dos mesmos é crucial para amenizar o ganho
de pontos, marcas de engrenagem e outros tantos problemas. Lamentavelmente,

muitos operadores têm pouco ou nenhum cuidado com este cilindro.

Equipamentos modernos
Há dois tipos, basicamente, de porta-clichês: utilizam camisas porta-
  Cilindros porta-clichês  clichês e camisas anilox
  Camisas (sleeve) porta-clichês

O cilindro porta-clichês é um tubo de ferro ou aço que tem os eixos fixados


por flanges. Os tubos são torneados interna e externamente, balanceados e
podem conter um revestimento na parte externa para evitar a oxidação.

Tanto nas camisas quanto nos cilindros comuns,


devem-se tomar alguns cuidados básicos:
 Jamais riscar, ou bater com objeto contundente na superfície do
cilindro.
 Se o cilindro cair, faça testes para verificar o balanceamento e
o paralelismo, pois invariavelmente, devido ao peso, os eixos
entortam. Batimentos acima de 0,01 mm não são aceitáveis.
 Lixar o cilindro também não é recomendável. Algumas pessoas
utilizam lixa d’água para remover oxidação, mas o melhor é
preveni-la mantendo-se os cilindros sempre limpos, secos e sem
riscos, e longe de áreas que tenham gases ácidos.
 Ao armazená-los na horizontal, evite colocar o apoio nas pontas
dos eixos. Coloque-os mais próximos do corpo do cilindro
quanto for possível.
 As camisas devem ser guardadas em locais apropriados, como
em suportes onde não sofram nenhuma queda.
 As camisas requerem um cuidado especial no que se refere à
sua superfície, pois quedas e cortes farão com que percam suas
características.
 Verifique periodicamente as condições dos rolamentos e buchas.
 As chavetas das engrenagens não podem estar quebradas ou
mal posicionadas.
 Manter as engrenagens lubrificadas.

 Capítulo 9 – Banda larga – 159


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Sistema de entintagem: As primeiras impressoras flexográficas trabalhavam


somente com a banheira de entintagem, e eram utilizadas em grande escala as
tintas à base de corantes (anilinas), onde a circulação não era tão importante.
Com o incremento na utilização das tintas pigmentadas vieram os tinteiros
e a circulação da tinta para evitar a decantação e auxiliar na homogenização
durante o processo de impressão.

A
nasfime de
os diminuir
tinteiros oredondos
volume decom
tintafundo
em circulação
abaulado,surgiram as banheiras
o que, além inter-
de diminuir o
volume de tinta em circulação, evita o acúmulo de resíduos nos cantos, facili-
tando tanto a mistura dos componentes da tinta como a limpeza no final da
impressão. Mas é interessante que na flexografia é muito comum se utilizar a
própria lata de tinta como reservatório. É um recurso interessante, que pode
ajudar a poupar tempo no setup, pois basta fechar a lata, pesar e devolver para
que o departamento de tintas analise e recupere, se for o caso.
Para a eliminação das partículas incorporadas à tinta durante a impressão,
foram introduzidos os filtros de tela (metálicos ou têxteis), e para retenção
das impurezas metálicas provenientes do desgaste da faca vieram os filtros
g magnéticos, que retêm os minúsculos pedaços de aço liberados pela faca que
raspa o anilox.

O sistema de entintagem é composto dos seguintes elementos:

 Sistema de circulação da tinta


  Cilindro entintador (anilox)
  Tinteiros ou encapsulados

Bombas de circulação da tinta: Os sistemas de circulação têm papel impor-


tante no processo de impressão. Por sistema de circulação entende-se: uma
bomba, filtros, mangueiras de circulação da tinta, controladores de viscosidade,
pH e, em alguns casos, controladores de temperatura.
As bombas de circulação podem ser de dois tipos. As peristálticas de dia-
fragmas, e as de rotor. As primeiras funcionam como “sugadoras” de tinta. A
segunda, mais usada, possui um motor elétrico que centrifuga a tinta envian-
do-a para a câmara doctor-blade ou tinteiro.
Os filtros são necessários para impedir que partículas sólidas cheguem até a
câmara e, conseqüentemente, à racle e ao anilox, o que geraria estragos. As
mangueiras são condutores de borracha sintética ou outro material plástico
resistente aos solventes da tinta.

Viscosímetros automáticos:  O viscosímetro é incorporado ao sistema de


circulação, visto que é ele quem controlará eletronicamente a viscosidade da
tinta. A grande vantagem é que ele mantém a cor constante durante o proces-
so de impressão, liberando os operadores para outras funções que irão ficar
medindo a viscosidade manualmente. O acessório mais recente incorporado

160 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

ao sistema de circulação da tinta é o controlador de pH, mais empregado em


tintas à base d’água.

SENSOR

Micro
Switch

Entrada Tela de toque


ar
2,5bar
Cilindro Esquema de funcionamento
Ar Entrada
Válvula
solvente
1,5bar
 de um viscosímetro eletrônico
Ar 24vd c (Norcross). Neste caso o sistema
Suporte utiliza um pistão que sobe e desce
Sensor
 regularmente. Na descida o pistão
Válvula de Solvente.  encontra certa resistência da tinta
Esta válvula controla (viscosidade) que é interpretada por
Pistão a adição automática
um sistema computadorizado. Daí,
controle
do solvente
da viscosidade
para  conforme o programado, o sistema
Copo
Medição libera solvente ou não para corrigir
 a tinta. O painel colorido indica o
 status de cada tinta

Equipamentos modernos já permitem o controle da densidade da tinta, e


não somente da viscosidade. A vantagem é que, mesmo que haja variação na
temperatura da tinta (que altera o valor de viscosidade), mantém-se a concen-
tração da tinta. O método dá-se pelo controle da temperatura da tinta dentro
do reservatório.

Cuidados com o sistema de entintagem


De nada adiantam todos os cuidados existentes na fabricação da tinta no
tocante a moagem, filtragem etc, se na hora da montagem do conjunto de
entintagem não forem tomados alguns cuidados básicos:

  A limpeza dos componentes deve estar perfeita, sem vestígio de tinta


seca ou líquida utilizada anteriormente. Isso inclui não somente as bombas, os
reservatórios
que necessita edeaslimpeza
mangueiras,
cabal.mas também o próprio viscosímetro eletrônico,

  A limpeza das mangueiras e da bomba de circulação apresenta um eleva-


do grau de dificuldade. No caso de não se ter mangueiras descartáveis, reco-
menda-se a circulação de solvente no sistema após o recolhimento da tinta,
a fim de facilitar o trabalho do setor de lavagem. Outra alternativa é manter
mangueiras reservas limpas para a troca.

 Capítulo 9 – Banda larga – 161


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

  O mesmo procedimento deve ser tomado com os reservatórios de tinta.


Ao acabar a tinta dos reservatórios de alimentação, deve se aplicar solvente
dentro destes para facilitar a limpeza posterior. O mesmo solvente pode ser
aproveitado para diluir a tinta da cor correspondente.

  Muitas vezes os componentes recebem uma limpeza impecável, porém


sofrem a deposição de poeira enquanto esperam para a montagem na máqui-
na impressora. Na colocação do conjunto na impressora deve ser feita uma
inspeção e, se necessário, a retirada do pó. Um outro método que pode ser
empregado é a cobertura do conjunto no período até sua utilização. Lembre-
se: um pequeno grão de areia pode riscar e estragar o anilox.

  Quanto às bombas de circulação elétrica, recomenda-se a verificação da


rotação do eixo central, que muitas vezes trava em função do acúmulo de resí-
duos de tinta seca, o que pode provocar a queima do motor no acionamento
e até mesmo provocar um princípio de incêndio.

g   Antes da colocação da tinta também é importante verificar as conexões


das mangueiras, serviço que, se for mal executado, pode provocar um banho
de tinta no grupo impressor.

Cilindro entintador (doctor roll)


Com a evolução do processo de impressão em flexografia, puxada pelos
fotopolímeros, a lineatura usada também aumentou. No entanto o cilindro
entintador, com milhões (ou até mesmo bilhões) de células gravadas, chamado
de anilox, possuía uma lineatura baixa em relação aos clichês e, conseqüente-
mente, acabava entintando muito os pontos da retícula que ficam em torno de
0,02mm a 0,7mm de diâmetro.

Usava-se então outro cilindro, chamado de pescador, que era um cilindro


revestido de borracha. Este conjunto, pescador e anilox, foi chamado de “doctor
roll” (que quer dizer: rolo dosador), e era revestido de borracha. Normalmente
o descrevemos simplesmente como entintador.
A grande quantidade de tinta depositada no clichê causava um acúmulo de
tinta entre os pontos da retícula do clichê, gerando mudanças na tonalidade e
outros problemas.

162 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Esta dosagem não era perfeita, visto Saída de papel


que com o aumento da velocidade de
impressão aumentava também a “força Porta-clichê
hidrodinâmica” da tinta. Esta força é Contra-pressão
chamada assim devido à força que a
tinta exerce entre o anilox e o cilindro Entintador

tomador. A tinta,
por entre os então, abre passagem
dois cilindros.
Tomador
A flexão permite a passagem de mais tinta
no centro dos cilindros do que nas late- Entrada
rais, principalmente em máquinas com de papel
larguras acima de 1 metro. Para resolver
este problema começou-se a utilizar uma
lâmina de aço paralela ao eixo do cilindro Tinteiro

que raspava o excesso de tinta da superfície do cilindro anilox.


Logo depois foi criado o sistema encapsulado, também chamado de doctor
blade (lâmina dosadora), que permitiu melhor controle da tinta, que fica menos
exposta ao ar, diminuindo, assim, a evaporação do solvente e exercendo uma
raspagem por igual em toda a superfície do anilox. O sistema então passou a
ser encapsulado, isto é, em uma câmera fechada em que a tinta circula e depois
volta para reservatório. Isto permite uma economia entre 20% a 35% no con-
sumo de solvente. Com este incremento, a qualidade da impressão melhorou
e a flexografia pôde atingir parte do mercado da rotogravura que antes não
alcançava.

 As racles (facas) utilizadas na flexografia


No princípio do processo doctor blade, utilizava-se uma lâmina adaptada da
rotogravura. Hoje, no entanto, já existem lâminas apropriadas para a flexogra-
fia. As lâminas podem ser de aço, plástico e especiais, como as de aço reves-
tidas com cerâmica.

 Vedação

 No desenho
Fixação por parafusos  está a posição
 da lâmina
Lâmina autoafiante  no conjunto
Régua
 encapsulado

 Capítulo 9 – Banda larga – 163


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Lâminas de plástico e especiais: possuem a vantagem de não sofrer a cor-


rosão e não serem agressivas ao anilox. Porém, não possuem uma limpeza tão
eficaz quanto as lâminas de aço. Sua espessura pode variar entre 0,51mm e
3,18mm, sendo portanto mais espessas que as de aço ( ver a seguir). Seu uso é
interessante nos equipamentos de impressão de corrugados que utilizam tinta
base água e não possuem anilox com lineatura muito elevada, o que favorece

acíficos.
raspagem. As lâminas
Por exemplo, podem ser
podem-se tambémlâminas
encontrar especiais
de com
aço tratamentos espe-
com revestimento
anti-corrosão ou ainda com tratamentos para grande duração.

Lâminas de aço:  são fabricadas em aço especial com dureza de cerca de


600 HV. A espessura pode variar entre 0,15mm e 0,25 mm. As lâminas de aço
podem ser encontradas em dois tipos: convencional e auto-afiante. O aço car-
bono utilizado é o mais comum e não oferece muita resistência à corrosão, o
que pode ser um problema quando se utiliza tinta à base de água. O aço pode
ser preparado para agüentar também pigmentos muito abrasivos.
g

Lâmina convencional

Lâmina auto-afiante

Bons resultados são obtidos com lâminas auto-afiantes de aço, visto que essas
mantêm o fio de raspagem mais tempo que as convencionais, que logo pre-
cisarão de afiação e mudarão o ângulo de contato. O ângulo de contato deve
estar entre 30º e 35º. Além disso, deve-se usar um contra-faca para melhorar
a eficiência da raspagem.

