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ANATOLI OLIYNIK

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(HISTÓRIA, RITUAILÍSTICA E RITUAIS)

Uso Exciusivo DE MAÇONS


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Emulação
(História, Ritualística e Rituais)
Anotoli Oliynik

Emulação
(História, Ritualística e Rituais)

CURITIBA- PARANÁ
-2004-
Copyright © by Anotoli Oliynik
Todos os direitos reservados. Nenhuma porte deste livro poderá ser armazenado ou
reproduzido por qualquer meio sem o autorização do Autor.
Registro na Fundação do Biblioteca Nocional do Rio de Janeiro.

Capa
Rogério Oliynik

Representação: A figuro do copo represento, de forma estilizada, a cidade


Wongen im Allgóu -Alemanha Ocidental - tal como vista em 1946.
Escolhida como homenagem do autor a sua cidade natal.

Projeto Gráfico
Kellen Susana Zamarian

Impressão/Acabamento
Gráfica Vicentina Editora Ltda. EPP
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anatolioliynik@terra.com.br

ISBN 85-904585-1-2

Oliynik, Anatoli, l 946-


Emulaçõo : história, ritualística e rituais I Anatoli Oliynik. -
Curitiba :Vicentina, 2004.
592p. ;23cm.

Inclui bibliografia.

1. Maçonaria - Rituais. 2. Maçonaria - Rituais - Inglaterra _


3. Maçonaria - Simbologia. I. Título.

COO (21° ed.)


366.1

Dados internacionais de catalogação na publicação


Bibliotecária responsável: Moro Rejane Vicente Teixeira
EPÍGRAFE

Se você não puder ser um pinheiro no topo de uma colina,


Seja um arbusto no vale - mas seja o
melhor arbusto à margem do regato
Seja um ramo , se não puder ser uma árvore ...

Se não puder ser um ramo, seja um pouco da relva,


E dê alegria a algum caminho,
Se não puder ser almíscar, seja então apenas uma tília,
Mas, a tília mais viva do lago!

Não podemos ser todos capitães; temos que ser tripulação .


Há alguma coisa para todos nós aqui.
Há grandes obras, e outras menores, a realizar
E é a próxima tarefa que devemos aprender.

Se você não puder ser uma estrada, seja apenas uma senda .
Se não puder ser um Sol , seja uma Estrela;
Não é pelo tamanho que terá êxito ou fracasso,
Mas seio o Melhor no que quer que Você seio.

iii
AGRADECIMENTOS

Para elaborar este livro, tive a felicidade (e a sorte) de obter o apoio


e a ajuda de alguns Irmãos. Quero começar agradecendo:

Ao R.W.B. Peter Bodman-Morris, Grão-Mestre da Grande Loja Distrital


da América do Sul- Divisão Norte, pela designação de um maçam inglês,
que atuou como consultor para os esclarecimentos indispensáveis das
práticas do Ritual Emulação.

Agradecimento especial ao Irmão Sadi MartinezAionso, PAGDC pelo


exaustivo trabalho na revisão das traduções dos rituais .

Aos Irmãos Frederick Robert (Bob) Towersey, PJGD, PDSWG e Jack


Thomas Sydenstricker, PAGDC; pela inestimável ajuda e esclarecimentos
de minhas dúvidas, que foram muitas; James Martin Hall, PAGDC, PADGM
e Plínio Virgílio Genz, PAGDC, PADGM, pelas importantes contribuições
em dois capítulos, ilustrando sobremaneira o conteúdo desta obra.

Ao engenheiro Rogério Oliynik, meu filho, pela confecção das figuras


que ilustram os procedimentos ritualísticos .

lN MEMOR/AN
Ao Soberano Irmão Francisco Murilo Pinto (1929-2001 ), eterno Grão-
Mestre do Grande Oriente do Brasil, pela confiança depositada,
outorgando-me a Grande Secretaria-Geral de Orientação Ritualística
Adjunta para o Rito de York, por dois mandatos, propiciando-me a
oportunidade para maior aprofundamento dos conhecimentos relativos a
este fantástico rito .

v
APRESENTAÇÃO

D esde 1992, quando comecei a tomar cantata mais intenso com


as abordagens do Ritual Emulação (Rito de York), tenho
observado os fragmentos inseridos nos livros maçónicos brasileiros sobre o
assunto, e tenho me deparado com alguns textos muito bons, se bem que
em pequena quantidade . Entretanto, por serem fragmentos, eram sintéticos
demais tanto para um estudo mais aprofundado quanto para a aplicação
prática dos procedimentos ritualísticos .
Emulação: História, Ritua/ística e Rituais é um livro com a pretensão
de preencher esta lacuna na literatura maçónica brasileira apresentando
uma abordagem adequada tanto para o estudo quanto para a aplicação
prática do Ritual Emulação . Escrito em linguagem simples e numa seqüência
lógica, leva o leitor ao aprendizado paulatino e contínuo, desde a história
do surgimento do ritual até os procedimentos ritualísticos .
O livro está dividido em duas partes, com um total de quinze capítulos
e doze apêndices, que apresentam os fundamentos e a prática do Ritual
Emulação na forma aplicada pela Grande Loja Unida da Inglaterra .
A obra pode ser classificada como um Manual que descreve em
detalhes e ilustra os principais procedimentos relativos a ritualística do Ritual
Emulação, tal como praticado pelos maçons britânicos sob a jurisdição da
Grande Loja Unida de Inglaterra .
O Capítulo 1 enfoca os aspectos históricos, filosóficos e
organizacionais da Grande Loja Un ida da Inglaterra e apresenta o rol de
Grão-Mestres, desde 1 71 7 até os dias atuais.
No Capítulo 2, James Martin Hall PAGDC, PADGM discorre de com
precisão a organização da Grande Loja Unida da Inglaterra em suas
Províncias e Distritos. São apresentados, também, as Províncias e os Distritos
ingleses nos cinco continentes .
O Capítulo 3, descrito por Plínio V Genz PAGDC, PADGM retrata a
trajetória da maçonaria inglesa no Brasil e apresenta como a maçonaria
inglesa está estruturada na prática dos graus simbólicos e "adicionais",
trazendo a lume importantes informações .
O Capítulo 4, esclarece sem sofismas, o surgimento do Ritual
Emulação na maçonaria britânica .
O Capítulo 5, orienta os procedimentos dos oficiais no desempenho
de suas funções, desde o Mestre da Loja até o Guardião .

vi i
O Capítulo 6, sugere um roteiro completo para os Trabalhos
Emulação. Indicado para aqueles que não possuem as informações
necessárias para orientar os trabalhos em Loja, que não são descritas no
ritual inglês.
Os Capítulos 7, 8 e 9 tratam da ritualística no Primeiro, Segundo e
Terceiro Grau, respectivamente. Mostra através de dezenas de figuras
ilustrativas, as perambulações levadas a efeito nas cerimônias dos três graus.
O Capítulo lO, discorre sobre a Cerimônia de Instalação do Mestre
da Loja.
O Capítulo ll, apresenta a forma correta de executar as Procissões
para entrada em Loja e o 12 a forma como são realizadas as votações
secretas para Iniciação, Filiação e Eleição em Loja.
O Capítulo 13, apresenta os principais argumentos do autor para a
utilização da denominação "Mestre da Loja" para indicar o cargo do
principal dirigente de uma Loja Simbólica, ao invés de "Venerável Mestre",
procurando preservar as antigas tradições da maçonaria e na defesa do
uso correto do nosso vernáculo.
O Capítulo 14, apresenta as jóias, colares e aventais usados numa
Loja que trabalha sob a orientação do Ritual Emulação.
O Capítulo 15, retrata as principais revelações sobre as cerimônias
dos três graus simbólicos, publicadas em Londres por Samuel Pricl-.ard com
o título "Maçonaria Dissecada", em 1730.
A obra contém, ainda, doze apêndices de Rituais e Preleções
Maçónicas nos três graus, além das Cerimônias de Instalação do Mestre
Eleito e Consagração do Templo Maçónico, as Constituições dos Franco-
Maçons e os Regulamentos da Grande Loja Unida da Inglaterra para as
Lojas Simbólicas. A descrição do perfil de James Anderson, descrita pelo
brilhante escritor britânico, Lionel Vibert, Mestre Passado da Loja Quatuor
Coronati, são um desafio para os escritores e pesquisadores maçónicos de
como classificar aquele que é tido entre nós como o idealizador da primeira
Constituição maçónica do período moderno. Finaliza os apêndices, a
Cerimônia de Filiação numa Loja de Emulação.

Curitiba, outono de 2004

O Autor.

v iii
PREFÁCIO

C onvidou-me o autor- movido pela fraternidade que nos une-


a apresentar este magnífico trabalho. Alguém poderá dizer,
desde logo (e não sem razão), que o escritor é personalidade deveras
conhecida; quanto ao escrito, bastaria simples vista d'olhos ao índice para,
de plano, verificar-se que é obra de tomo, abrangente, completa, útil e
valiosa, dessas que já nascem clássicas.
Peço vênia, entretanto, para avançar algumas considerações, de
cunho pessoal, em reforço às constatações iniciais.
Fui iniciado na Maçonaria, em Loja do Rito Escocês Antigo e Aceito,
há mais de três décadas. No ano de 1997, quando retornei a Curitiba,
mantive contato pela vez primeiro com o Rito de York, ao visitar a Loja "Os
Templários", pertencente ao Grande Oriente do Brasil-Paraná.
Posteriormente, filiei-me à Oficina, da qual, com muita honro, vim a ser
Mestre da Loja (gestão 2003-2004) .
Todas as características do Rito de York foram-nos apresentados por
um Irmão sábio e experiente, cuja vasta cultura se espraio pelos mais
diferentes domínios. Estudioso, destacado pesquisador maçônico, dentre
os maiores da atualidade- e a grande referência nacional, em se tratando
do Emulation Ritual: ANATOU OLIYNIK.
As peculiaridades do Rito de York distinguem-no marcadamente do
Escocês. A decoração do Templo é bastante singela e despojada. Nas
sessões, inexiste qualquer tipo de discussão ou contraposição de idéias.
Os assuntos polêmicos são decididos em sessões administrativas, sem
conotação ritualística - e as decisões apenas homologadas, em sessão
regular de Loja. Adota-se uma linha sucessória, que principia pelo Guarda
Interno e, ano após ano, passa pelo 2. 0 e 1. 0 Diáconos, 2. 0 e 1. 0 Vigilantes,
até chegar ao Mestre da Loja- circunstância que dispensa a apresentação
de candidatos e elimina os naturais desgastes de uma disputa eleitoral.
Além disso, quem integra a linha participa ativamente de várias gestões,
de modo a adquirir a experiência imprescindível ao futuro detentor do
Primeiro Malhete. Há um comitê de assuntos gerais, integrado pelo Mestre
e "Past-Masters", que atua como autêntico órgão consultivo e se reúne
sempre que necessário . Os trabalhos se desenvolvem com rapidez e
objetividade.
Cresce, com rapidez, o número de Lojas que adotam o Rito de York.

ix
Por isso, este livro assume enorme importância no contexto da Maçonaria
Brasileira, absolutamente carente de bibliografia sobre o tema. Mesmo na
Inglaterra, onde a transmissão do Emulation Ritual se faz
preponderantemente de modo oral, é reduzido o número de obras sobre o
assunto.
Anatoli, após escrever o primeiro livro, no Brasil, sobre o Rito de
York, apresenta-nos agora este verdadeiro Tratado, em que exaure o tema.
Anatoli é incansável em seu labor intelectual. Busca diversas fontes,
seleciona-as criteriosamente, adiciona a experiência e o conhecimento
hauridos nesse longo período de convivência com o Rito objeto de estudo.
É rigoroso e intransigente. Não faz afirmações desprovidas de embasamento
científico. Busca com denodo a verdade histórica.
Cuida-se de obra completa, fonte de consulta obrigatória - e que
dirime quaisquer indagações de tantos quantos pretenderem aprofundar-
se no estudo do mencionado Rito. Contém os rituais dos três graus e das
diversas cerimônias; subsídios teóricos pertinentes aos trabalhos de
emulação; anotações sobre a história da Maçonaria Inglesa; as preleções
relativas aos grous - e todas as informações necessárias para a correta
adoção do Rito de York.
O autor, dono de rica biografia maçónica e não-maçónica, é desses
Irmãos cujo entusiasmo jamais arrefece e a todos contagia. Nunca perde
a motivação. Freqüentador assíduo da Loja "Os Templários" - da qual é
fundador e "Past-Master" - está sempre pronto a dissertar sobre os mais
diferentes temas maçónicos. E, nessa cruzada para difundir o Rito de York,
tem percorrido o País, de ponta a ponta.
Facilmente perceptível, pois, o quanto esta obra representa para as
letras maçónicas nacionais. Recomendá-la aos estudiosos da Maçonaria,
por conseguinte, é tarefa da qual nos desincumbimos com extrema
satisfação.
Mais uma vez, com um livro inigualável, Anatoli contribui,
decisivamente, para a consolidação do Rito de York no Brasil.

Curitiba, julho de 2004.

Miguel Kfouri Neto


Past-Master da Loja "Os Templários"- n. 0 2.819
Ex-Venerável-Mestre da Loja "Justiça", de Maringá
Membro da Academia Paranaense de Letras Jurídicas e da Academia de Cultura
de Curitiba.

X
SUMÁRIO

CAPfTULO 1
Grande Loja Unida da Inglaterra ......... ........ .................... .. ... .. ........... 1
CAPfTULO 2
Organização da Grande Loja Inglesa ......................... .. .................... 19
CAP[TULO 3
A Maçonaria Inglesa no Brasil .... ....... ........ ....................................... 33
CAP[TULO 4
Ritual Emulação ........................ ........ .............................................. 43
CAP[TULO 5
Cargos e Funções em Loja ............................................................... 49
CAPfTULO 6
Roteiro para os "Trabalhos Emulação" ... ........ ... ........ ............... ......... 63
CAP[TULO 7
Ritualística no Primeiro Grau .......... ................. ........ .. .... ... ... ...... .... .. . 79
CAPfTULO 8
Ritualística no Segundo Grau ........................................................ 113
CAP[TULO 9
Ritualística no Terceiro Grau ....... .................................... .. ............. 137
CAP[TULO 1o
Cerimônia de Instalação ... ... .................................. ... ... ...... ...... ..... 155
CAP[TULO 11
Procissões . . .. . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . .. . . . . . . . . . 1 65
CAPfTULO 12
Votações Secretas ......................................................................... 1 73
CAPfTULO 13
Mestre da Loja ou Venerável Mestre ....... ... ..... .......... ............. ......... 1 77
CAPfTULO 14
Jóias, Colares e Aventais ........................ .. ......................... ......... .. . 183
CAPfTULO 15
As Revelações de 1 730 .......................................................... ..... .. 201
APÊNDICE I
Ritual Emulação- 1° Grau- Aprendiz .................................. ......... 213
APÊNDICE 11
Ritual Emulação- 2° Grau- Companheiro .............. ..... ................ 269

xi
APÊNDICE III
Ritual Emulação - 3° Grau -Mestre ........ ... ................. .. ................ 305
APÊNDICE IV
Cerimônia de Instalação ... .. ..... .. .... .. ........ ..... ... ..... ...... ............... ... 343
APÊNDICE v
Preleções - 1° Grau ........ ... .... .. ...... ..... ...... ....... .... .......... ............... 373
APÊNDICE VI
Pre leções - 2° Grau .. .. ...... ....... ..... ..... ..... ..... ....... .......... ...... .......... 421
APÊNDICE VIl
Preleções - 3° Grau ............ ........ .......... .... ................... ....... ...... .... 449
APÊNDICE VIII
Cerimônia de Consagração de um Templo Maçônico .. .... .. .. ..... ...... 467
APÊNDICE IX
As Constituições dos Franco-Maçon s - 1723 ........ .... .... .................. 477
APÊNDICE X
James Anderson ..... .... ................... ..... ..................... ..... ................ 523
APÊNDICE XI
Constituições da Grande Loja Unida da Inglaterra para Lojas
Particulares .............. .... ................. .......... ... ....... ... ... .. ..... ..... ... ... .... 539
APÊNDICE XII
Cerimô nia de Filiação ....... .. ........ ........... .. ... ... ........... ... ... ...... ... .. ... 581
BIBLIOGRAFIA ............ ... . .... . .. .... ........ .. . ........•................. .. . .. ... ......• .... 585
BIOGRAFIA DO AUTOR ······················ ····································· ········ ····· 587

xii
Capítulo l

GRANDE LOJA UNIDA DA INGLATERRA

N
o século XVII, na Inglaterra, já existiam muitas Lojas simbólicas .
Eram autogovernadas e não havia nenhuma autoridade para
supervisioná-las. No ano de 1717, quatro dessas Lojas que não tinham nome,
mas foram identificadas pelos nomes das tavernas onde se congregavam,
fizeram uma reunião para unir-se como núcleo de união e harmonia, sob a
supervisão de um Grão-Mestre.

As quatro Lojas envolvidas foram:

1. A cervejaria "O Ganso e a Grelha" do períbolo da Catedral de São


Paulo.
2. A cervejaria "A Coroa" do Beco de Parker.
3. A taverna "A Macieira" da Rua Carlos.
4. A taverna "A Taça e as Uvas" de Channel Row, Westminster.
No dia 24 de junho de 1717, dia de São João, se reuniram na taverna
"O Ganso e a Grelha " e fundaram uma Grande Loja, elegendo Sir Anthony
Sayer (1672-1742) , Cavalheiro e o mais antigo Mestre de Loja 1 presente,
como o primeiro Grão-Mestre.
O objetivo para fundação dessa Grande Loja, segundo a opinião de
pesquisadores ingleses, não era a criação de uma entidade hierárquica que
viesse a controlar as atuais e futuras Lojas. A criação da Grande Loja tinha
por escopo organiza r o festival e o banquete anual. Esta teoria é sustentada
pelo fato que durante os primeiros anos, a Grande Loja não manteve Atas
ou outros registras sobre o que ocorria nessas reuniões. As primeiras Atas
só vieram a ser escritas em 1723, por ocasião da primeira edição do Livro
das Constituições elaborado por James Andersen , um capelão escocês .

1
Mestre de Loja na época corresponde, atualmente, ao vocativo Veneráve l Mestre.
Anato/i 0/iynik

Transcorridos os primeiros seis anos, a Grande Loja teve consciência


de seus poderes e começou a assumir o papel de "organização controladora",
pelo menos para as Lojas de Londres. Mais tarde desenvolveu tal estrutura
que a tran~formou em Loja Mãe do mundo.

Das quatro Lojas que deram origem a "Premier Grand Lodge", três
ainda existem. São elas:

1. A Loja da taberna "O Ganso e a Grelha", é hoje a Loja Antiquity


n° 2.
2. A Loja da taberna "A Macieira", é hoje a Loja de Fortitude e 0/d
Cumberland n° 12 .
3. A Loja da Taberna "A Taça e as Uvas" é hoje a Loja Royal Somerset
House e Inverness n° 4.

Estas três Lojas são consideradas pela Grande Loja Unida da Inglaterra,
como Lojas de "Tempo Imemorial" e são as únicas Lojas na Constituição
Maçônica Inglesa que não possuem Cartas Patentes. Maiores detalhes sobre
essas quatro Lojas podem ser encontrados em: Oliynik, Anatoli. O Rito de
York (Emulation Rite). Curitiba: Ed. Vicentina, 1997, pp. 72-82.

Como o Franco-maçonaria começou


Nas cerimônias é dito aos Franco-maçons que a Franco-maçonaria
já existia quando o Rei Salomão construiu o Templo em Jerusalém e
que os pedreiros que construíram o Templo estavam organizados
em Lojas.

Também é dito que o Rei Salomão, Rei Hiram de Tiro e Hiram Abif
regiam aquelas Lojas como Grãos-Mestres iguais. Porém, é preciso esclarecer
que as cerimônias são construídas de alegorias e simbolismos e as histórias
que elas tecem em torno do edifício do Templo, obviamente não são literais
ou fatos históricos, mas um meio simbólico de explicar os princípios da
Franco-maçonaria. A Franco-maçonaria não se originou e nem existiu no
tempo de Salomão.

Muitos historiadores, Maçons e não Maçons, bem intencionados, mas


desavisados, tentaram provar que a Franco-maçonaria tinha uma
descendência linear ou que era uma versão moderna dos mistérios da Grécia
clássica e de Roma ou que derivou da religião dos construtores de pirâmides
egípcios. Outras teorias consideram que a Franco-maçonaria originou-se de
associações de pedreiros viajantes que agiam sob a autoridade Papal. Outros,
ainda, estão convencidos que a Franco-maçonaria evoluiu de um grupo de

2
Grande Loja Unida da Inglaterra

Cavaleiros Templários que fugiu para a Escócia depois que a ordem foi
perseguida na Europa.

Alguns historiadores até mesmo afirmam que a Franco-maçonaria


deriva, de algum modo, da sombria e misteriosa Fraternidade Rosa-cruz
que pode ou não ter existido na Europa no início do século dezessete. Todas
estas teorias foram estudadas, vez por outra, mas nenhuma evidência
concreta jamais foi encontrada que dê credibilidade a qualquer delas.

A resposta honesta às perguntas de quando, onde, como e por que a


Franco-maçonaria se originou, nós simplesmente não sabemos com certeza
absoluta. As primeiras evidências da Franco-maçonaria são muito escassas,
e ainda não foi descoberto o suficiente - se é que realmente existe - para
provar qualquer teoria. O acordo geral entre os historiadores maçônicos e
pesquisadores sérios, é que a Franco-maçonaria emergiu, direta ou
indiretamente, dos pedreiros medievais (ou maçons operativos) que
construíram grandes catedrais e castelos.

Aqueles que são a favor da descendência di reta da maçonaria operativa


dizem que havia três estágios na evolução da Franco-maçonaria. Os pedreiros
se reuniam em cabanas (Lojas) para descansar e comer. Estas Lojas se
tornaram, gradualmente, um agrupamento de pedreiros para regulamentar
sua arte. Com o tempo, e do mesmo modo que em outros ofícios, eles
desenvolveram cerimônias primitivas de iniciação para novos aprendizes.

Como os pedreiros podiam viajar facilmente por todo o país de uma


construção para outra, e como também não havia carteirinhas de sindicato
ou certificados de aprendizado, eles começaram a adotar uma palavra
privativa que um pedreiro viajante poderia usar quando chegasse a um
novo local, para provar que ele tinha sido treinado corretamente e que era
membro de uma Loja. Afinal de contas, era mais fácil comunicar uma palavra
especial para provar que ele conhecia o que estava fazendo e estava habilitado
aos salários merecidos, do que gastar horas esculpindo um bloco de pedra
para demonstrar suas habilidades.

No início do século dezessete, estas Lojas operativas começaram a


admitir homens que não tinham nenhuma ligação com o oficio - aceitos ou
"cavalheiros" Maçons. Por que isto foi feito e que forma de cerimônia foi
usada, não é conhecido. Quando o século 17 tendia para o fim, cada vez
mais os "cavalheiros" começaram se filiar às Lojas, gradualmente as
assumindo e as transformando em Lojas de Maçons Livres e Aceitos ou
especulativos, não mais tendo qualquer conexão com a arte dos pedreiros.

3
Anato/i 0/iynik

O único problema com esta teoria é que ela é baseada apenas na


evidência da Escócia. Há ampla evidência de Lojas operativas escocesas,
unidades geograficamente definidas com o apoio de estatuto legal para
controlar o que era denominado "o oficio de pedreiro". Também há muitas
evidências de que estas Lojas começaram a admitir cavalheiros como Maçons
Aceitos, mas nenhuma evidência, até então, de que estes membros aceitos
fossem algo além de Maçons honorários, ou de que eles alteraram a natureza
das Lojas operativas de alguma forma. Nenhuma evidência veio à luz, após
mais de cem anos de pesquisa nos arquivos de construções, por um
desenvolvimento semelhante na Inglaterra. Registras de edifícios medievais
têm referências a Lojas de maçons, mas após 1400, além dos grêmios de
pedreiros em algumas cidades, não há qualquer evidência sobre Lojas
Operativas.

Todavia, foi na Inglaterra que a primeira evidência de uma Loja


completamente constituída de Maçons não-operativos foi encontrada. Elias
Ashmole, o Antiquário e Fundador do Museu Ashmolean em Oxford, registrou
em seu diário, em 1646, que ele foi feito um Maçom Livre em uma Loja
estabelecida para aquele propósito na casa de seu sogro em Warrington. Ele
registra quem estava presente, todos quantos foram pesquisados, e não se
encontrou qualquer conexão com a maçonaria operativa. Evidência inglesa
ao longo do século 17 indica que a Franco-maçonaria existia independente
de qualquer organização real ou suposta de pedreiros operativos.
Esta total falta de evidências da existência de Lojas operativas, mas
evidência de Maçons "aceitos", levou à teoria de um vínculo indireto entre a
maçonaria operativa dos pedreiros e a Franco-maçonaria. Aqueles que apóiam
o vínculo indireto argumentam que a Franco-maçonaria foi trazida à existência
por um grupo de homens no final do século 16, ou início do século 17. Este
foi um período de grande tumulto religioso e político, e de intolerância.
Homens não eram capazes de se reunir sem diferenças de opinião política e
religiosa, o que conduzia a discussões. Famílias eram divididas por pontos
de vista opostos e a guerra civil inglesa de 1642-1646 foi o resultado final.
Aqueles que apóiam o vínculo indireto acreditam que os originadores da
Franco-maçonaria eram homens que desejaram promover a tolerância e
construir um mundo melhor, no qual os homens de diferentes opiniões
pudessem coexistir pacificamente e trabalhar juntos para a melhoria da
humanidade. No costume do seu tempo eles usaram alegorias e simbolismos
para transmitir suas idéias.

Como sua idéia central era a de construir uma sociedade melhor eles
tomaram emprestado suas formas e símbolos da arte dos construtores
operativos, e tomaram sua alegoria central da Bíblia, o livro que era a fonte

4
Grande Loja Unida da Inglaterra

comum e conhecida de todos, no qual o único edifício descrito em todos os


detalhes é o Templo do Rei Salomão. As ferramentas de pedreiros também
lhes proporcionaram uma multiplicidade de emblemas para ilustrar os
princípios que eles estavam transmitindo.
Uma teoria mais nova coloca a origem da Franco-maçonaria dentro de
uma estrutura de caridade. No século 17 não havia nenhum bem-estar estatal,
qualquer um que ficasse doente ou inválido teria que depender dos amigos
e da Lei do Pobre para apoio. No século 17 muitos ofícios tiveram o que ficou
conhecido como Clubes de Caixa. Estes, cresceram dos encontros festivos
dos membros de um ofício em particular e durante as reuniões nas quais
todos os presentes depositavam dinheiro em uma caixa comunal, e sabendo
que se eles caíssem em tempos difíceis poderiam solicitar alívio da caixa. De
evidência sobrevivente, é sabido que estes clubes de caixa começaram a
admitir membros não pertencentes ao seu ofício e que tinham muitas das
características das primeiras Lojas maçônicas. Eles se reuniam em tabernas,
tinham cerimônias simples de iniciação e palavras de passe e praticavam a
caridade em escala local. Talvez a franco-maçonaria tivesse suas origens
apenas como um clube de caixa de pedreiros operativos.
Embora ainda não seja possível dizer quando, por que ou onde a
Franco-maçonaria se originou, é sabido que a Franco-maçonaria "organizada"
começou em 24 de junho 1717, conforme descrito na introdução deste
capítulo.
Durante os primeiros anos a Grande Loja era simplesmente um
banquete anual no qual o Grão-Mestre e os Vigilantes eram eleitos, mas em
1721 outras reuniões começaram a ser feitas e a Grande Loja começou a ser
um corpo regulador. Por volta de 1730 tinha mais de cem Lojas sob seu
controle (incluindo uma na Espanha e uma na Índia), tinha publicado um
Livro de Constituições, começou a operar um fundo central de caridade, e
tinha atraído um amplo espectro da sociedade para suas Lojas.
Em 1751, surgiu uma Grande Loja rival, constituída de Franco-maçons
de origem principalmente irlandesa que tinham sido incapacitados para se
filiar a Lojas em Londres. Seus fundadores afirmavam que a Grande Loja
original tinha se originado dos costumes estabelecidos da Arte e que eles
pretendiam praticar Franco-maçonaria de acordo com as Velhas Instituições.
Confusamente eles se autodenominaram de a Grande Loja dos Antigos e
dublaram sua rival mais antiga, de "Modernos". As duas rivais conviveram,
lado a lado, durante 63 anos, tanto na Inglaterra como em outros países,
cada uma delas não reconhecendo a outra como regular, nem os membros
da outra, como Franco-maçons regulares. As tentativas de união das duas

5
Anato/i 0/iynik

Grandes Lojas rivais começou no final dos anos 1790, mas somente em
1809 que as comissões de negociação foram estabelecidas. Essas comissões
avançaram lentamente até que, em 1813, sua Alteza Real Augustus Frederick,
Duque de Sussex, se tornou o Grão-Mestre da Primeira Grande Loja e seu
irmão, sua Alteza Real Edward, Duque de Kent, se tornou o Grão-Mestre da
Grande Loja dos Antigos, que passos sérios foram dados.

Em pouco mais de seis semanas os dois irmãos tinham formulado e


conseguido o acordo sobre os Artigos de União entre as duas Grandes Lojas
e organizaram a grande cerimônia pela qual a Grande Loja Unida da Inglaterra
passou a existir em 27 de dezembro de 1813 .

A formação da primeira Grande Loja em 1717 foi seguida, por volta de


1725, pela formação da Grande Loja da Irlanda e, em 1736, da Grande Loja
da Escócia. Estas três Grandes Lojas, junto com a Grande Loja dos Antigos,
fizeram muito para espalhar a Franco-maçonaria pelo mundo, na extensão
que todas as Grandes Lojas regulares do mundo, qualquer que fossem os
meios imediatos da sua formação, em última análise possuem suas origens
em uma, ou na combinação, das Grandes Lojas nas Ilhas britânicas.

O que é a Franco-maçonaria
A Franco-maçonaria é uma das sociedades fraternais mais antigas
do mundo. As lições que a Franco-maçonaria ensina em suas
cerimônias, tem a ver com valores morais (dirigindo as relações entre
pessoas) e seu reconhecimento que tudo depende da providência
Divina, sem jamais cruzar os limites da religião. Os Franco-maçons
·acreditam que estas lições se aplicam tão bem hoje como o fizeram
quando tomaram sua forma moderna na virada do século 17.

Apesar do que muitas pessoas afirmam, a Franco-maçonaria não é de


modo algum uma sociedade secreta . Os ditos segredos da Franco-maçonaria
são somente usados como um modo cerimonial para demonstrar que se é
um Franco-maçom quando em reuniões da Loja. De qualquer modo, eles
têm sido expostos pela mídia por quase tanto tempo quanto a Franco-
maçonaria tem existido e não são informações importantes de qualquer
maneira. O objetivo real de um Franco-maçom prometer não os revelar é
basicamente um modo dramático de prometer manter suas promessas em
geral.

Outras razões por que a Franco-maçonaria não pode ser chamada


uma sociedade secreta são que os Franco-maçons não prometem manter
sua filiação em segredo (eles podem contar para quem desejarem), onde e

6
Grande Loja Unida da Inglaterra

quando os Franco-maçons se reúnem são assuntos de domínio público


(endereços de Lojas maçônicas são encontrados nas listas telefônicas), e os
seus regulamentos, o Livro de Constituições, estão registrados nos Cartórios
e disponíveis a qualquer pessoa.
É irônico porque os Franco-maçons costumavam ser reticentes sobre
a sua filiação (porque eles eram e ainda são ensinados a nunca usá-la para
alcançar seus próprios interesses), os críticos compreenderam isto de modo
oposto e pensam que há algo secreto e sórdido em andamento. Nada poderia
estar mais distante da verdade.
As cerimônias maçônicas são peças de moralidade secular, as quais
são aprendidas de memória pelos membros da Loja para o benefício da
pessoa que está se tornando um Franco-maçom ou que deseja conhecer a
Franco-maçonaria mais a fundo. Cada cerimônia tem uma mensagem para
o candidato. Uma razão adicional por que Franco-maçons não divulgam seus
conteúdos é simplesmente porque isto os deterioraria para o candidato -
exatamente da mesma maneira que você não contaria para alguém o fim de
um livro ou de um filme.
Sob a Constituição inglesa, a Franco-maçonaria básica é dividida em
duas partes, chamadas a Arte [Craft] e o Arco Real. Para os Franco-maçons
que realmente querem explorar o assunto mais profundamente, há uma
quantidade de outras cerimônias que, por razões históricas, não são
exercitadas pela Grande Loja Unida da Inglaterra. Estas cerimônias são
praticadas pelas ditas Ordens de Cavalaria.
Todos os Franco-maçons ingleses passam por três cerimônias da Arte
(ou básico) a menos que eles abandonem a Franco-maçonaria muito cedo . .
Estas três cerimônias (ou graus como nós os chamamos) visam as relações
entre as pessoas, a igualdade natural do homem e sua dependência dos
outros, a importância da educação e as recompensas do trabalho, a fidelidade
a uma promessa, a contemplação da morte inevitável, e o dever do indivíduo
para os outros. Uma quarta cerimônia -o Arco Real- enfatiza a dependência
do homem com Deus.
Embora seja exigido que todos os Franco-maçons professem e creiam
em um Ser Supremo e suas cerimônias incluam orações, a Franco-maçonaria
não é de modo algum um substituto para a religião. Ela não tem, nem pode
ter, nenhuma doutrina teológica, não oferece nenhum sacramento, e não
reivindica conduzir à salvação. Por ter orações em suas reuniões, a Franco-
maçonaria não está em competição com a religião, ela faz as orações do
mesmo modo que você as faz durante uma refeição na qual agradece pela
dádiva e pede graças.

7
Anato/i 0/iynik

Além disso, aos Franco-maçons não é permitido discutir religião nas


reuniões. A Franco-maçonaria inglesa também é estritamente não política
e a discussão de política nas reuniões maçônicas é expressamente
proibida. Estas regras vão ao encontro das aspirações da Franco-
maçonaria em incentivar os seus membros a descobrir o que pessoas com
as mais diferentes experiências têm em comum. Como é demasiadamente
bem sabido, debater sobre religião e política, quando se permitiu evoluir,
tem muito freqüentemente conduzido à revolta, à discriminação, à
perseguição e à guerra.

Um Franco-maçom é incentivado assim, basicamente, a cumprir seu


dever, primeiro com seu Deus (por qualquer nome que ele seja conhecido),
por meio de sua fé e por sua prática religiosa, e então, sem detrimento para
sua família e para aqueles que são seus dependentes, para com seus vizinhos
através da caridade e da prestação de serviços.

Nenhuma destas idéias é exclusiva da Franco-maçonaria, mas todas


deveriam ser universalmente aceitas e se espera que os Franco-maçons as
sigam.

As cerimônias
As cerimônias maçônicas são um meio para um fim. Na Franco-
maçonaria a cerimônia (ou ritual, como é freqüentemente conhecido)
é o meio pelo qual os princípios da Franco-maçonaria são passados
para o candidato na forma de um drama. Embora sejam usadas
orações em certos pontos, o ritual não é, em hipótese alguma, uma
cerimônia religiosa. Ele é meramente um conjunto formalizado de
dramas, utilizados para introduzir novos membros na Franco-
maçonaria, e explicar a eles no que eles estão se congregando e o
que será esperado deles.
Os Franco-maçons mantiveram tradicionalmente as cerimônias para
si por uma razão muito simples. Se alguém desejando se tornar um Franco-
maçam soubesse como eram as estórias, isto prejudicaria o efeito, do mesmo
modo que prejudica o prazer quando se conta o fim de um livro ou de um
filme. Os Franco-maçons não fazem qualquer juramento terrível para não
revelar nada que eles fazem em reuniões da Loja.

Então por que usar um ritual? Há duas razões: Primeiro, usando


cerimônias formalizadas todos entram na Franco-maçonaria em base igual e
comungam da mesma experiência, qualquer que possa ser sua posição ou
status fora da Arte. Segundo, continuando a usar cerimônias que incorporam

8
Grande Loja Unida da Inglaterra

drama, alegoria e simbolismo, os princípios da Franco-maçonaria são


fortemente gravados na mente do candidato.

As origens do ritual, como as origens da própria Franco-maçonaria,


ainda não foram descobertas. Embora elas tivessem uma 'palavra maçônica'
não temos idéia de que cerimônias eram usadas em Lojas operativas
escocesas. A primeira evidência de que temos vem de duas fontes: um
conjunto de mais de cem versões de um documento agora conhecido como
os "Antigos Juramentos" e a "História Natural de Staffordshire" do Dr. Robert
Plot.
Embora as versões dos Antigos Juramentos difiram nos detalhes, eles
mantêm um padrão. Esta é, em grande parte, uma história lendária da Arte
Maçônica seguida por um conjunto de regras (ou obrigações) pelas quais eles
deveriam se conduzir, tanto no trabalho como na vida em geral. As várias
versões que datam da segunda metade do século dezessete fazem uma
insinuação da prática ritualistica . Um juramento era feito, sobre a Bíblia, no
sentido de preservar os mistérios da Arte; a palavra maçônica e o sinal eram
comunicados; as obrigações eram lidas, informando ao novo maçom do seu
dever para com Deus, para com seu mestre e para com seus semelhantes,
e a história lendária era lida. O Dr. Plot adiciona, um ou dois detalhes
secundários, inclusive o uso de aventais e a apresentação ao candidato de
dois conjuntos de luvas brancas, um para ele e outro para sua esposa.
Não foi antes de 1690 que nós obtivemos uma evidência de conteúdo
do ritual com o manuscrito do Cartório de Edinburgh - um conjunto de
perguntas e respostas que descreviam uma cerimônia simples e os sinais.
De 1690 a 1729 sobreviveram vários manuscritos e impressos de perguntas
e respostas, em diferentes estados de perfeição. Estes mostram um sistema
simples de dois graus (Aprendiz e Companheiro), o juramento sobre a Bíblia
(às vezes incluindo uma penalidade física), a comunicação de sinais e palavras
para cada grau e um simbolismo muito simples com base nas ferramentas
dos pedreiros.
A primeira referência de um terceiro grau, surge em 1725, mas não
se tinha nenhuma idéia de seu conteúdo até 1730. Neste ano, Samuel Prichard
publicou sua apresentação "Maçonaria Dissecada ".
Esta, mostra um sistema de três graus separados - Aprendiz,
Companheiro e Mestre Maçom - cada qual com seus próprios sinais e palavras
mas com apenas um juramento no primeiro grau. As cerimônias eram
divididas em duas partes: a primeira, para comunicação do sinal e a segunda,
para comunicação da palavra. Em cada caso, seguido por um pequeno
conjunto de perguntas e respostas nas quais são explicados: a cerimônia e

9
Anato/i 0/iynik

o propósito do grau, e novamente usando um simbolismo simples baseado


nas ferramentas dos pedreiros.

Dos idos de 1770 em diante, as instruções baseadas em perguntas e


respostas começaram a ser ampliadas, incorporando explicações do
simbolismo e do modo como o candidato era preparado para cada grau. Elas
também incluíam ferramentas de pedreiros adicionais, para ilustrar as virtudes
que deveriam ser praticadas pelos Franco-maçons e explicações do
simbolismo, da mobília, da Loja e das insígnias usadas pelos membros.
Durante a coexistência das Grandes Lojas rivais na Inglaterra, haviam
diferenças no modo de executar as cerimônias nas Lojas. Quando as duas
Grandes Lojas se uniram em 1813, uma Loja de Reconciliação foi estabelecida
para produzir um ritual padrão a ser usado por todas as Lojas. A Loja de
Reconciliação, passou dois anos deliberando e em 1816 as suas
recomendações foram aceitas pela Grande Loja e foi determinada sua adoção
por todas as Lojas. Em essência a Loja de Reconciliação ampliou as cerimônias
simples do século 18 incorporando material das instruções, que gradualmente
caíram em desuso, exceto na "Emulation Lodge of Improvement" [Loja
Emulação de Aperfeiçoamento].

Como a Grande Loja recusou-se a permitir a impressão do novo ritual


ou sua circulação em manuscrito, determinando ao invés que ele fosse
demonstrado e transmitido de boca a ouvido, a aspiração de produzir um
trabalho padronizado a ser executado em todas as Lojas nunca foi de fato
alcançado. Os métodos de promulgação do novo sistema junto com uma
recusa para abandonar as diferenças locais idiossincráticas conduziram a
uma grande variedade de trabalhos praticados nas Lojas inglesas. A estrutura
básica das cerimônias é a mesma, mas há diferenças de palavreado e da
maneira de executar as cerimônias e, em alguns trabalhos, há juramentos e
instruções adicionais ou ampliadas.

O ritual para cada um dos três graus da Arte, hoje, se divide em duas
partes. A primeira, é uma peça bastante dramática na qual o candidato é
introduzido, demonstra suas qualificações para o grau, faz o seu juramento
e recebe a comunicação e a explicação dos sinais e das palavras . A segunda
parte de cada cerimônia, é uma obrigação ou uma instrução formal na qual
o propósito do grau e os deveres de um Franco-maçom são explicados. A
Obrigação é possivelmente para o Iniciado uma das explicações mais sucintas
no idioma inglês de como viver uma vida boa e útil.

O ritual, nos quase trezentos anos de sua existência, evoluiu. Uma


comparação dos primeiros conjuntos simples de perguntas e respostas com
as cerimônias de hoje, mostra o quão extensivo foi a evolução.

10
Grande Loja Unida da Inglaterra

Algumas vezes as mudanças foram imperceptíveis, enquanto que em


outras elas foram amplamente divulgadas. Embora mudanças tenham
ocorrido, elas não alteraram a natureza básica da Arte. Uma das maiores
mudanças, que começaram imperceptivelmente, foi a descristianização do
ritual. No início muito do simbolismo simples usado poderia ter dado uma
explicação distintamente trinitária cristã e os dois "São João" (o Batista e o
Evangelista) eram reivindicados como patronos da ordem. No século 18,
como não cristãos começaram a tentar admissão, as referências cristãs
começaram a ser suavizadas e então gradualmente removidas, de modo
que homens de diferentes fés poderiam se encontrar em amizade. O processo
foi completado pela Loja de Reconciliação em 1814-1816, e resultando na
Arte tornando-se verdadeiramente universal e capaz para acomodar qualquer
um com a crença em um Ser Supremo, contanto que ele expresse esta
crença.

Na convicção firme de que o ritual é auto-explicativo, a Grande Loja


sempre recusou emitir manuais para maiores esclarecimentos sobre o
significado do simbolismo, nos três graus da Arte. Porém, entusiásticos
escritores maçônicos produziram livros nos quais eles fizeram interpretações
pessoais, e freqüentemente muito idiossincráticas, do ritual. Em alguns casos
o que os escritores de lustro religioso atribuíram ao ritual é profundamente
ofensivo para a grande maioria dos Franco-maçons. Não pode ser
demasiadamente reforçado que estas são interpretações estritamente
pessoais dos autores, e não têm a sanção da Grande Loja, nem elas refletem
as visões, quer da Grande Loja quer da Arte em geral.

Lojas individuais ou particulares


A Loja particular é a base e a mais antiga organização na Franco-
maçonaria inglesa. O que ocorre nas Lojas é, em parte, o trabalho
formal que qualquer associação tem que fazer, tais como considerar
a ata da reunião anterior, e lidar com propostas para filiação, com
contas dos fundos geral e de caridade, com as subscrições, com as
doações etc. Uma vez por ano um novo Mestre é eleito e na reunião
seguinte o mesmo é instalado e designa e investe seus oficiais (i.e.
os atores ativos nas cerimônias que a Loja prepara para os candidatos
a se tornarem Franco-maçons).

Porém, o cerne verdadeiro da Franco-maçonaria consiste das


cerimônias que envolvem a admissão dos novos Maçons, e do ensinamento
dado a eles da mensagem moral da Franco-maçonaria.

11
Anato/i 0/iynik

A mensagem moral não é peculiar à Franco-maçonaria, mas é comum


a muitos sistemas - a igualdade natural, a dependência de outros, a
benevolência, a verdade intelectual, a morte inevitável, a fidelidade - tudo
debaixo de Deus. O método de ensino é próprio da Franco-maçonaria, uma
série de dramas rituais, baseados na mitologia antiga e nos costumes, e nas
ferramentas dos pedreiros, nas quais os membros da Loja trabalham junto
para transmitir a mensagem para cada novo membro.

Apesar dos mitos populares, as cerimônias maçônicas não são em


absoluto secretas, e cópias impressas estão livremente disponíveis
(casualmente, sua história é fascinante). A qualidade de seu linguajar é
imediatamente aparente, e as ações não são difíceis de imaginar. Porém,
somente lendo a palavra impressa não explica que as cerimônias são
desenvolvidas de memória, nem como todos na Loja (e não apenas os oficiais
diretamente envolvidos) se concentram nas palavras familiares e nas ações
que são novas ao candidato ou o quão efetivamente a cerimônia deixa uma
impressão no candidato.

Dos vários oficiais da Loja, alguns são obrigatórios enquanto outros


são opcionais. Os oficiais obrigatórios são: um Mestre, um Primeiro Vigilante,
um Segundo Vigilante, um Tesoureiro, um Secretário, um Esmoler, um
Assistente da Caridade, um Primeiro Diácono, um Segundo Diácono, e um
Guarda Interno e um Guardião. Os oficiais opcionais são: um Capelão, um
Diretor de Cerimônias, um Assistente do Diretor Cerimônias, um Organista,
um Secretário Assistente e um Mordomo (ou Mordomas).

A indicação de todos os oficiais, exceto o Mestre e o Tesoureiro (que


são eleitos por votação), e o Guardião, (que é eleito se ele não for membro
da Loja) é da competência exclusiva do Mestre.

Todos os Franco-maçons são intitulados e podem ser chamados de


"Irmão" por outro Franco-maçam . Um Mestre Instalado é intitulado de
"Venerável Irmão". Enquanto na cadeira da sua Loja, ele é descrito e é
chamado de Venerável Mestre, e após seu período de oficialato ele se torna
um Mestre Passado .

Através do Secretário, o Mestre convoca formalmente as reuntoes


regulares da Loja, mas ele não é um agente livre, visto que não tem o poder
para cancelar uma reunião, nem lhe é mais permitido convocar uma reunião
de emergência sem a autorização da Grande Loja. Esta última limitação foi
imposta logo após a Segunda Guerra Mundial quando estava claro que se
eles não fossem controlados de algum modo as Lojas aceitariam muito mais
candidatos do que eles poderiam absorver.

12
Grande Loja Unida da Inglaterra

A Regra 180 do Livro de Constituições exige que o Mestre repreenda


qualquer comportamento, na Loja, passível de romper a harmonia da reunião,
e, se persistir, censurá-lo, ou até mesmo excluir o Irmão que causa a
desarmonia para o remanescente da reunião, se a maioria dos membros
concordar.

É indubitavelmente uma prerrogativa do Mestre, decidir qual trabalho


a ser transacionado em cada reunião da Loja, mas muito disto é determinado
pelo estatuto da Loja e o pelo Livro de Constituições. No que tange a executar
as cerimônias (o que nós chamamos de trabalhar o ritual), um modo peculiar
da Loja em fazê-lo pode, provavelmente, ter evoluído ao longo dos anos, e
o Mestre da Loja fará bem em se enquadrar nele. Porém, ele tem liberdade
de buscar ajuda ou de decidir avançar sozinho com as cerimônias efetivas.

Do ponto de vista da legislação, nenhum Mestre, nem Loja, tem


qualquer autoridade absoluta, pois nenhum Estatuto ou Emenda pode ser
efetivado até que tenha sido aprovado por uma autoridade mais alta. Em
todo caso, a aprovação do Grão-Mestre não seria dada a qualquer Estatuto
ou Emenda que estivesse em conflito ao Livro de Constituições.

No que tange à disciplina interna, uma Loja é livre para excluir um de


seus membros "por razão suficiente", contanto o que faça do modo
constitucional correto.

Uma Loja tem, na verdade, muito de semelhante com uma democracia,


com um-homem-um-voto em todos os assuntos de interesse interno, mas
ela, além disto, não é só dirigida por seu estatuto, que como vimos é sujeito
a controle externo, mas também pelo próprio Livro de Constituições.

Como a Grande Loja trabalha


A Grande Loja Unida da Inglaterra se reúne trimestralmente em março,
junho, setembro e dezembro, com uma reunião extra em abril na qual os
Grandes Oficiais são investidos. Todos os Grandes Oficiais, Mestres e Vigilantes
de Lojas, e os Mestres Passados (que são membros de uma Loja) são membros
da Grande Loja e estão habilitados a participar.

A autoridade para criar novas Lojas, indicar os Grão-Mestres Provinciais


e Distritais e outros Grandes Oficiais, é parte da prerrogativa do Grão-Mestre
que também preside a Grande Loja.

A Grande Loja é uma associação incorporada. Sua organização é, em


alguns aspectos, como uma companhia limitada. Sua política é fixada por
um conselho de diretores não executivos, conhecido como o Conselho de

13
Anato/i 0/iynik

Propósitos Gerais, e presidido por um chefe executivo chamado de Grande


Secretário. Assuntos principais de política, mudanças nas regras, e assim
por diante, têm que ser informado ao que corresponde aos acionistas - os
membros da Grande Loja.

O Conselho de Propósitos Gerais controla as finanças da Grande Loja


e administra a propriedade da Grande Loja. Também regula os outros negócios
da Grande Loja e com este fim pode recomendar ou reportar à Grande Loja.
Se uma recomendação ou relatório do Conselho é adotado pela Grande Loja,
ele é tratado como um edital, e tem o mesmo valor, para a prática da Arte,
que uma regra do Livro de Constituições.
Há seis comitês que ajudam o Conselho em seu trabalho. Eles são o
de finanças, o de relações exteriores, (lidando com as relações com
outras Grandes Lojas), o de procedimentos, o de premissas (lidando com
o funcionamento do "Masons' Hall" em Londres), o de pessoal (lidando com
os empregados da Grande Loja), e a biblioteca, arte e o comitê de
publicações. Também há um comitê de informação que trata com relações
públicas e educação e programas de treinamento.

Grandes Lojas Provinciais e Distritais


Há em torno de 8.439 Lojas 2 sob a jurisdição da Grande Loja Unida da
Inglaterra com uns 350.000 membros no total, faz sentido ter um nível local
de administração - as Grandes Lojas Provinciais e Distrita is. Existem 47
Grandes Lojas Provinciais na Inglaterra e Gales - a maioria correspondendo
em área aos antigos municípios - e 36 Grandes Lojas Distritais que
administram as Lojas sob a Grande Loja Unida da Inglaterra que estão
baseadas no estrangeiro.

Como estas há cinco grupos de Lojas sob Grandes Inspetores,


(normalmente onde o número de Lojas na área não é suficiente para garantir
uma Grande Loja Distrital) e um punhado de Lojas dispersas pelo mundo
que são administradas diretamente pelo "Freemasons ' Hall " . As
aproximadamente 1. 700 Lojas que se reúnem na área de Londres são também
administradas diretamente pelo " Freemasons ' Hall" em Londres.
Na maioria dos casos as Grandes Lojas Provinciais e Distritais se reúnem
anualmente, e o mais longo item do trabalho é a indicação e a investidura de

2
Fonte: Grande Loja Unida da Inglaterra, abr./2003 .

14
Grande Loja Unida da Inglaterra

oficiais. A forma real da reunião está baseada no procedimento de investidura


anual, e comunicações trimestrais da própria Grande Loja.

Com o número de Lojas em uma Província ou Distrito variando de


mais que SOO a números unitários há grandes variações nos métodos de
administração interna, mas há alguns princípios básicos que se aplicam a
todas elas.
O Grão-Mestre Provincial é indicado pelo Grão-Mestre, e após sua
instalação (pois até então como Grão-Mestre Provincial designado ele não
tem poder exceto para convocar uma reunião da Grande Loja Provincial para
sua instalação) ele está com todo o controle. Ele terá sido solicitado a indicar
ou confirmar a indicação existente dos oficiais na proporção estabelecida na
Regra 68, Livro de Constituições e confirmar com sua aprovação os estatutos
da sua Província. Ele também tem consideráveis poderes de disciplina
maçônica, sujeita apenas ao direito de apelação de sua decisão para a Grande
Loja .
Na grande maioria dos casos, os Grandes Oficiais Provinciais são
indicados para apenas um ano, e seus títulos são honrarias conferidas pelo
trabalho realizado ou que é esperado. Porém, alguns postos que variam de
Província para Província, são semi permanentes, e é nos ocupantes de tais
cargos que o Grão- Mestre Provincial se apoiará para administração do dia a
dia de sua Província.

Com relação à concessão de honrarias o poder do Grão-Mestre


Provincial é limitado, mas neste caso por um conjunto abrangente de regras
no Livro de Constituições, destinadas a reduzir ao mínimo possível a
desigualdade entre Províncias tanto grandes como pequenas.
Detalhes completos sobre Províncias, Distritos etc. podem ser
encontrados no Livro do Ano maçônico. 3

Os Grão-Mestres na Inglaterra
Desde a sua fundação, em 1717, até o ano de 1720, os Grão-Mestres
da PremierGrand Lodge não eram membros da nobreza inglesa, mas simples
cidadãos embora cultos e intelectuais. A partir de 1721, o Duque de Montagu
assume o Grão-Mestrado da Primeira Grande Loja se constituindo no primeiro
membro da família real a assumir tal posto. A partir daí, a maçonaria inglesa

3
Texto traduzido do Si te da Grande Loja Unida da Inglaterra.

15
Anato/i 0/iynik

passa para o protetorado da família real e assim permanece até os dias


atuais.

A seguir, relacionamos os Grão-Mestres da Premier Grand Lodge, no


período de 1717 até 1813; os Grão-Mestres dos "Antigos", no período de
1753 até 1813; e os Grão-Mestres da Grande Loja Unida da Inglaterra, no
período de 1813 até os nossos dias.

Premier Grand Lodge (Primeira Grande Loja)


1717 Anthony Sayer
1718 George Payne
1719 John-Theophilus Desaguliers
1720 George Payne
1721 John, 2nd Duke de Montagu
1722 Philip, Duque de Wharton
1723 Francis, Conde de Dalkeith (depois 2nd Duque de Buccleuch
1725 - 5 Charles, 2nd Duque de Richmond e Lenox
1726 James, Lord Paisley {depois 7 1" Conde de Abercorn)
1727 William, 41" Conde de lndichiquin
1727-8 Henry, 3 ro Lord Coleraine
1729 James, 4 1" Lord Kingston
1730-31 Thomas, 8'" Duke de Norfolk
1731 Thomas, Lord Lovel (depois Conde de Leicester)
1732 Anthony, 6 1" Visconde Montogu
1733 James, 71" Conde de Strathmore e Kinghorn
1734 John, 20 1" Conde de Crawford
1735 Thomas, 2nd Visconde Weymouth
1736 John, 41" Conde de Loudoun
1737 Edward, 2nd Conde de Darn ley
1738 Henry, Marques de Carnarvon (depois 2 nd Duque de Chandos)
1739 Robert, 2nd Lord Raymond
1740 John, 3'd Conde de Kintore
1741 James, 14 1" Conde de Morton
1742 - 3 John Barão Ward (depois 1' 1 Visconde Dudley e Ward)
1744 Thomas, 81" Conde de Strathmore e Kinghorn
1745 - 7 James, 61" Lord Cranstoun
1747 - 51 Will iam, 5 1" Lord Byron
1752 - 3 John, 1' 1 Lord Carysfort
1754 - 6 James, Marques de Carnarvon (depois 3'd Duque de Chandos)

16
Grande Loja Unida da Inglaterra

1757-62 Sholto Charles, 1S'h Conde de Morton


1762-4 Washington, S'h Conde Ferrers
1764-6 Codwolloder, 9'h Lord Bolyney
1767-72 Henry, S'h Duque de Beoufort
1772 - 6 Robert Edward, 91h Lord Petre
1777-82 George, 4'h Duque de Manchester
1782-90 HRH Henry Frederick, Duque de Cumberlond
1790-1813 HRH George, Príncipe de Goles (depois Rei George IV)
1813 HRH Augustus Frederick, Duque de Sussex

Grande Loja dos Antigos


1753 Robert Turner
1754-6 Hon. Edward Voughon
1756-60 William, 1'' Conde de Blessinton
1760 - 65 Thomas Alexandre, 6'h Conde de Kellie
1766-70 Hon. Thomas Mothew
1771 - 4 John, 3ro Duque de Atholl
1775 - 81 John, 4'h Duque de Atholl
1783 - 91 Rondoll William, 6'h Conde e 2"d Marques de Antrim
1791 - 1813 John, 41h Duque de Atholl
1813 HRH Edward, Duque de Kent

Grande Loja Unida


1813-43 HRH Augustus Frederick, Duque de Sussex
1844- 70 Thomas, 2"d Conde de Zetlond
1870-4 George Frederick Samuel, Conde De Grey e Ripon (depois 1 ''
Marques de Ripon)
1874 - 1901 HRH Albert Edward, Príncipe de Goles (depois Rei Edward VIl)
1901 - 39 HRH Arthur, Duque de Connought e Strotheorn
1939 - 42 HRH George, Duque de Kent
1942 - 7 Henry, 6'h Conde de Horewood
1947-50 Edward William Spencer, 1O'h Duque de Devonshire
1951 - 67 Lawrence Roge r, 11 th Conde de Scarbrough
1967 HRH Edward, Duque de Kent

17
Anato/i 0/iynik

No ano de 1813, o Grão-Mestre da Premier Grand Lodge era Augusto


Frederick, Duque de Sussex e da Grande Loja do Antigos, Edward, Duque de
Kent. Ambos eram irmãos de sangue, fato que facilitou a união das duas
Grandes Lojas rivais inglesas, em 27 de dezembro de 1813.
De acordo com Oliynik (1997), buscamos em Alec Mellor um importante
relato a respeito deste momento histórico, tanto para a Maçonaria inglesa,
quanto para a história da sociologia.

"A história humana, e não somente a história maçônica, é constituída de


rivalidades e de divisões, mas pode-se dizer que um mal ainda maior é o
das conciliações prematuras, mal estudadas , que se revelam, pela
experiência, reconciliações efêmeras.
A história do Act of Uníon mereceria ser mais bem conhecida, mesmo fora
da Franco-Maçonaria, pois foi um modelo, em sua longa fase preparatória,
de inteligência e, fato ainda mais raro, de diplomacia leal. Seu êxito foi
facilitado pelo pragmatismo britânico, pela sua aversão sadio a toda
fraseologia vazia, assim como pelo prestígio dos dois Grão-Mestres, ambos
membros da família real, que revelou, mais uma vez, ter uma admirável
virtude arbitral e federativa . Assim se explica que essa obra se tenha revelado
durável. A história revelou sua excelência. A unidade maçônica não seria
mais colocada em questão e hoje em dia, ainda mais do que em 1813, a
Franco-Maçonaria inglesa aparece como um bloco monolítico e sem
fissuras". 4

Eis, portanto, um excelente exemplo a ser seguido no sentido de unificar


as diversas Obediências existentes no Brasil.

J Oliynik, Anatoli. O Rito de York. Ed. Vicentina, 1997, p. 85.

18
C.apítulo 2

ORGANIZAÇÃO DA GRANDE LOJA INGLESA

E mbora não seja o escopo principal deste livro, o assunto relativo


à organização da Grande Loja Unida da Inglaterra é bastante
complexo, mas intensamente interessante, porque poder-se-á fazer um
comparativo c'om as práticas brasileiras.

O Venerável Irmão James Martin Hall, membro da Grande Loja Distrital


da América do Sul - Divisão Norte e Membro Honorário do Grande Oriente
do Brasil, informa que, do ponto de vista constitucional e governamental, na
Inglaterra, Escócia, Irlanda e outras partes do mundo que se orientam nos
Grandes Originais, a maçonaria consiste de três níveis. Estes níveis são as
Lojas particulares, as Lojas Provinciais e Distritais e a Grande Loja propriamente
dita. A explanação a seguir se dará nesta ordem.

Lojas particulares - generalidades


As Lojas particulares são consideradas pelos ingleses como a parte
mais importante da pirâmide maçônica, porque, sem elas, não existiriam as
Lojas Provinciais ou Distritais e nem mesmo a Grande Loja. Isto pode parecer
óbvio quando se lê sem uma análise crítica mais profunda. Entretanto, quando
a premissa é colocada em prática, o óbvio não é tão óbvio assim. Não basta
falar, é preciso colocar em prática e respeitar aquilo que se fala. Ao que consta,
a Grande Loja Unida da Inglaterra considera sobremaneira esta premissa.
A Loja particular é a base e a organização mais antiga, não só na
maçonaria inglesa, mas na maçonaria de todos os países onde ela existe ou
existiu . Sabemos que antes do advento da Premier Grand Lodge as Lojas
particulares eram autogovernadas, mas não sabemos como elas o faziam,
porque pouca coisa foi escrita a respeito. Ainda há muito a ser pesquisado a
esse respeito. A falta de registras é o maior dificultador, pois que as Atas
somente começaram a ser escritas e mantidas após a fundação da Grande
Loja, em Londres, a partir de 1723.
Anato/i 0/iynik

Para aqueles que não são versados com o cenano maçônico na


Inglaterra no século XVIII, é importante explicar que em 1751 aconteceu
um cisma na maçonaria inglesa, resultando na fundação de uma segunda
Grande Loja. A primeira Grande Loja, fundada em 1717, quis fazer alterações
no ritual que foi chamado de "Moderno". A segunda Grande Loja quis manter
as coisas como sempre foram e assim foi chamada de "Antigos". Estes apelidos
paradoxos causaram muitos problemas de interpretação histórica para
estudantes, pesquisadores e historiadores maçons e não maçons. Durante
62 anos a maçonaria inglesa foi governada por duas Grandes Lojas num
clima de grande rivalidade. Em 1813 a situação foi resolvida quando as duas
resolveram as suas diferenças resultando na fundação da Grande Loja Unida
da Inglaterra.

Fundação de uma Loja particular


Antes da fundação de uma Loja particular, os proponentes submetem
uma petição ao Grão-Mestre que deve, obrigatoriamente, ser patrocinada
por uma Loja existente no rol da Grande Loja. Se a Loja a ser fundada
estiver na jurisdição de uma Província ou Distrito, o Grão-Mestre Provincial
ou Distrital, conforme o caso, também deve patrocinar a petição. Esta
obrigatoriedade transformada em regulamento entrou em vigor porque numa
região remota de Yorkshire, no norte da Inglaterra, mais precisamente na
cidade de Halifax, a primeira Grande Loja emitiu uma Carta Patente para a
fundação de uma Loja, sem um patrocinador local. Aconteceu que os
fundadores desta Loja nova eram todos criminosos que usavam a Loja fechada
para cunhar moedas falsas e outros passatempos duvidosos. Eventualmente
eles foram descobertos, presos e transportados para a Austrália. Desde então,
a Grande Loja tornou-se muito cautelosa ao emitir novas Cartas Patentes.
Este fato aconteceu há mais ou menos duzentos anos.

Todas as Lojas têm que ter um nome e um número. O regulamento


que trata desta obrigação é recente, sendo incluído no Livro das Constituições
somente em 1884, embora desde o fim do século XVIII a maioria das Lojas
já adotasse nomes distintivos. O nome escolhido pelos fundadores tem que
ser aprovado pelo Grão-Mestre. Apesar de não haver nada escrito, a Grande
Loja, aparentemente, não gosta de ter Lojas e Capítulos batizados com nomes
de pessoas 1 • O número da Loja é o próximo número disponível no rol da
Grande Loja.

1
O Capítu lo James Anderson, no Brasil , na cidade do Rio de Janeiro é uma exceção.

20
Organização da Grande Loja Inglesa

Neste momento há 8439 2 Lojas particulares trabalhando sob a


Constituição Inglesa, das quais 1612 estão em Londres, 6047 em Províncias
e 780 em Distritos ou sob o controle de Grandes Inspetores.

Direitos e Deveres do Mestre do Lojo 3


Vamos examinar agora as responsabilidades, os direitos, os privilégios
e as restrições do Mestre da Loja. Metaforicamente, as responsabilidades do
Mestre da Loja podem ser comparadas com as de um Comandante de um
navio, ou seja, ele ·é responsável por tudo. Se um garçom num navio de
passageiros derrama sopa no colo de um passageiro, o Comandante é o
culpado porque não deu melhor treinamento a sua tripulação. Se o timoneiro
vira o timão para bombordo em lugar de estibordo e o navio sofre uma
colisão, o Comandante é totalmente responsável.

Basicamente as mesmas condições se aplicam numa Loja de maçons.


O Mestre da Loja é o responsável pela instrução e eficiência dos Oficiais da
Loja. Além disso, ele tem que ter certeza absoluta que qualquer candidato é
apropriado e idôneo ; ele tem que ser pontual no cumprimento dos horários
de abertura das reuniões e na Inglaterra, ele deve comparecer a todas as
reuniões da Grande Loja. Ele tem que ter conhecimento profundo do ritual,
do Livro das Constituições, dos Regulamentos da sua própria Loja e da Grande
Loja Distrital da qual ele é membro. Apesar de ter um secretário, o Mestre
da Loja é responsável pela correta submissão dos relatórios anuais à Grande
Loja e pelo pagamento dos emolumentos, taxas e matrículas para a Grande
Loja Distrital.
É função do Mestre da Loja, nomear e investir todos os Oficiais da
Loja, com a exceção do Tesoureiro e, em algumas Lojas, o Guardião Externo
[Tyler]. A segurança da Carta Patente é sua responsabilidade especial.
Nenhuma reunião da Loja pode ser realizada se a Carta não estiver presente.
Se a Carta for perdida ou destruída, a Loja tem que suspender suas reuniões
até que uma nova seja obtida. A Carta Patente não pertence à Loja . Ela
pertence ao Grão-Mestre que tem poderes de suspendê-la ou cancelá-la, a
qualquer momento.
Normalmente, o Mestre da Loja pode contar com a ajuda de um
Secretário que pode aconselhá -lo; um Tesoureiro e um Diretor de Cerimônias,

2
Fonte: Grande Loja Unida da Inglaterra, Abr./2003.
3 O mesmo que o vocativo Veneráve l. Não confundir Mes tre da Loja (cargo) com Mestre Maçom (Grau).

21
Anato/i 0/iynik

todos com bastante experiência além dos Past Master's", todos prontos para
cooperar e apoiar. Entretanto, ele não pode delegar a ninguém as suas
responsabilidades. Como supremo governador da Loja, ele tem que zelar
pelo seu bem estar e progresso, em cumprimento a alocução dada no
momento da sua instalação no cargo.

" .. . A honra, a reputação e a utilidade desta Loja dependerão, materialmente,


da habilidade e assiduidade com que dirigirdes os seus interesses; enquanto
a felicidade de seus membros será geralmente promovida em proporção ao
zelo e competência com que promulgardes os princípios genuínos da
Instituição ." ·

A seguir, serão explanados os direitos, privilégios e restrições do Mestre


da Loja.

Um Mestre de Loja, não pode continuar no cargo por mais de dois


anos consecutivos e não pode ser Mestre de Loja de duas Lojas ao mesmo
tempo. Ele não pode convocar uma reunião de emergência e não pode mudar
a data de uma reunião, sem a permissão do Grão-Mestre Distrital. Nenhuma
reunião pode ser cancelada ou adiada.
O Mestre da Loja tem o direito inquestionável de dirigir sua Loja e
embora ele possa aceitar conselhos do secretário ou dos Past Master's, nos
casos em que ele achar que não deve aceitá-los, ele tem o direito e o dever
de usar o seu próprio julgamento, sem medo, lembrando que ninguém tem
o direito de questionar sua autoridade.

O Mestre da Loja tem o direito de presidir todas as reuniões da Loja,


mas se o Grão-Mestre ou Grão-Mestre Distrital estiver presente, eles podem
assumir o seu lugar. Isto é muito improvável que aconteça, mas é uma
questão de cortesia o Mestre da Loja entregar o seu malho quando o Grão-
Mestre ou Grão-Mestre Distrital entrar na Loja.

Em todas as reuniões a decisão do Mestre da Loja não pode ser


questionada, mas se os Irmãos acham que sua decisão é injusta, eles têm o
direito de apelar à autoridade superior.
O Mestre da Loja tem o direito de recusar a admissão aos trabalhos de
qualquer Irmão que ele considere de mau caráter ou que possa perturbar a
harmonia da Loja, mas não tem poderes para expulsar um Irmão da Loja
por comportamento inconveniente. Isso somente pode acontecer com a
concordância da maioria dos Irmãos presentes.

" O mesmo que Mestres de Loja que já passaram pela presidência da Loja.

22
Organização da Grande Loja Inglesa

Estas descrições dos direitos e privilégios do Mestre da Loja não


esgotam o assunto, mas dão uma idéia geral da posição dele com relação
aos seus deveres e mostram que estar instalado na Cadeira do Rei Salomão,
numa Loja inglesa, não é nenhuma sinecura 5 •

Direitos e Privilégios dos Maçons


Os direitos e privilégios dos Irmãos que formam uma Loja são poucos.
O mais significativo é o de pertencer a mais antiga, mais exclusiva e mais
respeitada das instituições fraternais do mundo.

Nunca é demais lembrar que a indicação para os cargos é prerrogativa


inquestionável do Mestre da Loja e que nenhum Irmão tem o direito de
reclamar para si o direito à ascensão na carreira da Loja. Indicações e
promoções devem ser feitas somente baseadas no mérito e na assiduidade,
o que também se aplica às Grandes Lojas Distritais e a própria Grande Loja da
Inglaterra. Observe-se a esse respeito, um trecho da alocução feita aos Irmãos
durante a Cerimônia de Instalação do Mestre da Loja e posse dos Oficiais:
" . .. como alguns têm necessariamente de governar e ensinar, outros
naturalmente devem aprender, submeter-se e obedecer."

Portanto, se os Irmãos tiverem a disposição de aprender e obedecer,


seguramente logo alcançarão o estágio em que terão o direito de governar e
ensinar.

Grandes Lojas Provinciais e Distritais


Após a visão resumida da Loja particular, passemos ao nível
intermediário da organização maçônica na Inglaterra, quais sejam, as Grandes
Lojas Provinciais e Distritais.
As Lojas localizadas na área de Londres são controladas diretamente
pela Grande Loja em Great Queen Street, porque Londres não é uma Província.
O restante das Lojas da Inglaterra e do País de Gales são agrupadas em
Províncias. As Lojas jurisdicionadas à Grande Loja da Inglaterra que estão
fora do Reino Unido, são agrupadas em Distritos, exceto dezoito que estão
subordinadas a Grandes Inspetores e outras onze que se reportam
diretamente a Londres.

5 [Do lat. sine cura, 'sem cuidado'.] S. f. Emprego ou função que não obriga ou quase não obriga a
trabalho.

23
Anato/i 0/iynik

Na Inglaterra e no País de Gales existem 47 Províncias, organizadas


mais ou menos de acordo com os Condados. A maior delas é a Província de
West Lancashire que controla 524 Lojas. Considerando que as Lojas na
Inglaterra se reúnem menos freqüentemente do que a Lojas no Brasil, o
Grão-Mestre Provincial de West Lancashire levaria oito anos para visitar
todas as Lojas, uma única vez. Por este motivo ele tem um Grão-Mestre
Provincial adjunto e 13 Grão-Mestres Provinciais assistentes. Além disso,
tem um Grande Secretário Provincial em tempo integral e um "staff"
remunerado para assisti-lo.
Uma Província um pouco diferente é a de Bristol, com 34 Lojas. Bristol
é uma cidade, não um Condado. Entretanto, as Lojas de Bristol são agrupadas
como uma Província, porque praticam um cerimonial muito diferente de
tudo mais que se pratica na Inglaterra, conhecido como o Bristol working
(forma ritualística de Bristol).

Na Anchor Lodge n° 6052, na Província de Bristol, o Mestre da Loja


usa um chapéu de abas levantadas (como os antigos chapéus da Marinha).
Bristol é uma cidade essencialmente marítima, de onde os navios só podiam
largar das docas na maré alta. O costume parece ter surgido com um Mestre
de Loja, capitão de longo percurso, que chegou para a reunião completamente
uniformizado, de chapéu e demais apetrechos. Ele só lembrou de tirar o
chapéu na hora da prece. Ao final da reunião, recolocou o chapéu e retornou
ao seu navio para zarpar, aproveitando a maré alta.

Fora da Inglaterra há 36 Distritos, dos quais o maior é o Transvaal,


com 125 Lojas, a maior parte delas em Joanesburgo, na África do Sul. O
menor é o da Nigéria - Divisão Norte, com apenas cinco Lojas. No Brasil, o
Distrito inglês tem 10 Lojas. O Distrito cuja sede fica no Brasil é denominado
Grande Loja Distrital da América do Sul - Divisão Norte e sua sede localiza-
se na cidade do Rio de Janeiro.

Os Grão-Mestres Provinciais ou Distritais são nomeados,


exclusivamente, pelo Grão-Mestre. Os Irmãos das Províncias e Distritos não
votam e não influenciam na escolha. Esta prática é bem diferente do Grande
Oriente do Brasil onde os Grão-Mestres Estaduais assim como o Grão-Mestre
Geral são escolhidos pelo voto direto dos Irmãos. O mesmo acontece nas
Grandes Lojas brasileiras. Assim, tudo indica que as Obediências brasileiras
são mais democráticas que a Grande Loja da Inglaterra.

Tão logo é instalado, o Grão-Mestre Distrital assume total controle.


Ele irá apontar os Grandes Oficiais Distritais e a recomendação de membros
do Distrito para a elevação aos Altos Postos gerais. Ele exerce enorme poder
de disciplina maçônica, ainda que sujeito ao direito de recurso de sua decisão

24
Organização da Grande Loja Inglesa

à Grande Loja. Seu poder, entretanto, fundamenta-se na base da auctoritas,


o que significa que, por depositarem a confiança nele, seus Irmãos farão o
que achar ser da sua vontade, seguirão sua liderança e sua orientação como
se esta tivesse força constitucional.

Em alguns Distritos e Províncias, os Oficiais são nomeados por um


ano, enquanto em outros, como o da América do Sul - Divisão Norte, por
exemplo, alguns Oficiais são semipermanentes . Ao que tudo indica, parece
não existir uma regra geral ou única que se aplica a todos os casos.

Os membros que compõem a Grande loja Provincial ou Distrital, não


são, no estrito senso, representante ou delegado de suas Lojas. O Mestre
Maçam comum é considerado um visitante, sem direito a voz e voto nos
trabalhos. Por isso, uma Grande Loja distrital ou Provincial, dificilmente poderá
ser considerada uma organização democrática.
Uma Grande Loja Distrital reúne-se anualmente, na maioria das vezes,
para o cerimonial da Investidura Anual e das Comunicações Trimestrais da
Grande Loja. Com relação à aprovação de emendas em estatutos (by-/aws)
e aprovação das taxas e emolumentos, a competência é da Grande Loja
Provincial. Com relação a honrarias, o poder das Grandes Lojas Distritais é
limitado pelas regras estabelecidas no Livro das Constituições.

Isso posto, pode-se observar que os poderes do Grão-Mestre Distrital


dizem respeito à disciplina, à outorga de honrarias e à presidência de reuniões
que só ele pode convocar. A Grande Loja Distrital, não pode estabelecer
novas Lojas, nem desativar uma existente. Desta forma, não tem poder
absoluto ou ilimitado - o Livro das Constituições controla cuidadosamente
suas atividades. Na verdade, há pouca diferença, no sentido administrativo,
entre uma Grande Loja Provincial e uma Distrital. Esta última existe desde
1865, quando as comunicações eram vagarosas e pouco confiáveis. Achou-
se conveniente dar mais independências as Lojas de além-mar.

A Grande Loja
Passaremos agora ao nível mais alto da pirâmide maçônica que é a
Grande Loja. A fundação da Grande Loja mais precisamente da Premier
Grand Lodge, já foi tratada no capítulo anterior. Por esse motivo, está parte
não será aqui considerada.

Sabe-se que o objetivo inicial da Grande Loja não foi o de atuar como
uma entidade superior controlando as atuais e futuras Lojas. Segundo a
opinião da maioria dos pesquisadores ingleses, a Grande Loja foi fundada

25
Anato/i 0/iynik

apenas para organizar o festival e banquete anual que, naquela época, poderia
ter 15 ou mais pratos e durar até quatro horas. Essa teoria é sustentada
pelo fato de que durante os primeiros seis anos de fundação, a Grande Loja
não manteve Atas ou outros documentos para informar o que aconteceu nas
reuniões. Para este período temos somente as declarações e a imaginação
de reverendo James Anderson, um padre escocês que produziu a primeira e
a segunda edição do Livro das Constituições, contando a história da franco-
maçonaria. Foi somente em 1723 que as primeiras Atas foram escritas,
coincidindo com o mesmo ano da primeira edição das Constituições. Acredita-
se que durante os seis primeiros anos de fundação da Grande Loja, ela
acabou tomando consciência de sua importância, de seus poderes e assim
começou a assumir o papel de controladora, pelo menos para as Lojas de
Londres. Ao desenvolver sua estrutura, acabou por se transformar na "Loja
Mãe do Mundo".

O mais importante evento da história da maçonaria na Inglaterra foi a


união das duas Grande Lojas que aconteceu em 1813. Durante alguns anos
que antecederam o evento, as duas Potências mantiveram-se em comunicação
com a intenção de uma união para facilitar a transição. Os "Antigos" elegeram
como Grão-Mestre, o Duque de Kent, mais tarde o pai da Rainha Vitória, e
os "Modernos" elegeram o Duque de Sussex. Estes Duques Reais eram irmãos
de sangue, sendo, respectivamente, o quarto e o sexto dos filhos do Rei
Jorge III. Na reunião da União, o Duque de Sussex foi eleito o primeiro
Grão-Mestre da Grande Loja Unida da Inglaterra, enquanto o Duque de Kent
caiu no esquecimento.
Com 8.439 Lojas e 3.500 Capítulos para controlar e supervisionar
pode-se imaginar a administração geral da Grande Loja. A parte administrativa
é encabeçada pelo Grande Secretário e seus dois Assistentes que são maçons
profissionais, isto é, administradores pagos para trabalharem em tempo
integral. No gabinete do Grande Secretário, há aproximadamente, setenta
pessoas trabalhando em tempo integral ou part-time, dos quais mais ou
menos vinte e cinco são mulheres. O Irmão James relata, por experiência
própria, que elas são extremamente eficientes, algumas sabendo mais de
jurisprudência maçônica que muitos Past Master's.
A Grande Loja é encabeçada pelo Grão-Mestre que é eleito anualmente.
Há uma lei, não escrita, que estabelece que o Grão-Mestre é reeleito ano
após ano até que ele renuncie ou venha a falecer. O atual Grão-Mestre, o
Duque de Kent, foi eleito pela primeira vez em 1967. Os poderes e
prerrogativas do Grão-Mestre são quase ilimitados e são muito mais
abrangentes que de um Grão-Mestre Distrital ou Provincial. Ele é a fonte de
nomeações dos Grandes Oficiais, Grandes Oficiais Passados e promoções de

26
Organização da Grande Loja Inglesa

Oficiais, e suas decisões não podem ser questionadas. Ele tem o poder de
formar qualquer área em uma Província ou um Distrito, mudar ou rearranja r
fronteiras. Somente ele tem o poder de nomear Grão-Mestres Provinciais e
emitir Cartas Patentes para novas Lojas, mas curiosamente ele não pode
extinguir uma Loja nem revogar a nomeação de um Oficial da Grande Loja -
estes privilégios são exclusivamente da Grande Loja. É o Grão-Mestre que
autoriza a emissão de jóias, bandeiras e emblemas para as Lojas particulares,
e só ele nomeia Irmãos para representar a Grande Loja junto a outras
instituições (Garantes de Amizade). O Grão-Mestre possui ainda outros
poderes, mas que não serão aqui mencionados, acreditando que os relatados
são suficientes para dar uma idéia ao leitor.
Os ingleses entendem que a maior vantagem de ter um Grão-Mestre
durante muitos anos, é o acúmulo de experiência e o fato de não haverem
muitos Grão-Mestres Passados, sempre prontos para ajudar e aconselhar.
Sem levar em consideração o tempo que um Grão-Mestre permanece
no cargo, ele precisará de conselheiros no exercício dos poderes e
prerrogativas já mencionadas. Portanto, durante os últimos 150 anos, cresceu
uma prática informal e quase imperceptível de ter um Conselho do Grão-
Mestre que é especialmente útil porque seus membros e reuniões não são
governados por qualquer regulamento escrito. O Conselho é constituído por
Oficiais mais graduados da Grande Loja, alguns Grão-Mestres Provinciais,
peritos nos assuntos de maçonaria, além de Irmãos que possuem um
conhecimento profundo das instituições maçônicas de beneficência.
A estima na qual o Grão-Mestre é tido, é demonstrada pelo fato que
no Livro das Constituições não há qualquer regulamento detalhado sobre
abuso de poder ou má conduta por parte de um Grão-Mestre. Este aspecto
está contemplado por um regulamento que diz:
"Se o Grão-Mestre abusasse de seus poderes, ele estará sujeito o algum
regulamento novo o ser ordenado pelo ocasião, pois até agora o Fraternidade
não teve qualquer razão poro tomar providências poro um evento que eles
acham que jamais aconteceria."

Estas palavras delicadas contém uma ameaça dentro de uma luva de


veludo possivelmente não mais necessária, mas temos que lembrar que
quando foram escritas, a revolução contra o Rei James II, em 1688, e a
sublevação dos jacobinos eram memórias bem recentes.
Quando o Grão-Mestre é um Príncipe Real, um Pró Grão-Mestre é
sempre nomeado. Este Pró Grão-Mestre tem todos os privilégios e poderes
do Grão-Mestre e preside às comunicações da Grande Loja, com exceção da

27
Anato/i Oliynik

reunião de investidura em abril. O Pró Grão-Mestre conduz o trabalho de


rotina da Grande Loja, assim aliviando o Grão-Mestre dos problemas e pressão
que normalmente acontecem.

O Grão-Mestre Adjunto e o Grão-Mestre Assistente são nomeados


pelo Grão-Mestre e são considerados seus conselheiros mais altos e
responsáveis. Este grupo de líderes, ajudado pelo Comitê de Propósitos Gerais,
dará suas instruções em uma só voz e assim terão a afeição e o respeito de
todas as Lojas e Irmãos.
Agora vamos examinar os vários comitês e conselhos que existem na
Grande Loja onde as decisões são tomadas ou pelo menos onde as
recomendações são formuladas para serem votadas pela Grande Loja. Não
será relatada a história destes grupos de política maçônica, mas será dito
que eles se desenvolveram a partir de 1813, na base do ensaio e erro.
Alguns comitês foram formados para uma função específica e foram
dissolvidos quando essa função foi completada. Outros, meramente
desapareceram ou tornaram-se supérfluos, como por exemplo, o "Comitê
para as Colônias e Índia", formado quando a Grã-Bretanha tinha um império
no qual o Sol jamais se punha.

O Comitê de Propósitos Gerais é constituído de quarenta e cinco


membros, alguns nomeados pelo Grão-Mestre; outros eleitos dentre os Past
Master's das Lojas de Londres. O Comitê é responsável pela administração e
controle dos imóveis da Grande Loja; tem poderes para recomendar a
expulsão de um Irmão da Fraternidade e pode fechar uma Loja. Todas as
recomendações do Comitê, quando adotadas pela Grande Loja, viram lei.
Pelos seus seis sub-comitês, o Comitê de Propósitos Gerais controla as
relações exteriores, os procedimentos, os funcionários da Grande Loja, a
biblioteca, o museu, a arte e as publicações.
De modo geral e sujeito à aprovação da Grande Loja, o Comitê de
Propósitos Gerais controla a atual e a futura política da maçonaria inglesa e
a experiência mostra que o Comitê a controla muito bem.
Com todos este poderes, parece que o Comitê é uma ditadura, mas
isto não é verdade. Nenhuma recomendação do Comitê pode virar lei até
que seja debatida e aprovada pela Grande Loja. Há registras em ocasiões
passadas de recomendações que foram drasticamente alteradas e até
rejeitadas completamente. Depende muito da forma que as recomendações
são apresentadas e da diplomacia do Presidente do Comitê. O mais
importante, acima de tudo, é que o Comitê tenha a confiança dos maçons
ingleses que estão trabalhando para o bem da maçonaria como um todo e

28
Organização da Grande Loja Inglesa

não para si mesmos ou para uma facção. Contudo, nem sempre foi assim.
No princípio do século as comunicações da Grande Loja, às vezes, eram
muito tumultuadas com argumentos e brigas sobre as decisões do Comitê.

Concluídas as explanações básicas relativas ao funcionamento da


Grande Loja, será feita, logo a seguir, uma breve recapitulação na ordem
inversa, visando consolidar o aprendizado.
Em Londres temos a Grande Loja presidida pelo Grão-Mestre, apoiada
e guiada pelo Conselho do Grão-Mestre e pelo Comitê de Propósitos Gerais.
O Comitê formula a política a ser seguida e elabora os regulamentos para o
governo da "Craft", os quais, após serem aprovados, são transmitidos aos
Irmãos por meio do Livro das Constituições.

No nível intermediário temos as Grandes Lojas Provinciais e Distritais,


presididas pelos Grão-Mestres Provinciais e Distritais, que têm bastante,
mas não irrestritos poderes para regular suas Províncias e Distritos e controlar
as Lojas particulares na sua área .
Na base da pirâmide temos as Lojas particulares, livres para se
governarem desde que sigam as leis e regulamentos do Livro das
Constituições .
A organização como um todo, pode ser comparada, analogamente,
com uma companhia multinacional com sua sede em Londres controlando
uma série de escritórios regionais que, por sua vez, controlam dezenas de
filiais cada uma com um gerente. A diferença é que na Maçonaria 99% dos
que dirigem as Lojas são voluntários, trabalhando em seu tempo livre, sem
pensar em recompensa além da satisfação de servir a sua Loja, seus Irmãos
e a humanidade em geral, conclui o Irm. James Martin Hall.

Províncias da Grande Loja Unida da Inglaterra


As Províncias são divisões geográficas regionais e administrativas da
Grande Loja Unida da Inglaterra, no Reino Unido. Portanto, conforme foi
dito no início deste capítulo, as Lojas Provínciais estão localizadas na Inglaterra
e no País de Gales.

A Grande Loja Unida da Inglaterra possui 7.659 Lojas nas suas 47


Províncias, conforme demonstramos no quadro a seguir:

Província Lojas
Bedfordshire 54
Berkshire 91

29
Anato/i 0/iynik

Bristo/6 35
Buckinghamshire 121
Cambridgeshire 26
Cheshire 297
Cornwal 81
Cumberland & Westmorland 78
Debyshire 80
Devonshire 135
Dorset 49
Durham 208
Essex 325
Gloucestershire 79
Guernsey and Aldurney 11
Hampshire & Is/e of Wight 256
Herefordshire 14
Hertfordshire 205
Is/e of Man 17
Jersey 11
East Kent 183
East Lancashire 396
West Lacashire 524
Leicestershire and Rutland 75
Lincolnshire 67
London 7 1612
Middlesex 284
Monmouthshire 28
Norfolk 70
Northamptonshire and Huntingdonshire 84
Northumberland 193
Nottinghamshire 102
Oxfordshire 57
Shropshire 33
Somerset 86
Standdordshire 101
Suffolk 63
Surrey 351

6
Bristol é uma cidade, não um Condado. Entretanto, as Lojas de Bristol são agrupadas como uma Província,
porque praticam um cerimonial mui to diferente de tudo mais que se pratica na Inglaterra, conhecido como
o Bristol working (forma ritualística de Bristol).
7
Londres não é considerada uma província. As Lojas localizadas na ãrea de Londres são controladas pela
Grande Loja.

30
Organização da Grande Loja Inglesa

Sussex 175
North Wales 114
South Wal/es - East Division 176
South Walles - Western Division 26
Warwickshire 202
Wiltshire 43
Worcestershire 130
Yorkshire, North and East Ridings 97
Yorkshire, West Riding 214
TOTAL DE LOJAS NAS 47 PROVÍNCIAS INGLESAS 7.659
Fonte : Grande Loja Unida da Inglaterra.

Distritos da Grande Loja Unida da Inglaterra


Os Distritos, são administrações localizadas fora do Reino Unido sob a
autoridade de um Delegado (Grão-Mestre Distrital) que representa o Poder
Central da Grande Loja Unida da Inglaterra.

A GLUI possui 780 Lojas Distritais, conforme demonstramos no quadro


a seguir, distribuídas pelos cinco continentes:

Continente/Distrito Lojas
ÁFRICA 473
East Africa 48
Ghana 57
Nambia 6
Natal 45
Nigeria 31
Orange Free State 9
Sierra Leone & the Gambia 20
South Africa, Central Division 13
South Africa, East Division 39
South Africa, North 125
South Africa, West Division 39
St Helena 1
Zambia 14
Zimbabwe 26
AMÉRICAS 106
Bahamas & the Turks 9
Barbados & East Caribbean 18

31
Anato/i 0/iynik

Bermuda 5
Guyana 16
Jamaica & Cayman Island 23
Netherland Antilles 1
Montreal and Halifax 3
South America, North Division (Brasii)B 10
South America, South Division (Argentina)9 12
Trinidad & Tobego 8
Windward Island 1
ASIA 128
Bangladesh 1
Bengal 24
Bombay & North India 29
Eastern Archipelago 31
Hong Kong @ Far East 16
Madras 18
Sri Lanka 9
EUROPA 27
Cyprus 9
Gibraltar 9
Greece 1
Malta 3
Mónaco 1
Portugal 4
OCEANIA 46
Austrália 4
North Island, Nez Zealand 23
South Island 14
South West Pacific 4
Papua New Guinea 1
TOTAL DE LOJAS DISTRITAIS 780
Fonte: Grande Loja Unida da Inglaterra.

8
A sede da Grande Loja Distrital da América do Sul- Divisão Norte, localiza-se na cidade do Rio de
Janeiro e seu Grão-Mestre Distrital é Peter Bodman-Morris.
9
A sede da Grande Loja Distrital da América do Sul- Divisão Sul, localiza-se na cidade de Buenos Aires.

32
Capítulo 3

A MAÇONARIA INGLESA NO BRASIL

A história da Maçonaria Inglesa no Brasil começa a despertar


interesse dos maçons brasileiros, especialmente daqueles que
fazem parte das Lojas do Rito de York, em franca expansão no território
brasileiro nas três principais Obediências: Grande Oriente do Brasil, Grandes
Lojas e Grandes Orientes Independentes (Comab).
Para fins didáticos dividimos os registras históricos da criação de Lojas
inglesas no Brasil em dois períodos distintos: Antes do Tratado assinado em
21 de dezembro de 1912 entre a Grande Loja Unida da Inglaterra e o Grande
Oriente do Brasil, que culminou com o Decreto n. 0 478, de 1° de dezembro
de 1913; e depois da fundação do Grand Council ofCraft Masonry in Brazil
[Grande Conselho da Arte Maçônica no Brasil] para ser fiel à tradução, mas
que foi registrado nos documentos do Grande Oriente do Brasil como Grande
Capítulo do Rito de York. Este Grande Conselho foi fundado em 9 de junho
de 1914 por força do tratado e do decreto supramencionados.

As primeiras Lojas inglesas no Brasil


As primeiras Lojas inglesas no Brasil trabalhavam orientadas
ritualisticamente pelo Emulation Ritual [Ritual Emulação] e eram subordinadas ·
diretamente a Grande Loja Unida da Inglaterra.
A primeira delas foi a Orphan Lodge [Loja Órfã], fundada na cidade do
Rio de Janeiro a 17 de fevereiro de 1833 pelo inglês Joseph Ewbank, dois
anos após a reinstalação 1 do Grande Oriente do Brasil. Segundo Castellani,
"o título distintivo da Loja Órfã era alusivo ao fato dela ser a única da América
do Sul, abaixo do Equador, já que, acima, embora incipiente, existia Maçonaria
em Georgetown, capital da Guiana Inglesa, que fora anexada à Grã-Bretanha

1
O Grande Oriente Brasílico foi fechado pelo seu Grão-Mestre, D. Pedro I, em 25/10/1822. Permaneceu
fechado até 23/11/1831, quando foi reinstalado com o nome atual de Grande Oriente do Brasil.
Anato/i 0/iynik

em 1812, pela Convenção de Londres, após a conquista dos territórios


holandeses pelos ingleses".
Joseph Ewbank, iniciado em Londres em 1810 (não havendo referência
sobre a loja), era membro da Loja "Comércio e Artes" por ocasião da fundação
do Grande Oriente Brasílico em 17 de junho de 1822, tinha o nome simbólico,
costume da época, de Artaxerxes, e nos registras da loja figurava como "José".
Quatro anos após a sua fundação, ou seja, em 1837, a Orphan Lodge
foi instalada, tendo recebido a patente da Grande Loja Unida da Inglaterra,
sob o n.0 616. Castellani afirma que "as razões dessa demora, deve ser atribuída,
por certo, ao fato do Brasil ser visto, na Europa, como país selvagem e instável".
A segunda Loja, foi a St. John 's Lodge, fundada em 21 de setembro
de 1839, também na cidade do Rio de Janeiro. Em 1842, três anos após a
sua fundação, recebeu sua patente sob o n. 0 703.
A terceira Loja, a Southern Cross Lodge, foi fundada em Recife, em
data não estabelecida, porém, instalada a 15 de junho de 1856, sob o n. 0
970. Está Loja, segundo Castellani, "foi fundada, sob a liderança de Henry
Cowper, cônsul da Inglaterra no Recife, por Maçons de origem inglesa que
pertenciam à Loja Seis de Março de 1817, fundada a 6 de outubro de 1821
em homenagem à Revolução Pernambucana de 1817".
A duração dessas três Lojas não foi muito longa. A Orphan Lodge,
abateu colunas em 1844, onze anos após a sua fundação, sendo o seu
patrimôn io móvel anexado à St. John's e, algum tempo depois, vendido. A
St. John's Lodge, por sua vez, abateu colunas a 5 de março de 1862, vinte
e três anos após a fundação. A Southern Cross Lodge abateu colunas na
época da Questão Religiosa , por volta de 1872 ou 1873. 2

Lojas inglesas no Grande Oriente Unido


O Grande Oriente Unido 3 teve, durante sua existência, apenas três
Lojas inglesas sob sua jurisdição .
A primeira foi a Vesper, fundada a 30 de novembro de 1872, adormecendo
no ano seguinte. Em 1874 foi reerguida e passou para o Rito Moderno. Em
1879, fusionou - se com a Loja Mysterio, também do Rito Moderno.
A segunda foi a Washington Lodge, fundada na cidade de Santa Bárbara

2
Anatoli Oliyn ik, O Ri to de York, pp. 105-106.
3
Fundado em 16/!2/!863 , por Joaquim Saldanha Mari nho. Incorporado pelo Grande Oriente do Brasil
em 18111 1883.

34
A Maçonaria Inglesa no Brasil

d'Oeste, província de São Paulo, a 19 de novembro de 1874. Está Loja "não


foi fundada por ingleses, mas, sim, por norte-americanos, que haviam sido
fundadores de Santa Bárbara d'Oeste, depois de terem emigrado para o
Brasil, por ocasião da guerra civil nos Estados Unidos. Os fundadores de
Santa Bárbara d'Oeste e da Loja eram, quase todos, originários do estado
sulino do Alabama", segundo Castellani.
A terceira foi a Lessing Lodge, fundada em Santa Cruz do Sul, no Rio
Grande do Sul, a 22 de março de 1880.
Em 18 de janeiro de 1883, o Grande Oriente Unido foi incorporado ao
Grande Oriente do Brasil e a Washington Lodge e a Lessing Lodge passaram
a fazer parte deste. A Washington Lodge foi considerada, pelo Grande Capítulo
do Rito de York do Grande Oriente do Brasil, como a Loja n.o 1. A primeira
delas abateu colunas antes do final do século, em data incerta, e a segunda
nos primeiros anos do século XX. 4
O Irmão Plínio Virgílio Genz, ADGM - Assistant District Grand Master
da District Grand Lodge of South América - Northem Division, Deputy District
Grand Master na District Grand Lodge of Mark Master Masons e Past Master
da Loja inglesa "Campos Salles n. 0 5565", nos dá importantes informações
relativas a criação de Lojas inglesas após o tratado de 1912. Diz ele:
"As primeiras Lojas inglesas no Brasil nasceram dentro do Grande Oriente
do Brasil, trabalhando no 'rito inglês'5 e em língua inglesa . Assim, na virada do
século, surgiram as seguintes Lojas, no registro do Grande Oriente do Brasil:
Loja Eureka Rio de Janeiro - RJ 22/12/1891
Duke of Clarence Salvador - BA 10/10/1892
Morro Velho Nova Lima - MG 20/03/1899
Unity São Paulo - SP 22/09/1902
Saint George's Lodge Recife- PÉ 30/06/1904
Wanderers Santos- SP 05/09/1907
Loja Eduardo VII 6 Belém- PÁ 10/11/1911
A Loja Unity é considerada como a "Loja Mãe" das Lojas inglesas em
São Paulo e teve as seguintes " filhas":

4
OLIYNIK, Anatoli. O Rito de York, p. 107.
3
Denominação util izada para designar a prática do Emulation Ritual [Ritual Emulação]. Não existe um
rito denominado de "rito inglês".
6
A Loja Eduardo Vll fo i fundada no Pará para trabalhar no Ri to de York (entenda-se: Ritual Emu lação),
em português. Em 1912, juntamente com as seis Lojas acima, assinou a petição ao Grande Oriente do
Brasil para a formação do Grand Council ofCraft Masonry in Brazil [Grande Conselho da Arte Maçónica
no Brasil], permanecendo no rol de suas Lojas até 1922, quando foram fundadas as Lojas Friendship e
Centenary, garanti ndo o número mínimo necessári o para a manutenção do "Grande Capítulo".

35
Anato/i 0/iynik

Wanderers Lodge 1907


Centenary Lodge 1922
Santo Amaro Lodge 1953

Teve, também, uma "filha adotiva":

Loja Campos Salles 1923

Formação do Grande Capítulo do Rito de York 7


[Grand Council of Craft Masonry in Brazil]
Foi fundado no Rio de Janeiro em 9 de junho de 1914, por força do
Tratado assinado em 21 de dezembro de 1912 entre a Grande Loja Unida da
Inglaterra e o Grande Oriente do Brasil.
A fórmula para criação dos Grandes Capítulos no âmbito do Grande
Oriente do Brasil, era de que, no mínimo, sete Lojas do rito encaminhassem
uma petição ao mesmo. Já existiam no GOB os Grandes Capítulos dos ritos
Adonhiramita, Francês e Escocês.

Ritual em Português
Devido ao interesse de muitos maçons do Grande Oriente do Brasil em
trabalhar no Rito de York - Emu lação (Emulation), em 1920 alguns membros
do GOB, tendo à frente o Irm. Josephino da Silva Moraes, bem como o Irm.
Joseph Thomaz Wilson Sadler, da Loja Unity, de São Paulo, fizeram uma tradução
que foi impressa em Londres por "George Kenning & San " no ano de 1920.
O ritual menciona: 'Tradução aprovada, sancionada e confirmada pelo Grande
Capítulo do Rito de York' (sob os auspícios do Grande Oriente do Brasil) .
A Loja Brasil, fundada em 1920, no Rio de Janeiro, foi então a primeira
Loja a trabalhar no Rito de York (entenda-se : Ritual Emulação) em português,
no Brasil. Foi excluída do Grande Capítulo em 1924.

Loja Campos Salles


Foi fundada em São Paulo em fevereiro de 1921, com o registro n. 0 966

7
O Tratado de 21 de dezembro de 1912, foi dati lografado em papel timbrado do Grande Oriente do Brasil,
em dois idi omas: Português e Inglês. No texto em português aparece a expressão "Grande Capítulo do Rito
de York". Entretanto, no tex to em inglês a expressão é Grand Council of Craji Masonry in Brazil (Grande
Conselho da Arte Maçôn ica no Brasil), significando apropriadamente: Grande Conselho da Maçonaria
Simbólica no Brasil. O objetivo dos ingleses era de firma r o tratado, não se importando com o denominação
dada pelo GOB. Decorrente dessa tradução, a denominação "Rito de York" e "Grande Capítulo do Rito de
York" acabou se consagrando no Brasil e tem gerado muita confusão, tanto entre os maçons, quanto entre os
escri tores (Notas do Autor).

36
A Maçonaria Inglesa no Brasil

no GOB, para trabalhar no Rito Brasileiro. Adotou como patrono o Dr. Manoel
Ferraz de Campos Salles, que fora Presidente (Governador) do Estado de São
Paulo e o segundo Presidente Civil da República dos Estados Unidos do Brasil.
Campos Salles foi maçom, iniciado na Loja Independência, em Campinas, SP.

O primeiro Venerável Mestre da Loja Campos Salles foi Álvaro de


Carvalho. Exercia ele a função de Contador-Chefe da firma 'Lidgerwood do
Brasil' e cujo Gerente era Henry Alec Livings, que era na época o Grão-
Mestre Adjunto (Deputy) do Grande Capítulo de York. Havia, pois, grande
afinidade e amizade entre os membros da então 'Loja Campos Salles' e a
comunidade inglesa em São Paulo. Os irmãos da Campos Salles eram então
visitantes assíduos da Loja Unity n. 0 8.

Em fevereiro de 1923, por ter o Grande Oriente de São Paulo rompido


com o GOB e, sendo a maioria dos irmãos da Campos Salles admiradores do
Rito de York (Ritual Emulação), entraram em cantata no Rio de Janeiro com
o Grande Capítulo de York, recebendo o sinal verde para encaminhar uma
petição para fazer parte do mesmo, passando a trabalhar pelo Ritual
Emulação, em português. Já em março de 1923, a Loja abateu colunas e,
em abril, voltou a reunir-se, trabalhando pelo Ritual Emulação, aguardando
do Grande Capítulo o respectivo 'brevê constitutivo'. Logo após a Loja foi
confirmada e passou a ser:
Loja 'Campos Salles' n. 0 14
Carta Patente expedida em 16/4/1924
Consagrada em 21/4/1923.
Participou dessa nova constituição e da cerimônia de consagração, o
Venerável Irm. Antônio de Paiva Foz, PJGD, PDSGW, o qual foi seu Venerável
Mestre em 1928/29 e 1931/33. Paiva Foz foi durante décadas, até a sua
morte, uma das mais importantes colunas da Loja e um adepto e propugnador
da Maçonaria Inglesa.

Formação da Grande Loja Distrital


Em 6 de maio de 1935 foi firmado um tratado de amizade entre a
Grande Loja Unida da Inglaterra e o Grande Oriente do Brasil pelo qual ficou
autorizado o funcionamento, no Brasil, da 'Grande Loja Distrital da América
do Sul - Divisão Norte'. Assim, as 10 Lojas que pertenciam ao Grande Capítulo
do Rito de York foram desanexadas da jurisdição do Grande Oriente do Brasil
e passaram a compor o rol de lojas jurisdicionadas a nova Grande Loja
Distrital inglesa. Essas Lojas receberam um novo registro da Grande Loja
Unida da Inglaterra, Londres, Reino Unido.

37
Anato/i 0/iynik

Relação de Lojas
Nome Localidade Reg. na GLUI Data C. Patente
Eureka Lodge Rio de Janeiro - RJ 5557 22/12/1891
Duke of Clarence Bahia 5558 21/01/1893
Morro Velho Lodge Nova Lima- MG 5559 20/03/1899
Lodge of Unity São Paulo 5560 22/09/1902
Saint George Lodge Recife- PE 5561 30/07/1904
Lodge of Wanderers Santos- SP 5562 05/09/1907
Lodge of Friendship Niterói- RJ 5563 20/05/1922
Centenary Lodge São Paulo - SP 5564 07/09/1922
Loja Campos Salles São Paulo - SP 5565 16/04/1923
Royal Edward Lodge Rio de Janeiro - RJ 5566 30/05/1932

Após a formação da Grande Loja Distrital, foi fundada e consagrada


apenas mais uma Loja:
Santo Amaro Lodge São Paulo - SP 7250 04/02/1953
Dessas, a Loja Campos Salles trabalha em língua portuguesa e a
Centenary Lodge, trabalha, alternadamente, em inglês e português; as demais,
em língua inglesa.

