Você está na página 1de 3

FACULDADE ADVENTISTA DA BAHIA

SEMINÁRIO ADVENTISTA LATINO-AMERICANO DE TEOLOGIA

MARCLEYD MILITÃO DOS SANTOS ACIOLE

RELATÓRIO DE LEITURA

CACHOEIRA
2023
MARCLEYD MILITÃO DOS SANTOS ACIOLE

RESENHA CRÍTICA

Relatório de leitura submetido como parte dos


requisitos necessários para a disciplina de Ciência
e Religião da Faculdade Adventista da Bahia, sob
orientação do Prof. Me. Paulo Jacinto

CACHOEIRA
2023
CARIAS, Celso Pinto. Ciência e religião: chega de briga!. PUCRio, Rio de Janeiro. Disponível
em: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/22191/22191.PDF. Acessado em: 11/07/2023.

Ao analisar a relação conflituosa existente entre a ciência e a religião o artigo propõe


uma a busca de um caminho que leva a uma convivência pacífica entre praticantes da religião
e defensores da ciência.
Utilizando-se do esquema proposto por IAN G. BARBOUR , que ressalta quatro
perspectivas relacionadas ao conflito entre ciência e religião: conflito, independência, diálogo,
e integração, o autor conduz a sua argumentação.
Iniciando essa análise refletimos na tentativa da ciência de explicar a origem da vida abstraindo
Deus da equação, porém considerando que nessa tentativa a ciência não fornece detalhes para
a origem da vida através de um processo evolutivo e segue buscando aperfeiçoamentos para o
que propôs Charles Darwin o artigo segue provocando a reflexão sobre a possibilidade de
convívio harmônico entre ciência e religião.
Na concepção do autor o homem em um processo evolutivo superior aos demais animais
inclui Deus na história humana. Assim sendo ele enxerga a religião como um mecanismo que
empurra o ser humano para uma perspectiva que vai além da luta pela sobrevivência, razão pela
qual o autor considera que a religião se apresenta como uma construção razoável.
Outro ponto de destaque é a construção cultural dos seres humanos, estes buscam
organização social, união, ligação de sentidos, tendo como pano de fundo sua sobrevivência
enquanto espécie. “Deus é a razão maior e a religião o mecanismo que, através de uma
complexa produção simbólica, contida na própria cultura, une os seres humanos a esta razão de
fundo.”
Diante do entendimento que religião e ciência têm linguagem e objetivos diferentes,
portanto, uma não deve interferir no campo da outra, visto que cada uma defende com sua
própria autoridade os seus objetivos reforça-se o conflito. Mas, é possível hoje constatar
elementos comuns que salvaguardam tanto a liberdade do método científico como a busca por
razões que vão além de um “pessimismo cósmico”. Ciência e religião precisam cooperar para
de alguma forma, considerando sua esfera de atuação melhorarem a vida humana na terra, pois
embora visualizemos diferentes horizontes compartilhamos a mesma casa que chamamos de
terra, assim sendo “Temos de aprender a viver juntos como irmãos ou perecemos juntos como
loucos”.

Você também pode gostar