Observe que ambos os


 rebaixos das lâminas
 estão para dentro e esta
 é a posição correta. Esse
 detalhe pode significar a
 eficiência da raspagem e
 menor desgaste da lâmina

164 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

O CERTO E O ERRADO SOBRE AS


RACLES E SISTEMAS DE ENTINTAGEM
ERRADO CERTO

Encapsulado torto em relação ao anilox Posicionado corretamente


30 - 35º

 A lâmina de baixo não está  Ângulo correto da faca


encostando no anilox em relação ao anilox

Área de
Área de contato
contato

O detalhe mostra a faca encostada


com excesso de pressão Pressão correta

Back-up Blade

6 mm

Sem o contra-faca Uso correto do contra-faca

Sistema de secagem e exaustão: Embora a impressão flexográfica utilize


tinta líquida e de secagem rápida, é necessário um sistema de auxílio para seca-
gem, exaustão e resfriamento nos equipamentos de impressão. A “blocagem”,
o decalque e o odor residual são apenas alguns dos problemas relacionados
à falta de uma secagem eficiente.

 Capítulo 9 – Banda larga – 165


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

São considerados os seguintes itens importantes na secagem:

a) Secagem entre-cores: Esta secagem se faz necessária uma vez que a tinta
impressa que receberá a próxima deverá estar totalmente seca. Se não estiver,
ela poderá ser arrancada, causando diversos problemas. Este dispositivo pos-
sui regulagem da temperatura.

b) Estufas de secagem: Também conhecidas como túneis de secagem. Devem


ser extensas o suficiente para permitir total evaporação dos solventes da
tinta impressa antes do embobinamento. As estufas possuem ventoinhas e
resistências elétricas para aquecer o ar que será lançado sobre o material em
percurso dentro do túnel. O sistema pode variar de fabricante para fabricante.
No entanto, se o sistema de secagem não for eficiente, limitará até mesmo a
velocidade de máquina.

c) Sistema de exaustão: O ar quente lançado sobre a tinta impressa removerá


os solventes da mesma. Este ar quente deverá ser removido totalmente para
g que não sature o ar ao redor do grupo impressor e não permita a total seca-
gem da tinta. O sistema de exaustão trabalha com motores que aspirarão o ar
saturado e o enviarão para fora do ambiente de trabalho. A exaustão deverá
estar presente inclusive no sistema de entre-cores.

d) Sistema de resfriamento do substrato: Após passar por sistemas que


 jogam ar quente na superfície do substrato, este, por estar aquecido, pode
perder suas características, ter problemas de registro, encolher e até mesmo
perder o brilho. É necessário que resfrie para que não seja embobinado quente.
Além disso, é a tinta que deve ser “aquecida” para que libere os solventes, e não
o substrato. Por isso é que máquinas modernas têm um sistema de refrigera-
ção por água que circula ou dentro do contra-pressão (tambor central) ou em
um outro cilindro (também chamado de calandra de água fria) colocado após
a estufa, para não permitir que o material seja embobinado quente.

e) Secagem ultra-violeta: Nos países europeus e nos Estados Unidos, há


um clamor sempre mais presente para o uso de substâncias não poluidoras.
Nesses países, o vapor de álcool, por exemplo, é considerado poluidor. As
tintas de “cura” por radiação ultra-violeta ou feixe de elétrons (electron beam)
estão sendo aprimoradas, e em alguns segmentos já estão sendo usadas como
substitutas das tintas tradicionais para flexografia à base de solventes. As tintas
para secagem ultra-violeta não possuem solventes para serem evaporados.

166 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 166/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

O sistema para secagem desse tipo de tinta possui lâmpadas com emissão
de luz ultra-violeta de alta intensidade. Esse meio de secagem é ainda muito
caro quando comparado às tintas convencionais à base de solvente ou água.
Além do apelo ecológico, outro ponto forte do sistema ultra-violeta é a alta
qualidade de impressão gerada. Especialistas europeus acreditam que o Brasil
demorará em utilizar semelhante equipamento em larga escala para banda

larga.
rótulos.Mas
Vejaesse sistema
mais já é muito
informações utilizado7,em
no capítulo máquinas
sobre tintas, edenoimpressão de
capítulo 10,
sobre banda estreita e média.

Para entender o sistema de secagem flexo:


 A = Suprimento de ar; B = Exaustão do ar - 1) Secagem final ou verso do substrato; 2) Secagem
final ou verso do substrato; 3) Válvula de suprimento de ar; 4) Válvula de recirculação do ar;
 5)Ventoinha; 6) Câmera de aquecimento elétrico; 7) Válvula principal para suprimento de ar entre-
 cores ou final; 8) Válvula principal para regulagem do ar da exaustão; 9) Ventoinha de exaustão
 de ar; 10) Detalhe do sistema entre cores, onde o duto A lança ar e B remove o ar saturado.

 Capítulo 9 – Banda larga – 167


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 167/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 168/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

 Capítulo 10 – Banda estreita – 169


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 169/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

 Neste capítulo você vai ver:


• Características dos equipamentos para impressão
• Os diversos componentes da máquina impressora
• Propriedades dos sistemas de secagem com tinta U.V.
• Diferenças entre U.V. e sistema solvente
• Sistema Electron Beam (E.B.)

http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 170/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

10•Impressão flexo -
Banda estreita e média
onforme mencionei no capítulo anterior, não serei repetitivo
e vou me fixar nas informações mais específicas sobre ban-
das estreita e média. Assim, sugiro ler o capítulo anterior,
onde se encontram muitas sugestões e dicas úteis válidas
para quaisquer processos de impressão flexo. Neste capítu-
lo, dou foco grande no sistema U.V. e falarei muito também sobre o sistema
de secagem E.B. (Electron Beam), porque acredito que esse tem sido o dife-
rencial da banda estreita.

Equipamento Gallus

A escolha do tipo do sistema a ser empregado dependerá em grande parte do


tipo de serviço a ser realizado.
O número de grupos impressores pode variar de 4 a 10 unidades. A vantagem
de equipamentos com mais grupos impressores é que se podem separar as
retículas e traços finos de chapados e/ou traços grossos. Além disso, uma uni-
dade muitas vezes é utilizada para a impressão de um fundo branco e outra
para verniz sobre impressão.
Surgiram também no mercado, mais recentemente, máquinas híbridas para
etiquetas. Esses equipamentos serão um desafio para o impressor, pois utili-
zam os processos de offset, flexo, roto, serigrafia e hot stamping em linha, quer
dizer, em uma mesma máquina.

 Capítulo 10 – Banda estreita – 171


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 171/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

 A máquina impressora
Essencialmente as máquinas de flexografia banda estreita possuem os mesmos
elementos básicos das máquinas de banda larga: sistema de entrada (alimen-
tação); saída em meio-corte (facas) e embobinamento; grupos impressores;
sistema de entintagem; sistema de secagem e exaustão.

Entrada do
Grupos material
impressores

Equipamento
 de impressão
 Aquaflex

Saída do Sistema de
material secagem U.V.

Sistema de entrada (alimentação)


As máquinas de banda estreita são alimentadas com substratos em bobinas.
Requer-se bom controle na entrada de máquina, uma vez que o substrato deve
ser mantido esticado em toda a extensão da impressora. Na entrada também
fica o “eliminador de resíduos”, cuja função é eliminar, em bobinas de papel,
oimpressão.
pó, que pode ficar na superfície a ser impressa e causar pequenas falhas de

Esquema do sistema de entrada

O controle de tensão é feito no início por meio de freios e sensores que man-
terão o material esticado durante todo o processo de impressão. Também na
entrada fica o alinhador, cuja principal função é manter o material alinhado, visto
que a tendência da fita a ser impressa é deslizar na máquina impressora.

172 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 172/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Grupo impressor
Grupo impressor é onde a imagem é formada. Para que a impressão fique com
registro em todas as cores, o transporte é feito com o auxílio de roletes. Porém,
o suporte fica sem apoio entre um grupo e outro e isso pode acarretar proble-
mas de registro se o material não estiver bem esticado ou se o equipamento
estiver com desgastes nos eixos e mancais de roletes, ou fora de paralelismo.

Esquema do
 grupo impressor

As impressoras atuais começam a abandonar as engrenagens, não havendo


mais engrenagens para fazer a tração, e sim motores sincronizados em cada
cilindro do grupo impressor. As grandes vantagens são que não ocorrem mais
as “marcas de engrenagem”, um defeito típico dos processos tradicionais, e que
se facilita a escolha entre diferentes espessuras de clichês. A função da engrena-
gem é feita por “servo motor” em cada item que necessita de movimento. Todos
são sincronizados para formar a imagem registrada e precisão na impressão.

Detalhe do porta-
 clichês e o acerto
feito pelo operador

Capítulo 10 – Banda estreita – 173


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Sistema de entintagem
O sistema de entintagem é composto dos seguintes elementos: sistema de circu-
lação da tinta, controle de pH e viscosidade e cilindro entintador (anilox), tintei-
ros ou doctor blades. Porém, viscosímetros eletrônicos só são encontrados em
máquinas modernas, pois em geral são recursos que, embora ajudem muito, não
são essenciais na maioria dos equipamentos modulares para banda estreita.

Equipamento versátil e
 que facilita a troca do
 anilox junto com a faca

Impressoras com troca


do grupo impressor
Para diminuir o tempo de setup, algumas máquinas possuem o recurso de se
trocar todo o grupo impressor na mudança de serviço. São facilmente cam-
biáveis, não sendo necessário fazer a limpeza de anilox, tinteiros, facas etc.
Há também secagem entre-cores; estufas de secagem; sistema de exaustão e
secagem ultra-violeta.

 A troca rápida é
importante para
 o sistema flexo

174 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Secagem entre-cores,
estufas e exaustão
Algumas impressoras possuem sistemas de secagem ultra-violeta, que são
colocados entre-cores. Já nas impressoras com tinta à base de água ou sol-
vente, há um sistema de secagem a ar quente com uma exaustão. A função da
exaustão é eliminar o ar saturado que é removido no ato da secagem. Caso
a exaustão não seja eficiente, a tinta terá dificuldade para secar até chegar à
próxima cor. Este dispositivo possui regulagem da temperatura. Como em geral
as impressoras para bandas estreita e média são do sistema modular, não há
espaço para estufas de secagem generosas como há nos equipamentos de
configuração satélite. Assim, esse é um forte motivo para que o sistema entre
cores seja muito eficaz.

Secagem ultra-violeta
Como vimos anteriormente, as tintas para secagem ultra-violeta não possuem
solventes para serem evaporados; em seu lugar são usados monômeros rea-
tivos que polimerizam juntamente com os oligômeros (resinas) e geram uma
tinta seca praticamente equivalente a 100% da camada úmida inicialmente
aplicada.
A radiação U.V. é caracterizada por comprimentos de onda inferior a 400nm
(nanômetros), sendo conseqüentemente mais energéticas que as de compri-
mento de onda maiores, como a luz visível (400nm a 700nm) e o infravermelho
(acima de 700nm).
As lâmpadas U.V., no entanto, emitem basicamente todo o espectro abaixo,
sendo que aproximadamente 1/3 da emissão situa-se efetivamente na região do
U.V., e os demais 2/3 nos comprimentos entre a luz visível e o infravermelho.

Espectro Eletromagnético

Capítulo 10 – Banda estreita – 175


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 175/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Portanto, há uma forte irradiação de calor via infravermelho e mesmo calor


de condução pela temperatura da própria lâmpada (superior a 600ºC), o que
obriga a termos determinados cuidados com substratos excessivamente sen-
síveis ao calor.
O assim chamado gerenciamento de calor no U.V. é muito importante, espe-
cialmente na impressão de mangas tipo “shrink”, muito comuns para banda

estreita.
O esquema abaixo ilustra as principais diferenças entre os sistemas U.V. e E.B.
e o sistema Solvente.