Estruturas da Franco-Maçonaria
A) Os Graus Simbólicos

Franco-Maçonaria Simbólica

Aprendiz Apprentice
Companheiro Fellow-craft
{ Mestre Máster Mason

Após a elevação ao Sublime Grau de Mestre Maçam, a iniciação maçônica


esgota-se. No entanto, existem na Maçonaria Inglesa os chamados Graus
Laterais ou Adicionais [Side degrees or Additional degrees].

B) Graus Adicionais

Pelo "Act of Union" de 1813, a Grande Loja Unida da Inglaterra assim


dispõe:
"Declara-se que a Maçonaria pura e antiga consiste em apenas três graus,
nomeadamente os de Aprendiz, Companheiro e de Mestre, incluindo-se a
Ordem Suprema do Santo A rco Real (Royal Arch). Todavia, não visa impedir

38
A Maçonaria Inglesa no Brasil

que qualquer Loja ou Capítulo fa ça as suas sessões em qualquer grau das


Ordens de Cavalaria, de acordo com as ditas Ordens" .

Existem assim, entre outros, os seguintes 'graus laterais' ou 'adicionais':

Adicionais
Loja de Mark J Mestre Maçom de Mark Mark Máster Mason
L Nautas da Arca Real Royal Ark Mariners

Capítulo do Arco Real Royal Arch Chapter

Templários
Cavaleiros Templários Knights Templar
Cavaleiros de Malta Knights of Malta

Maçonaria Inglesa no Brasil - Estrutura


1- Grande Loja Distrital da América do Sul - Divisão Norte

a) Lojas Simbólicas (Craft)

Nome N.o Idioma


Rio de Janeiro Eureka 5557 Inglês
Duke of Clarence 5558 Inglês
Royal Edward 5566 Inglês
São Paulo Unity 5560 Inglês
Saint George 5561 Inglês
Centenary 5564 Inglês e Português
Campos Salles 5565 Português
Santo Amaro 7250 Inglês
Santos Wanderers 5562 Inglês

I Belo Horizonte I Morro Velho 5559 I Inglês

b) Capítulos do Sagrado Arco Real (Royal Arch)

Nome N.o Idioma


Rio de Janeiro Guanabara Chapter 5557 Inglês
James Andersen 5566 Português
São Paulo Si/ver Jubilee 5560 Inglês
Centenary 5564 Inglês/Português
Campos Saltes 5565 Português

39
Anato/i 0/iynik

(*) Santo Amaro-Fênix Português


Santos Wanderers Inglês
( * ) Este Capítulo foi fundado com a finalidade de futuramente participar de um Supremo Grande Capítulo
do Sagrado Arco Real do Brasil- GOB, que foi consagrado no Rio de Janeiro no dia 5 de fevereiro de 2003.

2- Grande Loja Distrital de Mestres Maçons de Marca do Brasil

a) Lojas de Mestres Maçons da Marca (Mark Master Masons)

Nome N.o Idioma


Rio de Janeiro Guanabara 1156 Inglês
São Paulo Saint Paul's 961 Inglês
Campos Salles 1355 Português
Santos Wanderers 1137 Inglês

Foram consagradas mais as seguintes Lojas de Mestres Maçons da Marca:

Nome N.o Fundação


São Paulo Loja Fênix de M.M. da Marca 1817 28/11/2001
Moses Montefiore Lodge of Mark
1819 29/11/2003
Master Masons

b) Lojas de Nautas da Arca Real (Royal Ark Mariners)

Nome N.o Idioma


Rio de Janeiro Guanabara 1156 Inglês
São Paulo Campos Salles 1355 Português
Santos/São Paulo Saint Paul's 961 Inglês

3- Priorado Provincial da América do Sul - Rio de Janeiro - Brasil

Ordem dos Cavaleiros Templários e de Malta


Nome N.o Idioma
Rio de Janeiro Rio de Janeiro 532 Inglês
São Paulo Crux Meridionalis 412 Inglês

Foram consagrados mais os seguintes Preceptórios de Cavaleiros


Templários, todos trabalhando em português:
Nome N.o Idioma
Florianópolis-SC Santa Catarina Preceptory 634 16/05/2002
Vitória-ES Espírito Santo Preceptory 635 17/05/2002
São Sebastião-RJ São Sebastião Preceptory 636 16/07/2002
São Paulo-SP Campos Salles Preceptory 639 18/10/2002

40
A Maçonaria Inglesa no Brasil

O Desafio do Futuro
"Ao longo de um século de existência a Maçonaria inglesa
indubitavelmente conseguiu, de forma inequívoca, estabelecer uma identidade
própria, uma cultura que impressionava os maçons brasileiros pela maneira
correta de praticar o ritual em suas Lojas. Houve assim, nas primeiras décadas
do século que se findou, uma expansão no número de seus membros e de
suas Lojas. Eram um pólo de atração para todos aqueles que, dominando o
idioma inglês, procuravam pertencer a uma entidade tão peculiar. Ainda nos
anos cinqüenta era essa a realidade, propiciando a fundação de mais uma
Loja em língua inglesa, a Santo Amaro Lodge, em 1953.

No entanto, a redução de membros da colônia inglesa no Brasil, por


motivos dos mais variados, causou uma considerável diminuição no número
de pessoas com suficiente domínio inglês. Essa redução gradativa no número
de membros das Lojas que compõem a Maçonaria Inglesa no Brasil coloca
desafios que devem merecer uma atenção especial dos seus dirigentes e,
quando possível, ações que permitam a volta à prosperidade.

O Brasil, como parte do Novo Mundo, é um país-continente com


cidadãos oriundos de múltiplas etnias e nacionalidades. Encontra-se aqui
uma pluralidade de entidades representativas, correntes políticas, credos
religiosos, órgãos de classes, sociedades de serviços etc., que, operando
dentro de um regime de liberdade que vai se firmando a cada dia que passa,
estão em pleno processo de evolução. Assim também, a Franco-maçonaria
em geral está em um momento de grande expansão nas demais obediências,
tanto em número de Lojas quanto na diversidade de ritos praticados.

Mas nós, da maçonaria inglesa, não somos apenas um outro rito. O


conjunto das nossas Lojas abriga irmãos das mais variadas nacionalidades e
descendências, exercendo uma enorme gama de atividades públicas e
privadas e que se orgulham de pertencer a nossa obediência . Por isso, é
perfeitamente natural que a nossa maçonaria inglesa tenha a possibilidade
e as condições de voltar a crescer, para continuar a beneficiar a sociedade
em que se insere. Para tanto é necessário enfrentar alguns desafios e que
podem ser assim identificados:

• Idioma -A Franco-maçonaria sendo Universal, não deve encontrar


barreiras de idiomas para promover a sua difusão e a compreensão
da Mensagem Maçônica.
• Integração- Necessária uma maior integração de nossos membros
com os Irmãos das demais Potências Maçônicas regulares no país.

41
Anato/i Oliynik

• Crescimento - Uma maior divulgação na comunidade será


necessária para atrair novos membros.
Existem, evidentemente, outros desafios a vencer, mas estes acima
são que mais devem merecer a nossa atenção e ação".
Pela exposição do Irmão Plinio V. Genz, podemos observar que no âmbito
da District Grand Lodge of South América - Northem Division [Grande Loja
Distrital de América do Sul - Divisão Norte], com sede no Brasil, na cidade do
Rio de Janeiro, a expansão de Lojas Simbólicas (Craft) não é visível, pelo
simples fato de que as Lojas inglesas foram criadas com o objetivo de atender
aos maçons ingleses residentes nas cidades onde existia concentração de
cidadãos britânicos no país e não o de promover o expansionismo. Ao que
tudo indica, este critério é mantido para criação de novas lojas inglesas.
Em 1935, quando foi criada a Grande Loja Distrital, das dez Lojas que
foram desanexadas do Grande Oriente do Brasil, nove delas permanecem
no rol de Lojas inglesas no Brasil. A Lodge of Friendship n.o 5563, na cidade
do Rio de Janeiro, abateu colunas. Neste ínterim, apenas uma Loja nova foi
criada: A Santo Amaro Lodge n.o 7250, na cidade de São Paulo. Portanto
mantém-se a quantidade de dez Lojas jurisdicionadas à Grande Loja Distrital.
A Loja Duke ofC/arence, foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro,
depois para São Paulo e atualmente está estabelecida no Rio de Janeiro.
A Loja Morro Velho foi transferida de Nova Lima para Belo Horizonte,
por volta de 1968, segundo informações do Irmão Roger A. Gough, Secretário
da Loja e Cônsul Britânico em Belo Horizonte.
A Morro Velho Lodge tem atualmente apenas cinco maçons ingleses
no seu quadro. Para seu funcionamento, conta com o concurso de Irmãos
visitantes de outras Lojas que os auxiliam para completar o quorum necessário
de funcionamento de uma Loja. A história desta Loja, quando sediada em
Nova Lima, é muito bela. Os ingleses chegaram a ter naquela cidade um
cemitério com símbolos maçônicos e um modo especial de orientação das
sepulturas, no seu período áureo.
Os obreiros remanescentes devem lutar com todas as suas forças
para manter viva a tradição desta excepcional Loja que fez história nas
Minas Gerais.
Por outro lado, verifica-se uma expansão significativa dos graus
"laterais" ou "adicionais", notadamente as Lojas de Mestres Maçons da Marca
e os Preceptórios.

42
Capítulo 4

RITUAL EMULAÇÃO

O Ritual Emulação, estabelecido em 1813 por ocasião da União


das duas Grandes Lojas então existentes na Inglaterra, remonta
de uma longa tradição anterior ao próprio surgimento da Premier Grand
Lodge, em Londres, em 1717. Ao longo deste capítulo, serão detalhados os
aspectos históricos que envolvem o surgimento deste ritual e sua
disseminação no universo maçônico.

Muitos maçons pensam que o Emulation [Emulação] é um rito. Não é.


Na verdade, não se trata de um rito, mas sim de um ritual pelo qual ele é
expressado e demonstrado. Na Inglaterra o rito é inominada. Os ingleses
não consideram rito, eles consideram rituais. Por está razão, faz-se necessário
uma explicação preliminar para que o assunto seja bem compreendido pelos
leitores e eliminada qualquer possibilidade de confusão quanto ao
entendimento do que seja rito e ritual.

Rito, representa as regras e cerimônias de caráter sacro ou simbólico


que seguem preceitos estabelecidos e que se devem observar na prática.
Em síntese representa o sistema de organizações maçônicas.

Ritual, representa o livro que contém o conjunto de práticas consagradas


pelo uso, por normas ou ambas, e que se devem observar de forma invariável
em ocasiões determinadas. Sintetizando, é o cerimonial.
O Ritual Emulação surge na Inglaterra após a união das duas Grandes
Lojas, a dos "Antigos (1751)" e a dos "Modernos (1717)", em 1813. Deste
fato, resultaram inevitáveis variantes, sobrevivências das diversidades e
costumes regionais. Estas variantes, por sua vez, representam os rituais, ou
mais especificamente, os trabalhos [workings] praticados pelas Lojas inglesas.
Os principais rituais ingleses, ou formas ritualísticas são: o Emulation, o
Logic, o Bristol, o Taylor's, o Stability, Humber e o West End. Existem alguns
outros, mas estes são os mais conhecidos.
Antes de prosseguirmos no assunto, é mister esclarecer ao leitor que
a partir de 1813 a Grande Loja Unida da Inglaterra aprovou e confirmou a
Anato/i 0/iynik

forma do Ritual Emulação, entretanto isso não quer dizer que o procedimento
ritualístico tenha surgido a partir desta data. Ele já era praticado pelas lojas
antes de 1717, com pouquíssimas variações da forma atual.

A palavra Emulação, segundo o Novo Dicionário Aurélio, apresenta os


seguintes conceitos:

EMULAÇÃO - [Do lat. aemulatione] S.f. 1. Sentimento que incita a igualar


ou superar outrem. 2. Competição, rival idade, concorrência. 3. Estímulo,
incentivo.

Para o conceito maçônico é de "sentimento que nos leva a imitar


ou superar algo, a sermos perfeitos"; e seria ma is no sentido de imitar,
porque, como o ritual era transmitido oralmente e não escrito, cabia, aos
novos, imitar os usos dos mais antigos, perpetuando-os.

Histórico do Ritual Emulação


Durante muitos anos antes da un ião das duas Grandes Lojas rivais, a
dos Modernos (de 1717) 1 e a dos Antigos (de 1751)2, muitos esforços de
bastidores foram empreend idos para padronizar as formas ritualísticas, ou
seja, aquilo que entendemos hoje por rituais.

Em 1794, dois Grão-Mestres, John 4°, duque de Athol e Grão-Mestre


dos "Antigos", e George, Príncipe de Gales e Grão-Mestre dos "Modernos",
solicitam ao Príncipe Edward, mais tarde duque de Kent, Grão-Mestre dos
"Antigos" em 1813, que arbitrasse o trabalho de unificação.
Em 1809, a primeira Grande Loja (dos Modernos) tomou a iniciativa
neste sentido, promovendo a fundação da Loja da " Promulgação " com o
objetivo de estudar os Landmarques e as práticas esotéricas para recomendar
as mudanças que deveriam ser feitas no sentido de trazer os rituais a uma
forma aceitável, visando de antemão a preparação para a união das Grandes
Lojas rivais. Um corpo similar foi fundado pelos (Antigos).

Em 7 de dezembro de 1813 é criada uma loja mista 3 - Lodge of


Reconciliation [Loja da Reconciliação ] - que harmoniza os rituais. O trabalho
foi efetuado oralmente, respeitando a proibição de nada escrever a respeito

1
Premier Grand Lodge, com sede em Londres.
2
Th e Grand Committee of the Most A11cient and Honorable Fraternity of Free and Accepted Maso11s
According to the 0/d ln stituitions (Grande Comissão da mais Anti ga e Venerável Fraternidade de Maçons
Livres e Acei tos Segundo as Antigas Instituições).
3
Seus membros eram constituídos por maçons das duas Grandes Lojas rivais: os "Modernos" e os "Antigos".

44
Ritual Emulação

do "segredo maçônico". Nenhuma ata foi redigida, assim como foi proibido
até tomar notas.
A Loja da "Reconciliação" passa a apresentar, na prática e oralmente,
o novo ritual harmonizado para as Lojas de Londres e arredores. Essas
apresentações prosseguiram durante três anos ininterruptas. Com esta
providência a forma ritualística do novo ritual praticamente foi padronizada
em toda a Inglaterra.
Em junho de 1816, as formas dos rituais para uso na nova Grande
Loja foram demonstradas pela Lodge of Reconciliation [Loja da Reconciliação],
constituída especialmente para produzi-las, as quais viriam documentar,
oficialmente por numa resolução e pela primeira vez, as Cerimônias praticadas
até então.
Assim, em 1816, surge oficialmente um novo ritual, "aprovado e
confirmado" pela Grande Loja Unida da Inglaterra, resultado de um longo
trabalho iniciado em 1794, coroado peloActofUnion de 27 de dezembro de
1813 e finalmente concluído em junho de 1816.
Em 2 de outubro de 1823 os membros da "Burlington Lodge", fundada
em 1810 e "Perseverance Lodge", fundada em 1817, se reúnem pela primeira
vez na "Emulation Lodge of Improvement for Master Masons" (Loja Emulação
de Aperfeiçoamento para Mestres Maçons), com a finalidade de prover
instruções para aqueles que desejassem se preparar para cargos de lojas e
à sucessão na Cadeira.
O Emulation working (trabalho Emulação) recebeu seu nome da
Emulation Lodge of Improvement cujo Comitê é o curador do ritual por
delegação da Grande Loja Unida da Inglaterra, e que autoriza a publicação
do livro denominado Emulation Ritual (Ritual Emulação).
A Grande Loja Unida da Inglaterra não dispõe de nenhum ritual oficial
escrito e jamais autorizou a publicação de qualquer forma específica de
rituais existentes e consagrados na Inglaterra. Pela Regra n° 155 das
Constituições da Grande Loja Unida da Inglaterra, compete as Lojas
Simbólicas a regulamentação dos procedimentos das formas de ritual,
reservando-se no direito de intervir em qualquer Loja inglesa que adote
formas ou modificações entranhas a prática do ritual conforme ensinado
desde 1813. Senão vejamos:

"Lodge may regulate its own proceedings" [Loja pode regular seus próprios
procedimentos] .

"155. The members present at any Lodge duly summoned have an undoubted
right to regula te their own proceedings, provided they are consistent with the

45
Anato/i 0/iynik

generallaws and regulations of the Craft; but a protest against any resolution
or proceeding, based on the ground of its being contrary to the laws and
usages of the Craft, and for the purpose of complaining or appealing to a
higher Masonic authority, may be made, and such protest sha/1 be entered in
the Minute Book if the Brother making the protest sha/1 so request."
Tradução : [155. Os membros presentes em qualquer loja, devidamente
reunida, têm o direito inalienável paro regular os seus próprios procedimentos,
desde que eles estejam de acordo com as leis gerais e regulamentos do
Ordem ; mos um protesto contra qualquer resolução ou procedimento que
seja contrário às leis e costumes do Ordem e com o finalidade de reclamar
ou atrair uma autoridade moçônico maior, pode serfeito, e tal protesto será
anotado no livro de Apontamentos, se o Irmão que foz o protesto assim
solicitar] .

Decorre daí a existência, na Inglaterra, das diversas formas de rituais


- Emulation, Stability, Bristol, Oxford, Tay/or's, Humber, Logic, West End,
etc, pois a Grande Loja Unida da Inglaterra não legisla sobre a forma de
ritual adotado pelas suas lojas.
As instruções nos anos iniciais, concentradas no trabalho do Primeiro
Grau e preparação dos candidatos à sucessão na Cadeira da Loja, eram
realizadas por meio de palestras maçônicas de acordo com o sistema da
Grand Stewards' Lodge [Loja dos Grandes Provedores], cujas preleções
descrevem as cerimônias em detalhes. Pelos anos de 1830, conforme prática
geral que então havia se desenvolvido, as próprias cerimônias eram também
ensaiadas.

Os responsáveis pela condução da Emulation Lodge of Improvement,


desde os primeiros tempos, têm adotado a postura de assegurar a prática
do ritual aprovado sem permitir sua alteração. Embora não se possa pretender
que o atual Ritual Emulação esteja na forma exata do ritual praticado
verbalmente há quase dois séculos atrás, as Cerimônias daqueles tempos
foram originalmente e especificamente aprovadas pela Grande Loja Unida
da Inglaterra, a quem cabe, única e exclusivamente, atualizá-las ou aprovar
suas atualizações. Por esta razão, o Comitê da Emulation Lodge of
Improvement, sempre considerou que, por razões de confiança, deveria
manter sem alteração as formas rituais completas passadas por seus
predecessores, e que está fora de sua autoridade fazer qualquer alteração a
menos que oficialmente sancionadas por resolução ou aceitação da própria
Grande Loja da Inglaterra, por ter sido aprovado originalmente por ela.

Neste ínterim, houveram ajustes ocasionais, de natureza, nos rituais


aprovados pela Grande Loja. Os mais significativos foram as variações nos

46
Ritual Emulação

Juramentos, permitidas por uma resolução da Grande Loja em dezembro de


1964 e, mais recentemente a mudança mais extensa no procedimento,
introduzida pela resolução da Grande Loja em 11 de junho de 1986.
A Grande Loja Unida da Inglaterra decidiu que "todas as referências e
penalidades físicas fossem omitidas dos Juramentos assumidos pelos
Candidatos nos três Graus e pelo Mestre Eleito em sua instalação, mas as
manteve em outro lugar nas respectivas cerimônias". Esta resolução de 11
de junho de 1986 é obrigatória em seus termos, e representa a única mudança
mais momentosa feita nas cerimônias desde que elas foram aprovadas pela
Grande Loja Unida da Inglaterra após a União das duas Grandes Lojas, em
1813.
Apesar desses ajustes nos rituais, a política do Comitê da Emulation
Lodge of Improvement é preservar o ritual tão próximo quanto possível da
forma na qual foi originalmente aprovado pela Grande Loja Unida da
Inglaterra, e não permitir emendas cuja autorização não derive da mesma
fonte. Assim, embora de tempos em tempos pequenos ajustes foram feitos,
sempre com autorização superior, os erros de procedimentos práticos nunca
foram permitidos passar sem controle, para que com o transcorrer do tempo
não se tornasse prática estabelecida.
Hoje, há muitos outros sistemas de trabalhar o ritual maçônico e muitos
dos maçons mais idosos, acreditam que o modo que eles estão acostumados
a levar a cabo os trabalhos em suas próprias Lojas, é o único modo correto.
Ocasionalmente, visitantes bem intencionados tentam apontar possíveis erros
quando, de fato, as Lojas estão executando a prática padrão no modo do
Trabalho Emulação. As práticas contidas neste livro que trata do Ritual
Emulação, estão na forma como elas tem sido executadas por muitos anos
pela Emufation Lodge of Improvement.
Afinal, quem é a Emulation Lodge of Improvement for Máster Masons?
Reforçando o que já foi dito no início deste capítulo, a Emulation Lodge
of Improvement for Máster Masons [Loja Emulação de Aperfeiçoamento para
Mestres Maçons] como o próprio nome já diz, é uma Loja de Aperfeiçoamento
para Mestres Maçons cujo objetivo é prover instruções, especialmente, para
aqueles que entram na cadeia de sucessão e desejam se preparar para
cargos em Loja, almejando alcançar a cadeira principal de uma Loja Simbólica.
Ela se reúne no Freemasons' Hall [Palácio Maçônico], na Great Queen Street
[Rua da Grande Rainha] em Londres, semanalmente às 18 horas e 15 minutos
das sextas-feiras de outubro a junho, onde demonstra as Cerimônias e
Preleções de acordo com o Trabalho Emulação e somente Mestres Maçons
podem freqüentá-la.

47
Anato/i 0/iynik

Isso posto, caro leitor, observe-se que é preciso conhecer muito bem
a história que assinala o surgimento do Emulation working na Maçonaria.
Por falta desse conhecimento, os maçons, muitas vezes, involuntariamente
até, distorcem as características naturais deste extraordinário ritual. Trata-
se de um ritual de fácil execução, mas com nuanças tênues quanto a sua
origem.

48
Capítulo 5

CARGOS E FUNÇÕES EM LOJA

N
o meu livro (O Rito de York, 1997) há um Capítulo que descreve
os cargos e funções de uma Loja do Rito de York. Considerando
que àquela obra não tinha a pretensão de esgotar o assunto, mas abrir
novos caminhos para serem transfo rmados em estradas, decidi reapresentar
o conteúdo daquele Capítulo, ampliando o conteúdo das informações.

Oficiais de uma Loja


Os Oficiais que compõem uma Loja do Rito de York consistem de
Oficiais Regulares e Oficiais Suplementares.
Oficiais Regulares são aqueles que a Loja precisa ter para compor os
cargos indispensáveis para o seu funcionamento e assim atender ao
regulamento da Obediência.

Os Oficiais Suplementares são aqueles que a Loja não precisa ter,


num primeiro momento, mas a medida que forem sendo ocupados completam
os cargos da admin istração.
São Oficiais Regulares:
ML Mestre da Loja [Master of Lodge 1}
1°V Primeiro Vigilante [Senior Warden]
2ov Segundo Vigilante [Junior Warden]
Tes Tesoureiro [Treasurer]
Sec Secretário [Secretary]
1°D Primeiro Diácono [Senior Deacon]
2°D Segundo Diácono [Junior Deacon]
GI Guarda Interno [Inner Guard]
GE Guardião [Tyler]

1 Pági na 165 da United Grand Lodge of England - Constitutions. Edition 2001.


Anato/i 0/iynik

Vigilantes (Senior Warden e Junior Warden)


Os Vigilantes ocupam posição de responsabilidade tanto quanto o
Mestre da Loja, porque é familiar a afirmativa de que a Loja é governada por
seus dois Vigilantes.

Durante a Cerimônia de Instalação o Diretor de Cerimônia pergunta


ao Mestre da Loja: "A quem nomeais vosso 1°V?". Durante a Investidura o
Mestre da Loja diz: "Irmão ... , eu vos nomeio meu 10V". No caso de um
Diácono o Diretor de Cerimônias diz: "A quem nomeais 2°D?". Durante a
Investidura o Mestre da Loja diz: "Irmão ... , eu vos nomeio 2°D da Loja".

De acordo com a nova Constituição (da Grande Loja Unida da ·


Inglaterra) nenhum Irmão pode reivindicar cargo, mas é absolutamente
aceito que, quando o Mestre da Loja aponta o 1°V, ele está designando seu
sucessor.

Embora os Irmãos não possam reivindicar cargos, não pode ser


ignorado o fato de que cada Irmão tem o direito de aspirar a ocupação da
Cadeira de Salomão, daí o cuidado e diligência de todos nos afazeres da
Loja.

A tarefa do 1°V não se restringe às atividades da Loja, assim, ele


deve atender, juntamente com o Mestre da Loja, às convocações de ordem
superior porque como "governador em perspectiva" ele deve se familiarizar
com o que ocorre em esfera superior.

O 2°V deve sempre se lembrar que nenhuma reunião da Loja pode ser
adiada (a Constituição da Grande Loja Unida da Inglaterra veda
terminantemente), assim, as reuniões regulares devem ser agendadas e
fixadas com antecedência. É o 2°V quem anuncia, ao encerramento, a data
da próxima reunião regular.

É dever do 2°V examinar os Visitantes desconhecidos para evitar que


pessoas não qualificadas entrem na Loja e por esta razão ele deve ser um
dos primeiros, senão o primeiro, a chegar às reuniões para ter tempo de
verificar se os Visitantes desconhecidos são Maçons. Se o Visitante estiver
acompanhado de um Irmão do quadro o 2°V, evidentemente, ficará
desobrigado desta tarefa, mas um verdadeiro Irmão jamais questionará um
exame feito pelo 2°V.

A responsabilidade do 2°V não termina quando se encerra a Loja. Ela


se estende também aos períodos de Descanso e, junto com o 1°V, durante
as reuniões festivas ao final dos trabalhos, porque ele é o "ostensivo Mestre
de Banquetes da Loja".

52
Cargos e Funções em Loja

Os Irmãos da Grande Loja Unida da Inglaterra têm uma sistemática


nas reuniões festivas que merecem ser descritas apesar de serem similares
as do Grande Oriente do Brasil. Vamos resumi-la: Evitar "desafios" por meio
de brindes individuais, que freqüentemente terminam em excesso, porquanto
os Irmãos poderão levantar-se à todo instante falando alto, criando uma
atmosfera desagradável.

Evidentemente, quando acontecem estas coisas o responsável é o


Mestre da Loja, mas, estando os Vigilantes tanto no Oeste como no Sul, eles
podem muito fazer para ajudá-lo. É claro que nenhum Vigilante quer assumir
o papel de desmancha prazeres. Mas é dever deles observar qualquer coisa
tanto no excesso de hilaridade como no comportamento ruidoso.
Nas reuniões festivas os Vigilantes devem ficar atentos às batidas que
o Mestre da Loja poderá fazer, pois deverão respondê-las prontamente. Aqui,
também, os Vigilantes devem lembrar-se que não haverá necessidade de
dar batidas com extrema força. Quando isto acontecer, provavelmente os
pratos e copos serão levantados dos seus lugares, o que poderá causar
algum distúrbio.
Quando o Mestre da Loja pretender fazer um brinde, e somente ele os
faz, ele se levanta e faz a pergunta: "Irmãos 1° e 2ovs, vede como estão os
copos nas vossas respectivas colunas". Depois de receber a resposta: "Todos
carregados no Ocidente (ou no Sul) Mestre" o Mestre da Loja dá a ordem:
"Principais Oficiais em pé". Então os Vigilantes estão efetivamente ajudando
o Mestre da Loja e assim o brinde é oferecido pelos três Oficiais Principais da
Loja.
Freqüentemente percebe-se que em muitas Lojas isto não é seguido,
assim os Vigilantes permanecem sentados e levantam-se junto com todos
os Irmãos.
Em algumas Lojas é o Past Master Imediato ou Diretor de Cerimônias
quem anuncia aos Irmãos que o Mestre da Loja fará um brinde e então
se senta. O Mestre da Loja levanta-se e usa a fórmula acima ou outra
adequada. Porém, normalmente após o anúncio pelo Diretor de Cerimônias,
todos os Irmãos carregam seus copos e esperam a ordem de levantar-se
para o brinde.
Tesoureiro (Treasurer)
A função e o dever do Tesoureiro é receber todo o dinheiro devido
à Loja e pagar, com os fundos da Loja, todas as despesas decorrentes e
também os valores votados pelos Irmãos para os fins da Caridade. Ele
toma assento no Norte, ao lado do Irmão Secretário.

53
Anato/i 0/iynik

Secretário (Secretary)
A função do Secretário é o de emitir as convocações, detalhando os
assuntos que serão levados a efeito na Loja, manter uma presença assídua
e registrar os procedimentos em Atas, para confirmação numa subseqüente
reunião regular da Loja. Deve manter um registro atualizado e correto dos
nomes e endereços de todos os membros da Loja e prover as informações
anuais à Obediência.

Secretário Assistente (Assistant Secretary)


A sua função é dar assistência ao Secretário e substituí-lo na função
em suas eventuais faltas.
Diáconos (Oeacons)
O papel destes Oficias é muito importante . São os Diáconos que
impressionam e dão beleza a uma Cerimônia, quer de Iniciação, Passagem
ou Elevação. Se o trabalho do Mestre da Loja apresentar alguma deficiência,
um trabalho impecável do Diácono apagará qualquer má impressão surgida.
Ao contrário, por mais impressiva e soberba que seja a atuação do Mestre
da Loja, um trabalho mal conduzido por parte do Diácono arruinará a
Cerimônia. É preciso ter sempre em mente que o Diácono é o ponto focal de
uma Cerimônia . Todos os olhos estão voltados para ele porque ele é o
responsável imediato do Candidato e o Candidato é o centro de atenção e
atração.
O Diácono familiarizado com o ritual saberá fazer exatamente "o que",
"como" e "quando". Como resultado, evitar-se-ão hiatos desagradáveis nos
procedimentos de uma Cerimônia.
Quando o Diácono dirigir-se a um Candidato deve dar a orientação
num tom de voz bem baixo, mas de modo claro. Murmúrios e cochichos
muitas vezes não são entendidos.
Ao portar a sua Vara de Ofício, o Diácono deve ter em mente que ela
é uma insígnia do cargo. Ela não deve ser usada como bengala quando
andando e nem como muleta quando parado. Ela deve ser segura sempre
verticalmente com sua base a poucos centímetros do chão e sempre com a
mão direita . As únicas vezes que a Vara passa para a mão esquerda ocorrem
durante o Juramento e as Preces.

Não é necessário que o 1OD porte a sua Vara quando levar o Livro de
Atas para que o Mestre da Loja o assine, nem o 20D quando atender a Tábua
de Delinear. Nas atividades referentes a votações os Diáconos não portam
as Varas.

54
Cargos e Funções em Loja

Ao conduzir um Candidato o Diácono não deve esquecer que o Passo


deve preceder o sinal.
Durante as votações o Z0 D distribui as "pedras" começando com o
Past Master Imediato, depois segue pelo lado Sul da Loja, lado ocidental,
lado norte e finalmente com o Mestre da Loja. Não é totalmente errado
iniciar com o Mestre da Loja. O 1°0 carrega a caixa com as duas gavetas e
mostra-a ao Mestre da Loja ou Past Master Imediato que a examinará antes
de se iniciar o recolhimento das "pedras". O Mestre da Loja ou Past Master
Imediato mostrará que a gaveta do "NÃO", está vazia. Em algumas Lojas o
1°0 mostra a caixa em primeiro lugar para o 2°V, depois ao 1ov e finalmente
ao Mestre da Loja. Os três mostrando que a gaveta do "NÃO", está vazia.
O recolhimento das "pedras" é feito na mesma ordem que a distribuição
e o procedimento de anunciação também é o mesmo.
Maiores explicações, desta parte, podem ser encontradas no capítulo
que trata das "Votações Secretas".
É o 1°0 que leva o Livro de Atas para que o Mestre da Loja o assine
assim que este anunciar para a Loja que a Ata anterior foi aprovada. É ele
também que devolve o Livro ao Secretário. Deve ser evitado colocar o Livro
de Atas sobre o VLS. A Ata deverá ser previamente assinada pelo Secretário.
Durante a Abertura ou Encerramento da Loja, em qualquer Grau, o
Z0 D só sai do seu lugar para atender a Tábua de Delinear depois que o 2ov
tiver dado as batidas.
Guarda Interno (lnner Guard)
Este Irmão é o elo de comunicação entre a Loja e o mundo exterior.
Ele é o responsável pela porta da Loja e nada deve demovê-lo do seu controle
enquanto ela estiver aberta. Isto quer dizer que nenhum Irmão seja qual for
sua graduação, pode passar pela porta sem sua permissão. A posição do
Guarda Interno na Loja é logo à esquerda do 1 °V e todas as suas
comunicações devem ser feitas desse lugar e não em outro.
Batidas na porta da Loja dadas pelo Guardião, se não houver trabalho
em andamento, são um sinal ao Guarda Interno que ele deve levantar-se,
dar o Passo e fazer o Sn do Grau no qual a Loja está aberta e informar o 2°V
de que "Batem à porta". O Guarda Interno deve lembrar-se que ao fazer a
comunicação ao 2ov ele deve somente voltar a cabeça para ele, não o corpo
todo. O corpo sempre deve estar voltado para o Leste. Depois de receber a
resposta do 2ov, o Guarda Interno baixa o sinal e segue diretamente para a
porta. Recebendo o recado do Guardião ele fecha a porta, volta para frente
de sua cadeira e repete o recado para o Mestre da Loja com Passo e Sinal.

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Anato/i 0/iynik

Ao admitir um Irmão da Loja ou Visitante, o Guarda Interno deve


informá-lo do Grau em que a Loja está trabalhando afim de que as saudações
sejam as corretas. Nenhum Irmão deve ser admitido em Loja sem a devida
informação ao Mestre da Loja.
O Guarda Interno deve ter sempre em mente que Irmãos não "exigem"
admissão. Eles "pedem" ou "procuram". Os únicos que "exigem" são o Grão-
Mestre (Geral ou Estadual), seus Adjuntos, ou quem os representar
oficialmente.

Somente na abertura da Loja no Primeiro Grau é que o Guarda Interno


chama o 2ov pelo seu nome e neste caso ele não dá o Passo nem faz o Sinal.
Em qualquer outra ocasião, em Loja aberta, sempre será "Irmão Segundo
Vigilante". Em nenhuma ocasião, em Loja aberta, o Mestre da Loja será
chamado pelo seu próprio nome.
O Guarda Interno não deve abrir a porta para um Candidato a qualquer
Grau enquanto o banco de ajoelhar não estiver na sua devida posição, nem
antes que os Diáconos estejam a postos junto à porta para receber o
Candidato. Ao receber o Candidato o Guarda Interno nunca sai da Loja. Sua
posição é sempre do lado de dentro. É o Guardião Externo que deve conduzir
o Candidato até bem próximo do Guarda Interno que está na soleira.
Normalmente o Guarda Interno é um novato na Ordem e ele pode
embaraçar-se com estes inúmeros detalhes, principalmente com os Visitantes
que podem portar insígnias desconhecidas. Ele deve, por isso, observar com
cuidado a atuação do Guardião que normalmente tem mais experiência.
Entretanto, se passou pelo cargo de Mordomo, e tiver sido perspicaz, seu
embaraço será bem diminuído.
Nenhum cerimonial deve ser interrompido para se fazer uma
comunicação. Deve ser aguardada uma ocasião oportuna. Às vezes o bom
senso indica que o Guarda Interno deve chamar a atenção do 2ov com
discrição para o momento mais conveniente.
Guardião (Tyler]
Este Oficial, como não é indicado pelo Mestre da Loja, mas eleito
pelos Irmãos, pode ser reeleito por anos a fio, principalmente se ele for um
homem de tato e cortês, porquanto ele é o primeiro a entrar em contato
com os Visitantes e também porque durante as Cerimônias ele é o primeiro
Oficial a receber os Candidatos, uma vez que é ele quem deve prepará-los.
Em algumas Lojas, quando o Guardião não possui experiência suficiente, o
Mestre da Loja solicita que o Diretor de Cerimônias ou outro Irmão hábil
ajude o Guardião na tarefa de preparar os Candidatos .

56
Cargos e Funções em Loja

Um trabalho muito útil que o Guardião presta, ocorre quando o


Candidato tem licença para retirar-se da Loja para retomar seu conforto
pessoal. Nesta ocasião, o Guardião deve procurar ensinar ao Candidato como
proceder na reentrada, dar o passo e fazer o sinal ou sinais. Esta instrução
fraternal ajudará os Diáconos fazendo com que a reentrada seja um
acontecimento digno.
Esmoler (Aimoner)
O Esmoler é "o distribuidor oficial de esmolas" [The official distributor
of a/ms] da Loja. O seu dever é dar atenção aos Irmãos e seus dependentes
com problemas de saúde, dificuldades financeiras, perda de um ente querido
ou qualquer outro infortúnio. Cabe a ele manter um elo das famílias com a
Loja, dando a devida atenção aos familiares de membros já falecidos. Portanto,
a sua função é de distribuir os donativos à bem da caridade entre os
necessitados, visitar os doentes e ficar atento quanto aos possíveis candidatos
para ajuda.

Provedor da Caridade ou Mestre da Caridade (Charity


Steward]
A função do Provedor da Caridade é de angariar fundos dos Irmãos
para fins de caridade. A jóia do cargo é uma Trolha. Ela nos ensina que nada
pode ser unido sem o cimento apropriado e que a perfeição da construção
em muito depende da sua correta disposição. Assim, a caridade, que é o elo
da perfeição e da união social, deve ligar as mentes e os interesses distintos
de modo que, como o raio de um círculo, que se estende do seu centro a
todos os pontos da circunferência, o princípio da benevolência universal
possa ser difundido a cada membro da comunidade.
Mordomo ou Mestre de Banquetes (Steward)
Embora seja um cargo suplementar, é a primeira atividade para a
longa jornada que um Maçam deve enfrentar até alcançar o Mestrado, se
assim ele o desejar. Tão logo o Companheiro seja Elevado ao Grau de Mestre
Maçam, o Mestre da Loja pode nomeá-lo como Mordomo . Não há limites
para o número de Mordomas numa Loja. Há Lojas que possuem até seis.
A função do Mordomo é recepcionar os Visitantes, verificar se eles
estão apropriadamente acomodados e garantir que sejam tratados de tal
forma que não prejudique a reputação hospitaleira da Loja, ajudar na coleta
das subscrições (anuidades e taxas), supervisionar as despesas da Loja nos
intervalos, providenciar para que as mesas sejam guarnecidas
adequadamente bem como, dar assistência aos Diáconos e demais Oficiais
da Loja no desempenho de seus deveres, se for necessário, dentro da Loja.

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Anato/i 0/iynik

Maçônicas, são audíveis, isto é, após o Sinal e ao baixá-lo, bate-se com a


mão na coxa. Em qualquer outro caso a saudação se faz em silêncio.

É possível que o Mestre da Loja esqueça de pedir que os Aprendizes


se retirem ao abrir a Loja no Segundo Grau, ou os Companheiros quando a
abrir no Terceiro Grau. O Diretor de Cerimônias deve estar atento e alertá-
lo no momento que isto ocorrer.
Na Loja, o Diretor de Cerimônias sempre deve carregar a sua Vara de
Ofício. Um Diretor de Cerimônias hábil é capaz de fazer todos os Sinais sem
largar a sua Vara, mas as vezes ele "sente" que é necessário largá-la
temporariamente em algumas saudações, então ele deve colocá-la num
suporte logo ao seu lado. Evitar passá-la para outro Irmão.

Nas Cerimônias de Instalação o Diretor de Cerimônias deve conduzir


os Past Master's que irão ocupar as cadeiras de 1ov, 2ov e Guarda Interno.
Depois da abertura da Loja no Segundo Grau o Diretor de Cerimônias ou um
Past Master, apresenta o Mestre Eleito ao Mestre da Loja. Cuidado para não
chamá-lo de Venerável Mestre Eleito.

Tem sido uso entre os maçons de York que, quando os Mestres Maçons
são readmitidos, na Cerimônia de Instalação, os Mestres Maçons Visitantes
de outra Obediência Maçônica reconhecida entrem em primeiro lugar e que
tomem seus assentos. O mesmo vale para os Companheiros e Aprendizes,
se houver. Depois entram os restantes Mestres Maçons (ou Companheiros
ou Aprendizes) e caminham pelo lado norte para formar a fila para a
perambulação.

Nas Cerimônias de Instalação, como não há 2°D designado, é o Diretor


· de Cerimônias que se encarrega das Tábuas de Delinear.

Ainda, nas Cerimônias de Instalação, os Irmãos que são convidados a


se retirarem da Loja antes da Cerimônia Esotérica para o Mestre da Loja,
não fazem saudação quando saem. A razão para isso é que por ordem direta
do Mestre da Loja, o dever do Guarda Interno é abrir a porta; uma vez a
porta aberta, a Loja não está devidamente coberta e por isso não se pode
mostrar qualquer Sinal.

Durante o encerramento da Loja nos diversos Graus, o Diretor de


Cerimônias deve ficar atento com a posição do Esquadro e do Compasso que
estão sobre o Volume da Lei Sagrada. É possível que o Past Master Imediato
esqueça de ajustá-los.

Durante as perambulações, aquele que as liderar, deve ter o cuidado


de que as saudações ao Mestre da Loja não podem ser dadas com o Irmão

60
Cargos e Funções em Loja

andando. Ele deve parar, dar o Passo e fazer o Sinal. É essencial a parada
porque o Passo deve ser dado antes de qualquer Sinal Maçônico. Durante a
comunicação dos Sinais e Segredos de cada Grau é dito ao Candidato que "é
nessa posição que os Segredos do Grau são comunicados". A posição aludida
só pode ser alcançada dando-se o Passo. Logo, as saudações andando
contrariam o Ritual.
Durante a Investidura dos Oficiais da Loja, finalizando a Cerimônia de
Instalação do Mestre da Loja, não se faz o "esquadramento" durante o
percurso que o Diretor de Cerimônias faz com o novo Oficial. Há sistemas
maçônicos que adotam o "esquadramento", mas isso não é correto.
Quando o Oficial a ser empossado o é pela primeira vez, o Diretor de
Cerimônias deve colocá-lo ao lado norte da mesa do Mestre da Loja. Se ele
for um Past Master, então será colocado no lado Sul.
O Diretor de Cerimônias deve ter sempre em mente em conduzir o
Past Master que atuou como Oficial Interino, para o seu assento tão logo
seja substituído . O Mestre da Loja poderá agradecer a ajuda, individualmente,
logo após a substituição e antes que ele se sente. Se o Mestre da Loja
preferir pode agradecer a todos juntos logo após as substituições ou então
no terceiro levantamento.

Assistente do Diretor de Cerimônias (Assistant Director of


Ceremonies)
A sua função é dar assistência ao Diretor de Cerimônias e substituí-lo
na função em suas eventuais faltas. Deve estar sempre preparado para
desempenhar todas as funções atribuídas ao Diretor de Cerimônias como se
fosse o titular do cargo.
Capelão (Chaplain)
A função do Capelão, tanto na abertura quanto no encerramento e em
todas as cerimônias, é invocar as bênçãos do Todo Poderoso para as atividades
da Loja. Ele é o orientador para toda a Verdade, diretor dos passos da
Felicidade e orientador de todos os Deveres . O seu lugar em Loja é
imediatamente ao lado do Past Master Imediato.
Organista (Organist)
A função do Organista é prover a Loja com a concordância dos sons
agradáveis, concórdia e harmonia que sempre deve ser encontrada entre as
principais características da Ordem. Sendo a sua jóia (uma Lira) um emblema
da concórdia, deve ele nos estimular a manter a harmonia, a boa vontade e
afeição com os membros da Loja e com todos os Irmãos da Arte Maçônica.

61
Anato/i 0/iynik

Past Master Imediato (lmmediate Past Master)


Estritamente falando, o Past Master Imediato não é um Oficial da
Loja. Por via de fato ele é o mais novo Past Master da Loja e tem assento
privilegiado durante um ano. Ele não é o representante do Mestre da Loja.
Ele senta-se imediatamente ao lado esquerdo do Mestre da Loja. Obviamente,
o Mestre da Loja com sua experiência, pode ajudar o seu chefe com toda a
habilidade quando a ocasião demandar. O Past Master Imediato deve ter
sempre em mente que ele não é um preceptor, por isso não lhe cabe interferir
seguidamente no trabalho do Mestre da Loja.
Durante a abertura da Loja, uma tarefa do Past Master Imediato é
abrir o VLS e colocar corretamente o Esquadro e o compasso. A posição
correta é a de que o Mestre da Loja possa lê-lo, e que as pontas do Compasso
e o vértice do Esquadro apontem para o Mestre da Loja.

Um erro que comumente se observa é aquele em que o Past Master


Imediato coloca-se imediatamente atrás do Mestre da Loja na procissão de
encerramento. Ele será colocado entre os Past Masters e por ser o mais
novo deles ocupará um lugar entre eles.

Nas reuniões festivas, novamente, o Past Master Imediato ocupará o


assento à esquerda do Mestre da Loja.
A posição do Past Master Imediato ficará evidenciada durante a
ausência do Mestre da Loja. Se o Mestre da Loja se ausentar o Past Master
Imediato assumirá o cargo. Na falta deste último, o Past Master mais antigo
presente na Loja assumirá. A Constituição da Grande Loja Unida da Inglaterra
rege todos os problemas que afetam a ausência do Mestre da Loja como
também a linha de substituições. O leitor poderá se inteirar do assunto
junto ao Apêndice XII deste livro.

62
Capítulo 6

ROTEIRO PARA OS "TRABALHOS EMULAÇÃO"

E ste roteiro assume importância fundamental aqui no Brasil,


especialmente porque há poucas lojas que adotam os Trabalhos
de Emulação para sua orientação ritualística, e o assunto é pouco divulgado.
Com isso, aplicam-se procedimentos de outros rituais que criam
interpretações equivocadas e dificultam o desenvolvimento dos trabalhos da
loja.

O roteiro nada mais é do que uma descrição pormenorizada que orienta


e disciplina a seqüência dos trabalhos, de forma lógica e estruturada. Seria
o mesmo que dizer, "Ordem dos Trabalhos". Para as lojas inglesas, o roteiro,
embora exista na prática, não é escrito. Ele é transmitido de boca a ouvido
e contém procedimentos administrativos e ritualísticos. Quem ler o original
do ritual inglês, não encontrará os procedimentos administrativos escritos
nele. Tem-se a impressão que há uma lacuna ou que está faltando uma
parte do ritual. Por esse motivo, há uma certa confusão nos procedimentos
por parte das lojas brasileiras que adotam o Ritual Emulação. Como não
está escrito, cada loja faz as suas adaptações e a confusão decorre dessa
falta de padronização. Por esse motivo, decidi criar um capítulo que descreve,
detalhadamente, a seqüência dos Trabalhos de Emulação e com isso, espera-
se que o procedimento seja padronizado pelas lojas brasileiras.
No ritual que revisei para o Grande Oriente do Brasil, na condição de
Grande Secretário-Geral de Orientação Ritualística Adjunto para o Rito de
York e que se encontra em vigor desde 22/10/1999 (Decreto n° 0289),
inclui na parte introdutória daquele ritual um roteiro, embora tenha havido
algumas reações manifestadas por alguns maçons mais conservadores .
Apesar disso, considero oportuna esta minha intervenção no ritual de 1920,
traduzido do original inglês pelo irmão Joseph Thomaz Wilson Sadler,
P.A.G.DC; 1°DG.W., pois todos os equívocos quanto à prática correta do
procedimento ritualístico, aqui no Brasil, decorrem da falta desta orientação.
Na Inglaterra e nas Lojas além-mar da jurisdição britânica, ele é desnecessário
Anato/i 0/iynik

porque as Lojas inglesas executam o ritual e os procedimentos de cor. Aqui


no Brasil não há esta tradição, por este motivo, reproduzo no final deste
capítulo sob a denominação Orientações Gerais, o roteiro que introduzi no
Ritual do Primeiro Grau do Grande Oriente do Brasil. Estas orientações são
sugestivas e não fazem parte do Ritual Emulação inglês.

ORIENTAÇÕES GERAIS
l. Apresentação
Esta parte descreve as orientações gerais sobre os procedimentos do
Ritual Emulação, no Primeiro Grau .

2. Ordem dos trabalhos


1. Entrada dos Irmãos.

2. Entrada dos Principais Oficiais.

3. Abertura da Loja e Apresentação da Carta Patente.

4. Leitura e Confirmação da ATA.

5. Recebimento de Cartas e Comunicações.


6. Agenda (Ordem do Dia) .

7. Levantamentos.

8. Encerramento.

Algumas Lojas costumam incluir na Ordem dos Trabalhos, um item


que trata de "Quaisquer assuntos de interesse da Loja". Este item geralmente
é incluído após a Ordem do Dia (item 6) e antes dos Levantamentos (item
7). Nesta ocasião, são lidas as propostas de candidatos à Iniciação, Filiação
e são apresentados outros assuntos de interesse da Loja como um todo.

Considero desnecessário este procedimento, pois os assuntos de


interesse da Loja podem ser apresentados no Terceiro Levantamento, e
outros assuntos que porventura existam, podem ser distribuídos nos demais
Levantamentos, de acordo com o nível do assunto, fazendo com que os
levantamentos se tornem mais substanciosos. Lembramos que a discussão
desses assuntos, não se dá em Loja aberta, mas sim nas reuniões
administrativas. Os Levantamentos destinam-se, tão somente, à apresentação
do assunto em Loja, sem gerar alguma espécie de debate ou
questionamentos.

64
Roteiro para os Trabalhos Emulação

3. Detalhamento da Ordem dos Trabalhos


3. 7- Entrada dos Irmãos
Todos os Irmãos, inclusive os visitantes comuns, adentram a Loja e
aguardam, informal mas respeitosamente, a entrada dos Principais
Oficiais (2ov, 1ov e Mestre da Loja).

A entrada dos Irmãos do quadro, inclu indo os Irmãos visitantes que


não sejam autoridades, se dá antes da entrada dos Principais Oficiais.

Os Irmãos do quadro e os Irmãos visitantes comuns entram na Loja,


sem nenhuma formalidade, e aguardam, respeitosamente sentados, nos
seus devidos lugares, o momento de entrada dos Principais Oficiais e de
autoridades maçônicas, se houver. Neste ínterim, é de praxe que o Organista
execute algumas peças musicais, apropriadas para a ocasião, no sentido de
tornar o ambiente mais agradável e acolhedor. Uma providência oportuna é
a designação, por parte do Diretor de Cerimônias, de dois Mordomas para
atuarem no interior da Loja, um no Norte e outro no Sul. Os Mordomas
teriam como responsabilidade a preparação da Loja, a orientação aos Irmãos
quanto aos lugares a serem ocupados e principalmente a manutenção da
disciplina e harmonia, evitando aglomerações de grupos que acabam
prejudicando a entrada dos principais oficiais.
Na Inglaterra, muitas Lojas possuem um órgão musical no interior do
Templo . Esse instrumento musical, quando bem aplicado pelo Organ ista,
geralmente um músico, tem dupla função: Entreter, com excelentes peças
musicais, os Irmãos que aguardam a entrada do Mestre da Loja e seus
Vigilantes e executar o Hino da Loja por ocasião das Procissões de entrada e
saída do Templo.

Todas as lojas podem criar seu hino próprio, a ser cantado por todos
os presentes e acompanhado pelo Organista por ocasião da entrada e saída
dos Principais Oficiais. As lojas inglesas, por sua vez, possuem um hino
padrão para toda a Inglaterra, inclusive para as Lojas Distritais situadas fora
do Reino Unido. A letra deste hino pode ser encontrada nos anexos, mais
especificamente no Apêndice I deste livro.
Aqui no Brasil, a Loja James Anderson no 2237, federada ao Grande
Oriente do Brasil e que trabalha no Emulação na cidade do Rio de Janeiro,
gravou um CD com os Hinos Inaugural e Vesperal cantado por um coral a
partir do hino inglês, traduzido para a língua portuguesa . Esse exemplar
trabalho é creditado ao Irmão Wilson Fortunato Dantas.

A adoção e execução de um Hino por parte das Lojas do Rito de York

65
Anato/i 0/iynik

é altamente recomendável pelo efeito benéfico que ele produz nos obreiros
atuando como um verdadeiro lenitivo para a alma.

3.2- Entrada dos Principais Oficiais


A procissão é organizada pelo DC na ante-sala, conforme procedimento
específico.

Notas:
• A entrada dos Principais Oficiais em procissão, é facultativa da
Loja, ou seja, se a Loja decidir que deve liaver procissão, então ela
deverá ser feita regularmente. Caso contrário, não se faz, salvo:
• A entrada do Grão-Mestre em procissão, é obrigatória. Dá-se, de
modo especial, após a leitura e confirmação da ATA.

Cabe esclarecer que a Loja deve definir como se comportará


rotineiramente quanto ao procedimento, pois a falta de hábito de entrar em
Procissão, dificultará o entrosamento da Comissão quando for realizá-la nas
situações indispensáveis. Isso exigirá um treinamento preparatório para evitar
vexames durante o séqüito quando o Grão-Mestre, por exemplo, visitar a
Loja.

Se a Loja optar pela entrada informal dos Principais Oficiais, adota-se


o seguinte procedimento:

• Diretor de Cerimônias, na ante-sala, anuncia que o Mestre da Loja


e seus Vigilantes entrarão na Loja naquele momento; os Irmãos
que se encontram no interior da Loja ficam em pé, sem estar à
Ordem, até que os Principais Oficiais ocupem as suas cadeiras.
Entrementes, o Hino Inaugural da Loja é executado.

A forma como a procissão é organizada será tratada em lugar específico


deste livro.

3.3- Abertura da Loja, Apresentação da Carta Patente


A Carta Patente da Loja é apresentada antes de se 1n1c1arem os
trabalhos de abertura e logo após a execução do Hino (se houver).

Nas reuniões regulares de Loja aberta, não é necessário abrir a Carta


Patente para mostrá-la ao Se.c retário. Basta anunciar: "Irmão Sec., a
Carta Patente está presente na Loja para inspeção dos Irmãos, nesta
ou em qualquer outra ocasião." para que ele registre na ATA que a
carta foi apresentada. Portanto, abrí-la ou não pode ser uma opção do
Mestre da Loja.

66
Roteiro para os Trabalhos Emulação

Nas cerimônias ela deve ser aberta nas seguintes situações:

a) Quando mostrada ao Candidato numa Iniciação;


b) Quando for entregue nas mãos do novo Mestre da Loja numa
Instalação.
As Lojas do Rito de York, sem distinção, somente podem iniciar seus
trabalhos se a Carta Patente estiver presente. Além de estar presente, ela
deve ser apresentada aos Irmãos. A apresentação da Carta se dá após o
cântico do Hino e antes da abertura dos trabalhos. Este procedimento serve
para mostrar que a Loja tem autorização para realizar os seus trabalhos,
porque nenhum trabalho pode ser iniciado, se a Carta Patente não estiver
presente na Loja.
A Carta Patente de uma Loja do Rito de York, não fica exposta num
quadro emoldurado. Ela permanece enrolada em forma de pergaminho que
fica sobre o Pedestal do Mestre da Loja.

3.4- Leitura e confirmação da ATA


A leitura e a confirmação da ATA da última reunião regular da Loja não
deve ser dispensada, mesmo quando constar na Agenda as cerimônias
de Iniciação, Passagem, Elevação e Instalação do Mestre da Loja.
Pare ler a ATA Secretário levanta-se, dá o P, faz o Sn. de Aprendiz que
desfaz, e permanece em pé durante a leitura. Terminada a leitura e confirmada
a ATA, o 1OD levanta -se, e se dirige, diretamente, até a mesa do Secretário,
sem contornar ou "esquadrar" a Loja; apanha a ATA, já assinada pelo
Secretário, e leva-a, também, diretamente até o Pedestal do Mestre da Loja
para assinatura, sem contornar ou "esquadrar" a Loja. Após a ATA ter sido
assinada pelo Mestre da Loja, ela é devolvida ao Secretário. O 1oo, não
porta sua Vara de Ofício nesta ocasião.
3.5- Recebimento de Cartas e Comunicações
Durante a leitura do expediente (cartas e comunicações), o Sec. só lê
a correspondência comum, previamente designada pelo Mestre da
Loja. Os atos oficiais (ATOS, DECRETOS e Correspondência Oficial)
são lidos no primeiro e segundo levantamentos, respectivamente.

O Sec. coloca-se em pé, dá o P, faz o Sn de Apr., que desfaz, e inicia


a leitura do expediente em pé.
3.6- Agenda (Ordem do Dia)
São os assuntos centrais da reunião. Por exemplo: Iniciação, Passagem,
Elevação, Filiação, Instalação do Mestre da Loja, Votação de candidatos,

67
Anato/i 0/iynik

Confirmação de decisões das reun1oes administrativas, Palestra,


Conferência, Preleção e Ensaio.

Notas:
• Palestras e Conferências, são realizadas com a Loja em descanso.
Terminado o assunto, a Loja retorna aos trabalhos conforme o ritual.

• Os Ensaios são realizados com a Loja aberta imitando a própria


cerimônia.

• As Preleções são realizadas com a Loja aberta no Grau


correspondente.
3. 7- Levantamentos
Os Levantamentos são os momentos específicos que os maçons utilizam
para apresentar à Loja os seus assuntos pessoais ou solicitar desta, algum
esclarecimento. Esta denominação decorre do procedimento adotado. O
Mestre da Loja levanta-se, anuncia o Levantamento e senta-se. Aqueles que
têm algum assunto para propor à Loja ou alguma informação relevante,
levantam-se e colocam-se à Ordem, permanecem assim por alguns segundos
e sentam-se em seguida. Este procedimento indica que o maçom está se
inscrevendo para falar. Neste ínterim, tanto o Mestre da Loja quanto o
Secretário fazem suas anotações. Depois que todos os inscritos estiverem
sentados, o Mestre da Loja autoriza o pronunciamento nomeando o maçom
que irá falar. Não há nenhuma prevalência para falar. A decisão de escolha e
seqüência para falar é exclusiva do Mestre da Loja. Os Irmãos ao fazerem
uso da Palavra levantam-se, dão o Passo e fazem o Sinal do Grau que
desfazem em seguida, e falam sem estar à Ordem.
3. 7. 1- Primeiro levantamento:
São tratados os assuntos do Grande Oriente do Brasil - Poder Central.
Neste levantamento são lidos os ATOS, DECRETOS e Correspondência
Oficial do Grão-Mestre Geral.

3.7.2- Segundo levantamento:


São tratados os assuntos da Obediência Estadual. Neste levantamento
são lidos os ATOS, DECRETOS e Correspondência Oficial do Grão-
Mestre Estadual.
3.7.3- Terceiro levantamento:
São tratados os assuntos da Loja e os assuntos pessoais e da bem
querença entre os Irmãos. Neste levantamento são feitas, também,

68
Roteiro para os Trabalhos Emulação

as proposições de candidatos (Iniciação, Filiação).

O Primeiro Diácono circula a Sacola de Benevolência como último item


da Ordem do Dia.
Notas:
1) Esta é uma questão para a Loja decidir: se houver a circulação da
sacola durante os trabalhos, este é o momento apropriado.
2) Toda proposta deve ser secundada por outro Irmão, caso contrário,
não será considerada. Não deve haver nenhuma discussão a respeito
das qualidades do candidato em Loja aberta. O proponente
simplesmente apresenta o candidato, descrevendo os dados
principais, sem nenhuma discussão ou questionamento. A análise
do candidato será realizada na reunião administrativa da Loja, assim
como sua aprovação. Retorna a Loja para confirmação.
3.8- Encerramento
Será sempre formal, seguindo-se o ritual.

Saída dos Principais Oficiais, conforme ritual específico, se a Loja adotar


a Procissão de Encerramento.

Saída dos Irmãos e visitantes, sem formalidades, após a saída dos


Principais Oficiais.
A Loja jamais poderá ser encerrada por golpe de malhete.
Após o encerramento dos trabalhos, procede-se a saída. Assim como
na entrada, fica inteiramente para a Loja decidir a forma que se dará a saída
dos Principais Oficiais, se em Procissão ou informalmente.
Se a saída for em procissão o Hino deve ser executado. Se a saída for
informal, todos os Irmãos se retiram depois que o Mestre da Loja e seus
Principais Oficiais o façam.

Havendo autoridades da Obediência a saída delas se dará,


obrigatoriamente, em Procissão, sem a execução do Hino e antes do
Encerramento dos trabalhos.
O Grão-Mestre pode, segundo sua vontade, decidir que sua saída se
dará após o encerramento dos trabalhos juntamente com os demais Irmãos,
mas jamais pode ser induzido a tal decisão.
Tão logo as autoridades tenham saído da Loja, os Oficiais que formaram
a Procissão retornam e tomam assento nos seus lugares. O Mestre da Loja
procede então o encerramento dos trabalhos, segundo o Ritual.

69
Anato/i 0/iynik

4. O Malhete
Onde aparece o sinal ( ! ) dar uma batida apenas, a menos que o sinal
seja repetido. Neste caso, o número de batidas segue a quantidade de sinais
repetidos.

O Malhete deve ser utilizado de maneira digna e mantido o ritmo


adequado. Só é usado para desferir batidas, conceder e cassar a palavra,
abrir e fechar os trabalhos. As batidas executadas pelo 1ove 2ov não podem
ser mais fortes, em hipótese alguma, do que as batidas desferidas pelo
Mestre da Loja.

Em outras situações, o malhete repousa sobre o Pedestal.

5. Abertura do VLS e sobreposição do E. e C.


O VLS {Volume da Lei Sagrada) é aberto sobre o Pedestal do Mestre
da Loja pelo Past Master Imediato - PMI de modo que a impressão fique na
posição de leitura do Mestre da Loja .

O E. e o C. são colocados sobre a página d., como vista pelo ML,


sendo o â. do E. e as ps. do C. direcionados para a base da página e para o
ML, exceto no momento em que o Cand. presta seu juramento; nessa ocasião,
o VLS deve estar voltado para ele, com as ps. do C. e o vértice do E. assim
também direcionados.

Observações:
a) Na abertura ou no encerramento do VLS não há trecho para leitura,
em hipótese alguma .
b) O E. e o C. devem ser de tamanho proporcional a uma página do
VLS sobre a qual são sobrepostos, permitindo que uma delas
permaneça livre e que o VLS possa ser fechado, por ocasião da
chamada para o descanso, sem que a sobreposição do E. e do C.
seja desfeita.

6. Movimentação
A nenhum Irmão é dado movimentar-se em Loja aberta sem o
acompanhamento do DC ou ADC ou de um dos Diáconos.

O "Esquadramento" só ocorre nas cerimônias (Iniciação, Passagem e


Elevação) e quando claramente especificado no Ritual durante as
perambulações.

Fora das Cerimônias, não há um sentido obrigatório de caminhar.

70
Roteiro para os Trabalhos Emulação

7. Aberturas e Encerramentos
A procissão para adentrar a Loja é uma questão inteiramente para a
Loja decidir (ver Notas do item 3.2).

Em todas as ocasiões em que o 2°V se dirige ao ML ele deve direcionar


o corpo diretamente para o norte da Loja, à frente, e somente virar a cabeça
(e não o corpo) para o ML.
Quando o GI se dirige ao 2°V ou ao ML, deve direcionar o corpo
diretamente para o Leste e somente virar a cabeça para o 2ov ou o ML;
deve, ainda, posicionar-se imediatamente à frente de sua cadeira.
Nas aberturas e encerramentos da Loja, na reversão dos trabalhos de
um grau para outro e na suspensão dos trabalhos para recreação, os ajustes
do VLS, E. e C. são feitos pelo PMI enquanto as batidas estão progredindo e
não em outro momento particular.

O 2°0 se movimenta para exposição da TD imediatamente após as


batidas do 2ov e não porta sua vara de ofício.

O GI não precisa esperar que a TD seja exposta para ir até a porta e


dar as batidas. Deve fazê-lo seguindo a seqüência das batidas dadas pelos
Principais Oficiais.

As Colunas devem ser levantadas e/ou baixadas, simultaneamente,


após as batidas do 2ov.

8. Chamamento para o trabalho


Quando a Loja for colocada em descanso a chamada para o trabalho se
faz pelo o DC que percorre o recinto e informa o término da recreação, se não
houver outro método de chamamento tais como cigarras, campainhas etc.
Os Irmãos ao adentrar ao Templo devem estar vestidos com seus
aventais.

9. Retardatários
O GE dá as batidas do grau no qual a Loja está aberta para anunciar
retardatários .
O GI, no momento conveniente, com P e Sn, na frente de sua cadeira,
anuncia as batidas ao 2ov e segue os procedimentos na forma descrita no
Ritual.
O GI anuncia somente o nome do retardatário e não adiciona outras
palavras tais como: "pede ingresso, busca admissão" ou semelhantes; quando

71
Anato/i 0/iynik

houver mais de um, anuncia: "Mestre, é o Irmão F.... acompanhado de


outros Irmãos".
O ML tendo ordenado a admissão do(s) retardatário(s), ele(s) se
posiciona(m) à e. do pedestal do 1°V e faz(em), em seqüência, todos os
Sns. de todos os Graus até àquele que a Loja está aberta.

Terminados os Sns. a Loja aplaude com uma batida da m. d. espalmada


sobre e perna direita na forma descrita no ritual.

Cumpridas as formalidades, o DC conduz o(s) retardatário(s) para


seus assentos, rompendo com o p. e . e empunhando a vara de ofício.

Obs.: Não se prevê o atraso de autoridades ou visitantes.

lO. Saudação e aplausos em Loja


A saudação às dignidades e autoridades presentes é feita após a
aprovação dos registras (ATA) pelo DC acompanhado por todos os Irmãos
em pé, exceto os homenageados.
Os aplausos em Loja são feitos com os Irmãos sentados e guiados
pelo DC. Todos, inclusive o ML, batem uma única vez com a m. d. sobre a
ex. da p. d., com ruído.
Os aplausos em Loja são procedidos nos seguintes momentos e
ocasiões:

O Após o encerramento de uma Palestra;


O Após o término de uma Alocução do Ritual numa Cerimônia (seja
pelo ML ou por outro Irmão encarregado de fazê-la);
O Após a Apresentação dos Instrumentos de Trabalho (em qualquer
grau);.
O Quando um Irmão Retardatário entra na Loja e saúda o ML com o
Sn do Grau (a partir da e. do 1°V).
O Na Cerimônia de Iniciação quando o Candidato retorna à Loja,
vestido.
O Após a Alocução de um Irmão do quadro ou visitante.

ll . Sacola de Beneficência
Corre o Templo no terceiro levantamento. É levada pelo 100,
começando pelo Mestre da Loja e depois, sem formalidades, para os demais.
Havendo muitos Irmãos no Templo o 2°D auxilia com a segunda bolsa.

72
Roteiro para os Trabalhos Emulação

Depois de esgotados todos os assuntos, e como último ato antes do


encerramento da Loja, o 1°Diácono circula a Sacola de Beneficência, a qual
é entregue, ao final da coleta, ao Tesoureiro. Não há nenhuma ordem pré-
estabelecida para circulação do 1°Diácono. Ele apresenta a sacola ao Mestre
da Loja, em primeiro lugar, e depois, indistintamente, circula a Sacola para
os demais. Durante este procedimento ele não "esquadra" a Loja e não
porta a Vara de Ofício. Havendo muitos maçons na Loja, o 20Diácono pode
auxiliar nesta tarefa, com uma segunda Sacola.

Nem todas as Lojas adotam este procedimento. Algumas, postam a


Sacola de Beneficência na saída do Templo; outras circulam durante o
momento de recreação quando a Loja realiza uma ceia fraternal; e outras,
ainda, nem circulam. Para estas é mantida, na ante-sala, uma caixa de
coleta que contém uma pequena abertura por onde os maçons depositam os
seus óbolos.

A circulação da Sacola de Beneficência não tem nenhuma significação


simbólica ou esotérica nos Trabalhos de Emulação. Ela serve simplesmente
para arrecadar valores monetários para serem aplicados em beneficência.
Pode ser representada por uma sacola propriamente dita, uma cesta ou um
prato de madeira fundo. Sua circulação não é obrigatória, mas havendo a
circulação, o valor arrecadado é conferido pelo Tesoureiro que informa ao
Secretário para ser registrado em ATA. Considerando que Tesoureiro e
Secretário sentam-se lado a lado, a comunicação é boca a ouvido entre
ambos. Na sessão seguinte, quando o Secretário lê a ATA, os Irmãos ficam
sabendo quanto foi arrecadado.

12. Pronunciamentos
Recomenda-se absoluta proibição de qualquer pronunciamento em
Loja até que a ATA tenha sido lida, confirmada e assinada.

13. Levantamentos
Há três períodos distintos em que os Irmãos fazem uso da palavra e
que são anunciados pelo Mestre da Loja nos levantamentos.

A cada período o ML bate ( ! ) sendo respondido pelos Vigilantes. Faz


o anúncio e os Irmãos que desejam falar ficam à Ordem, até que o Irmão
Sec. inscreva seus nomes, voltando a sentar-se.

O ML concederá a palavra a seu exclusivo critério, podendo, inclusive,


negá-la.

73
Anato/i 0/iynik

Para falar não há ordem estabelecida para concessão da palavra. Pode


falar um irmão do Oriente, depois outro de qualquer lugar da Loja, isto é,
não há precedência, com exceção do Grão-Mestre que é o último que fala.
Depois dele ninguém mais fala. Só o ML para encerrar os trabalhos.
Os Vigilantes solicitam a palavra com uma batida de Malhete a qual
lhes é concedida também com uma batida de Malhete dada pelo ML e falam
em pé.

No segundo e terceiro levantamento, se houver alguma mensagem


oficial ou Decreto do Grão-Mestre para ser lido, o DC pede aos Irmãos que
fiquem em pé e à ordem. Para isso deve ser previamente informado pelo
Secretário.
Havendo visitante(s), o ML orienta de como solicitar a palavra, sempre
no terceiro período.
Quando a Loja for posta em descanso, os levantamentos serão reunidos
num único período.
ML ( ! ) - Levanto pela única vez, reunindo os três levantamentos neste,
para perguntar se algum Irmão tem algo a propor para o bem da
Franco-Maçonaria em geral ou desta Loja (nominar) para assuntos
pessoais, da bem-querênça entre Irmãos e relativos à presente reunião.

14. Assuntos Administrativos, Profanos ou Debates


Nenhum assunto administrativo pode ser discutido em Loja aberta.
Esses assuntos são debatidos nas reuniões administrativas que devem ser
realizadas, no mínimo, uma vez por mês.
Também não são permitidos debates, maçônicos ou não, em Loja
aberta, em nenhuma hipótese.

15. Sessões
Todas as sessões da Loja são Sessões Regulares a saber:
a) Iniciação;
b) Passagem;
c) Elevação;
d) Instalação do Mestre da Loja;
e) Dedicação (Consagração) do Templo.
No Rito de York não existem denominações de "sessão econômica",

74
Roteiro para os Trabalhos Emulação

"sessão magna de ... " etc. Também não existem as "Sessões Públicas". Todas
as sessões são regulares de loja aberta, exclusivas aos maçons regulares.

16. Trabalhos nos três Graus


Os trabalhos são sempre abertos no Primeiro Grau e só então, se for
o caso, abertos no Segundo e no Terceiro Grau e antes dos Levantamentos.

Os Trabalhos somente são abertos no Segundo e no Terceiro Graus


para Cerimônia de Passagem, Elevação, Instalação de Mestre da Loja e
Dedicação (Consagração) do Templo e Ensaio, respectivamente. Nenhum
outro motivo justifica a abertura no Segundo e Terceiro Graus.

O Encerramento dar-se-á então no Terceiro Grau, a seguir no Segundo


e, finalmente no Primeiro Grau, com o conseqüente Encerramento da Loja.

17. Momento de Reflexão


O momento de reflexão pode ser adotado quando a Loja não possui o
seu Hino ou quando a Loja não adota o procedimento de se entrar em
Procissão com a execução do respectivo Hino.

Este momento, precede a abertura dos trabalhos, não sendo


considerado, portanto, procedimento ritualístico, assim como, não consta
no ritual original inglês.

Estando todos em pé no recinto do Templo, quando tudo estiver pronto


para o início da sessão, o 1°V faz um sinal ao ML.

Todos sentam. O 1ov autoriza o Organista a dar audição de peça


musical completa, previamente escolhida, com duração aproximada de até
5 minutos .

As luzes são diminuídas. Durante esse período não é permitida a


entrada de retardatários.

Terminada a audição musical, o Cap. faz uma prece curta. No final da


prece as luzes retornam e todos se levantam.

Recomenda-se que as peças musicais sejam do gênero clássico e


apropriadas para o ato.

18. Anúncio de visitantes e agradecimentos


Antes da abertura da Loja, o ML pode agradecer a presença de todos
e anunciar o nome dos visitantes especiais.

75
Anato/i 0/iynik

Findo o Terceiro Levantamento, o ML pode saudar os Irmãos visitantes


e transmitir a sua mensagem final. A seu critério, poderá delegar esta tarefa
ao Capelão que fará uso da palavra em pé.

19. Reversão da loja para outros graus


Nos Trabalhos de Emulação não é permitido abrir a Loja no 1° Grau
por golpe de malhete, mas depois de aberta é permitido revertê-la ao 20 ou
30 Grau, diretamente.

Se a Loja foi revertida por golpe de malhete ao 30 Grau, a volta ao 1o


Grau não pode ser por golpe de malhete. Ela deve ser encerrada
ritualisticamente no 2° Grau para depois ser fechada, também
ritualisticamente, no 1° Grau.

Depois de aberta, normalmente, no 1° Grau, ela pode ser revertida ao


2° Grau por golpe de malhete, mas o encerramento deve ser normal.

Se a Loja for aberta ritualisticamente, grau a grau, até o 30, ela pode
ser revertida di reta mente ao 2° Grau ou ao 1o Grau, mas não pode ser
encerrada por golpe de malhete .

20. Observações finais


a) A TD repousa numa espécie de cavalete, defronte ao pedestal do
2°V sempre relativa ao grau em que a Loja estiver trabalhando.
Deve ser colocada pelo 2°D. Ela pode, também, ser colocada logo
a frente e um pouco a direita da cadeira do 20D.

b) Sobre o Pedestal do 1°V são colocados o malhete e a coluneta de


Ordem Dorica .

c) Sobre o Pedestal do 2°V são colocados o malhete e a coluneta de


Ordem Corintia.

d) O B. de aj . colocado adiante do pedestal do ML permanece sempre


no mesmo lugar; aquele que está ao lado do pedestal do 1 ov, é
colocado junto a parede Ocidental e deslocado para o canto NO do
Pavimento Mosaico em todas as cerimônias onde o candidato tem
que aj., no momento da Prece.

e) Os Pedestais do ML, 1°V e 2°V devem ser colocados sobre estrados


de apenas um degrau e devem ser móveis, isto é podendo ser
movimentados quando o Templo for usado para Cerimônias.
f) Nas procissões (Entrada e Saída), o DC, ADC, 1OD e 20D portam

76
Roteiro para os Trabalhos Emulação

varas de ofício na mão direita. As varas são finas e leves (D = 2,5


cm; altura = 1,70 m).

g) A Carta Patente permanece sobre o pedestal do ML enrolada. Ao


apresentá-la, o ML deve apontar para sua localização.

h) Todas as ATAS são lidas e confirmadas no Primeiro Grau.


i) A Loja só é aberta no Segundo e Terceiro Graus, se houver Cerimônia
de Passagem, Elevação, Instalação de ML, Dedicação do Templo ou
Ensaio. Não havendo estas cerimônias, a Loja jamais é aberta nesses
graus.
j) A Loja deve realizar Ensaios ritualísticos no Primeiro, Segundo e
Terceiro Graus, antes das Cerimônias de Iniciação, Elevação,
Passagem e Instalação do Mestre da Loja. Os Ensaios são realizados
com a Loja aberta imitando a própria cerimônia.
k) No Rito de York não é permitido o uso de balandrau . O uso desta
vestimenta será permitido para os Irmãos visitantes de outros ritos.
Os maçons do Rito de York usam, nas Cerimônias, o terno preto,
camisa e luvas brancas, gravata preta e comprida, sapatos e meias
pretas; nas reuniões que não haja Cerimônia, o terno pode ser
escuro, gravata, camisa, sapatos e meias combinadas.

Importante:
É praxe universal, que os textos do Ritual Emulação não sejas lidos
em Loja, mas sim, memorizados pelos Oficiais e recitados "de cor".

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Capítulo 7

RITUAlÍSTICA NO PRIMEIRO GRAU

Procedimentos preliminares

A ntes da abertura da Loja o Diretor de Cerimônias deve verificar


se ela está preparada, isto é, se não há falta de algum móvel ou
instrumento de trabalho, se todos os cargos estão ocupados, se todos os
Irmãos estão paramentados etc . Deve, ainda, verificar quais Oficiais estão
ausentes e avisar o Mestre da Loja, bem como apontar substitutos.
A coisa mais desagradável que existe é constatar, durante a abertura
da Loja, a falta de cadeiras para autoridades e convidados, falta de
instrumentos de trabalho, Oficiais sem os colares, cargos não preenchidos,
entre outros. Aí começa o corre-corre, o improviso, a procura des12nfreada
por objetos faltantes . Tudo isso, desarmoniza a Loja, prejudica o início dos
trabalhos e, além de comprometer o seu desenvolvimento, revela incúria
por parte dos responsáveis por estas tarefas.
Na verdade, quem prepara a Loja são os Mordomes. Ao Diretor de
Cerimônias cabe a verificação final se está tudo conforme para que os
trabalhos possam ser iniciados assim, com a tranqüilidade necessária e.
indispensável. Para isso, os Mordomes designados devem comparecer com
pelo menos trinta minutos de antecedência para as providências preliminares.
Uma Loja pode ter tantos Mordemos quantos forem necessários para que as
tarefas sejam divididas e não haja sobrecarga sobre um determinado Irmão.

Para o bom andamento da Loja e para o desenvolvimento dos Irmãos


na Arte Maçônica, recomendo aos Mestres de Loja que, tão logo um Irmão
do quadro seja Elevado ao grau de Mestre Maçom, seja ele imediatamente
nomeado para o cargo de Mordomo. Esta providência dará ao novo Mestre
Maçom a oportunidade de ser útil ao quadro e, ao mesmo tempo prepará-lo
em sua jornada na cadeia de sucessão da Loja.
Estando a Loja devidamente preparada, o Diretor de Cerimônias solicita
que o Guarda Interno, o Guardião, o Organista e um ou dois Mordomos,
Anato/i 0/iynik

assumam os seus devidos lugares. Em seguida, convida os Irmãos, inclusive


visitantes que não sejam autoridades maçônicas, para que adentrem ao
Templo, vestidos, e tomem assento nos seus devidos lugares.
O Mordomo, já posicionado no interior do Templo, orientará os visitantes
não familiarizados como o Ritual Emulação quanto aos locais onde podem se
sentar.
O Organista executará peças musicais, preferencialmente do gênero
clássico, para manter um ambiente agradável no interior do Templo até que
os Principais Oficiais entrem na Loja para dar início aos trabalhos.
o Guardião permanecerá no seu posto, do lado de fora da porta da
Loja, até a conclusão dos procedimentos de abertura. Concluída a abertura,
a um sinal discreto do Guarda Interno que abre a porta, o Guardião entrará,
sem a espada, e sentará numa cadeira colocada ao lado esquerdo do Guarda
Interno. Antigamente o Guardião permanecia do lado de fora do Templo o
tempo todo. Hoje, não se justifica mais esta prática.
Cumpridas as formalidades supra, o Diretor de Cerimônias organiza e
conduz a Procissão para a entrada dos Principais Oficiais. Entrementes, o
Organista executa o Hino Inaugural (Hino de Abertura).
Durante a entrada dos Principais Oficiais, os Irmãos que estão dentro
da Loja se colocam em pé sem Sinal de Ordem e cantam o Hino Inaugural 1 •
Logo após a entrada dos Principais Oficiais na Loja e antes do início
dos trabalhos de abertura, o Mestre da Loja, em pé, apresenta a Carta-
Patente ao Secretário dizendo o seguinte:
ML - "Irmão Sec., a Carta-Patente está presente na Loja para inspeção dos
Irmãos, nesta ou em qualquer outra ocasião ."

Na realidade, o Mestre da Loja não mostra a Carta-Patente no sentido


literal da palavra. Ele apenas anuncia que ela se encontra presente, conforme
alocução acima para que o Irmão Secretário faça o registro na Ata. A Carta-
Patente só é mostrada em duas ocasiões distintas: A primeira, durante a
Cerimônia de Iniciação, quando ela é mostrada ao Candidato. A segunda,
por ocasião da Cerimônia de Instalação do Mestre da Loja quando ela e
mostrada ao Mestre Eleito e entregue a ele, logo em seguida. Nenhuma Loja
pode realizar uma sessão, sem que a Carta-Patente esteja presente.

' Hino de Entrada.

80
Ritualística no Primeiro Grau

Abertura (Opening)
Os Trabalhos Emulação são sempre abertos no Primeiro Grau e
ritualisticamente. Não existe abertura por golpe de malhete neste grau ..
A abertura da Loja inicia-se com uma batida de malhete desferida
pelos Principais Oficiais pela ordem: Mestre da Loja, 1 ov e 2°V. No Rito, não
se usa o termo "bateria". Usa-se, batidas.

Após as batidas e o chamamento do Mestre da Loja, todos se levantam,


se já não estiverem em pé.
Nas Lojas que adotam a entrada dos Principais Oficiais em Procissão é
comum que os Irmãos permaneçam em pé, desde a entrada destes até o
término do cântico do Hino da Loja. Terminado o cântico e estando os Oficiais
a postos, dá-se o início da abertura dos trabalhos. Por esse motivo, foi
colocado o adendo: "se já não estivem em pé".
Somente na abertura do Primeiro Grau que alguns Oficiais (2°V, 1°V e
GI) são chamados pelo nome. Nas aberturas do Segundo e Terceiro Grau
isso não é permitido. O Mestre da Loja jamais pode ser chamado pelo nome,
em nenhum Grau.
O Guarda Interno dirige-se até a porta e, sem abri-la, dá as batidas
do Grau e retorna para a sua posição em frente à cadeira. Para isso ele
caminha normalmente. Não é preciso "esquadrar" a Loja. Ele somente poderá
anunciar que a Loja está perfeitamente coberta, quando estiver em frente
da sua cadeira. É comum ver o Guarda Interno dar as batidas na porta e
falar daquela posição. Isso não é correto e deve ser evitado. Para falar, o
Guarda Interno deve estar perfeitamente ereto, corpo direcionado para o
Leste e somente a cabeça virada para o 2ov. Só então faz a alocução.
O 2°V, por sua vez, ao anunciar que a Loja está perfeitamente coberta,
também deve estar perfeitamente ereto, corpo direcionado para o Norte e
somente a cabeça voltada para o Mestre da Loja. Só então faz a alocução.
Quando os Irmãos dão o P, que sempre antecede o Sn de Aprendiz,
devem fazê-lo sem ruído. Evitar todo e qualquer procedimento que possa
provocar ruídos.
A postura correta neste momento é a seguinte: Os Irmãos que estão
no Oriente ficam com o corpo direcionado para o Ocidente; os Irmãos que
estão no Norte ficam direcionados para o Sul; os do Sul, para o Norte e os
do Ocidente, para o Oriente. Não é correto voltar-se para o Mestre da Loja.
Na alocução entre o Mestre da Loja e o 1 ov é dito que é dever do GI
"dar entrada", porque quem "admite" é o Mestre da Loja.

81
Anato/i 0/iynik

Nas alocuções entre o Mestre da Loja e os Vigilantes, é perguntado a


eles porque eles "ocupam" os respectivos lugares. A razão disto é porque o
2°V, assim como o 1°V, "ocupam" as cadeiras, enquanto o Mestre da Loja "é
colocado" na cadeira. Os Vigilantes "ocupam" as cadeiras por indicação do
Mestre da Loja e este é "colocado" na cadeira por ocasião da sua Instalação.
Esta é a razão para que duas alocuções muito parecidas possuam termos
diferentes no diálogo que se estabelece entre o Mestre da Loja, 2°V e 1ov
por ocasião da abertura da Loja no Primeiro Grau.
A exclamação "Que assim seja!" é salmodiada por todos os Irmãos da
Loja . Na Emulation Lodge of Improvement que é uma Loja de Instrução só
para Mestres, o (5o mote it be) é dito pelo Past Master Imediato somente.

Assim que o Mestre da Loja declarar que a está Loja aberta, todos
desfazem o Sn. Ao desfazer o Sn a mão fica aberta e não se deve bater com
ela sobre a coxa.
O Mestre da Loja dá as batidas do Grau.

O 1°V dá as batidas do Grau, ergue sua coluna e acende o seu castiçal.


O 2ov dá as batidas do Grau, deita sua coluna e acende seu castiçal.
Entrementes, o Past Master Imediato dirige-se, sem "esquadrar" a
Loja, até o Pedestal do Mestre da Loja enquanto as batidas estão progredindo,
posi ciona o VLS, sobrepõe os instrumentos, acende o castiçal e retorna ao
seu lugar, sem esperar que as batidas sejam concluídas. O VLS, as pontas
do C. e o vértice do E. ficam direcionados para o Mestre da Loja. Os
instrumentos são colocados na posição correta sobre a página direita como
visto pelo Mestre da Loja. Observe-se que não há trecho obrigatório para
abri r o VLS e o PMI, ao executar sua tarefa, não faz Sns ao Mestre da Loja,
em nenhum momento.
Neste ínterim, o 2°D se desloca para cuidar da Tábua de Delinear.
Para executar esta tarefa, ele não precisa portar a Vara de Ofício, nem
"esquadrar" ou circular a Loja. Ele vai diretamente até o Painel do Grau,
expõe-no, e retorna pelo mesmo caminho, normalmente. A Tábua de Delinear
é ex posta assim que o 2ov tiver dado as batidas.
·Todos os movimentos, incluindo o do Guarda Interno, devem acontecer
sim ultaneamente, ou seja, assim que o Mestre da Loja der as batidas, os
Ofici ais encarregados das tarefas (GI, PMI e 20D) se movimentam para
executá-las. O único cuidado a ser observado é para 20D que só expõe a
Tábu a de Delinear assim que o 2°Vigilante tenha completado as batidas.
Somente o 1°V (Dórica) e o 2°V (Coríntia) possuem colunetas sobre

82
Ritualística no Primeiro Grau

seus Pedestais. O Mestre da Loja não possui nenhum tipo de coluneta. Volto
a insistir, para que fique perfeitamente claro para todas as Lojas, não coloquem
nenhuma coluneta sobre a mesa do Mestre da Loja só porque é bonito, pois
além de ser um procedimento incorreto, ela não terá nenhuma finalidade.
O castiçal do Mestre da Loja é aceso pelo Past Master Imediato, logo
após a abertura do VLS. Os castiçais do 1ove 2ov, são acesos pelos próprios
Oficiais. Geralmente esses castiçais são de luz elétrica ao invés de velas,
embora não haja nenhuma objeção quanto ao uso das segundas. A luz elétrica
é recomendada, pois as velas provocam a queima de oxigênio num ambiente
fechado e sem janelas para ventilação, respingam sobre as mesas dos Oficiais
e escorrem pelos braços dos castiçais. Como não há nenhum cunho esotérico
que envolva o uso das velas, pode-se perfeitamente substituí-las por luzes
elétricas. Existem, inclusive, no mercado lâmpadas especiais que imitam
perfeitamente os efeitos das velas.
Assim que todas as tarefas forem concluídas, o Mestre da Loja senta-
se e todos o imitam, sem necessidade de ordens.
O diálogo mantido durante os procedimentos de abertura da Loja, é
uma forma prática de verificar se a Loja está, de fato, perfeitamente coberta.

Leitura e confirmação da ATA


No Rito não se usam os termos "Balaústre", "Prancha" etc. O termo
utilizado é Ata ou Registro.
O anúncio da leitura das ATAS se dá do seguinte modo:
ML (sem batida) - Irmãos, peço a vossa atenção para o Irmão Secretário
que fará a leitura da Ata da nossa sessão anterior. (ou)
- Irmão Secretário, quereis ler a ATA da nossa última sessão regular?
Sec. (levanta-se, saúda o Mestre da Loja, baixa o Sn. e lê a Ata. Após a sua
leitura diz:) - Mestre, esta é a Ata, conforme registrada no Livro de
Atas.
ML (sem batida) - Irmãos, ouvistes a Ata da nossa Sessão de .. .. / .... / .... ,
que eu coloco agora em discussão (após as considerações dos Irmãos).
--Está em votação, na forma de costume entre Maçons. Alguém em
contrário? (se houver objeções ou correções a fazer, serão anotadas
no Livro de Atas).
ML (sem batida) - Irmão Secretário, a Ata foi confirmada.
Sec. (levanta-se) - Obrigado, Mestre (saúda e senta-se).

83
Anato/i 0/iynik

Após sua confirmação, o 1 oo dirige-se de sua cadeira di reta mente até


a mesa do Secretário, apanha-a e dirige-se, também diretamente, até a
mesa do Mestre da Loja que a assina, após o Secretário tê-lo feito. O 1oo
deve tomar o cuidado para que o Livro de Atas não seja colocado sobre o
V.L.S. por ocasião da assinatura. Assinada a Ata, retorna pelo mesmo caminho
antes percorrido, entrega-a ao Secretário retornando até sua cadeira. Para
isso, ele não precisa circular ou "esquadrar" a Loja e também não leva consigo
a Vara de Ofício.
No Ritual, apenas o Secretário e o Mestre da Loja assinam a ATA. Em
algumas Lojas Regulares inglesas, as Atas são assinadas também pelos
Vigilantes. Na ausência do Mestre da Loja, quem assina a Ata é o 1°V.

Recebimento de Cartas e Comunicações


Assim que o Secretário receber a ATA assinada pelo Mestre da Loja,
ele se levanta, dá o P. sem provocar ruído, faz o Sn de Aprendiz que desfaz,
e inicia a leitura de correspondências comuns, previamente designadas pelo
Mestre da Loja. Ele faz a leitura em pé.
Para isso, o Secretário precisa dar conhecimento prévio de todas as
correspondências recebidas ao Mestre da Loja para que este designe quais
são de interesse da Loja e quais serão arquivadas, sumariamente. Essa
medida é providencial, pois evita-se cansar os Irmãos com a leitura de
correspondências estéreis.

Ordem do Dia (Agenda)


Fazem parte da Ordem do Dia as Homologações dos assuntos aprovados
nas reuniões administrativas, os Escrutínios secretos para aprovação de
candidatos à Iniciação ou Filiação, as Votações (eleições), as Preleções, os
Ensaios ritualísticos e as Palestras, se houver.
Neste momento são anunciados os assuntos aprovados na reunião
administrativa para confirmação e homologação da Loja. Não há nenhum
questionamento ou debate sobre eles uma vez que já foram exaustivamente
debatidos na reunião administrativa. Assim, esses assuntos são simplesmente
homologados para fins de registro em Ata da Loja.
Havendo Cerimônia de Iniciação, Passagem ou Elevação, o Mestre da
Loja anuncia.

As Preleções são as instruções do Grau. No Primeiro Grau, são


constituídas de sete seções, apresentadas na forma de diálogo entre o Mestre

84
Ritualística no Primeiro Grau

da Loja e um Irmão indicado que lhe dará assistência. É usual que a primeira
seção seja trabalhada pelo Mestre da Loja e o 1°V; a segunda, pelo Mestre
e o 2°V. Para as demais, o Mestre da Loja indica, a seu critério, um Irmão
presente para auxiliá-lo nesta tarefa .

Caso haja algum trabalho a ser apresentado, sem discussão, pode ser
usado este momento. Normalmente, a Loja é colocada em descanso para
apresentação de trabalhos. Essa providencia é oportuna e eficaz, pois dá
maior liberdade aos Irmãos para formularem suas perguntas e dirimirem
suas dúvidas.
Quando a Loja é colocada em descanso, recomenda-se que o tempo
para apresentação e debate seja limitado para que a reunião não se delongue
demasiadamente. Sugere-se um tempo de vinte minutos para apresentação
e dez minutos para debates, totalizado trinta minutos.
É costume que os Trabalhos de Emulação não ultrapassem o tempo de
uma hora e dez minutos, exceto quando houver uma Cerimônia. Nestes
casos tem-se observado ser possível realizar qualquer tipo de cerimônia
com tempo não superior a duas horas.

Levantamentos
Antes do encerramento da Loja propriamente dito, há três períodos
distintos em que os Irmãos fazem uso da palavra e que são anunciados pelo
Mestre da Loja nos levantamentos .
A cada período o Mestre da Loja dá uma batida de malhete que é
respondida pelos Vigilantes, levanta-se e anuncia. Só ele se levanta, os
demais Irmãos permanecem sentados.
Os Irmãos que desejam falar ficam à Ordem, com P e Sn de Aprendiz,
até que o Secretário inscreva seus nomes, voltando a sentar-se .
O Mestre da Loja concederá a palavra a seu exclusivo critério, podendo,
inclusive, negá-la.
Para falar, não há ordem estabelecida para concessão da palavra.
Pode falar um Irmão do Oriente, depois outro de qualquer lugar da Loja, isto
é, não há precedência, com exceção do Grão-Mestre que é o último que fala.
Depois dele ninguém mais fala. Só o Mestre da Loja para encerrar os trabalhos.
Algumas Lojas brasileiras que adotam o Ritual Emulação costumam
falar estando à Ordem. No procedimento inglês não é preciso estar à Ordem
para falar. O Irmão que vai falar coloca-se em pé, dá o Passo e faz o Sn. do
Grau, que desfaz em seguida e fala normalmente .

85
Anato/i 0/iynik

Os Vigilantes solicitam a palavra com uma batida de malhete a qual


lhes é concedida também com uma batida de malhete dada pelo Mestre da
Loja. Eles falam em pé, sem estar à Ordem, a exemplo de todos os Irmãos.
No segundo levantamento, se houver alguma mensagem oficial ou
Decreto do Grão-Mestre para ser lido, o Diretor de Cerimônias pede aos
Irmãos que fique em pé e à Ordem. Para isso, o Secretário deve informar,
previamente, ao Diretor de Cerimônias a existência destes documentos.

Havendo visitante(s), especialmente de outros ritos, o Mestre da Loja


orienta de como solicitar a palavra, sempre no terceiro período.

No terceiro levantamento a primeira pessoa que deve levantar-se para


falar é o Past Master Imediato que fará um agradecimento ao Mestre da Loja
em nome dos Irmãos presentes. Este procedimento evita que os demais
Irmãos ocupem o tempo da Loja prolongando a reunião, desnecessariamente,
para dizerem a mesma coisa.
Quando a Loja é colocada em ~escanso, os três levantamentos são
reunidos num único período. Neste caso o procedimento do Mestre da Loja é
o seguinte:

ML -"Levanto pela única vez, reunindo os três levantamentos neste, para


perguntar se algum Irmão tem algo a propor para o bem da Franco-
Maçonaria em geral ou desta Loja (nominar) para assuntos pessoais,
da bem-querênça entre os Irmãos e relativos à presente reunião."

Recomenda-se a adoção deste procedimento para que a reunião não


se prolongue demasiadamente .

Findo a palavra franca, o 1°D recolhe os donativos para beneficência.


Não há uma maneira definida para circular ou apresentar a "Sacola de
Beneficência". Recomenda-se que a sacola seja apresentada primeiro, ao
Mestre da Loja e depois, indistintamente e informalmente, para os demais
Irmãos. Havendo muitos Irmãos na Loja, o 2°0, se necessário, pode auxiliar
a coleta com uma segunda sacola. Para circular a(s) sacola(s) o(s) Diácono(s)
não precisa(m) "esquadrar" a Loja e não seguem uma forma definida para
caminhar. Também não levam as suas Varas de Ofício.

Finalmente, o Mestre da Loja saúda os Irmãos visitantes e transmite a


mensagem final. A seu critério, poderá delegar essa tarefa ao Capelão que
fará uso da palavra em pé, sem estar à Ordem. No caso do Mestre da Loja
delegar ao Capelão a tarefa de saudar os visitantes ou transmitir uma
mensagem de encerramento, ele deve se abster de falar para não empanar
o brilho da alocução do Capelão ou tornar o ato repetitivo.

86
Ritualística no Primeiro Grau

Nos Trabalhos de Emulação, não existe a "conclusão" dada pel os


Oradores nas Lojas de outros ritos. É totalmente incorreto solicitar essa
conclusão ao Capelão. As Lojas do rito, que porventura estiverem adot ando
este procedimento, devem aboli-lo sumariamente.

Nas reuniões de emergência não se fazem levantamentos porqu e elas


são específicas, o que deve ser explicitado na agenda. Nessas reuniões nenhum
outro assunto pode ser tratado, salvo aquele para a qual a Loja foi convocada.

Encerramento
O encerramento da Loja será sempre de modo regular conforme o Ritual.
A Loja não pode, em hipótese alguma 1 ser encerrada por golpe de malhete.
O Guardião deve se posicionar do lado de fora da porta da Loja , assim
que o Mestre da Loja anunciar: "Irmãos, ajudai-me a encerrar a Loj a". O
Guarda Interno deve ficar atento para abrir a porta para que o Gua rdião
assuma o seu posto, pois somente ele pode abrí-la.

Deve-se observar a posição correta do Guarda Interno e do 2ov ao


anunciar que a Loja está coberta, assim como descrito na abertura.

Os Passos que antecedem o Sn de Aprendiz devem ser executados


sem ruído.

Todos salmodiam "Que assim seja", assim que o Capelão con cluir a
alocução do ritual.
O 1 ov encerra os trabalhos os trabalhos após a autorização do Mestre
da Loja.
Os Oficiais devem movimentar-se simultaneamente enqua nto as
batidas estão progredindo 1 assim como foi feito na abertura da Loja .

O 2°D não leva sua Vara de Ofício para fechar a Tábua de Del inear.
O Past Master Imediato ao fechar o VLS 1 apaga o castiçal do Mestre
da Loja.
O 1ov deita sua coluneta, após as batidas de encerramento e apaga
seu castiçal.

O 2°V anuncia a data da próxima reun1ao 1 dá as batidas do Grau,


levanta sua coluneta e apaga seu castiçal.
O Past Master Imediato faz a alocução pronunciando a palavra F. por três
vezes sendo acompanhado por todos nas palavras e nos gestos. Na Emulation
Lodge of Improvement somente o PMI pronuncia a palavra e faz os gestos.

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Anato/i 0/iynik

Havendo Procissão, o Diretor de Cerimônias organiza-a conforme


procedimento específico.

Chamada para o Descanso


A qualquer tempo quando for desejável fazer uma interrupção geral
nos trabalhos da Loja, e para que os irmãos deixem o recinto, uma chamada
formal para o Descanso é feita.

"A Chamada para o Descanso é sempre utilizada por ocasião das


Iniciações, Passagens e Elevações, quando o Candidato é convidado para
retomar o seu conforto pessoal" .

"Também é utilizada quando a Loja deseja, nesse intervalo, promover


uma palestra maçônica ou profana ou quando algum assunto da sociedade
civil precisa ser discutido" . (Oiiynik, Anatoli. O Rito de York, p. 191 ).

Algumas Lojas fazem a Chamada para o Descanso para tratar de


assuntos administrativos e permanecem no interior da Loja. Este
procedimento não é proibido, mas recomenda-se que os Irmãos deixem o
recinto e discutam os assuntos administrativos em outro local, se houver
um. Os resultados decorrentes da mudança de ambiente são muito bons,
porque fazem uma distinção clara sobre os trabalhos maçônicos em Loja
aberta, e os trabalhos administrativos. Os Irmãos ao deixarem o recinto da
Loja, devem retirar seus paramentos.

As Lojas inglesas utilizam a Chamada para o Descanso também para


realização de uma ceia leve ou um lanche rápido como forma de
confraternização entre os Irmãos. Neste caso, o uso de bebidas alcoólicas
não deve ser permitido, embora os ingleses o façam com moderação.
A Chamada para o Descanso é feita pelos Principais Oficiais, em pé. O
Volume da Lei Sagrada é fechado pelo Past Master Imediato, sem desfazer a
posição do E&C; a Tábua de Delinear é ocultada pelo 2°D que não leva sua
Vara de Ofício para realizar esta tarefa; o 2ov ergue sua Coluneta enquanto
o 1°V abaixa a sua. Os Castiçais não são apagados. Tanto o Past Master
Imediato, quanto o 2°D, não precisam "esquadrar" a Loja para
desempenharem suas tarefas.

Chamada para o Trabalho


Esgotado o tempo do Descanso, o Diretor de Cerimônias chama os
Irmãos para que entrem no recinto da Loja e tomem seus lugares. Os Irmãos,
por sua vez, recolocam seus Paramentos e tomam assento, sem formalidades.

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Ritualística no Primeiro Grau

A Chamada para o Trabalho é feita pelos Principais Oficiais em pé e


todos os demais Irmãos permanecem sentados. Após o breve diálogo entre
o Mestre da Loja e seus Vigilantes, estes cuidam de suas Colunetas.
Entrementes, o Past Master Imediato e o 2°0 cuidam do Volume da Lei
Sagrada e da Tábua de Delinear, respectivamente. Lembrando, mais uma
vez, que o 200 não leva sua Vara de Oficio para realizar sua tarefa e ambos
os Oficiais não precisam "esquadrar" a Loja.

Reversão
A Reversão é o ato de passar os trabalhos da Loja diretamente para o
20 ou 30 Grau. Esta prática é adotada pelo Mestre da Loja sempre que o
tempo requerido for escasso. Entretanto, a Reversão segue algumas regras
inflexíveis. Vamos a elas.
Não é possível abrir a Loja no 1° Grau por "golpe de malhete", mas
depois de aberta com as formalidades do ritual, é possível revertê-la ao 2°
ou 30 Grau, diretamente. Se a Loja foi revertida, por exemplo, ao 3° Grau,
a volta ao 1o Grau não pode ser por "golpe de malhete"; ela deve ser encerrada
no 3° e no 2° Graus, respectivamente e ritualisticamente.
Se a Loja for aberta ritualisticamente, grau a grau, até o 3°, ela pode
ser revertida di reta mente ao 2° Grau ou ao 1o Grau, mas não pode ser
encerrada por "golpe de malhete".
Quando a Loja for aberta e revertida ao 2° ou 3° Grau e houver um
Candidato na ante-sala esperando admissão para o Grau superior, o Mestre
da Loja e os Vigilantes dão as batidas em surdina. Neste caso, o Guarda
Interno não comunica as batidas ao Guardião. Ele não sai de seu lugar e dá
as batidas no seu punho.
A razão para as batidas em surdina é para que o Candidato não ouça
as batidas do Grau ao qual ele vai ser admitido. Esta prática tem a
desvantagem de deixar o Guardião num grau de incerteza quanto a abertura
ou reversão da Loja, o que lhe exigirá uma atenção redobrada.
Finalmente, a Reversão deve ser combinada "à priori" entre o Mestre
da Loja e os Vigilantes.

Anúncio para Ensaio


É pratica corrente que a Loja faça ensaios regulares das Cerimônias
de Iniciação, Passagem e Elevação, principalmente. Estes ensaios são muito
importantes por diversas razões: Servem para todos os Irmãos recordarem

89
Anato/i 0/iynik

os detalhes da Cerimônia, considerando que elas não acontecem


freqüentemente; treinar os Diáconos e os Principais Oficiais; garantir que
no dia oficial da Cerimônia, tudo seja executado com segurança e tranqüilidade
e, finalmente, tornar a Cerimônia mais bela para os presentes.