No caso específico da flexografia, podemos considerar o uso de OPV (Over


Print Varnish – Verniz sobre impressão) em linha com a impressão em etique-
tas de papel auto-adesivo como praticamente uma regra, com grandes vanta-
gens
Comonoasaspecto
máquinasde flexográficas
proteção e brilho.
de banda estreita tornaram-se extremamente
versáteis nos últimos anos, podemos considerar cada máquina como uma
unidade autônoma de produção, onde temos a entrada de matérias-primas e
a saída do produto acabado.
Associando-se a esta versatilidade o alto valor agregado do produto e a prati-
cidade dos sistemas UV, temos um quadro bastante favorável ao crescimento
do U.V. no segmento de rótulos e etiquetas.
Além da facilidade do trabalho com U.V. em flexografia, o que evita secagem da
tinta sobre os anilox e incrustações ao longo de toda a área entintada, somam-
se às vantagens o excelente acabamento e a definição gráfica das tintas U.V.
O problema residual, neste caso, é mais relacionado à velocidade de cura, que
nas máquinas mais modernas atingem cerca de 150m/min, o que de modo
geral é baixo para estes equipamentos.
O uso de grande quantidade monômera, associado à necessidade da viscosi-
dade relativamente baixa e à velocidade alta de impressão, gera a necessidade
de aplicação de quantidades expressivas de fotoiniciadores mais nobres, com
Detalhe do equipamento reflexos no preço final das tintas.
 de secagem UV e seu
 posicionamento na Essa desvantagem é parcialmente compensada pela economia gerada com a
impressora maior simplicidade e racionalidade do sistema U.V., que reduz sensivelmente as

176 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

perdas de tinta verificadas no caso de uso de tintas solvente ou água.


Uma possibilidade explorada especialmente em alguns países europeus para
a banda estreita é a aplicação dos sistemas híbridos, onde as cores especiais e
fundos são impressos em sistema solvente e a quadricromia é executada em
U.V., com o seu excepcional ganho de ponto e definição da cromia e insigni-
ficante consumo de tinta.


to acasos específicos
poucas empresasdeque
usosedededicam
U.V. paraigualmente
banda larga, mas seu uso
a produtos está restri-
de maior valor
agregado ou a procedimentos especiais, como tiragens curtas, onde o setup
da impressora é minimizado pelo uso de UV ou ainda em uso intensivo de
quadricromia.
Outro exemplo de banda larga de alto volume e uso de UV é a patente da
Cray-O-Vac para uso conjunto de U.V./E.B., onde a secagem entre cores é leva-
da a um estágio equivalente ou superior ao de gel e a secagem final se dá por
meio de equipamento E.B., reduzindo os níveis de fotoiniciador e conseqüente
custo final das tintas.

Sistemas de cura U.V.


Um sistema típico de cura U.V. é composto pelo refletor, lâmpada, sistema de
refrigeração e “shutter”.

Os refletores podem apresentar duas geometrias distintas, sendo os refletores


elípticos os mais adequados ao processo gráfico, pois uma vez que nossa cura
apresenta-se apenas bidimensional, o foco gerado pelo refletor elíptico gera
melhor cura.
Já o refletor parabólico apresenta distribuição mais difusa da luz, sendo ade-
quado à cura de aplicações mais tridimensionais.

 Refletor elíptico Refletor parabólico

Capítulo 10 – Banda estreita – 177


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

A lâmpada UV é, obviamente, a parte mais elementar do sistema, uma vez que


é a geradora da luz ultravioleta responsável pela iniciação do processo de cura
das tintas.
Essas lâmpadas são constituídas basicamente de um tubo de quartzo, uma vez
que o vidro comum bloqueia 90% da radiação UV abaixo de 300nm, o que
representaria uma perda considerável de potência para o sistema.

Nas
menteextremidades
de cerâmica.do tubo são colocados os eletrodos em uma estrutura geral-
Internamente aos tubos é acrescentado o mercúrio na forma líquida. Quando
partimos a lâmpada, a temperatura se eleva até que haja a volatilização com-
pleta do mercúrio, quando então inicia-se o processo de geração da luz UV.

Juntamente com o mercúrio podem ser acrescidos determinados haletos


metálicos, que têm por função a modificação da curva de emissão espectral
 Foto do bulbo de quartzo
da lâmpada.
A curva espectral na próxima página representa uma lâmpada de vapor de
mercúrio convencional. Podemos dizer que toda a energia emitida pela lâmpa-
da, exceção à parte perdida na forma de calor e IR (infra-vermelho), é emitida
de acordo com a proporção dos picos observados na curva de emissão.
Portanto, para a lâmpada de vapor de mercúrio convencional, algo em torno
de 7 ou 8 comprimentos de onda representam mais de 75% de toda energia
emitida.
Caso esses comprimentos de onda não coincidam com o comprimento de
onda de ativação do fotoiniciador, o resultado de cura será pífio. Portanto, um
dos princípios básicos da cura UV é a coincidência entre os comprimentos de
onda mais energéticos da lâmpada e os comprimentos de onda de ativação
do foto-iniciador.
Para cura de sistemas pigmentados, especialmente para cores escuras como
preto e azuis intensos e também para pigmentos opacos como o branco

(dióxido de titânio
comprimentos – TiO²),
de onda foramque
maiores, desenvolvidos
tendem a serfotoiniciadores que eatuam
mais penetrantes em
por con-
seqüência, a curar melhor em profundidade, o que resulta em melhor adesão,
resistência e brilho.

178 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Para coincidir o comprimento de onda das lâmpadas com os novos fotoinicia-


dores, as lâmpadas de mercúrio passaram a ser “aditivadas” com outros metais,
principalmente gálio e ferro, na forma de Haletos.
O resultado é uma expressiva mudança no espectro radiante da lâmpada, con-
forme se observa no gráfico abaixo.

Com o advento das lâmpadas de gálio e ferro, houve melhora na cura dos pretos
e azuis, sem dúvidas as cores mais complexas em termos de cura, especialmente
em se tratando de tintas flexográficas (que estão entre as mais pigmentadas e
são as mais líquidas dentre todos os principais processos de impressão, carac-
terísticas que a tornam as mais complexas em termos de cura).
No caso dos sistemas de banda estreita que apresentam serigrafia em conjunto
com a flexografia, as lâmpadas de haletos metálicos proporcionam igualmente
melhor cura em profundidade, especialmente desejável nos casos das grandes
espessuras depositadas pelo processo serigráfico.

Capítulo 10 – Banda estreita – 179


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

A potência das lâmpadas U.V. dos equipamentos atuais situa-se entre 300
W/pol (120 W/cm) e 450 W/pol (180 W/cm).

Contudo, aproximadamente
Caso o material 1/3 doinstável,
seja termicamente total da éenergia radiante isolar
recomendado é efetivamente
a emissãoU.V.
do
calor, via refletores dicróicos, tubos de quartzo refrigerados ou qualquer outro
meio, sendo um dos mais eficientes a cura da tinta com o substrato apoiado
em um cilindro refrigerado.

Electron beam
Conforme citado anteriormente, outra possibilidade de cura, além do sistema
ultra-violeta é o sistema de bombardeamento de elétrons – Electron beam – E.B.

Princípio de funcionamento do electron beam

180 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Para a geração do feixe de elétrons é criada uma grande diferença de potencial


(DDP) entre o filamento e a grade extratora em meio a uma câmara de alto
vácuo.
Esta DDP é da ordem de 150 kv para o caso de E.B. utilizados para cura de
tintas, coatings e adesivos de laminação, sendo considerados equipamentos de
baixa energia para a aplicação gráfica.

Outras famílias
energéticos paradeoutros
E.B. exigem muito maior
propósitos, como DDP e projetamdefluxos
o tratamento filmes,muito mais
modifica-
ções estruturais de superfícies, etc.
Uma vez atingida a DDP suficiente para iniciar o feixe de elétrons, estes auto-
maticamente são acelerados no vácuo e atravessam a grade extratora, a janela
com a folha de titânio responsável pela manutenção do vácuo e vão finalmente  As secagens U.V. e E.B.
atingir o substrato a ser curado.  permitem excelente
 qualidade de impressão
Ao atingir os materiais reativos no substrato, sejam eles tintas, vernizes, adesi-
vos ou coatings, os elétrons provocam rompimento das duplas ligações (sis-
tema de cura por radicais livres – mais comumente utilizado no mercado) e a
polimerização dos monômeros e oligômeros presentes.
As duplas ligações são muito sensíveis a qualquer tipo de energia e muito sen-
síveis ao feixe de elétrons, sendo o resultado da ação do mesmo sobre estes
materiais muito rápido e eficiente.
Mesmo sem a presença de fotoiniciadores, as velocidades possíveis de serem
atingidas com o E.B. de baixa energia podem superar os 500m/min, ainda que
esteja ocorrendo aplicação de coating ou laminação simultânea.
A cura dos adesivos de laminação adequados a esta tecnologia também é ins-
tantânea, ficando os materiais, imediatamente após a cura, à disposição para o
pós-processamento, como refile, corte etc.
O equipamento E.B. deve ser completamente blindado, geralmente com chum-
bo, pelo fato de que na geração do feixe de elétrons é também gerada radiação
gama, que é bastante danosa a qualquer tecido vivo (esta, contudo, não apre-
senta caráter nuclear, ou seja, uma vez cessada a sua geração, cessa também
seu efeito).
As pessoas tendem a confundir este tipo de radiação, que pode e é freqüente-
mente utilizada para a esterilização de alimentos, com a radiação nuclear dos
reatores e bombas atômicas que, além dos efeitos conhecidos, tendem a se
acumular e irradiar ao longo do tempo.
Os sistemas E.B. são bastantes seguros e apresentam dispositivos suficientes
para garantir a operação segura dos mesmos.

Dentre as vantagens do E.B. destacam-se:

  Possibilidade de cura, independentemente da cor;


  Cura em grandes profundidades;
  Dispensa uso de fotoiniciador, caso seja possível curar apenas
sob a radiação EB, o que reduz odor e elementos extraíveis após a cura;
  Maior velocidade de cura.

Capítulo 10 – Banda estreita – 181


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Dentre as desvantagens destacam-se:

  Maior custo de instalação (ao redor de US$ 500.000,00);


 
Normalmente só pode ser aplicado na saída da impressora,
por isto é muito usado em sistemas offset.
 
Consumo de nitrogênio de alta pureza para cura.

Os equipamentos de cura E.B. apresentaram grande evolução tecnológica nos


últimos anos, de forma que hoje estão disponíveis equipamentos altamente
eficientes, compactos e a custo cada dia mais acessíveis.

Sistemas E.B. aplicados


a impressoras flexo
Pelos grandes benefícios aportados pelo E.B., que poderíamos resumir como
sendo a apropriação das vantagens da tinta U.V. sem boa parte das suas des-
vantagens, especialmente o custo, os possíveis contaminantes e a velocidade
de processo, o E.B. tem sido cada vez mais estudado e já é aplicado em algu-
mas impressoras, infelizmente a maioria offset e apenas em estudos e plantas
piloto de flexografia, mas com resultados animadores.
Espera-se que com a adaptação e melhoria contínua tanto de máquinas
impressoras, como nos equipamentos de E.B., estes venham a ser realidade em
produção de embalagens já nos próximos cinco anos, especialmente em ban-
das largas de altíssima tecnologia e para produção de embalagens sofisticadas
em termos gráficos e de altíssima performance.

Os equipamentos de impressão
 como este da Omet podem conter
 acabamento em linha para caixas

182 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

É bom lembrar que o controle da temperatura nos sistemas de secagem é sem-


pre recomendável, visto que o calor excessivo pode causar transtornos para o
operador. Além disso, deve-se sempre estar atento a resistências queimadas e
outros defeitos que poderiam por em risco o trabalho que está sendo feito.

Meio-corte dos rótulos


Após a impressão será feito o corte (ou meio-corte) do rótulo. O objetivo é cortar
apenas o suporte e não o “liner”, papel ou filme que fica no verso do auto-ade-
sivo. Há cilindros feitos para o corte e em equipamentos modernos existem as
facas magnéticas que facilitam e dão maior precisão ao registro do corte.

 Facas magnéticas são práticas e precisas

O “esqueleto”, que é a sobra, deverá ser separado para se obter uma bobina
somente com os rótulos cortados no formato.

Esquema da faca de corte

Capítulo 10 – Banda estreita – 183


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

 Capítulo 11 – Corrugados – 185


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

 Neste capítulo você vai ver:


• Propriedades dos corrugados
• Tipos de papelão ondulado
• Terminologias comuns
• Características dos equipamentos de impressão para corrugados
• Controles aplicados na produção

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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

11•Impressão
flexo - Corrugados enho certeza de que muitas informações que estão nos capí-
tulos precedentes sobre impressão servem bem para este
capítulo também. Assim, não procuro agregar conceitos bási-
cos muito peculiares da área de corrugados. Portanto, muitos
cuidados e dicas sobre impressão para corrugados poderão
ser encontrados em diversas partes deste livro.
O papelão ondulado tem aumentado seu campo de atuação. Diversos seg-
mentos industriais estão procurando se adequar aos novos tempos que
pedem maior cuidado com o meio-ambiente. O papel é totalmente reciclável e
biodegradável, fazendo com que seja preferido em muitos casos. Além disso,
é leve e versátil. Porém, um dos inconvenientes é a qualidade de impressão
sobre o papelão ondulado que, em muitos casos, deixa a desejar. De qualquer
forma, os recursos técnicos têm aumentado muito e feito com que houvesse
nos últimos anos uma melhora considerável.

Vista panorâmica
 da impressora
 de corrugados
 Martin 6 cores

 Capítulo 11 – Corrugados – 187


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

 Algumas definições básicas


na área de corrugados
O papelão ondulado
É a estrutura formada por um ou mais elementos (miolo) fixados a um ou mais
elementos planos (capas) por meio de adesivos aplicados no topo das ondas.

Capa

Miolo

Capa

Tipos de papéis utilizados para confecção do papelão ondulado:

Pasta mecânica – As aparas são cozidas lentamente e em seguida moídas até
transformarem-se numa pasta para fabricação do papel semi-kraft.
Papel kraft – A partir da celulose há um cozimento rápido e são adicionados
produtos químicos. Possui boa resistência ao rasgo e a estouro.

Tipos de papelão ondulado


 
Papelão ondulado capa simples - É a estrutura formada por um elemento
ondulado (miolo) colado a um elemento plano (capa).

Papelão ondulado de parede simples –  O miolo está entre duas folhas


(capas). Também conhecido como capa (face) dupla.

188 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Papelão ondulado de parede dupla – É a estrutura formada por três capas
coladas a dois elementos ondulados (miolos) intercalados.

Papelão ondulado de parede tripla –  É a estrutura formada por quatro


capas coladas a três elementos ondulados (miolos) intercalados.

Terminologia
Onda (flauta) –  É a configuração geométrica dada ao miolo na máquina
onduladeira para posterior colagem das duas capas. O termo flauta (flute) é
usado em inglês pelo formato característico.

 
TIPOS DE ONDAS F
E
 As espessuras do papelão ondulado variam de acordo com o fabricante e o C
tempo de “vida” do rolo ondulador. É o que mostra o quadro a seguir:
B
Tipo de Espessura do N° de ondas A
Onda Papelão Ondulado em 10 cm
 As ondas podem ser de
 A 4,5mm/5mm de 11 a 13  diversos formatos (A, B, C, E, F
 etc) A onda “A” foi a primeira
C 3,5mm/4mm de 13 a 15  a ser desenvolvida e é a mais
 comum. A onda “B” foi a
B 2,5mm/3mm de 16 a 18    O
   P
 próxima a ser desenvolvida e
   B
   A
  :
foi menor que a “A”. A onda
E 1,2mm/1,5mm de 31 a 38    E
   T
   N
   O
“C” ficou entre as duas no
   F
 tamanho e as ondas “E” e “F”
Observações:  são menores ainda
• As ondas C e B são normais de linha de produção para parede simples.
• A onda BC, junção de B e C, é normal de linha de produção para parede
dupla.
 
O sentido de ondulação é uma característica importante para o bom
desempenho da embalagem de transporte de papelão ondulado, principal-
mente em estocagem. As ondulações devem ficar na vertical, pois, no caso,
funcionam como pilares de suporte de um edifício.

 Capítulo 11 – Corrugados – 189


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Miolo – É o elemento ondulado do papelão ondulado. Por extensão chama-se


miolo ao papel usado para esta finalidade.

Capa – É o elemento (ou os elementos) plano do papelão ondulado. Por exten-
são chama-se capa o papel ou cartão usado para esta finalidade.

Tipos de Caixas
Total, Caixa –  As caixas
Corte/Vinco, podem ser:–Caixa
Caixa Telescópica Normal, Caixa
Tampa/Fundo, Normal
Envoltórios . Aba
 
Acessórios – Alguns acessórios para as caixas são: Tabuleiros igualadores de
abas, separadores, cintas, divisões, bandejas, cantoneiras e chapas.
 

Controle da Qualidade do Papelão Ondulado


Gramatura – Peso de 1 metro quadrado de papelão ondulado (estão incluí-
dos os pesos das capas, papel miolo e da cola).

Arrebentamento – Resistência do papelão ao estouro através do aparelho


Müllen Test.

Esmagamento – Resistência ao deslocamento entre as capas e o ondulado.

Resistência à compressão da coluna –  Resistência à compressão de um


corpo de prova de papelão ondulado, com a largura em posição perpendicular
as placas compressoras e expressa em kgf/cm².

Espessura – Medida em mm usando-se o micrômetro

Obs.: testes realizados após 24 horas do papel ondulado a temperatura de 20ºC


 e 65ºC de umidade relativa e realizado sob estas condições.
 

g
Desenvolvimento de
embalagens e estruturas
Para a empresa que fabrica seu próprio papelão com onduladeiras e máqui-
nas de acabamentos, fica mais fácil desenvolver produtos específicos para as
necessidades da indústria em geral. Hoje o desenvolvimento de caixas é feito
com modernos equipamentos que fazem protótipos, poupando assim muito
tempo em pesquisa e desenvolvimento.

190 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 190/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

O papelão ondulado
 permite versatilidade
 em atender diversos
 segmentos industriais

 A impressão
O princípio da impressão em flexografia corrugado é o mesmo que qualquer
outro sistema e consiste em um clichê colado num cilindro que é entintado
com tinta líquida. O clichê transfere a tinta ainda úmida para o papelão ondu-
lado. Devido à característica do papelão, a tinta seca por penetração no papel,
mas também um sistema de secagem com ar facilitará a secagem até a chapa
chegar no grupo impressor seguinte. Um cuidado muito especial na impressão
é que o clichê não pode esmagar as ondas do miolo do papelão ondulado.
Por isso é que os clichês para impressão de corrugados possuem dureza muito
baixa, como 35º Shore “A”, em espessuras normalmente grandes (3,94mm ou
5mm) em relação aos clichês para banda larga e estreita. Outra caracterísica é
que as tintas são à base de álcool ou água. Como a espessura das chapas pode
variar em função do tipo de papelão ondulado (parede simples, dupla etc), a
impressora permite também fazer esse ajuste importante.

 Máquina Impressora Bobst –


 preocupação com acústica

 Capítulo 11 – Corrugados – 191


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

O sistema pode ter a entintagem por rolos dosadores ou uma câmara com
lâminas raspadoras (encapsulado), como no esquema abaixo.

O esquema mostra a
 entrada e a saída da tinta
 no sistema encapsulado, que
 possui o mesmo princípio
 dos outros processos, como
 banda larga e estreita

O número de grupos impressores pode variar de 4 a 8 unidades, sendo que


a tendência é que as caixas de papelão tenham cada vez mais cores, necessi-
tando assim de maiores recursos para imprimir com qualidade. A vantagem de
equipamentos com 8 grupos impressores é que se pode separar as retículas e
traços finos de chapados e/ou traços grossos.
Essencialmente as máquinas de flexografia possuem os seguintes elementos,
que serão
folhas analisados
de papelão, um aimpressores,
grupos um: sistemasistema
de entrada (alimentação)
de secagem e saída das
e exaustão.

Sistema de entrada (alimentação)


As máquinas de flexografia são alimentadas em folhas (chapas). Requer-se
g bom controle na entrada de máquina, uma vez que o papelão ondulado em
chapas deve ser mantido constante em toda a extensão da impressora. Na
entrada fica o “eliminador de resíduos”, cuja função é eliminar pó de papelão
ou mesmoe causar
impressa pequenos pedaços
desde de papelão
pequenas queimpressão
falhas de podem ficar
até anaperda
superfície a ser
de clichês
no caso de objetos maiores passarem entre o clichê e a chapa.
Alguns cuidados com as folhas são: alinhamento, ligeira inclinação da pilha,
manutenção constante da pilha, observação de folhas irregulares, eliminar
folhas muito abauladas.

192 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Detalhe do aspirador de resíduos de papelão ondulado

Esquema de entrada da impressora de papelão ondulado.


O “M” indica o sistema de transporte das folhas soltas.

Grupo impressor
Grupo impressor é onde a imagem é formada. A passagem de um grupo para
outro é feita de forma que a folha de papelão não se movimente. Para que a
impressão fique com registro em todas as cores, o transporte é feito com o
auxílio de roletes e sistema pneumático (vácuo).

 Capítulo 11 – Corrugados – 193


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Operador colocando o clichê no


 grupo impressor – fácil acesso.
 Note que o clichê está colado
 sobre uma folha de poliéster e
 é preso por meio de pinças

 Neste equipamento da KBA o sistema de entintagem (anilox e facas) está na parte inferior.
 A chapa será impressa na parte superior e passará “prensada” junto ao clichê
 entintado. Por meio de sucção, a chapa passará para o próximo grupo impressor.
Este equipamento é utilizado para grandes formatos de caixas

194 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Esquema de grupo impressor


 diferente, onde o sistema
 de impressão está na parte
 superior e a chapa será
impressa na parte inferior.
Sistema de
entintagem  Anilox
Clichê e
Guias Porta-clichês
Chapa de papelão
a ser impresso

Normalmente as tintas são à base de água e necessitam assim de bom controle


de pH e viscosidade que pode ser feitos manualmente ou de forma automá-
tica. Algumas máquinas podem incluir um sistema de lavagem automática do
grupo impressor após a impressão.

 Capítulo 11 – Corrugados – 195


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

No sistema doctor blade (encapsulado) nas máquinas de impressão de corru-


gados, utiliza-se com grandes vantagens facas de material plástico, como as
que observamos
é alcalina, e ataca no
as detalhe
facas deacima. Isso
aço. No se de
caso dá se
porque a tintafacas
utilizarem à base de água
de aço, elas
devem possuir tratamentos anti-corrosão.

Sistema de saída
Após a impressão da última cor, as chapas entrarão num processo de corte,
dobra (vinco) e colagem. Dessa forma é possível ter todas as caixas pré-for-
madas prontas para serem embaladas e enviadas aos clientes que farão a
montagem das mesmas e colocarão seu produto dentro delas.