Quando a Loja for realizar um Ensaio deve proceder da seguinte


maneira:

ML (sem batida) -Irmãos, a Cerimônia de Ensaio de hoje é de .............. .


e o Irmão ................ atuará como Candidato (O Irmão levanta-se,
em silêncio, sem saudação)

(ou)
Solicito que algum Irmão se apresente como voluntário para atuar
como Candidato no ensaio da Cerimônia de ................... (Os
Candidatos se levantam em silêncio e o Mestre da Loja escolhe um
deles).

Nota: Se o ensaio for da Cerimônia de Iniciação, o Irmão escolhido segue


diretamente para o lado esquerdo do 1ºV, saúda o Mestre da Loja e
retira-se da Loja para ser preparado. Se o ensaio for da Cerimônia de
Passagem ou de Elevação, o Candidato permanece parado em seu
lugar, onde o 2º0 ou o 1ºD irá buscá-lo para levá-/o até à esquerda do
1ºV, para responder às perguntas de exame do Grau anterior, feitas
pelo Mestre da Loja. Não há saudações.

Cerimônia de Iniciação
A Cerimônia de Iniciação é o primeiro contato que o Candidato, ainda
não maçom, tem com a Maçonaria. Mas não se trata apenas de um primeiro
contato, pura e simplesmente, trata-se de um momento marcante e indelével
na vida do futuro maçam, especialmente aquele de índole bem formada,
caráter nobre e firme e personalidade de sólidas convicções.

Sendo a Cerimônia de Iniciação o momento mais sublime para o


Candidato, ela deve ser única e exclusivamente dedicada a ele. Isso implica
que a Loja só deve iniciar um Candidato por vez, não sendo recomendadas
Iniciações de dois ou mais Candidatos, simultaneamente.
Alguns procedimentos importantes são recomendados antes de
seguirmos adiante na explanação da Cerimônia propriamente dita e que, se
bem observados, proporcionarão maior seriedade e singeleza ao evento.

90
Ritualística no Primeiro Grau

A preparação do Candidato é de grande importância, e fica a cargo,


geralmente, do Guardião, que deve ser um maçom bastante experiente,
preferencialmente, um Past Master. Se porventura o Guardião não for
experiente o suficiente, o Mestre da Loja deve designar um Past Master que
possua os requisitos exigidos.

Nos Trabalhos de Emulação, ao contrário de outros rituais, não existe


a Câmara de Reflexões, nem os símbolos a ela alusivos. O Candidato deve
ser informado que não pode portar consigo dinheiro, jóias, objetos metálicos
valiosos ou não. Tudo isso deve ser, previamente recolhido, e guardado num
recipiente, geralmente, um envelope grande e devolvido após o término da
primeira parte da Cerimônia de Iniciação. Além disso, o Candidato deve ser
informado que será v ______ o antes de entrar na Loja.

A Loja deve ser previamente preparada, não se esquecendo dos Bancos


de Ajoelhar e também do Avental de Aprendiz que deve estar próximo e ao
alcance do 1o Vigilante.

Outras recomendações constam do ritual, as quais, por razões óbvias,


não serão aqui descritas.

Estando o Candidato convenientemente preparado, inicia-se a


Cerimônia propriamente dita, com o aviso dado pelo Guardião na forma
descrita no ritual. Neste momento, é muito importante que os Diáconos e o
Guarda Interno estejam a postos e munidos de seus instrumentos de trabalho.
Na Cerimônia de Iniciação quem mais trabalha é o 20 Diácono sendo
que os deveres do 10 Diácono são poucos. Ele acompanha o 20 Diácono na
recepção, prece e juramento do Candidato, além de colocar e retirar o Banco
de Ajoelhar, ele também leva, no momento apropriado, o instrumento utilizado
pelo Guarda Interno até o Pedestal do Mestre da Loja.
Já o 20 Diácono é o grande responsável pela beleza da Cerimônia.
Para isso ele deve estar bem preparado, mais do que o próprio Mestre da
Loja, pois todas as atenções da Loja estarão inteiramente voltadas para ele
e para o Candidato que ele conduz.

A forma pela qual o 20 Diácono segura um Candidato, especialmente


na cerimônia da Iniciação, é mais uma questão de bom senso do que de
ritualistica. Recomenda-se que o braço e o cotovelo do Diácono devem estar
um pouco atrás do braço e cotovelo do Candidato. Entrelaçar os dedos é
freqüentemente o melhor modo de segurar a mão do Candidato, exceto
quando o Candidato e o Diácono são de alturas muito diferentes. Quando
isso ocorrer, será mais conveniente segurar firmemente o pulso do Candidato.
Estas formas de segurar o Candidato permite ao Diácono conduzi-lo facilmente

91
Anato/i 0/iynik

para a frente, contê-lo ou mudar de direção. Enquanto o Candidato estiver v


____ __ o, sua mão deverá sempre estar segura, exceto quando ele se aj.
Em outros momentos, a mão do Candidato é apenas segura quando ele
estiver sendo conduzido de um lugar para outro; quando o Candidato e o
Diácono estiverem parados, a mão deve ser solta.

Quando o Candidato estiver no Pedestal para seu j. e revelação dos


ss., estará sob os cuidados do Mestre da Loja.

O Diácono não deve oferecer ajuda a não ser por solicitação do Mestre
da Loja e, mesmo assim, da maneira menos obstrutiva possível.

Os Diáconos e o Candidato devem manter-se em pé e sempre no


esquadro em relação à Loja e jamais em diagonal quando estiverem nos
Pedestais do Mestre da Loja e dos Vigilantes. O 20D nunca deve ficar atrás
do Candidato. Ele deve, no entanto, ficar alerta às palavras dos Vigilantes
para retornar a mão do Candidato no momento certo. Ele também não faz
os Sinais, só os Vigilantes.
No Ritual Emulação, os Diáconos somente carregam suas Varas de
Ofício durante as Cerimônias. Nos procedimentos rotineiros, tais como:
escrutínios, levar as atas do Secretário ao Mestre da Loja, circular com a
sacola de beneficência etc., as Varas não são carregadas.
É dever do 10 Diácono levar o p _ __ _ I para o Mestre da Loja. Em
algumas Lojas que faz isso é o Guarda Interno na errônea suposição que o
pi. é um instrumento de trabalho particular do Guarda Interno ou mesmo
um emblema. O pi. não é uma arma com o mesmo sentido que a espada
para o Guardião. Para o Guarda Interno, o pi. é um implemento com certo
propósito no Primeiro Grau . O Guarda Interno não pode se afastar do seu
posto, mas o 10 Diácono, como mensageiro particular do Mestre da Loja,
pode. Por isso é o 1° Diácono quem deve levar o pi. ao Mestre da Loja para
posterior utilização na mesma Cerimônia, no momento oportuno, conforme
o Ritual.

Quando o 2° Diácono ensinar ao Candidato, deve fazê-lo num tom


para que ele ouça com clareza, servindo também para o entendimento dos
demais Irmãos.

Por ocasião da prece de invocação, todos, exceto o Candidato, fazem


o Sn . de Rev. Não confundir este sinal com o Sinal Penal. O Sn . de Rev.,
estritamente falando, não é um sinal maçônico . Ele é dado colocando-se a
m. d. sobre o pt. e . com o p. fechado. É comum alguns Irmãos abrirem o
polegar em esquadria por fazerem confusão com o sinal parecido do Segundo
Grau .

92
Ritualística no Primeiro Grau

Concluída a prece, todos salmodiam "Que Assim Seja". Na Emulation


Lodge of Improvement [Loja Emulação de Aperfeiçoamento] só o membro
do Comitê que está atuando com Past Master diz sozinho: "Que Assim Seja".
Nas Lojas Simbólicas a oração proferida não é feita pelo Candidato, mas
sim, por todos para que a eficiência espiritual da Loja aumente com mais
uma adesão. A beleza desta oração reside no fato de que ela não faz menção
à moralidade ou qualquer outra atitude ética. Ela invoca algo muito mais
elevado, que é uma dádiva espiritual, a Sabedoria.

A partir da prece de invocação e concluído o breve diálogo entre o


Mestre da Loja e o Candidato quando este, sempre conduzido pelo 20 Diácono,
iniciam uma série de perambulações em torno da Loja.
A primeira delas, destina-se a apresentar o Candidato à todos os
presentes e demonstrar que o mesmo está convenientemente preparado para
ser feito Maçam. Nesta primeira perambulação, após esquadrar os cantos
Nordeste e Sudeste, o Candidato é apresentado ao 2ov e logo em seguida ao
1°V, depois de ter esquadrado o canto Sudoeste. Em seguida, o Candidato é
apresentado pelo 1ov ao Mestre da Loja confirmando que o mesmo está
convenientemente preparado para ser feito Maçam. A apresentação do
Candidato é feita estando ele do lado Norte do Pedestal, após ter sido conduzido
pelo Diácono por meio de um giro anti-horário; segue-se que o canto Noroeste
da Loja não é esquadrado devido a esta maneira de aproximação. Segue-se,
então, um diálogo entre o Mestre da Loja e o Candidato. Estando o Candidato
ainda v. as respostas são ensinadas, em voz alta, pelo 20 Diácono. Terminado
o diálogo, o Candidato é levado, diagonalmente, até o Pedestal do Mestre da
Loja, a uma distância aproximada de 1 metro do Pedestal, onde lhe é ensinado
dar os passos de aproximação para prestar o s. j .
Estes passos devem possuir tal extensão que se encaixem na proporção
de Pitágoras, isto é, na proporção 3, 4 e 5. Assim:
10 Passo: 3 x 3 = 9 polegadas ou 23 centímetros.
2° Passo: 3 x 4 = 12 polegadas ou 30 centímetros.
30 Passo: 3 x 5 = 15 polegadas ou 38 centímetros.

Para isso o 2°D transmite, em voz alta, esta instrução ao Candidato:


"Daí um passo curto com o vosso pé esquerdo juntando os calcanhares na
forma de um Esquadro. Um outro mais extenso, juntando os calcanhares
como antes, Ainda outro mais extenso, juntando os calcanhares com antes".
Após cumpridas estas instruções o Candidato terá avançado 36 polegadas
ou 91 centímetros. Por esse motivo ele deve ser colocado em frente ao
Pedestal do Mestre ·da Loja a uma distância aproximada de 1 metro.

93
Anato/i 0/iynik

Por ocasião dos. j. o C. é aberto em ângulo reto de forma que uma


ponta fique na horizontal tocando o pt. e. desnudo do Candidato e a outra
fique na vertical. A ponta apontada para cima se apoia numa antiga crença
que o coração era o repositório da alma, assim a Luz da Franco-Maçonaria
pode penetrar na sua alma pelo caminho do compasso.

Isso posto, recomenda-se que o Mestre da Loja não dê a batida com


muita força para não assustar o Candidato, pois ele poderá ferir-se com o
compasso.

O Diácono deverá estar atento para virar o VLS na posição de leitura


do Candidato até que este conclua o seu juramento. Assim que o Mestre da
Loja levantar o Candidato, o Diácono não deve esquecer de retornar o VLS a
sua posição original.
O Candidato é conduzido para o lado Norte do Pedestal do Mestre da
Loja onde este transmite -lhe as primeiras instruções, necessárias para o
prosseguimento da Cerimônia de Iniciação. Para isso, o 200 não precisa
contornar toda a Loja ou esquadrá-la. Ele conduz o Candidato por meio de
passos normais fazendo um giro anti-horário e um semicírculo parando a
uma distância de sessenta centímetros. Ambos voltados para o Sul.

Na segunda perambulação, que não chega a ser completa, o Candidato


é novamente conduzido aos Pedestais dos Vigilantes, agora para ser
apresentado em sua iniciação e demonstrar a eles os primeiros ensinamentos
recebidos do Mestre da Loja. Nesta perambulação os cantos Sudeste e
Sudoeste da Loja, são esquadrados. O canto Noroeste não é esquadrado
porque o 2° Diácono e o Candidato fazem um giro anti-horário para se
aproximar pelo lado Norte do Pedestal do 1ov, a exemplo do que ocorreu na
primeira perambulação.
No momento que o 1°V está apresentando o Candidato ao Mestre da
Loja para receber a delegação para investi-lo com a insígnia distintiva de
Maçom, o 2°D deve estar atento para ficar à esquerda do Candidato,
perfeitamente alinhado com ele e o Vigilante, e não atrás.
O 2°D nunca deve deixar o Candidato sozinho. Por isso ele não deve
procurar pela sacola de beneficência. Se a sacola não estiver disponível, é
suficiente que o 20D estire a sua mão esquerda na direção do Candidato. O
2°D deve recolher a sacola ou a mão logo após o Candidato t er declarado
nada ter para dar. Deve, também, estar atento que freqüentemente os
Candidatos podem ficar embaraçados quando se lhes pergunta: "tende algo
a dar". Se o Candidato não responder, o 2°D deve imediatamente fazer a
segunda pergunta para não constrangê-lo.

94
Ritualística no Primeiro Grau

Por outro lado, não deve ser permitido, em hipótese alguma, que se
faça a coleta para a Caridade, nesta ocasião, terminando com o Candidato.
É uma inovação que só trará mais confusão ao Candidato, além de provocar
um hiato desnecessário na Cerimônia de Iniciação.
Após o Candidato ser retirado a fim de retomar o seu conforto pessoal,
pode-se fazer uma "Chamada para o Descanso" o que não é obrigatório. O
momento é oportuno uma vez que o Candidato levará algum tempo para se
aprontar. O que não é conveniente é continuar a Cerimônia com o Candidato
com a vestimenta de quando entrou sob o pretexto de ganhar tempo. Isso
não dignifica a Cerimônia.
Havendo uma "Chamada para o Descanso", obrigatoriamente deve
haver uma "Chamada para o Trabalho". Não se pode simplesmente reiniciar
os Trabalhos da Loja sem que seja atendida esta obrigação.
É importante que o Guardião ou outro Irmão designado, ensine ao
Candidato a maneira correta de dar o Passo e fazer o Sinal de Ordem, bem
como instruí-lo como deve entrar na Loja em seu retorno. Esta providência
dará maior brilho à Cerimônia.

Assim que o Candidato retorna a Loja, após retomar o seu conforto


pessoal, uma preleção é feita pelo Mestre da Loja. Ele pode, se assim o
desejar, delegá-la para um Past Master. Se for o Mestre da Loja, ele continua
sentado. Se for um Past Master, este coloca-se no Oriente no lado Norte do
Pedestal do Mestre da Loja, mas em pé.
Lembramos que a inclusão da explanação da Tábua de Delinear, como
parte essencial da Cerimônia de Iniciação, caiu em desuso. A explanação foi
planejada para fazer parte da Primeira Preleção e pode ser ministrada na
primeira ou segunda sessão da Loja.
Terminada aquela explanação, o Candidato é levado até a mesa do
Secretário onde assina o livro de presenças e, logo após, é levado até a
primeira cadeira vaga que fica à direita do 1°D, onde o Candidato senta-se.
Lembrando que neste momento não se faz nenhuma saudação ou Sinal de
Ordem.
O 20D retorna diretamente (sem esquadrar a Loja) ao seu posto e
senta-se. A sessão continua a partir dos Levantamentos.

o -o- o
A seguir, são apresentadas as principais figuras contendo as dinâmicas
ritualísticas da Loja no 1o Grau, desde a sua abertura até o seu encerramento,
incluindo as perambulações na Cerimônia de Iniciação.

95
Anato/i 0/iynik

Estas visualizações são importantes para memorização do caminho a


ser percorrido e da forma de aproximação dos Pedestais, especialmente nas
Cerimônias de Iniciação.
As dinâmicas- movimentações - são indicadas por setas e os aspectos
de maior relevância são descritos logo após cada figura.

96
Ritualística no Primeiro Grau

Fig. 1 -Abertura da Loja

*...
Mestre da Loja

.
L •• ••
~······

111i~
111!'ª

GE ~··· ·:>
' r----ol Gl

' '
Tanto na abertura, quanto no encerramento, o Guarda Interno e o Past
Master Imediato se movimentam simultaneamente enquanto as batidas estão
progredindo. O Segundo Diácono deve aguardar as batidas do 2°V para expor a
Tábua de Delinear.
A Tábua de Delinear pode estar logo à frente do 2°D ou, em algumas
Lojas à frente do Pedestal do 2°V.

97
Anato/i 0/iynik

Fig. 2 - O 1° Diácono conduzindo a ATA para assinatura

.. ~ A
Mestre da Loja

...
..:....
u
.. .
~!:
Q)
V)

"'
Q)
1-

,__
GE
......
Gl

'
Nesta passagem o 1°0 não "esquadra" a Loja e não leva a Vara de Ofício. Ele se
dirige normalmente até a mesa do Secretário, apanha a ATA que já se encontra
assinada, e leva-a até o Mestre da Loja para assinatura. Retorna ao Secretário,
devolvendo-lhe a ATA e se dirige até a sua cadeira onde senta.
Em algumas Lojas os Vigilantes também assinam a ATA. Neste caso, o 1°0 se
dirige, primeiramente até os Vigilantes, apanha as assinaturas na ATA e, finalmente,
leva-a ao Mestre da Loja que a assina por último .

98
Ritualística no Primeiro Grau

Fig. 3 - Admissão do Candidato

Mestre da Loja

u
a>
V')

V'l
a>
I-

~~·.·..·.·.·.······• ...... ,................................


GE
~
~···· ·-t-.J
.
1r \

' '
Nesta passagem o Guarda Interno e os Diáconos caminham sem "esquadrar" a
Loja, ·porém, os Diáconos devem p~rtar suas Varas de Ofício .
O Gl se levanta e se posiciona defronte a porta. Os Diáconos, ao comando do
Mestre da Loja, se dirigem até a porta e se alinham com o Gl. Só depois desta
formação que o Gl avança para abrir a porta e cumprir sua missão .

99
Anato/i 0/iynik

Fig. 4 - Prece ao Candidato

Mestre da Loja

GE

'
O Gl coloca o p ___ _ I sobre o Pedestal do 1°V, retorna à sua cadeira e senta-
se . O 1°0 coloca o B. de Aj . e se posiciona do lado esquerdo. O 2°0 conduz o
Candidato até defronte do B. e se coloca à sua direita. O Candidato se aj. e os
Diáconos cruzam suas Varas de Oficio sobre a cabeça do Candidato e com a m.
d. fazem o Sn. de Rev. Inicia-se então, a Prece ao Candidato.

100
Ritualística no Primeiro Grau

Fig. 5 - Primeira Perambulação

Mestre da Loja

u
Q)
V)
V>
Q)
1-

GE
tt
' '
Gl 2°0

'
O l 0 0 retira o B. de Aj. para o início da Perambuloção. O 2°0 conduz o Candidato
até o Pedestal do 2°V "esquadrando" os contos Nordeste e Sudeste do Loja.
Entrementes, o l 0 0 oponho o p. colocando-o sobre o Pedestal do Mestre do Loja
e segue diretamente poro suo cadeira sem "esquadrar" o Loja e sento-se.

101
Anato/i 0/iynik

Fig. 6 - Segunda Perambulação

Mestre da Loja

............ '

u
Q)
Vl
V>
Q)
I-

GE 3
' Gl
ir~····· 2°0

' '
O 2°0 conduz o Candidato até o Pedestal do l 0 V "esquadrando" o canto Sudoeste.
Na saída do Pedestal do 2°V, não se faz o esquadramento.

102
Ritualística no Primeiro Grau

Fig. 7 - Final da 1a Volta - Apresentação do Candidato

Mestre da Loja

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:'-..
K• ••••••.[> .v
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K

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..······· ..................········..
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V 0

~
~

' '
Gl 2°0

'
O 2°0 conduz o Candidato à esquerda do 1°V. Nesta passagem a Loja não
precisa ser "esquadrada". Os contornos são feitos no sentido anti-horário.

103
Anato/i 0/iynik

Fig. 8 - Juramento

••
tt

O 2°0 conduz o Candidato, diagonalmente, a três passos do Pedestal do Mestre


da Loja. O Candidato é ensinado a dar os t. passos e se aj. Os Diáconos cruzam
as Varas de Ofício sobre o Cand idato com suas ms. es. E com as direitas fazem o
Sn. Pe .

104
Ritualística no Primeiro Grau

Fig. 9 - Primeira Instrução ao Candidato

..: .....
••
~
7

.. Mestre da Loja
··••.••...............

, _.. . :
GE
Gl

' '
O 2°0 conduz o Cand idato para o lado Norte do Pedestal do Mestre da Loja para
receber as primeiras instruções. Nesta passagem os cantos não são "esquadrados".
Ambos param a uma distância de dois passos do Pedestal.

105
Anato/i 0/iynik

Fig. 10 - Terceira Perambulação

.... Mestre da Loja

••··············•··•···•···•••·•····•

u
(!)
Vl

ãl
1-

GE

' '
Gl

'
O 2°D conduz o Candidato até o Pedestal do 2°V "esquadrando" o conto Sudeste
da Loja. Pára a uma distância de um passo do Pedestal.

106
Ritualística no Primeiro Grau

Fig. 11 -Quarta Perambulação

Mestre da Loja

...··
••••••••• I

1r ~·····
O 2°0 conduz o Candidato até o Pedestal do 1°V "esquadrando" o canto Sudoeste.
No saído do Pedestal do 2°V, não se faz o esquadramento.

107
Anato/i Oliynik

Fig. 12 - Apresentação do Candidato para Investidura

Mestre da Loja

u
Q)
Vl

....•···················•....
. . . . t.
: ;wrl V :
.
0

GE

' '
Gl

'
O 2°0 conduz o Candidato à esquerda do 1oy Nesta passagem a Loja não
precisa ser "esquadrada". Os contornos são feitos no sentido anti-horário. O 1°V
à direita, o Candidato no meio e o 2°0 à esquerda, ficam alinhados olhando
para o Oriente .

108
Ritualística no Primeiro Grau

Fig. 13 - Prova da Beneficência

Mestre da Loja

--= ~····..
=-- ...•...•.••.•.•

GE

' '
Gl

'
O 2° 0 conduz o Candidato até o Nordeste da Loja . Nesta passagem não se faz o
"esquadramento" da Loja. O 2 ° 0 faz um giro anti-horário colocando-se de frente
para o Cand idato onde apresenta a Bolsa de Beneficência .

109
Anato/i 0/iynik

Fig. 14 - Saída do Candidato para o conforto pessoal

Mestre da Loja

...····· ...........
...
: r"Tllt"'"'X'"'A""lt"""71:-llt"'""X'"""l~

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...
...
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.. ····· .. .~ ~ ..... ·•..
.. ..
GE ~·· ·~ .. ..
'
Gl • ••• • • • • •••

' tt '
O 2° 0 conduz o Candidato até à esquerda do Pedestal do 1°V fazendo giros anti-
horários (saída do Or. e chegada no Oc.) onde param voltados para o Oriente.
O Candidato saúda o Mestre da Lo ja . O 2° 0 faz um novo giro anti-horário
conduzindo o Candidato até a porta da Lo ja . O Gl abre e fecha a porta .

110
Ritualística no Primeiro Grau

Deixamos de apresentar devido a simplicidade de interpretação do


Ritual/ a parte onde o Candidato é conduzido até a frente do Pedestal do
Mestre da Loja onde lhe são apresentados os instrumentos de trabalho.
Lembrando que naquela passagem o Candidato é levado diretamente até o
Pedestal/ ou seja 1 sem necessidade de "esquadrar" a Loja.

Finalizando este capítulo/ esclareço que o 20 Diácono deve portar a


sua Vara de Ofício 1 desde o momento da recepção do Candidato/ até o
momento da saída do Candidato para retomar o seu conforto pessoal. Deve
usá-la 1 ainda/ no retorno do Candidato até o momento de conduzi-lo a
cadeira que é reservada ao Aprendiz recém iniciado.

111
Capítulo 8

RITUALÍSTICA NO SEGUNDO GRAU

Generalidades

N o Rito de York, a Loja é aberta e encerrada, sempre, no Primeiro


Grau. Não se abre a Loja diretamente no Segundo Grau em
hipótese alguma. Isso implica dizer que para abrir a Loja no Segundo Grau,
é preciso, primeiro, abri-la no Primeiro, ler e confirmar a Ata e ler o expediente,
para depois abri-la no Segundo. Além disso, a Loja somente será aberta no
Segundo Grau, se houver Cerimônia de Passagem, Ensaio para esta cerimônia
ou Preleção do Grau. Não havendo cerimônia, ensaio ou preleção, a Loja não
é aberta neste Grau.

Após a Loja ter sido aberta no Primeiro Grau e cumpridas as


formalidades supramencionadas, o Mestre da Loja tem duas formas para
abri-la no Segundo. Ele pode abri-la com formalidade ou revertê-la a esse
Grau, segundo o ritual. Cabe a ele decidir o que for mais apropriado.
Recomenda-se que o Mestre da Loja comunique sua decisão antes do início
dos trabalhos aos seus Principais Oficiais, para que eles não se confundam
durante o procedimento. Este alerta é dispensável para as Lojas onde os
textos do ritual são memorizados e recitados "de cor".

Quando o Mestre da Loja abre os trabalhos do Segundo Grau,


formalmente, ele pode retornar ao Primeiro Grau por "golpe de malhete";
mas, se ele optar por reverter a Loja ao Segundo Grau por "golpe de malhete",
ele terá que, obrigatoriamente, fechar os trabalhos deste Grau,
ritualisticamente. O encerramento da Loja será, sempre, no Primeiro Grau e
ritualisticamente. Não existe encerramento da Loja por "golpe de malhete".
É muito importante que o Mestre da Loja observe este procedimento.
O Mestre da Loja deve ter o cuidado de verificar, sempre, se os
Aprendizes foram retirados da Loja antes da abertura no Segundo Grau.
Este cuidado é necessário porque a Loja é aberta no Primeiro Grau para, em
Anato/i Oliynik

seguida, ser aberta no Segundo. O fato dos Aprendizes ainda se encontrarem


dentro da Loja pode passar desapercebido, notadamente quando o Mestre
da Loja opta pela Reversão da Loja ao Segundo Grau.

Orientação aos Oficiais


A primeira orientação que se faz é para o Diretor de Cerimônias. Ao
acompanhar a saída dos Aprendizes por determinação do Mestre da Loja,
não precisa esquadrar a Loja. Deve verificar se o Mordomo designado por
ele para arrumação da Loja, colocou os instrumentos de trabalho de um
Companheiro - o Esquadro, o Nível e o Prumo - próximo ao Pedestal do
Mestre da Loja. O Diretor de Cerimônias deverá certificar-se, também, se o
Candidato está preparado no tocante as perguntas que deve responder na
Cerimônia de Passagem.

O Secretário deve preparar com antecedência razoável o questionário


de perguntas e respostas que o Candidato deverá responder antes da sua
Passagem. Recomenda-se que os proponentes do Candidato o acompanhem
neste mister ou na falta destes, o encargo seja atribuído ao próprio Secretário,
a um Past Master, ao Diretor de Cerimônias ou até mesmo a um Mestre
Maçom. De qualquer forma, a responsabilidade final pela preparação do
candidato no tocante as perguntas que o Candidato deve responder na
Cerimônia de Passagem, é do Mestre da Loja ou do Diretor de Cerimônias.

O Guardião é o encarregado da preparação do Candidato para a


Cerimônia de Passagem. Quando o Candidato retirar-se para retomar o
conforto pessoal, ele deve ensiná-lo como dar os Passos e fazer os Sinais ao
retornar à Loja. Está providência é muito importante, pois revela a diligência
da Loja e do Candidato quanto a estes aspectos que embelezam a Cerimônia
de Passagem. O Avental de Companheiro não deve ser esquecido.
O Guarda Interno quando dialogar com o 2ov ou com o Mestre da
Loja, deve fazê-lo de sua posição que será, sempre, defronte a sua cadeira
e jamais de outro local. A postura correta ao falar, é ficar com o corpo
perfeitamente ereto e voltado para o Oriente. Quando estiver dialogando
com o 2°V, virar somente a cabeça para ele, mantendo o corpo na postura
que acaba de ser descrita. O mesmo procedimento deve ser adotado quando
estiver dialogando com o Mestre da Loja.
Recomenda-se ensaiar previamente os passos que levam ao Oriente
da Loja. Estes passos são fáceis de fazer, mas difíceis de descrever, por isso
devem ser ensaiados pelo 1°D, levando-se em consideração a estatura do
Candidato, pois isso altera o ponto de partida dos passos.

114
Ritualística no Segundo Gr,áu

O 1°0 coloca-se cerca de três passos do Pedestal do Mestre da Loja,


de frente para o Sul. Coloca seus pés em ângulo reto, calcanhar com calcanhar,
o p. d. voltado para o Ocidente e
o p. e. direcionado para o Sul. OR
Começa com o p. e., levantando-
os a cada passo, em forma de
semicírculo, como se subindo
uma e. em c. Desse modo
completa um semicírculo que se
inicia numa linha central da Loja
e que finda nela, defronte ao
Pedestal do Mestre da Loja, com
o p. d. voltado para o Oriente e o
p. e. apontado para o Norte, em
ângulo reto, com os c. unidos.
Os passos devem ser dados de
modo que, ao terminá-los, o
Candidato possa estar em
posição de ajoelhar-se para o
Juramento, sem necessidade de
outras movimentações. O 1OD ao
demonstrar os passos ao
Candidato, deve retornar ao ponto de partida descendo de costas a e. em c.
conforme demonstrado na figura acima. O Candidato apenas sobe.
O 1 °V deve, antes do início da cerimônia, certificar-se de ter em seu
poder o Avental de Companheiro. Até a investidura do Candidato, ele
permanece sobre o seu Pedestal, porque o 1ov não pode deixar o seu Pedestal
para vestir o Candidato.
Durante a abertura, o 2°V também dialoga com o Mestre da Loja. Ele
deve permanecer, enquanto em pé, com o corpo perfeitamente ereto para o
Norte e só vira a cabeça para o Mestre da Loja ao falar.
Ainda na abertura, quando o Mestre da Loja determina que todos se
apresentem à Ordem como Maçons, o Passo que antecede ao Sinal deve ser
feito sem provocar ruído. Algumas Lojas se entusiasmam e fazem-no com
ruído. Tem-se a impressão que a Loja está demonstrando a "ordem unida"
praticada nos meios militares. Isso deve ser evitado.
Durante a abertura e o encerramento da Loja, os Diáconos, assim
como o Diretor de Cerimônias, não portam suas Varas de Ofício. As Varas
de Ofício somente são utilizadas durante a Cerimônia. Por outro lado, a Loja

115

/
Anato/i 0/iynik

não é esquadrada durante a abertura e o encerramento. O esquadramento


da Loja só ocorre no decorrer da Cerimônia e por ocasião das perambulações
realizadas com o Candidato. Recomenda-se observar estas orientações tanto
das Varas quanto dos esquadramentos.

Perguntas antes da Passagem


Antes do início da Cerimônia de Passagem propriamente dita, o
Candidato deve memorizar e responder, verbalmente, às perguntas do
questionário previamente entregue pelo Secretário da Loja para que prove o
perfeito conhecimento do Grau anterior. As respostas devem ser recitadas
"de cor". Caso o Candidato se atrapalhe nas respostas, o 2°0 poderá auxiliá-
lo funcionando como um ponto, sempre em voz baixa.

A tarefa de conduzir o Candidato para responder as perguntas antes


da Cerimônia de Passagem, é do 2°0. Ele não precisa esquadrar a Loja e
também não precisa portar a Vara de Ofício neste momento.

A critério do Mestre da Loja, os Aprendizes podem permanecer até


um determinado momento das perguntas preliminares, como forma de
aprendizado. Neste caso, o Mestre da Loja deve ter o máximo cuidado e
solicitar que os Aprendizes, exceto o Candidato, se retirem assim que for
encerrada a parte das perguntas usuais. Os demais Aprendizes, por sua vez,
saem da Loja, acompanhados pelo Oiretor de Cerimônias sem fazerem o
Sinal de Ordem. Esta medida é necessária porque, por ocasião da saída
deles, o Guarda Interno já está com a porta aberta e desta forma a Loja não
está perfeitamente coberta. O Oiretor de Cerimônias não precisa esquadrar
a Loja e nem portar a Vara de Ofício nesta ocasião.
Vale esclarecer que as Cerimônias de Passagem, assim como as
Iniciações, são realizadas com apenas um Candidato.

Após a saída dos Aprendizes que não serão Passados ao Segundo


Grau, o Mestre da Loja transmite ao Candidato o Toque de Passe e a Palavra
de Passe que serão usados por este durante a Cerimônia de Passagem. O
Candidato é retirado, e só então a Loja é aberta no Segundo Grau.
O 2°0 deve ficar atento quanto aos sentidos dos giros sobre o próprio
eixo quando estiver no Pedestal do Mestre da Loja, na chegada ao Pedestal
do 1ove no giro para saída do Candidato da Loja. No Pedestal do Mestre da
Loja, o giro é no sentido horário. Na chegada ao Pedestal do 1°V o giro é,
também, no sentido horário. Ao conduzir o Candidato para a porta, o giro é
no sentido anti-horário.

116
Ritualística no Segundo Grau

A Passagem
No Rito de York a Cerimônia que leva o Candidato do Primeiro ao
Segundo Grau, denomina-se "Passagem". O Candidato é "Passado" da
condição de Aprendiz à condição de Companheiro.

Não vamos detalhar toda a Cerimônia de Passagem, até porque isso é


desnecessário haja vista a existência de um ritual específico no Apêndice II,
contendo instruções detalhadas sobre os procedimentos. O que pretendemos
fazer neste capítulo, são alguns esclarecimentos de modo a facilitar a
interpretação de algumas instruções contidas no Ritual e que podem gerar
dúvidas.

Recomendo, portanto, ao leitor que, ao estudar este capítulo, faça-o


com o acompanhamento simultâneo do ritual descrito no Apêndice II. O
entendimento será mais claro.

O Guarda Interno deve observar atentamente se o Candidato está


convenientemente preparado. Deve receber o T. de P. e a P. de P. que o
Candidato recebeu do Mestre da Loja antes de sua retirada e aplicar o E. no
pt. esquerdo exposto do Candidato por ocasião de seu ingresso para a
cerimôn ia. Após ter fechado a porta, deve colocar o E. sobre o Pedestal do
1°V e dirigir-se até a sua cadeira sentando-se.

Quem mais trabalha na Cerimônia de Passagem é o 1oD. As tarefas


do 2°D se resumem em receber o Candidato para as perguntas e auxiliá-lo
nas respostas, se necessário; colocar o b. de aj . à esquerda do 1ov por
ocasião da Prece e acompanhar o 1 °D durante boa parte da cerimônia.
Lembrando que deve haver um segundo b. de aj ., previamente colocado
defronte o Pedestal do Mestre da Loja. Caso a Loja não possua dois bs. de
aj ., assim que o Candidato se levantar após a Prece, o 2oD afasta o banco
para liberar a passagem do Candidato e depois, discretamente, o coloca
defronte o Pedestal do Mestre da Loja.
A movimentação dos oficiais para recepção do Candidato, se dá
conforme descrito na Fig . 1. Observe-se que os oficiais envolvidos não
precisam esquadrar a Loja nesta passagem. Os Diáconos portam suas Varas
de Ofício. Na figura, não aparece o b. de a. para não poluir a visualização
das movimentações dos oficiais, mas ele deve estar lá, colocado pelo 2°D no
lado Norte do Pedestal do Primeiro Vigilante.

O Guardião apresenta o Candidato devidamente preparado à entrada


da Loja. O Guarda Interno aplica o E. no p. esquerdo exposto. O Primeiro
Diácono segura com suam. e. a m. d. do Candidato tal como na Cerimônia

117
Anato/i Oliynik

de Iniciação e leva-o para a esquerda do Primeiro Vigilante. O Segundo


Diácono acompanha-o pela esquerda e os três voltam-se para o Oriente.

Prece ao Candidato
Durante a Prece todos ficam em pé e fazem o sinal de reverência, sem
o Passo, pois este sinal não é um sinal verdadeiramente maçônico. Por
tradição, ele só é utilizado durante as preces nas cerimônias. Portanto, não
confundir este sinal com o Sinal do Segundo Grau.
Assim que a Prece for concluída, todos devem dizer em uníssono "Que
Assim Seja" porque a prece é de todos para o Candidato. Na Emulation
Lodge of Improvement, que é uma Loja de Instrução e Aperfeiçoamento, só
o Past Master Imediato pronuncia o "So Mote It Be".

Assim que a prece for concluída, a Candidato se levanta e os Irmãos


presentes se sentam, após o Mestre da Loja tê-lo feito. O Mestre da Loja não
precisa dar a ordem para que todos se sentem. Basta que ele se sente e os
demais o imitam, salvo o Candidato e os Diáconos.

A partir deste momento inicia-se uma série de perambulações. Durante


essas perambulações os cantos Nordeste, Sudeste e Sudoeste são
"esquadrados". Entende-se por esquadramento, quando estes cantos não
são contornados, ou seja, faz-se uma parada e um giro sobre o próprio eixo
iniciando uma nova direção em ângulo reto. Além disso, sempre que o 1°D
e o Candidato passarem em frente dos Pedestais dos Principais Oficiais -
Mestre da Loja, Primeiro Vigilante e Segundo Vigilante - devem fazer uma
parada e uma saudação com o Sinal do Grau conforme indicado no ritual.

Na primeira perambulação, o 1OD conduz o Candidato até o Pedestal


do 2°V. No trajeto, esquadram os cantos Nordeste e Sudeste; fazem uma
parada diante do Pedestal do Mestre da Loja para que o Candidato possa
saudá-lo. Nesta saudação, o Candidato não se volta para o Mestre da Loja.
Ela é feita olhando-se para o Sul. O 1°D não faz a saudação.
Ao se aproximar do Pedestal do 2°V, o 10D deve parar a uma distância
conveniente de modo que, com apenas um passo, o Candidato possa se
aproximar do 2°V e transmitir-lhe o toque e a palavra, sem qualquer outro
movimento. Na saída, o 1°D contornará o canto do Pedestal, porquanto o
esquadramento somente se dará quando for alcançado o canto Sudoeste da
Loja.

Na segunda perambulação, o 1°D conduz o Candidato até o lado Norte


do Pedestal do 1ov onde fazem um giro no sentido horário ficando de frente

118
Ritualística no Segundo Grau

para o Oriente. Durante o trajeto, o canto Sudoeste é esquadrado e uma


saudação é realizada diante do Pedestal do 1ov.

Na terceira perambulação, o 1°D conduz o Candidato até o lado Sul


do Pedestal do 1°V, onde pára a uma distância conveniente e paralela a ele.
Durante o trajeto, os cantos Nordeste, Sudeste e Sudoeste são esquadrados.
As paradas são feitas diante dos Pedestais do Mestre da Loja e 2°V. Para se
chegar corretamente até o lado Sul do 1ov, o 100 deverá avançar até quase
junto a parede Ocidental da Loja onde é feito o giro e o esquadramento.

Após o diálogo com o 1°V, o Candidato é levado novamente até o lado


Norte do Pedestal deste, porém, desta feita, o giro é feito no sentido horário,
ficando ambos voltados para o Oriente. Neste momento o 1°0 deve se colocar
por alguns instantes, à esquerda do Candidato, até que o 1ov conclua a
apresentação deste.

A Cerimônia de Elevação prossegue. O Candidato é ensinado a dirigir-


se do Ocidente para o Oriente na devida forma até se colocar diante do
Pedestal do Mestre da Loja para prestar o solene juramento de um
Companheiro Franco-Maçom.

Após o juramento e concluídas as instruções dadas pelo Mestre da


Loja, o Candidato é levado uma nova série de perambulações, desta feita
para ser apresentado aos Vigilantes como Companheiro.

A quarta perambulação é feita até o Pedestal do 2ov.

A quinta perambulação é feita até o lado Sul do Pedestal do 1ov.

Após a quinta perambulação o Candidato é levado à esquerda do 1ov


quando então, por delegação do Mestre da Loja, é investido com a insígnia
distintiva do Companheiro Franco-Maçom.
A sexta perambulação o Candidato é levado até a parte Sudeste da
Loja onde é feita uma alocução pelo Mestre da Loja. A seguir, avança até
próximo do Pedestal onde ser-lhe-ão apresentados os Instrumentos de
Trabalho de um Companheiro Franco-Maçom.

Segue-se a saída do Candidato, agora Companheiro, para retomar o


seu conforto pessoal.

No retorno do Companheiro é feita a Explanação da Tábua de Delinear


do Segundo Grau. Algumas Lojas fazem-no em outra oportunidade, mas o
correto é fazê-lo na Cerimônia de Passagem.

Concluída a Explanação da Tábua de Delinear, a Loja é revertida para

119
Anato/i 0/iynik

o Primeiro Grau, fazem-se os levantamentos e procede-se o encerramento


da Loja.

o oo
A seguir, são apresentadas as figuras contendo os principais
procedimentos ritualísticos durante a Cerimônia de Passagem já descritos
neste capítulo.
A visualização ajuda sobremaneira a interpretação correta do caminho
a ser percorrido e quando conjugada com a parte descritiva, clarifica os
procedimentos.

120
Ritualística no Segundo Grau

Fig. 1 - Recepção do Candidato

Mestre da Loja

~
~
.... ........ ,.................................•..•...
.: ··..
' ,.-___,j· ·;·...: 1r i
Nesta passagem o Guarda Interno e os Diáconos caminham sem "esquadrar" a
Loja, porém, os Diáconos devem portar suas Varas de Ofício.
O Gl se levanta e se posiciona defronte a porta. Os Diáconos, ao comando do
Mestre da Loja, se dirigem até a porta e se alinham com o Gl. Só depois desta
formação que o Gl avança para abrir a porta e cumprir sua missão . Assim que o
Candidato é introduzido, o 2°D coloca o B. de Aj . à esquerda do Pedestal do 1°V.

121
Anato/i 0/iynik

Fig. 2 - Prece ao Candidato

Mestre da Loja

' ,m"if '


]~------------------------------~

O 2° 0 coloca o B. de Aj. e se posiciona do lado esquerdo. O l 0 0 conduz o


Candidato até defronte do B. e se coloca à sua direita. O Candidato se aj. e os
Diáconos cruzam suas Varas de Oficio sobre a cabeça do Candidato e com a m.
d . fazem o Sn. de Rev. Inicia-se então, a Prece.

122
Ritualística no Segundo Grau

Fig. 3 - Primeira Perambulação do Candidato

Mestre da Loja

················~ "'
.,()···························

u
Q)
V)

V>
Q)
I-

GE
tt
' '
Gl

'
O 1°0 conduz o Candidato até o Pedestal do 2°V Antes, porém, "esquadra" o
canto Nordeste e faz uma parada defronte do Pedestal do Mestre da Loja poro a
devida saudação; "esquadra" o canto Sudeste e pára a um passo do Pedestal do
2°V

123
Anato/i 0/iynik

Fig. 4 - Segunda Perambulação

Mestre da Loja

..........
....

A.

<(·········· g ~············

, _.. . J
GE
Gl

'
tt 1r
O 1°0 conduz o Candidato até à esquerda do Pedestal do 1°V onde fazem um
giro no sentido horário de modo a ficarem voltados para o Oriente. O canto
Sudoeste é "esquadrado" e fazem uma parada diante do Pedestal do 1°V para a
saudação.

124
Ritualística no Segundo Grau

Fig. 5 - Terceira Perambulação

Mestre da Loja

~., ···················

u
Q)
V)
v
Vl STOP
Q)
1-

GE

' r-----1 Gl tt 1r ~········


' '
O 1°0 conduz o Candidato até o lado Sul do Pedestal do l 0 V "esquadrando" a
Loja nos cantos Nordeste, Sudeste e Sudoeste e fazendo as parados diante dos
Pedestais do Mestre do Loja e 2°V durante a passagem por eles . Param a um
passo de distância do Pedestal do l 0 V.

125
Anato/i 0/iynik

Fig. 8 - Juramento do Candidato

u
QJ
V)

Vl
QJ
1-

GE

' ' Gl

Os Diáconos cruzam as Varas de Ofício sobre o Candidato depois que ele se aj .


sobre o B. As Varas são seguras com a m . e. Com a d . os Diáconos fazem o Sn .
de F.

128
Ritualística no Segundo Grau

Fig. 9 - Instrução ao Candidato

········~ l ii
./. ~
Mestre da Loja
·....... ...................

u
(})
V)

""
(})
1-

GE

' '
Gl

O 1°0 conduz o Candidato para o lado Norte do Pedestal do Mestre da Loja para
receber as primeiras instruções no Segundo Grau. Nesta passagem os cantos não
são "esquadrados". Ambos param a uma distância de dois passos do Pedestal. O
2° 0 retorna a sua cadeira.

129
Anato/i 0/iynik

Fig. 10 - Quarta Perambulação

.... Mestre da Loja


····· ..........................................

u
Q)
V'l
Vl
,_
Q)

GE

' ' Gl

0
O l 0 conduz o Candidato até o Pedestal do 2°V "esquadrando" o canto Sudeste
da Loja onde pára a uma distância de um passo do Pedestal. Nesta passagem
não é feita a saudação diante do Pedestal do Mestre da Loja.

130
Ritualística no Segundo Grau

Fig. 11 -Quinta Perambulação

Mestre da Loja

...........
.··..

,_--J
'ir~······ '
GE
Gl 2°D

'
O l 0 D conduz o Candidato até o Pedestal do l oy "esquadrando" o canto Sudoeste.
Na saída do Pedestal do 2°V, não se faz o esquadramento.

131
Anato/i 0/iynik

Fig. 12 - Investidura do Candidato

Mestre da Loja

u
(!)
U')

V>
(!)
I-

..···.................... ·········...
GE
\. . . .•.,.;ir :
' '
Gl

'
O 1°D conduz o Candidato à esquerda do 1°V. Nesta passagem a Loja não
precisa ser "esquadrada". Os contornos são feitos no sentido anti-horório.
Posicionamento após a chegada: O 1°V à direita, o Candidato no meio e o 1°D
à esquerda. Todos ficam alinhados, olhando para o Oriente.

132
Rituatística no Segundo Grau

Fig. 13 - Sexta Perambulação para Alocução do Mestre

--= ~-···:
Mestre da Loja
--= ~
............................................................

u
<lJ
V')

VI
<lJ
1-

' ,.-----l
GE
Gl 2°0

' '
O 1° 0 conduz o Candidato até o canto Sudeste da Loja onde faz um giro sobre o
próprio eixo e se volta para o Norte. O canto Nordeste é "esquadrado" .

133
Anato/i 0/iynik

Fig. 14- Apresentação dos Instrumentos de Companheiro

~*
Mestre da Loja

GE

' '
Gl 2°0

'
0
O l 0 avança com o Candidato até próximo do Pedestal do Mestre da Loja onde
ser-lhe-ão apresentados os Instrumentos de Trabalho de um Companheiro.

134
Ritualística no Segundo Grau

Fig. 15 - Saída do Candidato para Conforto Pessoal

Mestre da Loja

: •••.

u
(!)
(/)

••
······t t::lfl
V
Gl
"••• ••. 0

' '
O l 0 0 faz um giro anti-horário e conduz o Candidato (sem esquadramento) até o
lado Norte do Pedestal do l 0 V, onde faz um giro no sentido horário e ambos
ficam voltados para o Oriente. Soltam as mãos. Após a saudação ao Mestre da
Loja, o Candidato é conduzido para fora do Templo.

135
Capítulo 9

RITUALÍSTICA NO TERCEIRO GRAU

Generalidades

D entre os três graus simbólicos, o Terceiro Grau é o mais complexo


para ser trabalhado em termos de abertura e encerramento. A
complexidade maior resume-se na execução dos sinais do Mestre Maçom
por ocasião da abertura, e os sinais substitutos executados pelos Vigilantes
e depois comunicados pelo Primeiro Vigilante ao Mestre da Loja, por ocasião
do encerramento da Loja neste Grau.
A Loja só é aberta no Terceiro Grau para Preleções, Ensaios, Cerimônia
de Elevação e Cerimônia de Instalação e não mais.
Não há nenhum modo especial de preparar a Loja para trabalhar no
Terceiro Grau, salvo algumas providências necessárias no transcurso da
Cerimônia de Elevação que serão descritas no momento oportuno.
As Lojas devem providenciar um lençol ou um tapete nas dimensões
aproximadas de 80 centímetros de largura por 2m lOcm de comprimento.
Sobre o lençol, se a opção for esta, deve ser pintada a Tábua de Delinear do
Grau, sem o pergaminho e sem os instrumentos de trabalho e caracteres
que lá aparecem. Pintar apenas o A ____ e., as T ____ s cruzadas e o C
_ ___ o sobreposto sobre elas. Se a opção for por um tapete, ao invés da
pintura, faz-se o bordado. Naturalmente que a segunda opção implica em
custos maiores e dificuldade com relação a bordadeira, salvo se algum Irmão
tenha uma máquina de bordar programável. Pode-se também utilizar uma
espécie de tapete poroso, daqueles utilizados nas soleiras das portas onde
se pode pintar sobre ele. A escolha da forma do tapete ou do lençol e uma
opção para a Loja decidir. Não existe uma determinação expressa sobre esta
questão.
O lençol ou o tapete, será utilizado durante a Cerimônia de Elevação
para o Candidato dirigir-se do Ocidente para o Oriente e mais tarde para a
representação simbólica da Lenda de Hiram Abiff.
Anato/i 0/iynik

A Loja deve ter dois Compassos. Um para ser utilizado sobre o VLS e
o outro pelo Guarda Interno por ocasião da entrada do Candidato para a
Cerimônia de Elevação.

Abertura
Antes de abrir a Loja neste Grau, o Mestre da Loja deve estar atento
e solicitar que os Companheiros se retirem. Algumas vezes o Mestre pode
decidir pela reversão da Loja do Primeiro para o Terceiro Grau. Neste caso,
deve solicitar que, além dos Companheiros, também os Aprendizes se retirem.
Recomenda-se evitar a reversão da Loja, não porque seja proibido,
mas porque a Loja raramente é aberta neste Grau. Logo, abrir e encerrar a
Loja, com formalidade, é uma excelente oportunidade para exercitar os
procedimentos ritualísticos neste Grau.
Após a retirada de todos os Irmãos que estejam abaixo do Grau de
Mestre Maçom, procede-se a verificação se a Loja está perfeitamente coberta,
se todos os presentes se apresentam à ordem como Companheiros e, por
fim, os presentes devem provar, por sinais, que são Mestres Maçons, para,
finalmente, a Loja ser declarada aberta, no Centro, para tratar dos assuntos
da Franco-Maçonaria no Terceiro Grau. Os sinais do Mestre Maçam são: o
Sn. de Hr., Sn. de Cpx. e o Sn. Pe. Existem outros sinais, mas não são
utilizados neste procedimento de abertura.
Após o Mestre da Loja anunciar "Toda a Glória ao Altíssimo", todos
devem fazer o Gr. ou R. Sn. que precisa ser ensaiado e ser feito
simultaneamente por todos.
A maior dificuldade nesta parte é falta de sincronização na execução
dos sinais. Geralmente, por falta de preparo, muitos Irmãos se atrapalham
na seqüência de sua execução. É preciso, portanto, de tempos em tempos
promover Ensaios de Abertura, Encerramento, Execução dos Sinais. O ensaio
da Cerimônia de Elevação completa, deve ser sempre praticando nas semanas
que antecedem a uma Elevação.

Lembrando, finalmente, que os trabalhos no Terceiro Grau somente


são abertos se a Loja tiver sido aberta primeiramente no Primeiro Grau.

Encerramento
A parte mais complexa ainda, é a do encerramento. Inicia-se a partir
do momento quando o Segundo Vigilante comunica os segredos substitutos
ao Primeiro Vigilante e este, por sua vez, os retransmite ao Mestre da Loja.

138
Ritualística no Terceiro Grau

Esta parte exige que os Principais Oficiais da Loja - Vigilantes e o Mestre da


Loja - estejam muito bem preparados para não empanar a beleza do ato.

O 1°V levanta-se, faz o Sn. Pe. que mantém, deixa o Pedestal saindo
pelo lado Norte e dirige-se ao Oriente pelo Norte até alcançar um ponto
além do Pedestal do 2ov, onde pára e faz um giro para dentro ficando de
frente para o Sul com o Passo e o Sn. Pe.
O 2°V, no momento oportuno, levanta-se, faz o Sn. Pe. que mantém,
saindo pelo lado Ocidental e dirige-se pelo Sul até ficar alinhado ao 1ov
onde pára, faz um giro para dentro ficando de frente para o Norte e para o
1ov, com o Passo e o Sn. Pe.

Ambos avançam com o pé esquerdo, até ficarem a uma distância de 1


metro aproximadamente.
O 2ov dá um passo curto na direção do 1ov e estende a m. d. ao
mesmo; tomando a m. d. do 1ov comunica o t. de p. que conduz do Segundo
ao Terceiro Grau, levanta a mão à altura da cabeça e comunica a P. de P. em
voz baixa. Soltam as mãos e ambos renovam o Sn. Pe.

O 2°V dá um outro passo curto na direção do 1°V e executa


seqüencialmente o Sn . de Hr., o Sn. de Cpx. e o Sn . Pe. Este último com
recuperação.
Em seguida, os Vigilantes executam simultaneamente os c. p. de c., e
o 2°V sussurra as palavras de Mestre Maçom; após, ambos renovam o Passo
e o Sn. Pe.
Nota: Embora ambos executem os c. p. de c. simultaneamente, é
preciso estar ciente que o 2°V está transmitindo e o 1°V recebendo.
Após a renovação do Passo e do Sn. Pe. com recuperação, descrita no
parágrafo anterior, o 2ov retorna ao seu Pedestal mantendo o Sn. durante o
percurso, entrando pelo lado Oriental.
Notem que há uma sucessão de sinais que precisam ser memorizados.
É justamente aí que reside a grande dificuldade devido a pouca prática dos
Vigilantes.
Após o retorno do 2°V ao Pedestal, o 1°V, mantendo o Sn. vira-se
para o Mestre da Loja e pergunta-lhe se ele concorda em receber dele os
segredos substitutos de um Mestre Maçom.
O Mestre da Loja deixa o seu Pedestal saindo pelo lado Sul, mantendo
o Sn. fica de frente ao 1ova uma distância conveniente para receber do 1°V
todos os Sns. tal qual este os recebeu do 2°V. Portanto, o procedimento do

139
Anato/i 0/iynik

1ov em relação ao Mestre da Loja é idêntico ao procedimento executado


pelo 2ov em relação a ele.

No final ambos se saúdam e retornam aos seus Pedestais; o 1°V


entrando pelo lado Sul e o Mestre da Loja pelo lado Norte.

É importante observar que o Sn. Pe. é mantido o tempo todo, inclusive


durante a caminhada que os Principais Oficiais fazem até o ponto onde os
segredos substitutos de Mestre Maçom são comunicados, e também durante
o retorno aos seus respectivos Pedestais.

O Mestre da Loja, após o retorno ao seu Pedestal, informa aos Irmãos


que sendo os mesmos regularmente comunicados, eles os sanciona e confirma
até que o tempo ou as circunstâncias restituam os verdadeiros.
Deste ponto em diante iniciam-se os procedimentos de conclusão dos
trabalhos no Terceiro Grau. Devido a clareza e simplicidade, dispensam-se
maiores comentários, salvo a recomendação sobre o ensaio para execução
simultânea do Gr. ou R. Sn.

Cerimônia de Elevação
Denomina-se "Cerimônia de Elevação" o ato que conduz o Companheiro
ao Grau de Mestre Maçom.

Precede a Cerimônia de Elevação as "Perguntas antes da Elevação"


que são feitas com a Loja ainda aberta no Segundo Grau. Os Companheiros,
mesmo aqueles que não serão Elevados nesta ocasião, podem permanecer
na Loja até um determinado ponto, quando são convidados a se retirarem.
Mesmo após os Companheiros terem se retirado, exceto o Candidato, a
Loja ainda permanece, por algum tempo, aberta no Segundo Grau. Neste
intervalo de tempo o Candidato assume os compromissos inerentes ao ato,
recebe o T. de P. e a P. de P. que o conduzirão ao Terceiro Grau. Após, também
ele, deixa a Loja para ser convenientemente preparado na ante-sala da Loja e
distante das vistas dos outros companheiros que não serão "elevados" na
presente cerimônia e aprendizes que porventura estejam fora da Loja.

Após a saída do Candidato, a Loja é aberta no Terceiro Grau. Alertamos


que as batidas de abertura deverão ser de baixa intensidade de modo a
serem audíveis apenas dentro da Loja, considerando que na ante-sala se
encontram Companheiros e, eventualmente, Aprendizes.

Quem mais trabalha nesta cerimônia é o Primeiro Diácono. É essencial


que ele esteja bem preparado para dar maior brilho possível à cerimônia

140
Ritualística no Terceiro Grau

levada a efeito, pois todas as atenções estarão voltadas para ele e para o
Candidato. Logo, seu desempenho deverá ser impecável.

A participação do Segundo Diácono é pequena. Ele atua como assistente


do Primeiro Diácono, coloca o banco de ajoelhar no lado esquerdo do Pedestal
do Primeiro Vigilante no momento da Prece, e o retira no momento apropriado.
Mas nem por isso, deve estar menos preparado que o Primeiro Diácono.

O Guarda Interno precisa certificar-se que um segundo C. esteja


próximo a sua cadeira para ser utilizado por ocasião do ingresso do Candidato
ao recinto da Loja.

Ao Guardião (Guarda Externo), cabe a preparação do Candidato da


seguinte maneira:

Retirar o paletó e o colete se o usar;

Arregaçar ambas as mangas da camisa acima dos cotovelos;

• Arregaçar ambas as pernas das calças acima dos joelhos;

Abrir a camisa de modo a mostrar os dois peitos;

Calçar ambos os pés com chinelo;


Usar o Avental de Companheiro.

Algumas outras providências são necessárias, tais como:


Deixar num lugar apropriado os símbolos da mortalidade (Cr. e as
Ti. cruzadas);
Deixar num lugar apropriado um lençol ou tapete no qual está
representado um A.;

Colocar sobre o Pedestal do Mestre da Loja ou próximo a ele, os


Instrumentos de Trabalho (Trena, Lápis e Compasso), na ordem de
apresentação.

Se no lençol ou tapete, além do A., estiverem representados o Cr. e as


Ti. cruzadas, não será necessária a existência material destes dois últimos.

O lençol ou tapete representando uma s. deve ser colocado sobre o


eixo perpendicular da Loja a uma distância de quatro passos normais antes
do Pedestal do Mestre da Loja . A cabeça da s. estará voltada para o Ocidente
e os pés para o Oriente.

Algumas Lojas acrescentam um Prumo, um Nível e um Maço Pesado


aos instrumentos de trabalho anteriormente citados. A maioria, porém, não

141
Anato/i 0/iynik

faz assim, os Vigilantes usam as próprias jóias dos Colares e o Mestre da


Loja o seu Malhete.

Durante boa parte do tempo a Cerimônia de Elevação é realizada na


penumbra. Isto obriga que os Oficiais envolvidos conheçam o Ritual de
memória. Portanto, estudá-lo antecipadamente e realizar uma Sessão de
Ensaio, é perfeitamente recomendável e providencial.

A Cerimônia
Estando o Candidato devidamente preparado, o Guardião dá as batidas
de Companheiro na porta da Loja e aguarda que o Guarda Interno abra a
porta para ser iniciado o diálogo entre ambos a respeito do Candidato.
O Guarda Interno ao se dirigir até a porta, fá-lo-á com o sinal de
ordem, onde o desfaz para abrir a porta e iniciar o diálogo com o Candidato.

Após o diálogo entre o Guardião e o Guarda Interno, o Candidato,


instruído pelo Guardião, dá o t. de p. e a p. de p. ao Guarda Interno tal qual
recebeu antes de ser retirado da Loja para ser preparado.

Em seguida o Guarda Interno comunica ao Mestre da Loja que o


Candidato acha-se convenientemente preparado para ser recebido no Terceiro
Grau.

Sob o comando do Mestre da Loja, os Diáconos portando suas Varas


de Ofício e o Guarda Interno portando o C., tomam suas posições junto a
porta para a admissão do Candidato na devida forma. Os três devem estar
alinhados entre si, o Guarda Interno no centro, o Segundo Diácono à direita
e o Primeiro Diácono à esquerda. Neste momento as luzes da Loja são
apagadas, exceto a do Mestre da Loja. Só então o Guarda Interno abre a
porta da Loja.

Durante as movimentações e perambulações, os Diáconos conduzem


as Varas com a mão direita. Por ocasião da prece feita ao Candidato, as
Varas são passadas para a mão esquerda para que eles possam fazer o Sn
de R com a mão direita. O Candidato deve ser instruído para fazer igualmente
o Sn durante a prece.

Quando o Candidato estiver ajoelhado sobre ambos os joelhos e as


Varas dos Diáconos cruzadas sobre sua cabeça, todos se levantam e fazem
o Sn. de R. sem o Passo, porque este sinal, estritamente falando, não é um
sinal maçônico. Ele somente é feito por ocasião das preces aos candidatos
nos três graus. É preciso tomar cuidado para não confundir o Sn de R que é

142
Ritualística no Terceiro Grau

idêntico para os três Graus, com o Sn de F do Segundo Grau que é muito


parecido.

Terminada a prece, o Candidato se levanta e todos se sentam, sem


necessidade de ordem, após o Mestre da Loja tê-lo feito.

Durante as Perambulações que são iniciadas após a prece, o Candidato


deve ser instruído, pelo 10D, para sair sempre com o pé esquerdo.
O 100 e o Candidato ao se aproximarem dos Pedestais dos Vigilantes,
devem manter uma distância conveniente para que o Candidato possa, com
apenas um passo, colocar-se junto aos mesmos para as devidas comunicações
ritualísticas.
Na Cerimônia são feitas três perambulações, a saber:
Na primeira, o Candidato é levado até o Pedestal do 2ov onde comunica
o toque ou senha e a palavra de Aprendiz. A finalidade desta perambulação
é demonstrar à Loja que o candidato tem os conhecimentos indispensáveis
do Primeiro Grau.

Na segunda, ele é levado até o Pedestal do 1ov onde comunica,


igualmente, o toque ou senha e a palavra de Aprendiz, com finalidade idêntica
feita ao 2ov.

Na terceira, o Candidato é levado novamente até o Pedestal do 1ov,


desta feita, porém, para comunicar o t. de p. e a p. de p. recebida do Mestre
da Loja e demonstrar que foi devidamente preparado para ser elevado do
Segundo ao Terceiro Grau.
Durante as perambulações, o Candidato deve fazer algumas paradas
para fazer a saudação de passagem aos oficiais, conforme descritas nas
instruções do ritual e figuras no final deste capítulo. Lembrando ao 1°D que
o Candidato ao fazer as respectivas saudações de passagem, não precisa
virar o corpo para o Pedestal onde se encontra o Oficial. Portanto, ao fazer a
saudação de passagem ao Mestre da Loja, o corpo estará direciorJado para o
Sul; ao fazê-lo diante do 2ov, o corpo estará direcionado para o Ocidente e
ao fazê-lo diante do 1°V, o corpo estará direcionado para o Norte.
Concluídas as perambulações, o candidato é apresentado pelo 1°V ao
Mestre da Loja como preparado para ser Elevado ao Terceiro Grau.
Os Diáconos, cumprindo uma ordem dada pelo Mestre da Loja e
retransmitida pelo 1°V, ensinam ao Candidato como se dirigir para o Oriente
pelos passos apropriados.
Neste momento o lençol ou o tapete é colocado sobre o piso da Loja

143
Anato/i 0/iynik

no local apropriado conforme descrito anteriormente. O Candidato é ensinado


pelo Primeiro Diácono a dar os passos que o levarão até o Pedestal do Mestre
da Loja para prestar o solene J. de um Mestre Maçam.
Após o solene J. o Mestre da Loja levanta o Candidato e faz-lhe uma
breve preleção de cunho simbólico, filosófico e moral para que este reflita
sobre a relação entre a morte e uma vida falsa, sem honradez.
Esta reflexão é levada a efeito por uma representação simbólica onde
o Candidato é ressuscitado de uma morte figurada e levado a refletir, com
maior esplendor ainda, sobre os ensinamentos filosóficos e de vida inerentes
ao Grau, mas perfeitamente aplicáveis ao nosso viver cotidiano durante
toda a existência.
Esta passagem, assim como outras que se seguem devem ser
previamente ensaiadas pelos Oficiais para dar maior brilho ao ato que, na
realidade, é uma representação cênica e como tal, precisa de ensaio.
Após o Mestre da Loja ter transmitido as instruções do Grau, o
Candidato se retira do Templo para retomar o seu conforto pessoal,
acompanhado pelo Primeiro Diácono e após saudar o Mestre da Loja nos
três Graus.

Somente após o Candidato ter se retirado, que as luzes são


restabelecidas .
Os Diáconos retiram o lençol e os demais símbolos, se os tiverem
usando, guardando-os em algum local previamente designado.
O Mestre da Loja poderá, a critério, fazer uma chamada para o descanso
de alguns minutos até que o Candidato esteja preparado para seu retorno à
Cerimônia.
Neste ínterim, o Guardião fará a recapitulação dos sinais completos
dos três Graus, preparando o Candidato para retorno à Loja, não se
esquecendo de recolocar-lhe o Avental de Companheiro.
Reabertos os trabalhos da Loja, o Candidato é introduzido na Loja
saudando o Mestre da Loja nos três Graus (Sinais do Terceiro Grau devem
ser completos: Hr., Cpx. e Pe. com recuperação). Quando o Candidato concluir
os sinais de Terceiro Grau, todos batem com a mão direita sobre o Avental
em uníssono.
O Primeiro Diácono recua com o Candidato até o Primeiro Vigilante
que faz a apresentação deste ao Mestre da Loja . O Mestre da Loja, por sua
vez, ordena que o Candidato seja investido com a insígnia distintiva de
Mestre Maçam (Avental de Mestre Maçam).

144
Ritualística no Terceiro Grau

Após a investidura, o Candidato é levado até a frente do Pedestal do


Mestre da Loja que faz-lhe uma longa preleção e ao final desta, explica-lhe
os Sinais e apresenta-lhe os Instrumentos de Trabalho de um Mestre Maçom.
Com este ato, encerra-se a Cerimônia de Elevação. O Candidato é
levado, pelo Primeiro Diácono, a tomar seu assento na Loja. Não há um
lugar previamente designado para ele. Ele pode se sentar em qualquer lugar
designado aos Mestres Maçons.
A Loja é revertida para o Segundo e depois para o Primeiro Grau,
onde são feitos os levantamentos e, finalmente, encerrada no Primeiro Grau.

000

A seguir são apresentadas as figuras contendo as dinâmicas ritualísticas


da Cerimônia de Elevação.

145
Anato/i 0/iynik

Fig. 1 - Recepção do Candidato

Mestre da Loja

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Nesta passagem o Guarda Interno e os Diáconos caminham sem "esquadrar" a
Loja, porém, os Diáconos devem portar suas Varas de Ofício.
'
O Gl se levanta e se posiciona defronte a porta. Os Diáconos, ao comando do
Mestre da Loja, se dirigem até a porta e se alinham com o Gl. Só depois desta
forma ção que o Gl avança para abrir a porta e cumprir sua missão. Assim que o
Candidato é introduzido, o 2°D coloca o B. de Aj. à esquerda do Pedestal do 1°V.
Apagam-se as luzes, exceto a do Mestre da Loja.

146
Ritualística no Terceiro Grau

Fig. 2 - Prece ao Candidato

Mestre da Loja

O 2°D coloca o B. de Aj. e se posiciona do lado esquerdo . O l 0 0 conduz o


Candidato até defronte do B. e se coloca à sua direita . O Candidato se aj . e os
Diáconos cruzam suas Varas de Ofício sobre a cabeça da Candidato e com a m.
d. fazem o Sn . de Rev. Início-se então, a Prece .

147
Anato/i 0/iynik

Fig. 3 - Primeira Perambulação

Mestre da Loja
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Gl 2°D

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O l 0 0 conduz o Candidato até o Pedestal do 2°V. Antes, porém, "esquadra" o
canto Nordeste e faz uma parada defronte do Pedestal do Mestre da Loja para a
devida saudação; "esquadra" o canto Sudeste e para a um passo do Pedestal do
2oV.

148
Ritualística no Terceiro Grau

Fig. 4 - Segunda Perambulação

Mestre da Loja
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O 1°0 e o Candidato fazem uma volta completa e se aproximam do Pedestal do
1°V pelo lado Sul. Durante a perambulação fazem três saudações (1 °V - ML e
2°V). Esquadram a Loja nos cantos Sudoeste, Noroeste, Nordeste, Sudeste e Sul,
respectivamente.

149
Anato/i 0/iynik

Fig. 5 - Final da Seg unda Perambulação

Mestre da Loja

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' '
O 1°0 conduz o candidato até à esquerda do 1°V. Ao chegarem no lado Norte,
fazem um recuo de costas.

150
Ritualística no Terceiro Grau

Fig. 6 - Terceira Perambulação

Mestre da Loja
~
.................. et•••···········
"'V

SOP ~)ir

ti ir~···
O 1°0 conduz o Candidato até o lado Sul do Pedestal do 1°V fazendo uma volta
completa ao redor da Loja. Durante a volta os cantos Sudoeste, Noroeste, Nordeste,
Sudeste e novamente o Sudoeste são "esquadrados". Também são feitas as paradas
para saudação diante dos Pedestais do 1°V, Mestre da Loja e 2°V, respectivamente.

151
Anato/i Oliynik

Fig. 7 - Apresentação do Candidato

Mestre da Loja

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~
. . . . . .,.,t :

0
O l 0 conduz o Candidato à esquerda do l 0 V. Ficam alinhados com o Vigilante,
voltados para o Oriente. O l 0 D coloca-se à esquerda do Candidato. Nesta
passagem a Loja não precisa ser "esquadrada". Os contornos são feitos no sentido
anti-horário.

152
Ritualística no Terceiro Grau

Fig. 8- Aproximação do Oriente pelos Passos Regulares

Mestre da Loja
OR
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I

O Candidato é conduzido pelo Norte até o ponto indicado. O l 0 D, o Candidato


e o 2°D ficam al inhados entre si voltados poro o Sul. O l 0 D deixo o Candidato
vai até o c. de s. e dá os passos instruindo o Candidato que o imito. Após completar
os passos, o Candidato se oj . poro prestar o solene j. de um Mestre Maçam.

153
Anato/i 0/iynik

Fig. 9 - Saída do Candidato após as Instruções

Mestre da Loja

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O l 0 0 conduz o Candidato até à esquerda do Pedestal do l 0 V fazendo giro
horário (chegada no O c.) onde param e se voltam pa ra o Oriente. O Candi dato
saúda o Mestre da Loja . Em seguida o l 0 0 faz um giro anti-horório e conduz o
C a nd idato até a po rta . O G l abre e fecha a porta da Loja. As luzes são
reestabe lecidas.

154
Capítulo 10

CERIMÔNIA DE INSTALAÇÃO

H á controvérsia entre escritores e pesquisadores maçons ingleses


sobre a data de origem da Cerimônia de Instalação do Mestre da
Loja. É certo que a origem é inglesa e que era praticada tanto pelos
" Modernos" 1, quanto pelos "Antigos"2 •

É certo, também, que esta cerimônia era praticada antes de 1750,


pois um dos motivos que " levantaram os maiores protestos e desencadearam
o conflito entre os 'Antigos' e 'Modernos' culminando, a partir desta, com o
movimento dos 'Antigos', que chegaram a fundar uma segunda Grande Loja
na Inglaterra"3 em 1751, foi a omissão da Premier Grand Lodge que permitiu
que a Cerimônia Esotérica da Instalação de um Venerável caísse em desuso.

Em 1827, a Cerimônia de Instalação foi sancionada e confirmada pelo


Grão-Mestre Augusto Frederick, duque de Sussex, da Grande Loja Unida da
Inglaterra e assim permanece em uso até os nossos dias.

A Cerimônia de Instalação do novo Mestre Eleito geralmente é


conduzida pelo Mestre da Loja em exercício que assume a função de Mestre
Instalador [Installing Master].
No início da Cerimônia o Mestre Eleito deve ser apresentado ao Mestre
Instalador. Esta apresentação somente pode ser feita por um Mestre Passado
[Past Master], preferencialmente o mais antigo da Loja ou por um Diretor de
Cerimônias, desde que seja , também, um Mestre Passado.
A retirada dos Aprendizes da Loja para abertura da Loja no Segundo
Grau é feita informalmente. Eles não devem faz~r a saudação usual ao sair,

1 Denomi nação atribuída aos maçons da Primeira Grande Loja, fu ndada em Londres, em 1717, pelos

maçons da Grande Loja rival, fundada em 1751.


2 Denominação assumida pelos maçons que constituíam a Grande Loja para toda a Inglaterra, com sede

em York, fu ndada em 1751.


3 OLIYNIK, Anatoli. O Rito de York. Curitiba: Ed. Vicentina, 1997, p. 83.
Anato/i 0/iynik

porque o Guarda Interno ao ouvir a solicitação do Mestre da Loja já se posicionou


junto a porta e abriu-a para a saída dos Aprendizes. Portanto, a Loja não
está coberta neste momento, logo nenhum sinal ou saudação pode ser feito.

O mesmo procedimento se aplica por ocasião da retirada dos


Companheiros e mais tarde de todos os Irmãos abaixo da condição de Mestre
Instalado.
Estando somente Mestres Instalados na Loja, segue-se a Cerimônia
Exclusiva da Junta de Mestres Instalados, na qual o Mestre Eleito é instalado
na Cadeira, como Mestre da Loja. Antes, porém, o Mestre Instalador deve
designar dois Mestres Instalados para ocuparem as cadeiras de 1ove 2ov e
outro para ocupar o cargo de Guarda Interno. Portanto, o quorum mínimo
para compor a Junta de Mestres Instaladores é de três, além do Mestre
Instalador. O Guardião (Tyler) não precisa ser Mestre Instalado em caso de
falta.
No preâmbulo do Ritual da Cerimônia de Instalação (APÊNDICE IV)
estão descritos os principais "Procedimentos Preliminares" e as
"Recomendações e Informações" mais importantes que devem ser observadas
por ocasião da realização da Instalação do Mestre Eleito. Fi-lo naquela parte
do livro, para que ficassem mais próximas do ritual, facilitando sobremaneira
as consultas durante a sua leitura.
O Mestre Eleito, ao ser apresentado, deve ser colocado no centro da
Loja, ou seja sobre o cruzamento dos eixos longitudinal e transversal.
Lembrando que a mesa do Secretário deve estar posicionada no lado norte
da Loja e sobre o eixo transversal. Assim, quando o Mestre Eleito virar-se
em direção ao Secretário para o assentimento das Antigas Obrigações e
Regulamentos [Ancient Charges and Regulations] da franco-maçonaria, não
precisará se deslocar, bastando virar o corpo.

O Mestre Eleito dará o Passo e fará o Sinal de Fidelidade somente na


primeira Obrigação. Nas Obrigações restantes, apenas fará os Sinais de
Fidelidade uma vez que o Passo dado na primeira Obrigação, deve ser mantido
até a última Obrigação. Não confundir o Sinal de Fidelidade com o Sinal
(completo) do Segundo Grau que é de natureza tríplice, embora aquele seja
a primeira parte deste.
O modo de se aproximar do Pedestal do Mestre da Loja para prestar o
Solene Juramento, é por passos normais. Não esquecer de retirar a luva da
mão direita do Mestre Eleito se a estiver usando. Aqui cabe uma observação
ao Mestre da Loja e à Loja propriamente dita. Se o Mestre Eleito estiver
usando luvas brancas, todos os demais Irmãos da Loja devem estar com as

156
Cerimônia de Instalação

suas Luvas calçadas. Cabe a Loja decidir pelo uso ou não das luvas. Se a
opção for pelo uso, então todos, sem exceção, devem usá-las. Se a opção
for ao contrário, ninguém deverá usá-las, nem mesmo o Mestre Eleito.

Após o Solene Juramento a Loja é aberta no Terceiro Grau. Se a abertura


for completa, o que normalmente se faz, o Mestre Eleito deve ser conduzido
até uma cadeira próxima onde se senta até que a abertura seja completada.
No caso da Loja ser revertida para o Terceiro Grau, o Mestre Eleito
permanecerá em pé em frente ao Pedestal do Mestre da Loja.
Assim que a Loja for aberta no Terceiro Grau, todos os Mestres Maçons
se retiram da Loja, sem saudação, e após são iniciados os trabalhos da
Junta de Mestres Instaladores.
Antes do final da Cerimônia Exclusiva da Junta de Mestres Instalados,
o Mestre Eleito investe o Mestre da Loja que está deixando o cargo, na
condição de Past Master Imediato [Immediate Past Master]. Lembramos
que se a investidura não for feita neste exato momento, não poderá sê-lo
em nenhuma outra ocasião. Isso não implica dizer que o Mestre da Loja que
deixou o cargo, deixe de ser um Mestre Instalado.
Encerrados os trabalhos da Junta de Mestres Instalados, pode-se fazer
um breve recesso, anunciado formalmente, por meio da "Chamada para o
Descanso". O recesso é feito para que o Diretor de Cerimônias possa dispor
os colares dos Oficiais na ordem de investidura de cada qual.
Concluídas as providências do Diretor de Cerimônias é feita
formalmente a "Chamada para o Trabalho". Assim que o trabalhos forem
reabertos, o Mestre Instalador dá a ordem para o retorno dos Mestres Maçons.
Os Mestres Maçons visitantes, entram primeiro e são conduzidos aos seus
lugares onde se sentam. Os demais permanecem perfilados ao longo do
lado Norte a partir de onde será iniciada a perambulação para saudação ao
Mestre Eleito recém empossado na Cadeira de Mestre. Lembramos que,
assim como se procedeu na saída, nenhuma saudação usual poderá ser
feita durante a entrada dos Mestres, pois a Loja não está devidamente coberta.
A perambulação, que consiste em dar uma volta completa ao redor da
Loja (Pavimento Mosaico), é comandada pelo Mestre Instalador ou pelo Diretor
de Cerimônias, se houver um. A saudação é feita por uma parada em frente
do Pedestal do Mestre da Loja, quando cada um dá o Passo e faz o Sinal
Penal de Mestre Maçom, com recuperação, olhando-se diretamente para o
Sul. Não se deve virar para o Pedestal. Durante a perambulação os cantos
Nordeste, Sudeste, Sudoeste e Noroeste devem ser devidamente
esquadrados.

157
Anato/i 0/iynik

Concluída a perambulação dos Mestres Maçons, o Mestre Instalador


proclama que o Mestre Eleito foi regularmente instalado na Cadeira do Rei
Salomão e convida os Mestres Maçons, que estão perfilados no Norte da
Loja, a saudá-lo com sinais específicos de um Mestre Maçom. A saudação é
guiada pelo Mestre Instalador. Em seguida são apresentados os instrumentos
de trabalho de Mestre Maçom com as devidas explicações simbólicas de
cada um deles.

A Loja é encerrada no Terceiro Grau. Quem encerra a Loja é o novo


Mestre da Loja por ordem do Mestre Instalador.
O Mestre Instalador solicita que seja dado ingresso aos Companheiros,
que entram sem nenhum sinal usual e se juntam aos Mestres Maçons
assumindo posição na extremidade oriental da linha de modo que pela ordem
- Companheiros e Mestres Maçons - fiquem perfilados numa única fila no
lado Norte da Loja.

O Mestre Instalador ou Diretor de Cerimônias assume o comando do


cortejo iniciando assim a segunda perambulação ao redor da Loja, tal como
antes. Cada Irmão, ao passar defronte ao Pedestal do Mestre da Loja faz um
parada, dá o Passo, faz o Sinal de Companheiro e continua a perambulação
até chegar à posição inicial no Norte onde todos voltam-se para o Sul.
Lembrando que a Loja deve ser esquadrada em cada canto (NE, SE, 50 e
NO) .
Pela segunda vez o Mestre Instalador proclama a instalação do Mestre
Eleito, guia a saudação e apresenta os instrumentos de trabalho de um
Companheiro Franco-Maçom com as devidas explicações simbólicas de cada
um deles.

A Loja é encerrada no Segundo Grau. Quem encerra a Loja é o novo


Mestre da Loja por ordem do Mestre Instalador.

O Mestre Instalador, a partir do lado Sul do Pedestal do Mestre da


Loja, solicita ao Guarda Interno que se faça entrar todos os Aprendizes.
Os Aprendizes entram sem saudação e juntam-se à linha dos Irmãos
- Companheiros e Mestres - assumindo posição no topo oriental da fila,
estando todos voltados para o Sul.
O Mestre Instalador ou Diretor de Cerimônias assume o comando do
cortejo iniciando assim a terceira e última perambulação para saudação ao
novo Mestre da Loja. O procedimento é idêntico ao anterior. A saudação se
dá com o Passo e Sinal de Aprendiz e os cantos (NE, SE, 50 e NO) são
esquadrados. O Mestre Instalador faz a terceira proclamação com a respectiva

158
Cerimônia de Instalação

saudação e apresenta os instrumentos de trabalho de um Aprendiz com as


devidas explicações simbólicas de cada um deles.

Feita a terceira e última proclamação o Mestre Instalador ordena que


todos os Irmãos que estão perfilados no Norte da Loja tomem assento seus
respectivos lugares em Loja. Os Irmãos se dirigem diretamente aos seus
assentos sem nenhuma formalidade .
Estando todos os Irmãos sentados, o Mestre Instalador procede a
entrega da Carta Patente da Loja, o Livro das Constituições e o Regulamento
Interno da Loja para a guarda especial do Mestre da Loja, recém empossado .
No caso das Lojas brasileiras, estes documentos normativos variam de acordo
com cada Obediência. Neste caso, faz-se a entrega de todos os documentos
normativos adotados pela Obediência.
Segue-se a nomeação e posse dos Oficiais.

A apresentação dos oficiais para a posse pode ser feito pelo Mestre
Instalador ou Diretor de Cerimônias. Qual seja o indicado a fazê-lo, vai até
um ponto conveniente em frente do Pedestal do Mestre da Loja a partir de
onde pergunta qual oficial será nomeado ou empossado .
Todos os oficiais que forem Past Masters (Mestres Passados), devem
ser conduzidos para o lado Sul do Pedestal do Mestre da Loja onde são
empossados. Os que não forem Past Masters, serão conduzidos para o lado
Norte do Pedestal. Convém ficar muito atento a essa exigência durante a
posse dos oficiais.
A seqüência das nomeações e posses, é a seguinte: 1. Primeiro Vigilante
(nomeação); 2. Segundo Vigilante (nomeação); 3. Capelão (nomeação); 4.
Tesoureiro (posse); 5. Secretário (nomeação); 6. Diretor de Cerimôri'ias
(nomeação); 7. Esmoler (nomeação); 8. Mestre Provedor" (nomeação); ~.
Primeiro Diácono (nomeação) ; 10. Segundo Diácono (nomeação); 11.
Assistente do Diretor de Cerimônias (nomeação); 12. Organista (nomeação);
13. Assistente de Secretário (nomeação); 14. Guarda Interno (nomeação);
e 15. Guardião (posse).
Quando o Mestre Instalador pergunta ao Mestre da Loja qual Irmão
ele deseja nomear ou empossar no respectivo cargo, deve fazê-lo com o
Passo e Sinal de Aprendiz que desfaz, após o Mestre da Loja ter indicado o
nome do Irmão.

4
Também denomi nado de Mestre da Caridade.

159
Anato/i 0/iynik

O Irmão nominado levanta-se e, sem sinal de ordem, aguarda o Mestre


Instalador ou Diretor de Cerimônias que o conduzirá até o Pedestal do Mestre
da Loja. O modo de condução é segurar com a mão esquerda a mão direita
do nomeado, tal qual se faz nas Cerimônias de Iniciação.

Quando o nomeado for o Primeiro ou Segundo Vigilante, o Mestre


Instalador ou Diretor de Cerimônias apanha, além do Colar, o Malhete e a
respectiva Coluneta . Após a nomeação, os Vigilantes são conduzidos
diretamente para o lado esquerdo de seus Pedestais (visão de quem chega)
por onde entram. Explicando melhor: O Primeiro Vigilante entra pelo lado
Sul e o Segundo pelo lado Oriental.
Assim que os Vigilantes forem colocados, respectivamente, em seus
Pedestais, o Mestre Instalador ou Diretor de Cerimônias conduzirá o Mestre
Instalado até o Oriente e ao Sul do Pedestal do Mestre da Loja, se for um
Irmão do quadro; e até o lado Norte se for um Mestre Instalado de outra
Loja . É praxe que Mestre da Loja faça um breve agradecimento nesta ocasião
ou deixar para o final da Cerimônia.
Quando o nomeado for o Primeiro ou Segundo Diácono, deve-se levar,
além do Colar do cargo, a respectiva Vara de Ofício.

Para os demais cargos, leva -se tão somente o Colar do cargo, exceto
no caso do Guardião que há um modo especial de posse que será descrito a
seguir:

O Mestre da Loja dá duas batidas. Isto sinaliza ao Guarda Interno


para abrir a porta e admitir o Guardião atual.
O Guardião segurando a espada com a mão esquerda com a ponta
para baixo, segue para o lado Norte do Pedestal do Primeiro Vigilante, dá o
Passo e faz o Sinal de Aprendiz, que desfaz.
O Mestre Instalador ou Diretor de Cerimônias, conduz o Guardião
atual para o lado apropriado do Pedestal de Mestre da Loja, onde ele deposita
a espada, diagonalmente, sobre o Volume da Lei Sagrada. Em seguida é
conduzido para um lugar da Loja, onde senta-se.
O Mestre Instalador ou Diretor de Cerimônias conduz em seguida o
Guardião eleito para o lado apropriado do Pedestal onde se processa a
respectiva posse. Concluída a posse, o Guardião é conduzido até o lado
Norte do Pedestal do Primeiro Vigilante onde dá o Passo e faz o Sinal de
Aprendiz e se retira da Loja para tomar assento na sua cadeira.
Finalizando a Cerimônia de Instalação, seguem-se as alocuções ao
Mestre da Loja, aos Vigilantes e à todos os Irmãos.

160
Cerimônia de Instalação

O Mestre Instalador toma o assento no seu devido lugar. O Mestre da


Loja faz um breve agradecimento. A sessão continua no Primeiro Grau.

000

Há também a Cerimônia de Indução. Quando o Mestre Eleito já é um


Mestre Instalado, não é necessário fazer-se a cerimônia completa de
instalação. Nesta cerimônia também se constitui a Junta de Mestres Instalados
quando o Mestre Eleito reafirma o juramento feito por ocasião da sua
Instalação e é colocado na Cadeira de Mestre ou Cadeira do Rei Salomão
como é costume definí-la.
Após o encerramento dos trabalhos da Junta de Mestres Instaladores
é dada a entrada, seqüencialmente, aos Mestres Maçons, Companheiros e
Aprendizes que fazem a volta da Loja e saúdam o Mestre da Loja, recém
empossado, tal como se procede na Cerimônia de Instalação.

161
Anato/i 0/iynik

ANEXO B

Uma cópia verbal da


PATENTE PARA UMA LOJA DE MESTRES INSTALADOS
Datada de 20 de Abril de 1813
(Reimpressa por cortesia do Conselho de Assuntos Gerais)

AUGUSTUS FREDERICK, G.M.D.

A todos e cada um de nossos Mui Veneráveis, Veneráveis e Amados


Irmãos.

Nós, Augustus Frederick, Duque de Sussex, Conde de Inverness,


Barão de Arklow, Príncipe de Brunswick Lunenburgh, Cavaleiro da Mui Nobre
Ordem da Liga, etc., etc., Grão-Mestre Delegado e Grão-Mestre Eleito da
Mui Antiga e Honorável Sociedade dos Maçons Livres e Aceitos da Inglaterra.

Enviamos Saudações.

Embora seja altamente essencial para o bem estar da Ordem que


todo Irmão eleito para a situação de Mestre de uma Loja seja instalado na
Forma Antiga para melhor qualificá-lo no desempenho daquele importante
cargo, mas pela razão de que várias Lojas tendo já por algum tempo
negligenciado em observar o solene rito há muitos Irmãos que passaram a
Cadeira de suas Lojas sem terem sido instruídos naqueles mistérios aos
quais têm direito de serem introduzidos: E em conseqüência de tal
negligência também havendo apenas uns poucos Past Masters competentes
para assistir na Cerimônia e as Lojas sendo, portanto, colocadas diante de
uma grande inconveniência AGORA SAIBAM TODOS que Nós, tendo levado
em séria Consideração todas essas circunstâncias e estando ansiosos pela
prosperidade da Ordem julgamos adequado e Aqui constituímos nossos
confiáveis e bem-amados Irmãos, o atual Grande Vigilante e outros Grandes
Oficiais do Ano junto com os Irmãos Benjamin Lancaster, Sir William Rawlins,
William Forsteen, John Cooke, Alexander Sinclair Gordon, Thomas Harvie
Farquhar, James Earnshaw, John Baker Richards, e James Deans, Past
Grandes Vigilantes, William Wix, William Henry White, William Williams,
Waller Rodwell Wright e Hyppolito da Costa, Grão-Mestres Provinciais,
William Shadbolt, William Meyrick, Stephen Jones, James Newman, Joseph
Jones, John William Shorman, Thomas Bell, o Rev. Samuel Hemming, D.D.
e James Joyce, Mestres ou Past Masters de Lojas em uma Loja de Mestres
Instalados para o propósito de dar instruções nos Mistérios e Cerimônia de
Instalação e irão com pleno e amplo Poder e Autoridade instalar tais Irmãos

162
Cerimônia de Instalação

como agora o são, foram ou daqui em diante possam ser os Mestres de


Lojas Regulares, e também quaisquer Past Grandes Vigilantes e Grão-Mestres
Provinciais que possam ainda não ter recebido o Benefício da Instalação,
sobre cuja Loja é nossa intenção presid ir assistido por nossos Grandes
Oficiais e Determinamos que qualquer Irmão doravante eleito para o
importante cargo de Mestre de uma Loja dentro do que é chamado Distrito
de Londres não presuma tomar a si os Deveres de seu Cargo até que tenha
sido regularmente instalado: Ao mesmo tempo declaramos ser Dever do
Mestre que está prestes a deixar a Cadeira procurar o comparecimento de
um número suficiente de Mestres Instalados para assistí-lo no desempenho
do Solene Rito e aqui Nós concedemos autoridade aos acima nomeados
Irmãos para eleger como Membros da referida Loja, com nossa aprovação,
outros irmãos que julgarem adequados Mas esta nossa Patente deve
continuar vigendo somente até o décimo segundo dia de Maio próximo
inclusive.
Dado sob nossa Mão e o Selo de nossa Grande Loja em Londres
neste vigésimo dia de Abril A. L. 5813 A. D. 1813.
Por Ordem de Sua Alteza Real o Grão-Mestre Delegado

WILLIAM H. WHITE, G.S.

163
Capítulo ll

PROCISSÕES

A s procissões de entrada e saída de uma Loja Maçônica que


trabalha pelo Ritual Emulação, é uma prática consagrada pelas
Lojas inglesas. Elas disciplinam e reverenciam a entrada e saída dos Oficiais
da Loja, das Autoridades Maçônicas da Obediência e das Autoridades
Visitantes.

A seguir, apresentamos de forma esquemática como as Procissões


são formadas e levadas a efeito.

ENTRADA DOS PRINCIPAIS OFICIAIS


São considerados "Principais Oficiais" de uma Loja Simbólica: o Mestre
da Loja, o Primeiro Vigilante e o Segundo Vigilante.
Existem, basicamente, três tipos de Procissões: a procissão simples
(Esquema 1); a mais elaborada (Esquema 2) e a completa (Esquema 3).
Cabe a Loja optar por uma delas, pois não há uma regra preestabelecida
para realizá-las.

O Diretor de Cerimônias, depois de verificar que os Irmãos do quadro,


inclusive os visitantes comuns, já se encontram sentados nos seus respectivos
lugares na Loja, organiza, na ante-sala, a Procissão de acordo com o Esquema
1:

i
ML

Procissão de Entrada do Mestre da Loja - Esquema 1


Anato/i 0/iynik

Os cargos mais graduados da Loja sempre ocupam a posição do lado


direito. No exemplo acima, vemos o Diretor de Cerimônias, o 1o o e o 1ov
posicionados do lado direito do séqüito, porque na hierarquia dos cargos,
neste tipo de procissão, eles são mais graduados.

Algumas Lojas adotam o esquema a seguir quando desejam organizar


uma Procissão mais elaborada:
Neste segundo caso, o bom senso indica que o número de Past Masters
deve ser limitado. Recomenda-se quatro .

.t OC

t
ML

t t
t t
Past Masters
(mais novos na frente)

t AOC

Procissão de Entrada do Mestre da Loja - Esquema 2

· Raramente se fazem Procissões completas, isto é, com todos os Oficiais.


Se isso alguma vez ocorrer, a disposição proposta é a seguinte:

t OC

t t Visitantes

Mordomo t t Mordomo
2°0 t t 1°0
ASec t t Esmoler
Sec t t Tes
Capelão t t PMI
2°V t t 10V

t ML

Past Masters t t
(mais novos na frente)
t t
t AOC

Procissão Completa - Esquema 3

16f>
Procissões

DINÂMICA DAS PROCISSÕES


A partir deste ponto segue-se a descrição da dinâmica dos diferentes
modos de procissões.

Antes da procissão todos os Irmãos do quadro e os visitantes comuns


já se encontram sentados nos seus devidos lugares na Loja.
Tomando por base a Procissão curta, o Diretor de Cerimônias ao se
aproximar da porta de entrada da Loja, dá a seguinte ordem: "Em pé, Irmãos,
para receber o Mestre da Loja e seus Vigilantes". O séqüito inicia a marcha,
sempre com o pé esquerdo, e segue a passos normais pelo lado norte da
Loja até o topo Nordeste da Loja, parando a uma distância aproximada de
dois metros 1 antes do Pedestal do Mestre da Loja. Os passos de todos os
Irmãos devem ser dados com a maior naturalidade possível, evitando o
andar robotizado.
Ao alcançar ponto Nordeste da Loja, todos param e os Irmãos que
formam as colunas externas fazem um giro sobre o próprio eixo e se voltam
uns para os outros. Os Diáconos cruzam as suas Varas formando um arco. O
Mestre da Loja avança, com o pé esquerdo, passa pelo arco e estende a sua
mão direita com a palma voltada para baixo na direção do Diretor de
Cerimônias. O Diretor de Cerimônias, por sua vez, pega com sua mão
esquerda, palma voltada para cima, a mão direita do Mestre da Loja e õ
conduz até a Cadeira do Mestre, entrando pela esquerda (lado Norte do
Pedestal). O DC não entra no Pedestal. Ele apenas estende o braço segurando
a mão do Mestre da Loja até que este se aproxime da Cadeira. Ambos soltam
as mãos. O DC retorna ao topo do séquito para reiniciar a marcha até o
Pedestal do 2ov.

Neste ínterim, os Diáconos descruzam as Varas, e todos os participantes


perfilam-se retomando a posição anterior. O Diretor de Cerimônias lidera-os
continuando o séqüito. Ao se aproximar do canto Sudeste da Loja, o séqüito
continua, mas os Past Máster param e se dirigem diretamente para os seus
lugares. Em algumas Lojas os Past Master's também passam pelo arco assim
que o Mestre da Loja assim fizer e se dirigem para os seus lugares antes do
séqüito retomar sua marcha em direção ao Pedestal do 2ov. Isto não é
correto, mas tolerado.
Quando a Procissão alcançar uma posição próxima do Pedestal do
2°V, há uma segunda parada. Todos param e os Irmãos das colunas externas

1
A distância sugerida depende das dimensões da Loja. A distância ideal será a que permita a Procissão
contornar, sem dificuldade, o canto Nordeste da Loja.

167
Anato/i 0/iynik

fazem o giro sobre o próprio eixo ficando de frente uns para os outros, como
antes; os Diáconos cruzam as Varas formando um arco, como antes; o 2ov
avança passando por baixo do arco e estendendo a sua mão direita com a
palma voltada para baixo na direção do Diretor de Cerimônias. O Diretor de
Cerimônias, por sua vez, leva-o com a mão esquerda ao seu assento, entrando
pelo lado esquerdo (Oriental) tal qual fez com o Mestre da Loja. Em seguida
o séqüito avança até o Pedestal do 1ov e novamente os Diáconos formam o
arco; o 1ov passa por baixo dele e o Diretor de Cerimônias leva-o para seu
assento entrando pela esquerda (Sul), assim como fez com o 2ov.

Neste ponto, o 20D sai da Procissão e fica no seu lugar, mas não passa
pelo arco. O arco deve ser desfeito assim que os Principais Oficiais passarem
sob ele.
O Diretor de Cerimônias então segue pelo lado norte da Loja e leva o
1OD para o seu assento. No caso do Tesoureiro, Secretário etc. fazerem parte,
é costume que eles deixem a Procissão e se dirijam aos seus lugares tão logo
o Mestre da Loja seja conduzido pelo Diretor de Cerimônias ao seu lugar.
Para saída do Mestre da Loja, em procissão, a forma adotada é a
demonstrada no Esquema 4.

t
ADC

t
ML

t t
t t
Past Masters
(mais novos por
último)

t
2"V

t
1"V

t
DC

Procissão de Saída do Mestre da Loja - Esquema 4

O séqüito é formado nas proximidades do Pedestal do 2°V e capitaneado


pelo Assistente do Diretor de Cerimônias. O Mestre da Loja sai de sua Cadeira,
pelo lado Sul, e introduzido pelo Diretor de Cerimônias no centro do séqüito.

168
Procissões

Em seguida, os Past Master's posicionam-se logo atrás do Mestre da Loja. A


um comando do Diretor de Cerimônias, a Procissão avança até a porta de
saída da Loja onde pára. Os Diáconos fazem um giro sobre o próprio eixo
ficando um de frente para o outro, cruzam as Varas formando o arco. O ADC
posiciona-se do lado esquerdo ao lado do 2°0. Os Principais Oficiais saem
normalmente passando por baixo do arco. Eles não precisam parar quando
os Diáconos o fizerem, porém estes devem ser suficientemente rápidos ao
cruzar as Varas para saída dos Principais Oficiais.
A dinâmica da procissão é a seguinte: o séqüito anda a passos normais,
nem muito rápidos nem muito lentos. O séqüito só para quando alcançar o
umbral da porta de saída da Loja onde é formado o arco. Entrementes, o
Diretor de Cerimônias retira, com sua mão esquerda, o 2ov e o 1ov de seus
Pedestais e estes saem normalmente pela linha central do séqüito. O arco é
mantido até que os Principais Oficiais- Mestre da Loja, Past Masters, Segundo
Vigilante e Primeiro Vigilante tenham passado por ele. O arco é desfeito e
todos os demais Irmãos são convidados a sair, porém sem a formação do arco.
O processo todo é muito dinâmico, porém precisa ser ensaiado para
que a procissão de saída não seja tumultuada com paradas desnecessárias. O
Diretor de Cerimônias que segue no final do séqüito, deve ser muito ágil e
dinâmico no sentido de retirar os Vigilantes de seus Pedestais. Os Vigilantes,
por sua vez, devem estar preparados para saírem pela esquerda de seus
Pedestais sem maiores delongas que possam prejudicar a dinâmica da Procissão.

ENTRADA E SAÍDA DO GRÃO-MESTRE


Via de regra (aqui no Brasil) o Grão-Mestre entra depois da leitura e
aprovação da ATA da Loja. Este procedimento é regulado pelos Estatutos e
pelo Regulamento Geral da Obediência, que não consideram as práticas das
Lojas que trabalham sob a orientação do Ritual Emulação. Essa
regulamentação obriga as Lojas a fazerem duas Procissões. A primeira, para
entrada dos Principais Oficiais e a segunda, para entrada do Grão-Mestre e
sua comitiva.
No momento oportuno da entrada do Grão-Mestre e dos Grandes
Secretários, se presentes, o Guardião bate na porta com o sinal do Grau no
qual a Loja está aberta. Ao ser atendido pelo Guarda Interno informará:
"É o Soberano Grão-Mestre Geral, Irmão AB, que exige entrada (ou
admissão)".
O Mestre da Loja, diante da informação, determina que se organize
uma procissão para dar entrada ao Grão-Mestre no recinto da Loja. Quando

169
Anato/i 0/iynik

o Grão-Mestre está acompanhado de seu Adjunto ou de poucos Grandes


Secretários, neste caso a procissão é simples conforme apresentado no
Esquema 5 a seguir:

t
OC
2°0 t t 1°0
PM t t t PM
GMAdjunto
PM t t t PM
Grão-Mestre Geral
GSec t t G Sec
t
AOC

Entrada do Grão-Mestre Geral - Esquema 5

O Mestre da Loja oferece o malhete ao Grão-Mestre (ou a quem


representá-lo oficialmente) segurando a cabeça do mesmo com a sua mão
direita, apoiando o cabo sobre o punho esquerdo de modo que o Grão-Mestre
o tome com a sua mão direita. O Grão-Mestre, por cortesia recebe o malhete
e procede de modo idêntico devolvendo-o ao Mestre da Loja, se assim o desejar.
O Grão-Mestre ou quem o representar oficialmente sempre se sentará
imediatamente à direita do Mestre da Loja, ou seja, do lado Norte.
Normalmente o Grão-Mestre e a sua comitiva se retiram antes do
encerramento da Loja . Neste caso, é realizada uma Procissão para sua saída
deste e de sua comitiva segundo o Esquema 6 e, logo após, faz-se o
encerramento normal da Loja.

t
AOC
2°0 t t 1°0
PM t t t PM
Grão-Mestre Geral
PM t t t PM
GM Adjunto
GSec t t GSec
t
OC

Procissão para Saída do Grão-Mestre Geral - Esquema 6

170
Procissões

INFORMAÇÕES FINAIS
Durante as Procissões, o Diretor de Cerimônias, o Assistente do Diretor
de Cerimônias e os Diáconos portam suas Varas de Ofício. Estas Varas devem
ser leves e finas, encimadas com as jóias dos respectivos cargos. Assim, as
Lojas devem ter quatro Varas ou Bastões.
Durante o séqüito, os cantos da loja não são esquadrados. Entra-se
em fila dupla, conforme o esquema, os cantos, Noroeste, Nordeste e Sudeste
são contornados. O esquadramento da loja só ocorre nas cerimônias e nos
momentos que o ritual assim o determinar.
Embora os Past Master's não tenham o direito de reivindicar quaisquer
privilégios especiais, eles podem, por deferência do Mestre da Loja, fazer
parte da Procissão. Neste caso, o bom senso indica que o número de Past
Master's deve ser limitado. Recomenda-se quatro. Os demais, não devem se
considerar ofendidos com isso.

Além disso, os Past Master's devem saber que eles não têm a
prerrogativa de passar sob o arco, embora isso aconteça na prática em
algumas lojas, inclusive inglesas. Esta prerrogativa é exclusiva dos Principais
Oficiais e do Grão-Mestre.
Sabe-se que, no Brasil, a vaidade de alguns maçons é singularmente
exacerbada. Quando alguma "autoridade" não recebe o tratamento que o
coloque em destaque em relação aos demais, o melindre toma conta e
instaura-se um mal estar generalizado. Isso, por princípio, não deveria
acontecer entre maçons, especialmente numa loja do Rito de York. Por isso,
é muito importante que os Aprendizes sejam orientados, desde o princípio,
que, neste rito, tradicionalmente, nenhum Irmão tem o direito de reclamar
para si quaisquer privilégios, inclusive, ascensões na carreira da loja . Essa
tradição faz parte do direito consuetudinário inglês que se estende para a
maçonaria inglesa.
Raramente se fazem Procissões Completas, isto é, com todos os Oficiais,
porque esse tipo de procissão requer que as dimensões do recinto da Loja
sejas grandes para possibilitar ampla circulação. Se isso alguma vez ocorrer,
segue-se a disposição do Esquema 3.
Os ensaios e a prática constante, são fatores determinantes da beleza
das Procissões, especialmente quando o Hino da Loja é cantado por todos,
durante a sua execução.