Exemplo de caixa impressa e aberta com todos os cortes e vincos

196 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Operador prepara as facas de corte e vinco neste equipamento da KBA

O equipamento pode incluir um moderno sistema de facas e


 contra-facas, guias e sistema de remoção do refile já cortado

 Capítulo 11 – Corrugados – 197


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

 A impressora pode ou não ter um sistema em linha como este da foto. Depois de
 cortada e vincada, a chapa será dobrada automaticamente como na seqüência acima

 As chapas, agora já em formato de caixas cortadas,


vincadas e coladas estão prontas para o envio aos clientes

198 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 198/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

 Capítulo 12 – Problemas e Soluções – 199


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

 Neste capítulo você vai ver:


• Os principais problemas relacionados aos processos de impressão flexo e possíveis soluções

http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 200/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

12•Problemas
comuns na impressão
e soluções práticas
ormalmente quando um problema surge na impressão, ele
não é resultado somente do processo de impressão em si.
Muitas vezes está relacionado aos processos que antecedem
ou servemem
orquestra de apoio à impressão.
que todos Vejo a impressão
os instrumentos comoafina-
tem que estar uma
dos e em que é necessário alguém para reger. Assim, nessa analogia, cada ins-
trumento é uma parte do processo que deve ser visto de forma sistêmica, isto
é, como um todo. É também preciso entender que cada impressora, em cada
empresa, é um organismo vivo e único, igual a um ser humano. Quais seriam,
então, esses instrumentos da orquestra da flexografia? São: o anilox, a fita
dupla-face, a impressora (com suas engrenagens, rolamentos, eixos, secagem,
alinhadores, peculiaridades, desgastes, etc), a tinta, o porta-clichês (camisas ou
não), o material etc. Sim, tudo isso precisa trabalhar junto e o operador deve
ser o grande maestro dessa orquestra.
Cada coisa precisa estar em seu lugar para que tudo funcione perfeitamente.
Além disso, o operador, como um maestro, precisa ter muitos anos de estudo
e, acima de tudo, prática. Precisa ser cuidadoso, metódico, organizado e eficaz
na resolução de problemas. Os problemas só poderão ser resolvidos se hou-
ver o conhecimento de como fazer as coisas. De qualquer forma, coloco nesse
capítulo algumas dicas de soluções de problemas que normalmente surgem
na flexografia. Os problemas podem ser agrupados em categorias, conforme
suas causas mais prováveis.

 Capítulo 12 – Problemas e Soluções – 201


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 201/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Se a causa raiz for encontrada, a solução fica mais fácil, pois na maioria das
vezes a descoberta da causa raiz leva imediatamente à solução do problema.
Porém, o que vi em dezenas de empresas é que um problema surge e, depois
de muito gasto de tempo, insumos e estresse, o problema é resolvido por
tentativa e erro, que é o método preferível de quase todos os operadores e
técnicos (até porque só conhecem esse método). Bem, ouvi uma frase certa vez

que
surgirdizia:
você“sepensa
a única
queferramenta
é prego”. que você tem é o martelo, todo problema que
Infelizmente, essa é a realidade do mercado. Não há metodologia na resolução
de problemas e quando esses são resolvidos, não são feitas quaisquer ano-
tações ou registros para quando ele surgir novamente. Quando o problema
voltar (e tenha certeza, isso ocorrerá na maior parte das vezes porque não há
padronização da melhoria conseguida) ninguém saberá como foi resolvido, e
novamente todos irão para a tentativa e erro. É incrível, mas se você, leitor, é
do ramo, sabe do que estou falando.
Neste capítulo sigo o critério de avaliação do impresso para, a partir daí, dar
as possíveis causas e prováveis soluções. O leitor perceberá que falo muito de
ações preventivas, tanto de manutenção quanto de operação mesmo. Isso se
dá porque quero enfatizar que não basta saber o que fazer para corrigir o pro-
blema no momento em que ele ocorre, mas que também se deve prevenir as
reincidências dos mesmos. A idéia é a de padronizar a melhoria conseguida.
Perceberá também durante a leitura e/ou consulta desse capítulo que todos
os problemas estão em apenas 7 grandes grupos: tinta, substrato (material),
anilox, máquina (rolamentos, roletes, secagem, controles de tensão), mão-de-
obra, clichê e dupla-face.

Esse
disso,livro
poisnão tem a épretensão
o objetivo de ser
que ele sirva a última
de início parapalavra emtécnico,
que cada flexografia. Longee
operador
profissional da área tenha um senso crítico e comece (se é que ainda não o faz)
a estudar mais profundamente seu processo. Por isso é que deixo algumas linhas
em cada item para que você complemente com sua experiência do dia-a-dia.

202 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

1- Falhas de Impressão
O que é:
Durante a produção ocorre, no impresso, a ausência de tinta em áreas de imagem.

Prováveis Causas:
 Pressão de impressão insuficiente.
 Pressão de entintagem (anilox) insuficiente.
 Falta de tinta ou a tinta está acabando no reservatório.
 Fluxo de tinta insuficiente na passagem da mangueira para o encapsulado.
 Clichê desgastado.
 Excentricidade do eixo.
 Falta ou falha de tratamento no material plástico (substrato).
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________ 

  ________________________________________________________________ 

Possíveis soluções:
 É importante criar uma sistemática para evitar o problema. Esse defeito é
difícil de se perceber especialmente se ele aparece e desaparece durante
a produção. Uma forma de prevenir é checar todos os itens como anilox,
clichês, cilindros e camisas.
 Outra solução viável é utilizar sistema de vídeo
inspeção que permite visualizar a impressão.
 Equipamentos de detecção de defeitos também
podem ajudar como o Vigitek, AVT ou BST.
 Verificar tratamento e, caso tenha problemas,
trocar o material ou tratá-lo novamente.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________
 ________________________________________________________________ 

 Capítulo 12 – Problemas e Soluções – 203


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 203/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

2 - Variação de registro

O que é:
As cores variam durante a impressão alterando o visual e fugindo do padrão
de cores e o especificado pelo cliente.

Prováveis Causas:
 Excentricidade do porta-clichês.
  Desgaste dos rolamentos de porta-clichês e de outras partes móveis da máquina.
 Desgaste das engrenagens do sistema de

impressão (porta-clichê, contra-pressão e anilox).


 No caso de corrugados, podem ser as guias com folgas ou faltantes.
  Cilindro prensa (traino) que fica apoiado sobre o tambor central não está
bem fixado e não prende o suficiente o material que está sendo
impresso, ou a borracha desse cilindro já está gasta.
 Excesso de tensão de puxada da bobina.
  Colagem errada. Pode acontecer que a colagem pareça
correta, mas que durante a produção haja variação.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________ 
  ________________________________________________________________ 

ç Possíveis soluções:
 Como normalmente essa variação está ligada a folgas, a idéia é a
prevenção. Nada substitui a manutenção preventiva de todos
os cilindros, rolamentos, roletes e de todo sistema de impressão.
 Verifique sempre se a máquina está nas condições padrão
de impressão (tensão de embobinamento, puxadores etc.).
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________ 
  ________________________________________________________________ 

204 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

3 – Tinta U.V. não cura (seca)

O que é:
A tinta não cura e pode ser facilmente removida pelo contato com próprio
material embobinado ou na própria impressora ou rebobinadeira.

Prováveis Causas:
  Falta ou desbalanceamento do fotoiniciador.
  Lâmpada de U.V. com baixa intensidade ou desligada.
 Lâmpada suja com poeira ou mesmo tinta.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________ 
  ________________________________________________________________ 

Possíveis soluções:
 Trocar a tinta por outra dentro dos padrões estabalecidos pelo fabricante.
 Checar o funcionamento e a eficiência da lâmpada usando um luxímetro.
 Manter plano de limpeza periódica do sistema de lâmpadas.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________ 
 ________________________________________________________________ 

4 – Cor lavada em
relação ao padrão
O que é:
A cor possui aspecto lavado (esbranquiçado) e abaixo do padrão mínimo.

Prováveis causas:
 Excesso de diluição da tinta com solvente.
 Uso excessivo de verniz de corte na tinta.
 Anilox entupido ou gasto.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________ 
 ________________________________________________________________ 

Possíveis Soluções:
 O controle da viscosidade é fundamental para a manutenção da cor
durante a impressão.
 Se o anilox entupir, deve-se lavá-lo ou, enquanto isso, trocá-lo
por outro limpo. Checar sempre o volume do anilox para que
possua condições ideais para carregar o volume correto de tinta.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________ 
 _____________________________________________________________ 

 Capítulo 12 – Problemas e Soluções – 205


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

5 – Falha na sobreposição
de tintas (trapping da tinta)
O que é:
Quando mais de uma tinta se sobrepõe a outra, e uma arranca a outra.

 A cor subseqüente (ponto) arranca a tinta que foi impressa antes.


Prováveis causas:
 Desbalanceamento da secagem entre as tintas. A regra diz que a primei-
ra cor deve possuir secagem mais rápida que a segunda. A segunda deve
possuir secagem mais rápida que a terceira e assim sucessivamente. Isso se
chama “escalonamento de secagem” e quando a segunda tinta seca mais
rápido que a primeira, ela tende a arrancá-la, pois aquela ainda não secou.
 Secagem entre cores ineficiente.
  Saturação de solvente no ar nas imediações da área de impressão porque
a exaustão está ineficiente. Se o ar saturado não é removido, a secagem
será ineficaz. Talvez alguém fechou a saída da exaustão.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________ 
 ________________________________________________________________ 

Possíveis soluções:
 Escalonar a secagem das tintas corretamente.

 Se possível,
distantes umatrocar o grupo
da outra. Porimpressor
exemplo, oe problema
colocar cores
podeque
serseentre
sobrepõem,
a quinta
ç e sexta cores numa impressora de 8 cores e o serviço é de 6 ou 7 cores.
Tente mudar a segunda cor para o sétimo ou oitavo grupo impressor
deixando um espaço maior para secagem entre eles.
 Cheque o sistema de secagem entre cores,
pois muitas vezes esses podem estar fechados.
 Mantenha o sistema de exaustão entre cores sempre aberto.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________ 
 ________________________________________________________________ 

206 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

6 – Variação da cor durante


a impressão (color shifting)
O que é:
A cor muda de tom e/ou força durante a impressão. Esse defeito pode ocorrer
durante uma produção inteira ou mesmo dentro de uma mesma bobina. Às
vezes pode acontecer de modo sutil e em cores terciárias como os marrons e
verdes olivas.

Prováveis causas:
  Variação da viscosidade durante a produção.
  Excesso de solvente na correção da viscosidade por parte do operador.
  Contaminação de tinta. Talvez o grupo acima da cor contaminada esteja
vazando tinta sobre o anilox no caso de máquinas com tambor central.
 Entupimento do anilox.
 O desgaste do clichê, especialmente nas áreas de retícula, também pode
causar a variação, pois conforme há o desgaste os pontos ficam maiores,
aumentando, assim, a área impressa e conseqüentemente mudando a cor.
  Excesso de pressão de impressão ou de entintagem por parte do
operador. Durante a produção pode ser que a dupla-face cedeu e o
operador teve que refazer ajustes de pressão de impressão e pressão
de entintagem gerando um esmagamento dos pontos, o que
causa uma área impressa maior, alterando a cor.
  Variação do registro de cores. A variação pode ser muito pequena (cerca de
50 micras), porém o suficiente para se perceber a variação da cor.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________ 

 ________________________________________________________________ 
Possíveis soluções:
 O uso de viscosímetros eletrônicos reduzem muito a variação, pois fazem
a correção da viscosidade automaticamente.
 Se não for possível o uso de viscosímetros eletrônicos, então deve-se
padronizar a verificação da viscosidade em períodos como, por exemplo,
de 30 em 30 minutos, ou de hora em hora.
 Verificar se o anilox está entupido e, se estiver, trocá-lo ou limpá-lo.
 Caso o clichê possua um desgaste, trocá-lo. Além disso, se é sabido qual

o desgaste
deixar natural
um jogo do clichê
de clichês e a produção
reserva exceder
colado, de o limite do clichê, já
preferência.
 O operador deve ficar atento a reacertos, caso sejam necessários, para que se
mantenha sempre o mesmo padrão de pressão de impressão e entintagem.
 No caso dessa variação deve-se certificar que o registro não
varie. Uma opção é utilizar dispositivos na impressora do
tipo folga zero, que são acessórios que evitam quaisquer
folgas nas engrenagens do sistema impressor.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________ 
 ________________________________________________________________ 

 Capítulo 12 – Problemas e Soluções – 207


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

7 – Variação do passo da fotocélula


O que é:
Durante a produção se detecta que o passo da fotocélula aumenta e diminui
no espaço de alguns metros ou repetições.