171
Capítulo 12

VOTAÇÕES SECRETAS

Votação para Iniciação I Filiação

N ão existe uma regra fixa quanto ao procedimento das votações


secretas nas Lojas do Rito de York. Cada Loja tem o direito de
escolher o sistema que mais lhe agrada.
Dois sistemas são os mais utilizados e ambos adotam o uso de uma
caixa com um buraco frontal que permite a introdução de uma mão fechada.
No primeiro deles, cada membro apto a votar recebe uma ficha. A
caixa possui uma divisão no meio. Do lado direito da abertura esta escrito
"SIM" e do lado esquerdo "NÃO". O Irmão, ao votar, deve colocar a sua ficha
de votação num dos lados.
Este sistema está sujeito a muitos enganos, especialmente por parte
dos Irmãos mais idosos. Por essa razão este sistema foi abandonado em
muitas Lojas da jurisdição da Grande Loja Unida da Inglaterra.
No segundo sistema de votação secreta, utiliza-se uma caixa parecida
com a primeira, entretanto, esta caixa não apresenta a divisão no meio.
Cada membro recebe uma esfera branca e um cubo preto. O Irmão votante
deve colocar, dentro da caixa, a esfera branca para aprovar ou o cubo preto
para reprovar.
O procedimento para este sistema de votação é o seguinte: O 10D
apresenta a caixa com a gaveta no fundo aberta, primeiro ao 2°V, depois ao
1ov e, finalmente, ao Mestre da Loja .

Os três Principais Oficiais da Loja verificam se a caixa está vazia.


Logo em seguida o 2°D circula pela Loja distribuindo as esferas e os
cubos. Terminada a distribuição, o 1°D apresenta a caixa a cada membro da
Loja que introduz a sua mão fechada pelo orifício e deposita ou a esfera ou
o cubo .
Anato/i 0/iynik

Logo atrás do 1°D, o 20D circula com uma sacola ou algum outro
recipiente recolhendo as esferas ou os cubos não utilizados na votação. Esta
coleta deve ser feita de modo a não revelar o que está sendo depositado na
sacola.

Terminada a votação, o 1OD apresenta a caixa, seqüencialmente, ao


2ov, 1ov e por fim ao Mestre da Loja. Cada um deles, por sua vez, abre a
gaveta do fundo da caixa e verifica o conteúdo, dizendo em voz alta ao
Mestre da Loja:
2°V -"Tudo claro (ou tem uma nuvem ou duas nuvens) no Sul".
1°V -"Tudo claro (ou tem uma nuvem ou duas nuvens) no Oeste".

E finalmente:

ML -"Tudo claro (ou tem uma nuvem ou duas nuvens) no Leste".

-"Declaro o Sr. Fulano de Tal, devidamente eleito candidato a Iniciação


I Filiação".
Em caso de haver um cubo preto na caixa, a votação é repetida
considerando um possível engano.

Em caso de dois ou mais cubos pretos na caixa, o candidato é


considerado rejeitado.

Votação na Eleição
No dia determinado para a Eleição, a Loja é aberta no Primeiro Grau,
os registres (ATA) são lidos e confirmados, assim como as cartas e
comunicações normalmente.
Na Ordem do Dia o Mestre da Loja anuncia a realização das eleições
conforme agenda remetida para todos os membros do quadro com a devida
antecedência.

A seguir, o Mestre da Loja nomeia dois dos membros mais graduados


presentes a sessão, para serem "escrutinadores" e autoriza a distribuição
das cédulas pelos Diáconos .

Os membros da Loja recebem uma cédula na qual está escrito:


-"Mestre da Loja"

-"Tesoureiro"

-"Guardião"

174
Votações Secretas

Cada membro escreve os nomes dos seus candidatos e dobra a cédula.


As cédulas dobradas são recolhidas pelos Diáconos numa "sacola de
oferenda" e esta entregue aos "escrutinadores".

Os "escrutinadores" abrem as cédulas, fazem a contagem dos votos e


levam o resultado ao Mestre da Loja que anuncia para todos os presentes.
Estas votações são sempre feitas em Loja aberta e todos os membros
do quadro participam (exceto os membros honorários).

181181181

175
Capítulo 13

MESTRE DA LOJA OU VENERÁVEL MESTRE

H á uma questão polêmica na denominação correta do cargo de


presidente de uma loja maçônica simbólica: Mestre da Loja ou
Venerável Mestre?

Para dirimir essa dúvida, vamos fazer algumas ilações a respeito deste
instigante assunto, começando com a definição de seus elementos.

A palavra "Mestre"
A palavra mestre é um substantivo masculino [do francês antigo,
maiestre], que designa aquele que é versado em uma arte ou ciência; o
artífice que dirige outros oficiais; aquele que trabalha por conta própria,
entre outras definições.

Na antiguidade, segundo Nicola Aslan, o título era usado entre os


Talhadores de Pedra para indicar o Companheiro encarregado da direção de
um canteiro de obras. Mais tarde, a Maçonaria especulativa atribuiu o título
à quem presidia as assembléias de uma Loja. A partir de 1725, o termo foi
usado para designar, não mais uma função, mas uma dignidade, e tornou-
se a denominação de um terceiro grau.

A palavra "Venerável"
A palavra venerável [do latim venerabile] é um adjetivo que designa
algo ou alguém digno de veneração ou respeito.
Nicola Aslan, define como primeiro oficial e presidente de uma loja
maçônica simbólica. Segundo Castellani, a utilização desta palavra para
designar o presidente de uma loja maçônica, é um "erro crasso", pois mesmo
quando usada como Venerável Mestre, continua sendo o adjetivo relativo ao
substantivo Mestre.

Ainda, segundo Aslan, e Castellani adota a mesma linha de raciocínio,


Anato/i 0/iynik

o título surgiu no século XVII, quando as guildas inglesas começaram a


denominar-se "Worshípful", isto é, Venerável. A Companhia de Pedreiros de
Londres passou então a chamar-se "The Worshípful Company of Masons".
Na Inglaterra, o título de "Worship", significando veneração ou adoração, foi
aplicado primeiro ao Grão-Mestre, depois às lojas, e mais tarde ao seu Mestre.
Se examinarmos as Constituições dos Franco-Maçons que são o
documento básico da Maçonaria chamada Moderna, também conhecidas por
Constituições de Anderson, de 1723, logo no primeiro título, constataremos
o seguinte:

The

CONST\TUTIONS

OFTHE

Free-masons

Containing the

History, Charges, Regulations, &c.

Of that most Ancient and Right

Worshipful FRATERNITY

For the Use of de LODGES

[Tradução]

As

CONSTITUIÇÕES

dos

FRANCO -MAÇONS

contendo a

História, as Obrigações, Regulamentos, &c.

Dessa mui Antiga e Mui

Venerável FRATERNIDADE

Para o Uso das LOJAS

178
Mestre da Loja ou Venerável Mestre

A palavra "Worshipful" (o grifo é meu) aparece aí colocada como


adjetivo qualificativo do substantivo feminino "Fraternidade", sendo utilizada
para qualificar a Instituição, no caso, a Premier Grand Lodge.
No preâmbulo da parte histórica do mesmo documento, constata-se o
seguinte:
The
CONSTITUTION,
History, Charges, Regulations, &c.
ofthe
Right Worshipful FRETERN ITY of
Accepted Free MASONS;
Collected
From their general RECORDS, and their
Faithful TRADITIONS of many Ages .
To be read At the Admission of a New Brother,
when the Master o r Warden fhall begin, ...

[Tradução]

"A
CONSTITUIÇÃO,
História, Leis, Obrigações Ordens, Regulamentos, e Usos,
Da
Mui Venerável FRATERNIDADE dos
MAÇONS Livres e Aceitos;
Coligidos
De seus ARQUIVOS gerais, e de suas fiéis TRADIÇÕES de mu itas Eras.
para serem lidas
Quando da Admissão de um NOVO IRMÃO, quando o Mestre ou o Vigilante
começara ... "

179
r
Anato/i 0/iynik

Observem que o tratamento ao presidente da Loja é "Mestre" (o grifo


é meu) e não "Venerável" utilizado para designar a Fraternidade . Isso
corrobora que a palavra "Venerável" era utilizada, inicialmente, apenas para
qualificar a Instituição, segundo afirmam Aslan e Castellani.

Na parte que trata dos Regulamentos Gerais, novamente aparece a


designação "Mui Venerável GRÃO-MESTRE MONTAGU, ... ".

O artigo XII, por exemplo, descreve: "A Grande Loja é formada


por Mestres e Vigilantes de todas as Lojas regulares e particulares
Registradas, ... ".

Observe-se que Anderson refere-se a Mestre para designar o


presidente da Loja, e Venerável, para designar a Fraternidade, no caso, a
Grande Loja. Ele faz isso em todo o documento, sem exceção.

Analisando as Constituições da United Grand Lodge of England (Grande


Loja Unida da Inglaterra), em sua edição de 2001, encontramos nas Regras
que tratam da regulamentação das Lojas Particulares - entenda-se Lojas
Simbólicas - dezenas de citações cujo tratamento dado ao presidente de
uma Loja Simbólica é "Mestre" e não "Venerável".

Por exemplo:

Regra 94 - Petição para formação de uma nova Loja.

" ... To every such petition must be added a recommendatíon, sígned


ín open Lodge by the Mas ter and Wardens of a regular Lodge ... "

" ... Para cada uma destas petições tem que ser adicionada uma
recomendação, assinada em Loja aberta pelo Mestre e Vigilantes de
uma Loja regular... "

Regra 97 - Loja nova tem que ser constituída regularmente

"No Brother sha/1 be installed as Master or ínvested as a Warden ... "

"Nenhum Irmão poderá ser instalado como Mestre ou investido como


um Vigilante ... "

Regra 104 (a) - Oficiais de uma Loja

"The regular Offícers of a Lodge sha/1 be the Master and his two
Wardens ... "

"Os Oficiais regulares de uma Loja serão o Mestre e seus dois


Vigilantes ... "

180
Mestre da Loja ou Venerável Mestre

Regra 114- Mestre responsável pela observância das leis

"The Master is responsible for the due observance of the laws by the
Lodge ove r which h e presides."
"O Mestre é responsável pela devida observância das leis pela Loja
que ele preside."

Ficarei apenas nestes exemplos, embora todas as Regras (94 - 191),


sem exceção, que tratam das leis que regem uma Loja Simbólica, denominem
com "Mestre" o presidente da mesma.

Castellani, em seu Dicionário Etimológico faz a seguinte afirmação:


"Em Maçonaria, o termo (Venerável) tem origem inglesa: derivado da palavra
inglesa worship, que significa adoração, culto, reverência (como forma de
tratamento), quando usada como substantivo, e venerar, idolatrar, adorar,
quando usada como verbo transitivo, tem-se o vocábulo Worshipful, que
significa adorador, reverente, ou, como forma de tratamento, venerável.
Assim, o presidente de uma Loja passou a ser designado como Worshipful
Master- normalmente apenas Master- expressão que significa Venerável
Mestre e que seria adotada por todos os agrupamentos maçônicos, embora
o termo Venerável, de princípio, fosse aplicado apenas às corporações
(Venerável Ordem, Venerável Instituição)".

Dissemos, que a partir de 1725 a palavra Mestre deixou de designar


uma função para designar uma dignidade. Segundo Nicola Aslan, a razão
dessa denominação, parece ter sido o desejo de fazer uma escolha entre os
membros cada vez mais numerosos da associação e de constituir um "high
Order of Masonry", como o grau de Mestre foi algumas vezes denominado. O
que quer que fosse, este grau representa uma criação própria da Maçonaria
especulativa. Os seus autores que permaneceram desconhecidos, apelaram
para todos os recursos de sua imaginação e para uma erudição tão vasta
quanto incoerente e produziram um monstro enigmático do qual as pesquisas
mais conscienciosas não puderam descobrir a verdadeira origem.

Conclusão
Assim, o cargo de presidente de uma Loja Maçônica, denominado
Mestre, assume, inexplicavelmente e erroneamente, a denominação de
Venerável Mestre.
Aceitamos que frase Venerável Mestre seja utilizada como um vocativo,
ou forma de tratamento, segundo normas e regras gramaticais da língua
portuguesa, mas não se pode aceitar que o termo designe um cargo.

181
Anato/i 0/iynik

Por este motivo, no livro O Rito de York, de minha autoria, e também


no Ritual do Primeiro Grau, ed ição 1999, que revisei e organizei para o
Grande Oriente do Brasil, e agora no presente livro, denomino o cargo de
presidente de uma Loja Maçônica simbólica, como sendo: Mestre da Loja e
não Venerável Mestre.

182
Capítulo 14

JÓIAS, COLARES E AVENTAIS

Jóias

A s jóias maçônicas são emblemas usados pelos oficiais de uma


Loja e simbolizam as suas funções. O seu uso é estritamente
regulamentado pelo Livro das Constituições, edição 2001, da Grande Loja
Unida da Inglaterra. No Quadro 1 estão descritas as jóias distintivas dos
oficiais de uma Loja Simbólica que trabalha no Ritual Emulação, comumente
denominado aqui no Brasil de Rito de York.

Jóias de uma Loja do Rito de York


Cargo Descrição

1 Mestre da Loja - um esquadro.


- um esquadro e, no centro, o diagrama do 47°
2 Past-Master
teorema do primeiro livro de Euclides.
3 Primeiro Vigilante -um nível.

4 Segundo Vigilante - uma perpendicular ou o fio de prumo.

5 Diáconos ( 1o e 2D) - um pombo com um ramo de oliveira.


- duas penas cruzadas em forma de cruz de Santo
6 Secretário André,ligadasporuma fita.
7 Tesoureiro -uma chave.
- duas espadas cruzadas em forma de cruz de Santo
8 Guarda Interno André.
9 Guardião - uma espada.
Diretor de - dois bastões cruzados em forma de cruz de Santo
10
Cerimônias André liqados por uma fita.
- um livro aberto sobre um triângulo sobreposto a
11 Capelão uma estrela radiante [à Glória].
Anato/i 0/íynik

- dois bastões cruzados em forma de cruz de Santo


Assistente do Diretor
12 André, com uma flâmula contendo a palavra
de Cerimônias
'Assistente'.
- duas penas cruzadas em forma de cruz de Santo
Assistente do
13 André, com uma flâmula no centro contendo a
Secretário
oalavra 'Assistente'.
14 Organista -uma lira.

15 Esmoler - uma bolsa com um coração no centro.


- uma cornucópia colocada entre as duas pontas de
16 Mordomo
um comoasso aberto.
17 Mestre da Caridade - uma trolha (colher de pedreiro).
ou Provedor

Quadro 1

Apresentação das Jóias

Mestre da Loja [Master of Lodgep

Um esquadro [The square]

Fig. 1

1
A Grande Loja Unida da Inglaterra denomina a jóia do cargo de Mestre da Loja como MASTER OF
LODGE ( United Grand Lodge of England CONSTITUT/ONS. London, página 165, figura n.• 31 , edição
2001).

184
Jóias, Colares e Aventais

Past Master

Um esquadro e, no centro, um diagrama do 470 teorema do primeiro livro


de Euclides [The square and the diagram of the 47th. proposition of the
1st. Book of Euclid engraven on a si/ver plate, pendant within it.]

Fig. 2

Primeiro Vigilante [Senior Warden]

Um Nível [The levei]

Fig. 3

O nível sendo um emblema da Igualdade, indica o procedimento


eqüitativo que o 1ov deve ter, juntamente com o Mestre da Loja, na direção
e governo da Loja .

185
Anato/i 0/iynik

Segundo Vigilante [Junior Warden]

A perpendicular ou o fio de prumo [The plumb rufe]


Fig. 4

Capelão [Chaplain]

Um livro aberto sobre um triângulo sobreposto à Glória [A book on a


triangles surmounting a glory]

Fig. 5

186
Jóias, Colares e Aventais

Tesoureiro [Treasurer]

Uma chave [A key]


Fig. 6

O Tesoureiro e o Guardião, são cargos eleitos pelos Irmãos por serem


cargos de confiança da Loja .

Secretário [Secretary]

Duas penas cruzadas em forma de cruz de Santo André, ligadas por uma
fita [Two pens in saltire, tied by a ribbon]
Fig. 7

187
Anato/i 0/iynik

Diretor de Cerimônias [Director of Ceremonies]

Dois bastões em forma de cruz de Santo André, ligados por uma fita
[Two rods in sa/tire, tied by a ribbon]
Fig. 8

Diáconos [Deacons]

Um pombo com um ramo de oliveira [Dove and olive branch]


Fig. 9

As jóias do Primeiro e Segundo Diáconos são iguais. O que os distingue


é o local onde cada um toma assento.

188
Jóias, Colares e Aventais

Assistente do Diretor de Cerimônias


[Assistant Director of Ceremonies]

Dois bastões cruzados em forma de cruz de Santo André, com uma


flâmula contendo a palavra "Assistente" [Two rods in sa/tire, surmounted
by a bar bearing the word "Assistant'7
Fig. 10

Mestre da Caridade [Charity Steward]

Uma Trolha (com a forma de coração) [A Trowel]

Fig. 11

189
Anato/i 0/iynik

Esmoler [Aimoner]

Uma bolsa com um coração estampado no centro


[A script-purse, upon which is a heart]
Fig. 12

Organista [Organist]

Uma lira [A lyre]

Fig. 13

190
Jóias, Colares e Aventais

Assistente do Secretário [Assístant Secretary]

Duas penas cruzadas em forma de cruz de Santo André, com uma flâmula
contendo a palavra "Assistente" [Two pens in saltire, surmounted by a bar
bearíng the word "Assístant"]

Fig. 14

Guarda Interno [Inner Guard]

Duas espadas cruzadas em forma de Cruz de Santo André [Two swords ín


saltire]

Fig. 15

191
Anato/i 0/iynik

Mordomo ou Mestre de Banquetes [Steward]

Uma cornucópia entre as pontas de um compasso entreaberto [A


cornucopia between the legs of a pair of compasses extended]

Fig. 16

Guardião ou Guardião Externo [Tyler]

Uma espada [A sword]

Fig. 17

O Guardião e o Tesoureiro, são cargos eleitos pelos Irmãos por serem


cargos de confiança da Loja .

192
Jóias, Colares e Aventais

Colares

Fig. 18 - Colar dos Oficiais

Fig. 19 - Colar, Avental e Punhos do Mestre da Loja

193
Anato/i 0/iynik

Aventais
O Avental Maçônico, segundo a expressão do Ritual Emulação, é a
insígnia distintiva de um maçom. A beleza da passagem durante a qual ele
é colocado no candidato pelo 10 Vigilante, faz com que mereça ser citada:
"Irm. F.... , por ordem do Mestre da Loja eu vos invisto com a insígnia
distintiva de um maçom. Ela é mais antiga que o Tosão de Ouro ou a Águia
Romana; mais honrosa que a Ordem da Jarreteira ou qualquer outra ordem
existente, sendo o símbolo da inocência e o laço da amizade. Exorto-vos,
encarecidamente, a usá-la e considerá-la como tal, e advirto-vos ainda,
que, se nunca desonrardes esta insígnia, ela jamais vos desonrará".
Segundo Pick (London, 1955), o Avental atual tem origem direta
naquele que era revestido pelos Maçons operativos e, nos primeiros tempos
da Premier Grand Lodge, não era diferente. Em 1731, o Grão-Mestre, o seu
Deputado e os Grandes Vigilantes (os únicos Grandes Oficiais de então)
passaram a forrar os seus aventais de pele branca, com seda azul.
No último terço do século XVIII, surgiu o costume de usar-se aventais
decorados com toda espécie de divisas maçônicas, especialmente na França.
Os desenhos dos atuais aventais ingleses foram adotados depois da unificação
de 1813, e seu uso prescrito pelas Constituições de 1815.
Nas lojas inglesas, somente o aprendiz recente usa a abeta de seu
avental levantada. Assim que um novo aprendiz seja iniciado, o aprendiz
que deixa de ser recente abaixa a abeta de seu avental usando-o assim até
que seja Passado ao Grau de Companheiro. Este procedimento é feito logo
após o juramento do candidato.
Esclareço que, nas Lojas do Rito de York (Ritual Emulação), é costume
iniciar somente um candidato de cada vez, lembrando que nas Lojas inglesas
"costume" e "tradição" fazem parte do direito consuetudinário. Assim sendo,
sempre haverá um aprendiz mais recente, o que não seria possível se fossem
iniciados vários candidatos ao mesmo tempo.
No Brasil, muitas Lojas adotam esse costume, especialmente aquelas
mais zelosas com as antigas tradições e respeito aos antigos costumes.
O Avental de Aprendiz, feito de pele de carneiro branca lisa (ou similar),
com 39 centímetros de largura por 32 centímetros de altura, cortada em
ângulos retos nas quatro extremidades, sem ornamento, com cordões
brancos.

Como explicação esotérica, a pele de carneiro é usada nas confecções


dos aventais porque, desde tempos imemoriais, o carneiro tem sido

194
Jóias, Colares e Aventais

universalmente reconhecido como um emblema de pureza e de inocência.


Assim, o Maçom será lembrado que a pureza na vida e nos atos deverão
distingui-lo como um Franco-Maçom.

Naturalmente que, nos


dias atuais, este costume ou
tradição, não é mais usado,
até porque, a tecnologia dos
tempos modernos encarregou-
se de criar produtos sintéticos
similares a um custo menor e
com maior facilidade de
obtenção.
A Napa, por exemplo,
que é uma espécie de pelica
muito fina e macia, feita de
pele de carneiro curtida em
mistura de sabão e óleo,
usada na confecção de luvas, Fig. 20 - Avental de Aprendiz
roupas, bolsas, etc. pode ser usada com muita propriedade na confecção
dos aventais.

Administrativamente, o avental determina a posição que o seu usuário


desfruta na Ordem. Simbolicamente e numa análise mais detalhada, fica
evidente que todos se baseiam no mesmo avental usado pelo aprendiz,
porque todos os Maçons são
Irmãos uns dos outros e
assim usam o mesmo
avental. O que varia, são os
adornos, rebordos e
insígnias.
O Avental de Companheiro,
é feito de pele de carneiro
branca lisa (ou similar), com
39 centímetros de largura por
32 centímetros de altura,
como o avental do aprendiz,
porém com a adição de duas
rosetas na cor azul claro
aplicadas nos ângulos de
Fig. 21 - Avental de Companheiro baixo.

195
Anato/i 0/iynik

As dimensões do Avental de Companheiro são as mesmas do Avental de


Aprendiz. O diâmetro da roseta na cor azul claro é de 4,5 centímetros.
O Avental de Mestre Maçam é feito de pele de carneiro branca (ou
similar), com 39 centímetros de largura por 34 centímetros de altura, orlado
de fita azul celeste, com três rosetas na cor azul claro, sendo duas nos
ângulos de baixo e uma no centro da aba e duas borlas de prata com seus
pingentes, conforme desenho e medidas indicadas a seguir:
A explicação esotérica do
Avental de Mestre Maçam
consiste no seguinte: A cor
da seda, o triângulo e as
rosetas têm significados
especiais. Os dois galões
verticais tipificam as colunas
B e J, cujos significados são
explicados nas instruções.
Em cada um dos galões está
pendente uma borla com
sete pingentes para lembrar
que nenhuma Loja é perfeita
sem a presença de no
mínimo sete Irmãos, pois
Fig. 22 - Avental do Grau 3 - Mestre Maçam antigamente julgava-se que
as sete idades do homem eram influenciadas pelos sete planetas então
conhecidos e que nenhum Mestre Maçam era considerado capaz, a menos
que tivesse conhecimento das sete artes e ciências liberais (gramática,
retórica, dialética, lógica, aritmética, geometria, música e astronomia).

Dimensões Avental de Mestre Maçom:


• Altura: 34,0 cm • Largura : 39,0 cm
• Fitas laterais : 4,5 cm • Fita superior: 3,0 cm
• Fita da aba: 3,0 cm • Fita da.s borlas: 4,5 cm
• Diâmetro das Rosetas: 4,5 cm

O Avental do Mestre da Loja tem as mesmas dimensões e disposição


do Avental do Mestre Maçam, exceto as rosetas azuis que são substituídas
por três Taus invertidos, conforme visto na Fig. 23. 2

2
S. m. [Do gr. tau, pelo lat. tard. tau.] 1. A 19'letra do alfabeto grego (T, t), e que corresponde ao nosso
t. 2. Figura heráldica em forma de T, que os cônegos de Santo Antão usavam em seus hábitos.

196
Jóias, Colares e Aventais

Fig. 23 - Avental do Mestre da Loja

O Avental de Past Master segue as mesmas dimensões e disposições


do Avental do Mestre da Loja, exceto os dois círculos concêntricos colocados
no centro embaixo. No centro menor é afixada a jóia contendo o Diagrama
do 470 Teorema do Primeiro Li~vro de Euclides; entre os círculos, é inscrito o
nome da Loja, conforme visto na Fig. 24.

Dimensões do Avental de Past


Mester

Altura: 34,0 cm
Largura: 39,0 cm
Fitas laterais: 4,5 cm
Fita superior: 3,0 cm
Fita da abeto: 3,0 cm
Fita das borlas: 4,5 cm
Diâmetro do círcu lo maior: 1O cm
Diâmetro do círculo menor: 6,5 cm

Fig. 24 - Avental de Past Master

197
Anato/i 0/iynik

A Fig. 25 mostra o Avental de Grão-Mestre usado na Grande Loja


Unida da Inglaterra.

Fig. 25 - Avental de Grão-Mestre (Inglaterra)

A Fig. 26 representa o Símbolo da Grande Loja Unida da Inglaterra e


o texto ao lado, a sua descrição.

Per pale guies and quarterly azure and or, dexter


on a chevron between three castles argent a pai r of
compasses extended of the third, sinister a cross
quarterly of the fourth and vert between, in the first
quarter a lion rampant of the third, in the second
an ox passant sob/e, in the third a man with hands
elevated proper vested of the fifth the robe crimson
lined with .ermine, and in the fourth an eagle
displayed also of the third, the whole within a
bordure of the first charged with eight lions passant
Fig. 26 - The Arms of The
guardant o f the third. For the Crest, on a wreath o f United Grand Lodge of England
the colours a representation of an ark supported
on either side by a cherub proper with the motto over in Hebrew characters 'Holiness
to the Lord', and for the supporters, on either side a cherub proper.

Tradução :

Através de vermelhos claros e quadrados azuis e ou, à direita sobre um


chaveirão entre três castelos de prata um par de compassos abertos do

198
Jóias, Colares e Aventais

terceiro, à esquerda uma cruz se prolongando do quarto e uma floresta no


meio, no primeiro quadrado um leão saltando do terceiro, no segundo um
touro passante sobre o negro, no terceiro um homem com as mãos erguidas
adequadamente trajado do quinto com as vestes púrpuras forradas de
arminho, e no quarto uma águia exibida também a partir do terceiro, com o
conjunto dentro de uma moldura do primeiro ornada com oito leões passantes
guardando a partir do terceiro. Para a Crista, sobre uma grinalda de flores
uma representação de uma arca apoiada em cada lado por um Querub
identificado com o mote acima por caracteres hebra icos "Santidade para o
Senhor", e para os apoiadores, em cada lado um Querub adequado.

A Fig. 27 apresenta a Jóia de Grão-Mestre da Grande Loja Unida da


Inglaterra.

THE GRANO MASTER. The compasses extended over on ore of 45•, with the segmen t of o circle ot the
points ond o gold plote included, on which is to be represented on eye within o triongle, both
irrodioted.

Fig. 27

Tradução da Legenda da Fig . 27 :


O GRÃO-MESTRE. Os compassos estendidos sobre um arco de 45°, com o
segmento de um círculo nas pontas e uma placa de ouro inclusa, sobre a
qual está representado um olho dentro de um triângulo, ambos radiantes.

199
Anato/i 0/iynik

Embora o texto em inglês faça referên cia "os compassos", a melhor


tradução seria: "As pontas de um compasso estendidas sobre um arco de
45° ... "
A figura 28 nos mostra o Colar usado pelo Grão-Mestre da Grande
Loja Unida da Inglaterra.

200
Capítulo 15

AS REVELAÇÕES DE 1730

E m 1730, na Inglaterra, um maçom inglês chamado Samuel Prichard


faz uma publicação intitulada Masonry Dissected [Maçonaria
Dissecada] nos jornais não maçônicos de Londres.

A MAÇONARIA DISSECADA
Sendo
UMA DESCRIÇÃO GENUÍNA E UNIVERSAL
De todas as suas ramificações, desde o original até os tempos atuais.
Como era praticada nas
LOJAS REGULARMENTE CONSTITUÍDAS
Tanto na cidade como no interior, de acordo com
OS DIVERSOS GRAUS DE ADMISSÃO.

Fazendo uma reportagem imparcial dos seus Procedimentos


Regulares na Iniciação, de seus Novos Membros, em todos os
seus Três Graus da Maçonaria.
VIZ
I. APRENDIZ MAÇOM
II. COMPANHEIRO MAÇOM
III. MESTRE MAÇOM
Às quais se adicionam,
as Justificativas do Autor.

Por SAMUEL PRICHARD, membro de uma LOJA CONSTITUÍDA.

LONDRES
Printed for J. Wilford at the Three Fowere-d. Luces behind
The Chapter hause neas St. Paul's. 1730. (Price 6d)
Anato/i 0/iynik

Esta publicação causou um verdadeiro estremecimento entre os maçons


ingleses porque divulgava todos os segredos dos três graus simbólicos da
franco-maçonaria inglesa.
Esta publicação inconfidente teve enorme repercussão, tanto como
sucesso de livraria, quanto nos destinos da franco-maçonaria. A venda foi
tamanha que em onze dias foram lançadas três edições sucessivas.
As conseqüências desta inconfidência foram, posteriormente,
incalculáveis. Alarmada pelo número crescente de impostores que invadiam
as Lojas, a Premier Grand Lodge efetuou algumas modificações nas formas
estabelecidas, entre elas a das palavras sagradas, o que foi posteriormente
um dos motivos para as reclamações pelos "Antigos".

As publicações, feitas em forma de catecismo (Perguntas vs Respostas),


foram separadas nos três graus simbólicos. Reproduzimos, a seguir, apenas
as páginas que revelam as Cerimônias dos três Graus.

O Grau de Aprendiz Maçam


1 p De onde você vem?
R De uma Loja Santa de São João
2 p Quais as recomendações que você traz de lá?
R As recomendações que eu trago, são de Veneráveis Irmãos e
Companheiros, de uma Loja Venerável e Santa de São João, de
onde eu venho, e eu o saúdo cordialmente três vezes.
3 p Que vens fazer aqui?
R Não vim para satisfazer os meus Desejos, mas para controlar e
subjugar as minhas Paixões; e ter em mãos os Regulamentos da
Maçonaria, e a partir daí fazer progressos diariamente.
4 p Sois um Maçom?
R Sim, assim eu sou tido e Aceito entre Irmãos e Companheiros.
5 p Como saberei que sois Maçom?
R Por Sinais, Toques e os Pontos de minha Entrada .
6 p Que são Sinais?
R Todos os Esquadros, Ângulos e Perpendiculares.
7 p O que são Toques?
R Certos apertos de mão Regulares e Fraternais.
8 p Dai-me os Pontos de sua Entrada.
R Dai-me o primeiro, que eu darei o segundo.
9 p Eu Ocultarei.
R Eu Esconderei.
10 p Que pretendes Esconder?
R Todos os Segredos e Mistérios pertencentes a Maçons e da
Maçonaria, e revelá-los, a não ser para um Verdadeiro e legítimo

202
As Revelações de 1730

Maçom, após o devido exame, ou em uma Loja justa e venerável


de Irmãos e Companheiros regularmente reunida .
11 p Aonde foste feito Maçom?
R Em uma Loja Justa e Perfeita.
12 p O que faz uma Loja Justa e Perfeita?
R Sete ou mais.
13 p Do que eles consistem?
R Um Mestre, dois Vigilantes, dois Companheiros, e dois Aprendizes.
14 p O que faz uma Loja?
R Cinco.
15 p Do que eles consistem?
R Um Mestre, dois Vigilantes, um Companheiro e um Aprendiz.
16 p Quem trouxe você à Loja?
R Um Aprendiz Maçom.
17 p Como foi que ele o trouxe?
R Nem nu e nem vestido. Nem descalço nem calçado, desprovido de
todos os Metais, e em uma Postura ereta.
18 p Como você conseguiu a sua Admissão?
R Por três grandes Batidas.
19 p Quem recebeu você?
R Um Segundo Vigilante.
20 p Onde foi que ele o colocou?
R Ele levou-me para a Parte Nordeste da Loja, e trouxe-me de volta
novamente para o Ocidente, e entregou-me ao Primeiro Vigilante.
21 p E o que o Primeiro Vigilante fez com você?
R Ele apresentou-me, e mostrou-me como caminhar (por três Passos)
para o Mestre.
22 p O que o Mestre fez com você?
R Ele me fez um Maçom .
23 p Como foi que ele fez de você um Maçom?
R Com meu Joelho nu e dobrado, e o meu Corpo dentro do Esquadro,
o Compasso estendido ao meu Peito Esquerdo nu, a minha Mão
Direita sobre a Santa Bíblia; ali eu fiz a Obrigação (ou Juramento)
de um Maçom.
24 P Pode repetir esta Obrigação?
R Eu me esforçarei. "Eu aqui Prometo e Juro solenemente na Presença
do Poderoso Deus e desta Venerável Assembléia, que Guardarei e
Esconderei, e nunca Revelarei os Segredos ou Mistérios dos Maçons
ou da Maçonaria; que deverão ser Revelados para mim; a menos
para um outro Irmão Verdadeiro e Regular, depois do devido Exame,
ou em uma Loja Justa e Venerável de Irmãos e Companheiros
regularmente constituída.Eu ainda espero e prometo, que não os
Escreverei, os Imprimirei, nem deixarei as suas Marcas, os
Entalharei, os Gravarei, os Esculpirei, ou os Engravarei, ou incentivar
que eles sejam Escritos, Impressos e Marcados, Esculpidos ou

203
Anato/i 0/iynik

Engravados sobre Madeira ou Pedra de maneira tal que, o Caráter


Visível ou uma Impressão de uma letra que possa aparecer; e obtida
de uma maneira escusa. Tudo isso eu prometo Cumprir, sobre a
não menor Penalidade, de ter minha Garganta Cortada, minha Língua
arrancada pela Raiz da minha Boca, meu Coração arrancado do
meu Peito Esquerdo, e então enterrado nas Areias do Mar, a distância
de um Cabo da Praia, onde a Maré faz fluxo e refluxo duas vezes
em 24 horas, meu corpo queimado até virar Cinzas, e as minhas
Cinzas espalhadas pela Face da Terra, para que não exista nenhuma
Lembrança de mim. Assim, me ajude Deus".
25 p Qual é a forma da Loja?
R Um quadrado longo.
26 p Qual o seu comprimento?
R Do Oriente ao Ocidente.
27 p Qual a sua largura?
R Do Norte ao Sul.
28 p Qual sua altura?
R Inumeráveis Polegadas, Pés e Jardas, tão altas quanto os Céus.
29 p Qual a sua profundidade?
R Até o centro da Terra.
30 p Aonde está a Loja?
R Sob o Solo Sagrado ou na mais alta Montanha ou no Vale mais
baixo, ou no Vale de Jebosaphat ou em qualquer outro Lugar
secreto .
31 p Como ela se situa?
R Diretamente do Oriente para o Ocidente.
32 p Por que assim?
R Porque todas as Igrejas e Capelas são ou devem ser assim situadas.
33 p O que dá suporte a uma Loja?
R Três grandes Pilares.
34 p Como eles são chamados?
R Sabedoria, Força e Beleza.
35 p Por que assim?
R Sabedoria para planejar, Força para suportar e Beleza para adornar.
36 p Qual é a cobertura da sua Loja?
R Um Canopi 1 de nuvens de diversas Cores (ou Firmamento) .
37 p Você tem algum mobiliário na sua Loja?
R Sim.
38 p Do que eles se compõem?
R O Pavimento Mosaico, a Estrela Brilhante e a Borla Denteada.
39 p O que são eles?

1
[Do ingl. canopy.] S. m. I. Cobertura de plástico, geralmente em forma de bolha.

204
As Revelações de 1730

R O Pavimento Mosaico, é o Piso no Solo da Loja, a Estrela Brilhante


é o Centro, e a Borla Denteada é a Borda ao redor dela.
40 p Quais são os outros Mobiliários da sua Loja?
R A Bíblia, o Compasso e o Esquadro.
41 p A quem eles apropriadamente pertencem?
R A Bíblia a Deus, o Compasso ao mestre, e o Esquadro ao
Companheiro Maçom.
42 p Você possui alguma Jóia em sua Loja?
R Sim.
43 p Quantas?
R Seis. Três Móveis e três Imóveis.
44 p Quais são as Jóias Móveis?
R O Esquadro, o Nível e a Régua Prumo.
45 p Quais são os seus Usos?
R O Esquadro para determinar e ajustar os verdadeiros Cantos
Retangulares, o Nível para fazer o nivelamento de todas as
Horizontais, e a Régua Prumo para determinar e ajustar os Pés
Direitos.
46 p Quais são as Jóias Imóveis?
R A Tábua de Delinear, a Pedra Bruta, e a Pedra Quadrada Polida.
47 p A Tábua de Delinear é para o Mestre fazer seus desenhos sobre
ela, a Pedra Quadrada Polida é para o Companheiro Maçom testar
as suas Jóias sobre ela, e a Pedra Bruta é para o Aprendiz aprender
a trabalhar.
48 p Você tem alguma Luz em sua Loja?
R Sim. Três 2 •
49 p O que elas representam?
R O Sol, a Lua e o Mestre Maçom.
50 p Por que assim?
R O Sol para dirigir o Dia, a Lua a Noite e o Mestre Maçom a sua Loja.
51 p Você possui algumas Luzes fixas 3 em sua Loja?
R Sim.
52 p Quantas?
R Três.
53 p Como elas estão situadas?
R No Oriente, no Sul e no Ocidente.
54 p Quais são os seus Usos?
R Para iluminar os Homens no, e do seu trabalho.
55 p Por que não existem Luzes no Norte?
R Porque o Sol, não emite nenhum Raio dali.

2
Estas Luzes são três grandes velas colocadas sobre grandes candelabros.
3
Estas Luzes fixas são Três Janelas, que se supõe existir em toda Sala, onde se reúne uma Loja, mas elas
são mais apropriadamente os quatro Pontos Cardeais, de acordo com as antigas Regras da Maçonaria.

205
Anato/i 0/iynik

56 p Onde fica o seu Mestre?


R No Oriente.
57 p Por que assim?
R Assim como o Sol nasce no Oriente e abre o Dia, assim o Mestre
fica no Oriente [com a sua Mão Direita sobre o seu Peito Esquerdo
fazendo um Sinal e o Esquadro no Pescoço] para abrir a Loja e
empregar seus Homens no Trabalho.
58 p Onde ficam seus Vigilantes?
R No Ocidente.
59 p Quais são os seus Trabalhos?
R Como o Sol se põe no Ocidente [com as suas Mãos Direitas sobre
os seus Peitos Esquerdos fazendo um Sinal, e o Nível e a Régua
Prumo acerca dos seus pescoços] para encerrar a Loja e dispensar
os Homens do Trabalho, pagando os seus Salários.
60 p Onde fica o Primeiro Aprendiz Maçam?
R No Sul.
61 p Qual é o seu Trabalho?
R Ouvir e Receber Instruções e dar as boas vindas aos Irmãos
desconhecidos.
62 p Onde fica o Segundo Aprendiz Maçam?
R No Norte.
63 p Qual é o seu Trabalho?
R Evitar a entrada de Intrusos e Profanos.
64 p Se um Profano (ou Intruso) for apanhado, como ele deve ser punido?
R Deve ser colocado sob as Goteiras das Casas (em tempo chuvoso),
até que a água corra pelos seus ombros, e fora dos seus sapatos.
65 p Quais são os Segredos de um Maçom?
R Sinais, Toques e muitas Palavras.
66 p Onde você guarda estes Segredos?
R Embaixo do meu Peito Esquerdo.
67 p Você tem alguma Chave para estes Segredos?
R Sim.
68 p Onde você a guarda?
R Em uma Caixa de Ossos, que não abre e nem fecha, mas somente
abre com Chaves de Marfim 4 •
69 p Ela está pendurada ou deitada?
R Pendurada .
70 p Pelo que ela está pendurada?
R Por um Cabo de nove polegadas ou Grossura.
71 p De que Metal ela é feita?
R De Metal algum, mas com a Língua da Boa Palavra, falando bem de
um Irmão tanto por trás como diante a sua Face.

4
A chave é a Língua, a Caixa de Ossos são os Dentes; o Cabo é o Céu da Boca.

206
As Revelações de 1730

72 p Quantos princípios existem na Maçonaria?


R Quatro.
73 p Quais são eles?
R O Ponto, a Linha, as Superfícies e os Sólidos.
74 p Explique-os.
R O Ponto é o Centro (ao redor do qual o Mestre nãopode errar), a
Linha, esticada sem largura, Superfícies Longas e Largas e o Sólido,
compreende o todo.
75 p Quantos são os Sinais Principais?
R Quatro.
76 p Quais são eles?
R O Gutural, o Peitoral, o Manual e o Pedestal.
77 p Explique-os.
R O Gutural, a Garganta; o Peitoral, o Peito; o Manual, a Mão; o
Pedestal, o Pé.
78 p O que você aprende em sendo um Maçam Gentil?
R O Sigilo, a Moralidade e a Boa Fraternidade.
79 p O que aprende em sendo um Maçam Operativo?
R Polir, Esquadrar, Desbastar Pedras, Tirar o Nível e levantar uma
Perpendicular.
80 p Você viu o seu Mestre hoje?
R Sim.
81 p Como ele está Vestido?
R Com uma Jaqueta Amarela e Calças Azuis 5 •
82 p Por quanto tempo você serve ao seu Mestre?
R De Segunda-feira de Manhã, a Sábado de Noite.
83 p Como você o serve?
R Com Giz, Carvão e Argila.
84 p O que eles significam?
R Liberdade, Fervor e Zelo.
85 p Dai-me o Sinal de Aprendiz Maçam.
R Estendendo os Quatro Dedos da Mão Direita, fazendo-os passar
pela sua Garganta, é o Sinal que exige um Toque.
86 p Dai-me a Palavra.
R Eu a soletrarei Convosco.
87 p Exam. - B __ Z .O Examinador diz a primeira letra, o Respondente
diz a segunda; o Examinador diz a terceira letra, o Respondente
diz a quarta. Dai-me a outra. - J ____ M .B e J eram os dois Pilares
do Pórtico de Salomão. Reis 1, cap. VII. Ver. 21.
88 P Qual a sua idade?
R Abaixo de Sete 6 •

'A Jaqueta Amarela é o Compasso. as Calças Azuis são as Pontas de Aço.


• Demonstrando que ele ainda não passou para Mestre.

207
Anato/i 0/iynik

89 p Para que serve o Dia?


R Para ver dentro.
90 p Para que serve a Noite?
R Para Ouvir.
91 p Como sopra o Vento?
R Diretamente do Oriente para o Ocidente.
92 p O que é um Relógio?
R Depois do Meio Dia.

O Grau de Companheiro Maçam


93 p Você é um Companheiro Maçom?
R Eu sou.
94 p Por que você foi feito um Companheiro Maçom?
R Por causa da letra G.
95 p O que significa a letra G?
R Geometria, a quinta Ciência.
96 p Você sempre viajou?
R Sim, Oriente e Ocidente.
97 p Você sempre Trabalhou?
R Sim, na Construção do Templo.
98 p Onde você recebia os seus Salários?
R Na Câmara do Meio.
99 p Como você chegava à Câmara do Meio?
R Através do Pórtico.
100 p Quando você atravessava o Pórtico, o que você via?
R Dois grandes pilares.
101 p Como eles eram chamados?
R J. e B.
102 p Qual era a sua altura?
R Dezoito Cúbitos.
103 p E quanto de Circunferência?
R Doze Cúbitos.
104 p Com o que eles eram adornados?
R Dois capitéis.
105 p Qual era a altura dos Capitéis?
R Cinco Cúbitos.
106 p Com o que eles eram adornados?
R Com uma Rede de Romãs.
107 p Como você chegava à Câmara do Meio?
R Por um Par de Escadas em Caracol.
108 p Quantos?
R Sete ou mais.
109 p Por que Sete ou mais?
R Porque Sete ou mais fazem uma Loja Justa e Perfeita.

208
As Revelações de 1730

110 p Quando você chegava à Porta da Câmara do Meio, o que você


via?
R Um Vigilante.
111 p O que ele exigia de você?
R Três coisas.
112 p Quais eram elas?
R Sinal, Toque e uma Palavra.
113 p Qual era a altura da Porta da Câmara do Meio?
R Tão alta que um Profano não pudesse a alcançar para pregar um
Cravo nela.
114 p Quando você entrava no seu meio, o que você via?
R O caracter da letra G.
115 p Qual o significado da Letra G?
R Um que é maior do que você.
116 p Quem é maior do que eu, que sou um Maçom Livre e Aceito e do
Mestre da Loja?
R O Grande Arquiteto e Construtor do Universo, ou Ele que foi levado
ao topo do Pináculo do Templo Sagrado.
117 p Pode você repetir a Letra G?
R É o meu dever.No meio do Templo de Salomão, lá estava um G,
uma bela Letra para todos lerem e verem, mas poucos existem
que a entendem. O que significa a letra G?
118 p Meu Amigo, se você pretende ser desta Fraternidade, você pode
imediatamente e diretamente dizer o que significa aquela Letra
G.
R Pelas Ciências são trazidos à Luz corpos de várias Espécies, os
quais parecem perfeitos à Visão; mas ninguém além do Sexo
Masculino deverá conhecer o meu Pensamento.
119 p O Reto Deverá.
R Se Venerável.
120 p Tanto Reto e Venerável eu sou, para saudá-lo eu tenho ordens, o
que você fez anteriormente deixa-me saber, como você pode
entender.
R Pelas quatro Letras 7 e pela Quinta Ciência 8 e por este G
corretamente colocado, na devida Arte e Proporção, você tem a
sua resposta, Amigo.
121 p Meu Amigo, você responde bem. Se você descobrir Princípios
Livres e Retos, eu mudarei o seu Nome de Amigo, e daqui para a
frente eu o chamarei de Irmão.
R As Ciências são bem constituídas de Nobres Versos Estruturados,
um Ponto, uma Linha, uma Superfície; mas o sólido é o último.

7
As quatro letras são a palavra do Primeiro Grau.
8
A Quinta Ciência é a Geometria.

209
Anato/i 0/iynik

122 P As Bênçãos do Bom Deus, estejam com esta nossa feliz Reunião.
R E com todos os Irmãos Regulares e Veneráveis Companheiros.
123 P De uma Loja Regular e Venerável e Santa de São João.
R De onde eu venho.
124 P Eu o saúdo, eu o saúdo, eu o saúdo três vezes, bem no Coração,
suplicarei pelo seu Nome.
R Timothy Ridicule.
125 P Bem-vindo, Irmão, pela Graça de Deus.

O Grau de Mestre
126 p Você é um Mestre Maçom?
R Eu sou; experimentai-me, provai-me, desaprovai-me se·puderes.
127 p Onde você passou para Mestre?
R Em uma Loja Perfeita de Mestres.
128 p O que faz uma Loja Perfeita de Mestres?
R Três.
129 p Como aconteceu você passar para Mestre?
R Com a ajuda de Deus, do Esquadro e com a minha Aptidão.
130 p Como foi que você passou para Mestre?
R Do Esquadro para o Compasso.
131 p Eu presumo que você tenha sido um Aprendiz Maçom.
R Eu vi J. e B.; eu fui feito Mestre Maçam com muita dificuldade,
com a ajuda de Diamantes, Pedras e o Esquadro.
132 p Se um Mestre Maçom você gostaria de ser, você precisa entender
Perfeitamente a Regra de Três.
E* M.B. deverá libertá-lo: < • > MachbenahE o que falta para você na
Maçonaria, deverá ser mostrado para ti.
R A Boa Maçonaria eu entendo.As Chaves de todas as Lojas estão
todas sob meu Comando.
133 p Você é um Companheiro Heróico; de onde você vem?
R Do Oriente.
134 p Para onde você vai?
R Para o Ocidente.
135 p O que você vai fazer lá?
R Procurar por aquilo que foi perdido, e que agora foi achado.
136 p O que foi perdido e que agora foi achado?
R A Palavra de Mestre Maçom.
137 p Como ela foi perdida?
R Por três grandes Batidas, ou a Morte do nosso Mestre Hiram.Ex.
Na Construção do Templo de Salomão ele era Mestre Maçam, à
Meia Noite, quando os homens iam para o descanso, como era o
Costume Usual, ele veio para supervisionar os Trabalhos, e quando
ele havia entrado no Templo, apareceram três Rufiões,
supostamente serem três Companheiros Artesãos, que se

210
As Revelações de 1730

plantaram nas Três Entradas do Templo, e quando ele ia sair, um


ordenou que ele lhe desse a Palavra de Mestre, e ele respondeu
que ele não a devia receber desta maneira, mas com o Tempo e
um pouco de paciência, ela lhe seria dada; ele não satisfeito com
aquela resposta, deu-lhe uma Pancada, que o fez cambalear; ele
foi para o outro portão, onde foi abordado da mesma maneira, e
dando a mesma resposta, ele recebeu uma Pancada maior, e na
terceira ele Desfaleceu.
138 p Com o que os Rufiões o assassinaram?
R Um Maço Pesado, um Prumo e um Nível.
139 p O que eles fizeram com ele?
R Eles os carregaram para fora pela Porta Ocidental do Templo, e o
esconderam sob alguns Entulhos até depois da meia noite.
140 p Que Tempo era este?
R Depois da meia noite enquanto os Homens estavam dormindo.
141 p Como eles se desfizeram dele posteriormente?
R Eles o carregaram para o Topo de uma Colina, onde eles fizeram
uma Sepultura decente e o enterraram.
142 p Quando foi que notaram a sua ausência?
R No mesmo dia.
143 p Quando ele foi achado?
R Quinze dias depois.
144 p Quem o achou?
R Quinze Afetuosos Irmãos, por Ordem do Rei Salomão, saíram peta
porta Ocidental do Templo, e se dividiram uns para a esquerda e
outros para a Direita, e conversaram entre eles; e concordaram
que se eles não achassem a Palavra com ele ou acerca dele, a
Primeira Palavra que dissessem deveria ser a Palavra de Mestre;
um dos Irmãos que estava mais cansado do que o resto sentou-se
para descansar, e segurando um ramo o qual soltou-se facilmente,
e percebendo que a terra havia sido revolvida recentemente, ele
chamou seus Irmãos e, continuando as suas buscas, acharam-no
decentemente enterrado em uma sepultura conveniente, seis pés
a Oriente, seis a Ocidente e seis pés de perpendicular, e a sua
Cobertura era de musgo verde e turfa, o que os surpreendeu;
neste momento eles exclamaram: Museus Domus Dei Gratia, o
que, de acordo com a Maçonaria, é, Thanks be to God, our Master
bas got Mossy House [Graças a Deus nosso Mestre ganhou uma
Casa Musgosa]. Então eles o cobriram perfeitamente e como
Ornamento principal eles colocaram um Ramo de Acácia na
cabeceira da sepultura, e foram dar conhecimento ao Rei Salomão.
145 P O que o Rei Salomão disse de tudo isto?
R Ele ordenou que ele fosse exumado e decentemente enterrado, e
que 15 Companheiros com Aventais e Luvas brancas deveriam
estar presentes em seu funeral.

211
Anato/i 0/iynik

146 p Como foi erguido Hiram?


R Como todos os outros Maçons o são, quando eles recebem a
Palavra do Mestre.
147 p Como é isto?
R Pelos Cinco Pontos de Fraternidade.
148 p Quais são eles?
R (1) Mão com Mão, (2) Pé com Pé, (3) Face com Face, (4) Joelho
com Joelho, e (5) Mão nas costas. 9
149 p Como é chamado um Mestre Maçom?
R Acácia é o meu Nome, eu venho de uma Loja Justa e Perfeita.
150 p Onde Hiram foi enterrado?
R No Sanctum Sanctorum.
151 p Como ele foi trazido para dentro?
R Pela Porta Ocidental do Templo.
152 p Quais são as Jóias do Mestre?
R O Pórtico, a Trapeira e o Pavimento Quadriculado.
153 p Explique-os.
R O Pórtico é a Entrada para o Sanctum Santorum, a Trapeira são
as Janelas ou Luzes para o Interior, o Pavimento Quadriculado é
o Solo Terrestre.
154 p Dai-me a Palavra de Mestre.
R Sussurrai-as no Ouvido, e suportado pelos Cinco Pontos de
Fraternidade, anteriormente mencionados, diga Machbenah, o que
significa o Construtor está morto. 10

9
Quando Hiram foi levantado, eles tomaram-no pelos dedos indicadores, e a pele se soltou, o que é
chamado de Resvala; e empurrando a mão direita e colocando o dedo médio no pulso, e cravando o dedo
indicador; e o quarto aos lados do pulso; é chamado de aperto, e o sinal é dado colocando o polegar da
mão direita no peito esquerdo, estendendo os dedos.
10
Se qualquer trabalhador Maçom estiver trabalhando, e se você tiver o desejo de distinguir um Maçom
aceito do resto, pegue um pedaço de pedra e pergunte-lhe qual o seu cheiro. Ele imediatamente responderá:
Nem bronze nem ferro e nem tampouco aço, mas de um Maçom; então pergunte-lhe: Qual é a sua idade?
Ele responderá acima de Sete, o que significa que ele já passou para Mestre.

212
APÊNDICE I

RITUAL EMULAÇAO -
12 Grau- Aprendiz
Traduzido do Original Inglês por
Anatoli Oliynik
Past Master
- 1999-
PREFÁCIO
Para a Oitava Edição

Desde os seus primórdios, os responsáveis pela Loja Emulação de


Aperfeiçoamento adotaram o ponto de vista de que era da sua responsabilidade
assegurar a prática de uma forma de ritual sem alterações. Não é possível
garantir que o Ritual Emulação atual seja fiel à forma verbal praticada há
cento e setenta anos, mas não resta dúvida que as cerimônias praticadas
naquela época tinham aprovação específica da Grande Loja Unida da
Inglaterra. Isso deixa claro para o Comitê da Loja Emulação que a autoridade
para proceder alterações cabe unicamente a essa Grande Loja. É justo admitir
que os nossos procedimentos ritualísticos merecem atualizações periódicas.
Esta é a razão para o qual o Comitê sempre julgou que deveria manter sem
alterações o ritual completo recebido de seus predecessores e que está fora
de sua autoridade fazer alterações que não tenham sido sancionadas
oficialmente pela Grande Loja Unida da Inglaterra. Em 11 de junho de 1986 a
Grande Loja resolveu que todas as referências às penalidades físicas fossem
retiradas dos juramentos dos candidatos nos três Graus e do Mestre Eleito na
sua Instalação e mantidas as suas referências em outros pontos das
respectivas cerimônias.
Essa resolução é a mais importante alteração feita em nossas cerimônias
desde a sua aprovação pela Grande Loja após a União, em 1813. Em
conseqüência, foi necessário lançar uma nova edição do Livro do Ritual Emulação
menos de um ano após a publicação da Sétima Edição. Obedecendo aos
princípios acima estabelecidos, o Comitê restringiu ao mínimo as mudanças
necessárias para estar em conformidade com as recomendações do Comitê de
Propósitos Gerais em seu Relatório à Grande Loja, de 11 de junho de 1986.
Reiteramos que este livro foi compilado e patrocinado pelo Comitê da
Loja Emulação de Aperfeiçoamento para constituir-se em registro autêntico
do Ritual Emulação e destinando-se ao aprendizado de oficiais. De qualquer
forma é de extrema importância a participação regular de Irmãos nas Lojas de
Instrução, onde os procedimentos podem ser exaustivamente ensinados.
O Comitê estende os seus agradecimentos a todos aqueles que
ofer~ceram comentários e sugestões durante os 26 anos que se passaram
desde a publicação da última edição deste Ritual.
O Apêndice contém formas adicionais e alternativas que podem ser
consideradas de utilidade para as Lojas .
Ritual Emulação

H. M. Sharp- PSGD -AAPGM (Surrey)


Presidente do Comitê da Loja Emulação de Aperfeiçoamento

Membros do Comitê da Loja Emulação e Aperfeiçoamento em Setembro de 1994.


RWBro. G.R.G. Purser, PJGW, Pres. BGP, Treasurer

WBro. H.M . Sharp, PSGD, APGM (Surrey) Senior Member


WBro. J.E. Brereton, JP, PProvSGW {Buckinghamshire)
WBro. G.F. Redman, PJGD, AGSec
WBro. F.R. Simmons, PJGD
WBro. G.D. Channer, PProvJGW (Surrey)
WBro. A.J. Batt, SLGR
WBro. R.L. Farrant, PGStB

WBro. J.D. Long, PGStB, Secretary


WBro. J.P. Smith, LGR Asst Secretary

NOTAS SOBRE O RITUAL E PROCEDIMENTOS

O Trabalho Emulação recebeu seu nome da Emulation Lodge of


lmprovement, [Loja Emulação de Aperfeiçoamento] cujo Comitê é o curador
deste Ritual em particular, e que autoriza a sua publicação. A Lodge of
lmprovement se reúne semanalmente, às sextas-feiras, de outubro a junho,
no Freemasons' Hall (Palácio Maçônico), à rua Great Queen Street (Rua da
Grande Rainha) em Londres, onde demonstra as Cerimônias e Preleções de
acordo com o Trabalho Emulação.
A Emulation Lodge of lmprovement for Master Masons [Loja Emulação
de Aperfeiçoamento para Mestres Maçons], para dar seu título completo,
reuniu-se pela primeira vez no dia 2 de outubro de 1823. Foi constituída
especificamente para Mestres Maçons de modo a prover instrução para
aqueles que desejassem se preparar para ocupar cargos de oficiais em Lojas
e à sucessão na Cadeira. Os fundadores vieram principalmente das Lojas de
Instrução "Burlington Lodge" e "Perseverance Lodge". A primeira fundada em
181 Oe a outra em 1817. Ambas ensinavam o novo ritual aprovado pela Grande
Loja da Inglaterra em junho de 1816 mas concentravam seus esforços no
trabalho do Primeiro Grau e na instrução de candidatos.
A instrução, nos anos iniciais, era realizada completamente por meio
de preleções maçónicas de acordo com o sistema da Grand Stewards' Lodge
[Loja dos Grandes Provedores], cujas preleções descrevem as cerimônias
em detalhes. Pelos anos 1830s, as cerimônias eram também ensaiadas, conforme
uma prática geral que então havia se desenvolvido. A Lodge of lmprovement
reúne-se ininterruptamente desde a sua formação e tem pautado sua atuação
em resistir a mudanças nas cerimônias, inadvertidas e/ou não autorizadas.
As formas do ritual, para uso na nova Grande Loja Unida da Inglaterra,

216
Primeiro Grau

demonstradas pela Lodge of Reconciliation (Loja de Reconciliação] formada


especialmente para produzir essas formas, foram "aprovadas e confirmadas"
pela Grande Loja da Inglaterra em junho de 1816. Houve ajustes ocasionais
na natureza do ritual, posteriores a 1816 aprovados pela Grande Loja, os
mais notáveis foram as variações nos Juramentos permitidas por uma
resolução de Grande Loja da Inglaterra em dezembro de 1964 e, mais
recentemente, a mudança mais extensa no procedimento introduzida pela
resolução da Grande Loja da Inglaterra em junho de 1986, referida no Prefácio
desta Oitava Edição.
Objetivos da Loja Emulação
Desde há muito tempo a política do Comitê tem sido a de preservar o
ritual, tanto quanto possível, tão próximo da forma na qual foi originalmente
aprovado pela Grande Loja, e não aceitar emendas cuja autorização não
derivasse da mesma fonte. Assim, embora de tempos em tempos pequenos
ajustes foram feitos com a autorização da Grande Loja da Inglaterra, o erro de
percurso nunca foi permitido passar sem controle, para que com o passar do
tempo não se tornasse prática estabelecida.
Hoje em dia há muitos outros sistemas de trabalhar o ritual maçônico e
muitos dos irmãos mais idosos acreditam que o modo que eles estão
acostumados a levar a cabo os trabalhos em suas próprias Lojas é o único
modo correto. Ocasionalmente, visitantes bem intencionados tentam apontar
erros quando, de fato, as Lojas estão executando a prática padrão do modo
de trabalho que elas usam. As práticas contidas neste livro como Trabalhos
de Emulação estão como elas tem sido executadas por muitos e muitos anos
pela Emulation Lodge of lmprovement em suas demonstrações regulares e
os oficiais de Lojas nas quais as práticas sejam questionadas por visitantes
deveriam chamar a atenção para o fato que as práticas estão perfeitamente
corretas de acordo com este modo de trabalho até que Grande Loja da
Inglaterra determine de outro modo.
Objetivos deste Livro de Ritual
Por muitos anos após a definição do ritual pela Lodge of Reconciliation
e sua aprovação pela Grande Loja em 1816 (seguido pela definição da
Cerimônia de Instalação em 1827), a Grande Loja posicionou-se muito
fortemente no sentido de que nenhuma tentativa fosse feita para imprimir o
ritual, de forma que no período imediatamente seguinte- e possivelmente por
quase meio século - a repetição oral era para muitos o método de
aprendizagem. As reuniões semanais da Loja Emulação, entre outras,
proporcionavam a oportunidade. Alguns rituais impressos e manuscritos sem
dúvida apareceram, mas pelas diferenças existentes entre eles é provável

217
Ritual Emulação

que não fossem completamente precisos; e não o eram até os anos 1870,
quando os livros de ritual impressos começaram a ser geralmente aceitos.
Desde aquele tempo, uma grande quantidade deles foi publicada, dentre os
quais alguns tinham o sentido de estabelecer o sistema do trabalho de
Emulação; mas nenhum destes teve qualquer autorização da Emulation Lodge
of lmprovement.
Foi a proibição inicial da Grande Loja que causou a demora da Loja
Emulação em patrocinar a publicação de seu próprio ritual, o que fez pela
primeira vez em 1969.
A compilação do ritual levantou imediatamente uma questão. Deveria
ela registrar o sistema precisamente como demonstrado na Emulation Lodge
of lmprovement, ou seu objeto seria prover orientação para Lojas Privadas? A
questão se origina do fato que a Emulation Lodge of lmprovement é para, e
pode ser freqüentada apenas por Mestre Maçons, enquanto que Lojas Privadas
têm que considerar a presença de Aprendizes e Companheiros. Isto contribuiu
para algumas diferenças no procedimento. Um exemplo disso é que na
Emulation Lodge of lmprovement o Mestre não solicita que os Aprendizes
[EA's] e os Companheiros [FC's] se retirem antes de a Loja ser aberta no
próximo grau superior. O pedido seria sem sentido em uma Loja de Mestres;
mas é bastante adequado em uma Loja Privada.
A intenção primária do Comitê ao apresentar este livro foi que este
deveria prover tanta ajuda quanto possível aos Oficiais de Lojas cujo
procedimento esteja baseado no Emulação, mas nem este livro nem qualquer
outro jamais poderá ser um substituto para um ensaio organizado e à freqüência
em Lojas de Instrução, porque é lá que o que está exposto neste livro recobra
a vida.
Disposição da Sala da Loja
O Ritual de Emulação baseia-se na forma de disposição das Lojas
situadas nas Salas do Freemasons' Hall, Great Queen Street, em Londres.
Como estas Salas são mantidas sob o controle administrativo direto da Grande
Loja da Inglaterra conclui-se que esta é a disposição padrão para Maçonaria
Inglesa quando as circunstâncias dos locais de reunião tornam possível ser
seguido. Nestas Salas de Lojas um tapete mosaico cobre todo do centro da
Sala da Loja e os três Pedestais são colocados de tal modo que estejam
imediatamente fora do limite do tapete no Oriente, Sul e Ocidente. A fim de se
aproximar do Mestre e Vigilantes em seus pedestais, como no caso das
perambulações, comunicação de confidências e provas, é então necessário,
para se poder trabalhar o sistema de Emulação corretamente, sair do tapete e
permanecer ao lado dos Pedestais. Assim, por causa da posição do tapete
que cobre o chão inteiro, todas as perambulações são de fato levados a cabo

218
Primeiro Grau

sobre o tapete exceto quando o Candidato é levado aos Pedestais do Mestre


e Vigilantes. Referências como o Candidato é levado para "o piso da Loja"
significa que ele é levado para sobre o tapete 1 em si, normalmente com a
finalidade da perambulação.
Do mesmo modo, as portas das salas das Lojas estão localizadas no
lado ocidental da Loja, ao Norte do assento do Guarda Interno [/G's = lnner
Guardj na maioria dos casos, tornando mais fácil para o Gllevar a cabo seus
deveres a partir do seu assento normal ao Norte do 1ºV [ SW =Senior Warden].
A cadeira do 12 0 [ SD's =Senior Deacon] é colocada na extremidade Nordeste
da coluna do Norte virada no sentido transversal da Loja (e não no sentido
diagonal) - embora nas demonstrações da Emulation Lodge of lmprovement
o 1ºD fique posicionado em sua antiga posição ao lado direito do Venerável
Mestre [WM =Worshipful Master], olhando para o Ocidente da Loja, um assento
agora normalmente usado pelo Grande Oficial mais graduado. A cadeira do
2º0 [JD =Junior Deacon] está ao lado Sul do 1ºV, virada para o Oriente da
Loja (novamente, não no sentido diagonal).
Onde as circunstâncias das salas das Lojas e tamanho do tapete tornam
impossíveis algumas destas condições, as Lojas que desejam trabalhar no
sistema Emulação não terão nenhuma dificuldade em chegar tão de perto
quanto possível desta disposição e usando a totalidade da área aberta entre o
VM e os Vigilantes, etc., para as perambulações. Onde as divergências na
disposição da Loja e a natureza das demonstrações da Lodge of lmprovement
possam causar alguma dificuldade em seguir exatamente o trabalho como
demonstrado na Emulation Lodge of lmprovement, um asterisco* no texto
indica que alguma ajuda pode ser encontrada nestas Notas.
O Apêndice
É o Ritual e o Procedimento durante as quatro cerimônias básicas, com
os suplementos necessários, como aberturas e encerramentos, que são a
preocupação do Comitê de Emulação, e este não pretende aplicar qualquer
padrão de procedimento fora disto. Percebe-se, entretanto, que somente
imprimir as quatro cerimônias com as aberturas e encerramentos não resultaria
um trabalho completo. Foram feitos arranjos com os Publicadores para incluir
um Apêndice de assuntos que, embora fora do âmbito de "Emulação" , possam
ser de ajuda aos membros da Ordem em geral, mas seus conteúdos não são
de qualquer forma uma parte do Trabalho Emulação como demonstrado nas
reuniões regulares da Emulation Lodge of lmprovement.

1 Pavimento Mosaico. (Nota do Autor).

219
Ritual Emulação

Pontuação
Não há nenhuma dúvida que, em certos lugares, se podem dar mais de
um de significado oculto às palavras usadas, enquanto o fraseado pode causar
dificuldade ao oficial comum de Loja. Onde há espaço para diferenças de
opinião em pontuação então, os dois objetivos principais devem ser lembrados:
(1) assegurar que o sentido que o Comitê acredita ser pretendido seja feito
claro, e (2) dar ajuda ao oficial da Loja com o seu próprio fraseado. Não é
previsto que a opinião será unânime sobre o resultado, particularmente como
o Comitê sente que a pontuação pode, muito freqüentemente, ser uma questão
de preferência pessoal e, também, pode ser o resultado de mudanças na
moda.
Definição dos tipos
Neste livro uma designação de Oficial é mostrada em tipo negrito se
ele deve falar ou executar outra em ação. A impressão em tipo romano indica
que as palavras são faladas, enquanto que em tipo itálico é descritivo de
uma ação ou é usado como meio de explicação.
Notas Gerais do Ritual
A Emulation Lodge of lmprovementfoi estabelecida como uma Loja de
Mestres Maçons, foi sempre e ainda hoje é, aberta consecutivamente nos
Três Graus, e os Irmãos não se sentam entre as várias cerimônias de abertura.
A Lodge of lmprovement também pode ser revertida, quando necessário, ao
grau apropriado para o trabalho ou negócio a ser feito, e ao término dos
procedimentos, após ser revertida ao Terceiro Grau, se necessário, a Loja é
encerrada formalmente nos Três Graus. De qualquer modo, quando se executa
a Cerimônia de Instalação, a Loja é encerrada do modo normal no Terceiro e
Segundo Graus durante aquela Cerimônia. Sendo uma Loja de Mestres
Maçons o trabalho da Loja é conduzido no Terceiro Grau, novamente com a
exceção do trabalho nos Levantamentos depois da Cerimônia de Instalação
que são realizados no Primeiro Grau. Uma Loja regular pode ter Aprendizes e
Companheiros entre seus membros, de forma que o trabalho é normalmente
realizado no Primeiro Grau, para permitir que todos participem.
Como já mencionado, nenhuma previsão precisa de ser feita nas
demonstrações de Emulação para a retirada dos Aprendizes e Companheiros,
nem para reuniões de Emergência, e nestas e outras instâncias são sugeridos
procedimentos adequados para garantir a continuidade.
Juramento em Cerimônias
O significado , soletrado e pronúncia original da palavra que
imediatamente precede as palavras "esconder e nunca revelar'' é incerto. Na
Lodge of lmprovemento que se acredita para ser a pronúncia original é mantido

220
Primeiro Grau

e portando neste livro a palavra é mostrada como (h. = hail ~ "guardar"


com o sentido de "conservar").
Trabalho do Mestre
Na Emulation Lodge of lmprovement todo o trabalho da Cadeira é
demonstrado pelo Venerável Mestre (ou Mestre Instalador) e este livro segue
esta prática. Nas Lojas onde um Capelão é um dos Oficiais, as orações são
ditas normalmente por ele. Em muitas Lojas, partes das Cerimônias de Grau
são freqüentemente executadas por irmãos que não o Venerável Mestre, mas
é desejável que tal trabalho normalmente não seja realizado por outros que
não Mestres Instalados ou Vigilantes. Quando o trabalho é realizado por irmãos
que não o VM, é considerado que todos os oficiais sigam o procedimento
habitual como se o Venerável Mestre estivesse dirigindo o trabalho.
Órgão e Que Assim Seja (SMIB = So Mote lt Be)
A Emulation Lodge of lmprovement, não usa órgão e QAS só é dito pelo
membro do Comitê que atua como PM 2 ; este livro estabelece esta prática.
Muitas Lojas usam um órgão e a música é uma parte normal dos procedimentos;
podem ser cantados hinos de abertura e encerramento e o QAS [Que Assim
Seja= Amém] 3 é cantado (salmodiado) por todos os presentes.
O VLS (Volume da Lei Sagrada)
Na Emulation Lodge of lmprovemento VLS é aberto no Pedestal do VM
de modo que as letras fiquem voltadas para que ele as possa ler e o E. e o C.
são colocados sobre a página direita como vista pelo VM. O â.do E. e as ps.
do C. estão voltadas para a base da página concernente ao VM.
Aberturas e Encerramentos
Em muitas Lojas há uma procissão para adentrar a Loja. Esta é uma
questão inteiramente para a Loja decidir.
Na abertura do Primeiro Grau, a pergunta feita pelo VM "O lugar do
Mestre?" na Emulation Lodge of lmprovement é dirigida ao 1ºV. Em algumas
Lojas é perguntado ao /.P.M. (Past Master Imediato).
Em todas as ocasiões em que o 2ºV. se dirige ao VM ele mantém seu
corpo voltado para o lado Norte da Loja e virando somente sua cabeça para o
VM.
Quando o Gl se dirigir ao 2ºV seu corpo fica voltado para o Oriente
(para o VM) e somente a sua cabeça se volta para o 2ºV. Quando o Gl se
dirigir tanto ao 2ºV como ao VM, deve manter-se sempre em frente da sua cadeira.

2
Past Mas ter = Mestre Passado.
' Observação do tradutor.

221
Ritual Emulação

Na abertura e encerramento da Loja nos vários Graus e quando


revertendo o trabalho de um Grau para outro, as batidas do VM, dos Vigilantes
e do Gl e GE 4 são dadas em seqüência sem esperar que aconteça qualquer
outra ação. Na Emulation Lodge of lmprovement os ajustes do VLS e do E. e
C. são feitos informalmente enquanto as batidas estão em progresso e não
em algum momento particular entre quaisquer batidas. O PMI ajusta-os no
seu próprio tempo depois que a declaração apropriada tenha sido feita, fazendo
isto da sua posição à esquerda do VM.
Tábuas de Delinear
Como somente Mestres Maçons são admitidos na Emulation Lodge of
lmprovement, a mudança das Tábuas de Delinear não tem nenhum significado,
e não há em nossas demonstrações nenhum procedimento para sua
realização. Nossa prática é que a Tábua de Delinear seja apropriada ao Grau
demonstrado e que seja colocada à vista no chão da Loja e na Cerimônia de
Instalação nenhuma Tábua é exibida. As Tábuas de Delinear são, de qualquer
modo, muito grandes e pesadas para permitir fácil manuseio, de modo que
elas são mudadas durante o intervalo quando se faz a chamada para o
Recesso. As Tábuas de Delinear da Lodge of lmprovementforam esboçadas
e executadas em 1845 antes que se tornasse prática comum exibir as Tábuas
na mudança de Graus nos quais a Loja é aberta. Ao se apresentar partes de
Preleções, mostra-se a Tábua de Delinear apropriada do Grau da Preleção.
Numa Loja Regular onde a troca das Tábuas é usual, o texto estabelece o
momento da troca da Tábua, de acordo com a prática normal da Loja.
Se as Lojas mudam as Tábuas de Delinear na abertura e encerramento
dos vários Graus, é sugerido que o Diácono faça a mudança imediatamente
após o 2ºV ter dado as batidas e que o Gl não espere que as Tábuas sejam
mudadas antes de dar as batidas na porta.
Somente o Gl deve abrir ou fechar a porta a qualquer tempo e ele deve
manter o controle da porta enquanto permanecer na parte interna da entrada.
Trabalho dos Diáconos
O modo de segurar o Candidato, especialmente na Cerimônia de
Iniciação, não é uma questão de ritual, mas de bom senso. Entrelaçando os
dedos é freqüentemente o melhor, exceto quando o Candidato e o Diácono
são de alturas muito diferentes quando então pode-se achar mais conveniente
pegar firmemente o pulso do Candidato. O braço do Diácono deve estar atrás
do braço do Candidato e o ombro ligeiramente encostado atrás Candidato. Tal
enlaçamento permite ao Diácono facilmente induzir o Candidato a avançar, a

' Tyler. Embora a melhor tradução seja Guardião, é costume, no Brasil, chamá-lo de Guardião Externo.

222
Primeiro Grau

contê-lo ou a mudar de direção. Enquanto o Candidato estiver vendado, sua


mão deve estar sempre segura exceto quando ele estiver ajoelhado. Em outros
momentos o Diácono segura a mão do Candidato somente quando eles estão
realmente se movendo de um lugar a outro; quando o Diácono e Candidato
estão estacionários, a mão do Candidato é liberada.
Quando o Candidato está no Pedestal do VM para o J. (Juramento) e
receber o crédito dos segredos, ele está aos cuidados do VM. O Diácono não
deve oferecer ajuda a menos que esteja claro que o VM realmente precisa, e
mesmo então a ajuda deve ser tão discreta quanto possível.
O Diácono e o Candidato devem manter-se em pé em esquadro juntos
aos pedestais dos Vigilantes. Nas demonstrações de Emulação os Diáconos
levam varas de ofício durante as cerimônias rituais mas não durante
procedimentos administrativos como votações, etc.
Quando o Candidato está a ponto de fazer seu J. no Primeiro Grau, o
VM deve ter o cuidado de não malhar pesadamente. Isto poderá causar um
susto no Candidato podendo assim ferir-se. Uma garantia para isto é assegurar
que o Candidato segure o C. de modo que não faça pressão contra si.
À Ordem no Terceiro Grau
No Terceiro Grau, durante o J ., durante comunicações ao VM, durante
o encerramento e em outras ocasiões os Irmãos são exigidos à ficar à ordem
com o Passo e o Sn Pede MM. A posição estática para o Sn Pede MM onde
isto tem que ser feito, é ligeiramente qiferente da posição ilustrada ao Candidato
como descrito na página 185. Quando se fica à Ordem neste Grau a m. d. é
colocada imediatamente com o p. n. u (w.t.t.t.t.n.= with the thumb to the nave/)
e mantido aí. Para baixar o Sn a mão é levada primeiro à e. da b. e o Sn é
completado como descrito na página 185. 5
T. ou Sn. do Terceiro Grau
O Toque no Terceiro Grau tanto durante o recebimento dos ss. como
durante o encerramento é dado pelo p. e o i. de cada Irmão envolvendo tanto
quanto possível a b . do p. do outro. Isto colocará o i. em um lado do p., os ds.
restantes no outro lado do p. de forma que o pulso fica entre o i. e o d. m.
A Cerimônia de Instalação
A apresentação do Mestre Eleito nas demonstrações da Emulation Lodge
oflmprovementéfeita por um membro do Comitê atuando com o PM, enquanto
o Mestre Instalador (/nstal/ing Master) conduz todos os procedimentos. As
demonstrações começaram antes do costume de designar o Diretor de

5
Refere-se à página do ritual original inglês.

223
Ritual Emulação

Cerimônias [DC] da Loja. Atualmente na maioria das Lojas grande parte dos
trabalhos na Instalação é feita pelo DC da Loja e no texto isto é indicado por
'( ou DC)' nos lugares apropriados.
Também nas demonstrações do Emulação os Mls (Mestres Instalados)
que vão atuar como Vigilantes para compor a Comissão, são colocados em
seus postos no Terceiro Grau, porque este é o Grau de funcionamento da
Emulation Lodge of lmprovementcomo uma Loja de Mestres Maçons. O Comitê
aceita como certo que a ocupação das cadeiras dos Vigilantes significa ser
feita nas Lojas no Primeiro Grau, depois que os Aprendizes tenham se retirado
e imediatamente antes de elevar a Loja ao Segundo Grau, quando o Mestre
Eleito é apresentado.
O novo VM permanece sentado nas demonstrações do Emulação
quando o MI (Mestre Instalador) lhe apresenta a Carta Constitutiva ou Carta
Patente.
O GE, quando admitido para a sua investidura, depois de saudar, segue
desacompanhado, para o Pedestal do VM pelo costume das nossas
demonstrações. É tido em apreço que em muitas Lojas ele seja conduzido
pelo DC.
O GE, ao chegar ao Pedestal do VM, coloca a Espada diagonalmente
sobre VLS onde ela permanece enquanto o GE eleito é investido e até que o
VM a devolva. Muitos maçons objetam para esta prática que parece não ser
feita em outros ritos, mas o Comitê não subscreve estas objeções. Eles não
vêem nenhum dano em uma prática que tem sido parte do Ritual de Emulação
desde os 1830s, e que é executada com cerimônia e reverência. Em Lojas
nas quais esta prática não obstante é ofensiva, sem dúvida obedecerão aos
ditames de suas próprias consciências.
Cumprimentos (Saudações)
Os cumprimentos dirigidos ao VM durante a cerimônia de Instalação
são dados de modo audível.
Para o G ou RS (G or R. Sign =Grand or Royal Sign) do Terceiro Grau,
o primeiro movimento é feito levantando as mãos para um ponto acima ou
quase em frente da cabeça. Quando usado como saudação, ele começa com
uma batida das palmas acima da cabeça, e não com uma batida preliminar
nas coxas.
Instrumentos de Trabalho
A explicação dos instrumentos de trabalho em qualquer Grau não é
dada duas vezes na mesma noite. Quando isto possa ocorrer por causa de
uma cerimônia de Grau como também de uma Instalação um palavreado
adequado deve ser usado com o propósito de que eles já foram explicados
anteriormente.

224
Primeiro Grau

Estatutos
O palavreado da cerimônia de Instalação contém uma recomendação
para o novo Mestre que os Estatutos da Loja devem ser lidos pelo menos uma
vez ao ano e tal recomendação tem aparecido na cerimônia por um tempo
muito longo. Não há nenhuma exigência no Livro de Constituições que o
Estatuto seja lido em Loja, e o Comitê de Assuntos Gerais (Board of General
Purposes) indicou que, como todos os membros têm que ter uma cópia deles,
não há nenhuma necessidade para tal leitura em Loja.
Chamada para o Descanso e para o Trabalho
A qualquer tempo quando for desejável fazer uma interrupção geral
nos trabalhos da Loja e para os irmãos deixarem a sala da Loja, uma chamada
formal para descanso, o procedimento ritual mostrado na página 60, que é
uma chamada formal para descanso, deve ser usado para os Irmãos deixarem
a sala da Loja. Antes de continuar os trabalhos da Loja ela deverá ser
formalmente chamada para o trabalho pelo procedimento da página 61.
Pede-se atenção ao Relatório do Comitê de Propósitos Gerais de 8 de
março de1961 na página 8 dos Pontos de Procedimento, prescrevendo que a
Loja seja formalmente chamada para o descanso se for feita uma interrupção.
Votação Secreta
O método de votação secreta observada na Lodge of lmprovement é
pelo uso de uma urna eleitoral com duas gavetas. O 211 0 distribui as fichas,
começando com o Mestre Passado e termina com o VM. O 111 0 apresenta a
caixa para o VM pelo lado de Sul do Pedestal para mostrar que está vazia e
então coleta as fichas na mesma seqüência como o 2 11 0 as distribuiu, coletando
do VM pelo lado Norte do Pedestal, avançando então para lado Sul para o
exame e anúncio do resultado. O 111 0 permanece no lado Sul do Pedestal do
VM até depois do anúncio.
Entrada de Retardatários e Candidatos
Na Emulation Lodge of lmprovement, o GE dá as batidas do Grau no
qual a Loja está aberta para anunciar retardatários. O Gl, em um momento
conveniente, anuncia o acontecido ao 2ºV que responde com uma batida.
Tendo averiguado a causa do acontecido, o Gl anuncia ao VM o retardatário
somente pelo nome (quer dizer, ele NÃO adiciona "busca admissão" ou outra
forma semelhante de palavras). Se há mais de um irmão, o anúncio do Gl
seria "VM, é o Irmão ... , e outros irmãos". Tendo o VM ordenado a admissão
deles, o Gl deixa-os entrar e eles seguem para o lado esquerdo do Pedestal
do 1ºV, fazendo na seqüência, os Sns de todos os Graus até aquele no qual a
Loja esteja aberta. Havendo assim saudado, eles seguem para seus assentos.
Para um Candidato, as batidas do GE são as do Grau mais alto que o

225
Ritual Emulação

Candidato recebeu e devem ser dada,s tão logo o GE tenha o Candidato


preparado. O VM pode decidir quando é o momento adequado para o Gl fazer
o anúncio. Preferentemente as batidas para os Candidatos devem ser
claramente dadas e, no Primeiro Grau as t. batidas devem ser mais espaçadas,
isto é, os intervalos são mais longos relativamente as batidas normais do Grau.
Uso de Luvas e Punhos durante Reuniões de Loja
Informação completa é dada em Informação para a Orientação de
Membros da Ordem, relativo ao uso de luvas e punhos.

As Notas e Procedimentos a seguir, fazem parte do Prefácio da 1011


Edição.
Uso dos Punhos
O Comitê examinou a base histórica para o uso dos Punhos pelos
Oficiais Atuais e Passados da Grande Loja, Distritais e Provinciais e também
pelos portadores de títulos de Londres e Grandes Graduados de Além Mar, e
está convencido que o uso dos punhos como item separado das insígnias
deriva mais da mudança de moda e conveniência do que um significado
simbólico verdadeiro.
O Comitê também está atento que os punhos são um implemento caro
da insígnia dos oficiais e por isso decidiu recomendar que o uso dos punhos
como declarado na Regra 268 do Livro das Constituições, deve ser, no futuro,
permissivo em vez de mandatário.
Uso das Luvas
Freqüentemente são feitas muitas perguntas ao Grande Secretário
quanto ao procedimento correto a ser observado no uso de luvas durante as
reuniões das Lojas.
Como foi declarado pela Grande Loja em 1950, isto fica a cargo do VM
de cada Loja, depois de ter devidamente considerado os interesses gerais
dos membros.
a) O Comitê considera que quando se decide pelo uso, ele deve ser
observado por todos e não como ocorre, somente com os Oficiais.
b) O Comitê recomenda a Grande Loja para que se o uso de luvas
deva ser adotado, o seu uso deva ser a todo o tempo com
excetuando:
1. Candidatos aos três Graus.
2. Pelo Mestre Eleito quando estiver tomando seu Juramento sobre
oVLS.

226
Primeiro Grau

Por isso as luvas não podem ser retiradas pelo Mestre (ou Vigilantes ou
outro ocupante temporário destas Cadeiras ou outro Irmão que os auxilie)
durante a comunicação dos ss. ou exame dos candidatos, ou quando investindo
os Oficiais.
c) O Comitê não vê objeção aos Aprendizes e Companheiros quanto
ao uso de luvas a menos que estejam sendo "passados" ou
"elevados".
Terminam aqui as Notas e Procedimentos sobre o Ritual Emulação. A
partir deste ponto, no ritual inglês, inicia-se a Abertura da Loja no Primeiro
Grau.

ABERTURA
Os Irmãos ocupam seus lugares. Um hino de abertura pode ser cantado.

• ML dirige-se ao Secretário:

ML Irmão Sec., a Carta Patente está presente na Loja para inspeção dos
Irmãos, nesta ou em qualquer outra ocasião.

ML ( ! ) 12 V ( ! ) 2ºV ( ! )
ML - Irmãos, ajudai-me a abrir a Loja.

Todos se levantam (se já não estiverem em pé) após a execução do hino.

ML (ao 2QV pelo nome) - Irmão F.... ,qual é o primeiro cuidado de todo
Maçam?
2ºV - Verificar se a Loja está perfeitamente coberta.
ML - Ordenai que se cumpra essa obrigação.
22 V (ao Gl pelo nome) - Irmão F.... , verificai se a Loja está perfeitamente
coberta.

• Gl dirige-se até a porta, não a abre, dá t. batidas distintas, retoma para a


sua posição e fica em frente da cadeira com o corpo voltado para o Oriente.
• GE responde com as mesmas batidas.

Gl (ao 2QV pelo nome) - Irmão F.... , a Loja está perfeitamente coberta.
22V {dá t. batidas distintas e, sem P ou Sn, dirige-se ao ML, sem nomeá-
lo) -A Loja está perfeitamente coberta.
ML (ao 1QV pelo nome) - Irmão F.... ,o cuidado seguinte?

227
Ritual Emulação

12 V -Verificar se todos os presentes são maçons.


ML -À Ordem Irmãos, no Primeiro Grau.

Todos dão o P e fazem o Sn de Apr.

ML - Irmão 22 V, quantos oficiais principais há na Loja?


22V -Três: o ML, o 1º e o 2ºV.
ML - Irmão 1ºV, quantos oficiais assistentes há?
12 V -Três, além do GE, a saber: o 1º e o 2º0 e o Gl.
ML (ao 2ºV) - O lugar do GE?
2ºV -Junto à porta da Loja, do lado de fora.
ML - Seu dever?
2ºV - Armado com uma espada desembainhada, impedir a entrada de
intrusos e profanos a Maçonaria e verificar se os Candidatos estão
adequadamente preparados.
ML (ao 1ºV) - O lugar do Gl?
1ºV -Junto à porta da Loja, do lado de dentro.
ML - Seu dever?
1ºV -Dar entrada aos Maçons mediante prova, receber os Candidatos na
devida forma e obedecer às ordens do 22 V.
ML (ao 2ºV) - O lugar do 2º0?
2ºV - À direita do 1ºV.
ML - Seu dever?
22 V º
- Levar todas as mensagens e comunicações do ML; do 1 para o 2ºV,
e verificar se as mesmas são prontamente obedecidas.
ML (ao 1ºV) - O lugar do 1º0?
1ºV -À direita ou próximo à direita do Mestre da Loja.
ML - Seu dever?
1ºV -Levar todas as mensagens e comunicações do ML ao 1ºV e aguardar
o retorno do 22 0.
ML - Irmão 2ºV, o vosso lugar em Loja?
2ºV -No Sul.
ML - Por que ocupais esse lugar?
2ºV - Para assinalar o Sol em seu meridiano, chamar os Irmãos do trabalho
para o descanso e do descanso para o trabalho, a fim de que proveito
e prazer sejam o resultado.
ML -Irmão 1ºV, o vosso lugar em Loja?
1ºV -No Ocidente.
ML - Por que ocupais esse lugar?

228
Primeiro Grau

1ºV -Para assinalar o ocaso do Sol e encerrar a Loja por ordem do Mestre,
após observar se todos os Irmãos receberam seus direitos.
ML (ao 1-ºV) - O lugar do Mestre?
1ºV -No Oriente.
ML - Por que ele é colocado nesse lugar?
1ºV - Assim como o Sol nasce no Oriente para romper e dar vida ao dia, o
ML é colocado no Oriente para abrir a Loja, empregar e instruir os
Irmãos na Franco-Maçonaria.
ML +
-Estando a Loja devidamente constituída, antes de declará-la aberta,
(a partir deste ponto o Cap. pode continuar) invoquemos o auxílio do
Grande Arquiteto do Universo em todos os nossos empreendimentos;
possam nossos trabalhos, assim iniciados em ordem, prosseguir em
paz e terminar em harmonia.
Todos - Que assim seja!
ML - Irmãos, em nome do Grande Arquiteto do Universo, declaro a Loja
devidamente aberta (todos desfazem o Sn) para os propósitos da
Franco-Maçonaria no Primeiro Grau.

• ML dá as batidas de Apr.
• 1ev dá as batidas de Apr., ergue sua coluna e acende seu castiçal.
• 2ev dá as batidas de Apr., deita sua coluna e acende seu castiçal.
• 2eo expõe a TO assim que o 2-ºV tiver dado as batidas (não porta sua vara
de ofício para essa tarefa).
• Gl dirige-se até a porta, dá as batidas de Apr., retorna para a sua posição
e fica em frente da cadeira.
• GE responde com as mesmas batidas.
• Entrementes, o PMI abre o VLS, coloca o E. e o C. na posição correta e
acende o castiçal do ML.
- não há trecho obrigatório para abrir o VLS;
- o VLS deve ficar em posição de leitura para o ML;
- o E. e o C. devem ficar sobre a página direita para o ML;
- as pontas do C. ficam voltadas para o ML e ocultas pelos braços do E.,
cujo vértice fica voltado para o ML.
• ML senta-se, após terminadas estas tarefas.

Todos os Irmãos sentam-se após o ML havê-lo feito.

229
Ritual Emulação

Os procedimentos a seguir, são sugestivos, ou seja: não são partes


integrantes do Ritual Emulação e não constam do original inglês.
São praticados pelas Lojas inglesas e brasileiras, mas não são descritos no
ritual. O Autor achou por bem insérir esta parte para orientar o leitor e as
Lojas que adotaram ou pretendem adotar o Ritual Emulação .

LEITURA E CONFIRMAÇÃO DA ATA (REGISTROS)

ML (sem batida) - Irmãos, peço a vossa atenção para o Irmão Secretário


que fará a leitura da Ata da nossa última sessão regular da Loja (ou)
- Irmão Secretário, quereis ler a Ata da nossa última sessão regular?

• O Secretário levanta-se, saúda o Mestre da Loja, baixa o Sn. e lê a Ata em


pé. Após a leitura diz:

Sec. - Mestre, esta é a Ata, conforme registrada no Livro de Atas.


ML (sem batida) - Irmãos, ouvistes a leitura da Ata da nossa sessão de
.. ../... ./...., que eu coloco agora em discussão (após as considerações
dos Irmãos) : Está em votação, na forma de costume entre Franco-
Maçons. Alguém em contrário?

• Se houver objeções ou correções a fazer, serão anotadas no Livro de


Atas.

ML (sem batida) -Irmão Secretário, a Ata foi confirmada.


Sec. (levanta-se) - Obrigado, Mestre.

• Sec. assina a ATA antes do Mestre da Loja.


• 1!!D sem a Vara de Ofício, dirige-se até a mesa do Sec., apanha a ATA e a
leva ao Mestre da Loja para assinatura, tomando o cuidado para não colocá-
la sobre o V. L. S. Após a assinatura do ML, devolve-a ao Sec., sem esquadrar
a Loja. Em algumas Lojas os Vigilantes também assinam as Atas. Na
ausência do Mestre da Loja, o 1ºV assina a ATA.

RECEBIMENTO DE CARTAS E COMUNICAÇÕES

• Sec. levanta-se, dá o P e o Sn de Apr. que desfaz e inicia a leitura de


cartas e comunicações comuns, previamente designadas pelo ML. Faz a
leitura em pé.

230
Primeiro Grau

AGENDA (ORDEM DO DIA)

• Neste momento são anunciados os assuntos aprovados na reunião


administrativa para confirmação e homologação da Loja. Não há nenhum
questionamento ou debate. Os assuntos são simplesmente homologados.
• São realizadas, também as votações (eleições) e o escrutínio secreto.
• Havendo cerimônia de Iniciação, Passagem, Elevação, Instalação de Mestre
da Loja ou Ensaio, o Mestre da Loja anuncia.

Aqui se encerra a parte sugestiva

ENCERRAMENTO
• Antes do encerramento da Loja propriamente dito, há três levantamentos
de acordo com o seguinte procedimento:

ML ( ! ) 12 V (!) 22 V (!)

ML -Irmãos, levanto (levanta-se) pela primeira vez para perguntar se algum


Irmão tem algo a propor para o bem da Franco-Maçonaria em geral ou
desta Loja (nome e número) em particular, neste primeiro período,
para assuntos da (Obediência a qual a Loja pertence) .

• os Irmãos que se habilitaram, previamente, junto ao ML, levantam-se e


ficam À Ordem até que o Sec. registre seus nomes e sinalize, discretamente,
que podem se sentar.

ML ( ! ) 12 V ( ! ) 22 V ( ! )
ML - Irmãos, levanto (levanta-se) pela segunda vez para perguntar se
algum Irmão tem algo a propor para o bem da Franco-Maçonaria em
geral ou desta Loja (nome e número) em particular, neste segundo
período, para assuntos da (Obediência Estadual ou a Loja, conforme o caso) .

• Os Irmãos adotam o mesmo procedimento anterior. Aqui podem ser feitas


comunicações da (Obedi6nciaouLoja), propostas, informações, leitura deAtos,
Decretos e correspondências oficiais, previamente autorizadas pelo ML.

ML (!) 12 V (!) 22 V (!)

231
Ritual Emulação

ML -Irmãos, levanto (levanta-se) pela terceira vez para perguntar se algum


Irmão tem algo a propor para o bem da Franco-Maçonaria em geral ou
desta Loja (nome e número) em particular, neste terceiro período, para
assuntos da Loja, pessoais e da bem-querênça entre os Irmãos.

• Neste período podem ser feitas proposições pessoais, de candidatos,


pequenas comunicações e agradecimentos.
• Findo a palavra franca o ML pode saudar os Irmãos visitantes e transmitir
uma mensagem final. A seu critério, poderá delegar esta tarefa ao Cap.
que deverá falar em pé.
• 1flD recolhe os donativos para benevolência, quando a sacola não fica
postada na saída da Loja.

ML ( ! ) 12 V ( ! ) 22 V ( ! )
ML - Irmãos, ajudai-me a encerrar a Loja (todos se levantam).
ML -Irmão 2ºV, qual é o constante cuidado de todo Maçom?
22 V - Verificar se a Loja está coberta.
ML (ao 2ºV) - Ordenai que se cumpra essa obrigação.
22 V -Irmão Gl, verificai se a Loja está coberta.

• G/ dirige-se até a porta, dá as batidas do Primeiro Grau, retorna para a sua


posição e fica em frente da cadeira.
• GE responde com as mesmas batidas.

Gl (dá o P e Sn) - Irmão 2ºV, a Loja está coberta (baixa o Sn).


2ºV (dá a batidas de Apr. e com o P e Sn) - Mestre, a Loja está coberta
{baixa o Sn).
ML - Irmão 12 V, o cuidado seguinte?
12 V -Verificar se todos os Irmãos se apresentam à Ordem como Maçons.
ML - À Ordem Irmãos, no Primeiro Grau.

Todos dão o P e Sn de Apr.


ML -Irmão 12 V, onde é o vosso lugar constante em Loja?
12 V -No Ocidente. ·
ML - Por que ocupais esse lugar?
1ºV -Assim como o Sol se recolhe no Ocidente para encerrar o dia, o 12V
ocupa seu lugar no Ocidente para encerrar a Loja por ordem do ML,
após verificar se todos os Irmãos receberam seus direitos.
ML - Irmãos, antes de encerrar a Loja (a partir deste ponto o Cap. pode
continuar) vamos "com toda a veneração e humildade exprimir a nossa

232
Primeiro Grau

gratidão ao Grande Arquiteto do Universo pelos favores já recebidos;


queira Ele continuar a proteger nossa Ordem, cimentando-a e
adornando-a com todas as virtudes morais e sociais".
Todos - Que Assim seja.
ML -Irmão 19V, achando-se concluídos os trabalhos desta sessão, ordeno-
vos que encerreis a Loja. (dá as batidas de Apr. com a m. e. para
manter o Sn).
12 V -Irmãos, em nome do Grande Arquiteto do Universo e por ordem do
Mestre da Loja, declaro encerrada (TODOS baixam o Sn) a Loja. (dá
as batidas de Apr. e deita a sua Col.).
22 V -A Loja está regularmente encerrada até o dia ... ./... ./.... salvo caso de
emergência, da qual se fará a devida comunicação (dá as batidas de
Apr. e ergue a sua Col.).

• 2eo cuida da TO (não porta sua vara de ofício para essa tarefa).
• Gl dirige-se até a porta, dá as batidas de Apr., retorna para a sua posição
e fica em frente da cadeira.
• GE responde com as mesmas batidas.
• Entrementes, o PMI levanta-se e dirige-se para frente do Pedestal, remove
o E. e o C., fecha o VLS e retorna para a sua posição.

PMI - Irmãos, nada mais nos resta fazer senão, guardarmos nossos ss.
em lugar seguro, como é costume antigo, reunindo a este ato F., F., F.

• Todos batem levemente o pt. e. com a m. d. cada vez que o PMI pronuncia
a palavra F.
• os Castiçais são apagados.

Nota: Em muitas Lojas é cantado o Hino de Encerramento e formada a


procissão para a saída do Mestre da Loja.

CHAMADA PARA O DESCANSO


ML ( ! ) 12 V ( ! ) 22V ( ! )
ML - Principais Oficiais, em pé.

• ML , 1!'V e 2!'V levantam-se e os demais Irmãos permanecem sentados.

ML - Irmão 22 V, que horas são?


22v -Já é tarde, Mestre.

233
Ritual Emulação

ML - Qual é o vosso dever?


22v - Chamar os Irmãos do trabalho para o descanso.
ML - Peço-vos que o façais.
22v - Irmãos, o ML ordena que pareis o trabalho indo para o descanso.
Conservai-vos à distância de ouvir o chamado, a fim de voltardes no
momento devido, para que proveito e prazer sejam o resultado.

• 2!?V dá uma batida, levanta a sua Coluna e apaga a vela (ou lâmpada) à
sua direita.
• f!?V dá uma batida, deita a sua Coluna e apaga a vela (ou lâmpada) à sua
direita.
• ML dá uma batida, apaga a vela (ou lâmpada) à sua direita.
• PM/ Ievanta-se, fecha o VLS sem desfazer a posição do E. e C.
• 2!?0 cuida da TO.
• Todos podem agora sair da Loja.

CHAMADA PARA O TRABALHO


Todos retornam à Loja e sentam-se.

ML ( ! ) 12 V ( ! ) 22V ( ! )
ML - Principais oficiais, em pé.

• ML, f!?V e 2!?V levantam-se.


ML -Irmão 22 V, que horas são?
22 V - Já passou do tempo, Mestre.
ML - Qual é o vosso dever?
22 V - Chamar os Irmãos do descanso para o trabalho.
ML - Peço-vos que o façais.
22 V - Irmãos, o ML ordena que pareis o descanso e volteis ao trabalho
para continuar o expediente de assuntos maçônicos.

• 2!?V dá uma batida, deita sua Coluna e acende a vela (ou lâmpada) à sua
direita.
• f!?V dá uma batida, levanta a sua Coluna e acende a vela (ou lâmpada) à
sua direita.
• ML dá uma batida e senta-se;
• f!?V e 2!?V sentam-se.
• PM/ Ievanta-se, abre o VLS e verifica se o C. e o E. estão na posição

234
Primeiro Grau

correta e então senta-se.


• 2!!0 cuida da TO.
• ML senta-se, seguido pelos Vigilantes continuando os trabalhos.

REVERSÃO

A Loja poderá ser revertida para qualquer grau superior ou inferior, desde que
previamente aberta nele e que o Grau em questão não tenha sido fechado.

ML ( ! ) 12 V ( !) 22 V (!)

Todos Permanecem sentados.

ML -Irmãos, em virtude dos poderes dos quais estou investido, reverto a


Loja para o (nomear) Grau.

• ML dá as batidas do Grau ao qual a Loja foi revertida.


• 1!!V dá as batidas do Grau ao qual a Loja foi revertida.
• 2!!V dá as batidas do Grau ao qual a Loja foi revertida.
• 2!!0 cuida da TO após o 2 9 V ter dado as batidas.
• Gl dirige-se até a porta, dá as batidas ao qual a Loja foi revertida e retoma
ao seu lugar.
• GE responde com as mesmas batidas.
• Entrementes o PMI ajusta o E. e o C. para a posição do Grau ao qual a
Loja foi revertida.

235
Ritual Emulação

NOTAS DO AUTOR

ATENÇÃO

1. Não é possível abrir o Loio no 1° Grau com um golpe de molhete, mos


depois de aberto rituolisticomente, é possível revertê-lo ao 3° Grau
diretomente.
2 . Se o Loia foi revertido ao 3° Grau, o volta ao 1° Grau não pode ser por
golpe de molhete. Elo deve ser encerrado, normalmente, via 2° Grau.
3. Depois de aberto, normalmente, no 1° Grau, elo pode ser revertido ao
2° Grau por golpe de malhete, mos o encerramento deve ser normal.
4. Se o Loia for aberta normalmente até o 3° Grau elo pode ser revertido
diretamente ao 2° Grau ou 1° Grau, mos o Loio não pode ser encerrado
por golpe de molhete.
5. Quando o Loia for Aberto ou Revertido ao 2° ou 3° Grau e houver um
Candidato no ante-solo esperando admissão poro o Grau superior, o
Mestre da Loio e os Vigilantes dão os batidos em surdina. Neste coso o
Guardo Interno não comunico os batidos ao Guardião Externo. Ele não
sai do seu lugar e dó os batidos no seu punho. A razão poro esta batido
em surdina é poro que o Candidato não ouço os batidos do Grau ao
qual ele vai ser admitido. Esta prático tem o desvantagem de deixar o
Guardião num grau de incerteza quanto à abertura ou reversão do Loio
o que lhe exigirá uma atenção redobrado.

As orientações descritas a seguir, são ilustrativas, ou seja: não são partes


integrantes do Ritual Emulação uma vez que não constam do original inglês.
O Autor achou por bem inserir esta porte para orientar o leitor e os Lojas
que adotoram ou pretendem adotar o Ritual Emulação.

RECOMENDAÇÕES
• A preparação do Cand. é de grande importância, ficando geralmente a
cargo do GE. Se este não for bastante experiente, um PM deve ser
designado para cuidar do assunto.
• O Cand. deve ser instruído a tirar o seu paletó e o colete se o usar; arregaçar
a manga direita da camisa até a altura do ombro; abrir a camisa de forma
a expor o pt. e.; arregaçar a perna e. da calça expondo o j.; substituir os.
direito por um eh.

236
Primeiro Grau

• O Cand. deve ser instruído, ainda, que não pode portar consigo dinheiro,
jóias, objetos metálicos ou valiosos.
• O Cand. deve ser informado que será vendado antes de entrar na Loja. A
venda deve ser ajustada de modo que ele não possa perceber coisa alguma.
O nó de fixação deve ser de laçada simples para facilidade de remoção. A
extremidade da corda com nó corrediço deve cair livremente pelas costas
do Cand ..
• A conversação entre o GE e o Gl e as respostas do Cand. devem ser
audíveis no interior da Loja.
• Os deveres do 1ºD nesta cerimônia são poucos. Ele coloca e retira o b. de
aj., auxilia o 22 D na recepção e condução do Cand. para dentro da Loja,
acompanha o 2ºD durante a prece e juramento e leva o pi. para o ML.
• Os deveres do 22 D nesta cerimônia estão entre os mais importantes em
todo o Ritual. Ele deve orientar o Cand. o tempo todo e ter em mente que
até a restauração da Lz. o Cand. está impedido de ver.
• O 2ºD conduzirá o Cand. colocando-se à sua direita, a seguir entrelaçará
os dedos da sua mão esquerda com os da mão direita do Cand. e então
colocarão os antebraços na posição horizontal de modo que o braço do
22 D fique atrás do braço do Cand. Se a altura entre os dois for muito
diferente, 2ºD pode segurar no pulso do Cand. e neste caso o braço do
Cand. encosta-se levemente no ombro do 2ºD. Dessa maneira o controle
sobre o Cand. é quase completo.
• O 2ºD, até a restauração da Lz., não deve largar a mão do Cand., exceto
para colocá-la na mão de outro Oficial durante a Cerimônia, recebendo-a
sempre cuidadosamente de volta. Não deve segurar a mão do Cand.
durante a prece, nem durante o juramento. Entretanto, deve ter em mente
que alguns Cands. podem perder o equilíbrio ao serem vendados e neste
caso eles deverão ser seguros, excepcionalmente.
• O 2ºD deve ensaiar os passos que ele deve ensinar ao Cand. para se
dirigir ao Oriente. Algumas Lojas fazem uma marcação no chão. Quando
eles forem bem executados, o Cand. chega ao b. de aj. sem precisar dar
passo adicional. A restauração da Lz. requer prévio entendimento entre o
ML e o 2ºD. O laço da venda deve ser primeiramente solto e a venda
conservada em sua posição até o movimento final do malhete do ML.
• A movimentação dos Diáconos nas perambulações são perfeitamente
explicadas no ritual.
• A Loja só é "esquadrada" durante trabalhos cerimoniais. Nenhum outro
movimento é "esquadrado".
• "Esquadramento" é entendido evitar-se andar em diagonal quando os cantos
da Loja são alcançados. Assim , atingindo-se um canto da Loja numa

237
Ritual Emulação

perambulação, faz-se uma parada, dá-se um quarto de volta para a direita


e continua-se a perambulação até o próximo canto. Ter sempre em mente
que todo início ou reinicio de perambulação sempre se faz com o pé
esquerdo.
• O 1ºV deve cuidar em ter um avental de Apr. ao seu alcance no seu Pedestal
antes do início da Cerimônia.
• Quando o Cand. for levado para o Nordeste- NE da Loja, a sua posição é
próxima ao canto NE e não no canto. O 2 2 0 que está ao seu lado deve
receber a Sacola de Benevolência por trás do Cand., sem se preocupar
em procurá-la porque o Cand. não pode ficar sozinho.
• Durante a apresentação dos instrumentos de trabalho por parte do ML,
eles devem ser colocados à sua frente sobre a mesa e ordenados da
esquerda para a direita. O ML não deve tocá-los, simplesmente apontá-los
ao fazer referência aos mesmos. A apresentação da Constituição e do
Regimento Interno (se houver), nunca deve ser omitida.
• Enquanto o Neófito se prepara para seu retorno à Loja, o GE deve instruí-
lo como dar o P e o Sn, como também lembrá-lo de colocar o Avental.

Aqui terminam as Orientações Gerais Ilustrativas que não são partes


integrantes do Ritual Emulação do original inglês.

238
CERIMÔNIA DE INICIAÇÃO

• Antes de iniciar a cerimônia de Iniciação é conveniente deixar disponível


um banco de ajoelhar próximo ao 19 V e um outro junto e na frente do
Pedestal do ML.
• GE prepara o Cand. e quando este estiver preparado dá t. batidas com
espaços maiores entre elas. Isto indicará que o Cand. está à espera.
• G/ levanta-se e em frente da sua cadeira dá o P e o Sn do 1º Grau e diz:

Gl -Irmão 2ºV, batem à porta. (Mantém o Sn).

• 2i'V, sentado, dá t. batidas lentas e espaçadas, então se levanta dá o P e o


Sn deApr.

22V - Mestre, batem à porta. (Conserva o Sn).


ML - Irmão 2ºV, perguntai quem deseja entrar.
22v - (baixa o Sn e senta-se) - Irmão Gl, verificai quem deseja entrar.
• G/ baixa o Sn dirige-se até a porta e entreabre-a. Ainda segurando a
maçaneta da porta verifica se o Cand. está preparado. (O diálogo que se
manterá com o GE deve ser alto suficiente para ser ouvido em toda a
Loja).

Gl - Quem está aí convosco?


GE - O Sr. F.... , um pobre Cand. em trevas que foi honrosamente
recomendado, regularmente proposto e aprovado em Loja aberta e
agora se apresenta por sua livre e espontânea vontade,
convenientemente preparado, solicitando humildemente ser admitido
aos mistérios e privilégios da Franco-Maçonaria.
Gl - Como espera ele obter esses privilégios?
Cand - (ensinado pelo GE) -Com o auxílio de Deus, por ser livre e gozar de
boa reputação.
Gl -Esperai, enquanto faço a comunicação ao ML.

• Gl fecha a porta, volta ao seu posto e fica em frente da sua cadeira voltado
para o Oriente.
Gl (com P e Sn) - Mestre, é o Sr. F. ... , um pobre Cand. em trevas que foi
honrosamente recomendado, regularmente proposto e aprovado em
Loja aberta e agora se apresenta por sua livre e espontânea vontade,
convenientemente preparado, solicitando humildemente ser admitido
aos mistérios e privilégios da Franco-Maçonaria. (Mantém o Sn).

239
Ritual Emulação

ML - Como espera ele obter esses privilégios?


Gl - Com o auxílio de Deus, por ser livre e gozar de boa reputação.
ML - Já ouvimos em seu favor as notícias de boa reputação. Podeis
assegurar, Irmão Gl, estar ele convenientemente preparado?
Gl - Sim Mestre, posso.
ML - Então, que ele seja admitido na devida forma.

• Gl baixa o Sn

ML - Irmãos Diáconos.

• Diáconos levantam-se.
• 19Dco/oca o b. de aj. à esq. do 1"V e dirige-se até a porta para ficar ao lado
esquerdo do Cand.
• 2 9D dirige-se até a porta para ficar ao lado direito do Cand.
• Gl toma o pi. e dirige-se para a porta seguido pelos Diáconos. Entreabre a
porta, como antes, e encosta o p/. no pt. e. nu do Cand.
Gl - Sentis alguma coisa? (Após uma resposta afirmativa pelo Cand.,
levanta o pi. acima da sua própria cabeça para mostrar que ele o
apontou).

• 2 9D com suam. e. segura firmemente a m. d. do Cand. (o 1"0 fica à esq.)


e leva-o para o b. de aj. Todos os três olhando para o Oriente.
• Gl assim que o Cand. entrar fecha a porta e coloca o pi. sobre o Pedestal
do 1"V e volta ao seu assento.

ML (ao Cand. pelo nome) -Sr. F....,como nenhum homem pode tornar-se
Maçom sem ser livre e de maior idade, pergunto-vos: Sois livres e já
completastes vinte e um anos de idade?
Cand (ensinado pelo 2"0 e em voz alta) - Sim.
ML -Assim sendo, peço-vos que ajoelheis enquanto invocamos as bênçãos
do Céu para os nossos trabalhos.

• 2 9D num sussurro informa ao Cand. para ajoelhar-se e o ajuda e então


soltam as mãos.

ML ( ! ) 12 V (!) 22 V (!)

• Diáconos seguram as varas de ofício com a mão esquerda e cruzam-nas


acima da cabeça do Cand. e com a mão direita fazem o Sn de R.

240
Primeiro Grau

• Todos levantam-se e fazem o Sn de R. O Cand. não faz este Sn.

Mlou
Cap. -Pai Todo Poderoso e Mestre Supremo do Universo, conceda Vosso
auxílio, aos nossos trabalhos e permiti que este Candidato à Franco-
Maçonaria possa dedicar sua vida a Vosso serviço, assim como se
tornar um verdadeiro e leal Irmão entre nós. Dotai-o com uma centelha
de Vossa Divina Sabedoria para que possa, com ajuda dos ss. de
nossa Arte Maçônica, melhor compreender as belezas da verdadeira
piedade, para honra e glória de Vosso Santo Nome.
Todos - Que assim seja.

• Todos baixam o Sn de R.
• Diáconos descruzam as varas e voltam a segurá-/as com a m. d ..

ML - Em todos os casos de dificuldades e perigos, em quem depositais


vossa confiança?
Cand (ensinado pelo 2 90 e em voz alta) - Em Deus.
ML - Estou muito satisfeito por constatar em vós uma fé tão sólida;
confiando em tão seguro apoio, podeis levantar-vos sem receio e seguir
vosso guia com firmeza e não obstante humilde confiança, porque
nenhum perigo pode haver onde é invocado o nome de Deus.

• ML senta-se.
• 2º0 ajuda o Cand. a levantar-se, segurando sua m. d. como antes.
• Todos se sentam, exceto os Diáconos e o Cand..
• 1º0 afasta o b. de aj. para um lado à sua esquerda de modo a não atrapalhar
a passagem do 2 90 e Cand..

ML ( ! ) 12V ( ! ) 22V ( ! )
ML -Irmãos do Norte, Oriente, Sul e Ocidente, prestai atenção ao Sr. F. ... ,
que passará diante de vós, a fim de mostrar que é um Cand.
convenientemente preparado e pessoa digna e apta para ser feito
Maçom.

• 2º0 segurando firmemente o Cand. como antes, em voz baixa, orienta-o a


andar saindo com o pé esquerdo, começando assim a perambulação. A
primeira parte é feita pelo lado N até o canto NE. Neste lugar se faz o
"esquadramento" e a seguir se faz a caminhada pela frente do ML até o
canto SE onde se "esquadra" novamente. Então segue para o lado direito
do Pedestal do 2 9 V onde param bem próximo a ele.

241
Ritual Emulação

• 19D, entrementes, apanha o p/. que está no Pedestal do tflVe leva-o para
o ML tão logo o Cand. tenha passado pelo canto NE e então segue
diretamente para seu assento.
• 2 9D estando parado bem próximo do 2QV e ainda segurando a m. d. do
Cand. golpeia com a mesma t. v. o ombro direito do 2QV.

22 V (sentado) - Quem está convosco?


22 0 - O Sr. F.... , um pobre Cand. em trevas que foi honrosamente
recomendado, regularmente proposto e aprovado em Loja aberta, que
agora se apresenta por sua livre e espontânea vontade,
convenientemente preparado, solicitando humildemente, ser admitido
aos mistérios e privilégios da Franco-Maçonaria.
22 V - Como espera ele obter esses privilégios?
22 0 - Com auxílio de Deus, por ser livre e gozar de boa reputação.

• 2 9 V levanta-se e volta-se para o Cand.


• 2 9D coloca a m. d. do Cand. na do 2º\1.

22 V - Entrai, livre e de boa reputação.

• 2 9 V recoloca a m. d. do Cand. na m. e. do 2QD e senta-se.


• 2 9D segurando firmemente a m. d. do Cand. leva-o até o canto Sudoeste -
SO da Loja que será "esquadrado" e depois segue para o lado Sul do
Pedestal do 1ºV, paralelo a ele e a uma distância conveniente. Ainda
segurando a m. d. do Cand., bate com ela o ombro direito do 1ºV por t. v.

12v (sentado} - Quem está convosco?


22 0 - O Sr. F.... , um pobre Cand. em trevas que foi honrosamente
recomendado, regularmente proposto e aprovado em Loja aberta, que
agora se apresenta por sua livre e espontânea vontade,
convenientemente preparado, solicitando humildemente, ser admitido
aos mistérios e privilégios da Franco-Maçonaria.
12 V -Como espera ele obter esses privilégios?
22 0 - Com auxílio de Deus, por ser livre e gozar de boa reputação.

• 1flV levanta-se e volta-se para o Cand.


• 2flD coloca a m. d. do Cand. na do 1ºV.

12 V - Entrai, livre e de boa reputação.

• 19 V recoloca a m. d. do Cand. na da esq. do 2º0 e permanece em pé.

242
Primeiro Grau

• 2!!0 segurando firmemente a m. d. do Cand. leva-o para o lado N do Pedestal


do 1-ºV, fazendo uma volta no sentido anti-horário, então coloca a m. d. do
Cand. na m. e. do 1ºV e depois faz com que o Cand. se volte para o Oriente
Então ele mesmo se coloca ao lado esquerdo do Cand. e volta-se também
para o Oriente.
• fl?V levanta a m. d. do Cand., dá o P e o Sn de Apr.

12V -Mestre, apresento-vos o Sr. F. ... , Cand. convenientemente preparado


para ser feito Maçam. (conserva o Sn e a m. d. do Cand.).
ML - Irmão 1ºV, vossa apresentação será atendida e para isso vou dirigir
algumas perguntas ao Cand., que, espero, responderá com
sinceridade.

• 1-ºV baixa o Sn, recoloca a m. d. do Cand. na do 2º0 e então senta-se.


• 2 90 toma a m. d. do Cand. e coloca-se a direita dele e continua a segurá-
la firmemente. Ambos olhando para o Oriente.

ML (ao Cand.) - Declarais solenemente sob vossa honra que, vos


oferecendo para participardes de nossos mistérios, não fostes movido
por solicitação imprópria de amigos, contra vossa própria inclinação e
que não fostes influenciado por motivos mercenários ou outros menos
dignos; e que é de vossa livre e espontânea vontade que vos
apresentais como Cand. aos mistérios e privilégios da Franco-
Maçonaria?
Cand (ensinado pelo 2º0 em voz alta) -Assim o declaro.
ML -Garantis ainda, sob vossa honra, que buscais estes privilégios levados
por uma opinião favorável preconcebida de nossa instituição, por um
desejo profundo de vos instruirdes, e por vontade sincera de prestardes
maiores serviços aos vossos semelhantes?
Cand (ensinado pelo 2º0 em voz alta) -Assim o garanto.
ML - Ainda mais, prometeis solenemente, pela vossa honra, que, sem
temor ou imprudência, perseverareis nas provas de vossa iniciação e,
uma vez admitido, trabalhareis e sustentareis os antigos usos e
costumes estabelecidos de nossa Ordem?
Cand (ensinado pelo 2º0 em voz alta) - Assim o prometo.
ML - Irmão 1ºV, ordenai ao 22 0 que ensine o Cand. a se dirigir para o
Pedestal pela devida forma.
- Irmão 2°0, é ordem do ML que ensineis o Cand. a se dirigir para o
Pedestal pela devida forma.

• 2!!0 instrui o Cand. a sair com o pé esquerdo e leva-o diagonalmente para

243
Ritual Emulação

uma posição em frente do ML, a uma distância aproximada de 1,0 m do


Pedestal. Ainda segurando a sua mão dá instruções em voz baixa para
que ele junte os pés, então girar seu pé direito de modo a formar um E.
(isto é, o pé esquerdo apontado para o Oriente e o direito para o Sul. As
instruções devem ser claras não devendo ser usada a vara para tocar os
pés do Cand.).

2º0 (Em voz alta) - Daí um p. c. com o vosso p. e. juntando os cs. na forma
de um E .. Um outro mais extenso, juntando os cs. como antes. Ainda
outro mais extenso, juntando os cs. como antes.

• O Cand. deve chegar ao Pedestal para aj. .. -se sem precisar dar outro
passo, certificando-se que o pé esquerdo apontando para o Oriente e o
direito para o Sul..
• 1ºD Levanta-se assim que o Cand. iniciar os t. passos e posta-se à esquerda
dele junto ao Pedestal. Os três ficam voltados para o ML..

ML - É meu dever informar-vos que a Maçonaria é livre e exige de todo


Cand. à participação de seus mistérios, uma inclinação inteiramente
livre; ela baseia-se nos mais puros princípios de devoção e virtude,
possuindo grandes e inestimáveis privilégios, e, para assegurar esses
privilégios a homens dignos, e somente a eles, exige um juramento de
fidelidade; asseguro-vos, porém, que neste juramento nada há de
incompatível com vossos deveres civis, morais ou religiosos; estais,
portanto, resolvido a prestar um s. j., baseado nos princípios que acabo
de expor, para guardar inviolados os ss. e mistérios da Ordem?
Cand - Estou.

• Se o Cand. não responder voluntariamente, o 2ºD deverá dizer-lhe em voz


baixa "Respondei". Supõe-se que o Cand. não dê a resposta por sua livre
e espontânea vontade e ele tem a liberdade de recusar; caso o faça, a
cerimônia não poderá continuar. Neste caso o Cand. será retirado da Loja.

ML - Aj. em vosso j. e., vosso p. d. disposto em E. (o Cand. faz) ; daí-me


vossa m. d. (o 2ºD entrega-a) que a colocarei sobre o VLS (feito)
enquanto a vossa m. e. se ocupará em sustentar este C., uma p.
apontando para vosso p. e. nu (o 1ºD levanta a mão esquerda do
Cand.).
• ML Abre o C. em ângulo reta e coloca-o na m. e. do Cand. de tal modo que
uma perna fique na horizontal tocando seu pt. e. e a outra perna fique na
vertical apontando para cima.

244
Primeiro Grau

ML ( ! ) 12 V (! ) 22 V (!)

• Todos Levantam-se, dão o P e fazem o Sn de Apr.


• Diáconos Transferem as varas de ofício para a mão esquerda, cruzam-
nas acima da cabeça do Cand., dão o P e fazem o Sn de Apr..

ML - Dizei vosso nome por completo e repeti depois de mim:


Eu, (Cand. diz seu nome completo) , na presença do Grande Arquiteto do
Universo e diante desta digna, venerável e regularizada Loja de Maçons Livres
e Aceitos, regularmente reunida e devidamente dedicada, de minha livre e
espontânea vontade, juro e prometo solene e sinceramente, por (com suam.
e. toca a m. d. do Cand) eosobre (com suam. e. toca o VLS) este Livro, que
sempre vou guardar, ocultar e nunca revelar qualquer parte ou partes, ponto
ou pontos dos ss. ou mistérios de ou pertencentes aos Maçons Livres e Aceitos
na Maçonaria que tenham sido até agora por mim conhecidos, sejam agora
ou no futuro a mim confiados, a menos que seja a um verdadeiro e leal Irmão
ou Irmãos, e nem mesmo para ele ou eles, senão depois da devida prova,
exame rigoroso e segura informação de um Irmão bem conhecido de que ele
ou eles são merecedores de tal confiança; ou no contexto de uma Loja de
Antigos Franco-Maçons justa, perfeita e regular. Ainda mais, prometo
solenemente, não escrever, compor, esculpir, traçar, imprimir ou de qualquer
outro modo descrever esses ss., ou provocar ou permitir que tal seja feito por
outros, se em meu poder estiver impedi-lo, sobre qualquer coisa móvel ou
imóvel sob a abóbada celeste, onde qualquer letra, símbolo, ou figura, ou o
menor traço de letra, símbolo, ou figura, possa tornar-se legível ou
compreensível para mim ou a qualquer outra pessoa no mundo, de modo que
nossas artes secretas e mistérios ocultos possam ser impropriamente
conhecidos por minha indignidade. Estes diversos pontos eu juro solenemente
observar, sem evasivas, subterfúgios ou restrição mental de qualquer natureza,
na certeza que na violação de qualquer deles serei marcado como indivíduo
intencionalmente perjuro, sem nenhum valor moral, totalmente indigno de ser
recebido nesta venerável Loja, ou em qualquer outra Loja regularizada, ou
sociedade de homens que considerem a honra e a virtude acima das vantagens
exteriores da posição social ou fortuna. Assim me ajude Deus conservando-
me firme neste meu Grande e Solene Juramento de Aprendiz Franco-Maçam.

• Todos baixam o Sn ..
• Diáconos descruzam as varas e as transferem para a mão direita.
• ML retira o C. da mão do Cand..
• 19D abaixa a m. e. do Cand. para o lado. A m. d. do Cand. permanece
sobre o VLS ..

245
Ritual Emulação

ML - O que acabais de repetir poderá ser considerado tão somente como


uma solene promessa; como penhor de vossa fidelidade e para torná-
la num S. J ., vós o selareis com vossos lbs. sobre o VLS. (O Cand.
assim faz).

• 2!!0 se for necessário, instrui o Cand. em voz baixa.

ML - Tendo permanecido por tão considerável tempo nas trevas, qual é,


em vossa situação atual, o desejo predominante em vosso coração?
Cand (ensinado pelo 2º0 em voz alta) - Lz ..
ML -Irmão 2º0, fazei com que essa mercê seja restituída ao Cand.

• 2!!0 deve combinar tacitamente com o ML de que ele está pronto.


• ML levanta o malhete acima da sua cabeça depois movimenta-o para a
esquerda, a seguir para a direita e então baixa-o para dar uma batida.
• 2!!0 no momento da batida remove a venda.
• Todos no momento da batida dão uma batida com as mãos.
• 2!!0 gentilmente faz com que o Cand. fique olhando para o VLS.
• ML dá uma pequena pausa para que o Cand. se acostume com a Lz.

ML - Tendo-vos sido devolvida a Lz. material, deixai-me chamar vossa


atenção para o que consideramos as Três Grandes, não obstante,
emblemáticas Lzs. na Franco-Maçonaria. Elas são, o VLS, o E. e o
C .. O VLS., serve para governar nossa fé. O E. para regular nossa
ações e o C. para nos manter dentro dos limites para com toda a
humanidade e em particular para com nossos Irmãos na Franco-
Maçonaria.

• ML toma a m. d. do Cand. que está sobre o VLS com a sua m. d..

ML - Levantai-vos, recém-juramentado lrr;não entre Maçons.

• ML restabelece a m. d. do Cand. na m. e. do 2º0. e senta-se.


• 1fiO retoma diretamente para o seu assento.
• Todos sentam-se, exceto o 2º0 e o Cand..
• 2fl0 toma o Cand. pela m. d., fazem um giro anti-horário e seguem para o
lado Norte do Pedestal do ML, ficando ambos paralelos a ele e a uma
distância de dois pés (aprox. 60 cm), olhando para o Sul, então soltam as
mãos.

ML - Estais agora habilitado a conhecer as três Lzs. menores; elas estão

246
Primeiro Grau

situadas no Oriente, Sul e Ocidente, tendo por fim representar o Sol,


a Lua e o Mestre da Loja. O Sol para dirigir o dia, a Lua para governar
a noite e o Mestre para administrar e dirigir sua Loja.
ML - Irmão F. ... , pelo vosso comportamento submisso e humilde nesta
sessão , simbolicamente escapastes de dois grandes perigos;
tradicionalmente, porém, há um terceiro, que vos acompanhará até o
último momento de vossa existência. Os perigos aos quais escapastes,
foram, o de ap. e o de enf., pois quando entrastes na Loja, este pi.
(apanha-o sobre o Pedestal, desembainha-o e mostra ao Cand.
provando fazer o ato de acordo com as palavras) foi encostado em
vosso p. e. nu, de tal maneira que, caso vos tivésseis temerariamente
precipitado para a frente, teríeis sido causador de vossa própria m.
por apl. , pois o Irmão que o sustentava não recuaria, cumprindo o seu
dever (embainha o pi. e recoloca-o no Pedestal).

• 2!!0 retira a c. do pescoço do Cand. e entrega-a ao ML.

ML (Mostra a c. ao Cand.) - Havia também esta corda com um nó c. em


vosso pescoço, o que tornaria fatal para vós, qualquer movimento de
retirada. (o ML entrega a corda ao PMI). Porém, o perigo que
tradicionalmente vos acompanhará até os últimos momentos será a
penalidade física outrora mencionada no J. de um Maçam, que era a
de ter a g. c . de I. a 1. , caso indevidamente revelardes os ss. da
Maçonaria.
A penalidade completa era a de ter a g. c. de 1• a 1· , a 1• a. pela r. e
enterrada nas as. da p. na m. da m. b., ou à distância de um c. para o m.
onde a m. faz 1· e r. em v. e q. h. ao d . •
A inclusão desta penalidade é desnecessária porque o J . que prestastes
hoje comprometeu-vos pelo tempo que viverdes.
Tendo prestado o Gr. e Sol. J. de Maçam, me é permitido informar-vos
que na Franco-Maçonaria existem diversos graus, com ss. peculiares
a cada um; estes, porém, não são comunicados indiscriminadamente,
sendo conferidos aos Candidatos consoante o mérito e aptidão de
cada um. Vou, portanto, transmitir-vos os ss. deste grau, ou seja, os
Sns. segundo os quais nos conhecemos uns aos outros e nos
distinguimos do resto do mundo. Devo inicialmente advertir-vos que
todos Esquadros Níveis e Perpendiculares são Sns. próprios e
verdadeiros, para por meio deles reconhecer-se um Maçom.
Peço-vos, pois, que fiqueis perfeitamente ereto, (feito) vossos pés
formando um E. (o Cand. faz. O 2fiD orienta se for necessário) . Vossa

247
Ritual Emulação

postura representa assim um emblema do vosso espírito e vossos


pés a retidão de vossas ações.
Daí agora um p. curto em minha direção com vosso p. e., colocando o
cale. do p. d. na cone. do p. e. (feito).
- Este é o primeiro p. r. na Franco-Maçonaria e é nessa posição que
os ss. do grau são comunicados. Consistem eles em Sns. , Ts. e Ps.
(levanta-se, volta-se para o Cand. e dá o P).
- Colocai vossa m. d. n. p. com o p. a. na f. de um E. no I. e. da g.
(mostra e assegura que o Cand. imite). O Sn é dado m. a m. v. pela g.
e b. para o I. (mostra e assegura que o Cand. imite).
- Isto alude a penalidade simbólica do grau, significando que, como
homem honrado, um Maçom, preferiria ter sua g. c. de I. a 1., (faz o Sn
Pe. e certifica-se que o Cand. imite) a indevidamente revelar os ss.
que lhe foram confiados.
-O T. ou S. (toma a m. d. do Cand. e ajusta o T. colocando o pol. dele
na posição antes de colocar o seu próprio) é dado por uma p. s. do p.
sobre a p. j. da m . .
- Isto serve, quando regularmente dado e recebido, para distinguir um
Irmão tanto à noite como de dia. Este t. ou s. exige uma p. que é
altamente prezada entre Maçons, como garantia aos seus privilégios.
Ao comunicá-la pois, não pode deixar de ser observada a máxima
cautela; ela nunca deve ser dada por extenso; e sim por letras ou sílabas.
- Para habilitar-vos com isto devo dizer-vos primeiramente que a
palavra é: B...

• 2 510 repete a palavra em voz alta e assegura que o Cand. a repita também
em voz alta após ele.
ML soletra a palavra.
• 2fl0 soletra a palavra em voz alta e assegura que o Cand. repita as letras
em voz alta após ele.
• ML ainda com o toque.

ML - Como no curso da cerimônia esta p. ser-vos-á pedida, o 22 D vos


ensinará agora como deveis responder.
-Que é isto?
Cand. (ensinado pelo 2º0 em voz alta) - T. ou Sn de um Apr. Franco-Maçom.
ML -Que exige ele?
Cand (ensinado pelo 2º0 em voz alta) - Uma p ..
ML - Daí-me essa p ..

• 2 510 orienta o Cand. num cochicho a não responder por sí.

248
Primeiro Grau

Cand (ensinado pelo 2º0 em voz alta e por frases) - Na minha iniciação
ensinaram-me a ser cauteloso, eu a soletrarei ou dividirei convosco.
ML - Como quiserdes, começai.

• Nesta fase a p. deve ser soletrada, então:


• Cand. ensinado pelo 2º0 diz a 1! sílaba.
• ML diz a 2! sílaba.
• Cand. ensinado pelo 2º0 diz a p. completa.

ML (ainda com o T.) - Esta p. deriva da col. e. do p. ou e. do Templo do Rei


Salomão, assim chamada em recordação de 8 · o bisavô de 0 ., um P.
e Reg. em 1.. O significado desta palavra é "em s.".
-Passai 8 ·.

• ML coloca a m. d. do Cand. na m. e. do 2º0 e então senta-se.


• 2º0 segurando a m. d. do Cand., fazem um giro no sentido do relógio,
deixam o Pedestal saindo com o pé esquerdo, passam em frente do ML
até o canto SE onde fazem uma parada para "esquadramento" voltando-
se para o Ocidente. Saem novamente com o pé esquerdo até o lado direito
do Pedestal do 2ºV, paralelo a ele. Ficam a uma distância conveniente.
Soltam as mãos.
• 2º0 apoia a base da vara no chão e o topo encostado no ombro direito, faz
o P e Sn deApr..

22 0 -Irmão 22 V, apresento-vos o Irmão F.... ,em sua Iniciação.

• 2º0 baixa o Sn e segura novamente a vara com a m. d..

22 V -Rogo ao Irmão F. ... ,que se aproxime como Maçam.

• Cand. instruído em voz baixa pelo 2º0, dá o P e faz o Sn do 1º Grau e


baixa-o.
• 2º0 certifica-se que o Cand. faça corretamente.

22 V -Tendes alguma coisa para comunicar?


Cand (ensinado pelo 2º0 e em voz alta) - Tenho.

• 21>V levanta-se, volta-se para o Cand., faz o P e oferece a sua m. d..


• 2110 coloca a m. d. do Cand. na do 2ºV e com sua m. e. ajusta o pol. do
Cand. na mão do 2ºV.

249
Ritual Emulação

• 2ºV dá o T. depois que o 2º0 tenha ajustado a mão do Cand.. Mantém o T.


durante todo o diálogo.

22 V - O que é isto?
Cand (ensinado pelo 2º0 e em voz alta) - O T. ou S. de um Aprendiz Franco-
Maçam.
22 V - Que exige ele?
Cand (ensinado pelo 2º0 e em voz alta) - Uma p ..
22 V - Daí-me essa palavra.

• 2º0 instui ao Cand. para não responder por sí.

Cand (ensinado pelo 2º0 e em voz alta) - Na minha iniciação ensinaram-me


a ser cauteloso; eu a s. ou d. convosco.
22 V - Como quiserdes, começai.

• Nesta ocasião a palavra primeiramente é soletrada e depois silabada.


• Cand. ensinado pelo 2º0 diz a 1e letra.
• 2ºV diz a 2e letra.
• Cand. ensinado pelo 2º0 diz alto a 3e letra.
• 2ºV diz a 4e letra.
• Cand. ensinado pelo 2º0 diz alto a 1e sílaba.
• 2ºV diz a 2!! sílaba.
• Cand. ensinado pelo 2º0 diz alto a palavra por extenso.

22 V - Passai 8· (recoloca a m. d. do Cand. na m. e. do 2º0 e senta-se.

• 2º0 leva o Cand. até o canto Sudoeste da Loja, "esquadrando-o" e segue


para o lado Sul do Pedestal do 1.1?\f. Tanto o Cand. como o 2º0 ficam de
frente para o Norte e paralelos ao Pedestal a uma distância conveniente.
Soltam as mãos.
• 2º0 apoia a base da vara no chão e o topo encostado no seu obro direito,
faz o P e dá o Sn de Apr..

22 0 -Irmão 1ºV, apresento-vos o Irmão F. ...,em sua iniciação.

• 2º0 baixa Sn e segura a vara novamente com a m. d ..

12 V -Rogo ao Irmão F... .,que se aproxime como Maçam.

• Cand. ensinado pelo 2º0 em voz baixa, dá somente o P.

12 V -O que é isso?

250
Primeiro Grau

Cand (ensinado pelo 2Sl0 e em voz alta) - O primeiro p . r. na Franco-


Maçonaria.
12 V - Trazeis mais alguma coisa?
Cand. (ensinado pelo 2Sl0 e em voz alta) - Trago.

• Cand. ensinado pelo 2Sl0 faz o Sn do 1ºGrau e baixa-o.

12 V - O que é isso?
Cand (ensinado pelo 2º0 e em voz alta) - O Sn de um Apr. Franco-Maçam.
12 V - A que alude ele?
Cand (ensinado pelo 2Sl0 e em voz alta) - À tradicional penalidade simbólica
do grau, a qual significava que, como homem honrado, um Maçam
preferia ter sua g. c. de I. a I. (enquanto diz estas palavras o 2Sl0
ensina-o a fazer o Sn) a indevidamente revelar os ss. a ele confiados.
12 V - Tendes alguma coisa a comunicar?
Cand (ensinado pelo 2Sl0 e em voz alta) - Tenho.

• 1ºV evanta-se, volta-se para o Cand., dá o P e oferece suam. d. ao Cand..


• 2ºD coloca a m. d. do Cand. na do 1SlV e com a m. e. ajusta o dedo do
Cand. na mão do tSJV.
• 1ºV dá o T. depois que o 2fl0 tiver ajustado a mão do Cand. e mantém o T.
durante todo o diálogo.

- O que é isto?
(ensinado pelo 2QO e em voz alta) - O T. ou S. de um Apr. Franco-
Maçam .
12V - Que exige ele?
Cand (ensinado pelo 2º0 e em voz alta) - Uma p ..
12 V - Daí-me essa palavra.
Cand (ensinado pelo 2fl0 e em voz alta) - Na minha iniciação ensinaram-me
a ser cauteloso, eu a s . ou d . convosco.
- Como quiserdes, começai.

• Nesta ocasião a P é dividida.


• Cand. ensinado pelo 2QD diz em voz alta a 1! sílaba.
• 1ºV diz a 2! sílaba.
• Cand. ensinado pelo 2Sl0 diz a palavra por inteiro.

12V -De onde deriva essa p.?


Cand (ensinado pelo 2fl0 e em voz alta) - Da col. e. do p. ou e. do Templo do

251
Ritual Emulação

8
Rei Salomão, assim chamada em recordação de ·, o bisavô de D.,
um P. e R. em 1..
- Qual o significado desta p.?
(ensinado pelo 2º0 e em voz alta) - É "em s.".
-Passai 8 .

• 19 V recoloca a m. d. do Cand. na do 2º0 e permanece em pé;


• 2 90 retomando a m. d. do Cand., passa em frente do Pedestal do 1{'\1:
Então faz um giro anti-horário colocando-se do lado esquerdo do 1liV. Coloca
então a m. d. do Cand. na da esquerda do t-liV. Faz com que o Cand. se
volte para o Oriente e coloca-se então ao lado esquerdo do Cand., também
voltado para o Oriente.
• 1!1V dá o P, faz o Sn de Apr. e o mantém.

12 V - Mestre, apresento-vos o Irmão F. ... , na sua iniciação para receber


alguma prova de vossa estima.
ML -Irmão 12 V, delego-vos poderes para investi-lo com a insígnia distintiva
de Maçam.

• 19 V baixa o Sn, solta a m. do Cand. e faz com que ele se volte para sí.
Coloca o A venta/ de Aprendiz no Cand..
• 2!10 ajuda se for necessário.
• 1!1V segura o canto inferior direito do Avental com a sua m. e. e diz ao
Cand.:

12 V -Irmão F.... , por ordem do Mestre da Loja invisto-vos com a insígnia


distintiva de um Maçam. Ela é mais antiga que o Tosão de Ouro ou a
Águia Romana, mais honrosa que a Ordem da Jarreteira ou qualquer
outra Ordem existente, sendo o símbolo da inocência e o laço da
amizade. Exorto-vos, encarecidamente, a usá-la e considerá-la como
tal, e advirto-vos ainda, que, se nunca desonrardes esta insígnia, (bate
no Avental do Cand. com suam. d. e simultaneamente todos os Irmãos
batem nos seus) ela jamais vos desonrará.

• 19 V solta o Avental do Cand. e com suam. e. coloca a m. d. do Cand. na da


esquerda do 2º0 e senta-se.
• 2!10 recebe o Cand. pela m. d. e mantém-se à direita dele então ambos
voltam-se para o Oriente ainda no lado esquerdo do 1ºV. Soltam as mãos.

ML (ao Cand.) - Deixai-me acrescentar, às observações do 12 V, que nunca

252
Primeiro Grau

deveis revestir-vos desta insígnia ao visitardes uma Loja, onde se acha


um Irmão com o qual estais em desacordo, ou contra o qual tendes
animosidade . Nestes casos deveis convidá-lo a sair a fim de,
amigavelmente, resolverdes vossas pendências, o que, sendo
satisfatoriamente conseguido, podeis então colocar vossas insígnias,
entrar na Loja e trabalhar com aquele amor e harmonia que em todas as
ocasiões devem caracterizar o Franco-Maçom. Se porém, infelizmente,
forem vossas contendas de tal natureza que não possam ser assim
facilmente resolvidas, será preferível que um ou ambos se retirem, do
que perturbardes com vossa presença a boa harmonia da Loja.
-Irmão 2ºD, colocai o nosso Irmão na parte NE da Loja.

• 29D conduz o Cand., pela m. d. via lado norte da Loja, até bem próximo do
canto NE. Ambos então voltam-se para o Sul e soltam as mãos.

22 0 (ao Cand.} - Colocai o p. e. no sentido transversal da Loja e o direito


no sentido longitudinal. Prestai atenção ao ML.

ML (ao Cand.} - É costume, na construção de todos os edifícios notáveis


e soberbos, assentar a primeira pedra dos alicerces no canto NE do
edifício.
Ao serdes admitido na Maçonaria, sois colocado na parte NE da Loja,
representando aquela pedra, e sobre o alicerce nesta sessão
assentado, possa o vosso esforço construir um edifício perfeito nas
suas particularidades e que honrem ao seu construtor. Vossa aparência
é a de um leal e perfeito Maçom e concito-vos , firmemente, a
continuardes a agir como tal. Com efeito, vou imediatamente por em
prova, de alguma forma, os vossos princípios, pedindo-vos que
exerçais aquela virtude que deve ser justamente considerada a
característica distintiva do coração de um Franco-Maçom: a Caridade.
É desnecessário tecer longas considerações sobre suas excelências;
indubitavelmente vos a tendes sentido e praticado muitas vezes.
Basta dizer ela tem a aprovação dos Céus e da Terra e, como sua
irmã, a Misericórdia, abençoa aquele que doa bem como aquele que
recebe.
Em uma associação tão universalmente espalhada como a Franco-
Maçonaria, que se estende pelos quatro cantos do globo, não se pode
negar que enquanto muitos de seus membros ocupam alta posição
social e vivem na opulência, outros há, que, por circunstâncias de
inevitável calamidade ou infortúnio estão reduzidos ao mais extremo

253
Ritual Emulação

grau de miséria e desgraça. Em favor destes, é costume nosso, acordar


os sentimentos de cada novo Irmão por um apelo à sua Caridade, na
medida de suas posses. Assim, depositai em mãos do Irmão 2º0 o
que estiverdes disposto a doar; será recebido com gratidão e fielmente
aplicado.

• 2 90 após ter recebido a Sacola de Benevolência sem que o Cand. veja,


segue para um ponto na frente do ML, e olhando para o Cand., estica o
braço que sustenta a sacola e faz o apelo.

22 0 - Tendes algo a dar para a causa da Caridade ?


Cand -

• 2 20 abaixa a sacola se o Cand. não responder rapidamente e então faz a


segunda pergunta.

22 0 - Fostes despojados de todos os objetos de valor antes de entrardes


na Loja?
Cand -
22 0 - Se não tivésseis sido assim despojado, daríeis espontaneamente?

Cand - ... (responde afirmativamente).

• 2 90 volta-se para o ML, dá o P, apóia a vara no ombro direito, faz o Sn de


Apr. e mantém.

22 0 - Mestre, o nosso novo Irmão afirma que antes de entrar na Loja foi
despojado de todos os objetos de valor, senão daria de boa vontade.

• 2 90 baixa o Sn e volta para o lado direito do Cand..

ML - Congratulo-me convosco pela manifestação de tão honrosos


sentimentos, apesar da impossibilidade em que vos achais, de no
momento exercitá-los. Acreditai que esta pergunta não foi feita para
zombar de vossos sentimentos; longe de nós tal intenção. Foi feita por
três motivos especiais - Primeiro, como já vos disse, para por em prova
vossos princípios; segundo, para demonstrar aos Irmãos que não
tínheis convosco dinheiro ou outros objetos de valor, pois, se tal
acontecesse, a Cerimônia de vossa Iniciação até o presente momento
deveria ser repetida; terceiro, como uma advertência ao vosso coração

254
Primeiro Grau

para que no futuro, se encontrardes algum Irmão em precária


circunstância, que venha a vos pedir auxílio, não devereis esquecer o
momento solene em que fostes recebido na Maçonaria, pobre e
desprovido de todo o dinheiro, e pressurosamente aproveitareis a
oportunidade de praticar a virtude que agora manifestais admirar.

• PMI coloca os instrumentos de trabalho à disposição sobre o Pedestal do


ML, se não tiver feito antes.
• 2º0 toma o Cand. pela m. d. e leva-o para defronte do Pedestal do ML e
tão próximo quanto possível e então soltam as mãos.

ML (sentado) - Apresento-vos agora os instrumentos de trabalho de um


Apr. Franco-Maçom. São eles: a R. de 24 pol., o Mç. comum, e o Ec. A
R. de 24 pol. serve para medir o nosso trabalho; o Mç. para desbastar
todas as saliências e arestas inúteis; e o Ec., para melhor ainda alisar
e preparar a pedra, tornando-a pronta para as mãos de um operário
mais destro. Mas, como não somos todos Maçons Operativos, porém,
mais especialmente, Livres e Aceitos ou Especulativos, aplicamos estes
instrumentos à nossa moral. Assim, a R. de 24 pol. representa as 24
horas do dia, das quais devemos aplicar parte em orações ao Todo
Poderoso, parte no trabalho e no descanso, e parte em servir um amigo
ou Irmão necessitado, sem prejuízo nosso ou de nossos familiares. O
Mç. representa a força da consciência, que deve dominar todos os
pensamentos vãos e inoportunos que possam ocorrer nos
mencionados períodos, de maneira que nossas palavras e ações
possam ascender impolutas ao Trono da Graça. O Ec. nos mostra as
vantagens da educação por cujos meios somente, nos tornamos
membros aptos de uma sociedade legalmente constituída.
Como no correr desta sessão a jóia de vossa Iniciação ser-vos-á
exigida, tendes o direito de saber quem nos autoriza a trabalhar. Esta
é a nossa Carta-Patente ou Breve Constitutivo, concedido pelo Grande
Oriente do Brasil (abre-a e mostra ao Cand.) que podeis examinar
hoje ou em qualquer outra ocasião. Este é o Livro das Constituições
do G.O.B. (entrega um exemplar ao Candidato) e este é o nosso
Regulamento Interno (entrega-lhe uma cópia). Recomendo-vos uma
leitura séria dos mesmos, pois, pelo primeiro sereis instruídos sobre
os vossos deveres, para com a Ordem em geral, e pelo último para
com esta Loja em particular. Estais agora em liberdade para retirar-
vos, a fim de retomar o vosso conforto pessoal, e quando voltardes à
Loja, chamarei a vossa atenção para uma preleção baseada nas
excelências da Instituição e na qualidade dos seus membros.

255
Ritual Emulação

• 290 toma a m. d. do Cand. para guiá-lo, fazem um giro anti-horário até


voltarem-se para o Ocidente e então seguem diretamente, sem "esquadrar''
para o lado Norte do 1ºV. Aqui eles dão um giro horário até voltarem-se
para o Oriente, param e soltam as mãos. Instrui o Cand., em voz baixa,
para que dê o P, faça o Sn e baixe-o. Certifica-se que o Cand. faça certo.

220 (ao Cand. em voz alta) - Saudai o ML como Maçom.

• 290 toma o Cand. pela m. d., fazem um giro anti-horárío e seguem para a
porta.
Gl segue na frente do 2º0 e abre a porta. Assim que o Cand. sair, fecha-a
e volta ao seu assento.
• 290 retoma seu assento assim que o Cand. sair.

**********
É permitida uma "Chamada para o Descanso"
***
Passado o tempo do recesso é feita a "Chamada para o Trabalho".
**********

• Entrementes o Cand. estará pronto e então:


GE dá batidas de Apr. na porta da Loja.
G/ levanta-se e defronte sua cadeira dá o P e faz o Sn de Apr..

Gl - Irmão 22 V, batem à porta. (Mantém o Sn)

• 29V sentado dá uma batida.


Gl baixa o Sn, vai até a porta, abre-a e olha para fora sem nada dizer.

GE - É o Cand. no seu retorno.

• G/ não dá resposta; fecha a porta, volta ao seu posto defronte a sua cadeira,
dá o P e faz o Sn de Apr. que conserva.

Gl - Mestre, é o Cand. em seu retorno.


ML -Admiti-o.

• G/ baixa o Sn. Espera pela chegada do 2º0 e vai até a porta.


• 2!!0 segue o Gl até a porta.
G/ abre a porta para admitir o candidato.

256
Primeiro Grau

• 2!!0 recebe o Cand. e o conduz pela m. d. para o lado Norte do Pedestal do


1!!V. Os dois olham para o Oriente Soltam as mãos.
• G/ depois que o 2º0 recebeu o Cand. volta ao seu posto e retoma o seu
assento.

22 0 (ao Cand.) - Saudai o ML como Maçom.

• 2!!0 instrui o Cand., se for necessário, mas assegura-se que o Cand. deu o
P, que fez o Sn e que o baixou.
• Ambos permanecem em pé no lado Norte do Pedestal do 1PV durante a
preleção.
• o ML permanece sentado. Um dos PM fica em pé a esquerda do Pedestal
doML.

ML (sentado) - Irmão F.... ,como haveis passado pela Cerimônia de vossa


Iniciação, permiti-me felicitar-vos por terdes sido admitido como
membro de nossa antiga e honrada Instituição. É antiga, sem dúvida,
pois subsiste desde tempos imemoriais, e, como honrada, deve ser
reconhecida, pois, por uma tendência natural, concorre para fazer
honrados aos que são obedientes aos seus preceitos. Na verdade,
nenhuma Instituição pode gabar-se de um alicerce mais sólido do que
aquele sobre o qual a Franco-Maçonaria repousa: a prática de todas
as virtudes morais e sociais. E o seu crédito atingiu a tal eminência que,
em todas as eras, os próprios monarcas foram promotores da arte;
não consideraram prejudicial à sua dignidade trocar o cetro pela trolha;
patrocinaram nossos mistérios e tomaram parte em nossas reuniões.
Como Franco-Maçam, recomendo-vos o mais sério estudo do VLS,
concitando-vos a considerá-lo como um infalível modelo da verdade e
da justiça, regulando vossas ações pelos divinos preceitos que ele
contém. Nele aprendereis os importantes deveres que tendes para
com Deus, para com o próximo e para convosco. Para com Deus,
nunca mencionando Seu nome, senão com respeito e veneração que
são devidos por uma criatura ao seu Criador, suplicando Seu auxílio
em todos os vossos empreendimentos honestos e em todas as
emergências, contando com Sua proteção para obter conforto e
amparo. Para com vosso próximo, agindo para com ele no esquadro,
prestando-lhe todos os bons ofícios que a justiça ou a misericórdia
possam reclamar, aliviando suas necessidades, suavizando suas
aflições e, enfim, fazendo-lhe o mesmo que em caso idêntico
desejaríeis que ele vos fizesse. E para convosco, por tão prudente e

257
Ritual Emulação

regular procedimento que possa melhor conduzir à preservação de


vossas faculdades físicas e mentais em sua energia mais completa,
assim habilitando-vos a exercer as capacidades com as quais Deus
vos abençoou, tanto para Sua Glória como para o bem estar de vosso
semelhante.
Como cidadão do mundo, advirto-vos que deveis ser exemplar no
desempenho de vossos deveres civis, nunca praticando, nem de forma
alguma favorecendo, qualquer ato que possa tender a perturbar a paz
e a boa ordem da sociedade, prestando a devida obediência às leis
de qualquer país que possa, em qualquer época, ser o lugar de vossa
residência ou vos oferecer proteção de suas leis, e acima de tudo,
nunca perdendo de vista a fidelidade devida à vossa Pátria, sempre
vos lembrando que a natureza implantou em vosso peito uma ligação
sagrada e indissolúvel para com o país de vosso nascimento e onde
vos alimentastes na infância.
Como homem, devo recomendar-vos a prática de todas as virtudes,
não só privadas como públicas: que a Prudência vos guie, que a
Temperança vos purifique, que a Energia vos sustente e que a Justiça
seja o guia de todas as vossas ações. Sede especialmente cuidadoso
em manter, no seu mais brilhante esplendor, aqueles ornamentos
verdadeiramente maçônicos que já foram amplamente ilustrados: a
Benevolência e a Caridade.
Ainda como Franco-Maçom há outras excelências de caráter, para as
quais devo, particular e fortemente, chamar vossa atenção. Entre as
principais estão: a Discrição, a Fidelidade e a Obediência. A discrição
consiste numa inviolável adesão ao juramento que fizestes de nunca
indevidamente revelar quaisquer dos ss. Maçônicos que agora foram,
ou possam para o futuro ser confiados à vossa guarda e com precaução
evitar toda ocasião que possa, por descuido, levar-vos a assim fazer.
Vossa Fidelidade deve ser exemplificada por uma estrita observância
das Constituições da fraternidade, aderindo aos antigos Landmarks
da Ordem, nunca tentando extorquir, ou por qualquer outra forma,
indevidamente obter os ss. de um Grau Superior e abstendo-vos de
recomendar qualquer um para a participação de nossos ss., a não ser
que tenhais fortes razões para acreditar que, por uma Fidelidade
semelhante, venha ele finalmente honrar a vossa escolha. Vossa
obediência deve ser provada por uma estrita observância de nossas
leis e regulamentos, por atenção pronta a todos os sinais e
convocações, por um procedimento modesto e correto em Loja,
abstendo-vos de toda discussão sobre assuntos políticos ou religiosos,

258
Primeiro Grau

por uma perfeita submissão ao Mestre e aos Vigilantes, quando agindo


no desempenho dos respectivos cargos.
E como última e geral recomendação, exorto-vos a que vos dediqueis
a trabalhos tais que vos tornem respeitável em vida, útil à humanidade
e ornamento da sociedade da qual desde hoje fazeis parte. Que
estudeis mais especialmente as Artes ou Ciências liberais e que se
encontram dentro do compasso de vossas aptidões e que, sem
negligenciardes os deveres comuns de vossa profissão, procureis fazer
progressos diários nos conhecimentos Maçônicos. A louvável atenção,
que tendes prestado a esta preleção, autoriza-me a esperar que
apreciareis devidamente o valor da Franco-Maçonaria e que imprimireis
de um modo indelével, em vosso coração, os sagrados preceitos da
Verdade , da Honra e da Virtude.

• 2º0 conduz o Cand., primeiro até a mesa do Sec. para assinar o livro de
presenças e, logo após, até primeira cadeira à direita do 190, onde o Cand.
senta-se e não faz saudação alguma. Então retorna diretamente ao seu
assento.

259
Ritual Emulação

TÁBUA DE DELINEAR DO PRIMEIRO GRAU

260
Primeiro Grau

APÊNDICE
O assunto contido neste Apêndice não é Trabalho de
Emulação (ver Prefácio) 6

HINOS QUE PODEM SER CANTADOS

HINO INAUGURAL
(Abertura da Loja)

Salve Deus imortal


Deste mundo criador
Nossas preces ouve Tu
Arquiteto sabedor.

11
Com a ordem bem real
Nossas obras consagrar
Nos pedimos, afinal
Ir em paz ao terminar

III
Pela fé que há em Ti
Pelo Teu poder também
Pelos místicos sinais
Ouve Deus nos mantém

AMÉM!

6
Foram feitos arranjos com os Pubücadores para incluir um Apêndice de assuntos que, embora fora do
âmbito de " Emulação", possam ser de ajuda aos membros da Ordem em geral, mas seus conteúdos não são
de qualquer forma uma parte do Trabalho Emulação corno demonstrado nas reuniões regulares da Emulation
Lodge of Improvement .

261
Ritual Emulação

HINO VESPERAL
(Encerramento da Loja)

Com trabalho o dia findo


Evitemos todo mal
Artes místicas guardando
Coração sempre leal

11
Deus Tu que (és) infinito
Amas toda a criação
Nossa Ordem abençoa
Sob a Tua proteção

III
Vimos todos sempre humildes
Nossas preces ofertar
À Glória do Supremo
Arquiteto exaltar.

AMÉM!

262
Primeiro Grau

EXPLANAÇÃO DA TÁBUA DE DELINEAR DO 12 GRAU


• As explicações, de preferência, deverão ser ministradas pelo Mestre da
Loja ou Cap. em Loja de Apr.

Os usos e costumes entre Franco-Maçons sempre tiveram íntima


afinidade com os dos antigos egípcios. Seus filósofos, não querendo expor
seus mistérios aos olhares profanos, dissimulavam seus sistemas de ensino
e de política sob figuras hieroglíficas e sinais, os quais eram comunicados
somente aos seus Grandes Sacerdotes ou Magos, que se comprometiam a
guardá-los em segredo por um juramento solene. O sistema de Pitágoras foi
fundado sobre idêntico princípio assim como outros mais modernos. A
Maçonaria, entretanto, não é somente a mais antiga, mas a mais honrosa
sociedade que jamais existiu , pois não há qualquer símbolo, caráter, figura ou
emblema aqui descrito, que não tenha por objetivo inculcar os princípios de
piedade e virtude entre os seus verdadeiros adeptos.
Chamo vossa atenção, em primeiro lugar, para a forma da Loja, que é a
de um paralelepípedo, cujo comprimento vai de L ao 0 ., a largura, do N. ao
S., a profundidade, da superfície ao centro da Terra, e sua altura até aos céus.
O motivo para uma Loja de Franco-Maçons ser representada por essa vasta
extensão é para mostrar a universalidade da ciência, da mesma maneira que
a caridade do Maçom não deve conhecer limites, salvo aqueles que forem
determinados pela prudência.
Nossas Lojas repousam em terreno sagrado, porque a primeira Loja foi
consagrada em função das três oferendas nela feitas e que obtiveram a
aprovação divina.
Em primeiro lugar, a pronta submissão de Abraão à vontade de Deus,
não recusando oferecer seu próprio filho Isaac em holocausto quando então
aprouve a Deus substituí-lo por uma vítima mais propícia.
Em segundo lugar, as muitas preces e orações do Rei Davi, que
realmente aplacaram a ira de Deus e paralisaram a peste que então grassava
entre o povo, por ter ele, inadvertidamente, feito seu recenseamento.
Em terceiro lugar, as muitas ações de graças, oblações, holocaustos e
valiosas oferendas que o Rei Salomão fez na terminação, dedicação e
consagração do Templo de Jerusalém ao serviço de Deus.
Estas três tornaram então, tornam agora, e confio que tornarão sempre
sagrado o terreno da Franco-Maçonaria.
Nossas Lojas estão situadas exatamente a Oriente e Ocidente, porque
todos os lugares de adoração divina, assim como as Lojas regulares, bem
formadas e constituídas de Maçons estão, ou deveriam estar, assim situadas;
para isso, apresentamos três razões de ordem maçônica:

263
Ritual Emulação

a) A primeira- o Sol, a Glória do Senhor, nasce no Oriente e põe-se no


Ocidente;
b) A segunda - a Sabedoria originou-se no Oriente e estendeu sua
benéfica influência para o Ocidente;
c) A terceira e última grande razão, que é demasiado longa para ser
registrada neste momento, será explanada no decorrer das nossas
horas de estudo, que espero tereis a oportunidade de comparecer e
ouvir.
Nossas Lojas são sustentadas por três grandes colunas. Chamam-se
elas: Sabedoria, Força e Beleza. A Sabedoria para idear, a Força para suportar
e a Beleza para adornar. A Sabedoria para nos conduzir em todas as nossas
empresas, a Força para nos sustentar em todas as nossas dificuldades, e a
Beleza para adornar o nosso íntimo.
O Universo é o Templo da Divindade a quem servimos; a Sabedoria, a
Força e a Beleza rodeiam o Seu Trono como pilares de Suas Obras, pois Sua
Sabedoria é infinita, Sua Força é onipotente e Sua Beleza brilha através de
toda a criação em simetria e ordem. Os céus, Ele o estendeu como um pálio;
a terra, Ele a colocou como escabelo para Seus pés, coroando Seu Templo
com estrelas como um diadema e com Suas mãos Ele espalha o poder e a
glória. O Sol e a Lua são mensageiros de Sua vontade e toda Sua lei é
harmônica. As três grandes Colunas que sustentam uma Loja Maçônica são
símbolos desses atributos Divinos, além de representarem Salomão, Rei de
Israel; Hiram, Rei de Tiro, e Hiram Abiff. Salomão, por sua sabedoria
construindo, terminando e dedicando o Templo de Jerusalém ao serviço de
Deus; Hiram, Rei de Tiro, por seu vigor, auxiliando-o com homens e materiais;
Hiram Abiff, por seu raro e magistral trabalho, embelezando e adornando o
mesmo. Mas, como não temos ordens de arquitetura conhecidas pelos nomes
de Sabedoria, Força e Beleza, nós nos referimos a elas pelas mais célebres,
que são: a Jônica, a Dórica e a Coríntia.
A cobertura de uma Loja é um dossel celeste de várias cores, o próprio
céu. O caminho pelo qual nós, como Maçons, esperamos lá chegar tem como
auxílio uma escada, chamada nas Escrituras como Escada de Jacob. É
composta de muitos degraus, que representam muitas virtudes morais, mas
as três principais são: Fé, Esperança e Caridade. Fé no Grande Arquiteto do
Universo, Esperança na salvação e Caridade para todos os homens. Ela
alcança os céus, e se apoia no Volume do Livro Sagrado, porque, pelas
doutrinas contidas nesse Livro Sagrado, somos ensinados a crer na
benevolência da Divina Providência, crença que reforça a nossa fé, e nos
habilita a subir o primeiro degrau; esta fé, naturalmente, cria em nós a
esperança de nos tornarmos participantes das promessas abençoadas aí

264
Primeiro Grau

descritas, Esperança que nos habilita a alcançar o segundo degrau; mas o


terceiro e último sendo Caridade, compreende tudo e o Maçom que possui
essa virtude no mais amplo sentido pode ser considerado como tendo atingido
o apogeu de sua crença. Em sentido figurado, é uma mansão etérea, encoberta
aos olhos dos mortais pelo firmamento estrelado, emblemáticamente aqui
representado por sete estrelas, que são uma alusão a outros tantos Maçons
regularmente feitos, sem cujo número nenhuma Loja é perfeita, nem candidato
algum pode ser legalmente iniciado na Ordem .
O interior de uma Loja é composto de Ornamentos, Mobiliário e Jóias.
Os Ornamentos da Loja são: o Pavimento Mosaico, a Estrela Brilhante, e a
Moldura Denteada ou Marchetada. O Pavimento Mosaico é o belo soalho da
Loja, a Estrela Brilhante a glória no centro, e a Moldura Denteada é a guarnição
que a circunda. O Pavimento Mosaico pode ser justamente considerado o
belo soalho da Loja Maçônica por ser variegado e em xadrez. Isto assinala a
diversidade de objetos que decoram e adornam a criação, tanto no que se
refere à sua parte animada como à inanimada. A Estrela Brilhante, ou glória
no centro, faz alusão ao Sol, que ilumina a Terra e pela sua influência benéfica
espalha suas bênçãos pelo gênero humano em geral. A Moldura Denteada
faz alusão aos planetas, que em suas revoluções formam uma bela moldura
ou guarnição em torno desse grande facho luminoso, o Sol, como nós em
torno de uma Loja.
O Mobiliário da Loja consiste do VLS, do C. e do E.. As palavras sagradas
são para regular a nossa fé , e sobre elas juramentar nossos Candidatos à
Franco-Maçonaria; assim como o C. e o E., quando unidos, são para regular
as nossas vidas e ações. O Livro Sagrado deriva de Deus para o homem em
geral , o C. pertence ao Grão-Mestre em particular e o E. a toda a Arte.
As Jóias da Loja são três móveis e três imóveis. As móveis são o E. ,
o Ni. e o Pr. Entre os Maçons operativos, o E. serve para verificar e ajustar os
cantos retangulares dos edifícios e ajudar a dar a devida forma ao material
grosseiro; o Ni. para fazer nivelamento e provar horizontais; o Pr. , para verificar
a ajustar verticais quando fixando-as nas suas devidas bases. Entre Maçons
Livres e Aceitos, o E. ensina a moralidade; o Ni. a igualdade e o Pr. a correção
e retidão na vida e nos atos. São chamadas de Jóias Móveis, porque são
usadas pelo ML e seus Vigilantes, e são transferidas aos seus sucessores
nas sessões de Instalação. O ML é identificado pelo E., o 12 V pelo Ni. e o 22 V
pelo Pr. As Jóias Imóveis são: a Tábua de Delinear, a Pedra Bruta e a Pedra
Esquadrada. A Tábua de Delinear é para nela o Mestre traçar linhas e fazer
desenhos; a Pedra Bruta para os aprendizes lavrarem , marcarem e recortarem;
e a Pedra Esquadrada para o Companheiro prático nela experimentar e ajustar
as suas jóias. São chamadas Jóias imóveis porque permanecem expostas na
Loja, para os irmãos nelas estudarem a moral.

265
Ritual Emulação

Assim como a Tábua de Delinear é para o Mestre nela traçar linhas e


fazer desenhos, para melhor habilitar os Irmãos a levantar a estrutura projetada
com regularidade e propriedade, também o VLS pode ser considerado muito
apropriadamente a Tábua de Delinear espiritual do Grande Arquiteto do
Universo, na qual estão estabelecidas as leis divinas e disposições morais, as
quais, se nós com elas nos familiarizássemos e as cumpríssemos, seríamos
levados à mansão etérea, não feita por mãos de homens, mas eterna, nos céus.
A Pedra Bruta é uma pedra tosca, não trabalhada, tal como foi tirada da
pedreira, até que pela arte e talento do trabalhador, é modelada, lavrada na
devida forma e adaptada à construção planejada. Ela representa o homem na
sua infância ou estado primitivo rude e impolido como a pedra bruta, até que,
pelo cuidado carinhoso e pela atenção dos pais ou tutores, dando-lhe uma
educação liberal e virtuosa, seu intelecto torna-se refinado de modo a
transformar-se num participante apto na sociedade.
A Pedra Esquadrada é uma pedra com forma de um cubo, preparada
so.mente para ser aferida pelo E. e o C. Ela representa o homem no declínio
dos anos, depois de uma vida bem vivida, despendida em atas de virtude e
piedade, que não pode ser medida e aprovada a não ser pelo E. da palavra de
Deus e o C. de sua própria consciência convincente.
Em todas as Lojas regulares, bem formadas e constituídas, há um ponto
dentro de um círculo em torno do qual os Irmãos não podem errar. Este círculo
é limitado entre o N. e o S. por duas grandes linhas paralelas, uma
representando Moisés e outra o Rei Salomão. Na parte superior deste círculo
repousa o VLS sustentando a Escada de Jacob, cuja extremidade alcança os
céus; e se fôssemos tão versados nesse Livro Sagrado, e cumpridores das
doutrinas nele contidas, como aquelas paralelas, chegaríamos a Ele, que não
nos enganará nem Ele sofrerá decepção. Caminhando em torno deste círculo,
teremos necessariamente que tocar em ambas as linhas paralelas, assim como
no Livro Sagrado e, enquanto um Maçam se conservar assim circunscrito,
não poderá errar.
A palavra LEWIS (pronuncia-se Lúis) significa Força e é representada
por certas peças de metal entalhadas dentro de uma pedra, formando um
engate, e quando em combinação com alguma das forças mecânicas, tal como
um sistema de moitões, habilita o Maçam obreiro a levantar grandes pesos a
certas alturas sem muito esforço e a fixá-los em suas bases apropriadas.
"Lewis" representa também o filho de um Maçam; seu dever para com seus
pais é suportar o peso e a carga diária, de que eles, por sua idade, deveriam
estar isentos; auxiliá-los em suas necessidades e por essa forma tornar os
seus últimos dias felizes e confàrtáveis; o seu privilégio por assim proceder é
o de ser feito Maçam, antes de qualquer outra pessoa, independente de sua
posição.

266
Primeiro Grau

Pendentes dos cantos da Loja estão quatro Borlas, que nos lembram
as quatro virtudes cardeais: Temperança, Firmeza, Prudência e Justiça, todas
elas, segundo nos informa a tradição, eram constantemente praticadas por
uma grande maioria dos nossos antigos Irmãos. As características que
distinguem um bom Franco-Maçam são: Virtude, Honra e Misericórdia, e
possam eles ser sempre encontrados no coração de todos os Maçons.

Fim da explanação da Tábua de Delinear do 1° Grau

EXPLICAÇÃO ADICIONAL DO AVENTAL DO 12 GRAU

Observarás que este Avental é feito da pele de Cordeiro e como o


Cordeiro tem sido, desde tempos imemoriais, reconhecido universalmente
como emblema de pureza e inocência, sereis lembrado por isso daquela pureza
na vida e ações que devem sempre distinguir um Franco-Maçom, o que é
essencial para ganhardes admissão àquela Grande Loja acima onde o
santificado sempre descansa em paz eterna.
Espero que possais viver por muitos anos usando essa insígnia para
vosso prazer, proveito para a Ordem e honra para Loja na qual fostes iniciado,
e permita-me ainda mais exortar-vos para nunca desonrá-la, pois estareis
seguro que ela nunca vos desonrará.

Observação:
O Candidato iniciado deverá manter a abeta do avental para cima até que
outro Candidato seja iniciado. Nessa ocasião a abeta será abaixada, após o
juramento, e assim sucessivamente.

Os procedimentos a seguir, são sugestivos, ou seja: não são partes


integrantes do Ritual Emulação e não constam do original inglês.
São praticados pelas Lojas, mas não são descritos no ritual. O Autor achou
por bem inserir esta parte para orientar o leitor e as Lojas que a dotaram ou
pretendem adotar o Ritual Emulação.

267
Ritual Emulação

ENTRADA DE RETARDATÁRIOS

• GE dá as batidas do grau em que a Loja está aberta.


• G/ no momento conveniente, com P e Sn, defronte de sua cadeira, anuncia
as batidas ao 2ºV:

Gl -Irmão 29 V, batem à porta do Templo.

• 2ºV sentado, responde com uma única batida.


• Gl vai até a porta da Loja e depois de certificar-se do motivo das batidas,
volta ao seu lugar e com P. e Sn, anuncia o retardatário para o ML, dando
somente seu nome (não fala que pede admissão ou qualquer coisa parecida).
Se houver mais de um Irmão, anuncia o nome do mais graduado.

Gl -Mestre, é o Irmão F. ..., (acompanhado de outro Irmão ou mais dois


Irmãos etc.).

• ML ordena a admissão.
• Gl volta à porta, abre-a, dando entrada ao Irmão retardatário que se coloca
à esq. do 1ºV.
• Retardatário dá o P e executa os Sns até aquele em que a Loja está
aberta.
• Todos aplaudem com uma batida da m. d. espalmada sobre a perna direita.
• DC conduz o Irmão até o lugar designado, rompendo a marcha com o p.
e .. Então retoma ao seu posto e senta-se.
• G/ volta à frente de sua cadeira e senta-se.

Observações:
• Não se prevê o atraso de autoridades ou visitantes.

268
APÊNDICE 11

RITUAL EMULAÇAO
-
2º Grau - Companheiro
Traduzido do Original Inglês por
Anatoli Oliynik
Past Master
- 1999 -
ABRINDO NO SEGUNDO GRAU

• Antes de abrir os Trabalhos no 2º Grau, o ML sempre solicita que os


Aprendizes se retirem.
~
ML ( ! ) 12 V ( ! ) 22 V ( ! )
ML -Irmãos, ajudai-me a abrir a Loja no 2º Grau.

• Todos se levantam, se já não estiverem em pé.

ML - Irmão 2 2V, qual é o primeiro cuidado de todo Companheiro Franco-


Maçam?
_.. 2 2 V - Verificar se a Loja está perfeitamente coberta.
ML - Ordenai que se cumpra essa obrigação.
_. 2 2 V -Irmão Gl, verificai se a Loja está perfeitamente coberta.

• Gl dirige-se até a porta, não a abre, dá as batidas do 1ºGrau, retorna para


a sua posição e fica em frente da cadeira.
• GE responde com as mesmas batidas.

Gl (com P e Sn de Apr.) - Irmão 2ºV, a Loja está perfeitamente coberta


(baixa o Sn e permanece em pé).

-+ • 2-ºV dá as batidas de Apr., levanta-se e com o P e Sn de Apr.

+ 22 V -Mestre, a Loja está perfeitamente coberta (baixa o Sn e permanece


em pé).
ML - Irmão 1ºV, o cuidado seguinte?
12 V -Verificar se todos os Irmãos se apresentam à Ordem como Maçons.
ML -À Ordem Irmãos, no 1º Grau.

• Todos dão o P e fazem o Sn de Apr.

ML - Irmão 2ºV, sois Companheiro Franco-Maçam ?


+ 22 V - Sou, Mestre, examinai-me e sujeitai-me à prova.
ML - Por qual instrumento de arquitetura quereis ser examinado?
-+ 2 V
2 -Pelo E.
ML -OqueéumE.?
-. 2 2 V - Um ângulo de 90 graus, ou a quarta parte de um círculo.
ML -Já que sois conhecedor do verdadeiro método, examinai os presentes,
Ritual Emulação

verificando se são Irmãos Companheiros, e apresentai-me essa prova


seguindo seus exemplos.
--+ 22 V - Irmãos, o ML ordena que proveis ser Companheiros.

• Todos , com exceção do ML e do 2º\1, desfazem o Sn de Apr., dão o P e


razem o Sn de Companheiro Franco-Maçam.

~2ºV - Mestre, os Irmãos provaram ser Companheiros, e em obediência à


vossa ordem, sigo-lhes o exemplo. (baixa o Sn de Apr., dá o P e faz o
Sn de Companheiro Franco-Maçam).
ML - Irmão 2ºV, reconheço a exatidão do Sn (baixa o Sn de Apr., dá o P e
faz o Sn de Companheiro Franco-Maçam).
ML -Antes de abrir a Loja no 2º Grau, (a partir deste ponto o Cap. pode
continuar) supliquemos ao Grande Geômetra do Universo, para que
os raios celestes derramem sua influência, iluminando-nos no caminho
da Virtude e da Ciência.
Todos - Que assim seja.
ML -Irmãos, em nome do Grande Geômetra do Universo, declaro a Loja
devidamente aberta (todos baixam o br. e.) no E. (todos baixam o Sn
de F.) para instrução e aperfeiçoamento dos Companheiros.

ML ( ! !! ) 1ºV ( ! ! ! ) 22 V ( ! ! ! )

• Gl dirige-se até a porta, dá as batidas de Comp., retorna para a sua posição


e fica em frente da cadeira.
• GE responde com as mesmas batidas.
• Entrementes, o PMI expõe u. p. do C.
• 2º0 expõe a TD, assim que o 2ºV tiver dado as batidas (não porta sua vara
de ofício para essa tarefa).
• ML senta-se, após terminadas estas tarefas.
• Todos sentam-se.

ENCERRANDO NO SEGUNDO GRAU


~
ML ( ! ) 12 V (!) 22 V (!)

ML - Irmãos, ajudai-me a encerrar os Trabalhos no 2º Grau .

• Todos se levantam.

272
Segundo Grau

ML - Irmão 2ºV, qual é o constante cuidado de todo Companheiro Franco-


Maçam?
- Verificar se a Loja está perfeitamente coberta.
- Ordenai que se cumpra essa obrigação.
-Irmão Gl, verificai se a Loja está perfeitamente coberta.

• Gl dirige-se até a porta e dá as batidas do 2º Grau, retorna para a sua


posição e fica em frente da cadeira.
• GE responde com as mesmas batidas.

Gl (com P e Sn de Comp.) - Irmão 2ºV, a Loja está perfeitamente coberta


(baixa o Sn).
(Levanta-se, dá as batidas do 2º Grau e com P e Sn) - Mestre, a Loja
está perfeitamente coberta (baixa o Sn e permanece em pé).
- Irmão 1ºV, o cuidado seguinte?
- Verificar se todos os Irmãos se apresentam à Ordem como
Companheiros.
ML -À Ordem, Irmãos, no 2º Grau.

• Todos dão o P e fazem o Sn do 2f2 Grau, que conservam até o encerramento


da Loja, pelo 1ºV.

. ML - Irmão 2ºV, nesta posição, que descobristes?


_. 22 V - Um símbolo sagrado.
ML - Irmão 1ºV, onde está ele situado?
12 V - No C. do edifício.
ML (ao 2º\1, sem nominá-lo) - A quem alude?
-Ao Grande Geômetra do Universo.
(ou Cap.) - Lembremo-nos Irmãos que, onde quer que estejamos e
em todas as nossas ações, Ele está conosco; seu olhar que tudo vê
nos observa, e enquanto continuamos a agir de conformidade com os
preceitos maçônicos, não nos esqueçamos de cumprir, com todo o
zelo e fervor, os nossos deveres para com Ele.
Todos - Que assim seja.
ML -Irmão 1ºV, estando concluídos os trabalhos deste Grau, ordeno-vos
que encerreis a Loja (dá as batidas do 2º Grau com a m. e., mantendo
o Pe Sn).
12 V -Irmãos, em nome do G. G. doU. e por ordem do ML, declaro encerrada
(baixa a m. e. ao lado do corpo e todos imitam) esta Loja de
Companheiros (desfaz o Sn de F. e todos imitam, dá as batidas do 2º
Grau). ·

273
Ritual Emulação

-Felizes nos reunimos; felizes devemos nos separar; e felizes de novo


nos encontraremos {dá as batidas do 2g Grau).

• Gl dirige-se até a porta, dá as batidas do 2g Grau, retorna para a sua posição


e fica em frente da cadeira.
• GE responde com as mesmas batidas.
• 2!!0 encarrega-se da TD, assim que o 2flV tenha dado as batidas do 2g
Grau.
• PMI oculta ambas as ps. do C. sob o E.
• ML senta-se.
• Todos sentam-se.

SEGUNDO GRAU
ou
CERIMÔNIA DE PASSAGEM

PERGUNTAS ANTES DA PASSAGEM

• º
A Loja está aberta no 1 Grau.
• ML , com palavras, apropriadas informará que o próximo assunto será a
Passagem do Irmão (cita o nome).
• Nota: A critério da Loja, os Aprendizes podem permanecer até o final desta
parte, como forma de aprendizado.
• 2!!D levanta-se e dirige-se até o Cand..
• Cand levanta-se.
• 2!!0 toma o Cand. pela m. d. e leva-o diretamente para o lado Norte do
pedestal do 1ºV, fazem uma volta anti-horário e ambos voltam-se para o
Oriente.
Ao ficar de frente para o Oriente, larga a mão do Cand. mas mantém-se ao
seu lado.

ML - Irmãos, o Irmão F... é, nesta sessão, Cand. à Passagem ao Segundo


Grau, fazendo-se necessário que prove perfeito conhecimento do Grau
anterior. Vou, portanto, fazer-lhe as perguntas necessárias.

• 2!!0 fica atento, se for necessário, para ajudar o Cand. em voz baixa.

ML - Onde fostes primeiramente preparado para serdes feito Maçam?


Cand - No meu coração.

274
Segundo Grau

ML - Onde em seguida?
Cand - Numa sala conveniente e contígua à Loja.
ML - Descrevei a maneira pela qual fostes preparado.
Cand - Fui despojado de ms. e v.; meu b. d., pt. e. e j. e. foram expostos; c.
meu p. d. com um c. e colocaram-me ao p. um laço de c.
ML - Onde fostes feito Maçom?
Cand - No seio de uma Loja regular, justa e perfeita.
ML - E quando?
Cand - Quando o Sol estava no seu meridiano.
ML - Neste país, as Lojas de Franco-Maçons funcionam geralmente à
noite. Que explicação podeis dar a isto, que à primeira vista parece
um paradoxo?
Cand - A Terra, girando constantemente sobre o seu eixo em sua órbita ao
redor do Sol, e achando-se a Franco-Maçonaria universalmente
espalhada sobre sua superfície, segue-se necessariamente que o Sol
está sempre em seu meridiano, com respeito à Franco-Maçonaria.
ML - O que é a Franco-Maçonaria?
Cand -É um sistema peculiar de moralidade, velado em alegorias e ilustrado
por símbolos.
ML - Indicai os grandes princípios sobre os quais a Ordem se fundamenta.
Cand -Amor Fraternal, Caridade e Verdade.
ML - Quais são as pessoas dignas e aptas para serem feitas Maçons?
Cand - Homens justos, honrados e livres, de maior idade, bom senso e
rigorosa moral.
ML - Como sabeis que sois Maçom?
Cand -Pela regularidade de minha Iniciação, repetidas provas e aprovações,
e a boa vontade de, em qualquer tempo, submeter-me a um exame,
quando devidamente convidado.
ML - Como provais aos outros serdes Maçom?
Cand - Por sinais, toques e os pontos perfeitos de minha entrada.
ML - Estas são as perguntas usuais. Farei outras, se algum Irmão assim o
desejar.

• ML solicita que os Irmãos Aprendizes deixem a Loja, menos o Cand.


• Gl abre a porta.
• Aprendizes deixam a Loja sem fazerem o Sn.
• Gl fecha a porta.
• 2 9 D conduz o Cand. diretamente para o lado Norte do Pedestal do ML, a
uma distância conveniente, e ambos ficam voltados para o Sul; solta a
mão do Cand.

275
Ritual Emulação

ML - Afirmais por vossa honra como homem, e vossa fidelidade como


Maçom, que perseverareis com firmeza na cerimônia de Passagem
para o Grau de Companheiro?
Cand (ensinado, em voz alta pelo 2º0) - Afirmo.
ML - Igualmente vos comprometeis a ocultar sob a penalidade de vosso
j., o que vou comunicar-vos agora, com a mesma rigorosa cautela
com que guardais outros segredos da Maçonaria?
Cand (ensinado, em voz alta, pelo 2 20) - Comprometo-me.
ML - Assim sendo, vou confiar-vos uma prova de merecimento, que
consiste de um T. de P. e uma P. de P. , que conduzem ao Grau em que
desejais ser admitido.

• ML levanta-se, volta-se para o Cand. Toma a m. d. deste com a sua m. d.


e a mantém segura até o fim do colóquio.

ML -O T. é dado, (ajusta-o colocando o p. do Cand. na posição antes de


colocar o seu) por uma p. s. do p. entre a p. e a s. j. da m. Este T.
exige uma P. de P. que é S.
Cand (ensinado pelo 2 20 repete a palavra em voz alta) - S.

ML Significa ab. e comumente é representada nas nossas Lojas por uma


e. de t. próxima de um q. d'a.
Deveis ser particularmente cuidadoso em lembrar esta palavra, pois
sem ela não sereis admitido em Loja de Grau superior.
-Passai , S.

• ML restitui a m. d. do Cand. para a m. d. do 2 20 e senta-se.


• 2 20 guiando o Cand. faz um giro no sentido horário e o conduz diretamente
para o lado Norte do Pedestal do 1ºV. Aqui, ele faz um giro no sentido
horário até ambos ficarem voltados para o Oriente, e então soltam as mãos.

22 0 (Em voz alta para o Cand.) - Saudai o ML como Maçom. (Antes do ato,
em voz baixa, alerta o Aprendiz para dar o P em primeiro lugar).
• Cand. orientado pelo 2º0 dá o P e faz o Sn e então baixa-o.
• 2!l0 toma o Cand. pela m. d., faz uma volta no sentido anti-horário com o
Cand., e seguem para a porta.
• G/ segue para a porta na frente do 2º0, abre-a e fecha-a novamente, quando
o Cand. sair.
• Gl volta ao seu lugar.
• 2º0 volta ao seu lugar.

276
Segundo Grau

As recomendações a seguir são sugestivos, ou seja: não são partes


integrantes do Ritual Emulação e não constam do original inglês .
São praticados pelas Lojas, mas não são descritos no ritual. O Autor achou
por bem inserir esta parte para orientar o leitor e as Lojas que adotaram ou
pretendem adotar o Ritual Emulação .

RECOMENDAÇÕES
• Comumente é o Secretário que entrega as perguntas que o Candidato
deve responder na Cerimônia de Passagem, pois que esta foi agendada
com antecedência.
• É conveniente que o próprio Secretário, um PM ou DC ou mesmo um MM
ensine o Candidato a respondê-las corretamente.
• Também é conveniente e salutar que os "padrinhos" do Candidato o
acompanhem neste mister.
• É o GE quem prepara o Candidato, mas ele pode ter ajuda de outro Irmão
mais experiente, se for necessário.
• O modo de preparar o Candidato é o seguinte:
0 Sem venda;
0 Braço esquerdo exposto até acima do cotovelo;
0 Perna esquerda exposta até acima do joelho;
0 Peito esquerdo exposto;
0 Pé esquerdo calçado de chinelo;
0 O Candidato entra na Loja usando o Avental de Aprendiz
• Nesta Cerimônia, as tarefas do 2º0 são poucas:
0 Recebe o Candidato para as perguntas;
0 Ajuda o Candidato nas perguntas;
0 Coloca o b. de aj. para o Candidato junto ao 1ºV (No Oriente já deve
estar colocado o outro banco);
0 Acompanha o 1ºD durante a própria Cerimônia de Passagem.
• Os passos que levam ao Oriente são difíceis de descrever, mas são
relativamente fáceis de fazer.
• O fSIO deve ensaiá-/os antecipadamente, para não se confundir na hora de
mostrá-los ao Candidato, para que os imite.
• Os passos devem ser dados de modo que, ao terminá-los o Candidato já
estará na posição de ajoelhar-se para o Juramento.
• Antes de iniciar a cerimônia, o 1ºV deve certificar-se de que sobre sua
mesa, ou ao seu alcance, há um avental de Companheiro.

277
Ritual Emulação

• Quando o Candidato retirar-se para retomar o seu conforto pessoal, aGE


deve ajudá-/o, e também será de boa prática recapitular como dar os Passos
e Sinais ao entrar novamente na Loja.
• O GE deve lembrar ao Candidato de usar o Avental de Companheiro ao
reentrar na Loja.

Aqui se encerra a parte sugestiva

A PASSAGEM

• ML conduz a abertura da Loja no Segundo Grau ou a reverte a esse Grau,


o que for mais apropriado.
• GE estando o Cand. preparado e a Loja já aberta no 2º Grau, dá batidas de
Aprendiz na porta da Loja. Isto informará à Loja que o Cand. está à espera.
• Gl levanta-se e, em frente de sua cadeira, dá o P e faz o Sn de Companheiro.

Gl - Irmão 2ºV, batem na porta. (Mantém o Sn).

• 2ºV sem bater, levanta-se, dá o P e com Sn de Companheiro.

22v - Mestre, batem na porta. (Mantém o Sn).


ML - Irmão 2ºV, perguntai quem deseja entrar?
22 V (baixa o Sn e senta-se) - Irmão Gl , vede quem deseja entrar.

• G/ baixa o Sn, vai para a porta, abre-a, observa se o Cand. está preparado,
e permanece na soleira com a mão na maçaneta, e em voz alta, para que
todos na Loja ouçam:

Gl - Quem está convosco?


GE (Em voz alta) - O Irmão F ...,que foi regularmente iniciado na Franco-
Maçonaria e, pelos progressos que tem feito, espera que o
recomendarão a passar ao Grau de Companheiro, para cuja cerimônia
está conven ientemente preparado.
Gl (Em voz alta) - Como espera ele obter os privilégios do Segundo Grau?
GE (Em voz alta) - Com a proteção de Deus, o auxílio do E. e o benefício
de uma P. de P.
Gl (Em voz alta)- Está ele de posse da P. de P.?
GE (Em voz alta) - Quereis examiná-lo?

278
Segundo Grau

• G/ recebe o T. de P. e a P. de P. do Cand.
• GE ajuda, se for necessário.

Gl - Esperai enquanto informo ao ML.

• Gl fecha a porta, volta ao seu lugar e em frente da sua cadeira, dá o P e faz


o Sn de Companheiro que o mantém.

Gl -Mestre, é o nosso Irmão F ... ,que foi regularmente iniciado na Franco-


Maçonaria, e tais progressos tem feito que espera que o recomendarão
a passar ao Grau de Companheiro, para cuja cerimônia está
convenientemente preparado.
ML - Como espera ele obter os privilégios do Segundo Grau?
Gl - Com a proteção de Deus, o auxílio do E. e o benefício de uma P. de P.
ML - Reconhecemos o acerto do auxílio com o qual ele assenta o seu
pedido de admissão. Podeis assegurar-nos, Irmão Gl, estar ele de
posse da P. de P.?
Gl - Sim Mestre, posso.
ML - Então que ele seja admitido na devida forma.

• Gl baixa o Sn

ML - Irmãos Diáconos.

• 2!!D coloca o b. de aj. no lado Norte do pedestal do 1ºV.


• G/ apanha o E. e segue para a porta, acompanhado dos Diáconos. 1ºD à
sua esquerda.
• Diáconos ao chegarem junto a porta, voltam-se para o Oriente.
• Gl abre a porta, fica com a mão esquerda na maçaneta e aplica, com a
outra mão, o ângulo do E. no pt. esquerdo exposto do Cand., após o que
levanta-o acima da sua cabeça, para mostrar que o aplicou.
• f!!D segura o Cand. pela m. d. com a sua e. e leva-o até o b. de aj., a uma
distância de um passo curto dele, e então soltam as mãos.
• 2!!D segue o Cand. ao seu lado esquerdo até o b. de aj., e ficam voltados
para o Oriente. Pega o E. para colocá-lo no Pedestal do Mestre da Loja.
• Gl assim que o Cand. é admitido, fecha a porta e volta ao seu lugar.

12 0 (Em voz alta ao Cand.) - Aproximai-vos como Maçam.

• 12 0 assegura-se que o Cand. deu o P, fez e baixou o Sn de Aprendiz.

279
Ritual Emulação

ML -Que o Cand. se aj., enquanto invocamos as bênçãos do Céu para o


que vamos fazer.

• 1gD assegura-se que o Cand. se aj. e faça o Sn de R.

ML ( ! ) 12 V (!) 22 V ( !)

• TODOS se levantam e fazem o Sn de R.


• Diáconos seguram as Varas com a mão esquerda, depois cruzam-nas
acima da cabeça do Cand., e fazem o Sn de R. com a mão direita.

Prece
ML ou
Cap. -Suplicamos a continuidade de Teu auxílio, Oh! Senhor Misericordioso,
em nosso favor e deste que se aj. diante de Ti; possa o trabalho iniciado
em Teu nome ser continuado para Tua glória, e para sempre
estabelecido em nós, em obediência a Teus preceitos.
Todos - Que assim seja. (Baixam o Sn de R.).

• Diáconos descruzam as Varas e seguram-nas novamente com a mão


direita.

ML - Que o Cand. se levante.

• Cand. levanta-se.
• ML senta-se.
• Todos sentam-se, exceto o 1º0 e o Cand.
• 2gD afasta o b. de aj. para um lado e para à sua esquerda, fora do caminho
do 1ºO e do Cand.
• 1gD segura com firmeza a m. d. do Cand. e o instrui, com voz baixa, a sair
com o pé esquerdo, e leva-o pelo Norte até próximo do Nordeste da Loja.
• 2ºD assim que o 1ºO e o Cand. se movimentarem, coloca o b. de aj. no seu
lugar de costume, leva o E. até o Pedestal do Mestre da Loja e volta
diretamente para o seu lugar e senta.
• 1ºD ao chegar à parte Nordeste da Loja, faz uma parada, e fazem o
"esquadramento" para o lado Sul.
Ambos saem novamente com o pé esquerdo e, ao passarem em frente do
ML, fazem uma parada e soltam as mãos.
Instrui o Cand., em voz baixa, para continuar voltado para o Sul.

12 0 (Ao Cand. em voz alta) - Saudai o Mestre da Loja como Maçom.

280
Segundo Grau

• 1º0 assegura-se que o Cand. tenha dado o P, feito e baixado o Sn de


Aprendiz.
• 1º0 segura novamente o Cand. pelam. d. e leva-o até a parte Sudeste da
Loja. Aí fazem uma parada e fazem o "esquadramento"; saem novamente
com o pé esquerdo e andam até o lado esquerdo do Pedestal do 2ºV, onde
fazem uma parada, a uma distância conveniente, e ficam paralelos ao
Pedestal. Soltam as mãos.

12 0 (Ao Cand.) - Avançai para o 2ºV como Maçom, mostrando o Sn. e


comunicando o T. e a P.

• 1º0 assegura-se que o Cand. tenha dado o P, feito e baixado o Sn de


Aprendiz.

2ºV -Tendes algo a comunicar?


Cand (Em voz alta, ensinado pelo 1º0) - Tenho.

• 2ºV levanta-se, dá o P., e oferece a sua mão para o Cand.


• 1º0 coloca a m. d. do Cand. na do 2ºV e ajusta o t. de Aprendiz.
• 2ºV dá o T. depois que o 1ºO tenha ajustado a mão do Cand. Este t. é
mantido durante todo o diálogo.

22 V - O que é isto?
Cand (Em voz alta, ensinado pelo 1º0) - O t. ou Se. de um Aprendiz Franco-
Maçam.
22 V - O que exige ele?
Cand (Em voz alta, ensinado pelo 1º0) - Uma P.
2ºV -Dai-me essa P., livremente e por extenso.
Cand (Em voz alta, ensinado pelo 1ºO) - B ___ .
22 V - Passai, B ___ .

• 2ºV recoloca a m. d. do Cand. na m. e. do 1ºO e então senta-se.


• 1ºD recolocam-se de modo a avançar, saindo com o pé esquerdo até o
canto Sudoeste, onde fazem uma parada e o "esquadram". Então saem
novamente com o pé esquerdo, e ao passar em frente do 1ºV, fazem uma
parada, ficam ainda voltados para o Norte e soltam as mãos.

12 0 -Saudai o 12 V como Maçom.

• 1ºD assegura-se que o Cand. tenha dado o P, feito e baixado o Sn de


Aprendiz.

281
Ritual Emulação

Toma novamente a m. d. do Cand. e o instrui a sair com o pé esquerdo e


leva-o para o lado Norte do Pedestal do 1ºV, fazendo uma volta no sentido
horário de modo que, ao final, ambos fiquem voltados para o Oriente. Soltam
as mãos.
ML ( ! ) 12 V ( ! ) 2 2 V ( ! )
ML -Irmãos, prestai atenção ao Irmão F .. . ,que, regularmente iniciado na
Franco-Maçonaria, caminhará diante de vós, a fim de mostrar que é
um Cand. devidamente preparado para passar ao Grau de
Companheiro.

• 120 toma a m. d. do Cand. e o instrui a sair com o pé esquerdo, leva-o pelo


lado Norte até o canto Nordeste, onde o "esquadram" como antes; saem
novamente com o pé esquerdo e fazem uma parada em frente do ML.
Soltam as mãos e continuam de frente para o Sul.

12 0 -Saudai o Mestre da Loja como Maçam.

• 120 assegura-se que o Cand. tenha dado o P, feito e baixado o Sn de


Aprendiz.
Segura a m. d. do Cand., dá-lhe instruções para sair com o pé esquerdo, e
seguem a perambulação até o canto Sudeste, onde o "esquadram". Saem
novamente com o pé esquerdo e fazem uma parada em frente do 2 9 \1.
Soltam as mãos.

1º0 -Saudai o 2ºV como Maçom.

• 1ºD assegura-se que o Cand. tenha dado o P, feito e baixado o Sn de


Aprendiz.
Segura a m. d. do Cand., dá-lhe instruções para sair com o pé esquerdo, e
seguem até o canto Sudoeste onde o "esquadram". Então saem novamente
com o pé esquerdo e seguem até o lado Sul do Pedestal do 1ºV, parando
paralelamente a uma distância conveniente deste. Soltam as mãos e
continuam voltados para o Norte.

12 0 -Aproximai-vos do 12 V como Maçom, mostrando o Sn e comunicando


o T. de P. e a P. de P. que recebestes do Mestre, antes de retirar-vos
da Loja.

• 120 assegura-se que o Cand. tenha dado o P, feito e baixado o Sn de


Aprendiz.

282
Segundo Grau

12V -Tendes alguma coisa a comunicar?


Cand (Em voz alta, ensinado pelo 1º0) - Tenho.

• 1-ºV levanta-se, volta-se para o Cand. e oferece a sua mão.


• 1-ºD coloca a m. d. na do 1ºV e com suam. e. ajusta o t. como antes.
• 1-ºV dá o t. depois que o 1ºO tenha ajustado o polegar direito do Cand., e
retém o t. por todo o diálogo que se sugue.

- O que é isto?
(Em voz alta, ensinado pelo 1º0) - O T. de P. que conduz do Primeiro
para o Segundo Grau.
12 V - O que exige este T. de P.?
Cand (Em voz alta, ensinado pelo 1º0) - Uma P. de P.
12 V - Dai-me essa P. de P.
Cand (Em voz alta, ensinado pelo 1º0) - S.
12 V - O que significa S.?
Cand. (Em voz alta, ensinado pelo 1º0) - Ab.
12 V - Como ela é comumente representada em nossas Lojas?
Cand (Em voz alta, ensinado pelo 1ºO) - Por uma e. de t. próximo a uma q.
d'a.
-Passai, S.

• 1-ºV recoloca a m. d. do Cand. na m. e. do 120 e continua em pé.


• 1-ºD segura a m. d. do Cand., coloca-o em posição que possa andar, saem
com o pé esquerdo e leva-o para o lado Norte do Pedestal do 1ºV. Aqui faz
um movimento anti-horário, e coloca a m. d. do Cand. na da esquerda do
1ºV. Faz com que o Cand. se volte para o Oriente, e então se coloca do
lado esquerdo do Cand., também voltado para o Oriente.
• 1-ºV levantando a m. d. do Cand., dá o P e faz o Sn de F. anunciando:

12 V -Mestre, apresento-vos o Irmão F ... ,um Cand. devidamente preparado


para ser passado ao Segundo Grau. (Mantém o Sn e continua a segurar
a m. d. do Cand.).
ML -Irmão 1ºV, ordenai ao 1ºD que ensine ao Cand. a dirigir-se ao Oriente
na devida forma.

• 1-ºD sai da esquerda do Cand., passa por trás dele para o lado direito.
• 1-ºV baixa o Sn, recoloca a m. d. do Cand. na da esquerda do 1º0 e senta-se.
• 1-ºD alinha-se à direita do Cand. ambos ficam voltados para o Oriente e
soltam as mãos.

283
Ritual Emulação

12v - Irmão 12 0, o Mestre da Loja ordena que ensineis ao Cand. a dirigir-


se para o Oriente na devida forma.

• 1~D segura a m. d. do Cand., dá-lhe instruções para sair com o pé esquerdo,


leva-o então pelo lado Norte, até uma distância conveniente do canto
Nordeste. Nesse lugar voltam-se para o Sul. Deixa então o Cand. e segue
para um ponto da linha de centro da Loja. Vira-se para o Cand.

12 0 (Ao Cand.) - O método para se dirigir do Ocidente para o Oriente,


neste Grau, é por c. p. como subindo uma e. em c.. Para vossa
informação, eu os farei e após vós me imitareis.

• 1ºD volta-se para o Sul novamente, mas a uma distância de


aproximadamente três passos do Pedestal do ML.
Coloca então seus pés formando um ângulo reta, cs. juntos, o pé direito
apontando para o Ocidente e o esquerdo para o Sul.
Começa então com o pé esquerdo e levanta seus pés, a cada passo, como
se estivesse subindo uma e. em c.
Agindo assim, ele completa um semi-círculo, começando na linha de centro
da Loja e o termina também sobre ela, na frente do Pedestal do ML, com o pé
direito apontando para o Oriente e o esquerdo para o Norte, com os cs. unidos.
Então ele se volta para o lado do Cand. seguindo a linha semi-circular na
direção reversa.
Coloca então o Cand. no mesmo ponto onde ele estava, solta a mão e o
instrui a dar os passos, ficando na sua frente e indicando com a base da
Vara onde os pés do Cand. devem cair.
Então ele se coloca ao lado direito do Cand., assim que ele terminar os
passos.
OR
·················r· ...............
·· 5 !SB 4 ······-..
::::·· ;~ ·::.·>·--...

' · ·~~~/(\·:~\
\. . _LP_,·' '3' "~'""'"}""'")
;+-··-.._ ~~ ;
..:~ ~-· ··- Y._ ~--/
~ ····· ... ....
:: ~---············
__

oh. . .

284
Segundo Grau

• 2 90 assim que o Cand. começar a dar os passos, levanta-se e segue


diretamente para o Pedestal do ML, chegando lá ao mesmo tempo que o
Cand. e o 190.
• Os três ficam voltados para o Oriente. O 190 à direita e o 2 90 à esquerda
do Cand.

ML ~ Como em cada caso, os Graus na Franco-Maçonaria devem ser


guardados distinta e separadamente, um outro j., em muitos aspectos
semelhante ao anterior, vos é agora exigido. Quereis prestá-lo?
Cand - Quero.

• Se o Cand. não responder voluntariamente o 1!!0 deverá dizer-lhe em voz


bem baixa: "Respondei".

ML - Aj. então com o vosso j. d., com o vosso esquerdo formando um E.


(o Cand. assim faz).
Colocai vossa m. d. sobre o VLS (o Cand. assim faz} , enquanto o
vosso b. e. será suportado no ângulo do E.

• 190 toma o E., comumente das mãos do PMI, e o passa, por trás do Cand.,
para o29 0.
• 2!!0 ajeita o b. e. do Cand. na forma de um E., como no Sn de Saudação ou
Perseverança do 2 9 Grau, isto é, b. para a frente, formando um a. r. com o
corpo, e o a-b. formando a. r. com o b. e o p. voltado para trás, na forma de
um E.
• 2 90 sustenta o E. com sua mão direita.

ML ( ! ) 12V (!) 22V ( !)

• Diáconos seguram as Varas com a mão esquerda e cruzam-nas acima da


cabeça do Cand.
• Ambos dão o P, mas só o 19 0 faz o Sn de F
• TODOS ficam em pé com o P e Sn de F

Juramento

ML (Ao Cand) - Dizei vosso nome por extenso e repeti depois de mim. Eu ,
F. ... ,na presença do Grande Geômetra do Universo e desta digna e
venerável Loja de C.F.M., regularmente constituída, reunida, e
devidamente consagrada, de minha livre e espontânea vontade, por

285
Ritual Emulação

(com sua m. e. toca a m. d. do Cand) e sobre (com sua m. e., toca o


VLS) este Livro, solenemente juro e prometo que sempre guardarei,
ocultarei, e nunca revelarei quaisquer dos ss. ou ms. de ou
pertencentes ao Segundo Grau da Franco-Maçonaria, denominado
Grau de Companheiro, àquele que seja apenas um Aprendiz, como
tampouco os revelarei aos que não sejam Maçons. Ainda mais,
solenemente juro agir como um leal e fiel Companheiro, responder
aos Sns, atender às convocações e preservar os princípios
estabelecidos no Grau anterior. Estes diversos pontos eu juro
solenemente observar, sem evasivas, equívocos ou reserva mental
· de qualquer natureza. Assim me ajude Deus Onipotente e me conserve
firme neste meu solene J. de um Companheiro Franco-Maçam .

TODOS baixam o Sn. de F.


Diáconos descruzam as Varas e voltam a segurá-las com a mão direita.
• 2!!D retira o E., passa-o por trás do Cand. ao 120. Então baixa o braço
esquerdo do Cand.
f!!D coloca o E. onde estava ou entrega-o ao PMI.

ML - Como penhor de vossa Fidelidade e para tornar solene este J., que
de outra forma poderia ser considerado apenas como uma séria
promessa, vós o selarei com vossos lábios, por duas vezes, sobre o
VLS. (o Cand. assim o faz) .

ML - Vosso progresso na Maçonaria é assinalado pela posição do E. e C.


Quando fostes iniciado, ambas as pontas estavam ocultas; neste Grau
uma está exposta, o que significa que vos encontrais, agora, a meio
caminho na Franco-Maçonaria, superior a um Aprendiz, mas inferior
àquele que, espero, mais tarde atingireis.

ML toma a m. d. do Cand. de sobre o VLS, com a sua direita:

ML - Levantai-vos, recém-juramentado Companheiro Franco-Maçom.


(passa a m. d. do Cand. para o 120).

2!!D volta diretamente ao seu lugar.


• ML senta-se.
Todos sentam-se, exceto o 120 e o Cand.
f!!D toma a m. d. do Cand. e leva-o para o lado Norte do Pedestal do ML,
de modo a ficarem paralelos ao mesmo, distantes dele cerca de dois pés,
olhando para o Sul. Soltam as mãos.

286
Segundo Grau

Ml -Tendo prestado o solene J. de Companheiro, vou confiar-vos os ss.


do Grau. Deveis, portanto, avançar em minha direção como na vossa
iniciação.

• Cand. dá o P, faz e baixa o Sn de Aprendiz.


• f90 corrige se for necessário.

Instrução

Ml - Deveis agora, com o vosso p. e. dar outro p. c. em minha direção,


juntando o c. d. na c. do p. e., como antes (o Cand. assim faz) . Este é o
s. p. r. na Franco-Maçonaria, e é nesta posição que são comunicados
os ss. do Grau. Eles consistem, como no anterior, de um Sn, T. e P., com
uma diferença, tal seja, a de que, neste Grau, o Sn é de natureza tríplice.

• ML levanta-se, volta-se para o Cand. e dá o P.

Ml -A primeira parte do Sn tríplice é chamada Sn de F., e é dado colocando


a m. d. sobre o p . e. com o p. estendido na f. de um E., (mostra e o
Cand. copia), emblematicamente, para proteger o repositório de vossos
ss. contra os ataques dos insidiosos.
A segunda parte é chamada Sn de~· ou Sn. de P., e é dado levantando
. a m. e. p . o a., com o p. a. na f. de um E. (mostra e o Cand. copia)
Este Sn teve sua origem quando Josué travava as batalhas do Senhor
e, nesta posição, orava fervorosamente ao Onipotente para que
continuasse a luz do dia, possibilitando-lhe completar a derrota de
seus inimigos.
A terceira parte é o Sn Pe. e é dado a. o b. e., e d. o d . r. sobre o p. e
b. para o I.
Isto é uma alusão à penalidade simbólica outrora incluída no J. deste
Grau, significando que, como homem honrado, um Companheiro
Franco-Maçom preferiria ter seu c. a. do seu p. (mostra e o Cand.
imita) , a indevidamente revelar os ss. a ele confiados.
A penalidade completa era a de ter o p. e. a., o c . a. de lá e dado às a.
de r. ou às f. como presa.
O T ou S é dado por uma p. s. do p. na s. j. da m. (segura a m. d. do
Cand., ajusta em primeiro lugar a mão do Cand. e depois a sua). Este
T ou S exige uma palavra que deve ser dada com a mesma rig@rosa
cautela que a do Grau anterior; isto é, nunca por extenso, mas sempre
por letras ou sílabas.

287
Ritual Emulação

Para permitir como fazer isto devo informar-vos que a palavra é J.