Prováveis causas:
  Desregulagem do sistema de tensão da máquina por problemas eletrôni-
cos, mecânicos ou simplesmente má regulagem por parte do operador.
  Em trabalhos com duas ou mais repetições no perímetro do
cilindro/camisa, se a colagem não for muito bem dividida (e essa
divisão deverá ser exata), conforme há a impressão há
também um acúmulo do erro da diferença de colagem.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________ 
 ________________________________________________________________ 

Possíveis soluções:
 Conferir a regulagem e verificar se as células de carga e todos os dispositi-
vos que mantêm a tensão na máquina estão funcionando corretamente.
 Descolar e montar novamente o serviço respeitando a divisão milimetrica-
mente.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________ 
 ________________________________________________________________ 

8 – Decalque
O que é:
Parte da tinta fica presa no verso do material.

Prováveis causas:
 O decalque possui em princípio as mesmas causas do bloqueio, isto é,
está relacionado com sistemas de secagem da impressora e velocidade de
secagem da própria tinta e tensão de desbobinamento e embobinamento.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________ 
 ________________________________________________________________ 

ç
Possíveis soluções:
 Em equipamentos para a impressão de coextrusados para
autoclave é comum utilizar amido antes de a bobina
ser embobinada para que não grude.
 Veja mais dicas e soluções no ítem 10 – Blocagem (blocking).
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________ 
  ________________________________________________________________ 

208 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

10 – Blocagem (blocking)
O que é:
O filme impresso e bobinado cola no verso do filme tornando inviável o uso da
bobina, pois em graus extremos o filme nem desbobina, formando um bloco.
Pode ocorrer em graus diferentes, com maior ou menor intensidade. O menor
grau é chamado de “decalque” e tem a mesma fonte de causa ( ver item 8).
Prováveis causas:
 Em geral, a blocagem tem como causa raiz a má secagem da
tinta ou verniz, que pode ser da máquina ou da própria tinta.
  Temperaturas de secagem (final e entre cores) fora do
especificado ou abaixo do necessário para secar a tinta.
  Falta de resfriamento do tambor central. Falta de resfriamento da
calandra de resfriamento na saída da impressora causando
um embobinamento a quente do filme impresso.
 Tinta com balanceamento ruim da secagem ou tinta
muito retardada em relação a velocidade da impressora.
  Excesso de tensão de embobinamento também pode causar a blocagem.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________ 
 ________________________________________________________________ 

Possíveis soluções:
 Checar todo sistema de secagem: entre-cores, secagem final e calandras
de resfriamento. Verificar temperatura e se estão funcionando ou não.
 No caso do entre cores, se o sistema de exaustão

e abertura de ar está correta ou não.


 Fazer balanceamento da secagem da tinta de modo a compatibilizar a
velocidade da impressora com a tinta. A tinta que roda a 150m/min não é
a mesma que roda a 250m/min. Maior velocidade, tinta mais acelerada.
 Regular a tensão de desbobinamento e embobinamento. Checar
também se as células de carga e controladores de tensão
estão funcionando corretamente.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________ 
 ________________________________________________________________ 

210 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

12 – Moiré no impresso
O que é:
Na sobreposição da retícula aparece o fenômeno do moiré. Às vezes acontece
inclusive na tinta branca.

Prováveis causas:
  Ângulo da retícula do clichê menor que 30º que é o recomendado.

 Anilox com lineatura menor que 3 vezes a lineatura do clichê.


 Quando se utilizam dois brancos chapados com as bordas em
degradê, pode acontecer que uma tinta arranque a outra exatamente
na área de retícula. Quando os pontos saem, deixam um pequeno
furo no lugar do ponto da retícula que contrasta com a outra
retícula do branco e isso causa o visual do moiré.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________ 
 ________________________________________________________________ 

Possíveis soluções:
 Conferir e corrigir todos os ângulos da retícula para que fiquem separa-
dos em 30º. A exceção é o amarelo que em relação às outras pode ficar
ç
em 15º, pois é um cor clara (embora o moiré exista, o olho humano não é
capaz de perceber).
 Evitar lineatura de anilox e lineatura do clichê menor que 4 x 1. O ideal é
uma proporção de 5 x 1.
 Quando o problema é entre dois brancos, por exemplo, deve-se acertar a
secagem da tinta. A primeira cor deve ser mais secativa que a segunda.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________ 
 ________________________________________________________________ 

212 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


http://slidepdf.com/reader/full/flexografia-manual-pratico 212/244
7/21/2019 Flexografia Manual Prático

13 – Riscos no impresso
O que é:
Linhas verticais ou horizontais aparecem no impresso. É mais comum linhas
verticais que seguem o sentido longitudinal do material.

Prováveis causas:
  Se o risco vertical é em apenas uma cor, então pode ser a faca do
sistema doctor blade com dente ou com pequena quebra, ou o
próprio anilox que está riscado. O clichê também pode ter um risco.
  Se o risco vertical está em todas as cores, pode ser que o material,
antes ou depois de impresso, esteja passando por algum rolete fixo
porque travou o rolamento, ou a passagem do mesmo está errada.
  Quando o risco for horizontal, a causa pode ser um risco de estilete
ou outro objeto cortante no tambor central ou contra pressão.

 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________ 


 ________________________________________________________________ 

Possíveis soluções:
 Conferir faca, anilox clichês. Não há outro meio a não ser trocar o item
que está defeituoso.
 Conferir o percurso do material na máquina e descobrir o ponto
onde o risco começa. Se for um rolete travado, deve-se corrigir,
e fazer o mesmo no caso de uma passagem errada.
 No caso de risco no tambor central ou contra pressão será
necessário reparar o dano de forma especial (veja as
dicas no item 9 – Manchas e borrões no impresso).
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________ 
 ________________________________________________________________ 

 Capítulo 12 – Problemas e Soluções – 213


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

14 – Entupimento da retícula
O que é:
Durante a impressão acumulam-se pequenos pontos de tinta nas áreas de retícula.

Prováveis causas:
  Tinta muito secativa e que não se transfere toda para o material a ser impresso.
  Excesso de carga do anilox. O anilox está superdimensionado em
relação à capacidade do clichê. Assim, o anilox passa mais tinta do
que o clichê é capaz de transferir. A cada volta um pouco de tinta
se acumula sobre a retícula, até começar a transferir o acúmulo,
que está junto aos pontos de retícula, para o substrato.
  Esse defeito é comum também quando na borda de chapados há um
degradê. Como normalmente é usado um anilox com muita carga de tinta
para cobrir a área, a retícula, o excesso de tinta sobre a zona de chapado
sobre o clichê acaba indo se acumular na retícula do degradê.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________ 
 ________________________________________________________________ 

Possíveis soluções:
 Acertar a secagem da tinta em relação à velocidade de máquina.
 No caso de excesso de carga do anilox,
trocá-lo por outro com volume menor.
 Quando imprimir chapados com degradês será necessário diminuir
a lineatura da retícula do clichê. Ao mesmo tempo também pensar
em uma Outra
volume. tinta com
idéiamaior poderemdedois
é separar cobertura
clichêse(um
anilox
paracom menor
o chapado
ç e outro para a retícula), quando isso for possível e vantajoso.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________ 
 ________________________________________________________________ 

214 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

15 - Ganho de ponto excessivo


O que é:
O ponto no impresso está muito maior que o padrão. É importante enten-
der também que o ganho de pontos sempre ocorrerá e deve ser conhecido
e controlado durante todos os processos de produção (confecção do clichê
e impressão). O problema acontece quando o ganho é excessivo, quer dizer,
além do que era conhecido e controlado.

O tamanho original do ponto é indicado pelo círculo vermelho.


O que passar é ganho de ponto

Prováveis causas:

 Excesso de pressão de impressão.


 Excesso de tinta.
 Desgaste da retícula do clichê.
  Se o ponto estiver ovalizado no sentido longitudinal, a provável causa é
que o diâmetro primitivo da engrenagem está fora. Os dentes da
engrenagem podem estar gastos. Clichê com espessura acima ou abaixo
do normal. Dupla-face com espessura acima ou abaixo do normal.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________ 
 ________________________________________________________________ 

Possíveis soluções:
 Reajustar a pressão de impressão, ver se há excesso de tinta e corrigir.
 Se houver um desgaste da retícula do clichê, será necessário trocá-lo.
 Quando o diâmetro primitivo estiver fora, deve-se corrigir atacando a
causa raiz como engrengem, dupla-face ou mesmo o clichê.
 Veja o capítulo 3 – Pré impressão de flexografia
sob o tópico ganho de pontos e como corrigi-lo.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________ 
 ________________________________________________________________ 

 Capítulo 12 – Problemas e Soluções – 215


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

16 - Marcas de engrenagem
O que é:
Também conhecidas como costelas em alguns lugares, são marcas horizontais
que deixam zonas claras e escuras na imagem impressa.

Prováveis causas:
 Em geral estão associadas ao desgaste do sistema de engrenagens
da máquina: porta-clichês, anilox, tambor central/contra pressão.
  Outro fator pode ser folga mecânica no conjunto impressor.
 Cilindro porta-clichês desbalanceado ou excêntrico.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________ 
 ________________________________________________________________ 

Possíveis soluções:
 Revisar todo o conjunto de engrenagens, rolamentos,
casquilhos e trocar os que estiverem gastos ou defeituosos.
 Ajustar folgas mecânicas e fazer o balanceamento de cilindros porta-clichês.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________ 
ç
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216 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

17 - Fotografia (fantasma)
O que é:
Este defeito de impressão tem a aparência de uma imagem fraca sobre áreas de
traços grossos e chapados. A Fotografia ou fantasma possui sempre a mesma
sombra de cor e é mais comum sua visualização em cores escuras, embora o
efeito possa aparecer em qualquer cor.

Prováveis causas:
  Às vezes esse defeito é associado a baixo volume de anilox.
 Tinta muito secativa.
 Ar sobre o anilox.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________ 
 ________________________________________________________________ 

Possíveis soluções:
 Mudar anilox para um com maior volume de tinta.
 Retardar a secagem de tinta.
 Verificar se não há excesso de ventilação e se a mesma
está sobre o anilox fazendo secar a tinta dentro dos alvéolos.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________ 
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 Capítulo 12 – Problemas e Soluções – 217


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

18 - Chapado sem
cobertura ou furando
O que é:
Chapados ou áreas de traços grossos não possuem uma uniformidade na
impressão. É como se o chapado possuísse retícula.

Prováveis causas:
 O uso de dupla-face macio demais para
chapados pode ocasionar esse defeito.
 Anilox com pouco volume.
 Superficie do clichê apresenta tendência de repelir a tinta,
especialmente as à base de água. Isso pode acontecer se
não tiver sido dado o acabamento do clichê corretamente.
 Viscosidade alta da tinta.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________ 
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Possíveis soluções:
 Usar dupla-face mais rígido em chapados e traços grossos.
 Trocar anilox por um com maior cobertura.
 Trocar clichê com acabamento correto.
 Diluir a tinta para facilitar o espalhamento sobre a superfície do clichê.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________ 
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218 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

19 – Mudança de contraste
durante a produção
O que é:
O contraste da imagem impressa, quer dizer, a diferença entre as áreas claras e
escuras, muda, normalmente passando para cores mais escuras.

 Imagem normal Contraste alterado depois de altas tiragens

Prováveis causas:
  Variação da força da cor da tinta em decorrência do aumento da viscosidade.

 Desgaste natural do clichê em longas tiragens. Os pontos ficam


maiores, aumentando assim a área coberta, especialmente
nas mínimas áreas de retícula, achatando a imagem.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________ 
 ________________________________________________________________ 

Possíveis soluções:
 Acertar e manter a viscosidade ao longo da tiragem.
 Trocar o clichê deficiente.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________ 

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 Capítulo 12 – Problemas e Soluções – 219


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

20 - Pontos da retícula
falham (missing dots)
O que é:
Pequenos pontos na área de retícula não imprimem. Normalmente em áreas
claras ou de médios tons na imagem.

Prováveis causas:
 Desgaste natural do clichê em longas tiragens. O efeito ocorre mais
nas áreas de mínima porque os pontos são mais frágeis nessas áreas.
  Arrancamento no momento de limpeza do clichê por parte do operador.
Talvez tenha usado uma escova muito agressiva.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________ 
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Possíveis soluções:
 Trocar o clichê e fazer levantamento de quanto dura um clichê por produ-
ção. Se for o caso manter clichês reservas. Se o desgaste do clichê for pre-
maturo, então deve-se avaliar as condições em que foram feitos na clicheria.
 O operador deve ser muito cuidadoso na limpeza dos clichês. Convém
avaliar o tipo de escova que se está usando. Uma sugestão
é utilizar escova para cabelo de neném, que é bem macia.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________ 
 ________________________________________________________________ 

220 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

21 - A tinta perde (ou muda)


a cor depois de impressa
O que é:
Dias ou até mesmo horas depois da impressão algumas cores mudam ou
esmaecem. O efeito aparece também depois de exposição à luz.

Cor normal Neste exemplo o magenta perdeu a cor

Prováveis causas:
 Normalmente esse defeito está associado à falta de resistência à
luz do pigmento utilizado na formulação da tinta. Deve-se,
então, conferir o grau de resistência à luz do pigmento utilizado.
 Outra provável causa é a utilização de resinas com cadeias
aromáticas como as fumáricas, fenólicas e alquídicas que
tendem a amarelar cores, como, por exemplo, o branco.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________ 
 ________________________________________________________________ 

Possíveis soluções:
 Trocar o pigmento por outro mais resistente à luz.
 Trocar a resina por resinas de sistema alifático como as de nitro celulose.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________ 
 ________________________________________________________________ 

 Capítulo 12 – Problemas e Soluções – 221


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

22 - Variação de COF
O que é:
O COF (Coeficiente de Fricção) também chamado de deslizamento do material
que varia durante a produção. Pode ficar alto ou baixo em relação ao padrão.

Prováveis causas:
 Desequilíbrio na extrusão do material plástico (polietileno, polipropileno).
  Pode ser também que a tinta esteja roubando o aditivo (deslizante)
do material, deixando-o, assim, com COF mais alto.
 O contrário também é verdadeiro, ou seja, o
material pode roubar deslizante do material.
 A própria tinta pode estar desbalanceada
causando um COF maior ou menor.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________ 
 ________________________________________________________________ 

Possíveis soluções:
 Caso o problema esteja no material, deve-se refazê-lo corrigindo a falha.
 Se for a tinta, então deve-se trocá-la por outra com
formulação correta ou corrigir a que está em máquina.
 Se o material já estiver impresso e o problema surgir horas
depois da impressão, então pode-se tentar aplicar um
verniz ou uma substância que abaixe o COF do material.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________ 
 ________________________________________________________________ 

 Aparelho para medir o COF 

222 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

23 - Impressão sem
brilho (fosca) – Blushing
O que é:
O impresso tem aspecto fosco e sem brilho, embora não tenha mudado a cor.

Prováveis causas:
 Se estiver usando verniz na última cor,
pode ser que o mesmo esteja muito diluído.
 Se não possui verniz, a própria tinta está desbalanceada.
 Calandra final de água gelada pode estar desligada. Para que
o brilho ressalte é importante que o material tenha um
choque térmico quando chega quente à calandra.
 Tinta com secagem muito acelerada. Quando o solvente
evapora muito rápido ele rouba calor da superfície da película
de tinta que seca antes de as moléculas se acomodarem,
gerando uma característica esbranquiçada no impresso.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________ 
 ________________________________________________________________ 

Possíveis soluções:
 Verificar viscosidade e condições de diluição do verniz.
 Verificar as condições de todas as tintas ou
daquelas que estão apresentando o problema.
 Conferir se as todas as calandras de água gelada estão ligadas ou
se estão funcionando normalmente e corrigir caso não estejam.
 Verificar e corrigir secagem da tinta deixando-a mais retardada.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________ 
 ________________________________________________________________ 

 Capítulo 12 – Problemas e Soluções – 223


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

24 - Código de barras não lê


O que é
Depois de impresso o aparelho de teste do código de barras acusa erro. Esse
problema é mais comum na flexografia que em outros processos de impressão
devido às características de tinta líquida e secagem rápida, clichê flexível e em
alto relevo.

 Sentido longitudinal que facilita a  Sentido paralelo ao eixo do cilindro e


impressão e evita problemas de leitura  com sujeira que pode dificultar a leitura

Prováveis causas
 Excesso de pressão de impressão ou de entintagem.
 Excesso de tinta ou tinta com viscosidade alta que

suja o clichê
 Desgaste e, conseqüentemente,
prematuro do clichê. a impressão.
 Amassamento devido ao posicionamento do código de
barras paralelo ao eixo do cilindro, o que aumenta as barras.
 Baixo contraste da barra em relação ao fundo.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________ 
 ________________________________________________________________ 

Possíveis soluções:
 Regular a pressão de impressão e de entintagem.
 Verificar viscosidade da tinta.
 Se o clichê estiver desgastado, será necessário trocá-lo.
ç  Outro recurso importante e que deverá ser visto na elaboração
da arte, é colocar o código de barras com as barras no sentido
longitudinal de impressão, como vemos na figura acima.
 Se o problema for contraste entre a barra e o fundo, então deve ser
levado ao cliente e deve-se então mudar as cores para aquelas sugeridas
pelos padrões nacionais e internacionais para os códigos de barras.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________ 
 ________________________________________________________________ 

224 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Glossário e termos
técnicos em flexografia
Acabamento O processo em que o impresso é coberto por verniz (U.V. ou não) ou laminado com um filme transparente de polímeros.
superficial
Com pontos de retícula de forma alongada, o ângulo que o eixo principal cria em relação à direção de referência.
Com pontos de retícula de forma redonda ou quadrada, o ângulo menor dado pelo eixo da retícula em relação à
Ângulo da retícula direção de referência. Os valores são dados em graus. A direção na qual correm os pontos de meio-tom como
resultado do posicionamento da retícula durante a conversão de arte em tom contínuo para filme em meio-tom.
Um aditivo utilizado na tinta que impede ou elimina a formação de espuma de um líquido ou dissolve a espuma que
Antiespumante  já tenha se formado.
O componente adesivo de uma tinta, normalmente presente na fórmula da resina; veículo da tinta. Em papel, com-
Aglutinante ponente adesivo utilizado para aglutinar o enchimento inerte, como argila, à folha, ou para aderir firmemente (segu-
ramente) fibras curtas ao papel ou cartão.
Alongamento Deformação longitudinal resultante de tensão por estiramento.
Áreas de Imagem  A área de impressão que transfere tinta ao substrato. A área impressa de uma superfície receptora.
Área de balanço  Área de controle numa tira de controle, composta de áreas de ponto intermediárias de cyan, magenta e amarelo,
de gris cujas áreas de ponto estão em balanço de gris no filme.
Área de ponto Em um impresso reticulado a percentagem da superfície, coberta por um filme de tinta de uma cor única (a disper-
(valor tonal) são da luz no substrato e outros fenômenos óticos são ignorados).
Uma linha de luz em volta de um objeto cercando uma imagem, produzido por técnica ou por condições adversas
Auréola (halo) no local da confecção de filmes (fotolitos). Pode interferir no resultado final de impressão.
Balanço de O balanço entre as cores cyan, magenta e amarelo que se requer para produzir um cinza neutro.
cinza (gris)
Conjunto de imagens para reprodução que podem ser disponibilizadas imediatamente através de compra por catá-
Banco de imagens logos. O cliente recebe ou um original físico para ser escanerizado ou um arquivo eletrônico com a imagem em alta
resolução, com restrições estabelecidas de direito autoral para usos específicos.
 A parte do clichê que sustenta a imagem em relevo da chapa. A base é calculada subtraindo-se o relevo da espes-
Base da clichê sura total da chapa.
 A imagem digitalizada que está mapeada dentro de uma rede de pixels. O computador atribui um valor para cada
Bitmap ponto de um bit de informação (preto ou branco), a quantidade de 24 bits por ponto para imagens coloridas.
Formato de arquivo gráfico composto por uma matriz de pontos.
Bold Negrito, estilo de letra usado para destacar textos.
Boneco Montagem que reflete a forma final de um impresso.
Box  Área que delimita a inserção de elementos gráficos.
Bureau (se Uma agência de serviços especializada em “dar saída” a trabalhos feitos em softwares na imagesetter.
lê “Birô”)
Bypass Desvio, atalho, passagem secundária.

Calibração Regula um equipamento na medida de um modelo para produzir resultados perfeitos.


Camisas Também chamados de sleeves, são tubos feitos com materiais sintéticos diversos onde o clichê é colado. Depois a
porta-clichês camisa (tubo) é encaixada em eixo chamado de mandril na impressora.
CIE (Commission
Internationale O grupo internacional que desenvolveu os padrões de definição de cores.
de l’Eclairage)
Cilindro Cilindro de uma impressora no qual o clichê é montado. (veja também “camisas porta-clichês”).
porta clichês
Caracteres Letras, numerais e sinais gráficos individualizados.
Cartão Folha de papel espessa com mais de 180 g.

 Capítulo 13 – Glossário – 225


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Cartão duplex Cartão de duas camadas comumente utilizado em caixas.


CCD (Charge Coupled Um mecanismo usado em scanners para converter luz em carga elétrica.
Device)
Chapado  Área de impressão que recebe 100% de tinta ou superfície ampla de cor.
Comumente chamado de azul, cor utilizada na composição da escala cromática CMYK. Necessária para impressão
Cyan (ciano) em quatro cores (quadricromia).
Clip Art  “Arte pronta” para uso em documentos, que vem com programas ou adquirida de bancos de imagens.
CMYK  Cyan, magenta, amarelo e preto. São as cores básicas usadas no processo de impressão.
Corante Substância química totalmente solúvel em solventes (álcool, acetatos) com alto poder tintorial.
Colorímetro Instrumento de medição (por transmissão ou reflexão) que informa valores tristímulos.
Compressão Redução do campo de uma imagem.
 A relação (ou diferença) entre as áreas de luzes e sombra de uma imagem. Grau de gradação tonal entre as áreas
Contraste mais claras e as mais escuras.
Convertedor  A indústria que transforma a matéria-prima (papel, plásticos e alumínio) em embalagens impressas ou não.
Cópia fotográfica Cópia obtida em papel fotográfico a partir de um negativo colorido ou p&b.
Cor destituída de tonalidade, como preto e cinza. Para objetos de transmissão também se usa a descrição ausência
Cor acromática de cor ou cor neutra.
Cor cromática O inverso da cor acromática.
Cor de processo
(impressão de  Amarelo, cyan, magenta e preto.
quadricromia)
Cor primária Cores de reprodução individual das tintas amarelo, magenta e cyan.
Resultado da mistura de duas cores primárias: laranja (vermelho e amarelo), violeta (vermelho e azul) e verde (ama-
Cor secundária relo e azul).
Cor terciária Cores obtidas pela mistura de duas cores secundárias: laranja-verde, verde-violeta, violeta-laranja.
Padrão de impressão offset: cyan (C), magenta (M), amarelo (Y) e preto (K). A combinação destas quatro cromias
Cores de escala reproduz toda a gama de cores.
Cores frias  Azul, verde e violeta.
Cores quentes  Amarelo, vermelho e laranja.