• 190 repete a palavra em voz alta, e o Cand. repete logo após também em
voz alta.
• ML soletra a palavra.
• 190 também soletra a palavra em voz alta, e o Cand. repete logo após
também em voz alta.

ML Como no curso desta cerimônia, esta palavra vos será exigida, o 12 D


vos ensinará como deveis responder.
ML - O que é isto?
Cand. (Em voz alta, ensinado pelo 1º0) - O T ou Se de um Companheiro
Franco-Maçom.
ML - O que exige ele?
Cand. (Em voz alta, ensinado pelo 1º0) - Uma palavra.
ML - Dai-me essa palavra.

• 190 deve conter o Cand. para que não responda.


Cand (Em voz alta, ensinado pelo 1º0) - Neste Grau, como no anterior,
ensinaram-me a ser cauteloso; eu a soletrarei ou dividirei convosco.
ML - Como quiserdes, começai.

• Neste ponto a palavra é dividida.

Cand (Em voz alta, ensinado pelo 1º0, diz a primeira sílaba) - .....
ML (Diz a segunda sílaba) - .....
Cand (Em voz alta, ensinado pelo 1º0, diz a palavra completa) - .....

ML - Esta palavra deriva da c. do lado d. do p. ou e. do T. do R. S., assim


chamada em recordação de J., o Assistente do Sumo Sacerdote que
oficiou sua dedicação.
O significado da palavra é E__ ... _ r. e quando reunida com a do
Grau anterior E __ ... _ ~. pois Deus disse: "Com s. Eu e. esta minha
casa para ficar firme para sempre".
-Passai, J.

• ML coloca a m. d. do Cand. na m. e. do 1ºO e senta-se.


• 190 segurando a m. d. do Cand., fazem uma volta no sentido horário e
alcançam o chão da Loja. Viram então para a esquerda e, em voz bem
baixa, instrui o Cand. a sair com o pé esquerdo, passam em frente do ML
até o canto Sudeste da Loja, o qual é "esquadrado".

288
Segundo Grau

Então saem novamente com o pé esquerdo e leva o Cand. até o lado


direito do Pedestal do 2º11, onde eles param paralelos ao mesmo, e a uma
distância conveniente. Soltam, então, as mãos.
• 1ºD apoia a base da Vara no chão e o topo apoiado no ombro direito.
Então dá o P e faz o Sn de Companheiro.

12 0 - Irmão 2ºV, apresento-vos o Irmão F ... , em sua Passagem para o


Segundo Grau.

• 1ºD baixa o Sn e segura novamente a Vara com a mão direita.

22 V -Rogo ao Irmão F ... que se aproxime de mim como Companheiro.

• Cand. ensinado pelo 1ºD dá o P, faz os Sns de Companheiro e baixa-os.

22 V - Tendes alguma coisa a comunicar?


Cand (Em voz alta ensinado pelo 1º0) - Tenho.

• 2ºV levanta-se, volta-se para o Cand., dá o P e oferece a mão.


• 1ºD coloca a m. d. do Cand. na do 2º11, ajustando-a. Ele faz isto com a m.
e., porque a direita está ocupada com a Vara.
• 2ºV dá o T. depois que o 1º0 tenha ajustado a mão do Cand., e o mantém
durante todo o diálogo.

22 V - O que é isto?
Cand (Em voz alta, ensinado pelo 1º0) - O T ou S de um Companheiro
Franco-Maçam.
- O que exige ele?
(Em voz alta ensinado pelo 1º0) - Uma palavra.
- Dai-me esta palavra.

• 1ºD deve conter o Cand. para que não responda.

Cand (Em voz alta ensinado pelo 1º0) - Neste Grau, como no anterior,
ensinaram-me a ser cauteloso. Eu a soletrarei ou dividirei convosco.
• Neste ponto a palavra é soletrada e dividida.

22V - Como quiserdes, começai.

Cand (Em voz alta, ensinado pelo 1º0, diz a 11! letra) - .....

289
Ritual Emulação

22 V (Diz a 2ª letra) - .....


Cand (Em voz alta, ensinado pelo 1º0, diz a 3ª letra) - .....
22 V (Diz a 4ª letra) - .....
Cand (Em voz alta, ensinado pelo 1º0, diz a 5ª letra) - .....
22 V (Diz a 6ª letra) - .....
Cand (Em voz alta, ensinado pelo 1º0, diz a 1ª sílaba) - .....
22 V (Diz a 2ª sílaba) - .....
Cand (Em voz alta, ensinado pelo 1º0, diz a palavra completa) - .....
22 V -Passai , J .

• 2ºV recoloca a m. d. do Cand. na m. e. do 1º0 e senta-se.


• 1º0 conduz o Cand. até o canto Sudoeste "esquadrando-o" como antes,
daí segue, sempre saindo com o pé esquerdo, para o lado Sul do Pedestal
do 1ºV, ficando paralelo a ele, voltado para o Norte e a uma distância
conveniente. Soltam as mãos.
Apoia a base da Vara no chão e o topo apoiado no seu ombro direito,
então dá o P e faz o Sn de Companheiro:

12 0 - Irmão 1ºV, apresento-vos o Irmão F ... , em sua Passagem para o


Segundo Grau.

• 1º0 baixa o Sn e segura a Vara novamente com a mão direita.

12 V - Rogo ao Irmão F .. . que se aproxime de mim como Companheiro,


primeiramente como Aprendiz.

• Cand. instruído pelo 1ºO dá o P, faz o Sn de Aprendiz e o baixa; a seguir dá


ma1s um outro P. Não faz nenhum sinal neste momento.

1ºV -O que é isto?


Cand (Em voz alta, ensinado pelo 1º0) - Os. p. r. na Franco-Maçonaria.
1ºV -Trazeis mais alguma coisa?
Cand (Em voz alta, ensinado pelo 1º0) - Trago.

• 1º0 dá instruções ao Cand. a fazer e manter o Sn de F.

- O que é isto?
(Em voz alta, ensinado pelo 1º0) - O Sn . de F., emblematicamente
para proteger o repositório de meus ss . contra os ataques dos
insidiosos.
-Trazei mais alguma coisa?

290
Segundo Grau

Cand (Em voz alta, ensinado pelo 190) - Trago.

• f!!D dá instruções ao Cand. a fazer e manter o Sn de S. ou P.

12 V - O que é isto?
Cand (Em voz alta, ensinado pelo 190) - O Sn. de S. ou de P..
12 V - Quando teve ele sua origem?
Cand (Em voz alta, ensinado pelo 19 0) - Na ocasião em que Josué travava
as batalhas do Senhor e, nesta posição, orava fervorosamente ao
Onipotente para que continuasse a luz do dia, de modo que pudesse
completar a derrota de seus inimigos.
12V -Trazeis mais alguma coisa?
Cand (Em voz alta, ensinado pelo 190) - Trago.

• f!!D dá instruções ao Cand. para baixar ambas as partes do Sn., na


seqüência.

12 V - O que é isto?
Cand (Em voz alta, ensinado pelo 190} - O Sn Pe.
12 V -A que se refere?
Cand (Em voz alta, ensinado pelo 190) - À penalidade simbólica deste grau,
significando que, como homem honrado, um Companheiro Franco-
Maçam preferiria ter seu c. a. do seu p. (o f!!D deve instruí-lo a fazer e
baixar o Sn de F) a indevidamente revelar os ss. a ele confiados.
12 V -Tendes alguma coisa a comunicar?
Cand (Em voz alta, ensinado pelo 19 0} - Tenho.

• f!!V levanta-se, volta-se para o Cand., dá o P e oferece a mão.


• m. d. do Cand. na do 19 V e ajusta-a com sua mão esquerda.
19D coloca a
Sua mão direita está ocupada em segurar a Vara.

12 V -O que é isto?
Cand (Em voz alta, ensinado pelo 190} - O T. ou S. de um Companheiro
Franco-Maçam.
- O que exige ele?
(Em voz alta, ensinado pelo 190} -Uma palavra.
- Dai-me essa palavra.

• 19D deve conter o Cand. para que não responda.

Cand (Em voz alta, ensinado pelo 190} - Neste Grau, como no anterior,

291
Ritual Emulação

ensinaram-me a ser cauteloso. Eu a soletrarei ou dividirei convosco.

• Nesta ocasião a palavra é dividida.

1ºV - Como quiserdes, começai.


Cand (Em voz alta, ensinado pelo 1º0, diz a f!! sílaba) - .....
12 V (diz a 2!! sílaba) - .....
Cand (Em voz alta, ensinado pelo 1ºD, diz a palavra completa) - .....

12 V -De onde deriva esta P.?


Cand (Em voz alta, ensinado pelo 120) - Da coluna do I. d. do p. ou e. do T.
do R. S ., assim chamada em recordação de J., o Assistente do Sumo
Sacerdote que presidiu a sua dedicação.
12 V - O que significa esta palavra?
Cand (Em voz alta, ensinado pelo 1º0) - E _ _ ... r.
12 V -E quando reunida com a do Grau anterior?
Cand (Em voz alta, ensinado pelo 1ºD) - E __ ... ~. porque Deus disse:
"Com s. Eu e. esta minha casa, para ficar firme para sempre".
12 V -Passai, J.

• 1ºV recoloca a m. d. do Cand. na m. e. do 1º0 e permanece em pé.


1ºD toma o Cand. pelam. d. e leva-o para o lado Norte do Pedestal do 1º\1,
passando pela sua frente. Então ele faz um movimento anti-horário e coloca
a m. d. do Cand. na do 1ºV, depois alinha-se à esquerda do Cand., ficando
ambos voltados para o Oriente.
• 1ºV levanta a m. d. do Cand., dá o P e faz o Sn de F.

12 V -Mestre, apresento-vos o Irmão F... , por ocasião de sua Passagem ao


Segundo Grau, para que receba mais uma prova de vossa
benevolência.
ML - Irmão 1ºV, delego-vos poderes para investi-lo com a insígnia de
Companheiro Franco-Maçom.

• 1ºV baixa o Sn e solta a mão do Cand.


• 1ºD faz com que o Cand. se volte para o 1ºV.
• 1ºV retira o avental de Aprendiz do Cand. e coloca-lhe o de Companheiro.
1ºD ajuda se for necessário.
1ºV segura o canto direito inferior do avental do Cand. com sua mão
esquerda:

12 V -Irmão F. .., por delegação do ML, invisto-vos com a insígnia distintiva

292
Segundo Grau

do Companheiro Franco-Maçom, para assinalar o progresso que


tendes feito nas ciências.

• 1ºV com suam. e. passa a m. d. do Cand. para a m. e. do 1ºDe senta-se.


• 1ºD toma do 1ºV a m. d. do Cand. Coloca-se então à direita do Cand.,
ambos voltados para o Oriente. Soltam então as mãos.

ML - Irmão F .... , deixai-me acrescentar, ao que foi dito pelo 1ºV, que a
insígnia com a qual fostes agora investido indica que, como
Companheiro, se espera que façais das Artes e Ciências Liberais o
vosso futuro estudo, para que melhor possais desempenhar os vossos
deveres como Maçom, e melhor avaliar as maravilhosas obras do
Onipotente.
Irmão 1ºD, colocai o nosso Irmão na parte Sudeste da Loja.

• tºD segura o Cand. pela m. d. e leva-o até a parte Sudeste da Loja,


"esquadrando" o canto Nordeste. Ambos ficam voltados para o Norte, tão
próximo quanto possível do canto da Loja. Soltam então as mãos.

1º0 (Ao Cand.) - Colocai vosso pé direito no sentido longitudinal da Loja, e o


pé esquerdo no sentido transversal; prestai atenção ao Mestre da Loja.

Alocução

ML - Sendo a Maçonaria uma ciência progressiva, quando iniciado


Aprendiz fostes colocado na parte Nordeste da Loja, para indicar terdes
sido admitido recentemente; estais agora sendo colocado na parte
Sudeste, para assinalar o progresso que fizestes na Ciência.
Personificais agora um Companheiro Franco-Maçom, justo e reto, e
eu vos aconselho, com empenho, a sempre prosseguirdes agindo como
tal; e como espero que o teor da última preleção não está e nem nunca
estará apagado de vossa memória, contento-me em observar que,
como no Grau anterior, tomastes conhecimento dos princípios da
verdade moral e da virtude. Tendes agora permissão para estenderdes
as vossas pesquisas aos Mistérios ocultos da Natureza e da Ciência.

• PMI coloca os Instrumentos de Trabalho de prontidão e na ordem sobre a


mesa do ML, se não o tez antes.
• 1ºD segura o Cand. pelam. d. e leva-o para a frente do Mestre da Loja, tão
próximo como conveniente do Pedestal, de modo que ele possa ver os
Instrumentos. Soltam as mãos.

293
Ritual Emulação

Instrumentos de Trabalho

ML - Apresento-vos, agora, os instrumentos de trabalho de um


Companheiro Franco-Maçam. São eles: o Esquadro, o Nível e o Prumo
(indica-os enquanto os nomeia). O Esquadro serve para verificar e
ajustar os cantos retangulares dos edifícios, e auxiliar a dar forma
apropriada à matéria bruta; o Nível, para fazer nivelamentos e provar
as horizontais; o Prumo, para ajustar e testar verticais, ao serem
colocadas em suas bases. Mas, como não somos todos Maçons
operativos, mas sim livres e aceitos ou especulativos, aplicamos essas
ferramentas à nossa moral. Assim, o Esquadro ensina a moralidade, o
Nível a igualdade e o Prumo a correção na vida e nas ações. Assim,
por esquadria na conduta, passos nivelados e intenções retas
esperamos ascender às imortais mansões de onde emana toda a
Bondade.
ML Estais agora em liberdade para retirar-vos, a fim de retomardes vosso
conforto pessoal e, quando regressardes à Loja, chamarei vossa
atenção para a Tábua de Delinear. Congratulo-me convosco pelo
progresso que alcançastes na Ciência.

• 190 segura o Cand. pelam. d., faz com ele um movimento anti-horário até
voltarem-se para o Ocidente, e avançam diretamente, sem "esquadrar" até
o lado Norte do Pedestal do 1gv. Aqui fazem um movimento horário,
voltando-se para o Oriente. Soltam as mãos.

12 0 (Ao Cand., em voz alta) - Saudai o ML como Aprendiz e depois como


Companheiro.

• 19 0 instrui o Cand. em voz bem baixa para dar o P, fazer e baixar o Sn de


Aprendiz.
• Cand. assim faz.
19 0 a seguir, ainda em voz bem baixa, instrui o Cand. a dar outro P, fazer
e baixar o Sn de Companheiro.
• Cand. assim faz.
• 19 0 toma o Cand. pelam. d., fazem um movimento anti-horário e rumam
para a porta.
• Gl segue para a porta na frente do 1gD e a abre. Depois que o Cand. sair,
fecha-a novamente.
• Gt e 190 voltam diretamente para os seus lugares.
• Enquanto o Cand. está fora, retomando o seu conforto pessoal, é permitido
fazer uma "chamada para o descanso".

294
Segundo Grau

• A Tábua de Delinear deve ser colocada no Centro da Loja, para ser vista
de frente do Ocidente.
• É interessante e instrutivo que o GE faça um treinamento com o Cand.,
como dar os Passos e Sinais na sua reentrada na Loja.

Retorno do Candidato

• GE quando o Cand. estiver preparado e com o Avental de Companheiro,


dá as batidas de Companheiro na porta.
• Gl levanta-se, e na frente da sua cadeira, dá o P e o Sn de Companheiro. -·
Gl - Irmão 2ºV, batem na porta. (Mantém o Sn).

2ºV (Sentado, dá uma batida) - !


• Gl baixa o Sn, segue para a porta, abre-a, olha para fora e nada diz.

GE - O Candidato no seu retorno.

• Gl não responde. Fecha a porta. Volta ao seu posto, e em frente da sua


cadeira dá o P e faz o Sn de Companheiro, que o mantém.

Gl - Mestre, o Candidato no seu retorno.


ML - Admiti-o.

• Gl baixa o Sn, espera pela chegada do 1º0 e então segue para a porta.
• f!!D segue o Gl para a porta.
• Gl abre a porta e admite o Cand.
• 1eo recebe o Cand. e leva-o pela m. d. para o lado esquerdo do Pedestal
do 1ºV. Ambos ficam de frente para o Oriente e então soltam as mãos.
• Gl assim que o 1º0 receber o Cand., fecha a porta e reassume o seu
assento.

120 (Ao Cand. em voz alta) - Saudai o ML como Aprendiz e depois como
Companheiro.

• f!!D Instrui o Cand. em voz bem baixa para dar o P, fazer e baixar o Sn de
Aprendiz. Depois disso, dar o segundo P, fazer e baixar o Sn de
Companheiro.
Leva o Cand. diretamente para o Ocidente da TO. Soltam as mãos.
• 2eo levanta-se e segue diretamente para o lado esquerdo do Cand., de
modo que os três, alinhados, fiquem voltados para o Oriente.

295
Ritual Emulação

• ML deixa o seu Pedestal pelo lado esquerdo (Sul) e segue diretamente


para o lado Oriente da TO.
• 2!!0 passa a sua Vara para o ML.
• TODOS reúnem-se em l!Oita da TO, exceto os Vigilantes e o Gl.
• Os diversos itens mencionados durante a explanação podem ser
apropriadamente indicados com a Vara.

Explanação da Tábua de Delinear - 2º grau

ML -Quando o Templo de Jerusalém foi concluído pelo Rei Salomão, sua


riqueza e esplendor tornaram-se objeto de admiração das nações
circunvizinhas, e sua fama espalhou-se aos mais remotos recantos
do mundo então conhecido. Não havia, no entanto, em relação à sua
magnífica estrutura, nada mais notável ou que mais particularmente
prendesse a atenção, do que as duas grandes Colunas colocadas no
pórtico ou entrada. A da esquerda chamava-se 8., que significa "em
s."; a da direita J., que significa "e."; e quando reunidas "e."; pois
Deus disse: "Em s. Eu e. esta minha casa para ficar firme para sempre".
A altura dessas Colunas era de dezessete côvados e meio(+- 11,9
m) cada uma, a circunferência de doze (+ - 7,9 m) e o diâmetro de
quatro(+- 2,6 m). Foram construídas ocas para servirem como arquivo,
pois nela foram depositados os documentos e planos da construção.
Sendo ocas, a camada exterior ou casca tinha quatro dedos, ou seja,
a largura de uma mão. Foram feitas de bronze fundido, moldadas na
planície do Jordão, no terreno argiloso, entre Succoth e Zeredathah,
onde o Rei Salomão ordenou que fossem fundidas, juntamente com
os seus vasos sagrados. O superintendente da fundição foi Hiram
Abiff. Essas Colunas eram adornadas com dois capitéis de cinco
côvados (+ - 3,3 m) de altura cada um; os capitéis eram adornados
por uma rede de malhas, lírios e romãs. A rede, pela conexão de suas
malhas, denota união; os lírios por sua alvura, paz; e a romãs, pela
exuberância de suas sementes, denotam abundância. Havia duas
ordens de romãs em cada capitel, cem em cada ordem. Essas Colunas
eram, além disso, ornadas com duas esferas, nas quais estavam
delineados mapas dos globos celeste e terrestre. Foram dadas como
terminadas quando a rede, ou dossel, foi estendida sobre elas.
Foram erguidas como recordação, para os filhos de Israel, daquela
miraculosa coluna de fogo e nuvem que teve dois maravilhosos efeitos:
o fogo forneceu luz aos israelitas, durante sua fuga da escravidão no
Egito, e a nuvem produziu trevas ao Faraó e seus seguidores, quando
tentaram persegui-los. O Rei Salomão ordenou que fossem colocadas

296
Segundo Grau

à entrada do Templo, por ser o local mais apropriado e visível, para os


filhos de Israel terem continuamente diante dos olhos a feliz libertação
de seus antepassados, quando fossem ou voltassem do ofício divino.
Na construção do Templo do Rei Salomão, foi empregado um grande
número de artífices. Alegoricamente, consistiam eles de Aprendizes e
Companheiros; os Aprendizes recebiam semanalmente uma ração de
trigo, vinho e azeite; os Companheiros eram pagos em dinheiro, que
iam recebê-lo na Câmara do Meio do Templo; chegavam até lá pelo
pórtico ou entrada do lado Sul. Depois que os artífices entravam pelo
pórtico, chegavam ao pé da e. em c. , que conduzia à Câmara do Meio;
sua subida era impedida pelo 2ºV que lhes exigia o T. de P. e a P. de P.
que conduz do Primeiro ao Segundo Grau.
Do T. de P. vós todos estais de posse, e a P. de P., não duvido que vos
recordeis , é Sh. Sh . significa A. , sendo aqui representada por um e.
de t. próxima a uma q. d'a. A palavra Sh. tem sua origem na ocasião
em que um exército de efraimitas cruzou o rio Jordão, em atitude hostil
contra Jefté, o renomado general gileadita. O motivo que eles deram,
para essa visita agressiva, foi a de não terem sido chamados a participar
das honras da guerra contra os amonitas, mas o seu verdadeiro intento
era o de participar dos ricos despojos com que, em conseqüência
dessa guerra, Jefté e seu exército estavam então carregados. Os
efraimitas foram sempre considerados um povo rixoso e turbulento,
mas, naquela ocasião, manifestaram-se violentamente; e após graves
ultrajes contra os gileaditas, ameaçaram destruir seu vitorioso
comandante e sua casa pelo fogo. Jefté, por seu lado, tentou todos os
meios suaves para apaziguá-los, mas achando-os ineficazes, recorreu
aos rigorosos. Mobilizou seu exército, deu combate aos efraimitas,
derrotou-os e pô-los em fuga; e para tornar decisiva sua vitória contra
idênticos incômodos no futuro, ordenou que destacamentos de seu
exército guarnecessem as passagens do rio Jordão, pelas quais sabia
serem, os rebeldes, obrigados a tentar passagem, para regressarem
à sua terra natal, dando ordens terminantes de que qualquer fugitivo
que tomasse aquele caminho, declarando-se efraimita, fosse
imediatamente morto. Mas, se prevaricasse ou negasse, fosse exigida
uma palavra de prova para pronunciar: a palavra Sh. Eles, os efraimitas,
por um defeito de aspiração, peculiar ao seu dialeto , não podiam
pronunciá-la distintamente, e diziam Si., esta pequena variação
denunciava a sua origem e custava-lhes a vida. As escrituras nos
informam que tombaram naquele dia, no campo de batalha e nas
margens do Jordão, quarenta e dois mil efraimitas; e como Sh. era
então uma palavra de exame para distinguir amigos de inimigos, o Rei

297
Ritual Emulação

Salomão resolveu adotá-la, como uma P. de P. em uma Loja de


Companheiros, para evitar que qualquer pessoa não qualificada
subisse a e. em c. que conduzia à Câmara do Meio do Templo.
Depois que os antigos artífices davam essas provas convincentes ao
2ºV, ele dizia: "Passai Sh.". Eles então subiam a e. em c., consistindo
em três, cinco, sete ou mais degraus. Três governam uma Loja; cinco a
constituem; sete ou mais fazem-na perfeita. Os três que governam uma
Loja são: o Mestre e seus dois Vigilantes; os cinco que a constituem são
o Mestre, dois Vigilantes e dois Companheiros; os sete que a tornam
perfeita são dois Aprendizes reunidos aos cinco precedentes. Três
governam uma Loja porque somente três Grandes Mestres governaram
durante a construção do Templo de Jerusalém, a saber: Salomão, Rei
de Israel, Hiram, Rei de Tiro e Hiram Abiff. Cinco constituem uma Loja,
em alusão às cinco ordens de arquitetura, a saber: Toscana, Dórica,
Jônica, Coríntia e Compósita. Sete ou mais tornam uma Loja perfeita,
porque o Rei Salomão despendeu sete anos ou mais a construir,
completar e dedicar o Templo de Jerusalém ao serviço de Deus. Há
também, uma outra alusão, às sete Artes e Ciências Liberais, a saber:
Gramática, Retórica, Lógica, Aritmética, Geometria, Música e Astronomia.
Quando os antigos artífices alcançavam o cimo da "e. em c.", chegavam
à porta da Câmara do Meio, que encontravam aberta, mas devidamente
coberta contra todos abaixo do grau de Companheiro pelo 1ºV, que
lhes exigia S., T. e P. de Companheiro. Depois que lhes davam essa
prova convincente, dizia: "Passai Sh.". Eles entravam então na Câmara
do Meio do Templo, onde iam receber os seus salários, o que faziam
sem escrúpulos ou receios. Sem escrúpulo, porque sabiam ter eles
todos o direito, e sem receio, pela grande confiança depositada na
integridade de seus chefes daquela época.
Quando os antigos pedreiros se encontravam na Câmara do Meio do
Templo, sua atenção era particularmente atraída para certos caracteres
hebraicos, aqui representados, simbolicamente, pela letra "G", (o PMI,
que permanecera no Pedestal, dá uma batida seguido pelo 1ºV e 2ºV)
significando Deus, (todos fazem o Sn de R.) o Grande Geômetra do
Universo, a Quem todos devemos nos submeter, e a Quem temos por
obrigação adorar humildemente.
• TODOS baixam o Sn de R.
• ML devolve a Vara para o 2º0, e volta para o seu lugar, entrando pelo
Norte.
• 29D volta ao seu lugar.
t9D leva o Cand. diretamente para um assento, e retorna ao seu lugar.
TODOS sentam-se.

298
Segundo Grau

TÁBUA DE DELINEAR DO SEGUNDO GRAU

299
Ritual Emulação

APÊNDICE
O assunto contido neste Apêndice não é Trabalho de Emulação
(ver Prefácio do Ritual do Primeiro Grau) 1

LONGA EXPLICAÇÃO SOBRE AS FERRAMENTAS DE


TRABALHO DO SEGUNDO GRAU

Uma explicação mais longa sobre os ensinamentos simbólicos das


Ferramentas de Trabalho do Segundo Grau é apresentada algumas vezes
conforme a seguir mas somente faz parte do ritual "Emulação" no curso das
Preleções, no que se refere as três Jóias Móveis (Vide Primeira Preleção,
Quinta Seção)

O E. nos ensina a Moralidade, ou seja, a regular nossas vidas e ações


de acordo com as regras e padrões maçônicos e a harmonizar nossa conduta
nesta vida, de modo a nos tornarmos aceitáveis àquele Ser Supremo do qual
brotam todas as bênçãos, e ao qual daremos conta de nossas ações.
O Ni. aplica-se à Igualdade, pois demonstra que todos temos a mesma
origem, a mesma natureza, partilhando as mesmas esperanças; e que, embora
as distinções humanas sejam necessárias para preservar a subordinação ,
nenhuma posição de preeminência nos faça esquecer que somos Irmãos;
porquanto, todo aquele que está em posição inferior na roda da fortuna é
igualmente digno de nossa consideração, pois chegará o momento, não
sabemos quando, em que todas as benesses e todas as virtudes cessarão, e
a morte, niveladora de todas as grandezas humanas, reduzirá todos ao mesmo
estado.
A infabilidade do Pr. ensina Correção e Retidão na vida e nos atas. Tal
como a Escada de Jacob, que une o céu e a Terra, é o padrão de verdade e
retidão, ensina-nos a caminhar com justiça e retidão diante de Deus e dos
homens, não nos desviando para a direita ou para a esquerda; não sermos
fanáticos, perseguidores ou difamadores da religião, não nos curvando à
avareza, à injustiça, à malícia, à vingança, à inveja ou às disputas mundanas,

' Foram feitos arranj os com os Publicadores para incluir um Apêndice de assuntos que, embora fora do
âmbi to de " Emulação", possam ser de ajuda aos membros da Ordem em geral, mas seus conteúdos não são
de qu alquer forma uma parte do Trabalho Emu lação como demonstrado nas reuniões regulares da Emulatio11
Lodge of lmprovement.

300
Segundo Grau

mas deixando de lado toda propensão egoística que possa ofender a nossos
semelhantes conduzir a nau da vida pelos mares tempestuosos da paixão,
sem deixar o elmo da retidão. Este é o supremo ideal de Perfeição a que pode
chegar a natureza humana e, assim como o construtor ergue sua coluna com
a ajuda do Ni. e do Pr., assim todo Franco-Maçam, deve conduzir-se na vida,
observando o devido equilíbrio entre a avareza e a dissipação, mantendo '
suas paixões e seus preconceitos sob o estrito controle do dever e, em todas
as suas ocupações, ter em vista a Eternidade.
Assim, o E. ensina a moralidade; o Ni., a Igualdade; e o Pr., a Justiça e
a Retidão na vida e nos atas; porquanto, por esquadria na conduta, passos
nivelados e intenções retas, esperamos ascender às Mansões Imortais de
onde emanam todas as Bênçãos.

EXORTAÇÃO APÓS A PASSAGEM

ML (Ao Cand.) Tendo avançado ao Segundo Grau, nós vos felicitamos em


vossa promoção. É desnecessário recapitular os deveres que como um Maçam
estais compelido a cumprir, ou expandir a necessidade de uma estrita aderência
a eles, visto que vossa própria experiência deve ter-lhes estabelecido seu
valor. Vossa conduta e comportamento regular mereceram o título que
conferimos; e na vossa nova condição, espera-se que vós não só vos
conformareis com os princípios da Ordem, mas vos perseverareis firmemente
na prática de toda Virtude. Recomendamo-vos que considereis seriamente o
estudo das Artes Liberais, as quais tendem tão efetivamente a polir e adornar
o espírito, especialmente a Ciência da Geometria, estabelecida como a base
da nossa Arte. Como a solenidade de nossas Cerimônias requer uma
compostura séria, devereis estar particularmente atento com vosso
comportamento em nossas reuniões; devereis preservar sagrados e invioláveis
nossos antigos usos e costumes, e por vosso exemplo induzir os outros a
mantê-los com profundo respeito. Devereis suportar e manter vigorosamente
as leis e regulamentos da Ordem. Não devereis suavizar ou agravar as
transgressões de vossos Irmãos; mas a cada propósito de violação contra
nossas regras, julgai com sinceridade, admoestai com amizade e repreendei
com clemência. Como um Obreiro, em nossas reuniões privadas, podereis
expor vossas opiniões sobre assuntos apresentados em preleção, sob a
supervisão de um Mestre experiente, que protegerá os Landmarks contra
transgressões. Por este privilégio, podereis melhorar vossa força intelectual,
qualificar-vos em vir a ser um participante útil da sociedade, e, como um Irmão
hábil, esforçar-vos em distinguir-vos no que é bom e grande. Devereis honrar
e obedecer pontualmente a todos os Sinais e Convocações regulares dadas

301
Ritual Emulação

e recebidas. Devereis encorajar o trabalho e a recompensa por mérito, suprir


as faltas e aliviar as necessidades de Irmãos e Companheiros ao máximo de
vosso poder e habilidade, e sem razão prejudicá-los ou percebê-los
prejudicados, mas informá-los oportunamente do perigo que se aproxima, e
considerai seus interesses inseparáveis dos vossos. Assim é a natureza dos
vossos compromissos como Companheiro Franco-Maçom, e estes deveres
vós estais compelidos a observar pelos mais sagrados laços.

EXPLICAÇÃO ADICIONAL DA TÁBUA DE


DELINEAR DO 22 GRAU 2

A palavra "Sh" teve sua origem do seguinte fato notável. Quando os


Filhos de Israel tinham repetidamente abandonado as leis dos seus
antepassados, e por muito persistiram em seus modos idólatras, o Todo-
Poderoso achou adequado afligi-los com diversos castigos; um dos mais
penosos deles era sujeitá-los a invasões e opressões das nações vizinhas
pagãs. Porém, quando o povo se arrependia da sua idolatria e humilhava-se
diante do verdadeiro Deu ,. Ele nunca falhou em encontrar um vencedor e
libertador. Morava em Israel um homem de reputação cujo nome era Gilead, e
que tinha muitos filhos ; mas um em particular, chamado Jephtha, que ele teve
com uma concubina. Gilead morrendo, e seus filhos estando crescidos, eles
expulsaram Jephtha da casa de seu pai dizendo: "Pensaste tu, que és apenas
o filho de uma escrava, herdar conosco que somos nascidos livres?" Jephtha,
sendo assim tratado em seu país nativo, e sendo de um espírito ousado, decidiu
tentar sua fortuna em um país estrangeiro. Ele adequadamente se asilou na
terra de Tob, onde por sua grande coragem e habilidade logo evoluiu à condição
de líder de um pequeno exército, com o qual ele fez excursões ao país do
inimigo, freqüentemente retornando carregado de ricos espólios. Naquele
tempo, os Amonitas faziam guerra com o Gileaditas e os invadiram com um
exército formidável ; e não contentes em saquear o país, eles ameaçaram
assediar a própria cidade de Gilead . Os Gileaditas, de sua parte,
desenvolveram um numeroso exército para os opor, mas estavam com grande

2
Na explanação desta Tábua de Delinear é dito que a Franco-Maçonaria já ex istia quando o Rei Salomão
construiu o Templo de Jerusalém, e que os pedreiros que construíram o Templo estavam organizados em
Lojas. Também é dito que o Rei Salomão, Rei Hiram de Tiro e H iram Abif regiam aquelas Lojas como
Grão-Mestres iguais. Porém, as ceri mônias são constituídas de alegoria e simbolis mo, e as histórias que
elas tecem em torno do edifício do Templ o, obviamente, não são literais ou fatos históricos mas um meio
dramático de explicar os princípios da Franco-Maçonaria. A Franco-Maçonaria nem se originou nem
ex istiu no tempo de Salomão (Nota do Autor).

302
Segundo Grau

angústia por desejarem um general experiente para conduzir suas tropas para
batalhar. Nesta dificuldade, eles pensaram no seu conterrâneo Jephtha, cuja
fama de suas proezas militares já os tinha alcançado por aquele tempo. Uma
delegação dos Anciões dirigiu-se àquele comandante, solicitando
humildemente que assumisse o comando de seus exércitos. Jephtha ficou
muito surpreso com esta reversão de fortuna, e disse aos Anciões: "Foi apenas
o outro dia que eu fui expulso da casa de meu pai, sendo considerado não
merecedor de herdar com os nascidos livres, mas agora em vossa angústia
recorreis a mim."Recordando que era seu país nativo e de seus irmãos (embora
não merecedores) que estava em perigo, ele falou para os Anciões que se
eles consentissem em fazê-lo General em Chefe ou Governador vitalício, no
caso de voltar vitorioso da expedição Amonita, aceitaria a oferta. A isto
consentiram eles prontamente, e o título de Jephtha foi posteriormente logo
ratificado na cidade de Gilead, em uma assembléia plena de Chefes e Anciões.
Jephtha tendo sido assim investido com plenos poderes, reforçou o exército
Gileadita com aquelas tropas veteranas que ele tão sucedidamente comandou;
mas estando desejoso de, se possível, poupar o derramamento de sangue,
enviou mensagens ao Rei dos Amonitas, solicitando ser informado de por
qual autoridade ele invadiu seu país. Aquele monarca respondeu
arrogantemente "Que o país não era de Jephtha mas seu, porque os Israelitas
o haviam tomado de seus antepassados em seu retorno do Egito para Canaã,
a terra onde a maioria do povo então permaneceu." Jephtha respondeu, "Que
não foi dos Amonitas, mas dos Amoritas, que o país tinha sido tomado, e que
se a lei de conquista ou prescrição pudesse dar a algum povo o título formal
para um território, os Gileaditas o tinham sem dúvida, tendo estado na posse
dele durante 300 anos." Continuando o Rei dos Amonitas ainda obstinado,
Jephtha avançou seu exército em formação de batalha, e marchou contra os
invasores que foram totalmente derrotados e postos em fuga com grande
massacre. Aproveitando sua vantagem, os Gileaditas entraram no território
inimigo, onde suas recentes devastações foram retaliadas severamente pela
pilhagem de vinte cidades Amonitas. No seu retorno, Jephtha travou
conhecimento com o grande incômodo proveniente dos seus vizinhos, os
Efraimitas, que tinham cruzado o Rio Jordão de maneira hostil etc. (A explicação
continua como dado na p. xx).

181181181

303
APÊNDICE III

-
RITUAL EMULAÇAO
3º Grau - Mestre
Traduzido do Original Inglês por
Anatoli Otiynik
Past Master
- 1999-
ABRINDO NO TERCEIRO GRAU
• Antes de abrir os trabalhos no Terceiro Grau, o Mestre solicita normalmente
que os Companheiros se retirem.

ML ( ! ) 12 V ( ! ) 22 V ( ! )
ML - Irmãos, ajudai-me a abrir a Loja no 32 Grau .

• Todos levantam-se, se já não estiverem em pé.

ML - Irmão 2 2 V, qual é o primeiro cuidado de todo Mestre-Maçam?


22 V - Verificar se a Loja está perfeitamente coberta.
ML (ao 2-ºV) - Ordenai que se cumpra esta obrigação.
22 V -Irmão Gl, verificai se a Loja está perfeitamente coberta.

• Gl dirige-se até a porta, não a abre, dá as batidas do 2º Grau, retorna para


a sua posição e fica em frente da cadeira.
• GE responde com as mesmas batidas.
• Gl retorna ao seu lugar, dá o P, faz o Sn de Comp. e diz:)

Gl -Irmão 2ºV, a Loja está perfeitamente coberta (baixa o Sn e permanece


em pé).
22 V (Dá as batidas de Comp., faz o Sn e diz:) - Mestre, a Loja está
perfeitamente coberta (baixa o Sn e permanece em pé).
ML - Irmão 1ºV, o cuidado seguinte?
12 V - Verificar se todos os Irmãos se apresentam à Ordem como
Companheiros.
ML - À Ordem Irmãos, no Segundo Grau.

• Todos dão o P e se põem à Ordem como Companheiros.

ML -Irmão 2ºV, sois M. M.?


22 V - Sou, Mestre; examinai-me e sujeitai-me à prova.
ML (ao 2ºV) -Em quais instrumentos de Arquitetura quereis ser examinado?
22 V - No E. e no C.
ML (ao 2ºV) -Já que sois conhecedor do verdadeiro método, examinai os
Irmãos presentes, verificando por Sns se são MsMs, e apresentai-me
esta prova, seguindo o seu exemplo.
22 V - Irmãos, o ML ordena que, por Sns, proveis ser MsMs.

• Todos (exceto o Mestre da Loja e o 2ºV) dão o P. e executam os Sns de


Ritual Emulação

MM (Sn de Hr., Sn de Cpx., e o Sn Pe. com recuperação). Verificado que


tudo está certo, é feita a seguinte participação:

22 V -Mestre, os Irmãos provaram por Sns serem MsMs, e em obediência


à vossa ordem, sigo-lhes o exemplo (executa-os seguindo o exemplo
dos Irmãos.).
ML - Irmão 22 V, reconheço a exatidão dos Sns (Executa-os seguindo o
exemplo do 2ºV)
ML - Irmão 2ºV, de onde vindes?
22v - Do Oriente
ML - Irmão 1ºV, para onde dirigis vossos passos?
12 V -Para o Ocidente.
ML - Irmão 22 V, por que motivo deixais o Oriente para vos dirigirdes ao
Ocidente?
2
2 V - Para procurar o que foi perdido, e que, por vossa instrução, e nosso
esforço, esperamos encontrar.
ML (ao 1ºV) - O que foi que se perdeu?
12 V -Os legítimos ss. de um MM.
ML (ao 2ºV) - Como foi que se perderam?
22 V - Pela m. inesperada do nosso M. H.A..
ML (ao 1ºV) - Onde esperais encontrá-los?
12V -NoC.
ML (ao 2ºV) - O que é um C.?
22 V - Um ponto no interior de um círculo, do qual todos os pontos da
circunferência são eqüidistantes.
ML (ao 1ºV). - Por que no C?
2
1V -Porque esse é um ponto no qual um MM não pode errar.
ML - Nós vos ajudaremos a reparar essa perda, e possa o Céu ajudar os
nossos mútuos esforços.
Todos - Que assim seja!
ML - Irmãos, em nome do Altíssimo, declaro a Loja devidamente aberta
(todos baixam o Sn Pe. não voltando à posição de Ordem) no C., para
se tratar de assuntos da Franco-Maçonaria no Terceiro Grau.

• ML dá as batidas de MM, que são repetidas pelos Vigilantes


• 2º0 encarrega-se da Tábua de Delinear.
• Gl vai até a porta e dá as batidas de MM, retornando ao seu lugar.
GE responde as batidas de MM.
• PMI expõe as duas ps. do C. por cima do E. O Irmão que tenha desfeito o
Passo, deve retomá-/o.

ML -Toda Glória ao Altíssimo.

308
Terceiro Grau

• Todos fazem o Gr. ou R. Sn.


• ML senta-se.
• Todos sentam-se.

ENCERRANDO NO TERCEIRO GRAU


ML ( ! ) 12 V ( ! ) 22 V ( ! )
ML - Irmãos, ajudai-me a encerrar a Loja no Terceiro Grau.

• Todos levantam-se.

ML - Irmão 2ºV, qual é o constante cuidado de todo MM?


22 V - Verificar se a Loja está perfeitamente coberta.
ML (ao 2ºV) - Ordenai que se cumpra esta obrigação.
22 V -Irmão Gl , verificai se a Loja está perfeitamente coberta.

• G/ dirige-se até a porta da Loja e, sem abri-/a, dá as batidas de MM e


retorna ao seu lugar, dá o P e faz o Sn Pe. de MM diz:
• GE responde com as mesmas batidas.

Gl - Irmão 2ºV, a Loja está perfeitamente coberta (descarrega o Sn e


permanece em pé).

2ºV (Dá as batidas de MM e faz o Sn Pe.) - Mestre, a Loja está perfeitamente


coberta (descarrega o Sn).
ML - Irmão 1ºV, o cuidado seguinte?
12 V -Verificar se todos os Irmãos se apresentam à Ordem como MsMs.
ML -À Ordem Irmãos, no Terceiro Grau.

• Todos dão o P. e se põem à Ordem como MsMs.

ML - Irmão 2ºV, de onde vindes?


22 V - Do Ocidente, onde estivemos à procura dos legítimos ss. de MM.
ML - Irmão 1ºV, achaste-os?
12 V - Não, Mestre, mas trazemos conosco outros para substituí-los, e
estamos ansiosos para vô-los comunicar para vossa aprovação.
ML (ao 1ºV) - Fazei com que esses ss. substitutos me sejam regularmente
comun icados.

• 1-!?V mantendo o Sn Pe. de MM, deixa o Pedestal pelo lado Norte e dirige-
se em direção ao Oriente do lado Norte da linha central da Loja, até alcançar

309
Ritual Emulação

um ponto além do Pedestal do 2º\1, onde gira para dentro, de frente para o
Sul e pára, com o P e Sn.
• 2ºV mantendo o Sn Pe. de MM, deixa o Pedestal pelo lado Ocidental no
momento oportuno de dirigir-se ao Oriente alinhado com o 1º\1, do lado Sul
da linha central da Loja, até que o 1ºV gire para dentro, parando com o P.
e o Sn.; o 2ºV então gira para dentro, ficando de frente para o 1º\1, parando
a uma distância conveniente do mesmo, com o P. e Sn.
• 2ºV dando um outro P. estende a m. d. ao 1ºV e, tomando a sua m. d.,
comunica o t. de p. que conduz do Segundo ao Terceiro Grau, levanta a
mão à altura da cabeça e comunica a P. de P. em voz baixa. Soltam as
mãos e o 2ºV renova o Sn.
• 2ºV renova o Sn.
• 2ºV dá um outro P., faz o Sn de H., Sn de Cpx. e o Sn. Pe., recuperando.
Comunica os c. p. de c., sussurra as palavras de MM. Após, renova o P. e
o Sn. Pe.
• 1ºV recebe os c. p. de c., e após receber as p. de MM, renova o P e Sn Pe.
• 2ºV saúda o 1ºV com o P e Sn Pe., recuperando e mantendo-o, retorna ao
seu Pedestal.

• 1ºV (mantendo o Sn, vira-se para o Mestre da Loja com o P) Mestre,


condescendei em receber de mim os ss. substitutos de um MM.
ML - Irmão 1ºV, com prazer os receberei e, para instrução dos Irmãos,
dizei em voz alta as ps.

• ML deixa o Pd. pelo lado Sul com o Sn Pe. que mantém, e se coloca de
frente para o 1º\1, com o P., a uma distância conveniente.
• 1ºV dá o P., estende a m.d. ao ML e, segurando a sua m.d. com o t. de p.,
levanta as mãos à altura da cabeça e comunica a P. de P. em voz alta.
Soltam as mãos e o 1ºV renova o Sn.
• ML segura a mão do 1ºV no momento apropriado e após soltarem as mãos,
renova o Sn.
• 1ºV dá um outro P. faz o Sn de H., Sn de Cpx. e o Sn Pe., recuperando.
Então, comunica os c. p. de c. e, em voz alta as palavras de um MM. Após
comunicar, renova o P. e o Sn.
• ML recebe os c. p. de c. do 1º\1, e após a comunicação das palavras,
renova o P. e o Sn.
• 1ºV saúda o ML com o P. e Sn Pe., recuperando e mantendo-o, retorna ao
seu Pedestal.
• ML após a saudação e, ao mesmo tempo, retorna ao Pedestal com o P. e
mantendo o Sn.

310
Terceiro Grau

ML (Em pé, no seu lugar) - Irmãos, tendo-me sido, por esta forma,
regularmente comunicados os ss. substitutos de um MM, eu, como
Mestre desta Loja, e por isso humilde representante do Rei Salomão,
os sanciono e confirmo com minha aprovação. Declaro que eles
servirão para vos designar e a todos os MsMs dispersos por todo o
Universo, até que o tempo ou as circunstâncias possam restituir os
verdadeiros.

• Todos (inclinando a cabeça para o peito, exclamam) - Com gratidão ao


nosso Mestre nos inclinamos.
ML -Toda a gratidão ao Altíssimo (volta o Sn Pe.).

Todos fazem o Gr. ou R. Sn, e após, renovam o Sn. Pe.

ML - Irmão 1ºV, estando concluídos os trabalhos deste Grau, ordeno-vos


que encerreis a Loja (dá as batidas de MM com a m. e.).
1~V - Irmãos, em nome do Altíssimo, e por ordem do ML, declaro encerrada
(todos baixam o Sn) esta Loja de MsMs. (Dá as batidas de MM).
22 V - E está regularmente encerrada. (Dá as batidas de MM).

22 0 cuida da Tábua de Delinear após as batidas do 2-ºV


Gl vai até a porta dá as batidas de MM e retorna ao seu lugar.
GE responde com as mesmas batidas
PMI coloca o E. e o C. na posição adequada.
ML senta-se
Todos sentam-se.

TERCEIRO GRAU
ou
CERIMÔNIA DE ELEVAÇÃO

PERGUNTAS ANTES DA ELEVAÇÃO

"A Loja está aberta no Segundo Grau.


• ML solicita a todos os Companheiros, com exceção do Candidato, a se
retirarem e comunica que o próximo item da agenda é a Elevação do Irmão
F. ....
Nota: Alternativamente os Companheiros poderão permanecer na Loja até o
final das perguntas cujas respostas lhes interessam.

311
Ritual Emulação

• 120 levanta-se, dirige-se até o Cand. segura sua m. d. e o conduz para o


lado Norte do Pedestal do 12 V, ambos olham para o Oriente. Soltam as
mãos.

ML - Irmãos, o Irmão F. ... , nesta sessão, é Cand. a ser elevado ao 32


Grau, mas, antes, é mister que ele dê provas de seu perfeito
conhecimento do 2 2 Grau. Portanto, irei fazer-lhe as perguntas
necessárias.

• 120 deve estar preparado, se necessário, para ajudar o Cand.

ML (Ao Cand.) - Irmão F. ... , como fostes preparado para passar para o
Segundo Grau?
Cand - De uma maneira muito parecida com a anterior, salvo que, neste
Grau, não me v. os o ... s., meu br. e., p. e. e j. d. foram expostos e meu
p. e. foi c. de c ..
ML - Em qual instrumento de trabalho fostes admitido?
Cand -No E.
ML - O que é um E.?
Cand - Um ângulo de 90 graus, ou a quarta parte de um círculo.
ML - Quais são os objetivos peculiares da pesquisa neste Grau?
Cand - Os Mistérios Ocultos da Natureza da Ciência.
ML - Sendo a esperança de receber recompensa o que suaviza o trabalho,
onde iam nossos antigos Irmãos receber seus salários?
Cand - Na C. do M. do Templo do R.S.
ML - Como recebiam eles?
Cand - Sem escrúpulo e sem receio.
ML - Por que desta maneira singular?
Cand - Sem escrúpulo, porque sabiam que, a eles tinham todo o direito;
sem receio, pela grande confiança que depositavam na integridade
de seus chefes, naquela época.
ML - Quais eram os nomes das duas Grandes Colunas que estavam
colocadas no pórtico ou entrada do Templo do R.S.?
Cand -Aquela da esquerda era chamada B., a da direita J.
ML - Qual é a significação, separadas e reunidas?
Cand -A primeira significa "em s." e a outra "e."; quando reunidas significam
"e.", porque Deus disse: "Em s. Eu e. esta Minha casa, para ficar firme
para sempre".
ML - Estas são as perguntas usuais. Farei outras se algum Irmão pedir-
me que as faça.

312
Terceiro Grau

• ML pede que todos os Companheiros deixem a Loja.


• G/ abre a porta.
• Comps saem sem saudar.
• G/ fecha a porta.
• 1ºD conduz o Cand. pela m. d., diretamente para o lado Norte do Pedestal
do ML e a uma distância conveniente. Ambos olham para o Sul. Soltam as
mãos.

ML (ao Cand.) - Empenhais vossa honra como homem e vossa fidelidade


como Companheiro, que perseverareis com firmeza na cerimônia de
Elevação ao sublime Grau de MM?
Cand (em voz alta, ensinado pelo 1º0) - Sim.
ML - Igualmente vos comprometeis, que ocultareis o que agora vou
comunicar-vos, com a mesma rigorosa cautela como os outros ss. da
Maçonaria?
Cand (em voz alta, ensinado pelo 1º0) - Sim.
ML - Então, vou confiar-vos uma prova de merecimento que é um t. de ps.
e uma p. de ps., que conduzem ao Grau em que desejais ser admitido.

• ML levanta-se, volta-se para o Cand., toma a m. d. deste com a sua m. d.


e a mantém segura.

ML - O t . de ps. é dado por uma p. s. do p. entre as. e t. j. da m . .


• ML ajusta a mão do Cand. antes de dar o t..

ML - Este t. de ps. exige uma p. de ps.; ela é T C .


Cand (em voz alta, ensinado 1º0, repete a palavra) - TC.
ML -TC foi o primeiro artífice em metais. A significação da p. é: "p. m ... s".
Deveis ser particularmente cuidadoso em conservar de memória esta
palavra, pois sem ela não podereis obter entrada numa Loja de Grau
Superior.
-Passai, TC.

• ML restabelece a m. d. do Cand. na da esquerda do 1ºO e então senta-se.


• 1ºD guiando o Cand., faz um movimento horário e leva-o diretamente para
o lado Norte do 1ºV.
• Aqui eles dão uma volta no sentido horário, de modo a voltarem-se para o
Oriente. Soltam as mãos.
• 1º0 instrui o Cand. em voz baixa para dar o P, dar e baixar o Sn de Aprendiz;
então dar outro P e fazer baixar o Sn de Comp.

313
Ritual Emulação

12 0 (Em voz alta ao Cand.) - Saudai o ML, primeiro como Aprendiz, depois
como Companheiro.

• Cand assim o faz.


• 1º0 toma o Cand. pela m. d., fazem um movimento anti-horário e seguem
para a porta.
• Gl segue para a porta, na frente do 1ºD e a abre. Depois que o Cand.
tenha saído, fecha-a novamente.
• 1º0 e G/ retornam diretamente para seu lugares.

Os procedimentos a seguir, são sugestivos, ou seja : não são partes


integrantes do Ritual Emulação e não constam do original inglês .
São praticados pelas Lojas, mas não são descritos no ritua l. O Autor achou
por bem inserir esta parte para orientar o leitor e as Lojas que adotaram ou
pretendem adotar o Ritual Emulação .

RECOMENDAÇÕES
• Nesta Cerimônia o papel do 2º0 é pouco exigido:
0 Ele atua como assistente do 1ºD;
0 Coloca o b. de aj. ao lado Norte do 1ºV;
0 Acompanha o 1ºD, colocando-se atrás do Cand.
• Praticamente o 1º0 conduz toda a Cerimônia, como no 2º Grau; portanto,
é essencial que ele esteja bem preparado.
• GE deve preparar o Cand. da seguinte maneira:
0 Sem o paletó e colete se os usar.
0 Arregaçar ambas as mangas da camisa acima dos cotovelos.
0 Arregaçar ambas as pernas das calças acima dos joelhos.
0 Abrir a camisa de modo a mostrar os dois peitos.
0 Calçar ambos os pés com chinelos.
0 Usar o Avental de Companheiro.
• Deixar num lugar apropriado os símbolos da mortalidade, isto é, o Cr. e as
Ti. (Dispensável se estes símbolos estão representados no lençol ou tapete).
• Deixar num lugar apropriado um lençol ou tapete no qual se represente um
A.
• Colocar sobre o pedestal do ML os instrumentos de trabalho na ordem
(Pr., Ni., Mç. Pes., Tr., Lp. e C.)- o Pr. antigo hoje quase não é encontrado,
por isto se usa a "Régua" na cerimônia.

314
Terceiro Grau

• Quando se abre a Loja no 3º Grau, na Cerimônia de Elevação, as batidas


são dadas em surdina como no 2º Grau. O Gl não bate na porta, mas sim
no seu punho esquerdo.
• Durante boa parte da Cerimônia, ele é feita na penumbra. Isto obriga que
os Oficiais envolvidos conheçam bem o Ritual.

Aqui se encerra a parte sugestiva

A ELEVAÇÃO
• ML procedea abertura da Loja no 3º Grau ou a reverte a este Grau, se for
mais conveniente. A abertura será assim concluída:
• ML dá batidas do 3º Grau em surdina, isto é, elas devem ser audíveis
somente dentro da Loja.
• 1ºV dá as batidas do 3º Grau em surdina.
• 2ºV dá as batidas do 3º Grau em surdina.
• 2º0 atende a TO depois do 2ºV ter dado as batidas.
• Gl dá as batidas com a mão direita sobre o punho esquerdo, sem sair do
seu lugar.
• PMI entrementes expõe ambas as ps. do C.
• GE não dá batidas na porta durante a abertura da Loja no 3º Grau.
• Diáconos estendem o lençol em frente do Pedestal do ML, distante dele
cerca de 1 metro.
• GE, entrementes, prepara o Cand. (ver Recomendações deste Grau)
incluindo o A v. de Comp ..
• GE dá as batidas de Comp. na porta. Isto informará a Loja que o Cand. a
Elevação está na porta da Loja.
• Gl levanta-se e em frente da sua cadeira dá o P e o Sn de MM.

Gl - Irmão 2ºV, batem na porta (mantém o Sn)


22 V (Levanta-se, não dá batidas, dá o P e faz o Sn do 3º Grau) - Mestre,
batem na porta (mantém o Sn).
ML - Irmão 22 V, perguntai quem deseja entrar.
22 V (Baixa o Sn com recuperação e senta-se) - Irmão Gl, vede quem deseja
entrar.

• Gl baixa o Sn com recuperação, segue para a porta, abre-a e observa se o


Cand. está devidamente preparado. Fica na soleira com a mão na maçaneta.
O diálogo entre ele e o GE deve ser audível na Loja.

315
Ritual Emulação

Gl (ao GE) - Quem está convosco?


GE - O Irmão F. .. , regularmente iniciado na Franco-Maçonaria, passou ao
Grau de Companheiro e tem feito tais progressos que, espera, o
habilitarão a ser Elevado ao sublime Grau de MM, para cuja cerimônia
acha-se convenientemente preparado.
Gl (ao GE) - Como espera ele obter os privilégios do Terceiro Grau?
GE (ao Gl} - Com a proteção de Deus, o auxílio unido do E. e do C. e a
vantagem de uma P. de P.
Gl (ao GE) - Está ele de posse da P. de P.?
GE - Quereis examiná-lo?

• Gl recebe o t. de ps. e a p. de ps. do Cand. O GE ajuda se for necessário.

Gl - Esperai enquanto faço essa comunicação ao ML.

• Gl fecha a porta, volta para a sua posição e, em frente da sua cadeira, dá


o P e faz o Sn de MM, que o mantém.

Gl -Mestre, é o Irmão F.... , regularmente iniciado na Franco-Maçonaria,


passou ao Grau de Companheiro e tem feito tais progressos que,
espera, o habilitarão a ser Elevado ao sublime Grau de MM, para cuja
cerimônia acha-se convenientemente preparado.
ML - Como ele espera obter os privilégios do 3º Grau?
Gl - Com a proteção de Deus, o auxílio unido do C. e do E. e a vantagem
de uma p. de p.
ML - Reconhecemos o poderoso auxílio com o qual ele pede admissão;
podeis assegurar-nos, Irmão Gl, que ele está de posse da p. de p.?
Gl - Sim, Mestre.
ML - Então, seja ele admitido na devida forma.

• Gl baixa o Sn com recuperação.

ML - Irmãos Diáconos

• 290 coloca o b. de aj. na posição, isto é, ao lado Norte do Pedestal do 1-''v.


• Gl toma um C. e segue para a porta, seguido pelos Diáconos, o 290 na
esquerda.
• ATENÇÃO - Todas as luzes são apagadas, com exceção a do Mestre da
Loja.
• Gl abre a porta, segura a maçaneta como antes, aplica as pontas do C.
aberto em ambos os pts. do Cand., e então eleva-o acima da sua cabeça

316
Terceiro Grau

para mostrar que aplicou.


• f!!D com suam. e., pega a m. d. do Cand. (o 2º0 fica à esquerda) e leva-o
até o b. de aj., distante dele cerca de 2 passos curtos. Soltam as mãos. Os
três ficam voltados para o Oriente.
• Gl depois que o Cand. foi admitido, fecha a porta e volta ao seu lugar.

12 0 (Ao Cand.) - Avançai, primeiro como Aprendiz e depois como


Companheiro.

• f!!D assegura-se que o Cand. primeiro dê o passo, faça e baixe o Sn de


Aprendiz, em seguida dê o segundo passo, faça e baixe o Sn de Comp.

ML - Que o Cand. se aj., enquanto invocamos a bênção do Céu para o


que vamos fazer.

• f!!D dá instruções para que o Cand. se aj. com ambos os js. e que faça o
SndeR.

ML ( ! ) 12 V (!) 22 V ( !)

• Diáconos seguram as Varas com a mão esquerda, cruzam-nas acima da


cabeça do Cand. e fazem o Sn de R.
• TODOS ficam em pé com o Sn de R.

ML (ou Cap.) - Onipotente e Eterno Deus; Arquiteto e Governador do


Universo, a cuja ordem criadora foram feitas todas as coisas
fundamentais, nós, frágeis criaturas de Tua Providência, humildemente
Te imploramos que derrames sobre esta assembléia reunida em Teu
Santo Nome, o contínuo orvalho de Tua bênção. Te rogamos,
especialmente, que confiras a Tua graça a este Teu servo, que se
propõe Candidato a participar conosco dos ss. misteriosos de um MM.
Dá-lhe a força necessária para que, no momento da prova, ele não
desfaleça, mas, passando a salvo e sob Tua proteção através do vale
tenebroso da morte, possa finalmente erguer-se do túmulo da
transgressão, para brilhar como as estrelas, para todo o sempre.
Todos - Que assim seja!

• Todos baixam o Sn de R.
• Diáconos descruzam as Varas e voltam a segurá-las com a m. d ..

ML - Que o Cand. se levante.

317
Ritual Emulação

• Cand. assim o faz.


• Todos sentam-se, exceto o 1ºO e o Candidato.
• 190 segura com firmeza a m. d. do Cand., e em voz bem baixa dá-lhe
instrução para sair com o pé esquerdo, caminhando pelo lado Norte até o
Oriente.
-Leva o Cand. até o canto Nordeste onde eles "esquadram" a Loja (1º0
deve deixar espaço para o 2º0, que está logo atrás).
-Após o "esquadramento" instrui o Cand. para sair com o pé esquerdo e
avançar para um ponto em frente do ML, onde fazem uma parada e soltam
as mãos, olhando para o Sul. O 2º0 continua atrás.
• 2 90 segue o 1ºO durante toda a perambulação.
• G/ recolhe e guarda o b. de aj.

12 0 (Ao Cand.) - Saudai o ML como Maçam.

• 190 em voz bem baixa, dá-lhe instruções para dar o P, fazer e baixar o Sn
do 1º Grau.
• 190 toma o Cand. pelam. d., dá-lhe a instrução para sair com o pé esquerdo
e leva-o até o canto Sudeste, o qual é "esquadrado" para o Ocidente.
Seguem então para o 2ºV e ficam paralelos ao seu Pedestal, a uma distância
conveniente.
• 290 mantém-se sempre logo atrás.

12 0 (Ao Cand., em voz alta) - Aproximai-vos do 2ºV como Maçam,


mostrando o Sn e comunicando o T. e a P.

• Cand. dá o P, faz e baixa o Sn de Aprendiz.

2ºV -Tendes alguma coisa a comunicar?

Cand. (em voz alta, ensinado pelo 1º0) - Tenho.

• 29V levanta-se, volta-se para o Cand. e lhe oferece a mão.


190 coloca a m. d. do Cand. na do 2ºV e ajusta-a. Ele deve usar sua m. e.
para isso.
• 2 9 V dá o t. depois do 1ºO ter ajustado a mão do Cand. O t. deve ser mantido
durante todo o diálogo.

22 V - O que é isto?
Cand (Em voz alta, ensinado pelo 1ºO) - T. ou Senha de um Aprendiz Franco-
Maçam.

318
Terceiro Grau

22 V - O que exige ele?


Cand. (Em voz alta, ensinado pelo 1º0) - Uma P.
22 V - Dai-me essa P., livremente e por extenso.
Cand. (Em voz alta, ensinado pelo 1º0) - B.
22 V -Passai, B. (recoloca a m. d. na da esquerda do 1º0 e senta-se).

• 190 toma a m. d. do Cand. e dá-lhe a instrução para sair com o pé esquerdo,


e leva-o até o canto Sudoeste, que será "esquadrado" como antes, seguindo
então para um ponto em frente do Pedestal do 1ºV, onde param e soltam
as mãos. O 2º0 continua logo atrás. Olham todos para o Norte.

12 0 -Saudai o 1ºV como Maçom. (Em voz bem baixa, dá-lhe instruções
para dar o P, fazer e baixar o Sn do 1ºGrau).

• 190 toma a m. d. do Cand., dá-lhe instruções para sair com o pé esquerdo


e caminhar até o canto Noroeste da Loja, que será "esquadrado", e
caminham para o Oriente, para uma segunda perambulação.
• 2º0 continua a segui-los logo atrás.
• 190 ao alcançar o canto Nordeste, fazem o "esquadramento" e seguem
para um ponto em frente do ML. Soltam as mãos. Continuam a olhar para
o Sul.
• Instrui o Cand. a dar um P, fazer e baixar o Sn de Companheiro, então:

12 O - Saudai o ML como Companheiro.


• 190 toma o Cand. pelam. d., dá-lhe instrução para sair com o pé esquerdo,
e seguem até o canto Sudeste, o qual é "esquadrado" e daí seguem para
um ponto em frente do Pedestal do 2ºV, onde fazem uma parada e soltam
as mãos. Olhando para o Ocidente.

12 D -Saudai o 2ºV como Companheiro (Acompanha se o Cand. dá o P, faz


e baixa o Sn de Comp.).

• 190 toma a m. d. do Cand., dá-lhe instrução para sair com o pé esquerdo,


e seguem até o canto Sudoeste, que será "esquadrado" como antes, e daí
seguem para o lado esquerdo (Sul) do Pedestal do 1ºV, ficando paralelos a
ele e a uma distância conveniente. Soltam as mãos.
• 2º0 contínua Jogo atrás deles.

12 0 - Aproximai-vos do 1ºV como Companheiro, mostrando-lhe o Sn e


comunicando o T. e a P. deste Grau.

319
Ritual Emulação

• 120 acompanha se o Cand. dá o P. faz e baixa o Sn de Companheiro.

12 V -Tendes alguma coisa a comunicar?


Cand. (Em voz alta, ensinado pelo 1º0) - Tenho.

• 12 V levanta-se, volta-se para o Cand., dá o P e lhe oferece a mão.


• 120 coloca a m. d. na do 1ºV e ajusta-as como antes. Ele faz isto com a
mão esquerda.
• 12 V dá o t. depois que o 1º0 tenha ajustado a mão do Cand. Este t. deve
ser mantido durante todo o diálogo.

12 V - O que é isto?
Cand. (Em voz alta, ensinado pelo 1º0) - O t. ou se. de um Companheiro
Franco-Maçam.
12 V - O que exige ele?
Cand. (Em voz alta, ensinado pelo 1º0) - Uma P.
12 V -Dai-me essa P., livremente e por extenso.
Cand. (Em voz alta, ensinado pelo 1º0) - J.
12 V -Passai, J.

• 1!.'V recoloca a m. d. do Cand. na da esquerda do 1º0 e senta-se.


• 7!.'0 toma a m. d. do Cand., dá-lhe instrução para sair com o pé esquerdo,
e leva-o para o lado direito (Norte) do Pedestal do 1ºV. Aqui, ambos fazem
uma volta no sentido horário, de modo a ficarem voltados para o Oriente.
• 2!.'0 segue-os até que o 1ºO e o Cand. se voltem para o Oriente, então
passa por trás dos dois e coloca-se na esquerda do Cand. Os três estão
alinhados, olhando para o Oriente.

ML ( ! ) 12 V ( ! ) 22 V ( ! )
ML - Irmãos, observai que o Irmão F. .. , regularmente iniciado na Franco-
Maçonaria e passado para o Grau de Companheiro, está prestes a
passar diante de vós, para mostrar que é um Candidato
convenientemente preparado para ser Elevado ao sublime Grau de
Mestre Maçam.

• 1!.'0 toma o Cand. pelam. d., dá-lhe instrução para sair com o pé esquerdo
e leva-o pelo lado Norte, para fazer a terceira perambulação.
• 2!.'0 segue atrás do Cand., como antes nas outras perambulações.
• 1!.'0 ao chegarem no canto Nordeste é feito o "esquadramento", e
prosseguem para um ponto em frente do ML, onde param. Soltam as mãos
e continuam a olhar para o Sul.

320
Terceiro Grau

1º0 -Saudai o ML como Companheiro (assegura-se que o Cand. tenha


dado o P, feito e baixado o Sn de Comp.).

• f!!Dtoma o Cand. pela m. d., segue para o canto Sudeste, sempre saindo
com o pé esquerdo, onde fazem o "esquadramento" seguindo para um
ponto em frente do 2ºV. onde param e soltam as mãos.

1º0 -Saudai o 2ºV como Companheiro (assegura-se que o Cand. tenha


dado o P, feito e baixado o Sn de Comp.).

• f!!Dtoma o Cand. pelam. d., dá-lhe instruções para sair com o pé esquerdo,
e continua a perambulação, "esquadrando" o canto Sudoeste, levando-o
para o lado esquerdo (Sul) do Pedestal do 1ºV, parando paralelo a ele e a
uma distância conveniente dele. Soltam as mãos.

12 0 - Aproximai-vos do 1 QV, como Companheiro, mostrando o Sn e


comunicando o t. de p. e a p . de p. que recebestes do ML, antes de
retirar-vos da Loja.

• 19D assegura-se que o Cand. deu o P, fez e baixou o Sn de Comp.

12 V (ao cand.) -Tendes alguma coisa a comunicar?


Cand. (Em voz alta, ensinado pelo 1º0) -Tenho.

• 1ev1evanta-se, volta-se para o Cand. e lhe oferece a mão.


• 19D coloca a m. d. na do 1ºV, e com a mão esquerda ajusta-a para o t.
• 1evdá o t. depois que o 1ºO ajustou a mão do Cand.. O t. deve ser mantido
por todo o diálogo.

12 V - O que é isto?
Cand. (Em voz alta, ensinado pelo 1º0) -O T. de P. que conduz do Segundo
ao Terceiro Grau.
12 V - Que exige este T. de P.?
Cand. (Em voz alta, ensinado pelo 1º0) -Uma P. de P.
12 V - Dai-me esta P. de P.
Cand. (Em voz alta, ensinado pelo 1º0) -TC.
12 V - Quem foi T C ?
Cand. (Em voz alta, ensinado pelo 1º0) -O primeiro a. em ms ..
12 V -O que significa essa palavra?
Cand. (Em voz alta, ensinado pelo 1º0) - P ... s. M ... s.
12 V - Passai, TC.

321
Ritual Emulação

" 19 V recoloca a m. d. do Cand. na do 1º0 e permanece em pé.


• 19 D toma a m. d. do Cand., dá-lhe instrução para sair com o pé esquerdo,
e leva-o para o lado direito (Norte) do Pedestal do 1ºV. Aqui fazem uma
volta no sentido anti-horário, e coloca a m. d. do Cand. na da esquerda do
1ºV. Então, segue para o lado esquerdo do Cand., e ambos ficam voltados
para o Oriente.
• 2 9D segue o Cand e enquanto o 1ºD e o Cand fazem a volta, ele não a faz,
e coloca-se no lado esquerdo do 1ºD. Os três ficam em linha olhando para
o Oriente.
• 19 V segurando a m. d. do Cand. para cima, dá o P e faz o Sn Pede MM:

12 V - Mestre, apresento-vos o Irmão F. .. , Cand. devidamente preparado


para ser Elevado ao 3º Grau.

• 19 V mantém o Sn e contínua a segurar a m. d. do Cand.

ML -Irmão 1ºV, ordenai aos Diáconos que ensinem o Cand. a se dirigir ao


Oriente pelos passos apropriados.

• 19 V baixa o Sn com a recuperação.


• 1ºD passa por trás do Cand. para colocar-se à sua direita.
• 1ºV recoloca a m. d. do Cand. na da esquerda do 1º0 e senta-se.
• 1ºD coloca-se na direita do Cand., ficam ambos voltados para o Oriente e
soltam as mãos.
• 2 9D fica no mesmo lugar, agora na esquerda do Cand.

12 V -Irmãos Diáconos , o Mestre da Loja ordena que ensineis o Cand. a se


dirigir ao Oriente pelos passos apropriados.

• 19D toma a m. d. do Cand, dá-lhe instruções para sair com o pé esquerdo


e leva-o, pelo lado Norte da Loja, para um ponto conveniente defronte ao I.
Param e voltam-se para o Sul.
• 2ºD segue logo atrás do Cand. e quando o 1ºD parar ele passa por trás do
Cand e volta-se para o Sul, de modo que os três fiquem alinhados.
• 1ºD deixa o Cand. passando pelo lado Ocidental do I. até o outro lado do
mesmo, e fica em frente e voltado para o Cand.

12 0 (Ao Cand.) - O método de dirigir-se do Ocidente para o Oriente, neste


Grau , é por s. ps. Os t. primeiros como se passando por cima de uma
s. Para vosso conhecimento, vou fazê-los e em seguida me imitareis.
Os q. restantes, são ps. normais.

322
Terceiro Grau

• 1!!0 segue para a c. ou lado Ocidental das. e volta-se para o Oriente .


Seus pés formando um e., c. com c., pé esquerdo apontando para o Oriente
e o pé direito para o Sul.
Começando com o pé esquerdo, ele dá um p. sobre a s. na direção Nordeste,
de modo que o pé esquerdo fique no lado
Norte da s., a um terço do seu comprimento
e apontando para o Norte. Este p. é
completado levando-se o pé direito para junto
do esquerdo, c. com c., formando um e.
Assim, o pé direito fica voltado para o Oriente.
Para dar o segundo p., ele começa com o
pé direito, na direção Sudeste, assim o pé
direito fica do lado Sul das., cerca de dois
terços do comprimento dela e apontando
para o Sul. Este p. é completado levando-
se o pé esquerdo até o pé direito, c. com c.
e na forma de um e. Assim, o pé esquerdo
aponta para o Oriente.
O terceiro p. é dado levando-se o pé esquerdo
para o pé ou extremidade oriental das., assim,
ele ficará apontado para o Oriente. Este p. é
completado, levando-se o pé direito para
junto do esquerdo, c. com c., formando um
e. Assim, o pé direito aponta para o Sul.
Começando com o pé esquerdo, dá os q.
ps. restantes na direção do Oriente,
terminando na frente do Pedestal do ML com
os pés na forma de um e., pé esquerdo
apontando para o Nordeste e o direito para
o Sudeste.
1!!0 então, volta para junto do Cand. pelo
lado Sul e Ocidente da s. Toma-o pela m. d.
e coloca-o na posição na cabeça da s.
Soltam as mãos.
À frente e ao lado Sul dele, ensina-o em voz baixa como dar os ps.
Quando o Cand. alcançar o pé da s. ao final dos primeiros ps., o 1ºO anda
ao seu lado os ps. finais e fica ao seu lado direito e em frente do ML.

• 2!!0 fica parado enquanto o Cand. dá os primeiros ps., e então se movimenta


de modo a chegar ao Pedestal do ML simultaneamente com o Cand. e o
1º0. Os três ficam de frente para o Oriente.

323
Ritual Emulação

ML -É justo informar-vos que vos aguarda um J. mais solene e uma prova


mais séria do vosso ânimo e fidelidade. Estais preparado para enfrentá-
los como é de vosso dever?
Cand. -Sim.

1º0 se o Cand. não responder, deve instruí-lo em voz baixa para que ele
dê a resposta.

ML - Então, aj. com ambos os js. e colocai ambas as ms. sobre o VLS.

ML ( ! ) 12 V (!) 22 V (!)

• Todos levantam-se, dão o P e fazem o Sn Pe. do MM.


• Diáconos seguram as Varas com o mão esquerda e cruzam-nas acima da
cabeça do Cand. Dão o P e fazem o Sn Pe de MM.

ML (Ao Cand.) - Dizei vosso nome por extenso e repeti depois de mim .

Juramento

Eu, ... (Cand diz o seu nome completo) -, na presença do Altíssimo, e desta
digna e Venerável Loja de Mestres Maçons, devidamente constituída,
regularmente reunida, e convenientemente consagrada, de minha livre e
espontânea vontade, por (com m. e. toca a m. dou ambas as mãos do Cand)
e sobre (com m. e. toca o VLS) este Livro, muito solenemente prometo e juro,
que sempre guardarei, ocultarei, e nunca revelarei qualquer dos ss. ou mistérios
de ou pertencentes ao Grau de Mestre Maçam, a qualquer pessoa no mundo,
a não ser àquele ou àqueles a quem os mesmos possam justa e legalmente
pertencer; e nem mesmo àquele ou àqueles, senão depois da devida prova,
exame rigoroso, ou plena convicção çle que ele ou eles são dignos dessa
confiança, ou no seio de uma Loja de Mestres Maçons, devidamente aberta
no C. Ainda mais solenemente me comprometo a aderir aos princípios do E. e
do C., responder e obedecer a todos os Sns. legais e chamados a mim dirigidos
por uma Loja de Mestres Maçons , quando dentro dos limites da minha
influência, e não alegar escusas a não ser por doença ou emergências
prementes de minhas ocupações públicas ou particulares. Além disso, prometo
solenemente manter e sustentar os C.PP.D.C., por atos como por palavras;
que a minha mão dada a um Mestre Maçam seja um penhor seguro de
confraternidade; que os meus pés passem através de perigos e dificuldades
para se unirem com os seus, formando uma coluna de mútua defesa e apoio;
que a posição do meu corpo durante minhas preces diárias me lembre as

324
Terceiro Grau

suas necessidades, e disponha meu coração a socorrer sua fraqueza e aliviar


suas necessidades, tanto quanto possa ser feito cabalmente, sem prejuízo meu
ou de minha família; que meu pt. seja o repositório sagrado dos seus ss., quando
confiados ao meu cuidado - excetuando muito especialmente, em qualquer tempo,
o assassinato, a traição, a felonia, e todos os outros delitos contrários às leis de
Deus e às leis do País. Finalmente, que manterei a honra de um Mestre Maçam,
e a defenderei cuidadosamente como a minha própria; não o ofenderei nem
permitirei que outros o façam com o meu consentimento, se estiver em minhas
mãos evitá-lo; ao contrário, repelirei com intrepidez o difamador do seu bom
nome, e muito estritamente respeitarei a castidade daqueles que lhe são mais
próximos e queridos, nas pessoas de sua mulher, sua irmã e seus filhos. - Juro
solenemente observar todos estes pontos, sem evasiva, subterfúgio ou reserva
mental de qualquer natureza. -Assim me ajude o Altíssimo e me conserve firme
neste meu solene Juramento de um Mestre Maçam.

• Todos baixam o Sn Pe, fazem a recuperação e baixam as mãos.


• Diáconos descruzam as Varas e passam-nas para a mão direita.

ML (ao Cand.} - Como penhor de vossa fidelidade e para transformar esse


compromisso em um Sagrado Juramento por todo o tempo em que
viverdes, vós o selareis com os vossos lábios t. vezes sobre o VLS.

• 1ºD se for necessário instrui o Cand. em voz bem baixa.

ML (ao Cand.) - Vou chamar ainda uma vez a vossa atenção para a posição
do E. e do C.
Quando fostes feito Aprendiz ambas as ps. do C. estavam ocultas; no
Segundo Grau, uma estava exposta, e neste as duas estão visíveis,
significando isto que estais agora com a liberdade de trabalhar com ambas
as ps., para tornar completo o círculo de vossos deveres maçônicos.

• ML toma a m. d. do Cand. de sobre o VLS com sua mão direita, dizendo:

ML -Levantai-vos, recém-juramentado MM.

• ML recoloca a m. d. do Cand. na da esquerda do 1ºD e senta-se.


• Todos sentam-se, exceto os Diáconos e o Candidato.
• Diáconos ajudam o Cand., se necessário, segurando suas mãos, a recuar
até chegar ao pé da s. Aí param e continuam a olhar para o Oriente.

ML - Tendo prestado o solene Jur. de um MM, tendes agora o direito de

325
Ritual Emulação

pedir esta última e maior prova, pela qual somente, podeis ser admitido
à participação dos ss. deste Grau. Mas é primeiro meu dever chamar
vossa atenção para um retrospecto dos Graus na Franco-Maçonaria,
através dos quais já passastes, para que possais ficar melhor habilitado
a distinguir e apreciar a conexão de todo o nosso sistema, e a
dependência relativa de suas várias partes.
Vossa admissão entre Maçons em estado de indigência desamparada,
foi uma representação emblemática da entrada de todos os homens
nesta sua mortal existência. Ela inculca as lições úteis de igualdade
natural e mútua dependência; vos instruiu nos princípios ativos da
beneficência universal e da caridade, a procurar o alívio de vossas
próprias aflições, dispensando auxílio e consolação aos vossos
semelhantes na hora de suas aflições. Acima de tudo, ensinou a curvar-
vos com humildade e resignação à vontade do Grande Arquiteto do
Universo; a dedicar vosso coração, assim purificado de qualquer paixão
perversa ou maligna, disposto unicamente a receber a Verdade e a
Sabedoria, à Sua Glória e o bem-estar de vosso próximo.
Seguindo avante, ainda guiando o vosso progresso pelos princípios
da Verdade moral, fostes conduzido, no Segundo Grau, a contemplar
a faculdade intelectual e a persegui-la, conforme seu desenvolvimento,
através dos caminhos celestes e até mesmo ao Trono do próprio Deus.
Os segredos da Natureza e os princípios da Verdade intelectual foram
então desvendados aos vossos olhos. Ao vosso espírito, assim
amoldado pela Virtude e pela Ciência, a Natureza, entretanto, apresenta
mais uma grande e útil lição. Ela vos prepara, por contemplação, para
a hora final da existência; e quando, por meio dessa contemplação,
vos tiver conduzido pelos intrincados meandros desta vida mortal, ela
vos ensina finalmente como morrer.
Tais são, meu Irmão, os objetivos peculiares do Terceiro Grau na
Franco-Maçonaria. Eles vos convidam a refletir sobre esse assunto
majestoso e vos ensinam a sentir que, ao homem justo e virtuoso, o
terror da morte não é igual ao da mancha da falsidade e da desonra.
Desta grande verdade, os anais da Maçonaria oferecem um exemplo
glorioso na inabalável fidelidade e nobre morte do nosso Mestre Hiram
Abif, que foi morto justamente antes da conclusão do T. do R.S., em
cuja construção ele foi, como sem dúvida bem o sabeis, o principal
Arquiteto. A sua morte deu-se da seguinte maneira:

ML (chama os Vigilantes) - Irmãos Vigilantes.

• Os Vigilantes deixam seus assentos.

326
Terceiro Grau

• 1f'V segue pelo lado Norte levando consigo um Nível.


• 2!1V espera com um Prumo, até que o 1ºV se alinhe com ele e então segue,
pelo lado Sul ao passo do 1ºV, para o Oriente, até ficarem atrás dos
Diáconos.
• 1!1V toca o ombro direito do 2 90.
• 2!1V simultaneamente toca o ombro esquerdo do 19 0.
Diáconos dão um passo para o lado e para fora.
• Os Vigilantes ocupam os lugares dos Diáconos; o 1!1V na esquerda do
Cand. e o 2ºV na direita. Esta linha de cinco voltados para o Oriente é
momentânea.
• Diáconos fazem uma volta pelo lado de fora e voltam aos seus lugares.
• 2!1V orienta o Cand. para cruzar o p. d. sobre o esquerdo.
• Vigilantes seguram com firmeza o Cand. com suas mãos, de modo que
eles possam ter o controle sobre ele, e ele, a todo tempo, não perderá o
seu equilíbrio.

ML - Quinze Companheiros daquela classe superior nomeada para dirigir


os demais, achando que a obra estava quase terminada e que não
possuíam os ss. do Terceiro Grau, conspiraram entre si para obtê-los
de qualquer forma, mesmo recorrendo à violência. No momento de
colocarem em execução a conspiração, doze dos quinze se retrataram,
mas três, de caráter mais obstinado e cruel, persistiram no seu ímpio
desígnio, para o que se postaram, respectivamente, nas entradas
Oriente., Norte e Sul do Templo, para onde nosso Mestre se retirara, a
fim de fazer sua adoração ao Altíssimo, como era seu costume habitual
às doze em ponto. Tendo terminado suas devoções, nosso Mestre
tentou sair pela entrada do Sul, onde se lhe interpôs o primeiro daqueles
celerados que, à falta de outra arma ofensiva, munira-se de um pesado
Prumo e, de maneira ameaçadora, exigiu-lhe os ss. de um Mestre
Maçam, advertindo-o de que a morte seria a conseqüência de uma
recusa. Nosso Mestre, fiel a seu juramento, respondeu que aqueles
ss. eram conhecidos apenas por três pessoas no mundo e que, sem o
consentimento e cooperação das outras duas, não poderia revelá-los
nem os revelaria; mas insinuou que não tinha dúvidas, que paciência
e diligência dariam, no devido tempo, aos Maçons dignos, o direito de
participarem deles, mas que, de sua parte, porém, preferiria a morte a
trair a sagrada confiança nele depositada. Não se satisfazendo com
esta resposta, o malfeitor desferiu um violento golpe na cabeça de
nosso Mestre mas, surpreendido com a firmeza e conduta deste, errou
a sua testa e o golpe apenas resvalou sobre a sua têmpora direita, -
2ºV toca a têmpora direita do Cand. com o Prumo (o movimento pode

327
Ritual Emulação

ser feito da frente para trás) - mas com tal força que o fez cambalear e
cair sobre o seu joelho esquerdo.

• 1f'V em voz bem baixa instrui o Cand. para ajoelhar-se com o joelho
esquerdo e levantar-se logo em seguida.
• Os Vigilantes ajudam, e asseguram-se que o Cand. cruze novamente os
pés.

ML Refazendo-se do choque, nosso Mestre encaminha-se para a entrada


do Norte, onde foi abordado pelo segundo daqueles infames, a quem
deu a mesma resposta com igual firmeza, pelo que o malvado, que
estava munido de um Nível, desferiu-lhe um golpe brutal na têmpora
esquerda- o 1f'V toca a têmpora esquerda do Cand. com o Nível - que
o atirou com o joelho direito no solo.

• 1f'V, em voz baixa, instrui o Cand. a ajoelhar-se com o joelho direito e a


levantar-se logo em seguida.
• Os Vigilantes ajudam, e asseguram-se que o Cand. cruze novamente os
pés.

ML Percebendo que sua retirada em ambos aqueles pontos estava cortada,


cambaleante, abatido e ensangüentado, foi para a porta do Oriente, onde
estava postado o terceiro celerado, que recebeu idêntica resposta à sua
insolente exigência, pois, mesmo nesse momento de provação, nosso
Mestre mantinha-se firme e inabalável, quando então o miserável, que
estava armado de um pesado Malho, deu-lhe violenta pancada na testa
- o ML , ainda sentado, levanta o Malho e faz o movimento para bater,
sem tocar o Cand. - que o prostrou sem vida aos seus pés.

• Vigilantes deitam o Cand. de costas sobre o lençol, seus braços estirados


ao seu lado, seu pé direito fica cruzado sobre o esquerdo.
Colocam-se ao lado do Cand., na cabeça da s., ambos olhando para o
Oriente. 0 2f'V no lado Sul.

ML -Irmãos, notai que durante esta cerimônia, assim como em sua situação
atual, o nosso Irmão F... foi levado a representar um dos mais brilhantes
personagens registrados nas crônicas Maçônicas, ou seja, H iram Abif,
que perdeu a vida em conseqüência de sua inabalável fidelidade à
sagrada confiança nele depositada, e espero que isto deixe uma
duradoura impressão na mente dele e nas vossas, se acaso vos ocorrer
estar em situação idêntica de provação.

328
Terceiro Grau

ML - Irmão 2ºV, tentai erguer o representante de nosso Mestre com o t. de


Aprendiz.

• 2 9 V segue pela direita do Cand. até seus joelhos. Gira sobre seu pé
esquerdo e passa o direito sobre o Cand.
Com sua mão esquerda, levanta a mão direita do Cand. e faz o t. de Aprendiz
com sua mão direita, mas desliza-o.
Com cuidado, recoloca a mão direita do Cand. com a sua esquerda, como
ela se encontrava. Então volta para a cabeça das. e volta-se para o Oriente.

29V (dá o P e faz o Sn Pe de MM) - Mestre, r... . (Baixa o Sn, com


recuperação).

ML - Irmão 1ºV, experimentai o T. de Companheiro.

• 19 V segue pelo lado esquerdo do Cand. até seus joelhos. Gira sobre seu
pé direito e passa o esquerdo sobre o Cand.
Com sua mão esquerda, levanta a mão direita do Cand., e faz o t. de
Comp. com sua mão direita, mas desliza-o.
Com cuidado, recoloca a mão direita do Cand. com a sua esquerda, como
ela se encontrava. Então, vira-se para a cabeça da s. e volta-se para o
Oriente.
2
1V (dá o P e faz o Sn Pede MM) - Mestre, igualmente r ... (baixa o Sn
com recuperação).

ML - Irmãos Vigilantes, embora tenhais falhado em vossas tentativas, há


ainda um terceiro método que é agarrar com firmeza os ts. da m. e
erguê-lo nos C.PP.D.C., do que, com vosso auxílio, farei prova.

• ML deixa sua cadeira pelo lado esquerdo e segue para os pés do Cand.
Descruza as pernas deste, de modo a manter afastados os pés em cerca
de 15 cm.
Coloca seu pé direito junto ao pé direito do Cand., toma a m. d. do mesmo
com o T. de MM e, com a ajuda dos Vigilantes, levanta-o com os C.PPD. C.
• 19 V assegura-se que a m. e. do Cand. esteja estendida sobre o ombro do
ML, palma voltada para baixo, o polegar na forma de um e.

ML (mantendo a posição) - É assim que todos os MsMs são ressuscitados


de uma morte figurada, para se reunirem aos seus antigos
companheiros de trabalho. (Soltam-se).
ML ~ Irmãos Vigilantes, retornai a vosso~ lugares.

329
Ritual Emulação

• Vigill!ntes voltam diretamente aos seus assentos. Levam de volta o Prumo


e o Nível.
• ML toma ambas as ms. do Cand. com as suas, e com ele faz uma volta no
sentido horário, de modo que o Cand. fique no Norte olhando para o Sul.
Larga as ms. do Cand., dá alguns passos para trás, até além da s. O ML e
o Cand. estão frente a frente.

ML (ao Cand.) - Peço-vos observar que a luz de um MM é obscuridade


visível, servindo tão somente para exprimir a incerteza que existe na
perspectiva do futuro. Ela é aquele véu misterioso que a visão da razão
humana não consegue penetrar, senão ajudada pela Luz que vem do
alto. Todavia, mesmo esse tênue raio de luz vos possibilita ver que
estais bem à beira de umas., à qual descestes simbolicamente e que,
ao findar esta vida passageira, vos receberá de novo em seu frio seio.
Deixai que os emblemas da mortalidade, que estão diante de vós,
façam com que mediteis no destino inevitável, e guiem vossas reflexões
a este que é o mais interessante dos estudos humanos, o conhecimento
de vós mesmo. Cuidai de executar a tarefa que vos foi atribuída,
enquanto é tempo. Continuai a obedecer à voz da Natureza, que é
testemunha de que, mesmo neste corpo perecível, reside um princípio
vital e imortal, que inspira uma sagrada confiança de que o Senhor da
Vida nos habilitará a esmagar, sob nossos pés, o Rei dos Terrores.
Ergamos nossos olhos para aquela radiosa Estrela da Manhã, cujo
aparecimento traz a paz e a salvação a todos os homens que
permanecerem fiéis e obedientes da raça humana.

• ML avança para a frente, toma ambas as ms. do Cand., e suavemente faz


um movimento anti-horário até que mudem de posição. O Cand. fica no
Sul, olhando para o Norte, a mais ou menos três passos curtos da linha de
centro da Loja.

ML Não posso melhor recompensar a atenção que prestastes a esta


exortação e preleção, se não conferindo-vos os ss. deste Grau. Portanto,
avançai para mim primeiro como Aprendiz, e depois como Companheiro
(assegura-se que o Cand. dê o P, faça e baixe o Sn de Aprendiz, dê
outro P, faça e baixe o Sn do Comp.) Dai agora, outro p. c. em minha
direção com o vosso p. e., colocando o c. direito na c. do p. e., como
antes. Este é o t. p. r. na Franco-Maçonaria, e é nesta posição que os
ss. do Grau são comunicados. Eles consistem em Sns, T. e P. . Dos Sns,
o primeiro e o segundo são casuais, o terceiro penal.
O primeiro Sn casual é o "Sn de Hr.", e é dado a partir do de

330
Terceiro Grau

Companheiro. Ficai à Ordem como Companheiro (certifica-se que o


Cand. faça o Sn de Comp. e o mantenha, então ele mesmo dá o P e
faz o Sn de Comp.) Baixai a m. e. nesta p. , elevai a d. com a c. i. sobre
o o. d., como se tomado de h. diante de alguma v. t. e a. (ilustra como
as palavras requerem e garante que o Cand. copie)
O segundo Sn casual é chamado de "Sn de Sp.ou Cpx.", e é dado i. a
c. para f. e t. a t. s. com a m. d. (ilustra como as palavras requerem, e
se garanta que o Cand. copie).
Colocai vossa m. nesta p. com o p. a. na f. de um e. (mostra e assegura-
se que o Cand. copie) O "Sn Pe." é dado d. a m. v. para o I. d. do c. e r.
com o p. no u. {ilustra e se garanta que o Cand. copie). Isto é uma alusão
à penalidade simbólica, outrora incluída no Juramento deste Grau, a
qual implicava que, como homem honrado, um Mestre Maçam preferiria
ser c. em d. (baixa a mão - ilustra com a recuperação e se garanta que
o Cand. copie) a indevidamente revelar os ss. que lhes foram confiados.
A penalidade completa era a de ser c. em d., o c. q. até c. e estas c. a.
sobre a s. da t. e s. pelos q. v. c. dos c., de modo que nenhuma
lembrança de tão vil e miserável desgraçado possa, por mais tempo,
ser encontrada entre homens, especialmente Mestres Maçons.
O T. ou Se. é o primeiro dos C.PP.D.C. (ilustra cada um deles com o
Cand., de acordo com as palavras, e assegura-se do Cand. para correta
cooperação) - m. a m., p. a p., j. a. j., pt. a pt. e m. sobre as cs. -
(separam-se e coloca seus pés à Ordem. O Cand. copia) e podem ser
assim resumidamente explicados.

• ML mostra novamente a explicação, de acordo com as palavras, contando


com o corpo do Cand.

ML "m. a m." - eu vos saúdo como Irmão;


"p. a p." - eu vos auxiliarei em todos os vossos empreendimentos
louváveis;.
"j. a j. -a posição do meu corpo nas minhas orações diárias me lembre
vossas necessidades;
"pt. a pt."- vossos segredos lícitos, quando confiados a mim como tal,
eu os guardarei como meus próprios;
"m. sobre as cs."- defenderei vosso caráter na vossa ausência como
na vossa presença.
É nesta posição, e somente nesta, e em voz muito baixa, exceto em
Loja aberta, que a P. é dada. Ela é Mah. ou Mac.

• ML diz as palavras em voz alta, enquanto mantém o último ponto de

331
'•

Ritual Emulação

confraternização com o Cand., pedindo que ele as repita em voz alta; então
separam-se, e continuam frente a frente.

ML Agora estais em liberdade para retirar-vos, a fim de retomar vosso conforto


pessoal, e quando voltardes à Loja, os Sns, T. e Ps. serão mais explicados.

• ML volta ao seu lugar, entrando pelo lado Norte.


• 1º0 levanta-se, dirige-se ao Cand., e com a suam. e. toma a m. d. dele, e
leva-o diretamente, contornando a s., pelo lado Norte da Loja, até o lado
esquerdo do Pedestal do 1ºV. Aqui, ele faz uma volta com o Cand. no
sentido horário, até ficarem de frente para o Oriente. Soltam as mãos.

120 (Ao Cand. em voz alta) - Saudai o ML nos três Graus.

• 1º0 em voz baixa instrui o Cand. "somente o Sn Pe. do 3º Grau". Assegura-


se que o Cand. dê os três Sns, na ordem, com os passos apropriados.
Toma o Cand. pelam. d., faz com ele um movimento horário, e leva-o para
a porta.
• Gl segue para a porta na frente do 1º0, abre-a e fecha-a novamente, depois
do Cand. ter saído.
• ATENÇÃO: Neste ponto as luzes são restabelecidas.
• Gl retoma seu lugar.
• Diáconos retiram o I. e guardam os símbolos da m. se os estiverem usando.
• ML pode, se assim achar conveniente, fazer uma chamada para o descanso
de alguns minutos, após os quais deverá proceder a uma chamada formal
para o Trabalho.
• Fora da Loja, o Cand. retoma seu conforto pessoal.
• É conveniente que o GE faça uma recapitulação, com o Cand., dos três
Sns, antes dele entrar novamente na Loja, e não se esquecer de colocar-
lhe o Avental de Companheiro.

Retorno do Candidato

• GE bate na porta como Mestre Maçam.


• Gl levanta-se e, em frente da sua cadeira, dá o P e faz o Sn Pe. de MM.

Gl - Irmão 2ºV, batem à porta.


22v (Sentado, dá uma batida) - !

• Gl baixa o Sn com recuperação, segue para a porta, abre-a e olha para


fora, sem nada falar.
/
/
332 /
Terceiro Grau

GE - É o Cand. no seu retorno.

• G/ nada responde, fecha a porta, volta ao seu lugar e, em frente da sua


cadeira, dá o P e o Sn Pe. do 3º Grau, que o mantém.

Gl - Mestre, o Cand. no seu retorno.


ML - Que seja admitido.

• Gl baixa o Sn com recuperação, espera pela chegada do 1ºD, e então


segue para a porta.
• 1ºD segue atrás do Gl.
• Gl abre a porta e admite o Cand.
• 1ºD recebe o Cand., e leva-o pela m. d. para o lado esquerdo do Pedestal
do 1ºV. Soltam as mãos e ficam voltados para o Oriente.

12 0 (Ao Cand. em voz alta) - Saudai o Mestre da Loja nos três Graus (Em
voz bem baixa: "Sns completos".) .

• 1ºD assegura-se que o Cand. dê o P, faça e baixe o Sn de Aprendiz; dê o


segundo P e faça o Sn de Comp. e sem baixá-lo, dê o terceiro P, e então
faça o Sn de Hr., o Sn de Cpx. e o Sn Pe., incluindo a recuperação.
Se o Cand. adiantou-se, toma a m. d. dele e o recua até o 1º\1.
• 1ºV levanta-se.
• 1ºD coloca a m. d. do Cand. na mão esquerda do 12 \1. Dirige-se então para
a esquerda do Cand., por trás dele. Ficam voltados para o Oriente.

12 V - Mestre, apresento-vos o Irmão F. ... , na sua Elevação ao Terceiro


Grau, para receber mais algum sinal de distinção de vossas mãos.
ML -Irmão 1ºV, delego-vos poderes para investi-lo com a insígnia distintiva
de Mestre Maçam.

• 1ºV baixa o Sn com a recuperação, solta a mão do Cand.; ambos ficam


frente a frente, e então coloca-lhe o Avental de Mestre Maçom. Antes, tira-
lhe o de Companheiro.
• 1ºD ajuda no que for necessário.
• 1ºV segura o canto inferior direito do Avental do Cand. com sua mão
esquerda.

12v (Ao Cand.) - Irmão F. ... ,por ordem do Mestre da Loja, invisto-vos com
a insígnia distintiva de Mestre Maçam, para assinalar os últimos
progressos que tendes feito na Ciência.

333
Ritual Emulação

• f!'V com sua mão esquerda recoloca a m. d. do Cand. na mão esquerda


do 1ºD e senta-se.
• f!'D toma a m. d. do Cand., fica à sua direita, e ambos ficam voltados para
o Oriente. Soltam as mãos.

ML - Devo declarar que a insígnia com que acabais de ser investido, não
somente indica a vossa posição como Mestre Maçom, mas serve
também para vos lembrar dos grandes deveres qu.e agora vos
comprometestes a observar pois, se por um lado assinala vossa
superioridade na Arte, por outro vos conclama a dar assistência e
instrução aos Irmãos dos Graus inferiores.

• f!'D toma o Cand. pelam. d. e leva-o diretamente, (sem esquadrar), para a


frente do Pedestal do ML, a uma distância de um passo dele. Soltam as
mãos.

História Tradicional
(e também a explanação da Terceira Tábua de Delinear)

ML - Paramos na parte da nossa história tradicional que menciona a m.


de nosso Mestre Hiram Abif. Uma perda tão importante como a do
principal Arquiteto não podia deixar de ser geral e grandemente sentida.
A falta das plantas e desenhos, que tinham sido, até então,
regularmente fornecidos às diferentes classes de operários, foi o
primeiro indício de que alguma grave calamidade o tinha atingido nosso
Mestre. Os Menatschim, ou Prefeitos ou, mais livremente falando, os
Supervisores, designaram alguns dos seus mais eminentes membros,
para informar ao Rei Salomão a extrema confusão em que os
mergulhara a ausência de Hiram, e manifestar-lhe a grande apreensão
de que a alguma catástrofe fatal devia ser atribuída ao seu súbito e
misterioso desaparecimento. O Rei Salomão, imediatamente, ordenou
o comparecimento geral dos Obreiros de todos os diferentes
departamentos, e então, três, da própria classe de Supervisores, não
foram encontrados. No mesmo dia os doze Companheiros, que tinham
originalmente entrado na conspiração, compareceram perante o Rei,
e fizeram uma confissão voluntária de tudo o que sabiam, até o
momento em que se retiraram do grupo dos conspiradores. Isso
aumentou, naturalmente, os receios do Rei Salomão sobre a segurança
de seu principal artífice. Por isso, ele escolheu 15 fieis Companheiros
e ordenou-lhes que fizessem uma rigorosa busca de nosso Mestre,
para se certificar se ele estava vivo, ou se sofrera a morte numa tentativa

334
Terceiro Grau

de arrancarem os ss. do seu elevado Grau. Marcado o dia de retorno


a Jerusalém, eles acordaram em formar três Lojas de Companheiros,
e partiram das três entradas do Templo. Passaram-se alguns dias em
buscas infrutíferas; na verdade um dos grupos voltou sem ter feito
qualquer descoberta importante.
Um segundo, entretanto, foi mais feliz, pois em certo dia, à tarde, depois
de haver sofrido as maiores privações e fadigas pessoais, um dos Irmãos,
que se tinha reclinado para descansar, ao levantar-se, agarrou-se a um
arbusto que havia próximo, e para sua surpresa, despregou-se facilmente
da terra. Num exame mais minucioso verificou ele que a terra tinha sido
recentemente revolvida. Chamou então seus companheiros e, com
esforços reunidos, reabriram o terreno e lá encontraram o corpo do nosso
Mestre muito indecentemente enterrado. Cobriram-no de novo com todo
o respeito e reverência, e para assinalar o local, espetaram um ramo de
acácia na cabeça da sepultura. Então voltaram apressados a Jerusalém,
para comunicar a triste notícia ao Rei Salomão. Este, passada a primeira
emoção de sua mágoa, ordenou-lhes que voltassem e dessem ao nosso
Mestre uma sepultura digna de sua categoria e dos seus elevados
talentos, comunicando-lhes ao mesmo tempo que os ss. de um Mestre
Maçom estavam perdidos devido a morte prematura do nosso Mestre.
Por isso, encarregou-os de, com particular cuidado, observassem
qualquer Sn casual, T. ou P, que pudessem ocorrer, enquanto prestavam
esta última homenagem de respeito ao Emérito desaparecido. Eles
desempenharam sua missão com a maior fidelidade. Ao escavarem de
novo a terra, um dos Irmãos, olhando ao redor (levanta-se e não dá o P)
observou alguns de seus companheiros nesta posição (faz o Sn de Hr.,
o 1!!D instrui o Cand. a copiar) como tomados de Hr. ante a trágica e
aflitiva visão (baixa o Sn) enquanto outros, observando a horrível ferida
ainda visível na sua t., tocaram as suas próprias (faz o Sn de Sp., o 1!!D
instrui o Cand. a copiar) em sinal de compaixão com os seus sofrimentos
(baixa o Sn e senta-se).
Dois dos Irmãos desceram à s. e procuraram elevá-lo pelo T. de
Aprendiz, que resultou em fracasso. Eles então experimentaram o de
Companheiro, que resultou em fracasso também. Tendo ambos falhado
nas suas tentativas, um Irmão zeloso e hábil agarrou com mais vigor
os t...s. da m., e com auxílio dos outros dois, elevou-o nos C.PP.D.C.;
enquanto outros, mais animados, exclamaram Mah . ou Mac, tendo
ambas as palavras significado aproximadamente semelhante; uma
significando "a m. do i." e a outra "o i. está m.". Por isso, o Rei Salomão
ordenou que aqueles Sns. casuais e aquele T. e P., servissem para
designar todos os Mestres Maçons, por todo o mundo, até que o tempo

335
Ritual Emulação

ou as circunstâncias pudessem restabelecer os legítimos.


Resta-nos somente falar do terceiro grupo, que tinha procedido as
suas buscas na direção de Jopa, e pensava em regressar a Jerusalém
quando, passando acidentalmente pela entrada de uma caverna,
ouviram sons de profunda lamentação e pesar. Entrando na caverna
para verificarem a causa, encontraram três homens correspondendo
à descrição daqueles que tinham desaparecido, os quais ao serem
acusados do assassinato e não vendo meios de escaparem, fizeram
completa confissão de seu crime. Foram então amarrados e conduzidos
para Jerusalém, onde o Rei Salomão os condenou à morte, que a
atrocidade de seu crime amplamente merecia.

• O que segue pode ser considerado uma explicação da Tábua de Delinear


deste Grau.
• Se a Loja possuir outra Tábua de Delinear de dimensões menores e mais
leve:
• PMI entrega a Tábua de Delinear ao ML e também um lápis.
• ML com o lápis aponta os diversos itens na Tábua de Delinear de acordo
com as palavras.
• Se as dimensões da Tábua de Delinear forem tais que dificultem a ação do
ML, ele e o Cand. se deslocam para onde está a Tábua. Neste caso, o ML
usa um bastão para fazer as indicações.

ML - Foi determinado que o nosso Mestre fosse re-enterrado, tão próximo


do Sanctum Santorum quanto o permitisse a lei Israelita. A sepultura
tinha três pés do centro para o Oriente e três pés para o Ocidente,
três pés entre o Norte e o Sul, e cinco pés ou mais perpendicularmente.
Ele não foi sepultado no Sanctum Sanctorum, porque a nenhum
estranho ou impuro era permitido entrar ali, nem mesmo o Sumo
Sacerdote, senão uma vez por ano, assim mesmo, depois de muitas
abluções e purificações no grande dia da expiação dos pecados,
porque, pela lei Israelita, toda carne era considerada impura. Os mesmos
quinze fieis Companheiros tiveram ordem de comparecer ao enterro
vestidos com avental e luvas brancas, como emblema de sua inocência.
Já fostes informado que os instrumentos de trabalho, com que o nosso
Mestre foi assassinado, foram: o Pr., o Ni. e o Malho Pesado.
Os ornamentos de uma Loja de Mestre Maçom são: o Pórtico, a
Trapeira e o Pavimento quadrangular. O Pórtico era a entrada para o
Sanctum Sanctorum; a Trapeira a janela que dava luz para o mesmo;
e o Pavimento quadrangular, para nele andar o Sumo Sacerdote. O
ofício do Sumo Sacerdote era queimar incenso em honra e glória do

336
Terceiro Grau

Altíssimo, e orar fervorosamente para que o Onipotente, na sua ilimitada


Sabedoria e Bondade, concedesse paz e tranqüilidade à nação Israelita
no ano seguinte. O a., a c. e as t. c ., sendo emblemas da mortalidade,
referem-se à morte prematura do nosso Mestre Hiram Abif. Ele foi
assassinado três mil anos depois da criação do mundo.

• ML devolve a TO e o lápis ao PMI, ou volta ao seu lugar, e o Cand. ao


lugar anterior, ainda acompanhado do 1º0.

Explicação dos Sinais

ML - No curso da cerimônia, fostes informado de três Sns. neste Grau . O


total deles é cinco, correspondendo em números aos C.PP.D.C.
Eles são o Sn de Hr. , o Sn de Cpx., o Sn Pe., o Sn de Ati. e Ang. , o Sn
de Alg. e J. , também chamado de Gr. ou R. Sn.
- Para a devida regularidade , eu os executarei e vós me imitareis.

• ML levanta-se e dá o P.
• 1ºD instrui o Cand. em voz bem baixa a dar o P e copiar os Sns. Assegura-
se que o Cand. os copie corretamente, nos lugares apropriados, e que as
palavras não sejam repetidas.
• ML mostra os Sns, ao mesmo tempo que os pronuncia.

ML - Este é o Sn de Hr. (executa);


-Este é o Sn de Cpx. (executa);
- Este é o Sn Pe. (executa).

-O Sn de Ati. e Ang. é dado passando a m. d. a. da t. e b-a por c . da


s . e. na forma de um e. Isto teve sua origem no momento em que o
nosso Mestre caminhava da entrada do Norte do Templo para a do
Oriente, quando a sua angústia era tão grande que o suor gotejava
em abundância em sua t. , e ele fez uso desse Sn (mostra-o e o Cand.
copia) como alívio momentâneo de seus sofrimentos.

- Este é o Sn de Alg. e J. (mostra-o e o Cand. copia) ele teve sua


origem na ocasião em que o Templo ficou terminado, e o Rei Salomão
com os príncipes de sua casa foram vê-lo, e ficaram tão admirados
com a sua magnificência que, num movimento simultâneo exclamaram:
"Oh! M . ... s. Marav.... s".

- No continente europeu e aqui entre nós, o "Sn de Afl. e Ang. " é dado

337
Ritual Emulação

de um modo diferente: entrelaçando-se os dedos das ms. e elevando-


as com as cs. sobre a t. (mostra e o Cand. copia), exclamando "V. {baixa
o Sn e o Cand. imita)a. m. a., v. f . d. v .", na suposição de que todos os
Mestres Maçons são Irmãos de H iram Abif, que era filho de uma v ..
-Na Escócia, Irlanda e E.U.A. , o Sn de Afl. e Ang. é dado ainda de uma
maneira diferente, e. as ms. para c ., com as ps. es. e voltadas para o
c. , e d-as para o lado com três m. d. (mostra e o Cand. copia)exclamando:
"Oh! S. meu D., Oh! S. meu D., Oh! S. meu D., n. h . s . p. o . f. da v .?"

• ML senta-se.

Instrumentos de Trabalho

• PMI coloca os instrumentos de trabalho em prontidão e na ordem sobre o


Pedestal, se não tiver feito antes.

ML - Apresento-vos agora os instrumentos de trabalho de um Mestre


Maçam. São eles a Tr. , o Lp. e o C ..
- A Tr. é um instrumento que funciona num eixo central, donde é tirado
um fio para marcar o terreno para os alicerces da construção projetada.
Com o Lp. o artista hábil delineia a construção num desenho ou planta,
para instruir e guiar os obreiros. O C. habilita-o para, com certeza e
precisão, verificar e determinar os limites e proporções de suas várias
partes. Mas como não somos todos Maçons "operativos", porém , mais
especialmente livres e aceitos, ou "especulativos", aplicamos estes
instrumentos à nossa moral. Assim a Tr. indica aquela linha reta e sem
desvios, que foi marcada para nosso caminho no VLS; o Lp. nos ensina
que as nossas palavras e ações são observadas e registradas pelo
Supremo Arquiteto, a Quem devemos dar conta da nossa conduta
durante a vida; o C. lembra-nos Sua infalível e imparcial Justiça, que
tendo Ele definido para nosso conhecimento os limites do bem e do
mal, recompensará ou punirá, conforme tenhamos obedecido ou
desdenhado Suas Divinas ordens. Assim , os instrumentos de trabalho
de um Mestre Maçam nos ensinam a ter em mente e a agir de acordo
com as Leis do nosso Divino Criador, para que, quando formos chamados
desta sublunar morada, possamos subir para a Grande Loja do Além ,
onde o Grande Arquiteto do Mundo vive e reina para sempre.

• 1ºD conduz o Cand. diretamente para um assento na Loja .

Fim da Cerimônia de Elevação.

338
Terceiro Grau

TÁBUA DE DELINEAR DO TERCEIRO GRAU

339
r

Ritual Emulação

APÊNDICE
O assunto contido neste Apênd ice não é Trabalho de Emulação
(ver Prefácio do ritual do Primeiro Grau} 1

Explicação do Avental do Terceiro Grau

Irmão ... por determinação do ML, invisto-vos com a insígnia distintiva de um


MM, (coloca-lhe o Avental) para indicar o progresso adicional que fizestes na
Ciência. Vosso Avental branco, de pele de cordeiro, foi substituído por um
com uma borda azul clara, e com três rosetas arranjadas em forma triangular,
com o vértice no ponto mais alto. A cor da seda, o triângulo e as três rosetas,
têm significados especiais. As duas tiras verticais simbolizam os pilares, (8) e
(J) e o significado deles já vos foi explicado. Em cada uma destas tiras estão
pingentes sete borlas, para recordar-nos que nenhuma Loja é perfeita a menos
que sete Irmãos estejam presentes, que antigamente se pensava que as sete
idades do homem eram influenciadas pelos sete planetas então conhecidos,
e nenhum MM era cons iderado capaz, a menos que ele tivesse algum
conhecimento das sete Artes ou Ciências Liberais.

Exortação após a Elevação

ML (Ao Cand.) Irmão, vosso zelo pela organização da Franco-Maçonaria, o


progresso que fizestes na Arte , vossa conformidade com os regulamentos
gerais, indicaram-vos como assunto privativo de nosso favor e estima. Na
qualidade de Mestre Maçam, estais daqui em diante autorizado a corrigir os
erros e irregularidades de Irmãos Aprendizes e Companheiros, e a protegê-
los contra uma violação da fidelidade . Aperfeiçoar a moralidade e corrigir o
comportamento dos homens , em sociedade, devem ser vosso cuidado
constante. Então, com esta percepção , deveis sempre recomendar aos
inferiores obediência e submissão; aos iguais, cortesia e amabilidade; aos
superiores benevolência e condescendência. Deveis inculcar a benevolência
universal, e, pela regularidade do vosso próprio comportamento, dar o melhor

' Foram feitos arranjos com os Publicadores para incl uir um Apêndice de assuntos que, embora fora do
âmbito de "Emulação", possam ser de aj uda aos membros da Ordem em geral, mas seus conteúdos não são
de qualquer forma uma parte do Trabalho Emulação como demonstrado nas reuniões regulares da Emulation
Lodge of lmprovement.

34 0
Terceiro Grau

exemplo para o benefício de outros. Os Antigos Landmarks da Ordem, que


são aqui confiados aos vossos cuidados, deveis preservá-los sagrados e
invioláveis, e que nunca sofram violações de nosso Rito, ou desvio dos usos
e costumes estabelecidos. Dever, honra, e gratidão agora vos obrigam a serdes
fiel a toda confidência, a suportar com dignidade apropriada vossa nova
condição, e inculcar pelo exemplo e norma. Por isso, não deixeis que nenhum
motivo vos desvie do vosso dever, nem violar vossos votos ou trair vossa fé;
mas sede verdadeiro e fiel , e imitai aquele Artista celebrado, que uma vez
representastes. Por esta conduta exemplar convencereis os homens que o
mérito foi a razão dos nossos privilégios, e que nossos favores em vós não
foram imerecidamente conferidos.

181181181

341
APÊNDICE IV

.ft.

CERIMONIA DE
INSTALAÇÃO
Ritual Emulação

Traduzido do Original Inglês por


Anatoli Oliynik
Past Master
- 1999-
Os procedimentos e as recomendações a seguir são sugestivas, ou seja: não
são partes integrantes do Ritual Emulação e não constam do original inglês.
São praticados pelas Lojas, mas não são descritos no ritual. O Autor achou
por bem inserir esta parte para melhor orientar o leitor e as Lojas que
adotaram ou pretendem adotar o Ritual Emulação .

PROCEDIMENTOS PRELIMINARES

O Templo deve ser previamente preparado de forma que todos os


paramentos, utensílios e documentos estejam colocados nos seus devidos
lugares para que o desenvolvimento da Cerimônia não seja prejudicado.
Do lado Norte do Pedestal do ML, devem ser colocados os seguintes
paramentos:

a) Colar de ML;
b} Avental de ML;

Do lado Sul do Pedestal do ML devem ser colocados os seguintes


instrumentos de trabalho e documentos:

Instrumentos de trabalho de Mestre Maçam


a) Trena (Espiga);
b) Lápis;
c) Compasso;

Instrumentos de trabalho de Companheiro


a) Esquadro;
b) Nível;
c) Prumo;

Instrumentos de trabalho de Aprendiz Franco-maçam


a) Régua de 24 polegadas;
b) Maço comum;
c) Escopro (Cinzel);

Documentos
a) Carta Patente da Loja;
b} Constituição do GO.B.;
c) Estatuto da Loja.
Próximo ao Pedestal do ML devem estar o Colar, o Avental e os Punhos
de PMI com os quais será investido no momento apropriado.

345
Ritual Emulação

Sobre os Pedestais dos Vigilantes devem ficar os respectivos Colares


com os quais os mesmos serão investidos, além dos malhetes e respectivas
colunetas.
Ainda próximo do Pedestal do Mestre da Loja devem estar, pela ordem,
os colares com as jóias dos seguintes cargos: Capelão, Tesoureiro, Secretário,
Diretor de Cerimônias, Esmoler, Mestre Provedor (ou Administrador da
Caridade), 1ºDiácono, 2º Diácono, Assistente Diretor de Cerimônias, Organista,
Assistente de Secretário, Guarda Interno, Mestre de Banquetes (ou Mordomo)
e Guardião Externo. ·

RECOMENDAÇÕES E INFORMAÇÕES

1- O Mestre eleito pode ser apresentado pelo Past Master mais velho da
Loja presente ou por um Diretor de Cerimônias interino, desde que seja
Past Master.

2- Como a Cerimônia de Instalação é feita no 3º Grau, as cadeiras do 1ºV e


2ºV devem ser ocupadas por Past Masters.

3- A Junta de Mestres Instaladores é aberta no 3º Grau, depois que todos os


Irmãos abaixo do posto de Mestre Instalado tenham se retirado da Loja.
Não há cerimônia específica para isso.

4- A Junta de Mestres Instaladores somente se reúne para a Instalação do


Mestre, isto é, nenhum Mestre pode ser regularmente instalado, exceto
numa Junta de Mestres Instaladores.

5- A Junta de Mestres Instaladores não possui outra função, e não pode ser
aberta, sob nenhum pretexto, em nenhum outro momento ou ocasião.

6- O quorum mínimo para a Junta de Mestres Instaladores é de três, além do


Mestre Instalador e um Irmão para atuar como Guardião, que não precisa
ser Mestre Instalado.

7- A investidura do Past Master Imediato deve ser feita durante a Cerimônia


de Instalação, mas deve ter-se em mente que a ação do PMI se faz da sua
posição como tal. Se ele não estiver presente na Instalação do seu
sucessor, ele não poderá ser investido em qualquer outra ocasião, mas,
apesar disso, ele será o Past Master Imediato.

8- Os instrumentos de trabalho dos três Graus devem estar de prontidão


sobre a mesa do Mestre da Loja, devidamente alinhados e separados por
graus, para quando forem apresentados no devido tempo.

346
Cerimônia de Instalação

9- Durante a Instalação não há Diretor de Cerimônias formal, sendo o trabalho


executado pelo Mestre Instalador. Via de regra este Mestre Instalador é o
Mestre que está saindo.

10- Se o Mestre Instalador não for um Past Master Imediato e ele for nomeado
Diretor de Cerimônias, considera-se apropriado que o anúncio para a
nomeação seja feita por um outro Past Master.

11- Para efeito de facilidade o Mestre Instalador será denominado MI.

12- O MI, se não for o atual Mestre da Loja, deve ocupar a Cadeira antes da
abertura da Loja no 2º Grau.

13- Via de regra, o uso de luvas em qualquer cerimônia, fica a critério do


Mestre da cada Loja. Porém, se ele decidir pelo uso, todos, sem exceção,
devem usá-/as durante todo o tempo, exceto pelo Mestre Eleito durante o
Juramento que faz sobre o VLS.

FIM DA PARTE SUGESTIVA


A parte que se segue é integrante do Ritual Emulação e consta no
original inglês.

CERIMÔNIA DE INSTALAÇÃO

*Nota: A Cerimônia é conduzida da Cadeira do Mestre da Loja por um Mestre


Instalado, geralmente o próprio Mestre da Loja. Para melhor orientação o
Mestre Instalador é aqui referido como MI. Nas demonstrações da Loja
Emulação de Aperfeiçoamento, o MI faz o trabalho que nas Lojas regulares é
feito pelo DC. Isto está indicado pela adição de (ou DC).

• A Loja deve estar aberta no 1º Grau.


ML solicita que os Aprendizes se retirem.
Gl levanta-se e segue para a porta, abrindo-a para a saída dos Aprendizes
que não fazem saudação. Gl fecha a porta e retorna a sua cadeira.
ML a partir deste instante, se reveste com a qualidade de Mestre Instalador
e designa que três Past Masters ocupem as cadeiras de 1ºV. 2ºV e Gl.
Se o GE não for um Mestre Instalado também fará a sua substituição.
DC conduz os Irmãos nas substituições dos cargos, conforme acima.

Nota: Se o atual ML não atuar como MI, deverá ser substituído antes da
abertura da Loja no 2º Grau.

347
Ritual Emulação

É costume o DC conduzir o PM nomeado, pela mão direita, nestas


substituições.

MI abre a Loja no 2º Grau.


(Será permitido revertê-la se for conveniente. Solicita que o PM mais
antigo presente faça a apresentação).

Nota: A apresentação pode ser feita pelo DC, desde que seja PM.

• ME levanta-se.
• PM segue para o ME e o conduz, pela mão direita, para um ponto distante
do Pedestal do ML (aprox. 4 m) e ficam voltados para o Oriente.
• PM dá um Passo, faz o Sn de F e levanta, com a sua mão esquerda, a mão
direita do ME em posição igual ao Sn do 2º Grau.

PM -Mestre, apresento-vos o Irmão F. .. . , Mestre Eleito desta Loja, para


receber de vossas mãos a honra de sua Instalação.
MI - Irmão (diz o nome) , vossa apresentação será atendida. Para isso,
primeiramente dirigirei algumas observações aos Irmãos e depois
chamarei a atenção do Mestre Eleito para as qualidades necessárias
ao candidato à Cadeira de Mestre.

PM baixa o Sn de F., baixa a mão do ME, deixa-o na linha de centro da


Loja e volta ao seu lugar.
ME permanece em pé.

MI -Irmãos, desde tempos imemoriais, tem sido costume estabelecido entre


Franco-Maçons de cada Loja, anualmente, e em época certa, escolher
entre aqueles que já serviram de Vigilantes um Artífice experiente para
dirigi-los na qualidade de Mestre. Ele deve ter sido regularmente eleito
pelo Mestre, Vigilantes e Irmãos em Loja aberta reunida, apresentado a
uma Junta de Mestres Instaladores para que possa receber do seu
predecessor, o benefício da instalação, a fim de melhor qualificá-lo para
o cumprimento dos deveres de seu importante cargo.
Irmão F.... ,havendo vós sido assim eleito e apresentado, peço vossa
atenção enquanto vos relato os vários predicados que são essenciais
em todo candidato à Cadeira de Mestre.

12 - Todo candidato ao cargo de Mestre, deve ter reputação ilibada, ser


sincero e honrado e gozar de alta estima entre os seus Irmãos.

22 - Deve ter sido regularmente iniciado, passado e elevado nos Graus


estabelecidos da Ordem, ser perito na nobre ciência e ter devidamente
servido o cargo de Vigilante numa Loja regular.

348
Cerimônia de Instalação

3º - Deve ter conduta exemplar, ser cortês em suas maneiras, ter


facilidade de exprimir-se, ser perseverante e firme em princípios, ser
capaz e disposto de encarregar-se da direção dos trabalhos e conhecer
bem as Antigas Obrigações, Regulamentos, e os Landmarksda Ordem.

Nestas condições, meu respeitável Irmão, podeis assumir o cargo de


Mestre desta Loja ?

ME -Posso.
MI - Neste caso chamo vossa atenção para o Secretário, que lerá para
vós essas Antigas Obrigações e Regulamentos, sendo essencial que
as aceiteis, incondicionalmente, o que significareis pelo Sn de F. depois
de cada cláusula.

• MEvolta-se para o Secretário.


• Sec. levanta-se, lê as Antigas Obrigações fazendo uma pausa entre elas
para que o ME faça o Sn depois de cada uma.

Sec. - 12 : Concordais em ser um Homem de bem e leal, e obedecer


estritamente a lei Moral ?

• MEdá o P e faz o Sn de F. e o baixa, sem bater na coxa. Ele mantém o P


durante toda a leitura das cláusulas.

- 22 : Deveis ser um cidadão pacífico e disposto a obedecer as leis do


país em que residis .

• MEfaz o Sn de F. e o baixa.

- 32 : Prometeis não tomar parte em intrigas ou conspirações contra o


Governo, mas pacientemente submeter-vos às decisões da Suprema
Legislatura ?

• ME faz o Sn de F. e o baixa.

- 42 : Concordais em manter o devido respeito à Magistratura Civil,


trabalhar diligentemente, viver respeitavelmente, e agir honradamente
com todos os Homens ?

• ME faz o Sn de F. e o baixa.

- 52 : Concordais em reverenciar os dirigentes e patronos primitivos da


Ordem da Franco-Maçonaria, e os seus sucessores regulares, supremos
e subordinados, de acordo com os seus postos e a submeter-vos às

349
Ritual Emulação

Decisões e Resoluções de vossos Irmãos em Loja aberta reunida, e em


todos os casos de acordo com as Constituições da Ordem ?

• ME faz o Sn de F. e o baixa.

-62: Concordais em evitar ressentimentos e rixas particulares e guardar-


vos contra a intemperança e excessos ?

• ME faz o Sn de F. e o baixa.

- 72: Concordais em ser cauteloso em vossas atitudes e


comportamento, cortês para com os vossos Irmãos e fiel à vossa Loja?

• ME faz o Sn de F. e o baixa.

- 8 2 : Prometeis respeitar os Irmãos genuínos e verdadeiros,


desfavorecendo os impostores e a todos os dissidentes do plano
original da Franco-Maçonaria ?

• ME faz o Sn de F. e o baixa.

- 92 : Concordais em promover o bem geral da Sociedade, cultivar as


Virtudes Sociais, e propagar o conhecimento da Arte Real tanto quanto
possa caber na vossa influência e habilidade ?

• ME faz o Sn de F. e o baixa.

- 10: Prometeis render homenagem ao Grão-Mestre em exercício, e


aos seus Oficiais quando devidamente instalados, e obedecer
estritamente todos os Atas e Decretos do Grande Oriente do Brasil?

• ME faz o Sn de F. e o baixa.

- 11: Admitis que não está no poder de nenhum homem ou corporação


de homens fazer inovações na sociedade maçônica, sem a obtenção
prévia do consentimento do Grande Oriente do Brasil ?

• ME faz o Sn de F. e o baixa.

- 12: Prometeis atender regularmente à comunicações e comissões


do Grande Oriente do Brasil quando receberdes os devidos avisos e
prestar atenção a todos os deveres de Franco-Maçonaria nas ocasiões
próprias e convenientes ?

350
Cerimônia de Instalação

• ME faz o Sn de F e o baixa.

- 13: Admitis que nenhuma Loja nova pode ser formada sem permissão
do Grão-Mestre ou seu Delegado, e que nenhum apoio deve ser dado a
qualquer Loja irregular, ou a qualquer pessoa nela iniciada; que nenhuma
procissão pública de Maçons vestidos com as insígnias da Ordem pode
se realizar sem licença especial do Grão-Mestre ou seu Delegado?

• ME faz o Sn de F e o baixa.

- 14: Admitis que ninguém pode ser regularmente feito Franco-Maçam


ou admitido como membro de qualquer Loja sem prévio aviso e devida
sindicância sobre seu caráter; e que nenhum Irmão pode ser promovido
a um Grau mais alto senão em estrita conformidade com as Leis do
Grande Oriente do Brasil ?

• ME faz o Sn de F e o baixa.

- 15: Prometeis que nenhum visitante será recebido na vossa Loja


sem o devido exame e apresentação dos documentos comprobatórios
da sua iniciação numa Loja Regular ?

• ME faz o Sn de F e o baixa.
• Sec. senta-se depois de lida a última cláusula.
• ME volta-se para o MI.

MI - Submetei-vos e prometeis manter estas Antigas Obrigações e


Regulamentos, como em todos os tempos têm feito todos os Mestres?
ME -Sim.
MI - Então aproximai-vos do Pedestal para prestar o Solene Juramento
quanto aos vossos deveres como Mestre desta Loja.

• ME avança para o Pedestal.

MI Ajoelhai-vos sobre o j. d. e colocai a m. d. sobre o VLS.


• ME se estiver usando luvas, retira a da mão direita e ajoelha-se como
ordenado.

MI ( ! ) 1ºV ( !) 2ºV ( !)

Todos levantam-se, dão o P e fazem o Sn de F

MI - Dizei vosso nome por extenso e repeti depois de mim:

351
Ritual Emulação

Juramento

Eu, F.. .., na presença do G.G.D.U. , e desta Digna e Respeitável Loja


de Companheiros Franco-Maçons, regularmente constituída, reunida,
e devidamente dedicada, concordo em aceitar o cargo de Mestre desta
Loja, e cumprir os respectivos deveres administrando-a fielmente,
zelosa e imparcialmente, empregando o máximo de minha competência
e habilidade, até o próximo período regular de eleição nesta Loja, e
até que um sucessor tenha sido devidamente eleito e instalado no
meu lugar. Ainda mais solenemente prometo que, enquanto durar meu
Mestrado, ou em qualquer tempo em que a Loja possa estar sob minha
direção, não permitirei ou admitirei qualquer desvio dos Landmarks
estabelecidos da Ordem; que não ministrarei ou consentirei que se
ministre, outro Rito ou Cerimônia, que contrarie ou subverta nossa
Antiga Instituição; mas, ao contrário, manterei, sustentarei, e elevarei,
puros e imaculados, os princípios e doutrinas da Arte; que no máximo
de minhas forças imporei uma obediência estrita às excelentes
Obrigações e Regulamentos que já prometi cumprir, e de toda forma
desempenharei conscienciosamente meus deveres como chefe da
Arte e Mestre desta Loja. Assim me ajude, Deus Onipotente, e me
conserve firme neste meu Solene Juramento de Mestre Eleito.

• Todos baixam o Sn.

MI - Como penhor da vossa fidelidade , e para tornar Sagrado este


Juramento, vós o selareis com vossos lábios por duas vezes sobre o
VLS .

• ME assim faz.
• MI toma a mão direita do ME com a sua mão direita:

MI - Levantai-vos, recém juramentado ME.

• MI senta-se.
• Todos, exceto o ME, sentam-se.

• Nota: Se a Loja for aberta normalmente no 3º Grau, o DC conduzirá o ME,


para uma cadeira próxima na Loja. Porém, se a abertura for resumida, o
ME poderá ficar em pé em frente do Pedestal.

MI - Solicito que os Companheiros se retirem .

352
Cerimônia de Instalação

• Gl levanta-se e segue para a porta.


• Companheiros levantam-se e seguem para a porta, sem saudar.
• G/ abre a porta e os Companheiros saem. Depois disso fecha a porta e
volta ao seu lugar.
• MI conduz a abertura no 3º Grau ou a reverte nesse grau, o que for mais
conveniente.

MI Solicito que todos abaixo do posto de Mestre Instalado se retirem da


Loja por algum tempo.

• Gl levanta-se e segue para a porta.


• Mestres levantam-se e seguem para a porta, sem saudar.

Obs.: Aqueles Mestres que são Oficiais deverão deixar os seus colares sobre
as suas cadeiras.
• Gl abre a porta e os Mestres saem. Depois disso fecha a porta e volta ao
seu lugar.

Segue-se a Cerimônia Exclusiva da JLJ,nta de Mestres Instalados, na


qual o Mestre Eleito é instalado na Cadeira como Mestre da Loja
· (Esta parte foi retirada pelo Autor)

RITUAL EM SEPARADO

Nota: O Mestre da Loja, PM ou o DC asseguram-se, antes da instalação


que o Mestre Eleito saiba que terá de investir o seu PMI, durante os
trabalhos da Junta, na forma que se segue:

ML (levanta-se) Irmão F. ... ,tenho a satisfação de investí-lo com esta jóia


(coloca o colar) como PMI da Loja, tendo certeza de que, pela maneira
com que dirigistes a Loja durante a vossa gestão, a qualquer tempo
em que eu necessite de ajuda, poderei contar com a vossa cooperação
(dá um aperto de mãos e senta-se) .

Nota: Após o encerramento dos Trabalhos Exclusivos da Junta, pode-se


fazer, a critério do MI, um pequeno recesso.
Este recesso é feito formalmente por uma "Chamada para o descanso"
e logo após, uma "Chamada para o Trabalho".
Durante este recesso o DC deve encarregar-se em dispor os Colares
dos vários Oficiais num lugar próximo e na ordem da investidura de
cada qual. Isto facilitará o seu trabalho.

353
Ritual Emulação

REINÍCIO OU CONTINUAÇÃO DOS TRABALHOS

• Ao reinicio dos trabalhos maçônicos os Mestres Instaladores sentam-se


nos seus lugares.
• MI em pé, ao lado Sul do Pedestal do ML.

MI -Irmão Gl, fazei entrar todos os Mestres Maçons.

• MI segue para o canto Nordeste da Loja e fica voltado para o Sul. Havendo
um DC é este que fica neste lugar.
• Gl segue para a porta, abre-a, admite os MsMs, os visitantes primeiro,
fecha a porta e volta ao seu lugar.
• MsMs entram sem saudar e formam uma fila no lado Norte da Loja, olhando
para o Sul, de modo que o MI (ou DC) fique na extremidade Oriental dela.
• MI solicita que os MsMs visitantes de outra Obediência Maçônica
reconhecida possam sentar-se nos seus lugares.

MI (aos MsMs) - Irmãos, fazei a volta ao redor da Loja e saudai o Mestre


como Mestres Maçons.

• MI (ou DC ) seguido dos MsMs gira à e. e faz a volta ao redor da Loja,


esquadrando-a em cada canto. Durante essa perambulação, cada um para
em frente do Pedestal do Mestre da Loja {de frente para oS) dá o passo
com o pée . colocando oc . d . na c . do pée ., faz o Sn Pede Mestre Maçam,
incluindo a recuperação, continuando até chegar à posição inicial no Norte
onde se perfilam olhando para o Sul, como antes.

MI (ao Sul do Pedestal do ML) - Irmãos, durante a vossa ausência


temporária o Irmão F. ... , foi regularmente -instalado na Cadeira do Rei
Salomão, de acordo com os antigos costumes, e eu agora, pela primeira
vez, o proclamo Mestre da Loja ..................... , nQ ..... , no Registro da
(nome da obediência à qual a Loja é subordinada) , até o próximo período regular
de eleição nesta Loja, e até que um sucessor seja devidamente eleito
e instalado no seu lugar e vos convido a saudá-lo como MsMs com t.
sinais, guiando-vos por mim (ou pelo DC se a saudação for feita por
este)
MI (oUOC dirige-se a um ponto adequado, de frente para a linha de MsMs)
-À ordem , Irmãos (dá oP, fazo G rande ouR eaiS inalt . vezes, devendo
ser audíveis as batidas das mãos e as batidas em seus lados).

• MsMs dão oP junto com o MI (ou DC ) e fazem o Grande ou Real Sinal em


uníssono com o MI).
• PM/ coloca os instrumentos de trabalho de MM no Pedestal do Mestre da
Loja o que, preferentemente, deve ser feito de antemão.

354
Cerimônia de Instalação

MI {do Sul do Pedestal do ML e para o ML) - Apresento-vos agora os


instrumentos de trabalho de Mestre Maçam. Eles são a Espiga, o Lápis
e o Compasso.
A Espiga é um instrumento que funciona num eixo central, donde é tirado
um fio para marcar o terreno para o alicerce da construção projetada.
Com o Lápis o artista hábil delineia a construção num desenho ou planta,
para instruir e guiar os obreiros.
O Compasso habilita-o para, com certeza e precisão, verificar e determinar
os limites e proporções de suas várias partes. Mas como não somos
todos Maçons operativos, porém mais especialmente livres e aceitos,
ou especulativos, aplicamos estes instrumentos à nossa moral.
Assim a Espiga nos indica aquela linha reta e sem desvios traçada para
nosso caminho no VLS. O Lápis nos ensina que as nossas palavras e
ações são observadas e registradas pelo Supremo Arquiteto, a Quem
devemos dar conta da nossa conduta durante a vida; o Compasso
lembra-nos Sua infalível e imparcial Justiça, que tendo ele definido
para nosso conhecimento os limites do bem e do mal, recompensará
ou punirá, conforme tenhamos obedecido ou desdenhado Suas Divinas
ordens. Assim, os instrumentos de trabalho de um Mestre Maçam nos
ensinam a ter em mente, e agir de acordo com as Leis do nosso Divino
Criador, para que, quando formos chamados desta sublunar morada,
possamos subir para a Grande Loja do Além, onde o Grande Arquiteto
do Mundo vive e reina para sempre.
MI (ao ML) - Encerrai agora a Loja no Terceiro Grau (senta-se)

• ML com os MsMs ainda em pé na fila, procede o encerramento da Loja,


ritualisticamente, no Terceiro Grau, após o que

MI -Irmão Gl, fazei entrar todos os Companheiros {dirige-se à extremidade


Oriental da linha dos MsMs).

• Gl segue para a porta, abre-a, admite os Companheiros, visitantes primeiro,


fecha a porta e retorna ao seu lugar e senta-se.
• Companheiros entram sem saudar e juntam-se à fila de MsMs no Norte
parando à direita do MI, de frente para o Sul.
• MI solicita que os Companheiros visitantes de outra Obediência Maçônica
reconhecida possam sentar-se nos seus lugares.
• MI se estiver liderando a perambulação coloca-se na extremidade Oriental
da fila, senão é o DC que aí se coloca.

MI - Irmãos, fazei a volta ao redor da Loja e saudai o Mestre como


Companheiros.

• MI (ou OC) seguido primeiro pelos Companheiros e a seguir pelos Mestres

355
Ritual Emulação

Maçons, gira à e. fazendo a volta ao redor da Loja, esquadrando-a em


cada canto. Durante essa perambulação, cada um pára em frente ao
Pedestal do Mestre da Loja (de frente para oS) dá um passo com o pé e.,
faz e corta o Sn de Companheiro, continuando até chegar à posição inicial
no Norte, de frente para o Sul e formando uma linha, como antes.
• MI se não estiver liderando a perambulação, junta-se à ela depois que o
último Mestre Maçam tenha feito a saudação, prosseguindo até ficar ao
lado Norte do Pedestal do 1ºV onde pára e volta-se para o Oriente.
MI (espera ao lado Norte do Pedestal do 1ºV até que a fila seja refeita no
lado Norte)
MI - Irmãos, durante a vossa ausência temporária, o Irmão F. ... , foi
regularmente instalado na Cadeira do Rei Salomão, de acordo com
os antigos costumes, e eu agora, pela segunda vez o proclamo Mestre
da Loja ............. , nº ...... , no Registro da (nome da obediência à qual a Loja
é subordinada), até o próximo período regular de eleição nesta Loja, e
até que um sucessor seja devidamente eleito e instalado no seu lugar,
e vos convido a saudá-lo como Companheiros com c. sns, guiando-
vos por mim (ou pelo DC se a saudação for feita por este).

• Ml (ou DC) segue para um ponto conveniente olhando para a fila de Irmãos.

MI - À ordem Irmãos.

M/ dá o P e faz o Sn de Companheiro que mantém- peito, mão, avental-


Ele, então, com a m d dá um ;. audível com ela sobre o p., m e e av,
nessa ordem, por c. v. .
• MsMs e Companheiros ao mesmo tempo eles dão o P e fazem o Sn de
Companheiro que mantém. Quando o MI (ou DC) fizer a saudação audível
eles a fazem em uníssono.
MI retorna para o lado Sul do Pedestal do ML.

MI (ao ML} - Apresento-vos agora os instrumentos de trabalho de


Companheiro Franco-maçam, são eles: o E., o Ni. e o Pr..
O Esquadro serve para verificar e ajustar os cantos retangulares dos
edifícios e auxiliar a dar forma apropriada à matéria bruta.
O Ni. para fazer nivelamentos e provas horizontais.
O Pr. para verificar a ajustar as verticais, ao fixá-las nas suas devidas
bases. Mas, como nem todos somos Maçons operativos, sendo, mais
especialmente, livres e aceitos, ou especulativos, aplicamos estes
instrumentos à nossa moral.
Assim, o E. ensina a moralidade; o Ni. igualdade; e o Pr. correção e
retidão na vida e nos atos. Pois, por esquadria na conduta, passos
nivelados, e intenções retas, esperamos ascender às imortais mansões
de onde emana toda a bondade.

356
Cerimônia de Instalação

MI (ao ML) -Agora deveis encerrar a Loja no Segundo Grau.

• ML com os MsMs e Companheiros ainda em pé encerra a Loja


ritualisticamente no Segundo Grau.
• ML ao lado Sul do Pedestal do ML:

MI -Irmão Gl, fazei entrar todos os Aprendizes.

• Gl segue para a porta, abre-a, admite os Aprendizes, visitantes primeiro,


fecha a porta e retorna ao seu lugar.
• Aprendizes entram sem saudar e juntam-se à fila dos Irmãos que estão
no Norte, ficando em pé imediatamente na frente dos Companheiros,
olhando para o Sul.
• MI solicita que os Aprendizes de outra Obediência Maçônica reconhecida
possam sentar-se nos seus lugares.
• MI se estiver liderando a perambulação coloca-se na extremidade Oriental
da fila, senão é o DC que aí se coloca.

MI - Irmãos, fazei a volta ao redor da Loja e saudai o Mestre como


Aprendizes.

• MI (ou OC) seguido primeiro pelos Aprendizes, depois pelos Companheiros


e finalmente pelos Mestres Maçons, fazem a volta da Loja, "esquadrando"
em cada canto. Durante esta perambulação cada um faz uma parada em
frente do Pedestal do Mestre da Loja, dá o P e, ainda olhando para o Sul,
faz e baixa o Sn de Aprendiz. A caminhada continua até alcançar a posição
anterior ao Norte, como antes, olhando para o Sul.
• MI se não estiver liderando a perambulação, junta-se à ela depois que o
último Mestre Maçam tenha feito a Saudação, prosseguindo até o lado
esquerdo do Pedestal do 2 2 V onde faz uma parada e volta-se para o Norte.
• MI espera no lado esquerdo do 2 2 V até que a fila seja refeita ao Norte.

MI - Irmãos, durante a vossa ausência temporária, o Irmão F. ... , foi


regularmente instalado na Cadeira do Rei Salomão, de acordo com
os antigos costumes, e eu agora, pela terceira vez, o proclamo Mestre
da Loja ..... ....... , n2 •••• , no Registro da (nome da obediência à qual a Loja é
subordinada) , até o próximo período regular de eleição nesta Loja, e até
que um sucessor seja devidamente eleito e instalado no seu lugar e
vos convido a saudá-lo como Aprendizes com t. sinais, guiando-vos
por mim (ou pelo DC se a Saudação for feita por este).

• MI (ou DC) vai para um ponto conveniente olhando para a fila de Irmãos:

357
Ritual Emulação

MI - À ordem Irmãos.

• Dão o P e fazem o Sn de Aprendiz t v. . O movimento final da m. d , para


cada vez, se faz com l a. com a c. .
• MI retorna para o lado Sul do Pedestal do Mestre da Loja.

MI (ao ML) -Apresento-vos agora os instrumentos de trabalho de um


Aprendiz Franco-maçam, são eles a Régua de 24 polegadas, o Maço
comum e o Escopro. A R. de 24 pol. serve para medir o nosso trabalho,
o Maço comum para desbastar todas as saliências e arestas inúteis, o
Escopro para ainda mais aparelhar e alisar a pedra preparando-a para
ser manejada por um operário mais destro. Mas, como nós não somos
Maçons operativos, porém, mais especialmente, Livres e Aceitos ou
Especulativos, aplicamos estes instrumentos à nossa moral. Assim, a
Régua de 24 pol. representa às 24 horas do dia, das quais devemos
aplicar parte em orações ao Todo Poderoso, parte no trabalho e no
descanso, e parte em servir um amigo ou Irmão necessitado, sem
prejuízo nosso ou de nossos familiares. O Maço comum representa a
força da consciência, que deve dominar todos os pensamentos vãos
e inoportunos que possam ocorrer nos mencionados períodos, de
maneira que nossas palavras e ações possam ascender impolutas ao
Trono da Graça. O Escopro nos mostra as vantagens da educação
por cujos meios somente, nos tornamos membros aptos em uma
sociedade legalmente organizada.
MI (aos Irmãos que estão em fila.} - Irmãos, sentai-vos.

• DC volta ao seu lugar.


• Irmãos tomam seus assentos.
MI toma a Carta Patente que está sobre a mesa do ML, abre-a e entrega-
a ao ML:

MI - Mestre, entrego agora à vossa guarda especial a Patente da Loja.


Ela tem sido por muitos anos confiada à guarda de dignos e respeitáveis
Irmãos, e estou certo de que confiando-a aos vossos cuidados ela
nada perderá do seu esplendor primitivo, mas será transmitida ao vosso
sucessor pura e imaculada como a recebeis agora.

MI toma o Livro das Constituições e o Regimento Interno de cima da mesa:

MI -Também vos apresento o Livro das Constituições (entrega-o) que eu


recomendo enfaticamente à vossa atenção, pois nele raramente
deixareis de encontrar solução às dificuldades que possam surgir na
Loja. Este é o Regimento Interno (entrega-o) da vossa Loja.
MI - Agora deveis nomear e empossar os vossos Oficiais.

358
Cerimônia de Instalação

• A apresentação dos Oficiais para a posse pode ser feita pelo Ml(ou Dq.
Aquele que fizer isso segue para um ponto conveniente em frente da mesa
doML.
• Sendo o DC o encarregado das apresentações, o MI senta-se.
• Todos os Oficiais a serem investidos e que sejam Past Masters são levados
para o lado Sul da mesa do ML, os outros Irmãos para o lado Norte. Em
cada caso eles ficam de frente para o ML.
• Ml (ou DC) apanha o Colar etc. para entregar ao ML ao tempo apropriado
em cada posse.
• MI (ou DC) voltado para o ML, dá o P e faz o Sn de Aprendiz:

MI - Mestre, a quem nomeais vosso 1ºV ?


ML -O Irmão F. ... ,

• Irmão nomeado levanta-se.


• Ml (ou DC) baixa o Sn, pega o Colar do 1ºV, o Malhete e a Coluna, então
conduz o Irmão nomeado, pela mão direita para o Pedestal do ML no lado
apropriado.
• ML levanta-se e dirige a palavra para o 1ºV:

ML -Irmão F. ... ,eu vos nomeio meu 1ºV, e agora vos invisto com a insígnia
do vosso cargo (coloca-lhe o colar) .
O Ni. (toma-o com a sua m. e.) sendo o emblema da igualdade, vos
indica o procedimento eqüitativo que deveis ter juntamente comigo na
direção e governo da Loja (solta o nível) .
Coloco pois, em vossas mãos, este Malhete (passa-lhe o malhete) ,
como emblema de poder, para habilitar-vos a auxiliar-me em manter a
ordem na Loja, especialmente no Ocidente.
Também, apresento-vos a Coluna do vosso cargo, (entrega-lhe a
coluna) que erguereis quando a Loja for aberta, para indicar aos Irmãos
que a Loja está ocupada em assuntos Ma'çônicos.
O vosso lugar é no Ocidente e o vosso dever é assinalar o ocaso do
Sol, encerrar a Loja por minha ordem, depois de verificar que todos os
Irmãos estão satisfeitos (cumprimenta o1ºV com um aperto de mão e
senta-se) .

• Ml(ou DC) conduz o 1ºV diretamente até o lado esquerdo do seu Pedestal.
• f!!Vcoloca a Coluna na posição sobre a mesa, enquanto isso o 1ºV interino
deixa a cadeira pelo mesmo lado. (É hábito ambos se cumprimentarem
com um aperto de mãos). O novo 1ºV senta-se.
• MI (ou DC) conduz o Past Master que atuou como 1!?V para um assento
apropriado. Neste ponto é permitido que o ML anuncie a sua liberação e
que lhe faça um curto agradecimento.
• Ml (ou DC) em frente do Pedestal do ML, com o P e Sn do 1º Grau:

359
Ritual Emulação

MI - Mestre, a quem nomeais vosso 2ºV?


ML - O Irmão F. ... ,

• Irmão nomeado levanta-se.


• MI (ou DC) baixa o Sn, pega o Colar do 2ºV, o Malhete e a Coluna; então
conduz o Irmão nomeado, pela mão direita para o Pedestal do ML no lado
apropriado.

ML -Irmão F. ...,eu vos nomeio meu 2ºV, e agora vos invisto com o Colar
e a Jóia de vosso cargo (coloca-lhe o Colar).
O Prumo (segura-o com sua m. e.) sendo um emblema de retidão,
indica a integridade do procedimento que deveis ter juntamente comigo
e com o vosso Irmão 1ºV, para a boa direção e governo da Loja, (solta
o Prumo) especialmente no exame de Visitantes, para que por vossa
negligência qualquer pessoa não qualificada possa ser admitida às
nossas reuniões, e os Irmãos, por isso, inocentemente serem levados
a violar os seus juramentos.
Coloco pois, em vossas mãos este Malhete (passa-lhe o malhete) como
emblema de poder, para habilitar-vos a auxiliar-me, e ao nosso Irmão
1ºV, em manter a ordem na Loja especialmente no Sul. Também,
apresento-vos a Coluna do vosso cargo (passa-lhe a Coluna), que
deitareis quando a Loja for aberta, e a erguereis quando a Loja for
chamada do trabalho para o descanso, ficando este assunto sob a
vossa imediata vigilância, como ostensivo Mestre de Banquete da Loja.
Vosso lugar é no Sul; vosso dever é assinalar o Sol no seu meridiano,
chamar os Irmãos do trabalho para o descanso e do descanso para o
trabalho a fim de que lhes possa resultar proveito e prazer (cumprimenta
o 2ºV com um aperto de mãos e senta-se).

• MI (ou DC) conduz diretamente o 2ºV até o lado esquerdo da cadeira do


seu Pedestal.
• 2i>V coloca a Coluna na posição sobre a mesa, enquanto isso o 2i>V interino
deixa a cadeira pelo mesmo lado. É habito que ambos se cumprimentem
com um aperto de mãos. O novo 2ºV senta-se.
• MI (ou DC) conduz o PM que atuou como 2ºV para um assento apropriado.
Neste ponto é permitido que o ML anuncie a sua liberação e que lhe faça
um curto agradecimento.
• MI (ou OC) em frente do Pedestal do ML, com o P e Sn do 1º Grau:

MI -Mestre, a quem nomeais Capelão?


ML - O Irmão F....

• Irmão nomeado levanta-se.


• MI (ou DC) baixa o Sn, colhe o Colar correspondente e conduz o Irmão

360
Cerimônia de Instalação

nomeado para o Pedestal do ML no lado apropriado.


• ML levanta-se:

ML - Irmão F.... , eu vos nomeio Capelão desta Loja e agora vos invisto
com o Colar e Jóia de vosso cargo (coloca-lhe o Colar}
O livro aberto, que representa o VLS (segura-o com a mão esquerda)
é tido como lei e guia da nossa fé, nosso orientador para toda a
Verdade, nosso diretor dos passos da Felicidade e nosso orientador
de todos os Deveres (solta o livro aberto)
Vosso lugar em Loja é imediatamente ao lado do PMI e, tanto na abertura
como no encerramento da Loja como em todas as cerimônias, será vosso
dever invocar as bençãos do Todo Poderoso para as nossas atividades
(cumprimenta o Capelão com um aperto de mãos e senta-se}

• MI (ou DC) conduz o Cape)ão ao seu assento.


• MI (ou DC) em frente do Pedestal do ML, com P e Sn do 1º Grau:

MI - Mestre, tendo o Irmão F. ... sido eleito Tesoureiro da Loja, quereis


empossá-lo ?
ML -Sim.

• Irmão nomeado se levanta.


• MI toma o Irmão pela m. d. e o conduz para o Pedestal do ML no lado
apropriado.
• ML levanta-se:

ML - Irmão F.... , tendo sido eleito Tesoureiro da Loja, invisto-vos com a


insígnia do cargo (coloca-lhe o Colar e segura a jóia com a mão
esquerda), que é uma chave.
Vosso dever é receber todo o dinheiro devido à Loja e pagar, dos fundos
da Loja, todas as despesas decorrentes e também as somas que possam
ser votadas pelos Irmãos para os fins da Caridade (solta a Chave,
cumprimenta o Tesoureiro com um aperto de mãos e senta-se).

• MI (ou DC) conduz o Tesoureiro ao seu lugar.


• MI (ou DC) em frente do Pedestal do ML com o P e Sn do 1º Grau:

MI - Mestre, a quem nomeais Secretário ?


ML - Irmão F. ...,

• Irmão nomeado levanta-se.


• MI (ou DC) baixa o Sn, colhe o Colar correspondente e conduz o Irmão
nomeado para o Pedestal do ML no lado apropriado.
• ML levanta-se:

361
Ritual Emulação

ML - Irmão F. ... , eu vos nomeio Secretário da Loja e vos invisto com a jóia
do cargo(coloca-lhe o Colar e segura a insígnia com a mão esquerda)
que são duas penas cruzadas (solta a insígnia) .
Vosso dever é emitir as convocações, detalhando os assuntos dos
negócios que possam ser levados à Loja e fazer os registras nas atas,
para confirmação numa subseqüente reunião regular da Loja
(cumprimenta o Secretário com um aperto de mãos e senta-se) .

• MI(ou OC) conduz o Secretário ao seu lugar.


• Ml(ou OC) em frente do Pedestal do ML, com P e Sn:

MI - Mestre, a quem nomeais Diretor de Cerimônias?

Obs.: Ver itens 9 e 10 das Recomendações e Informações.

ML - Irmão F. ....

• Irmão nomeadolevanta-se.
• MI (ou OC) baixa o Sn, colhe o Colar correspondente e conduz o Irmão
nomeado para o Pedestal do ML no lugar apropriado.
• ML/evanta-se:

ML - Irmão F... .,eu vos nomeio Diretor de Cerimônias da Loja e vos invisto
com o Colar e Jóia do cargo (coloca-lhe o Colar e segura a Jóia com a
mão esquerda) que são duas varas cruzadas em forma de Cruz de
Santo André , ligadas por uma fita (solta a Jóia).
Vosso dever é verificar que as cerimônias sejam levadas à efeito com
propriedade, os Visitantes e os Irmãos estão sentados de acordo com
seus cargos e os Oficiais nos seus respectivos lugares (cumprimenta
o OC com um aperto de mãos e senta-se) .

• Ml (ou OC) conduz o DC ao seu lugar e senta-se.


• Obs.: A partir deste instante é o DC que conduz o restante dos trabalhos.
• DCem frente da mesa do ML, com o P e Sn:

DC - Mestre, a quem nomeais Esmoler da Loja?


ML - Irmão F. ...,
• Irmão nomeado levanta-se.
• DC baixa o Sn, pega o Colar correspondente e conduz o Irmão nomeado
para o Pedestal do ML no lado apropriado.
• ML levanta-se:

ML - Irmão F. ... , eu vos nomeio Esmo ler da Loja e vos invisto com o Colar e
Jóia do cargo (coloca-lhe o Colar e segura a Jóia com a mão esquerda)

362
Cerimônia de Instalação

que é uma Algibeira com um coração sobre ela (solta a Jóia) .


Vosso dever é coletar donativos à bem ·da Caridade, fazer visitas e
aliviar os enfermos, da Loja ou não-maçons se estiverem aos cuidados
dela (cumprimenta o Esmoler com um aperto de mãos e senta-se).

• DC conduz o Esmoler ao seu lugar.


• DC em frente do Pedestal do ML com o P e Sn:

DC - Mestre, a quem nomeais Mestre Provedor ?


ML - Irmão F. ...,

• Irmão nomeado levanta-se.


• DC baixa o Sn, pega o Colar correspondente e conduz o Irmão nomeado
para o lado apropriado da mesa do ML.
• ML levanta-se.

ML - Irmão F. ... , eu vos nomeio Mestre Provedor da Loja e vos invisto


com o Colar e Jóia do cargo (coloca-lhe o Colar e segura a Jóia com a
mão esquerda) que é uma Trolha (solta a jóia) . Simbolicamente a Trolha
nos ensina a distribuir o cimento do afeto e da benevolência que une
todos os membros da família maçônica (cumprimenta o Mestre
Provedor com um aperto de mãos e senta-se).

• DC conduz o Mestre Provedor ao seu lugar.


• DC em frente do Pedestal do ML com o P e Sn:

DC - Mestre, a quem nomeais 1ºD ?


ML - Irmão F. ... ,

• Irmão nomeado levanta-se.


• DC baixa o Sn, pega o Colar correspondente e conduz o Irmão nomeado
para o lado apropriado da mesa do ML.
• ML levanta-se.

ML - Irmão F.... , eu vos nomeio 12 Diácono da Loja e vos invisto com o


Colar e a Jóia do vosso cargo (coloca-lhe o Colar e segura a Jóia com
a mão esquerda), que é um pombo carregando um ramo de oliveira
(solta a jóia).
O vosso lugar é à direita ou próximo à minha direita; vosso dever é
levar todas as mensagens e ordens minhas ao 12 V e esperar pelo
regresso do 2º0. É também do vosso dever, guiar os Candidatos
durante as cerimônias de Passagem e Elevação. Eu, portanto, vos
entrego esta Vara como emblema do vosso cargo, não duvidando de
que empregareis o cuidado e atenção que a função exige (cumprimenta

363
Ritual Emulação

o 1º0 com um aperto de mãos e senta-se).

• DC conduz o 1ºO ao seu lugar.


• DC em frente do Pedestal do ML com o P e Sn:

DC - Mestre, a quem nomeais 22 0 ?


ML - Irmão F. ... ,

• Irmão nomeado levanta-se.


• DC baixa o Sn, pega o Colar correspondente e conduz o Irmão nomeado
para o lado apropriado da mesa do ML.
• ML levanta-se.

ML - Irmão F.... , eu vos nomeio 2º0 da Loja e vos invisto com a Jóia do
vosso cargo (coloca-lhe o Colare segura a Jóia com a mão esquerda),
que é semelhante em todos os detalhes à do 12 0 (solta a jóia) .
Vosso lugar é à direita do 1ºV, vosso dever levar todos os meus recados
º
e comunicações do 1 ao 2 2 V e verificar que os mesmos sejam
pontualmente obedecidos . É também vosso dever guiar os Candidatos
durante a cerimônia de Iniciação, e auxiliar o 12 0 enquanto atende às
cerimônias de Passagem e Elevação. Eu, portanto, coloco nas vossas
mãos esta Vara como emblema do vosso cargo, que não duvido
exercereis com o maior cuidado e atenção (cumprimenta o 2º0 com
um aperto de mãos e senta-se) .

• DC conduz o 2º0 ao seu lugar.


• DC em frente do Pedestal do ML com o P e Sn:

DC - Mestre, a quem nomeais Assistente do Diretor de Cerimônias?


ML - Irmão F. .. .,

• Irmão nomeado levanta-se.


• DC baixa o Sn, pega o Colar correspondente e conduz o Irmão nomeado
para o lado apropriado da mesa do ML.
• ML levanta-se.

ML - Irmão F...., eu vos nomeio Assistente do Diretor de Cerimônias e vos


invisto com a Jóia do cargo (coloca-lhe o Colar e segura a Jóia com a
mão esquerda) que são duas Varas cruzadas em forma de cruz de
Santo André (solta a jóia) .
Vosso dever é dar assistência ao DC. Deveis conhecer o trabalho que
lhe cabe, pois no caso de serdes chamado para preencher o seu lugar,
o trabalho será executado com a mesma perfeição (cumprimenta o
ADC com um aperto de mãos e senta-se).

364
Cerimônia de Instalação

• DC conduz o ADC ao seu lugar.


• DC em frente do Pedestal do ML com o P e Sn:

DC -Mestre, a quem nomeais Organista?


ML - Irmão F. ... ,

• Irmão nomeado levanta-se.


• DC baixa o Sn, pega o Colar correspondente e conduz o Irmão nomeado
para o lado apropriado da mesa do ML.
• ML levanta-se.

ML - Irmão F. ... , eu vos nomeio Organista da Loja e vos invisto com a


Jóia do cargo (coloca-lhe o Colar e segura a Jóia com a mão esquerda),
que é uma Lira (solta a jóia).
A Lira é o emblema da música e ela tem sido definida como a concordância
dos sons agradáveis e neste sentido tipifica a concórdia e harmonia que
sempre deve ser encontrada entre as principais características da Ordem
(cumprimenta o Organista com um aperto de mãos).

• DC conduz o Organista ao seu lugar.


• DC em frente do Pedestal do ML com o P e Sn:

DC -Mestre, a quem nomeais Assistente de Secretário?


ML - Irmão F. ...,

• Irmão nomeado levanta-se.


• DC baixa o Sn, pega o Colar correspondente e conduz o Irmão nomeado
para o lado apropriado da mesa do ML.
• ML levanta-se.

ML - Irmão F.... , eu vos nomeio Assistente de Secretário da Loja e vos


invisto com a Jóia do vosso cargo (coloca-lhe o Colar e segura a Jóia
com a mão esquerda), que são duas penas cruzadas (solta a jóia e
cumprimenta o Assistente de Secretário com um aperto de mãos).

• DC conduz o Assistente de Secretário ao seu lugar.


• DC em frente do Pedestal do ML com o P e Sn:

DC - Mestre, a quem nomeais Guarda Interno?


ML - Irmão F. .. .,

• Irmão nomeado levanta-se.


• DC baJxa o Sn, pega o Colar correspondente e conduz o Irmão nomeado
para o lado apropriado da mesa do ML.

365
Ritual Emulação

• ML levanta-se.

ML -Irmão F.... , eu vos nomeio Gl da Loja e vos invisto com a Jóia do


vosso cargo (coloca-lhe o Colar e segura a Jóia com a mão esquerda),
que são duas espadas cruzadas (solta a jóia).
Vosso lugar é junto à porta da Loja, do lado de dentro, vosso dever é
comunicar ao Mestre quando os Irmãos pedem para ser admitidos,
dar entrada aos Maçons mediante prova, receber os Candidatos na
devida forma e obedecer as ordens do 2ºV (cumprimenta o Guarda
Interno com um aperto de mãos).

• DC conduz o Guarda Interno ao seu lugar e reconduz o PM que atuou


como Gl interino ao seu lugar.
• Obs.: É hábito que os Gl's se cumprimentem. Neste ponto é permitido que
o ML anuncie a liberação e que lhe faça um curto agradecimento.
• DC em frente do Pedestal do ML com o P e Sn:

DC -Mestre, a quem nomeais Mestre de Banquetes?


ML - Irmão F.... ,

• lrmão(s) nomeado(s) levanta(m)-se.


• DC baixa o Sn, pega o(s) Colar(es) correspondente(s) e conduz o(s)
lrmão(s) nomeado(s) para o lado apropriado da mesa do ML.
• ML levanta-se.

ML - lrmão(s) F.... , etc, eu vos nomeio Mestre(s) de Banquetes da Loja e


vos invisto com a Jóia do(s) vosso(s) cargo(s) [coloca o Colar- em
cada um - e segura a Jóia do MB mais antigo com a mão esquerda]
que é uma Cornucópia transbordante contida pelo Compasso.
Ela vos ensina a lição de auto-controle e temperança, que é mostrada
pelo Compasso, no meio dos nossos prazeres, mesmo os descritos
materialmente. Vosso(s) dever(es) é(são) garantir que os Visitantes
sejam tratados de tal forma que a Loja não prejudique sua reputação
de hospitaleira (cumprimenta cada um com um aperto de mãos e senta-
se).

• DC conduz o(s) MB(s) ao(s) seu(s) lugar(es).


• DC em frente do Pedestal do ML com o P e Sn:

DC - Mestre, tendo sido o Irmão F.... , eleito Guardião Externo da Loja,


quereis empossá-lo?
ML - Sim (ou outras palavras apropriadas).

• Irmão nomeado levanta-se.

366
Cerimônia de Instalação

• ML dá duas batidas. Isto sinaliza o Gl para abrir a porta e admitir o GE


atual.
• DC baixa o Sn e segue para o lado Norte do Pedestal do 19 V.
• Gl segue para a porta, abre-a, admite o GE atual, fecha a porta e volta ao
seu lugar.
• GE atual, segurando a Espada com a mão esquerda e com a ponta para
baixo, segue para o lado Norte do 19 11, dá o P e o Sn de Aprendiz.
• DC conduz o GE atual para o lado apropriado da mesa do ML.
• GE atual deposita a Espada, diagonalmente, sobre o VLS.
• DC conduz o GE que deixa o cargo para uma cadeira na Loja. Em seguida,
conduz o GE eleito para o lado apropriado do Pedestal do ML.
• ML levanta-se.

ML - Irmão, F. ... ,tendo sido vós eleito GE da Loja eu vos invisto com a
Jóia do vosso cargo (coloca-lhe o Colar e segura a Jóia com a mão
esquerdaJ que é uma Espada (solta a Jóia)
Vosso lugar é junto à porta da Loja, do lado de fora; vosso dever é
verificar que os Candidatos estejam devidamente preparados e dar as
devidas informações na porta da Loja quando os Candidatos, membros
ou visitantes pedirem admissão.
Coloco, portanto, nas vossas mãos esta Espada (entrega a Espada
com a ponta para baixo. O GE segura-a com a mão direita e a transfere
para a esquerda) para vos habilitar à repelir quaisquer intrusos e
profanos à Maçonaria, e não consentir que alguém passe sem estar
devidamente qualificado. Pelo vosso reconhecido zelo estou certo de
que não será desmentida a confiança que os Irmãos depositaram na
vossa eleição (cumprimenta o GE com um aperto de mãos e senta-se)

• DC conduz o GE direta mente para o lado Norte do 19 V.


• GE volta-se para o ML, dá o P e faz o Sn do 19 Grau, então volta-se e
segue para a porta.
• DC volta ao seu lugar e senta-se.
• Gl segue para a porta, na frente do GE, abre-a e depois que o GE tiver
saído fecha-a e volta ao seu lugar.
• Obs.: os três discursos que seguem são proferidos pelo MI ou outro Past
Mas ter.

Discurso ao Mestre

• MI (ou PM) segue para o lado Norte do Pedestal do 1gV e voltado para o
ML.

MI - Mestre, tendo vós sido instalado na Cadeira desta digna e respeitável


Loja, não podeis ser insensível às obrigações que recaem sobre vós

367
Ritual Emulação

como seu chefe, nem à vossa responsabilidade pelo fiel desempenho


dos deveres inerentes ao encargo. A honra, a reputação e a utilidade
desta Loja, dependerão materialmente da habilidade e assiduidade
com que dirigirdes os seus interesses; enquanto a felicidade de seus
membros será geralmente promovida em proporção ao zelo e
competência com que promulgardes os princípios genuínos da
Instituição. Como um modelo a adotar considerai aquele glorioso
luminar da Natureza, que nascendo no Oriente, espalha regularmente
luz e brilho a todos que estão dentro do seu círculo; da mesma forma
é vosso dever especial distribuir luz e instrução a todos os Irmãos da
vossa Loja. Fazei-os sentir com energia a dignidade e alta importância
da Maçonaria; aconselhai-os com firmeza a nunca desonrá-la, exortai-
os a praticar fora da Loja os deveres que nela foram ensinados, e, por
uma conduta virtuosa, cortês e discreta, provarem ao mundo os
resultados felizes e benefícios de nossa antiga Instituição, de forma
que, quando qualquer um seja apontado como membro dela, o mundo
possa saber que ele é uma pessoa a quem um coração aflito pode
comunicar os seus sofrimentos, a quem os infortunados podem sem
receio dirigir seu apelo, cuja mão é guiada pela Justiça, e cujo coração
está aberto à benevolência. Finalizando, Mestre, por uma estrita
observância do Regulamento Interno da vossa Loja, das Constituições
da Maçonaria, e acima de tudo pela prática das Sagradas Escrituras,
que são tornadas como a regra e guia de nossa Fé, conseguireis formar
uma auréola de alegria e regozijo que permanecerá, mesmo quando
o tempo não estiver tiver convosco, (aqui o MI faz o Sn de R.), e possa
Deus conceder-vos saúde e força para desempenhardes os deveres
do vosso alto cargo com satisfação para vós mesmo, e proveito para
vossa Loja (baixa o Sn de R. e volta para o Oriente ao Sul do Pedestal
do ML. Se for um PM, este volta ao seu lugar) .

Discurso aos Vigilantes

• MI (ou PM) ao Sul do Pedestal do ML, voltado para o Ocidente.


• Vigilantes permanecem sentados.

MI (no Or.) - Irmãos 12 e 22 Vs, tendo o Mestre da Loja vos nomeado para
os principais cargos, deveis considerar-vos, pela aceitação dos
mesmos, comprometidos a uma rigorosa execução dos vossos deveres
assim como a uma presença constante durante o tempo para o qual
fostes nomeados.
Conheceis suficientemente os princípios da Maçonaria para afastar
qualquer dúvida em que sereis encontrados em falta no cumprimento
dos deveres de vossos respectivos cargos. Basta dizer, que aquilo
que observardes de louvável nos outros, deveis imitar cuidadosamente,

368
Cerimônia de Instalação

e o que neles parecer um defeito, deveis corrigir em vós mesmos.


Deveis ser um exemplo de boa ordem e regularidade, pois é somente
prestando a devida obediência as leis na nossa própria conduta que
podemos com razão esperar que elas sejam obedecidas por outros.
Deveis auxiliar com assiduidade o ML no desempenho do seu
importante cargo, transmitindo Luz e dando instrução a todos aqueles
que possam estar debaixo da vossa direção. Pela disposição que
tendes até aqui demonstrado, não temos duvida de que a vossa futura
conduta será tal que merecerá a estima de vossos Irmãos e o
testemunho gratificante de uma consciência limpa (volta ao seu lugar) .

Discurso aos Irmãos

• MI (ou PM) ao Sul do Pedestal do ML e voltado para o Ocidente.

MI - Irmãos, tal é a natureza da nossa Constituição que, como alguns têm


necessariamente de governar e ensinar, outros naturalmente devem
aprender, submeter-se e obedecer. A humildade é uma qualidade
essencial em cada um. Os Irmãos que o Mestre da Loja escolheu
para auxiliá-lo na administração e no governo da Loja são
suficientemente conhecedores dos princípios da Maçonaria e das Leis
da nossa Instituição, para afastar qualquer possibilidade de serem
encontrados em falta no desempenho dos deveres dos seus
respectivos cargos, ou de que excederão os poderes de que estão
investidos; e vós Irmãos, estou certo, que sois possuidores de uma
disposição mui generosa para não lhes invejardes a preferência.
Portanto, confio que teremos um só propósito em vista: sermos
agradáveis uns aos outros e unidos no grande desígnio de sermos
felizes e comunicarmos felicidade. E como esta Associação foi formada
e aperfeiçoada com tanta união e concórdia, possa ela continuar por
muito tempo. Que o Amor Fraternal e a Afeição possam distinguir-nos
sempre como homens e como Maçons. Que os princípios e dogmas
do nosso credo, que são fundados nas bases da verdade religiosa e
da virtude, possam ensinar-nos a medir as nossas ações pela régua
da retidão, regular a nossa conduta pelos princípios da moralidade, e
guiar as nossas inclinações e até mesmo os nossos pensamentos,
dentro do compasso da correção. Por esta forma aprenderemos a ser
corteses, humildes, e resignados; a ser fiéis ao nosso Deus, à nossa
Pátria, e às nossas Leis; a derramar uma lágrima de compaixão sobre
as faltas de um Irmão e levar o bálsamo da consolação ao peito dos
aflitos. Possam estes princípios e dogmas ser transmitidos puros e
imaculados, nesta Loja, de geração a geração (volta ao seu lugar) .

FIM DA CERIMÔNIA DE INSTALAÇÃO

369
Ritual Emulação

CERIMÔNIA DE INDUÇÃO

(INSTALAÇÃO DE IRMÃO JÁ MESTRE INSTALADO)

• Quando o Mestre Eleito já é um Mestre Instalado, não é necessário fazer-


se a cerimônia completa de instalação e as modificações abaixo são uma
sugestão apropriada.

• ME levanta-se.
• PM segue para o ME e o conduz, pelamão direita, para um ponto distante
do Pedestal do ML (aprox. 4 m) e ficam voltados para o Oriente.
• PM dá um Passo, faz o Sn de F. e levanta, com a sua mão esquerda, a
mão direita do ME em posição igual ao Sn do 2º Grau.

PM -Mestre, apresento-vos o Irmão F.. .. , ME desta Loja, para receber de


vossas mãos o benefício da Instalação.
MI -Irmão Past Master (diz o nome}, vossa apresentação será atendida.

• PM baixa o Sn de F., baixa a mão do ME, deixa-o na linha de centro da


Loja e volta ao seu lugar.
• ME permanece em pé.

ML - Na vossa instalação, em ocas1ao anterior, vós mostrastes


concordância irrestrita com as Antigas Obrigações. Confirmais agora
vossa fidelidade e defesa deles ?
ME -Sim.
MI - Então avançai para o Pedestal e tomai um Solene Juramento com
respeito aos vossos deveres como Mestre desta Loja.

• ME adianta-se para o Pedestal.

MI -Ajoelhai-vos em vosso joelho direito, colocai vossa mão direita sobre


oVLS.

• ME assim faz.
• MI dá uma batida.
• 1!'V dá uma batida.
• 2 2V dá uma batida.
• Todos levantam-se, dão o P e fazem o Sn de F.

MI - Dizei vosso nome por extenso e repita o Juramento.

• ME repete o Juramento por si, isto é, o MI não o dita.

370
Cerimônia de Instalação

• Todos baixam o Sn.

MI - Como penhor da vossa fidelidade, e para tornar Sagrado este


Juramento, vós o selareis por duas vezes com vossos lábios sobre o
VLS.

• ME assim faz.
• MI toma a mão direita do ME com a sua mão direita:

MI -Levantai-vos, recém juramentado ME.

• MI senta-se.
• Todos, exceto o ME, sentam-se.

• Nota: Se a Loja for aberta normalmente no 3º Grau, o DC conduzirá o ME


para uma cadeira próxima na Loja. Porém, se a abertura for resumida, o
ME poderá ficar em pé em frente do Pedestal.

MI - Solicito que os Companheiros se retirem.

• Gl levanta-se e segue para a porta.


• Companheiros levantam-se e seguem para a porta, sem saudar.
• Gl abre a porta e os Companheiros saem. Depois disso fecha a porta e
volta ao seu lugar.
• MI conduz a abertura no 3º Grau ou a reverte nesse grau, o que for mais
conveniente.

MI Solicito que todos abaixo do posto de Mestre Instalado se retirem da


Loja por algum tempo.

• Gl levanta-se e segue para a porta.


• Mestres levantam-se e seguem para a porta, sem saudar.

Obs.: Aqueles Mestres que são Oficiais deverão deixar os seus colares sobre
as suas cadeiras.

• Gl abre a porta e os Mestres saem. Depois disso fecha a porta e volta ao


seu lugar.

Segue-se a Cerimônia Exclusiva da Junta de Mestres Instalados


(Esta parte foi retirada pelo Autor)
RITUAL EM SEPARADO

A Cerimônia continua a partir da página ...

371
APÊNDICE V

-
PRELEÇOES- 12 GRAU
Ritual Emulação
º
Preleções do 1 Grau do Ritual Emulação
Traduzidas por Anatoli Oliynik
Past Master
-2003-
PRELEÇÕES- PRIMEIRO GRAU

História

O conteúdo a seguir, é de Preleções Maçônicas associadas com os


três graus simbólicos. Estas preleções têm a ver com a descrição do ritual
daqueles graus no que atêm seu significado moral e simbólico e estão
naturalmente organizadas como um questionário de perguntas e respostas,
intencionalmente preparadas para serem trabalhadas por dois ou mais Irmãos.
Atualmente o conteúdo das preleções está padronizado e tem, de fato, sofrido
pouquíssimas alterações através dos anos em que têm estado em uso, mas
porque as preleções descrevem o ritual dos graus em detalhe e contêm uma
boa parte da terminologia usada naquelas cerimônias, as partes do Ritual
devem concordar com o processo de trabalho usual empregado pelas Lojas.
As preleções, estão organizadas de acordo com o sistema conhecido,
por ''Trabalhos de Emulação", oriundo da "Emulation Lodge of lmprovement"
[Loja Emulação de Aperfeiçoamento], a qual tem demonstrado a forma de
trabalho do Ritual e destas preleções, continuamente, desde a sua formação
em 1823.
Estas preleções estão estruturadas para se aplicar àqueles que
escolheram ou usam o Ritual Emulação e refletem a maneira precisa pela
qual elas são apresentadas nas demonstrações das sextas-feiras na "Emulation
Lodge of lmprovement". As ilustrações da ''Tábua de Delinear" inclusas, são
aquelas usadas na mesma e a ela pertencentes. Elas foram designadas e
feitas por ordem da Loja em 1845.
De acordo com os mais antigos arquivos existentes, o uso de
questionários têm sido conhecido e usado pela Franco-Maçonaria. Eles
apareceram primeiramente como método de exame e muito provavelmente
podem ter sido usados como método de instrução também, embora, aqueles
aparecidos primeiramente pelos fins do século dezoito tenham todos sido muito
proximamente expresso na forma de Exposições ou conferências de
procedimentos Maçônicos, mais que de uma estrita consideração da
autenticidade das fontes.
O sistema de preleções ou aulas de William Preston, desenvolvido a
partir de 1772 (mas de cujo texto completo há pouco conhecimento até pelo
menos vinte anos mais tarde), e o livro de John Browne- "Master Key''[Chave
Mestra], primeiramente publicado por extenso em 1801, foram os primeiros a
dar-nos realmente informações autênticas. Por essa época as preleções em
Ritual Emulação

uso vieram a ser um completo sistema de instrução da Maçonaria, não somente


nos procedimentos do ritual para o trabalho das cerimônias de grau, mas no
amplo e total espírito da Maçonaria em si mesma. As cerimônias em particular
eram curtas e foram nesses primeiros anos do século dezanove amiúde
trabalhadas por um mínimo de atendentes presentes, algumas vezes numa
sala pequena separada, antes do encontro pleno da Loja. Este pleno encontro,
naquele tempo histórico, foi usualmente realizado à mesa, e a lição completa
foi com freqüência trabalhada como uma instrução ao Candidato. Com a junção
das duas Grandes Lojas da Inglaterra em 1813 para formar a Grande Loja
Unida da Inglaterra, tentativas foram feitas para padronizar ou uniformizar o
sistema de aulas ou preleções. Um sistema realmente novo foi organizado
pela "Lodge of Reconciliation" (1813-1816) [Loja de Reconciliação] para uso
da Grande Loja Unida da Inglaterra e foi necessário organizá-lo em um sistema
de preleções para o propósito de Instrução nesses novos procedimentos,
fazendo-os combinar com o simbolismo da nova prática. Nenhum dos sistemas
de aulas ou preleções jamais recebeu aprovação formal da Grande Loja, tal
como havia s_ido acordado na aprovação do novo ritual em 1816.
Existiram pelo menos três sistemas de prelecões em uso corrente na
área de Londres, logo antes da União. O que teve aceitação geral na época,
foi o sistema elaborado para uso nas demonstrações regulares nas "Public
Nights" [Noites Públicas] da "Grand Stewards' Lodge" [Loja dos Grandes
Provedores], o que veio a ser genericamente aceito. Isto estava baseado no
tipo de conteúdo do questionário de John Browne em seu livro "Chave Mestra':
representando o uso padronizado ou geralmente usado pelas anteriores Lojas
dos "Modernos", mas com o novo ritual incorporado, e por volta de 1817, isto
foi concatenado com um sistema de preleções cobrindo instruções no novo
ritual com sete, cinco e três seções, respectivamente nas preleções do primeiro,
segundo e terceiro graus, no mesmo padrão em que é usado hoje.
A "Emulation Lodge of lmprovemenf' para Mestres Maçons foi fundada
em 1823 e desde o seu começo deu suas instruções trabalhando o sistema
de preleções da Loja dos Grandes Provedores. Continuou-se a trabalhar as
mesmas apesar de que o ensaio de cerimônias tenha sido o trabalho prioritário.
Quando as "Noites Públicas" da Loja dos Grandes Provedores cessaram
no ano de 1860, a "Emu/ation Lodge of lmprovement" tornou-se o corpo
liderante, trabalhando regularmente nessas preleções. Algumas pequeníssimas
alterações foram feitas ao longo dos anos, com certeza a Loja dos Grandes
Provedores fez algumas revisões nos primeiros anos da década de 1860, mas
basicamente, estas preleções são as mesmas que foram trabalhadas em 1817
e excetuando as necessárias correções para adaptá-las ao novo Ritual de

376
Preleções do Primeiro Grau

procedimentos depois de 1813, elas têm muito do mesmo conteúdo das lições
trabalhadas na Maçonaria Inglesa nos últimos anos do século dezoito. Elas
cobrem a totalidade de cada cerimônia de cada Grau com a exceção das
obrigações, mas será fácil notar que a referência aos Sns. na terceira cerimônia
não está incluída nas preleções. Isto se deve por causa da data relativamente
tardia à qual essas referências vieram a fazer parte do uso nas cerimônias do
grau; não antes de 1870.
No presente, as preleções são trabalhadas regularmente nas reuniões
das sextas-feiras da "Emulation Lodge of lmprovement': no Freemason's Hall
de Londres, sob um padrão que os habilita a completar o curso duas vezes
por ano. As preleções são divididas em seções e uma ou duas seções são
trabalhadas numa reunião, depois que a cerimônia da noite tenha finalizado,
normalmente às primeiras, segundas, quartas e sextas-feiras do mês; a
cerimônia de Instalação é trabalhada nas outras sextas-feiras. A Loja não se
reúne nos meses de Julho, Agosto e Setembro. Está subentendido que as
preleções devem ser coordenadas por um "Mestre de Lições", o qual faz as
perguntas e, as respostas poderão ser dadas por um ou mais dos assistentes.
Na "Emulation Lodge of lmprovement", o "Mestre de Lições" é sempre
um membro que ocupe a cadeira de Mestre ou a de Past Master.
Os arranjos usuais nas reuniões de "Emulação" devem ser
desempenhados por um Irmão que dará assistência trabalhando uma seção
completa dando todas as respostas às perguntas dessa seção. Quando
conveniente, este trabalho de assistência é assumido pelo 1ov para a primeira
seção a ser trabalhada e pelo 2°V para a seção seguinte. Quando os Vigilantes
não estão fazendo o trabalho, o Irmão encarregado da coordenação fica ao
N. do Pedestal do 1 ov. A "Emulation Lodge of lmprovemenf' tem um
procedimento padrão quando as preleções constituem o trabalho. O Mestre
apresenta o Irmão que terá que responder às perguntas - "Irmão F. .. , você
daria sua colaboração ao Irmão Past Master para o trabalho da ... seção
da ... preleção?"
O Irmão escolhido pode ser apresentado pelo nome ou por comunicação
oficial e o Past Masteré referido pelo nome; a seção e a preleção são referidas
pelos números apropriados. Aquele que vai dar assistência, fica em pé no seu
lugar e responde, sem qualquer saudação: "Eu ficarei e darei o melhor de
mim, Mestre", ele então, se não estiver trabalhando como Vigilante, irá ao
Norte do pedestal do 1ov. Se o trabalho estiver sendo feito por um Apr., ele
permanecerá em pé no seu próprio lugar. O assistente então saúda o Mestre
no Grau ao qual a Loja estiver aberta, e o trabalho prosseguirá com a aula do
Mestre, colocando a primeira questão.

377
Ritual Emulação

Ao fim de cada seção é dada uma recomendação pelo Mestre da Lição,


seguida por uma espécie de ''fogo". Exceto para o ''fogo" ao fim das seções da
primeira e segunda preleção, isto é feito por todos os Irmãos, sentados (exceto
para o Irmão assistente do trabalho). Este ''fogo" é sempre dado audivelmente
fazendo-se um som deliberado a cada contato. Para as primeiras seis seções
do Primeiro Grau, o ''fogo" será feito pelo Sn de Apr., com o movimento de
encerramento em cada ocasião, dando uma palmada sobre a coxa; para as
primeiras quatro seções das preleções do Segundo Grau, o Sn. é similar às
saudações dadas neste Grau depois da admissão dos Companheiros, na
cerimônia de Instalação; para todas as três preleções do Terceiro Grau, o
contato é feito audivelmente com as mãos dando o G. ou R. Sn, palmeando-
se as coxas. Para as últimas seções das preleções nos Graus Primeiro e
Segundo, todos estão sentados, tendo havido, previamente, oportunidade no
curso da seção para os Irmãos ficarem em pé. O ''fogo" para essas seções, é
dado pela bateria do Grau.
Depois do ''fogo", o Mestre de Lições dirá ao seu assistente:- "Obrigado,
Irmão F. .. ", esse Irmão fará a saudação no grau no qual a Loja esta aberta e
reassumirá o seu assento. Prossegue-se a seção seguinte, ou o trabalho
seguinte. Alguma ênfase se faz necessária para se fazer as saudações no
Grau em que a Loja está aberta.
O atendimento da "Emulation Lodge of lmprovemenf', é restrito aos
Mestres Maçons e o trabalho das preleções é sempre feito com a Loja aberta
no Terceiro Grau.
As saudações gerais são sempre portanto, aquelas do Terceiro Grau,
não obstante que os sinais e saudações requeridas pelo texto das preleções
podem propriamente ser trabalhadas com a Loja aberta no Grau apropriado,
nunca deveriam ser trabalhadas num Grau Inferior que o indicado pela
preleção.

378
ª
1 SEÇÃO da 1 Preleção ª
ML - Irmãos, a Maçonaria, consoante a geral aceitação do vocábulo, é
uma arte baseada nos princípios da Geometria, tendo por finalidade o
progresso e o bem estar da humanidade.
Mas, a Franco-Maçonaria, abrangendo um campo mais vasto e um
objetivo mais nobre, tal seja, o cultivo e o aperfeiçoamento da mente
humana, pode, com maior propriedade, ser considerada uma Ciência,
apesar de estarem seus ensinamentos, em sua maior parte, velados
em Alegorias e ilustrados por Símbolos.
E apesar dessas condições, assim velada, ela, não obstante, inculca
princípios da mais pura moral.
Assim sendo, afastar esse véu, ou mais exatamente falando, penetrar
através de seus mistérios, é a finalidade de nossas Preleções
Maçônicas e, por uma fiel e adequada atenção as mesmas, esperamos,
por fim nos familiarizarmos com todos esses mistérios.
A Preleção deste grau, o Primeiro, é dividida em sete Seções e, através
delas, a virtude é descrita em suas mais lindas cores, e os deveres
morais são, a todo instante, devidamente demonstrados.
A natureza, o caráter, atributos e perfeições da Divindade são fielmente
delineados e eficazmente retratados, sendo perfeitamente dosados, a
fim de influenciar nossa conduta perante Ele, nosso Pai, Benfeitor e
Orientador Moral e ainda para nos orientar no fiel desempenho de
nossos deveres sociais.
A instrução Maçônica é Catequética, ou seja, por perguntas e respostas;
assim sendo, partindo da convicção de que sois Maçom, permita-me
que, nessa qualidade vos indague:
- Irmão F. .. , daríeis vossa colaboração para o trabalho da 1ª Seção
da 1ª Preleção?
lrm. - Eu ficarei e darei o melhor de mim, Mestre.
P. - Como Maçons. Livres e Aceitos, como, primeiramente, nos
encontramos?
R. -No E.
P. - Como nos separamos?
R. -No Ni.
P. - P?r que nessa maneira peculiar?
R. - Como Maçons, assim devemos agir no E. para que possamos partir

379
Ritual Emulação

para o Ni. com toda a humanidade e, em particular, com um Irmão.


P. - Como Maçam de onde vindes?
R. -Do Oeste.
P. - Para onde dirigis os vossos passos?
R. -Para o Leste.
P. - Com que finalidade deixastes o Oeste, dirigindo-vos para o Leste?
R. -A procura de um Mestre que me possa instruir.
P. - Quem sois vós que solicitais instrução?
R. - Um Maçam Livre e Aceito.
P. - Que espécie de homem deve ser um Maçam Livre e Aceito?
R. - Um homem livre, nascido de uma mulher livre, irmão de Reis,
companheiro de Príncipes e Mendigos, caso sejam Maçons e
respeitáveis.
P. - Por que nascido livre?
R. - Em alusão ao grande banquete oferecido por Abraão, quando foi
confirmado seu filho Isaac, e, Sarah, sua esposa, observando Ismael,
o filho de Agar, escrava egípcia aborrecendo e zombando seu filho,
queixou-se a seu marido e disse: "Deita fora essa serva e o seu filho,
porque o filho desta serva não herdará com meu filho Isaac". Ela falou
inspirada por um espírito profético, sabedor que de Isaac iria originar-
se um grande e poderoso povo, que serviria ao Senhor com liberdade,
fervor e zelo; e ainda por temer que crescendo junto, Isaac poderia
adquirir de Ismael algum costume ou idéia servil; isto porque naqueles
dias como nos que ainda correm, era voz geral que a mente escrava
era mais viciosa e menos esclarecida que a dos nascidos livres.
Esta é a razão que nós, Franco-Maçons damos para a exigência de
todo Maçam ser nascido livre; nos dias que correm, porque, estando a
escravidão praticamente abolida, considera-se que se um homem é
livre, mesmo que assim não tenha nascido, ele é apto a ser feito Maçam.
P. - Porque essas igualdades entre os Maçons?
R. - Por havermos sido todos criados iguais, como acentua o nosso J .
maçônico.
P. - De modo geral, como Maçam, de onde vindes?
R. - De uma Respeitável e Venerável Loja de Irmãos e Companheiros.
P. - Que recomendações trazeis?
R. - A de saudá-lo devidamente, Mestre (dá o P e faz o Sn do 1° Grau).

380
Preleções do Primeiro Grau

P. -Trazeis algo mais?


R. - Cordiais saudações.
P. - Desde que não trazeis mais·do que cordiais saudações, que vindes
fazer?
R. -Aprender a controlar e subjugar minhas paixões e faier progressos
futuros na Franco-Maçonaria.
P. - Pór estas razões devo presumir que sois Maçam?
R. - Como tal sou aceito entre Irmãos e Companheiros.
P. - Como sabeis que sois Maçam?
R. - Pela regularidade de minha iniciação, repetidas provas e aprovações
e pela boa vontade em submeter-me à prova, quando devidamente
solicitado.
P. - Como provais aos outros que sois Maçam?
R. - Por Sns, TT. e os PP. PP. de minha E.
P. - Que são Sns?
R. -Todos os EE., NN. e PP. são Sns próprios e verdadeiros para se
identificar um Maçam.
P. - Que são TT.?
R. - Certos apertos de ms. regulares e amistosos, pelos quais
conhecemos um Irmão, tanto à noite como de dia.
P. - Podeis comunicar-me os PP. PP. de vossa E.?
R. - Dai-me a primeira e eu vos darei a segunda.
P. -Eu oc.
R. -Eu esc.
P. - Que pretendeis esc.?
R. -Todos os ss. e mistérios de, ou pertencentes, a Maçons Livres e
Aceitos na Maçonaria.
P. - Como estamos em Loja aberta, podeis revelá-los em segurança.
R. -De, Pela, Na.
P. - De, Pela e Na o que?
R. - De minha livre vontade e assentimento na porta da Loja; Pela
igualdade do Ni; Na ponta de um pnl. apresentado ao meu p. e. n.
P. - Quando fostes feito Maçam?
R. - Quando o Sol estava em seu meridiano.
P. - Neste País, as Lojas de Franco-Maçons usualmente reúnem-se à

381
Ritual Emulação

noite; que explicação podeis dar a isto, que à primeira vista parece um
paradoxo?
R. - Girando constantemente a Terra sobre o seu eixo e em sua órbita ao
redor do Sol, e estando a Franco-Maçonaria universalmente espalhada
em sua superfície, conclui-se que o Sol está sempre em seu meridiano,
no que diz respeito à Franco-Maçonaria.
P. - O que é a Franco-Maçonaria?
R. - Um sistema peculiar de moralidade, velado em alegorias e ilustrado
por símbolos.
P. - Onde fostes feito Maçam?
R. - No seio de uma Loja justa, perfeita e regular.
P. - O que é uma Loja de Franco-Maçam?
R. - Uma assembléia de Irmãos reunida para aprofundar-se nos Mistérios
da Ordem.
P. - Quando reunida, o que a faz justa?
R. - O VLS aberto no Pedestal do Mestre.
P. - O que a faz perfeita?
R. - Sete ou mais Maçons regulares.
P. - O que a faz regular?
R. - A Carta Constitutiva.
P. - Por que fostes feito Maçam?
R. - Para obter os ss. da Maçonaria e ser libertado das trevas.
P. - Os Maçons possuem ss.?
R. - Inúmeros e valiosíssimos.
P. - Onde eles os guardam?
R. - Em seus corações .
P. - A quem os revelam?
R. - A ninguém , exceto a Irmãos e Companheiros.
P. - Como os revelam?
R. - Por Sns, TI. e PP.
P. - Como Maçons, como esperamos alcançá-los?
R. - Com a ajuda de uma Chave.
P. - Essa Chave está erguida ou deitada?
R. - Erguida.
P. - Por que erguida?

382
Preleções do Primeiro Grau

R. -Ela sempre deve erguer-se em defesa de um Irmão e jamais repousar


em seu prejuízo.
P. - O que a mantém erguida?
R. -A linha da vida, no caminho do Verbo, entre a Prudência e a Caridade.
P. - Por que tão intimamente ligada com o coração?
R. - Sendo um veículo da mente, não deve expressar nada além do que
o coração realmente dita.
P. - É uma Chave curiosa, sem dúvida; de que metal é feita?
R. - De metal algum; ela é a língua da boa palavra.
PMI - Irmãos, assim termina a 1 ª Seção da 1 ª Preleção e a
RECOMENDAÇÃO é:
"Aquela excelente Chave, a língua de um Franco-Maçom, que sempre
deve falar bem de um Irmão, ausente ou presente, mas, quando, para
nosso infortúnio, tal não possa ser feito com honra e propriedade,
deve ser então adotada aquela excelente virtude da Ordem, que é o
SILÊNCIO".
À Ordem Irmãos.
Todos (sentados, fazem o Sn de Apr. por 3 vezes)

383
2ª SEÇÃO da 1ª Preleção

ML -Onde fostes primeiramente preparado para serdes feito Maçom?


lrm. -Em meu C.
P. - Onde, em seguida?
R. - Em local apropriado, junto à Loja.
P. - Quem vos apresentou para serdes feito Maçom?
R. -Um amigo que depois reconheci como Irmão.
P. - Descreva a maneira pela qual fostes preparado.
R. - Fui despojado de ms. e v. os oo.; meu b. d., pt. e. e j. e. foram
expostos; c. meu p. d. com um eh. e colocaram-me ao p. um laço de c.
P. - Por que fostes despojado de ms.?
R. - - Para que não introduzisse na Loja nada ofensivo ou defensivo,
perturbando assim sua harmonia.
P. - Um segundo motivo?
R - Fui recebido na Maçonaria em estado de indigência, exatamente
para lembrar-me de auxiliar Irmãos necessitados, desde que
merecedores e sem prejuízos para mim ou meus familiares.
P. - Um terceiro motivo?
R. - Na construção do Templo do Rei Salomão não foi ouvido o som de
nenhuma ferramenta metálica.
P. - Como foi possível construir tão notável edifício sem a ajuda de
ferramentas metálicas?
R. - As pedras foram talhadas nas pedreiras e ali esquadrejadas,
cinzeladas, marcadas e numeradas. O madeiramento foi abatido e
preparado na floresta do Líbano e ali, depois de marcado e numerado,
foi posto a flutuar até Joppa; em carruagens foi feito o transporte a
Jerusalém e colocados em posição por meio de marretas de madeira,
preparadas para essa finalidade.
P. - Por que foram as pedras e o madeiramento preparados em local
distante?
R. - Para evidenciar a excelência da mão de obra naquele tampo, pois,
apesar de serem trabalhados a tão grande distância, os materiais, ao
chegarem a Jerusalém, e ao serem colocados em posição, cada peça
ajustou-se com perfeição, parecendo mais o trabalho do Grande
Arquiteto do Universo que o de simples mãos humanas.

385
..
Ritual Emulação

P. -Por que fostes v.?


R. - Em caso de recusa em submeter-se a quaisquer das cerimônias
usuais na iniciação de um Maçam, teria sido retirado da Loja sem
haver conhecido sua composição.
P. - Um segundo motivo?
R. - Ser recebido na Maçonaria em trevas, far-me-ia lembrar em manter
o mundo profano em tal estado, em relação aos Mestres Maçons, a
menos que os mesmos devessem legalmente chegar ao seu
conhecimento, como estavam então para me alcançar.
P. - Um terceiro motivo?
R. - Para que meu coração pudesse imaginar, antes que meus olhos
pudessem ver.
P. -Por que vos descalç.?
R. - Em alusão ao fato de estarem nossas Lojas em solo sagrado,
consoante passagem das SS. EE. quando Deus, nas sarças ardentes,
fala a Moisés: "descalça teus sapatos de teus pés porque a terra em
que pisais é santa".
P. -Assim devidamente preparado, para onde vos conduziram?
R. - À p. do Templo.
P. - Como encontrastes essa p.?
R. - Fechada e devidamente coberta.
P. -Quem a cobria?
R. -Aquele que mais tarde vim a conhecer como GE da Loja.
P. - Qual o seu dever?
R. - Devidamente armado com uma esp. desemb., impedir a entrada a
intrusos e profanos, bem como cuidar da preparação dos Candidatos.
P. - Em plena escur. como poderíeis saber que era uma p.?
R. -Por ter encontrado primeiramente um obstáculo, obtendo, após, a
admissão.
P. - E como a obtivestes?
R. - Por t. batidas distintas.
P. -A que aludem essas batidas?
R. -A uma antiga e venerável exortação: "Procurai e encontrareis. Pedi
e vos será dado. Batei e abrir-se-vos-á".
P. - E como se aplica essa exortação à vossa situação?
R. -Tendo procurado em meu coração, pedi a um amigo; ele bateu e a p.

386
Preleções do Primeiro Grau

da Maçonaria abriu-se para mim.


P. - Quando a p. da Maçonaria abriu-se para vós, quem acorreu em
vosso auxilio?
R. -Aquele que depois vim a saber ser o Gl.
P. - O que ele perguntou ao seu amigo, ou seja, ao GE?
R. - Quem estava ali com ele.
P. -Qual a resposta do GE?
R. - "É o Sr. F... um pobre Cand. em trevas, que foi honrosamente
recomendado, regularmente proposto e aprovado em Loja aberta, que
agora se apresenta por sua livre e espontânea vontade,
convenientemente preparado, solicitando humildemente, ser admitido
aos mistérios e privilégios da Franco-Maçonaria".
P. - Que mais perguntou o Gl?
R. - Como esperava eu obter aqueles privilégios.
P. - Que respondestes?
R. - Com o auxilio de Deus, por ser livre e gozar de boa reputação.
P. - Fostes logo admitido?
R. - Não; esperei até que o Mestre permitisse a minha entrada.
P. - Como fostes admitido?
R. - Com a ponta de um pi. apoiada sobre meu p. e. n.
P. - Com que finalidade?
R. - Para que me desse conta de estar prestes a engajar-me em algo
sério e solene, bem como distinguir meu sexo.
P. - Após vossa admissão, o que lhe foi perguntado?
R. - Como nenhuma pessoa pode ser feita Maçam sem ser livre e de
idade madura, fui perguntado se era livre e de maior idade e, respondi
afirmativamente.
P. -Após, o que lhe foi ordenado para fazer?
R. -Que me ajoelha-se para receber o beneffcio de uma prece MaçOnica.
P. -Vos agradeceria se a repetisse.
Mestre ( I ) 1oy ( I ) 2°V (I )
(Todos se levantam, com Sn de R.)
R. - Digno Pai Todo Poderoso e Governador Supremo do Universo,
estende a Tua Proteção sobre nossos trabalhos, concede à este Cand.
à Franco-Maçonaria, a graça de consagrar sua vida a Teu serviço,

387
r-
Ritual Emulação

para que possa converter-se em um Irmão fiel e leal entre nós. Com
uma parte da Tua Divina Sabedoria, para que possa, com a ajuda dos
segredos de nossa Arte Maçônica compreender melhor as belezas da
verdadeira Piedade, a Honra e a maior Glória de Teu Santo Nome.
PMI - Que Assim Seja
(Todos desfazem o Sn e sentam-se)
P. -Após esta prece qual foi a pergunta seguinte feita pelo Mestre?
R. - Sr. F... , em todos os casos de dificuldades e perigo, em quem
depositais vossa confiança?
P. -Qual foi vossa resposta?
R. -Em Deus.
P. - Qual a resposta do Mestre?
R. - Muito satisfeito estou em ver em vós uma fé tão sólida. Confiando
em tão seguro auxilio podeis levantar-vos sem receio, seguindo vosso
guia, com firme, não obstante humilde confiança, porque nenhum
perigo pode haver, onde é invocado o nome de Deus.
P. - Como se dirigiu o Mestre à Loja?
R. - Irmãos do Norte, Leste, Sul e Oeste, prestai atenção ao Sr. F... , que
vai passar diante de vós, a fim de mostrar que é um Cand.
convenientemente preparado, e pessoa digna e apta para ser feita
Maçam.
P. -Como vosso guia agiu convosco?
R. - Estando numa condição de humilde penúria e desamparo, nem n.
nem v.st. e com os pés precariamente calçados, ele segurou-me,
amistosamente, pela m. d. e conduziu-me subindo pelo Norte,
passando diante do Mestre no Leste, descendo pelo Sul, entregou-
me ao 1 ov,
no Oeste.
P. -O que foi solicitado a vós durante vossa perambulação pela Loja?
R. - Fui examinado pelo 2°V e pelo 1oy de forma similar a minha entrada
na Loja.
P. - Por que fostes conduzido naquele modo peculiar?
R. - Para, figuradamente, representar o estado de indigência e angústia
em que fui recebido na Maçonaria, e para que refletisse sobre o fato e
nunca indevidamente viesse a fechar os meus ouvidos às súplicas
dos necessitados, em especial Maçons, escutando com atenção suas
queixas, a piedade jorraria de meu coração, juntamente com a ajuda
por eles necessitada, sempre dentro de minhas possibilidades; tinham

388
Preleções do Primeiro Grau

também por finalidade mostrar que eu era um Cand. devidamente


preparado e apto a ser feito Maçam.
P. - E quais são as pessoas dignas e aptas a serem feitas Maçons?
R. - Homens retos, honrados e livres, de maior idade, bom senso e
rigorosa moral.
P. - Por que são os privilégios da Maçonaria reservados aos homens
livres?
R. -Para que os hábitos viciosos da escravidão não venham a contaminar
os puros princípios de liberdade nos quais a Ordem se alicerça.
P. - Por que de maior idade?
R. - Para melhor poderem julgar, tanto por si mesmos, como através da
Fraternidade.
P. -Porque de bom senso e rigorosa moral?
R. - Para que, tanto pelo conhecimento como pelo exemplo, possamos
dar suporte às excelentes leis e princípios da Franco-Maçonaria.
P. - Uma vez entregue ao 1ov. este o que fez?
R. - Apresentou-me ao Mestre como um Cand. convenientemente
preparado para ser recebido Maçom.
P. -E o que o Mestre respondeu?
R. - Irmão 1ov, vossa apresentação será atendida e para isso vou dirigir
algumas perguntas ao Cand ., que, espero, responderá com
sinceridade.
P. - Qual foi a primeira das perguntas?
R. -Declarais solenemente sob vossa honra que, vos oferecendo para
participardes de nossos mistérios, não fostes movido por solicitação
imprópria de amigos, contra vossa própria inclinação e que não fostes
influenciado por motivos mercenários ou outros menos dignos; e que
é livre e espontânea vontade que vos apresentais como Cand. aos
mistérios e privilégios da Franco-Maçonaria?
P. - E a segunda?
R. - Dareis agora a vossa palavra de honra que fostes levado à solicitar
estes privilégios por uma opinião favorável que haveis tido de nossa
Instituição, pelo desejo de instruir-vos e pela vontade sincera de ser
mais útil à vossos semelhantes?
P. - E a terceira?
R. - Garantis ainda, sob vossa honra, que sem medo e sem temeridade,
perseverareis firmemente durante a cerimônia de Vossa Iniciação e

389
Ritual Emulação

uma vez admitido, atuareis conforme os antigos usos e costumes da


Ordem? A todas elas, respondi afirmativamente.
P. - Que ordenou em seguida o Mestre?
R. ov
-Ordenou ao 1 que pedisse ao 2°0 que me ensinasse como deveria
avançar ao Pedestal.
P. - Vos agradeceria se mostrastes como se avança ao Pedestal, neste
Grau.
R. (Demonstração)
P. - Em que consistem estes t. ps. irregulares?
R. -Em linhas retas e em ângulos.
P. -Qual é o seu ensino moral?
R. -As vidas retas e as ações justas (retorna ao lugar) .
P. - Quando fostes colocado diante do Mestre como ele se pronunciou?
R. - É meu dever informar-vos que a Maçonaria é livre e exige de todo
Cand. a participação de seus Mistérios, uma inclinação inteiramente
livre; baseia-se nos mais puros princípios de devoção e virtude,
possuindo gtandes e inestimáveis privilégios, e, para assegurar esses
privilégios à hê»Jl_
eJ)IS-dignos, somente a eles, exige juramento de
fidelidade: asseguro-vos porém, que neste juramento nada há de
incompatível com vossos deveres civis, morais ou religiosos; estais,
portanto, resolvido prestar um Solene J., baseado nos princípios que
acabo de expor, para guardar inviolados os ss. e mistérios da Ordem?
Eu respondi afirmativamente.
P. - Fostes recebido Maçom?
R. - Sim e de forma correta.
P. - Descreva a forma como fostes recebido Maçom?
R. -Meu j. e. e meu pt. e. n.; meu p. d. em forma de E., o corpo reto,
seguindo um E., a m. d. sobre o VLS, ao mesmo tempo, minha m. e.
sustentava um C. com uma de suas ps. encostada contra meu pt. e.
que estava n.
P. - Por que o C. estava situado contra vosso pt. e. n. no momento de
vossa iniciação?
R. -Sendo naquele momento o C. um símbolo de tortura para meu corpo,
para que sua recordação permanecesse sempre presente em meu
espírito se, tempo depois, estivesse a ponto de divulgar, indevidamente,
alguns dos ss. Maçónicos que iriam ser-me confiados.
P. - Nesta posição, o que estavas a ponto de fazer?

390
Preleções do Primeiro Grau

R. - De prestar o Grande e Solene Juramento de Maçam.


P. - Vos agradeceria se o repetisse.
ML ( ! ) 1 ov ( ! ) 2°V ( ! )
(Todos se levantam com Sn de Apr.)
R. - "Eu F... , em presença do Grande Arquiteto do Universo, e perante
esta digna, respeitável e regular Loja de Maçons Livres e Aceitos,
regularmente reunida e devidamente consagrada, de minha livre e
espontânea vontade, juro e prometo solenemente, por isto e sobre
isto, que sempre guardarei, ocultarei e nunca revelarei, parte ou partes,
ponto ou pontos, dos segredos ou mistérios de, ou pertencentes a
Maçons Livres e Aceitos na Maçonaria, que possam até aqui terem
sido por mim sabidos, forem agora ou para o futuro, me possam ser
confiados, a não ser um Irmão ou Irmãos verdadeiros e regulares e
nem mesmo a este ou estes, senão depois da devida prova, exame
rigoroso ou segura informação de algum Ir. bem conhecido, de forem
ele ou eles, dignos de tal confiança, ou no seio de uma Loja, justa
perfeita e regular de Antigos Maçons. Prometo e juro solenemente
mais, nunca escrever, gravar, entalhar, traçar, imprimir, ou por qualquer
outra forma, descrever esses segredos, nem consentirei que outros
façam , se em meu poder estiver impedir, sobre qualquer coisa móvel
ou Imóvel, sob a abóbada celeste, onde qualquer letra, símbolo ou
imagem, ou o menor vestígio de letra, símbolo ou imagem possa ser
legível, ou Inteligível a mim ou a qualquer pessoa no mundo, de forma
que nossas Artes Secretas e Ocultos Mistérios cheguem a ser
conhecidos indevidamente, por minha indignidade. Estes diversos
pontos eu juro solenemente observar sem evasivas, subterfúgios ou
restrição mental de qualquer natureza,. sempre tendo em mente de
estar ciente de que - violação de ql-lalquer deles estarei sujeito ao
castigo mais severo de ser marcado como perjuro premeditado,
desprovido de todo valor moral e inteiramente indigno de ser recebido
nesta Respeitável Loja ou em qualquer outra Loja Regular, ou em
sociedade de homens que coloquem a honra e a virtude acima das
vantagens exteriores da fortuna e posição social; assim me ajude Deus,
conservando-me firme neste meu G. e S. J . de Apr. Franco-Maçam"
(Todos descarregam o Sn e sentam-se novamente)
P. -Tendo prestado o S. J. de Maçam, o que mais o Mestre disse?
R. -O que acabastes de repetir poderá ser considerado tão somente como
uma solene promessa; como um penhor de vossa fidelidade e para
transformá-lo num S. J ., vós selareis com vossos lábios sobre o VLS.