Correção de cor O processo de ajuste de uma imagem para compensar as deficiências do scanner ou dos equipamentos de geração
de filmes.
Correção de tom  A correção dos valores tonais numa imagem, normalmente ajustada pelas curvas de tons.
Marca registrada da Dupont que é uma prova de cores para simulação do resultado da impressão efetuada a partir
Cromalin® de um jogo de fotolitos ou digitalmente.
Cursiva Tipo de letra que se assemelha à escrita manual.
Decalque Designa transferência indesejável de tinta da superfície impressa para outra folha.
Default Método ou valor padrão que um computador define para processar uma informação.
Definição Refere-se ao grau de definição de uma imagem.
Delaminação Separação parcial ou completa das camadas de um laminado.
Degradê Gradação obtida em um ou mais tons.
 Valor de densidade do qual foi subtraída a densidade da base transparente do filme de separação de cores ou da
Densidade relativa base do substrato de impressão não impresso.
Densitômetro de Reflectômetro que mede a densidade de reflexão sob condições geométricas e espectrais específicas, assim como
reflexão descrito em ISO 5/4 e 5/3.
Densitômetro de
transmissão (ou Instrumento ótico que mede a densidade de transmissão sob condições geométricas e espectrais específicas.
transmitância)
Desenho a traço  Arte executada com traços chapados.
Direct-to-plate Exposição direta da imagem diretamente na forma de impressão sem o uso de filme intermediário.
(Direto-à-forma)

226 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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7/21/2019 Flexografia Manual Prático

Direct-to-press Eliminação do filme intermediário e formas de impressão por transferência direta dos dados da imagem para cilin-
(Direto-à- dros de impressão na própria impressora.
impressão)
Dmax (Densidade O ponto de máxima densidade em uma imagem ou original.
máxima)
Dmin (Densidade O ponto de mínima densidade em uma imagem ou original.
mínima)
Dpi (Dots per inch) Pontos por polegada. Medida de resolução de uma imagem produzidos por impressoras ou monitores.
Drum scanner (scan- Processo de “escaneamento” de uma imagem, em que os originais são fixados num cilindro rotativo.
ner cilíndrico)
Dye sublimation Um processo de impressão que usa pequenos elementos “quentes” para evaporar pigmentos do filme impresso,
(Sublimação depositando estes suavemente no substrato.
da tinta)
Emulsão Camada foto sensível na superfície de um substrato (filme).
Entrelinha Em um texto, é a medida do espaço entre uma linha e outra.
EPS (Encapsulated Um formato de arquivo usado para transferir imagens PostScript de um programa para outro. Um padrão para
PostScript) desenho, imagem ou uma página completa de layout, permitindo classificar-se em outro documento.
Escala de Cores Tabela impressa que contém diversas combinações de tonalidades de cores da escala cromática (CMYK).
Espacejamento Em um texto é o espaço que determina a distância de uma letra à outra.

Espaço de
cores CIELAB Espaço retangular
dade, tom de cores,
e saturação formado pelas coordenadas de cor L*, a*, b* e se referem às propriedades de luminosi-
da cor.
Todas as variações de qualquer tipologia. Por exemplo: Arial, Arial Condensed e Arial Bold pertencem todas a uma
Família de fontes mesma família de fontes.
Fio Elemento gráfico (linha fina) utilizada nas bordas de fotos, páginas, box etc.
Filme de Filme de separação de cores com pontos de retícula, que permite uma reprodução confiável para duplicação de
ponto duro filmes e matrizes de impressão.
Material transparente coberto com uma substância foto-sensível e que, diferentemente de outros filmes possui o
Filme mate (fosco) lado da camada uma certa “porosidade” para facilitar a saída do ar de entre o filme e o fotopolímero.
Fonte Conjunto completo de todos os caracteres, incluindo tipologia, peso e tamanho.
Formato Expressa a dimensão de um documento ou impresso.
Termo que indica as dimensões de uma folha de papel expressas em centímetros ou polegadas. Pelo padrão DIN
(Deutsche Industrie-Normem) o formato base A0 é uma folha retangular de papel com uma área de 1 m² (841 X
Formato de papel 1189 mm). Os formatos derivados (A1, A2 etc) são decorrentes da dobra do papel A0. No Brasil, adotaram-se os for-
matos AA (ou 2A) - 76 X 112 cm, BB (ou 2B) - 66 X 96 cm e AM - 87 X 114 cm, com seus formatos derivados.
Formato refilado Formato final de um impresso após o refile.
Gamut Refere-se ao maior intervalo de cores possível de reproduzir em um determinado sistema de cores.
Ganho de ponto
(aumento do  A diferença entre a percentagem da área de ponto no impresso e no filme de separação de cores.
valor tonal)
Ganho de ponto Efeito de impressão em que os pontos de impressão aumentam de tamanho causando cores ou tons mais escuros.
(Dot Gain)
Gerenciamento Processo de compatibilização de cores em cada uma das etapas do processo de reprodução.
de cores
GIF (GraphicsFormat) Formato gráfico largamente utilizado na Web porque cria imagens de tamanho relativamente pequeno.
Interchange
Gramatura Gramagem, é o peso de qualquer papel expresso em gramas em uma área de 1 m².
Granulação Efeito, as vezes indesejável, ocorrido quando se amplia exageradamente uma imagem.
Gravadora de filme  Aparelho de gravação de filmes. No Brasil é mais comumente chamado de “Imagesetter”. O aparelho grava dados
(Imagesetters) digitais (imagens e textos) em filme por meio de um ou múltiplos raios de luz intermitentes.
Ilustração Termo geral para qualquer tipo de desenho manual ou eletrônico.
Imagesetter Equipamento que gera filmes (fotolitos, papéis ou chapas) a partir de arquivos eletrônicos.
Impressão chapada Impressão em que 100% da área considerada é coberta por tinta. Também chamada de área sólida.

 Capítulo 13 – Glossário – 227


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ISO (International
Organization for Órgão Internacional para normalização. O TC 130 (comitê técnico) é o que estuda normas para a área gráfica.
Standardization)
Em uma imagem é a manipulação do contexto, isto é, o aumento de uma resolução de imagem por meio do
Interpolação aumento de novos pontos por toda a imagem, as cores das quais são baseadas nos pontos próximos.
JPEG (Joint
Photographic Formato que permite alta taxa de compressão, porém mantendo a integridade do arquivo.
Experts Group)
Kerning  Ajuste estético do espaço entre letras.
Layout Print que simula o trabalho final para aprovação do cliente.
Largura da retícula O inverso de lineatura da retícula. A unidade é o centímetro (cm).
Legível  Ver “orientação de imagem”.
Medida linear que indica o número de linhas de pontos por centímetro ou polegadas. Expressa em LPC (Lines per
Lineatura Centimeter) ou LPI (Lines Per Inch).
Lineatura da  A freqüência espacial da distribuição dos pontos de retícula ao longo do seu eixo. A unidade é o centímetro recípro-
retícula (freqüência co, (cm-1).
da retícula)
Lpi e Lpcm Linhas por polegada ou Linhas por centímetro. Unidade de medida para retículas.
Mandril Um eixo sobre o qual são montados ou fixados os cilindros ou outros dispositivos.

Interferência padrão repetitiva causada por sobreposição simétrica dos pontos ou linhas da retícula tendo diferentes
intensidades ou ângulos. Interferências típicas podem ser observadas entre dois filmes reticulados, ou entre um
Moiré (Lê-se moarê) filme reticulado e um elemento estruturado do sistema de impressão, por exemplo: rolos anilox, cilindros de roto-
gravura, tela serigráfica.
Monocromia Cor única. Uma imagem ou amostra em preto e branco ou de outra cor qualquer.
Negativo Imagem fotográfica disposta em meio transparente. Valores de luzes e sombras expressos inversamente.
Negrito Bold, letras com traços mais grossos para destaque de textos.
Orientação da Orientação de um filme de separação de cores relativa ao lado da emulsão vista pelo observador.
emulsão do filme
Os conteúdos das imagens são referidos como legíveis (ao contrário de ilegíveis), se o texto aparecer como se pre-
Orientação tende que seja lido e se as imagens estiverem na orientação como se pretende que sejam vistas pelo usuário final.
da imagem Deve-se especificar a orientação da emulsão para cima ou para baixo, quando houver referência à orientação da
imagem no filme.
Tabela de cores padronizada que associa cada cor a um código específico. A letra C significa Coated, isto é a apli-
Pantone cação da cor sobre papéis com cobertura como o couché; e U representa essa mesma cor sobre papéis Uncoated,
sem cobertura especial.
Passo da fotocélula medida entre uma fotocélula e outra usada na máquina de envase para cortar cada embalagem.
PDF (Portable Um formato de arquivo desenvolvido pela Adobe que facilita a conversão de documentos gráficos pesados (requer o
Document Format) software Acrobat) em arquivos leves para serem lidos com a ajuda do Acrobat Reader (plug-in dentro do site da Adobe).
Denomina um elemento de imagem. É a menor área (retangular) que configura uma imagem. Vem das palavras
Pixel Picture Element, às vezes é abreviado PEL.
pH O grau de acidez ou alcalinidade medido em uma escala (de 0 a 7 é ácido; de 7 a 14 é alcalino e 7 é neutro).
Polaridade do É positiva, se as áreas transparentes e sólidas corresponderem às áreas não impressas e impressas, respectiva-
filme (positivo mente. É negativa, se as áreas transparentes e sólidas corresponderem às áreas impressas e não impressas, res-
ou negativo) pectivamente.
Positivo Reprodução que corresponde exatamente ao original. Oposto ao negativo cujos valores de tom são invertidos.
PostScript e Formatos de fonte. Ambas usam funções matemáticas só que de diferentes tipos. O formato é interpretado por RIPs,
True Type que calculam o bitmap correto para representar esse formato no monitor ou impressora usada.
No Brasil convencionou-se a chamar a etapa de pré-impressão com o nome em inglês. Conjunto de atividades entre
Prepress a etapa final da produção de originais (artes finais) e a impressão, podendo abranger scanner, fotolitos, provas de
cor e chapas.
Impressão gerada por uma máquina impressora (de produção ou de prova), cuja finalidade é demonstrar o resul-
Prova de impressora tado do processo de separação de cores, de tal forma que simule aproximadamente os resultados na máquina de
(ou de máquina):
impressão de produção.

228 –  FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta


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Expediente
Edição: Bloco de Comunicação

Supervisão: Marcos Palhares

Projeto Gráfico e Direção de Arte: Carlos Gustavo Curado

Revisão: Eunice Fruet

Impressão: Prol Editora Gráfica

Fotos: André Godoy (Studio AG), divulgação e arquivos do autor e da editora

Impresso em papel couché Lumimax 115g/m² da VCP – Votorantim Celulose e Papel

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Para a realização desse livro, contamos com a participação


e apoio das seguintes instituições e empresas:

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Uma nova solução


para um problema difícil.

 As necessidades diárias na indústria flexográfica estão ficando cada vez


mais complexas. Produtividade, qualidade e tempo são parâmetros que não
podem ser comprometidos. Em situações assim, ter ao seu lado um parceiro
que ajude a encontrar soluções é essencial.

 As chapas Asahi SH e DSH são a solução para as exigências cada vez mais
freqüentes do seu dia a dia.

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Há muito tempo me perguntam onde encontrar informações


sobre flexografia no Brasil Infelizmente quase sempre as in-

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