391
Ritual Emulação

P. - O que mais disse o Mestre?


R. -Tendo permanecido por tão considerável tempo nas trevas, qual é,
em vossa situação atual, o desejo predominante em vosso coração?
P. - Que respondestes?
R. -A Lz. que o 2°0 seguindo as ordens do Mestre se apressou a devolver-
me.
P. - Havendo recebido o beneficio da Lz. material, sobre o que dirigistes
vossa atenção?
R. - Sobre as t. grandes, não obstante emblemáticas Lzs. na Franco-
Maçonaria. Elas são, o VLS, o E. e o C.
P. - Quais são as suas utilizações simbólicas?
R. -As SS. EE. aí estão para governar nossa fé. O E. para regular nossas
ações e o C. para nos manter dentro dos limites para com toda a
humanidade e em particular para com nossos Irmãos na Franco-
Maçonaria.
P. -Que mais fez o Mestre?
R. - Fraternalmente, tomou minha m. d. e disse: Levantai-vos, recém-
juramentado Irmão entre Maçons.
PMI - Irmãos, assim termina a 2ª seção da 1 ª Preleção e a
RECOMENDAÇÃO é:
"Ao Coração que oculta e à Língua que jamais revela, indevidamente,
quaisquer dos ss. ou mistérios de ou pertencentes à Maçons Livres e
Aceitos na Franco-Maçonaria".
À Ordem, Irmãos.
Todos (sentados, fazem o Sn de Apr. por 3 vezes) .

392
3ª SEÇÃO da 1ª Preleção

ML - Após o Mestre vos haver elevado de vossa postura genuflexa, o que


vos foi possível descobrir?
R. - As t. Lzs. menores.
P. - Onde estão elas situadas?
R. - Ao Leste, Sul e Oeste.
P. - Por que?
R. - Para mostrar no curso do Sol, que nasce no Leste, atinge seu brilho
meridiano no Sul e põe-se no Oeste; ao mesmo tempo para orientar a
humanidade ao trabalho e ao descanso. 1
P. - Por que não há Lz. nenhuma ao Norte? 2
R. - Porque o Sol encontra-se, então, abaixo do nosso horizonte, não
podendo enviar raio nenhum de sua luz desde esse quadrante ao
nosso hemisfério.3
P. - O que essas t. Lzs. menores representam?
R. - O Sol , a Lua e o Mestre.
P. - Por que?
R. - O Sol para dirigir o dia, a Lua para governar a noite e o Mestre para
governar e administrar a Loja.
P. - Por que é o Mestre de uma Loja de Franco-Maçons comparado a
tão Grandes Luminares?
R. - Assim como pela benigna influência do Sol e da Lua, nós, como
homens, somos habilitados a desempenhar os deveres da vida em
sociedade. E através do cuidado e instrução propiciados pelo Mestre
(Saudar ao Mestre com o Sn de Apr.) que nós, como Maçons, somos
capazes de cumprir com os deveres que a Ordem nos impõe.
P. - Após explicar as Lzs. menores, como se dirigiu a vós o Mestre?
R. - Irmão ... , com o vosso procedimento submisso e humilde nesta noite,
simbolicamente, escapastes a dois grandes perigos; tradicionalmente,
porém , há um terceiro, que vos acompanhará até o último período de

1 Este texto foi elaborado, originalmente, no hemisfério Norte. Embora estejamos no hemisfério Sul, onde

o Sol atinge seu esplendor ao Norte, preferi manter o texto original.


2 No hemisfério Sul seria no Sul.
3
Uma Loja maçônica é sempre disposta em termos de hemisfério Norte.

393
Ritual Emulação

vossa existência. Os perigos aos quais escapastes, foram , o de apl. e


o de enf., pois, quando entrastes na Loja, este pi. foi encostado em
vosso pt. e. n., de tal maneira que, caso tivésseis temerariamente vos
precipitado para frente, teríeis sido o causador de vossa própria m.
por apl. , pois, o Irmão que o sustentava não recuaria, cumprindo o seu
dever. Havia também uma corda com um n. c. em vosso pescoço, o
que tomaria fatal para vós, qualquer movimento de retirada. O perigo,
porém que tradicionalmente vos acompanhará até seus últimos
momentos, é a lembrança da penalidade física, aplicada tempos atrás,
e associada ao J. de um Maçom, e seria o de terdes v. g. c. de o. a o. ,
caso revelardes indevidamente os segredos da Maçonaria.
P. - Que mais ele vos informou?
R. -Tendo prestado o G. e S. J . de Maçom , me é permitido informar-vos
que na Franco-Maçonaria existem diversos graus, com ss. peculiares
a cada um; estes, porém, não são comunicados indiscriminadamente,
sendo conferidos aos Neófitos consoante o mérito e aptidão de cada
um. Vou, portanto, transmitir-vos os ss. deste grau , ou seja, os Sns
segundo os quais nos conhecemos uns aos outros e nos distinguimos
do resto do mundo. Devo inicialmente advertir-vos que todos os EE.
NN. e PP. são Sns próprios e verdadeiros, para por meio deles
reconhecer-se um Maçam. Peço-vos, pois, que fiqueis perfeitamente
ereto, (demonstrar) vossos pés formando um E. representando assim
a vossa postura um emblema de vosso espírito e vossos pés a retidão
de vossas ações.
P. - Que vos ordenou então o Mestre?
R. -Que desse um p. c. em sua direção com o p. e., colocando o c. do p.
d. na concavidade do p. e., e que seria esse o primeiro p. r. na Franco-
Maçonaria, dizendo-me que nessa posição os ss. do Grau ser-me-
iam comunicados.
P. - Em que consistem esses ss.?
R. - Em um Sn , T. e P. O Sn. é dado assim {demonstrar) ; o T. é dado
assim. (demonstrar)
P. - Peço-vos que me mostre o Sn na sua forma apropriada.
R. (Demonstração)
P. -Comunicai o T. ao Irmão F... (designar um)
R. (Demonstração)
P. - Está correto?
lrm. - Sim Mestre. (faz o Sn)

394
Preleções do Primeiro Grau

P. - Que exige ele?


R.- -Uma P.
P. - Dai-me essa P.
R. - Na minha iniciação ensinaram-me a ser cauteloso; eu a s. ou d.
convosco.
P. - Como quiserdes e começai
R. (Dá-se a palavra)
P. -De onde deriva esta palavra?
R. - Esta P. deriva da Cal. e. do p. ou e. do Templo do Rei Salomão assim
chamada em recordação de 8 . o b. de D., um P. e R. em I.
P. - Qual é o significado desta palavra?
R. -Em S.
P. -Uma vez feito o S.J. , fostes investido?
R. -Colocaram-me a insígnia própria do Maçam a qual, me disse o 1°V.,
é mais antiga que o Tosão de Ouro ou a Águia Romana; mais honrosa
que a Ordem da Jarreteira ou qualquer outra ordem existente, sendo
o símbolo da inocência e o laço da amizade. Peço-vos
encarecidamente que sempre a useis e a considereis como tal, e
advirto-vos ainda, que se nunca desonrardes esta insígnia, ela nunca
vos desonrará.
P. - Repita as palavras com as quais falou o Mestre.
R. - Deixai-me acrescentar às observações do 1°V., que nunca deveis
revestir-vos desta insígnia ao visitardes uma Loja onde se acha um
lrm. com o qual estais em desacordo, ou contra o qual tendes
animosidade . Nesses casos deveis convidá-lo a sair a fim de
amigavelmente resolverdes vossas pendências, o que, sendo
satisfatoriamente conseguido, podereis então colocar vossas Insígnias,
entrar na Loja e trabalhar com aquele amor e harmonia que em todas
as ocasiões devem caracterizar os Maçons. Se porém, infelizmente,
forem vossas contendas de tal natureza que não possam ser assim
facilmente resolvidas, será preferível que um ou ambos se retirem, do
que perturbardes com vossa presença a boa harmonia da Loja.
P. - Onde ordenaram que vós se situastes?
R. -No NE. da Loja
P. -Repita a alocução.
R. -É costume, na construção de todos os edifícios notáveis e soberbos,
assentar a pedra fundamental dos alicerces no canto NE. do edifício;

395
Ritual Emulação

ao serdes admitido na Maçonaria, sois colocado na parte NE. da Loja,


representando aquela pedra, e sobre o alicerce es~a noite assentado,
possa o vosso esforço construir um edifício perfeito·em seus elementos
e fundamentos que honrem ao seu construtor. Vossa aparência é de
um leal e perfeito Maçam e concito-vos firmemente a continuardes a
agir como tal. Com efeito, vou imediatamente por em prova, de alguma
forma, os vossos princípios, pedindo-vos que exerçais aquela virtude
que deve ser justamente considerada a característica distintiva do
coração de um Maçam: a Caridade. Desnecessário é tecer longas
considerações sobre suas excelências; indubitavelmente vós a tendes
· sentido e praticado por muitas vezes. Basta dizer ter ela a aprovação
dos Céus a da Terra e, como sua Irmã, a Misericórdia, abençoa aquele
que dá, bem como, aquele que receba. Em uma associação, tão
universalmente espalhada, como a Franco-Maçonaria, que se estende
pelos quatro cantos do globo, não se pode negar que enquanto muitos
de seus membros ocupam alta posição social e vivem na opulência,
milhares existem que se abrigam sob suas bandeiras, que, por
circunstâncias de inevitável calamidade ou Infortúnio, estão reduzidos
ao mais extremo grau de miséria e desgraça. Em favor destes, é
costume nosso acordar os sentimentos de cada novo lrm. por um apelo
à sua Caridade, na medida de suas posses; assim, depositai em mãos
do lrm. 2°0., o que estiverdes disposto a dar; será recebido com
gratidão e fielmente aplicado.
P. - Que respondestes?
R. - Que havia sido desprovido de todo objeto de valor antes de ser
admitido na Loja, ao contrário, haveria doado generosamente.
P. - E o que respondeu o Mestre?
R. - Congratulo-me convosco pela manifestação de tão honrosos
sentimentos, apesar da impossibilidade em que vos achais, de no
momento exercita-los. Acreditai que esta prova não foi feita para zombar
de vossos sentimentos; longe de nós tal intenção. Foi feita por três
motivos especiais.
P. - Qual é a primeira destas razões?
R. Para pôr em prova meus princípios.
P. -A segunda?
R. - Provar aos Irmãos que não levava comigo nenhum objeto de valor
pois se tivesse levado, teria sido necessário recomeçar desde o
princípio a cerimônia de minha Iniciação.
P. -A terceira?

396
Preleções do Primeiro Grau

R. - Comover meu coração, para que se alguma vez me encontrar com


um Ir. em apuros que reclame minha ajuda, me recorde do momento
em que fui recebido na Maçonaria, pobre e desprovido de tudo e que
aproveitarei a ocasião para praticar esta virtude que tanto admiro.
P. - - Que vos ensinou em seguida o Mestre?
R. - -Os instrumentos de trabalho de um Apr. Maçom; são eles, a r. de 24
pol. , o m. comum, e o escopro.
P. - Para que servem?
R. -A R. de 24 pol. serve para medir o nosso trabalho; o M. comum para
desbastar todas as saliências e arestas inúteis; e o Escopro para melhor
ainda polir e preparar a pedra, tornando-a pronta a ser manejada por
um operário mais destro.
P. - Mas como nem todos os Maçons são Operativos, porém, mais
especialmente, Livres e Aceitos ou Especulativos, como aplicamos
estes instrumentos à nossa moral?
R. - A R. de 24 pol. representa as 24 horas do dia, das quais devemos
aplicar parte em orações ao Todo Poderoso, parte no trabalho e no
descanso, e parte em servir um amigo ou lrm. necessitado, sem
prejuízo nosso ou de nossos familiares. O m. representa a força da
consciência, que deve dominar todos os pensamentos vãos e
inoportunos que possam ocorrer nos mencionados períodos , de
maneira que nossas palavras e ações possam ascender impolutas ao
Trono da Graça. O escopro nos mostra as vantagens da educação
por cujos meios nos tomamos aptos para sermos membros de uma
sociedade regularmente organizada.
P. - Como se dirigiu então o Mestre?
R. - Como no correr da noite a jóia de vossa Iniciação ser-vos-á exigida,
tendes o direito de saber quem nos autoriza a trabalhar. Esta é a nossa
Carta Constitutiva, concedida pelo Grande Oriente do Brasil que
podereis examinar hoje ou qualquer outra noite. Estes são os Livros
da Constituição e Regulamento Geral do Grande Oriente do Brasil e o
Estatuto e o Regimento Interno de nossa Loja. Recomendo-vos uma
séria leitura dos mesmos, pois, pelos primeiros sereis instruído sobre
os vossos deveres, para com a Ordem em Geral; pelos últimos para
esta Loja em particular.
P. - Que permissão vos concederam então?
R. - De retirar-me para vestir-me e ficar confortável e o Mestre me
informou que em meu regresso à Loja, pedir-me-ia para escutar com

397
Ritual Emulação

atenção uma exortação que me explicaria as vantagens da Instituição


e as qualidades que devem distinguir seus membros.
P. - Estando situado ao NE. da Loja, que estavas em condição de
descobrir ajudado pelas t. Lzs. secundárias?
R. - Um paralelepípedo.
P. - Descreva suas dimensões.
R. -O comprimento vai do L. ao 0., a largura do N. ao S., a profundidade,
da superfície ao centro da terra, e a altura até os céus.
PMI - Irmãos, assim termina a 3ª seção da 1 ª Preleção, e a
RECOMENDAÇÃO é:
"A todos os Maçons pobres e necessitados, onde quer que se
encontrem, na face da terra ou no mar, um pronto alívio aos seus
sofrimentos e um rápido regresso às suas pátrias , se assim o
desejarem".
À Ordem, Irmãos!
Todos (sentados, fazem o Sn de Apr. por 3 vezes).

398
4ª SEÇÃO da 1ª Preleção

ML - Em que solo nossas Lojas são erigidas?


· lrm. - Em Solo Sagrado.
P - Porque em Solo Sagrado?
R - Por haver sido a primeira Loja consagrada.
P - Por que ela foi consagrada?
R - Devido a Três Grandes oferendas, então feitas, e que foram por
Deus aprovadas.
P - Peço que as descreva.
R - Primeira: a pronta aquiescência de Abraão á vontade de Deus, não
recusando oferecer seu filho Isaac em sacrifício, quando porém,
aprouve ao Todo Poderoso substituí-lo por outra oferenda;
- Segunda: as muitas jaculatórias e piedosas preces do Rei David,
que aplacaram a ira Divina, pondo término á peste que grassava entre
seu povo, em conseqüência de, inadvertidamente, haver feito
recenseá-lo.
- Terceira: as inúmeras ações de graça, oblações, sacrifícios e
oferendas feitas por Salomão, Rei de Israel, ao completar, dedicar e
consagrar o Templo de Jerusalém ao serviço de Deus.
- Essas três oferendas fizeram, fazem e, estou certo, farão sempre
tomar S. o solo sobre o qual a Franco Maçonaria repousa.
P - Como são orientadas nossas Lojas?
R -Entre o L. e O.
P -Por que?
R - Porque todos os locais de adoração Divina, e assim também as
Lojas Maçónicas, regulares e devidamente constituídas são, ou devem
ser, dessa maneira orientadas.
P. - Existem para isso três razões Maçónicas, peço apresentar a primeira.
R. - O Sol, Glória do Senhor, nasce no L. e põe-se no O.
P. - A segunda.?
R. -O conhecimento originou-se no L., espalhando depois, sua benéfica
influência pelo O.
P. -A terceira, última e Grande razão?
R. - Cada vez que contemplamos as obras da Criação, quão felizes e
dispostos devemos estar a adorar o Criador Todo Poderoso, que deixou

399
Ritual Emulação

sempre entre os homens um testemunho vivente de Si próprio. Desde


os tempos mais remotos , tem nos ensinado a crer na existência de
uma Divindade. Temos visto a história de Abel, apresentando uma
oferenda mais agradável ao Senhor, que a de seu irmão Caim, de
Enoch caminhando com Deus, de Noé que era um homem justo e reto
em sua época ou geração e um modelo de retidão , de Jacob lutando
com um anjo, obtendo uma benção para si e toda a sua descendência.
Mas não ouvimos falar nem ler que um lugar havia sido especialmente
erigido para dar publicamente maior solenidade ao culto divino, até a
feliz liberação dos filhos de Israel de sua escravidão no Egito, quando
o Todo Poderoso se determinou em efetuar com as mãos ao alto e os
braços estendidos, sob a guia de Seu fiel servidor Moisés, e conforme
a promessa feita ao seu antepassado Abraão que ele faria de seus
descendentes um povo grande e poderoso, igual às estrelas do Céu
por seu número e a areia do mar por sua quantidade. E, como estavam
a ponto de vencer as barreiras de seus inimigos e de herdar a Terra
Prometida, o Todo Poderoso julgou propicio revelar-lhes estas três
excelentes Instruções: a Moral, o Cerimonial e as Leis Judiciais. E,
para dar maior solenidade ao culto divino, assim como para receber
os Livros e as Tábuas da Lei , Moisés ordenou que uma Tenda ou
Tabernáculo fosse erigido no deserto e, de acordo com a ordem
expressa de Deus, fora regularmente orientado de L. a O. pois Moisés
fez todas essas coisas conforme o modelo que lhe foi revelado pelo
Senhor no Monte Sinai. Esta Tenda ou Tabernáculo se converteu mais
tarde no modelo de magnífico Templo construído em Jerusalém pelo
sábio e poderoso Príncipe, o Rei S., cujos reais esplendores e brilho
sem comparação, ultrapassam nossa imaginação. Esta é a terceira,
última e importante razão que eu dou como Franco-Maçam para
explicar porque todos os lugares de culto divino, assim como as Lojas
Maçônicas Regulares devidamente formadas e constituídas, estão ou
devem estar assim orientadas.
P. - O que sustenta uma Loja de Franco-Maçons?
R. - Três grandes pilares
P. -Como se chamam?
R. - Sabedoria, Força e Beleza
P. -Sabedoria, Força e Beleza?
R. - Sabedoria para planejar, Força para sustentar e Beleza para adornar.
P. - Peço justificá-las.
R. - Sabedoria para conduzir-nos em nossos empreendimentos; Força

400
Preleções do Primeiro Grau

para nos amparar em todas as dificuldades; e Beleza, para adornar o


homem interior, espiritual.
P. - Peço ilustrá-las.
R. - O Universo é o Templo da Divindade à qual servimos. Sabedoria;
Força e Beleza constituem seu Trono, como Colunas de Suas Obras,
pois Sua Sabedoria é infinita, Sua Força, Onipotente e a Beleza emana
de toda a Sua Criação, através da ordem e simetria. O Firmamento,
Ele o estendeu como um pálio; a Terra colocou-a como um escabelo
para seus pés; com as Estrelas fez um Diadema e com Sua Mão
espalha o poder e a glória.
- O Sol e a Lua são mensageiros de Sua Vontade e Sua Lei é
harmônica.
-As Três Grandes Colunas que suportam uma Loja de Franco-Maçons
são representativas desses atributos Divinos, representando ainda,
S. R. de 1., H. R. de T. e H. A.
P. -Por que esses três grandes vultos?
R. - S. R. de I. por sua sabedoria em construir, completar e dedicar o
Templo de Jerusalém ao serviço de Deus; H. R. de T. por sua força,
auxiliando-o com homens e materiais; H. A. por seu engenho e arte,
embelezando e adornando-o.
P. - Como não temos ordens de Arquitetura com nomes de Sabedoria,
Força e Beleza, com as quais elas se identificam?
R. - Com as mais conhecidas: a Jônica, a Dórica e a Coríntia.
P. -Qual a cobertura de uma Loja Maçônica?
R. - Um dossel Celestial de cores diversas, ou seja: o próprio Firmamento.
P. - Como esperamos lá chegar, como Maçons?
R. - Com a ajuda de uma Escada, chamada nas Escrituras, Escada de
Jacob.
P. -Por que é assim chamada?
R. -Rebeca, a esposa de Isaac, sabendo por inspiração Divina que uma
especial benção acompanhava seu mando, desejou obtê-la para seu
filho favorito, Jacob, embora por direito de nascimento ela pertencesse
a Esaú, seu primogénito.
- Fraudulentamente Jacob obteve a bênção paterna e viu-se obrigado
a fugir da ira de seu irmão que, em momento de cólera e desespero,
ameaçara-o de morte.
- Durante sua fuga a Padam-aram, na Mesopotâmia, para onde se

401
Ritual Emulação

dirigiu por ordem de seus pais, achando-se cansado e surpreendido


pelo cair da noite em pleno deserto, deitou-se para repousar, tendo a
terra por cama, uma pedra por travesseiro e o Firmamento por cobertor.
- Numa visão viu, então, uma escada, cujo topo alcançava o Céu e
pela qual subiam e desciam anjos do Senhor.
- Foi então que o Todo Poderoso fez solene aliança com Jacob,
garantindo-lhe que, caso agisse consoante suas Leis e respeitasse
seus Mandamentos, não somente o faria retomar à casa de seu pai,
em paz e prosperidade, como também faria de sua descendência um
grande e poderoso povo.
-Isto foi amplamente confirmado pois, decorridos 20 anos Jacob retornou
à sua terra natal, sendo amigavelmente recebido por seu irmão Esaú.
Seu filho favorito, José, foi mais tarde por nomeação do Faraó,
conduzido ao segundo posto no comando do Egito e, os filhos de Israel,
altamente favorecidos pelo Senhor, tomaram-se, ao passar dos tempos,
numa das maiores e mais poderosas nações sobre a face da terra.
P. - Quantos degraus havia na Escada?
R. - Vários degraus, indicativos de diversas virtudes, havendo porém, 3
principais: FÉ, ESPERANÇA e CARIDADE.
P. - Por que Fé, Esperança e Caridade?
R. -Fé no G. A. D. U.; Esperança na Salvação e Caridade para com toda
a humanidade
P. - Agradeceria que definisse Fé.
R. - É a base da justiça, o laço da amizade e o principal suporte da
sociedade civil. Vivemos e caminhamos pela Fé. Através dela temos
um continuo testemunho de um Ser Supremo. Pela Fé temos acesso
ao Trono da Graça, desde que justificada, racional e aceita. A Fé
verdadeira e sincera é a evidência de coisas jamais vistas e a
substância de outras pelas quais ansiamos. Tal Fé, mentida e professada
em nossa carreira Maçônica nos conduzirá às abençoadas mansões,
onde seremos eternamente felizes na companhia do G.A.D.U.
P. -Esperança?
R. - É uma ancora para a alma, segura e firme, penetrando-nos através
do véu. Faz então que uma firme confiança no Todo Poderoso anime
nossos anseios e nos ensine a fixar nossos desejos dentro dos limites
de Suas Promessas. Assim o sucesso nos amparará. Se acreditarmos
que algo seja impossível, nossa descrença poderá assim torná-lo, mas
aquele que persevera numa causa justa virá, finalmente, a sobrepujar
todas as dificuldades.

402
Pre/eções do Primeiro Grau

P. - Caridade?
R. - Maravilhosa por si mesma é o mais brilhante ornamento que possa
adornar a nossa carreira Maçônica. É a melhor e mais garantida prova
da sinceridade de nossos propósitos. A Benevolência. como
decorrência da Divina Caridade, é uma honra para o povo onde se
instala e onde é cultivada e louvada.
- Feliz o homem que tenha, semeada em seu peito, a semente da
benevolência. Ele não invejará seu irmão, não dará credito á
maledicência, perdoará injúrias e se esforçará em apagá-las de suas
recordações. Assim, Irmãos, lembremo-nos que somos Maçons Livres
e Aceitos, sempre prontos a ouvir aqueles que anseiam por nossa
ajuda e jamais neguemos a mão àqueles que estejam em apuros e
que uma cordial satisfação recompense nossos esforços, virão,
certamente a seguir, amor e Caridade.
P. - Em uma Loja Maçônica, em que se apóia essa Escada?
R. -No VLS.
P. - Porque em tal ponto?
R. - Porque, pelas doutrinas ali contidas, somos ensinados a crer na
Divina Providência e essa crença fortalece nossa Fé, capacitando-
nos a vencer o primeiro degrau. Essa Fé, naturalmente, cria em nós a
Esperança de participarmos das abençoadas promessas ali registradas
e essa esperança habilita-nos a vencer o segundo degrau.
- Mas o terceiro e último, sendo a Caridade, compreende o todo. O
Maçam que possua essa virtude em seu mais alto senso, poderá
considerar-se como tendo atingido o ápice de sua carreira, em
linguagem figurada, uma mansão etérea, velada aos olhos mortais
pelo Firmamento estrelado, simbolicamente representado em nossa
Loja por sete estrelas, em alusão a outros tantos Maçons Regulares,
sem cujo número Loja nenhuma é perfeita e nenhum Cand. poderá
ser legalmente iniciado na Ordem .
PMI - Irmãos, assim termina a 4ª seção da 1 ª Preleção, e a
RECOMENDAÇÃO é:
"Que todo Maçom possa atingir o ápice de sua carreira, onde o justo
encontrará, sem dúvida, a merecida recompensa".
À Ordem, Irmãos!
Todos (sentados, fazem o Sn de Apr. por 3 vezes) .

403
5ª SEÇÃO da 1ª Preleção

ML - O que compõe o interior de uma Loja de Franco-Maçam?


lrm. - Ornamentos, Mobiliário e Jóias.
P. - Quais os Ornamentos?
R. - O Pavimento Mosaico a Estrela Brilhante e a Moldura Endentada ou
Marchetada.
P. - Onde se encontram?
R. - O Pavimento Mosaico é o lindo piso da Loja; a Estrela Brilhante a
Glória no centro; a Moldura Endentada ou Marchetada é a guarnição
ao redor da mesma.
P. - Qual a interpretação que, moralmente, pode ser dada aos mesmos?
R. - O Pavimento Mosaico deve ser considerado como o maravilhoso
piso de uma Loja de Franco-Maçam Precisamente por ser variegado
e quadriculado mostra a diversidade de objetos que adornam a Criação
animada e inanimada.
- A Estrela Brilhante, ou Glória no Centro, refere-se a9 Sol que ilumina
a Terra e, por sua benigna influência abençoa a humanidade em geral.
- A Moldura Endentada ou Marchetada, nos relembra os Planetas que,
em suas varias revoluções, formam uma linda guarnição ao redor do
Grande Luminar, o Sol, como ela o faz em relação à Loja
P. - Por que foi o mosaico incorporado à Franco-Maçonaria?
R. - O homem, em sua caminhada evolutiva, lança seus passos através
de incertos e variados incidentes da vida; seus dias são tumultuados
e submetidos a estranhos fatos adversos; assim sua passagem através
desta existência, apesar de muitas vezes apoiada em circunstâncias
favoráveis é freqüentemente perturbada por males inúmeros; por isso,
é nossa Loja dotada de um Pavimento Mosaico, indicativo da incerteza
das coisas materiais.
- Hoje podemos navegar em prosperidade; amanhã, poderemos estar
tropeçando nos atalhos incertos da fraqueza, da tentação e da
adversidade.
- Assim esses símbolos nos ensinam a não nos jactarmos de nada, a
dar a devida atenção à nossa caminhada, retas e humildes perante
Deus, cientes de não haver em toda nossa existência momento algum
em que o orgulho possa ter fundamento. Se alguns têm como destino
posições mais elevadas que outros, não nos esqueçamos que a morte

405
Ritual Emulação

destrói todas as distinções, nivelando-nos para a próxima etapa.


- Enquanto nossos pés caminham sobre o Pavimento Mosaico, que
nossa mente se voltem ao original que aqui copiamos. Que nós, como
homens de bem e Maçons, procedamos de acordo com a razão ,
praticando a caridade, mantendo a harmonia e esforçando-nos por
viver em união e amor fraternal.
P. - Qual é o Mobiliário da Loja?
R. - O VLS, o C. e o E.
P. - Para que servem?
R. - As SS. EE . para dirigir e governar a nossa fé e sobre Elas J. nossos
candidatos à Franco-Maçonaria. Da mesma forma o C. e o E. , quando
reunidos, servem para regular nossos atas e nossas vidas.
P. - De onde deriva o primeiro e a quem pertencem os outros dois?
R. - As SS. EE. vem de Deus, para e homem em geral, pois elas contêm ,
mais que nenhum outro, a revelação da vontade Divina.
- O C. pertence ao Grão-Mestre, em particular porque, sendo o principal
instrumento em uso na Arquitetura é peculiarmente apropriado ao Grão-
Mestre como emblema de sua dignidade e por ser o Chefe e o
Governador da Ordem.
- O E. pertence à Ordem em Geral por estar ela juramentada em E. e,
conseqüentemente, compromissada a assim agir para todo o sempre.
P. - Antigamente, não existindo as Lojas regularmente constituídas como
temos hoje, como se reuniam nossos antigos Irmãos?
R. - No alto dos montes e no fundo dos vales, como o de Josafá e muitos
outros lugares secretos.
P. - Por que em tão elevados, tão profundos e tão secretos lugares?
R. - Para melhor observarem os que pudessem subir ou descer; para
que, se um forasteiro se aproximasse, pudesse o GE, em tempo hábil ,
prevenir o Mestre, e este, avisando os Irmãos, encerrar a Loja,
guardando as Jóias e impedindo que nossos ss. e mistérios fossem
ilegalmente conhecidos.
P. - Falando de Jóias e de quantos cuidados, quantas existem na Loja?
R. - Três móveis e três fixas .
P. - Quais as móveis?
R. - O E., o Ni. e o Pr.
P. - Para que servem?

406
Preleções do Primeiro Grau

R. - O E. para verificar e ajustar os cantos retangulares dos edifícios e


auxiliar a aprimorar a matéria bruta; o Ni. para fazer nivelamentos e
verificar horizontais; o Pr. para verificar e ajustar verticais, quando as
fixando em suas devidas bases.
P. - Pelo visto, nada mais são do que ferramentas. Por que denominais
jóias?
R. - Pelo sentido moral, que as transforma em jóias de inestimável valor.
-Assim, o E. nos ensina a regular nossas vidas e ações consoante a
régua e a linha Maçônica, harmonizando nossa conduta em vida,
tornando-nos aceitáveis àquele ser Divino do qual emana toda a
bondade e a quem devemos dar conta de todos os nossos atas.
-O Ni. nos demonstra que temos origem comum, partes de um mesmo
todo e partícipes da mesma esperança; e não obstante a hierarquia
entre os homens seja necessária a fim de garantir a ordem, que
nenhuma situação elevada, por mais privilegiada que seja, nos faça
esquecer que somos Irmãos, que aquele que esteja no ponto mais
baixo da Roda da Fortuna seja merecedor de nossos cuidados; tempo
virá e os mais sábios entre nós não sabem quão cedo, em que todas
as diferenças, salvo as da bondade e da virtude, deixarão de existir, e
a Morte, a grande niveladora da grandeza humana, nos reduza à
verdade da grandeza espiritual.
- O Infalível Pr., que, como a Escada de Jacob, liga céus e terra, é o
padrão da retidão e da verdade.
- Ele nos ensina a caminhar altaneiros e com justiça perante Deus e
os homens, sem desviarmo-nos do estreito caminho da virtude; a não
sermos fanáticos, perseguidores ou difamadores de religiões; a não
nos inclinarmos à avareza, à injustiça e nem à inveja e ao desrespeito
à humanidade; muito ao contrario, nos ensina a por de lado qualquer
tendência egoísta que possa prejudicar aos demais.
- Orientar o barco da vida através dos oceanos das paixões, sem
desvestir a armadura da retidão, é a mais alta perfeição que a natureza
humana pode atingir e como o construtor ergue sua coluna em nível e
na perpendicular, assim deve o Maçam conduzir-se perante o mundo;
observando um meio termo entre a avareza e o desperdício; mantendo
a balança da justiça em equilíbrio; controlando suas paixões e
preconceitos nos limites de uma conduta justa; em todos os seus atas,
tendo sempre em vista a Eternidade.
- Assim o E. ensina moralidade; o Ni., igualdade, e o Pr. retidão na
conduta.

407
Ritual Emulação

P. - Por que são chamadas jóias móveis?


R. - Por serem usadas pelo Mestre e seus Vigilantes, sendo transferíveis
aos seus sucessores.
P. O que distingue o Mestre?
R. - O E. Assim como a matéria bruta é aprimorada com a ajuda do E. , a
conduta do Mestre faz com que qualquer animosidade desapareça
entre Irmãos, garantindo para os assuntos Maçônicos, aquele
indispensável clima de harmonia e decoro.
P. - O que distingue o 1ov.?
R. - O Ni, que sendo o emblema da igualdade, mostra-lhe as medidas
equânimes que deve adotar, conjuntamente com o Mestre, para o bom
governo da Loja.
P. - O que distingue o 2°V.?
R. - O Pr, que sendo emblema dà retidão, mostra-lhe a integridade das
medidas que deve tomar, conjuntamente como Mestre e o 1°V., para o
bom governo da Loja, especialmente no exame dos visitantes.
P. - Quais são as Jóias Fixas?
R. - A Tábua de Delinear, a Pedra Bruta e a Pedra Esquadrada.
P. - Para que servem?
R. - Na TD, o Mestre traça linhas e desenhos; a PB serve para que o Apr.
nela trabalhe, desbastando-a e marcando-a; com a PE o obreiro
experimentado pode verificar e ajustar suas jóias.
P. - Por que são chamadas Jóias Fixas?
R. - Por permanecerem imóveis na Loja, permitindo que os Irmãos nelas
se instruam.
P. - Poderíeis estabelecer um paralelo entre as Jóias Fixas e as Móveis
da Loja?
R. - Assim como a TD serve para o Mestre traçar linhas e desenhos,
possibilitando aos Irmãos adiantar a estrutura pretendida com
regularidade e propriedade , assim o VLS pode ser justamente
considerado a TD do G.A.D.U., na qual são traçadas as Leis Divinas e
projetas morais que, caso o respeitemos e adotemos, nos conduzirão
a uma etérea mansão, não feita pela mão do homem, eterna nos céus.
- A PB, áspera e tosca no canteiro de trabalho, torna-se, pelo esforço
e habilidade do obreiro, em devida forma e própria para a estrutura
pretendida. Representa o homem em sua infância ou estado primitivo,
rude e áspero como aquela pedra, até que, pelos cuidados e atenções

408
Pre/eções do Primeiro Grau

de seus pais ou tutores, dando-lhe uma educação liberal e virtuosa,


sua inteligência seja cultivada e ele se transforme em um membro
adequado a uma sociedade civilizada.
-A PE um cubo ou paralelepípedo, é próprio para ser verificada pelo
E. e C. Representa em sua última etapa, após uma vida dedicada à
piedade e virtude, não podendo ser verificado e julgado a não ser pelo
E. da Palavra Divina e pelo C. de sua própria consciência.
R. - A Loja estando terminada, mobiliada e decorada, a quem ela é
dedicada?
R. -A Deus e a seu serviço.
R. -A quem em seguida?
R. - Ao R. S., por ter sido ele o primeiro Príncipe que se destacou na
Arte, e sob cujo Real patrocínio muitos de nossos mistérios maçônicos
tomaram forma.
PMI - Irmãos, assim termina a 5ª seção da 1 ª Preleção, e a
RECOMENDAÇÃO é:
"Aos Grandes Patronos passados da Maçonaria".
À Ordem, Irmãos!
Todos (sentados, fazem o Sn de Apr. por 3 vezes) .

409
6ª SEÇÃO da 1ª Preleção

ML -Qual é o primeiro ponto na Franco-Maçonaria?


lrm. - Joelho esquerdo desnudo e dobrado.
P. - Por que é assim chamado esse primeiro ponto?
R. -Em meu j. d. aprendi a adorar o meu Criador; em meu j. e. d. e d. fui
iniciado na Maçonaria.
P. -Há um ponto básico?
R. - Sim; estar feliz consigo mesmo e fazer os outros felizes.
P. - Há um ponto principal?
R. - Há. Um ponto no interior de um círculo.
P. - Defina esse ponto.
R. - Em toda Loja regular, constituída, há um ponto no interior de um
círculo e que os Irmãos, ali colocados não podem errar. Esse círculo é
limitado, entre o Norte e o Sul por duas grandes linhas paralelas,
representativas de Moisés e do Rei Salomão. Na sua parte superior
fica o VLS, como base da Escada de Jacob, cujo topo alcança os
Céus; e desde que sejamos versados naquele Livro Sagrado, e
professemos as doutrinas nele contidas, ele nos conduzirá Àquele
que não nos falhará, bem como não nos decepcionará.
- Caminhando ao redor desse círculo, tocaremos necessariamente
em ambas as paralelas e no VLS; e enquanto um Maçam conseguir
manter-se assim, circunscrito, não poderá jamais incidir em erro.
P. Quais os Grandes princípios em que se baseia a Ordem?
R. -Amor Fraternal, Caridade e Verdade, que podem assim ser descritos:
- Praticando o AMOR FRATERNAL somos ensinados a ver a espécie
humana como uma só família, simples e poderosos, pobres e ricos,
todos criados por um Ser Supremo, e de passagem pelo mundo para
ajuda, apoio e proteção mútuos. Por esse princípio, a Maçonaria une
homens de todos os países, credos e opiniões e, por suas resultantes,
produz verdadeira amizade entre aqueles que, possivelmente ter-se-
iam mantidos perpetuamente separados.
- CARIDADE está em aliviar os desafortunados, o que é dever de
todos, particularmente Maçons, ligados entre si por uma inquebrantável
cadeia de sincera afeição; assim cuidar de infelizes, ser solidário com
suas desgraças, compadecer-se de suas misérias e restaurar a paz
em suas mentes atribuladas é o grande alvo que temos em vista; nestas

411
Ritual Emulação

bases estabeleceremos nossas amizades e concretizaremos nossos


relacionamentos.
- VERDADE é um atributo Divino e a base de toda virtude Maçônica;
ser um homem bom e leal é algo que nos é ensinado em nossa
iniciação; este é o grande tema pelo qual esperamos pautar nossas
vidas e nossos atos. Assim, hipocrisia e fraude são, ou deveriam ser,
desconhecidas para nós, da mesma forma que sinceridade e lealdade
são nossas características fundamentais, enquanto palavra e coração
se unem para o bem estar de todos e em regozijo pela prosperidade
da Ordem.
P. -Quantos pontos específicos temos na Franco-Maçonaria?
R. - Quatro, a saber: Gutural, Peitoral, Manual e Pedal, referindo-se às
quatro partes do corpo:
- GUT. - a Garg. (Sn de Apr.) , referindo-se à tradicional penalidade
simbólica mencionada no antigo J., significando que como homem
honrado e Maçom, preferiria ter a g. c. de I. a 1., a indevidamente
revelar os ss. e ms. da Maçonaria.
- PEIT. - o pt. (Sn de Fid.) , onde os ss. são guardados em segurança
contra as indiscrições do mundo profano.
- MAN. - a Mão colocada sobre o VLS, como prova de nossa
concordância com o J. Maçônico.
- PED. - (dá o P.) os pés em E. na parte NE. da Loja, indicando um
Maçam justo e perfeito.
P. -Tem eles outras conotações?
R. - Sim: as quatro virtudes cardeais: Temperança, Fortaleza, Prudência
e Justiça, podendo assim ser explicados:
- A TEMPERANÇA - é através do controle das paixões e emoções
que fazemos o corpo obediente, livrando a mente das tentações do
vicio. Essa virtude deve ser preocupação constante de todo Maçom,
aprendendo a evitar os excessos, ou contrair hábitos licenciosos que
o possam levar, invariavelmente, a trair a confiança nele depositada,
submetendo-se assim à penalidade contida em seu Jur. (Sn de Apr.)
aludindo ao Gutural (desfaz o Sn) .
- A FORTALEZA - é aquele nobre e firme propósito do espírito,
eqüidistante da temeridade e da covardia; ele nos permite suportar
dores, trabalhos, perigos ou dificuldades, quando necessários ao nosso
interesse. Esta virtude, como a anterior, deve ser fortemente impressa
no peito de um Maçom, como barreira e segurança contra quaisquer
tentativas que venham a ser feitas, quer por ameaças ou violências,

412
Preleções do Primeiro Grau

no sentido de extorquir-lhe quaisquer dos ss. Maçônicos que tão


solenemente prometeu ocultar e nunca impropriamente revelar; a
indevida relação de qualquer deles deverá tornar-se um tormento para
a sua mente, como as pts. do C. o foram, emblematicamente para o seu
corpo, quando aplicadas ao seu p. e. n. em sua iniciação (coloca a
suam. d. no p. e. como o Sn de Fid.), aludindo ao Peitoral (baixa a mão).
-A PRUDÊNCIA- nos ensina a regular nossas vidas e ações consoante
os ditames da razão e é através desse costume que o homem julga
sabiamente e com prudência determina todos os fatores relativos à
sua felicidade temporal e eterna. Essa virtude deve caracterizar todo
Maçom Livre e Aceito, não somente pela boa ordenação de sua vida,
como também como exemplo ao mundo profano; deve ser exercida
em todos os ambientes, de forma a não permitir a revelação impensada
de qualquer Sn., T. ou P., através dos quais possa um dos nossos ss.
serem revelados; deve o Maçom ter sempre em mente o momento em
que se postou diante do Mestre, j. e. desnudo e dobrado, a p. d. em
forma de E., o corpo ereto e firme sob o C., e a m. d. (estende a m. d.
como que colocando-a)sobre o VLS, aludindo ao Manual (baixa a mão).
-A JUSTIÇA- é aquele limite do direito, pelo qual somos ensinados a
dar a todos· os homens o que realmente merecem, sem distinção
alguma. Essa virtude é não somente compatível com a Lei Divina e
humana, como também é o fundamento da sociedade civil.
- Sem a prática dessa virtude, a confusão seria universal, a força
sobrepor-se-ia à equidade e o relacionamento social deixaria de existir;
e como Justiça é o componente principal do homem bem, deve ser
invariável costume do Maçom Livre e Aceito nunca se desviar de seus
princípios, sempre tendo em mente o momento em que foi colocado
na parte NE. da Loja, pés em forma de E. (executa), o corpo firme e
ereto, recebendo do Mestre aquela exortação no sentido de ser justo
e perfeito em suas minudências, aludindo ao Pedal (desfaz).
PMI - Irmãos, assim termina a 6ª seção da 1 ª Preleção, a
RECOMENDAÇÃO é:
"Que o AMOR FRATERNAL, a CARIDADE e a VERDADE, Juntamente
com a TEMPERANÇA, a FORTALEZA, e PRUDENCIA e a JUSTIÇA,
caracterizem o Maçom Livre e Aceito até o fim dos tempos".
À Ordem, Irmãos!
Todos (sentados, fazem o Sn de Apr. por 3 vezes)

413
7f! SEÇÃO da 1f! Preleção

ML - Quantas espécies de Maçons existem?


lrm. - Duas: Livres e Aceitos, uma; e Operativos, a outra.
P. -A qual espécie pertenceis?
R. -A dos Livres e Aceitos.
P. - Que aprendeis sendo um Maçom Livre e Aceito?
R. - Discrição, Moralidade e Fraternidade.
P. - Que aprendem os Maçons Operativos?
R. -As úteis regras da Arquitetura; a cortar, esquadrejar e modelar pedras
nos formatos requeridos para fins de construção; uni-las em nível, na
perpendicular ou em outras posições, com auxilio de cimento, aço,
chumbo ou cobre. Essas várias operações requerem muita prática,
destreza e alguns conhecimentos de Geometria e Mecânica.
P. - Como aplicais esses ensinamentos ao freqüentar as Lojas?
R. -Agindo no E., observando um comportamento adequado em Loja,
prestando a devida obediência ao Mestre e seus Vigilantes E abstendo-
me de discussões políticas ou religiosas que possam causar
dissensões entre Irmãos e prejuízos à Ordem.
P. - Em que Grau da Franco-Maçonaria fostes iniciado?
R. - No de Apr. Franco-Maçom.
P. - Por quanto tempo deve um Apr. servir a seu Mestre?
R. - Sete anos é o período estipulado.
P. - Como deve servi-lo?
R. - Com Liberdade, Fervor e Zelo, representado pelo giz, pelo carvão e
pela argila.
- Nada é mais livre que o giz; o mais leve toque deixa sua marca;
nada mais fervoroso que o carvão, pois, desde que adequadamente
aceso, metal nenhum o resiste; nada mais zelosa do que a argila,
nossa mãe Terra, trabalhando sem cessar para nosso sustento.
P. -Caso fosse vosso desejo dar a vosso filho um nome Maçônico, como
o chamaríeis?
R. - LEWIS (pronuncia-se Lúis) , significando Força e representado em
nossas Lojas por peças de metal encravadas numa pedra; em conjunto
com sistemas mecânicos, com um jogo de polias, possibilita ao Maçom
operativo erguer grandes pesos a certas alturas, com grande facilidade

415
Ritual Emulação

e pequeno esforço.
P. - LEWIS sendo o filho de um Maçom, qual o seu dever em relação a
seus pais idosos?
R. - Sustentar os encargos diários, dos quais eles, em razão de sua
idade, devem estar isentos; ajudá-los em caso de necessidade e fazer
com que o término de seus dias seja feliz e confortável.
P. - Em troca, qual o seu privilégio?
R. -O de ser feito Maçom antes de qualquer outro, por mais digno que
seja.
P. - Por que somos chamados Franco-Maçons?
R. - Porque somos livres para o amor fraternal e, também, por devermos
ser livres do vício.
P. - Se um Maçom assim livre estiver desaparecido, onde esperais
encontrá-lo.
R. - Entre o E. e o C.
P. - E por que nesse lugar?
R. - Por, que agindo de acordo com o primeiro, certamente será alcançado
pelo segundo.
P. - Como você vestiria ao seu Mestre?
R. - Com a insígnia distintiva de um Maçom.
P. - Como conheceis um Maçom durante o dia?
R. -À simples vista e observando o Sn.
P. .- E à noite?
R. - Recebendo o T. e ouvindo a P.
P. -Como sopra o vento na Franco-Maçonaria?
R. - Favoravelmente entre o Leste e o Oeste para refrescar e refazer os
Irmãos no trabalho.
P. - Tem uma alusão adicional?
R. -O vento milagroso que foi essencial ao proporcionar a feliz libertação
dos filhos de Israel de seu cativeiro no Egito.
P. - Por que se considera o vento favorável na Franco-Maçonaria
unicamente nesses pontos particulares da bússola.
R. - Quando o Grande Arquiteto do Universo achou apropriado liberar a
Seu povo eleito do cativeiro Egípcio, Ele mandou a Seu fiel servo
Moisés conduzi-los até a terra de Canaan, que Ele lhes havia prometido.
Conseqüentemente os conduziu pelo deserto à extremidade do Egito

.416
Preleções do Primeiro Grau

à margem do Mar Vermelho, de onde eles acamparam para passar a


noite. O Faraó, lamentando a perda de tantos escravos úteis, reuniu
um exercito potente a cavalo, a pé, e em carros a fim de devolvê-los
ao seu cativeiro anterior. Não duvidou do êxito, pois sabia que os
israelitas não estavam armados e não eram disciplinados, assim como
que sua viagem era lenta devido ao gado e às bagagens. Os Israelitas,
olhando o Mar Vermelho à frente, as montanhas Intransponíveis a sua
direita e a esquerda, o exército Egípcio avançando rapidamente em
sua retaguarda, murmuraram contra seu líder e disseram: "Por que
nos trouxe ao deserto para perecer? Não havia suficiente lugar no
Egito para nosso enterro?". E Moisés falou placidamente e os incitou
a estar de bom humor, por que esse dia deveria experimentar a
salvação do Senhor. Moisés então, após uma prece fervorosa ao Trono
de Graça, estirou sua vara sagrada sobre o Mar Vermelho, que
ocasionou um forte vento oriental, dividindo as águas como uma parede
de cada lado, mostrando aos Israelitas uma passagem sobre a terra
seca. O Faraó, vendo isto, os seguiu sem vacilação e considerou aos
prófugos em seu poder, quando, a fim de comprovar sua presunção, o
Onipotente enviou um pilar milagroso de fogo e uma nuvem, que teve
dois efeitos maravilhosos; deu luz aos israelitas e facilitou seu
progresso, e a nuvem deu escuridão ao Faraó e seu exército atrasando
sua marcha. O Onipotente enviou um impedimento adicional ao inimigo,
um anjo que golpeou as rodas dos carros para que se arrastassem
pesadamente, e assim o exército Egípcio e os Israelitas não veriam
juntos o amanhecer do dia. O Faraó, percebendo a mão do Senhor
trabalhar duramente contra ele, deu ordens a seu exército para
interromper a perseguição e voltar por onde vieram; mas era demasiado
tarde, e nesse momento os Israelitas haviam ganhado a costa oposta.
Moisés estendeu o olhar sobre seus temidos inimigos pela última vez.
Ele então novamente estirou sua Vara Sagrada sobre as águas, o que
ocasionou a ruptura das cadeias invisíveis fazendo desaparecer o
Faraó e todo o seu exército. A comemoração desse resgate feliz, os
Israelitas fizeram durante muitos dias de viagem, cantando salmos e
dando graças a seu Onipotente Libertador; desde aquele tempo o vento
vencido, no L. ou 0., é considerado favorável a Franco-Maçonaria.
P. -Quais são as características distintivas de um bom Maçom?
R. -Virtude, Honra, e Misericórdia (Sn. de R.), sempre se deve encontrar
no interior de um Maçom (desfaz o Sn).
P. -Agradecerei pela definição de VIRTUDE.
R. - Lendo a história da antiga Roma, encontramos que o Cônsul

417
Ritual Emulação

Marcellus havia decidido erigir um Templo dedicado à Virtude e à Honra,


mas sendo impedido de levar a término seu projeto alterou seus planos
e erigiu dois Templos, contíguos um ao outro, de tal forma que o único
caminho para chegar ao Templo da Honra era mediante o da Virtude;
legando à posteridade um excelente exercício de mais alto grau de
perfeição para a razão; a honradez, harmonia, justo balanço do afeto,
a saúde, fortaleza, e beleza da alma. A perfeição da Virtude está em
dar plena conformidade para obedecer a autoridade da consciência .
com presteza, para esquecer os talentos defensivos com fortaleza, o
público com justiça, o privado com temperança, e ambos com
prudência, e na devida proporção de um ao outro, com calma e
caridade, para amar e adorar a Deus com um sem rival afeto
desinteressado e para consentir nos desígnios da Divina Providência
com alegre resignação. Cada aproximação a esta norma é um passo
para a perfeição e a felicidade, e qualquer desvio tem uma tendência
ao vicio e à miséria.
P. - O que é Honra?
R. - Pode ser definida como a consubstanciação da VIRTUDE; a
verdadeira base da fé e confiança; o único meio através do qual os
assuntos da vida são tratados com segurança e prazer.
- Implica na união de sentimentos, tais como Virtude, Verdade e Justiça,
levados além de mera obrigação moral que a lei requer ou possa punir.
-A verdadeira honra, não obstante um princípio diferente da Religião,
é a que produz os mesmos efeitos; São linhas de ação que, embora
originárias de diferentes pontos, terminam numa mesma meta.
- A Religião abrange a Virtude no que ela atende às Leis de Deus; a
honra, no que ela atende à natureza humana.
- O homem religioso teme praticar uma má ação; o homem de honra
despreza fazê-lo.
-O primeiro considera o vício como algo ofensivo a Deus; o segundo,
como algo que não o deve alcançar.
- Um verdadeiro homem de Honra não se satisfaz com os simples
cumprimentos de deveres de homem e cidadão; ele os eleva à máxima
potência; dá de si, quando com razão poderia negar; perdoa, quando
com justiça poderia ressentir-se.
- Toda sua conduta é guiada pelos mais nobres sentimentos de seu
coração; uma verdadeira retidão moral em suas ações e uma
consciência tranqüila, a sua recompensa.

418
Preleções do Primeiro Grau

P. - MISERICÓRDIA?
R. - É uma virtude refinada; quando nas mãos de um monarca, adiciona
brilho às pedras preciosas que adornam sua coroa; num guerreiro, dá
suavidade à ira que escurece sua mente.
- É a companheira da verdadeira honra, aperfeiçoando a justiça, na
defesa dos menos favorecidos. Assim como as chuvas descem sobre
a terra para refrescar e fortalecer toda a Criação vegetal, também a
Misericórdia, agindo sobre os corações, quando os fluidos vitais são
condensados pelo rancor e vingança, faz com que se acalmem e
suavizem , sob a ação de seu calor humano.
ML (!) 12V(!) 22V(!)
Todos (levantam-se)
ML - Ela é o atributo peculiar da Divindade, na qual os melhores e mais
sábios entre nós devem depositar suas esperanças e dependência;
pois no momento juízo final, não obstante a Justiça Divina seja
inexorável , é na sua Misericórdia que confiamos, para merecermos
uma oportunidade (todos fazem o Sn. de R.) .
PMI Que Assim Seja (baixa o Sn).
Todos (Permanecem em pé)
PMI - Irmãos, assim termina a 7ª seção da 1 ª Preleção, e a
RECOMENDAÇÃO é:
"Que a VIRTUDE a HONRA e a MISERICÓRDIA sejam para sempre o
apanágio dos Maçons Livres e Aceitos".

À Ordem, Irmãos!

A.~
E. 9i:l D. w
A.~
E. 9i:l D. w
A.~
E. 9i:l o. w
Sn (palma s) (palmas) (palmas)

Sn (palmas) (palmas) (palmas)

Sn (palmas) (palmas) (palmas)

Sn (palma s) (palmas) (palmas)

419
Ritual Emulação

(O encerramento da última seção da primeira preleção é usualmente


feito pelo que é conhecido como o Fogo Maçônico. Na Loja Emulação
de Aperfeiçoamento isto é feito por uma cadência dignificante e é
costume inserir o Sn. de Apr. antes de cada um dos últimos grupos de
três palmas).

420
APÊNDICE VI

-
PRELEÇOES - 22 GRAU
Ritual Emulação
1ª SEÇÃO da 2ª Preleção

ML Irmão F. ... , daríeis vossa colaboração para o trabalho da 1ª Seção da


2ª Preleção?
Irmão Eu darei o melhor de mim, Mestre. (dirige-se ao N do Pedestal de 1ºV,
dá o P e saúda no Grau que a Loja estiver aberta).
P Onde passastes ao Grau de Companheiro?
R Numa Loja de Companheiros.
P Consistindo de quantos?
R Cinco.
P Sob quais denomináções?
R O Mestre, seus dois Vigilantes e dois Companheiros.
P Como fostes Passado?
R Fui submetido a um exame prévio em Loja Aberta e recebi uma prova
de mérito que conduz a este grau.
P E para onde fostes conduzido?
R A uma sala contígua à Loja de Companheiros para ser preparado.
P Como foste: preparado?
R De uma maneira muito semelhante a anterior, salvo que, neste grau,
não me v. os olhos, desnudaram meu b. e., pt. e. e j. d., e meu pé
esquerdo foi calçado de eh.
P O que vos habilitou a ser admitido numa Loja de Companheiros?
R A proteção de Deus, o auxílio do E. e a vantagem de uma P. de P.
P Como fostes admitido?
R Pelas batidas de Aprendiz.
P Em qual instrumento fostes admitido?
R No E.
P O que é um E.
R Um ângulo de noventa graus ou a quarta parte de um círculo.
P Quais são os objetivos peculiares de pesquisa neste Grau?
R Os mistérios ocultos da natureza e da ciência.
P Quando admitido na Loja, onde fostes colocado?
R Fui conduzido entre os Diáconos e colocado à esquerda do 1ºV e
orientado a avançar como um Maçom.

423
Ritual Emulação

P E o que vos foi solicitado então?


R Que eu me aj. para receber o benefício de uma prece maçônica.
P É o que eu vos solicito que façais agora.
ML ( ! ) 12V ( ! ) 22V ( ! )
Todos Levantam-se e fazem o Sn de R.
R Suplicamos a continuidade de Teu auxílio, Oh! Senhor Misericordioso,
em nosso favor e deste que se aj. diante de Ti; possa o trabalho iniciado
em Teu nome, ser continuado para a Tua Glória e para sempre
estabelecido entre nós em obediência aos Teus preceitos (A prece é
feita pelo Mestre da Loja) .
Todos Que Assim Seja (baixam o Sn de R. e sentam-se) .
P Como fostes orientado após esta prece?
R Fui conduzido duas vezes ao redor da Loja.
P O que vos foi solicitado na primeira perambulação?
R Saudar o Mestre como Maçam, aproximar-me do 2ºV como tal,
mostrando o Sn e comunicando o T. e a P.
P Para o que os Irmãos tiveram sua atenção orientada?
R Para mim, que fora regularmente iniciado na Franco-Maçonaria e que
iria passar diante deles para mostrar que era um Candidato
devidamente preparado para ser Passado ao Grau de Companheiro.
P O que vos foi solicitado na segunda perambulação?
R Saudar o Mestre e o 2ºV como Maçom, aproximar-me do 1ºV como
tal, mostrando o Sn e comunicando o T. de P. e a P. de P. que conduzem
do Primeiro ao Segundo Grau.
P Como procedeu o 1ºV?
R Apresentou-me ao Mestre como Candidato devidamente preparado
para ser Passado ao Segundo Grau.
P O que o Mestre então ordenou?
R Que o 1ºV ordenasse ao 1ºD a instruir-me para que me dirigisse ao
Oriente na devida forma.
P Solicito-vos mostrar o método de avançar do Ocidente para o Oriente
neste Grau.
R (Isto é feito, dirigindo-se ao Oriente e avançando como que subindo
por uma escada em caracol. Após o que retorna ao seu lugar) .
P Como o Mestre se pronunciou quando fostes colocado em frente ao
mesmo, no Oriente?

424
Preleções do Segundo Grau

R Na Franco-Maçonaria, cada Grau deve ser mantido exclusiva e


separadamente, portanto, um outro j. em muitos aspectos similar ao
anterior vos será exigido agora. Quereis prestá-lo?
- Dei minha resposta afirmativa.
P O que o Mestre vos solicitou a seguir?
R Que eu me ajoelha-se sobre o j. d.; que meu pé esquerdo formasse
um E.; que eu colocasse minha m. d. sobre o VLS, enquanto meu b.
e. era sustentado no ângulo do E.
P Nesta posição o que fizestes?
R Prestei um Solene J. de Companheiro.
P Solicito-vos fazê-lo agora.
ML ( ! ) 12 V ( ! ) 22 V ( ! )
Todos (Levantam-se com Sn de F.)
R Eu, F. .. ., (nome completo) na presença do Grande Geômetra do
Universo e desta digna e Venerável Loja de Companheiros Franco-
Maçons , regularmente constituída, reunida , e devidamente
consagrada, de minha livre e espontânea vontade, solenemente
prometo e juro, por e sobre este Livro que sempre guardarei, ocultarei,
e nunca revelarei quaisquer dos ss. ou ms. de ou pertencentes ao
Segundo Grau da Franco-Maçonaria, denominado Grau de
Companheiro, àquele que seja somente Aprendiz, como tampouco os
revelarei quaisquer deles aos que não sejam Maçons. Ainda mais,
prometo solenemente agir como um verdadeiro e leal Companheiro,
responder aos Sns, atender às Convocações e preservar os princípios
estabelecidos no Grau anterior. Estes diversos pontos eu juro
solenemente observar, sem evasivas, equívocos ou reserva mental
de qualquer natureza. Assim me ajude Deus Onipotente e me conserve
firme neste meu solene J. de um Companheiro Franco-Maçom.
Todos (baixam o Sn e sentam-se).
P O que o Mestre vos solicitou após terdes prestado o Solene J. de
Companheiro?
R Que, como penhor de minha fidelidade e para tornar solene o J., que
de outra forma poderia ser considerado apenas como uma séria
promessa, que eu o selasse com os meus lábios, duas vezes, sobre o
VLS.
P O que ele vos informou a seguir?
R O vosso progresso na Maçonaria é assinalado pela posição do E. e
do C. Quando fostes feito Aprendiz, ambas as pontas estavam ocultas;

425
Ritual Emulação

neste Grau, uma está exposta, significando que agora estais a meio
caminho na Franco-Maçonaria, superior a um Aprendiz mas, inferior
àquele que no futuro, espero, atingireis.
P Como procedeu então o Mestre.
R Ele tomou a minha mão direita e disse: "Levantai, recém juramentado
Companheiro Franco-Maçom".
P O que ele vos disse depois?
R Tendo prestado o Solene J. de Companheiro, vou confiar-vos os ss.
do Grau. Portanto, deveis dirigir-vos a mim como na vossa iniciação.
P O que o Mestre vos solicitou, então?
R A dar um outro passo curto na sua direção com o meu p. e. colocando
o c. d. na concavidade do p. e. como antes. Este, me informou ele, ser
o segundo p. r. na Franco-Maçonaria e é nesta posição que são
comunicados os ss. do Grau.
P De que consistem esses ss.?
R Como no precedente, consistem em Sns, T. e P. com a diferença de
que neste Grau o Sn é de natureza tríplice.
P Eu vos solicito fazer a primeira parte do Sn tríplice.
R (Faz-se o Sn).
P O que é isto?
R O Sn de F., emblematicamente para proteger o repositório de meus
ss. contra os ataques dos insidiosos.
P A segunda parte.
R (Faz-se o Sn)
P O que é isto?
R O Sn. de Saudação ou Perseverança.
P Quando teve sua origem?
R Na ocasião em que Josué travava as batalhas do Senhor. Nesta
posição orava fervorosamente ao Onipotente para manter a luz do
dia, permitindo-lhe completar a derrota de seus inimigos.
p A terceira parte.
R (Faz-se o Sn)
p O que é isto?
R O Sn Pe.
p A que alude?

426
Preleções do Segundo Grau

R À penalidade simbólica, outrora incluída no J. deste Grau, significando


que, como homem honrado, um Companheiro Franco-Maçam preferiria
ter seu c. a. de seu pt. (o Mestre Mostra e o interlocutor imita), a
indevidamente revelar os ss. a ele confiados. A penalidade completa
era a de ter o pt. e. aberto, o c. a. de lá e dado às a. de r. ou às f. , como
presa.
P Comunicai o T. ao Irmão F. ...
R (O que é feito)
P Está correto?
R (Pelo Irmão que recebeu o T. com o Sn do Grau em que a Loja está
aberta) Está, Mestre.
P O que exige ele?
R Uma palavra.
P Dai-me esta palavra.
R Neste Grau , como no anterior, ensinaram-me a ser cauteloso; eu a
soletrarei ou dividirei convosco.
P Como quiserdes, começai.
R (Neste ponto a palavra é dividida).
P De onde deriva esta palavra?
R Da c. do lado d. do p. ou e. do Templo do Rei Salomão, assim chamada
em recordação de J., o Sumo Sacerdote que oficiou a sua dedicação.
P Qual o significado da palavra?
R E r.
P E quando reunida com a do Grau anterior?
R E _______ _ __ e, pois Deus disse: "Em s. Eu e. esta Minha Casa
para ficar firme para sempre.
P Tendo sido juramentado e recebido os ss. fostes investido?
R Sim, fui investido com o Avental de um Companheiro Franco-Maçam,
para marcar o progresso feito por mim na ciência, segundo informou-
me o 1ºV.
P Solicito repetir as palavras então proferidas pelo Mestre.
R Deixai-me acrescentar ao que foi dito pelo 1ºV que a insígnia com a
qual fostes agora investido indica que, como Companheiro, se espera
que façais das Artes e Ciências Liberais o vosso futuro estudo para
que melhor possais desempenhar os vossos deveres como maçom, e
melhor avaliar as maravilhosas obras do Onipotente.

427
Ritual Emulação

P Onde fostes colocado a seguir?


R Na parte SE da Loja.
P Solicito-vos repetir a exortação.
R Sendo a Maçonaria uma ciência progressiva, quando iniciado Aprendiz
fostes colocado na parte Nordeste da Loja, para indicar terdes sido
admitido recentemente; estais agora sendo colocado na parte Sudeste,
para assinalar o progresso que fizestes na Ciência. Personificais agora
um Companheiro Franco-Maçam, justo e reta, e eu vos aconselho,
com empenho, a sempre prosseguirdes agindo como tal; e como
espero que o teor da última preleção não está e nem nunca estará
apagado de vossa memória, contento-me em observar que, como no
Grau anterior, tomastes conhecimento dos princípios da verdade moral
e da virtude. Tendes agora permissão para estenderdes as vossas
pesquisas aos Mistérios ocultos da Natureza da Ciência.
P A seguir, o que o Mestre vos apresentou?
R Os instrumentos de trabalho de um Companheiro Franco-Maçam que
são: o E., o Ni e o Pr.
P Para que servem?
R O E. serve para verificar e ajustar os cantos retangulares dos edifícios,
e auxiliar a dar forma apropriada à matéria bruta; o Nível, para fazer
nivelamentos e provar as horizontais; o Prumo, para ajustar e testar
verticais, ao serem colocadas em suas bases.
P Como não somos Maçons operativos, mas sim livres e aceitos ou
especulativos, como aplicamos esses instrumentos à nossa moral?
R Neste sentido o E. ensina a moralidade, o Ni. a igualdade e o Prumo
correção e retidão na vida e nas ações. Assim, por esquadria na
conduta, passos nivelados e intenções retas, esperamos ascender às
mansões imortais de onde emana toda a bondade.
P Qual a permissão que vos foi dada?
R A retirar-me para retomar o meu conforto pessoal. O Mestre informou-
me que no meu regresso à Loja, solicitaria a minha atenção para a
explanação da Tábua de Delinear.
PMI Irmãos, aqui termina a Primeira Seção da Segunda Preleção. A
exortação é:
À todos os Companheiros Franco-Maçons justos e perfeitos.
À Ordem Irmãos!
Todos (sentados, Peito, Mão e Avental, 5 vezes).

428
2ª SEÇÃO da 2ª Preleção

P Por que motivo fostes passado para o Grau de Companheiro?


R Para o benefício da Geometria ou a quinta ciência, sobre a qual está
fundamentada a Maçonaria.
P O que é a Geometria?
R É a ciência pela qual evidenciamos o conteúdo de corpos não
mensurados, por sua comparação com outros já medidos.
P Quais são seus principais tópicos?
R Grandeza e Extensão ou a progressão normal da ciência, de um ponto
para uma linha, da linha para uma superfície e desta para um sólido.
P O que é um ponto?
R O começo da matéria geométrica.
P E o que é uma linha?
R A continuação do ponto.
P O que é uma superfície?
R É o comprimento e a largura, sem uma determinada espessura.
P E o sólido?
R É o comprimento e a largura com uma certa espessura, que forma um
cubo e compreende o todo.
P Onde a Geometria foi considerada como uma ciência?
R Em Alexandria, no Egito.
P Qual a razão dela ter nascido ali?
R As inundações anuais do Rio Nilo obrigavam os habitantes de suas
margens a procurar refúgio nas partes mais altas e montanhosas do
país, retornando às suas habitações assim que as águas baixavam.
Freqüentemente essas inundações destruíam ou deslocavam os
marcos de identificação das terras (landmarks), causando sérias
disputas entre eles e que, não raro, redundavam em guerra civil.
Tomando conhecimento da existência de uma Loja Maçônica em
Alexandria 1 , capital de seu país, presidida por Euclides, os habitantes
enviaram uma delegação ao mesmo, informando-o sobre os seus

1
Trata-se de uma al.egoria. Exposição de um pensamento sob forma figurada.

429
Ritual Emulação

problemas. Este com ajuda de seus Vigilantes e demais Irmãos,


reuniram os elementos dispersos da Geometria, assimilando e
ordenando-os em um sistema regular, tal como praticado então pelas
demais nações e que, atualmente, é ampliada com o uso de flexões,
seções cónicas e outros melhoramentos. Pela ciência da Geometria,
ele ensinou aos egípcios a medir e determinar os diferentes distritos
de suas terras, pondo fim às suas disputas e resolvendo amigavelmente
as suas diferenças.
P Eu vos solicito mencionar as vantagens morais da Geometria.
R A Geometria é a primeira e mais nobre das ciências e é a base sobre
a qual a estrutura da Maçonaria está erigida. Com a geometria podemos
acompanhar cuidadosamente a natureza por meio de suas várias
ramificações até aos seus mais profundos recantos. Com ela podemos
discernir o poder, a sabedoria e a bondade do Grande Geómetra do
Universo e visualizar, com grande admiração, as belas proporções
que ligam e embelezam este vasto sistema. É com ela que podemos
descobrir como os planetas se movem em suas órbitas e demonstrar
matematicamente suas revoluções. Ainda, a prever racionalmente as
estações do ano e a variedade de cenários que cada uma proporciona
aos nossos olhos. Temos um número infinito de mundos à nossa volta,
todos formados pelo mesmo artista Divino e que orbitam no espaço
imenso, regidos pela mesma invariável lei da natureza. Atentando para
esses elementos é que nos damos conta de quanto devemos nos
aperfeiçoar e da grandeza das idéias que devem permear nossas
mentes. Foi a pesquisa da natureza e uma observação das suas
admiráveis proporções que induziram os homens a imitar o plano Divino
e a estudar simetria e ordem. Daí surgiu a sociedade e foram geradas
todas as artes úteis. O arquiteto começou a desenhar, e os projetas
que concebeu, aperfeiçoados no tempo e pela experiência, geraram
algumas das excelentes obras que tem sido alvo de admiração em
todos os tempos.
P Já viajastes?
R Os meus antepassados viajaram.
P Para onde?
R Tanto ao Oriente quanto ao Ocidente.
P Qual foi o motivo da viagem?
R Eles viajaram ao Oriente em busca de instrução e ao Ocidente para
propagar o conhecimento que haviam adquirido.
P Já trabalhastes?

430
Preleções do Segundo Grau

R Meus antigos Irmãos o fizeram.


P Onde eles trabalharam?
R Na construção do Templo do Rei Salomão e muitos outros edifícios
majestosos.
P Se eles trabalharam, presumo que tenham recebido salários? Por
quanto tempo?
R Seis dias ou menos.
P Por que não no sétimo dia?
R Porque o Onipotente levou seis dias na criação dos Céus e da Terra,
com todas as coisas que continham, descansando no sétimo.
P Esta é uma bela ilustração dos seis períodos da Criação e que vos
solicito relatar.
R Ao considerarmos que a formação do mundo foi obra daquele ser
Onipotente que criou este admirável sistema do Universo, mantendo
toda a natureza sob Seu cuidado e proteção, devemos magnificar e
adotar o Seu Santo nome por Sua infinita sabedoria, bondade e
misericórdia aos filhos dos homens. Antes que aprouvesse ao
Onipotente colocar em existência esta imensidão, os elementos e
materiais da Criação estavam aglomerados sem forma ou distinção.
As trevas cobriam o Oceano quando o Espírito de Deus se movia
sobre a face das águas. E, como exemplo aos homens de que as
coisas do momento devem ser feitas com real deliberação, Ele levou
seis dias para transformar o caos em perfeição. O primeiro momento
do Seu poder supremo foi manifesto ao ordenar que fosse feita a Luz.
E, satisfazendo-se com o resultado de Sua divina bondade, Ele deu a
Sua santa aprovação dando-lhe um nome: à luz Ele chamou "dia" e às
trevas Ele chamou "noite".
Para manter este recém formado material dentro dos limites justos,
Ele ocupou o segundo período na formação dos Céus, que Ele chamou
de firmamento, destinado a conter as águas dentro das nuvens,
separadas das que estavam debaixo do firmamento .
O terceiro período foi empregado em ordenar que as águas abaixo do
firmamento se juntassem num só lugar, fazendo aparecer o solo firme,
a que Ele chamou ''Terra" e ao ajuntamento das águas, "Mar''. Ao ver
que a Terra ainda era irregular e sem cultivo, Deus ordenou e
imediatamente ela foi coberta de um tapete de grama para servir de
pastagem à criação rude; a isso se seguiram as ervas, plantas, flores,
arbustos e árvores de todos os tipos, para dar frutos e sementes
maduras e perfeitas.

431
Ritual Emulação

No quarto período foram criados dois grandes luminares, o Sol e a


Lua, um para regular o dia e o outro para governar a noite. Nos informa
ainda o historiador sagrado, que eles foram destinados para orientar,
assinalar estações, os dias e os anos. Além do Sol e da Lua, aprouve
ao Onipotente enfeitar o côncavo etéreo com uma imensidão de
Estrelas para que o homem, que ele pretendia fazer, pudesse
contempla-lo e admirar a majestade e a glória do Seu criador.
No quinto período Ele criou as aves para alegrar os olhos e ouvidos
do homem, deliciando-se com a bela plumagem e raros instintos de
umas e o canto melodioso de outras. Ao mesmo tempo Ele encheu as
águas com uma grande variedade de peixes e, para impressionar o
homem e faze-lo reverenciar a Sua divina onipotência, Ele criou as
grandes baleias e outros habitantes das profundezas, fazendo-os
multiplicar e crescer segundo as suas espécies.
No sexto período Ele criou os animais selvagens e os répteis que
rastejam no solo. E aqui podemos perceber claramente a sabedoria e
bondade do Onipotente, manifesta em todas as Suas obras, produzindo
todos os efeitos desejados sem a ajuda de causas naturais, tais como
dar luz ao mundo antes de criar o Sol e fazendo a Terra tornar-se
frutífera sem e influência dos Corpos Celestes. Ele não criou os animais
selvagens sem antes prover pastagens suficientes para seu sustento
e não criou o homem antes que Ele tivesse completado o restante de
Suas obras, dando-lhe uma morada para conforto e prazer. Então,
para ainda mais dignificar o trabalho de Suas mãos, Ele criou o homem,
que veio ao mundo com maior esplendor do que qualquer outra criatura
que o precedeu; todos passaram a existir por nada mais que uma
simples ordem- Deus falou e estava feito-, com exceção do homem
para cuja formação houve consenso. Deus disse expressamente:
façamos o homem e este foi formado do pó da terra, recebeu o sopro
divino nas narinas e tornou-se um ser vivo. E nesta criatura foi
concentrado tudo o que havia de melhor em toda a criação: a qualidade
ou substância de animal, a vida das plantas, o sentido das feras e
acima de tudo, a compreensão dos Anjos. Sendo a imagem de Deus
com a retidão do corpo e juntando assim, a integridade e a retidão que
sempre devem influenciá-lo, a adorar o seu Benemérito Criador, que
deliberadamente o agraciou com a faculdade da fala enriquecendo-o
com aquele nobre instinto chamado razão.
O Onipotente, em Seu último e melhor presente ao homem, criou a
mulher. Suas mãos criadoras fizeram crescer uma criatura, parecida
ao homem mas com o sexo diferente e tão atraente que se sobressaia

432
Preleções do Segundo Grau

a tudo o que antes parecia belo no mundo. Ela chegou, trazida por
seu divino Criador, embora invisível, guiada por Sua voz, adornada
com tudo que a Terra ou o céu pudessem conferir para faze-la graciosa;
havia graça nos seus passos, o Céu no seu olhar, dignidade e amor
em cada gesto. Tendo Deus terminado seu trabalho no sexto período,
no sétimo Ele descansou de seu labor; por isso Ele santificou, abençoou
e agraciou o sétimo dia, deixando aos homens uma lição útil - a
trabalhar seis dias diligentemente no sustento de suas famílias
ordenando estritamente a descansar no sétimo, para melhor contemplar
os trabalhos da criação e adorar o seu Criador; a entrar no Seu
santuário para agradecer pela sua preservação, bem-estar e todas as
outras bênçãos recebidas de Suas mãos.
PMI Aqui termina a segunda seção da segunda preleção. A EXORTAÇÃO
é:
Que a lembrança dos seis períodos da Criação estimule aos
Companheiros a ações grandiosas.
À Ordem Irmãos!
Todos (sentados, Peito, Mão, Avental, 5 vezes)_

433
3ª SEÇÃO da 2ª Preleção

P Quais eram os nomes das duas grandes Colunas do pórtico ou entrada


do Templo do Rei Salomão?
R A da esquerda era chamada B ___ e a da direita. J ____ .
P Quais são os seus significados: separadas e unidas?
R A primeira significa e _________ r e a outra e _________ _
e e quando unidas 5 _______ a, pois Deus disse: "Em 5 ____ _
_ _ a Eu e ___________ i esta Minha casa para ficar firme para
sempre".
P Qual era a altura dessas Colunas?
R Dezessete côvados e meio, cada uma.
P E a sua circunferência?
R Doze côvados.
P Qual o seu diâmetro?
R Quatro côvados.
P Foram fundidas ocas ou sólidas?
R Ocas.
P Por que foram feitas ocas?
R Para melhor servirem como arquivo para a Maçonaria, pois nelas foram
depositados os documentos constitucionais.
P Sendo ocas, qual era a espessura da parede externa?
R Quatro polegadas ou a largura da mão.
P De que foram feitas?
R De bronze fundido.
P E onde foram fundidas?
R Na planície da Jordânia, no terreno argiloso entre Zucot e Seredatá,
onde o Rei Salomão mandou fundir estes e todos os seus vasos
sagrados.
P Quem foi o superintendente da fundição?
R Hiram Abiff.
P Como essas Colunas foram adornadas?
R Com dois capitéis.
P Qual era a altura desses capitéis?

435
Ritual Emulação

R Cada um com cinco côvados de altura.


P Como foram enriquecidas?
R Com uma rede de malha, lírios e romãs.
P O que significam a rede de malhas, os lírios e as romãs?
R A rede, pela conexão de suas malhas significa união; os lírios, pela
sua alvura, paz e as romãs, pela exuberância de suas sementes,
abundância.
P Quantas fileiras de romãs foram colocadas em cada capitel e quantas
em cada fileira?
R Duas fileiras de romãs em cada capitel e cem em cada fileira.
P Com o que mais foram adornadas?
R Com duas esferas.
P O que estava delineado nestas esferas?
R Os mapas dos globos Celestial e Terrestre.
P A que alude isso?
R Alude à Maçonaria Universal.
P Quando foram consideradas prontas?
R Quando a rede de malhas ou dossel, foi estendida sobre elas.
P Onde o Rei Salomão mandou erguê-las?
R Na entrada do Templo, como recordação aos filhos de Israel, daquela
milagrosa coluna de fogo e nuvem que teve dois efeitos maravilhosos:
o fogo iluminou os israelitas durante a sua fuga da escravidão egípcia
e a nuvem produziu escuridão para o Faraó e seus seguidores quando
tentaram alcançá-los. O Rei Salomão ordenou que fossem erguidas
na entrada do Templo por ser o local mais próprio e visível. Assim,
quando os filhos de Israel fossem ou voltassem de sua adoração divina,
tivessem diante dos olhos a lembrança da feliz libertação de seus
antepassados.
P Onde os nossos antigos Irmãos recebiam os seus salários?
R Na câmara do meio do Templo do Rei Salomão.
P Como chegavam lá?
R Pelo pórtico ou entrada do lado Sul.
P Após entrar pelo pórtico, aonde eles chegavam?
R Ao pé da escada em caracol que conduzia à câmara do meio.
P Quem impedia a sua subida?

436
Pre/eções do Segundo Grau

R O Segundo Vigilante.
P O que ele pedia aos antigos Irmãos?
R O T. de P. e a P. de P. que conduzem do Primeiro ao Segundo Grau.
P Comunicai o T. de P. ao Irmão F. ...
R (o que é feito).
P Está correto?
R (Pelo Irmão a quem foi comunicado; com o Sn. do Grau em que a Loja
estiver aberta) Sim, Mestre.
P O que exige ele?
R Uma P. de P.
P Dai-me a P. de P.
R (o que é feito).
P Qual o seu significado?
R Ab ia.
P Como é representada em nossas Lojas?
R Por uma espiga de trigo junto a uma queda d'água.
P Quando essa palavra teve sua origem?
R A palavra a b ______ i a teve sua origem na ocasião em que um
exército de Efraimitas atravessou o Rio Jordão, em atitude agressiva
contra Jefté, o renomado general galaadita. O motivo que eles deram
para essa visita hostil, foi a de não terem sido chamados a participar
das honras da guerra Amonita. Mas, o seu verdadeiro objetivo era o
de participar dos ricos despojos com que Jefté e seu exército estavam
então carregados em conseqüência daquela guerra. Os efraimitas
sempre foram considerados um povo turbulento, mas naquela ocasião,
mostraram-se claramente violentos e após graves insultos contra os
galaaditas em geral, ameaçaram destruir seu vitorioso comandante e
sua casa pelo fogo. Jefté, por seu lado, tentou apaziguá-los por meios
brandos, mas sendo ineficazes, recorreu a métodos mais rigorosos.
Mobilizou seu exército, deu combate aos efraimitas, derrotando-os e·
pondo-os em fuga; e para tornar decisiva a sua vitória e resguardar-se
de incômodos semelhantes no futuro, ele enviou destacamentos de
seu exército para guarnecerem as passagens do Rio Jordão, por onde
sabia que os rebeldes seriam obrigados a passar ao tentarem regressar
à sua terra natal. Deu ordens terminantes para que, se qualquer fugitivo
viesse por aquele caminho declarando-se efraimita, fosse
imediatamente abatido. Mas, se titubeasse ou negasse, lhe fosse

437
Ritual Emulação

solicitado pronunciar uma palavra de teste: a palavra S h ___ _ __ t


h. Por um defeito de aspiração peculiar ao seu dialeto, eles não podiam
pronunciá-la corretamente, e diziam "Z i _ __ I é". Essa pequena
variação denunciava sua origem e lhes custava a vida. As escrituras
nos informam que naquele dia tombaram, no campo de batalha e nas
margens do Rio Jordão, quarenta e dois mil efraimitas. E como s h _ _
_ _ _ _ t h era então uma palavra de prova para distinguir amigos de
inimigos, o Rei Salomão resolveu adota-la como uma palavra de passe
numa Loja de Companheiros para evitar que qualquer pessoa não
qualificada subisse a escada em caracol que conduzia à câmara do
meio do Templo.
PMI Irmãos, aqui termina a terceira seção da segunda preleção. A
EXORTAÇÃO é:
Que a Paz, a Abundância e a União reinem sempre entre os
Companheiros.
À Ordem, Irmãos!
Todos (sentados, Peito, Mão, Avental, 5 vezes)

438
4ª SEÇÃO da 2ª Preleção

P O que o Segundo Vigilante dizia depois que os nossos antigos Irmãos


davam essas provas convincentes?
R Passai, J ___ n.
P Para onde se dirigiam depois?
R Eles subiam a escada em caracol.
P De quantos degraus consistia ela?
R De três, cinco, sete ou mais.
P Por que três?
R Porque três governam uma Loja.
P Por que cinco?
R Cinco constituem uma Loja.
P E por que sete ou mais?
R Porque sete ou mais a tornam perfeita.
P Quais são os três que governam uma Loja?
R O Mestre e seus dois Vigilantes.
P Quem são os cinco que constituem uma Loja?
R O Mestre, dois Vigilantes e dois Companheiros.
P E quem são os sete que a tornam perfeita?
R Dois Aprendizes reunidos aos cinco anteriores.
P Por que três governam a Loja?
R Porque somente três Grão-Mestres chefiaram e orientaram na
construção do Templo de Jerusalém, a saber: Salomão, Rei de Israel,
Hiram, Rei de Tiro, e Hiram Abiff.
P Por que cinco constituem uma Loja?
R Em alusão às cinco nobre ordens da Arquitetura, denominadas:
Toscana, Dórica, Jônica, Corfntia e Compósita.
P Eu vos solicito dissertar sobre a origem dessas ordens.
R Nada existe de mais notável na história do homem do que a Maçonaria
e a civilização caminhando lado a lado como irmãs gêmeas. As Ordens
de Arquitetura marcam o seu progresso e desenvolvimento. Antes que
a Maçonaria tivesse lançado seu plano e ampliado seus limites, os
dias eram sombrios, tristonhos e sem conforto. Os Homens no uso
pleno da sua liberdade incontrolada, mutuamente temerosos e

439
Ritual Emulação

ofendendo-se uns aos outros, refugiavam-se no meio das florestas ou


em grutas e cavernas. Foi nesses esconderijos pobres e de sombria
solidão que a Maçonaria os encontrou e o Grande Geômetra do
Universo penalizado pela sua desolada condição, instruiu-os a
construírem cabanas para o seu descanso, defesa e conforto. É fácil
imaginar que naquele estágio inicial da sociedade a genialidade pouco
se expandiu. Os primeiros esforços foram pequenos e de estruturas
simples e rudes. Nada além de alguns troncos juntados no topo em
forma de cone, entrelaçados com ramos e, para completar a obra,
cobertos de barro para proteção contra ventos.
Podemos supor que nesse estágio cada um desejava fazer sua
habitação mais adequada do que a do vizinho, sempre melhorando o
que já havia sido feito antes. Assim, ao longo do tempo, a observação
e a sagacidade natural inerente até as mentes menos desenvolvidas,
levou-os a considerar as inconveniências das habitações redondas e
procurando fazer outras mais convenientes e espaçosas, de forma
quadrada. Colocaram troncos de árvores perpendiculares ao solo para
formar os lados, preenchendo seus espaços com ramos, firmemente
entrelaçados e cobertos de argila. Vigas horizontais foram colocadas
sobre os troncos verticais que, amarrados com firmeza nos ângulos,
mantinham firmes os lados. Serviam para suportar a cobertura
composta de travessas sobre as quais eram colocadas camadas de
ramos, folhas e argila. Por mais deselegantes e rudes que fossem,
essas construções tiveram um efeito salutar: pela agregação dos
Homens abriram o caminho para novos aperfeiçoamentos das artes e
da civilização - os materiais mais duros serão polidos com o atrito e
as maneiras mais rudes pelo companheirismo e miscigenação. Em
estágios, a humanidade se desenvolveu na arte de construir e inventou
métodos para tornar as suas cabanas mais duráveis, bonitas e
cômodas. Removeram os nós e saliências dos troncos que formavam
os lados das construções, elevaram-nas sobre pedras para afastá-las
do solo e da umidade, cobrindo-as com pedras finas e planos como
telhas para proteção contra as chuvas. Os espaços entre as
extremidades das travessas foram fechados com argila e outras
substâncias e o acabamento com tábuas em forma de beiral. A forma
dos telhados também sofreu alteração, pois sendo planos, eram
inadequados para suportar as águas que caíam em abundância nas
estações chuvosas. Por isso, levantaram os telhados no meio, em
duas águas, colocando esteios nas travessas para suportar o peso da
argila e outros materiais que compunham a cobertura.

440
Preleções do Segundo Grau

As Ordens da Arquitetura tiveram a sua origem nessas formas simples.


Quando os homens começaram a erigir edificações de pedra, mais
sólidas e imponentes, abandonando as construções de madeira,
im itaram as partes que a necessidade havia introduzido em suas
cabanas primitivas e adaptando-as aos seus Templos. De simples e
rudes a princípio foram ao longo do tempo sendo modeladas e
melhoradas pela engenhosidade dos arquitetos e, a tal grau de
perfeição em seus diferentes modelos, que cada uma foi denominada
"Ordem" em razão de sua eminência.
Das Ordens, três são de origem grega, e chamadas de Ordens Gregas.
São conhecidas por: Dórica, Jônica e Coríntia, exibindo três
características de composição, sugeridas pela diversidade de formas
da natureza humana. As outras duas são de origem italiana e são
referidas por Ordens Romanas, distinguindo-se pelos nomes de
Toscana e Compósita.
A Ordem Toscana é a mais simples e robusta, constando em primeiro
lugar na lista das cinco Ordens da Arquitetura, em razão de sua forma
simples e despojada. A altura da sua coluna equivale a sete vezes o
seu diâmetro. Sua base, capitel e entablamento não apresentam outros
ornamentos além de algumas ranhuras e aneletes e por isto, tem sido
comparada a um robusto trabalhador, vestido com roupas caseiras.
Esta Ordem nada mais é do que a Dórica simplificada, destituída de
seus ornamentos, para atender a certas finalidades e adaptadas pelos
habitantes da região da Toscana, na Itália, que eram uma colônia dos
Dóricos. Mas, na sua simplicidade há uma beleza peculiar que a
valoriza e a torna adequada na aplicação em estruturas nas quais as
Ordens mais elaboradas poderão parecer supérfluas.
A Dórica é a primeira das Ordens Gregas e consta em segundo lugar
entre as cinco Ordens daArquitetura. Sua coluna, de proporções mais
modernas tem oito vezes o diâmetro de altura. Não possui outros
ornamentos além das molduras em sua base e no capitel. O seu friso
se distingue por tríglifos e métopas e a sua cornija por um bloco que
se projeta da estrutura. Sendo a mais primitiva de todas as ordens,
mostra mais do que as outras o estilo das cabanas primitivas. Os
tríglifos no seu friso representam as pontas das travessas e os blocos
que se projetam na cornija, as vigas. Sua composição é nobre e
grandiosa. Sua forma inspirada no modelo musculoso de um homem
adulto rejeita ornamentos refinados em sua solidez característica.
Desponta pela regularidade de suas proporções e sua aplicação é
adequada em estruturas sóbrias, em que se requer resistência e

441
Ritual Emulação

simplicidade. Naquela era, embora as construções tivessem sido


calculadas admiravelmente para a solidez e conveniência, lhes faltava
algo em graça e elegância, suprida pela contínua observação do sexo
fraco, pois os olhos atentos à simetria devem se conscientizar da beleza
e elegância das mulheres. Isso deu origem à Ordem Jônica. A altura
de sua coluna equivale a nove vezes o diâmetro; seu capitel é adornado
com volutas e sua cornija com blocos dentilhados. A história nos informa
que o Templo de Diana, em Éfeso, (cuja construção levou mais de
duzentos anos) foi composto com colunas desta Ordem. A elegância
e o talento despontaram na criação desta coluna. Tendo por modelo
uma bela mulher de porte elegante, com seus cabelos penteados
contrastando com a Dórica que representa o homem forte e robusto.
Então, o gênio humano começou a brotar. Cada folha e cada flor
atingindo a perfeição e produzindo os mais refinados e admiráveis
frutos - todas as artes liberais, todas as ciências engenhosas que
pudessem civilizar, refinar e exaltar a humanidade. E foi então, que a
Maçonaria vestiu o seu mais fino manto e revestiu-se com a mais
brilhante indumentária. Um novo capitel foi criado por Calímaco, no
Corinto, dando origem à Coríntia, considerada a mais ricas das Ordens
e uma obra prima da arte. A sua coluna tem dez diâmetros de altura;
seu capitel é ornado com duas fileiras de folhas de acanto e oito volutas
que sustentam o ábaco. Esta ordem é usada principalmente em
estruturas notáveis e majestosas. Foi uma circunstância marcante que
inspirou Calímaco na concepção do capitel desta coluna. Passando
acidentalmente pela sepultura de uma menina, teve a atenção voltada
a uma cesta com brinquedos, ali deixada por sua pajem, coberta por
uma lajota e colocada sobre uma raiz de acanto; à medida que a planta
crescia, as filhas envolveram a cesta, chegando até a lajota, que fazia
com que se dobrassem para baixo. Calímaco, admirado com o objeto,
pôs-se a imitar a figura- o vaso do capitel representa a cesta, o ábaco
imitando a lajota e as volutas imitando as folhas dobradas.
A Maçonaria, ainda não satisfeita com essa magistral criação de seus
poderes, empunhou a sua tocha e iluminou todo o círculo das artes e
das ciências. Isto deu origem à Ordem Compósita, assim chamada
por é constituída de partes das outras ordens. Seu capitel é ornado
com duas fileiras de folhas da Coríntia, as volutas da Jônica e a
arquitrave das Ordens Toscana e Dórica. Sua coluna tem dez diâmetros
de altura e a cornija tem ornamentos dentílhados. Esta Ordem é usada
principalmente em estruturas que apresentam solidez, elegância e beleza.
A Pintura e a Escultura tiveram que se esmerar ao extremo para adornar

442
Preleções do Segundo Grau

as construções erigidas pela admirável ciência. As mãos hábeis e


destras contribuíram com o mobiliário e tapeçaria, embelezando e
adornando com MÚSICA, ELOQÜÊNCIA, POESIA, TEMPERANÇA,
ENERGIA, PRUDÊNCIA, JUSTIÇA, VIRTUDE, HONRA,
MISERICÓRDIA, FÉ, ESPERANÇA, CARIDADE e muitos outros
emblemas Maçônicos. Nenhum deles, no entanto, brilha com esplendor
maior que o AMOR FRATERNAL, a CARIDADE e a VERDADE.
P. Por que sete ou mais fazem uma Loja perfeita?
R. Porque o Rei Salomão levou sete anos ou mais, para construir,
completar e dedicar o Templo de Jerusalém ao serviço de Deus.
P. Eles têm uma outra alusão?
R. Aludem às sete Artes Liberais e Ciências, a saber: Gramática, Retórica,
Lógica, Aritmética, Geometria, Música e Astronomia.
P. Solicito-vos definir a GRAMÁTICA.
R. A gramática ensina o arranjo apropriado das palavras conforme o
idioma ou dialeto de determinado país ou povo. A perfeição da
pronúncia, possibilita falar e escrever a linguagem com correção e
precisão, adequada à razão, autoridade e às regras da literatura.
P. RETÓRICA.
R. Ensina a falar com exuberância e fluência sobre qualquer tema,
independente da precisão, mas com as vantagens do vigor e da
elegância, articulando a palavra com sabedoria para cativar o ouvinte
pela solidez de argumentação e beleza de expressão, seja para instruir,
exortar, admoestar ou aplaudir.
P. LÓGICA . .
R. Orienta a guiar criteriosamente a nossa razão no conhecimento geral
das coisas e a direcionar as nossas pesquisas para a verdade, tanto
para instruir aos outros quanto para o nosso próprio aperfeiçoamento.
Consiste na sucessão regular de argumentos pelos quais nós inferimos,
deduzimos e concluímos, de acordo com certas premissas colocadas,
admitidas ou aceitas. Nela são empregadas as faculdades de conceber,
arrazoar, julgar e dispor, todas num encadeamento natural e gradual
até que seja finalmente determinado o ponto em questão.
P. ARITMÉTICA.
R. Trata das forças e das propriedades dos números por meio de títulos,
tabelas, quadros e instrumentos. Por esta arte são dadas razões e
feitas demonstrações para encontrar determinado número que tenha
relação ou afinidade com outro já conhecido.

443
Ritual Emulação

P. GEOMETRIA.
R. Trata dos poderes e propriedades das grandezas em geral, em que
são considerados comprimento e largura ou, comprimento, largura e
espessura. Por esta ciência, o Arquiteto é capaz de executar os seus
projetas e estimar os seus planos, o General a coordenar os seus
comandados, o Engenheiro a marcar o solo para os acampamentos,
o Geógrafo a determinar as dimensões do mundo, a delinear a extensão
dos oceanos e a especificar as divisões das nações, países e
províncias. Por ela, também o Astrônomo é capaz de fazer suas
observações para calcular e fixar a duração do tempo, estações, anos
e ciclos. Em suma, a Geometria é o fundamento e a raiz da matemática.
P. MÚSICA.
R. Nos ensina a arte de formar acordes e gerar uma agradável harmonia
pelo arranjo proporcional e matemático de sons graves, agudos e suas
combinações. Esta arte, por uma variedade de experimentações,
redunda em uma ciência demonstrativa com respeito aos tons e
intervalos de sons. Pesquisa a natureza das concordâncias e
discordâncias, capacitando-nos a encontrar a proporção por números.
O seu emprego pleno é quando a usamos para louvar o Grande
Geômetra do Universo.
P. ASTRONOMIA.
R. É aquela arte Divina pela qual somos ensinados a ler a Sabedoria,
Força e Beleza do Criador Onipotente nas páginas sagradas do
hemisfério celeste. Com a ajuda da Astronomia podemos observar os
movimentos, medias as distâncias, avaliar as grandezas e calcular os
períodos e eclipses dos Corpos Celestes; é também por ela que
aprendemos a usar os Globos, o sistema do Universo e as leis da
Natureza. Aplicando-nos no estudo desta ciência podemos perceber
exemplos, sem paralelos, que marcam a sabedoria e a bondade do
Glorioso Criador em todas as Suas obras.
PMI. Irmãos, aqui termina e quarta seção da segunda preleção . A
EXORTAÇÃO é:
Que o estudo das sete artes Liberais e Ciências nos faça sempre
suscetíveis à bondade de um Ser Supremo!
À Ordem, Irmãos!
Todos (sentados, Peito, Mão, Avental, 5 vezes)

444
5ª SEÇÃO da 2ª Preleção

P. Onde chegavam nossos antigos Irmãos depois que atingiam o topo


da escada em caracol?
R. Na porta da câmara do meio do Templo.
P. Como eles a encontravam?
R. Aberta, mas devidamente coberta.
P. Estava coberta por quem?
R. Pelo Primeiro Vigilante.
P. Contra quem?
R. Contra todos abaixo do Grau de Companheiro.
P. O que ele pedia aos nossos antigos Irmãos?
R. O Sn., o T. e a P. de um Companheiro.
P. O que ele lhes dizia após haverem dado essas provas convincentes?
R. PassaiJ n.
P. Para onde eles passavam então?
R. Para a câmara do meio do Templo.
P. Por que eles se dirigiam para ali?
R. Para receber os seus salários.
P. Como eles os recebiam?
R. Sem escrúpulos ou receio.
P. Por que dessa maneira peculiar?
R. Sem escrúpulos, porque sabiam que a eles tinham todo o direito e
sem receio pela grande confiança que depositavam, naquela época,
na integridade de seus mestres.
P. Antes de proceder a finalização da Preleção gostaria de saber em
quantas classes se dividiam os trabalhadores.
R. O Rei Salomão dividiu os artífices em três classes. Uma circunstância
adotada pelos Maçons, pois deduzimos que a origem do nosso sistema
atual de administração da Ordem está baseada nos planos de
construção da magnífica estrutura construída pelo monarca.
P. Nomeais as classes.
R. Regentes ou di retores gerais, Supervisores ou fiscais dos trabalhadores
e Obreiros ou executores do trabalho.
P. Indicai o número em cada classe.

445
Ritual Emulação

R. Havia trezentos Diretores, três mil e trezentos Supervisores e oitenta


mil Obreiros. Os Diretores e Supervisores eram todos trabalhadores
qualificados ou homens de ciência. Para a finalidade de instrução e
para dividir o emprego dos obreiros, foram organizados em companhias
ou Lojas, consistindo de sete Aprendizes e cinco Companheiros, cada
uma delas presidida por um obreiro qualificado.
P. Qual a razão dessa divisão?
R. Além de ser simbólica, essa divisão tríplice foi adotada para assegurar
promoções por mérito, preservar a subordinação e evitar confusão no
trabalho.
P. Havia outros que foram empregados na construção?
R. Foram empregados outros setenta mil, consistindo de carregadores e
pedreiros, sob a superintendência de Adoniran, um artista engenhoso
que alcançou as mais altas honrarias por seu zelo e fidelidade. O
número total dos homens empregados na construção foi de cento e
cinqüenta e três mil e seiscentos.
P. Por quanto tempo eles estiveram empregados?
R. Por sete anos e seis meses, pois o trabalho foi iniciado no quarto ano
do reinado do Rei Salomão, no segundo dia do segundo mês, tendo
sido completado no décimo primeiro do seu reinado. No ano seguinte
foi dedicado a Deus, pelo Rei Salomão, na presença das doze tribos
de Israel e uma imensa platéia de espectadores das nações vizinhas,
com todo o esplendor e a magnificência que o gênio humano poderia
conceber para reconhecer a bondade e dispôs à gloria de seus Criador.
A oração usada nessa ocasião solene consta em registras sagrados.
P. Para o que os nossos antigos Irmãos tinham a sua atenção atraída
quando estavam na câmara do meio do Templo?
R. Para certos caracteres em hebraico e que agora são representados
em uma Loja de Companheiro pela letra "G".
ML (!) 12V(!) 22V(!)
Todos (levantam-se)
P. O que significa a letra "G"?
R. Deus, (todos fazem o Sn. de R.) o Grande Geômetra do Universo, a
quem todos devemos nos submeter e a quem devemos adorar com
humildade.
Todos (Baixam o Sn) .
PMI Irmãos, aqui termina a quinta seção e a preleção. A EXORTAÇÃO é:

446
Preleções do Segundo Grau

Ao Eminente Grão-Mestre.
À Ordem, Irmãos!

A.~
E. ~ D. CJr

A.~
E. ~ D. CJr

A.~
E. ~ D. CJr

Sn (palmas) (palmas) (palmas)

Sn (palmas) (palmas) (palmas)

Sn (palmas) (palmas) (palmas)

Sn (palmas) (palmas) (palmas)

(O encerramento da última seção da segunda preleção é usualmente


feito pelo que é conhecido como o Fogo Maçónico. Na Loja Emulação de
Aperfeiçoamento isto é feito por uma cadência dignificante e é costume inserir
o Sn. de Apr. antes de cada um dos últimos grupos de três palmas).

447
APÊNDICE VIl

-
PRELEÇOES - 3º GRAU
Ritual Emulação
Preleções do 3º Grau do Ritual Emulação
Traduzidas por Sadi Martinez Alonso, P.A.G.D.C
- 2003-
1ª SEÇÃO da 3ª Preleção

P. Onde fostes elevado ao sublime Grau de mestre Maçam?


R. Numa Loja de Mestres Maçons.
P. Consistindo de quantos?
R. De três.
P. Como se denominam?
R. O Mestre da Loja e seus dois Vigilantes.
P. Como alcançastes a elevação?
R. Passando por um prévio exame em Loja aberta e recebendo uma
prova de mérito que leva a este Grau.
P. Para onde fostes conduzido?
R. Para uma sala conveniente e contígua à Loja de Mestres Maçons,
com o propósito de ser preparado.
P. Como fostes preparado?
R. Desnudaram-se ambos os b ___ s, p ____ s, j _____ se calçaram
ambos os p. com c ______ s.
P. O que vos habilitou a pedir admissão numa Loja de Mestres Maçons?
R. A proteção de Deus , o auxílio do E. e do C. unidos, e a vantagem de
uma P. de P.
P. Como fostes admitido?
R. Com as batidas de Companheiro.
P. Em que fostes admitido?
R. Em ambas as pontas do C. apontadas a ambos os p _ ___ s.
P. Observastes algo diferente na característica da Loja, assim que fostes
admitido?
R. Sim . A Loja estava na e ______ ão, salvo uma fraca Lz. no Oriente.
P. A que alude essa e ______ ão?
R. Àe ______ ãodam e.
P. Devo entender que a m ___ e é o assunto peculiar ao Terceiro Grau?
R. Sim, de fato .
P. Após a vossa admissão, como fostes conduzido?
R. Fui conduzido pelos Diáconos até a esquerda do 1ºV e orientado a
avançar como Aprendiz e depois como Companheiro.
P. O que vos foi solicitado a seguir?

451
Ritual Emulação

R. A aj. para receber uma prece Maçônica.


P. Solicito recitá-la.
ML ( ! ) 1ºV ( ! ) 2 2 V (!)
Todos ficam em pé, com o Sn. de R.
R. Onipotente e Eterno Deus; Arquiteto e Governador do Universo, a cuja
ordem criadora foram feitas todas as coisas fundamentais, nós, frágeis
criaturas de Tua Providência, humildemente Te imploramos que
derrames sobre esta assembléia reunida em Teu Santo Nome, o
contínuo orvalho de Tua bênção. Te rogamos, especialmente, que
confiras a Tua graça a este Teu servo, que se propõe Candidato a
participar conosco dos ss. misteriosos de um Mestre Maçom. Dá-lhe
a força necessária para que, no momento da prova, ele não desfaleça,
mas, passando a salvo sob Tua proteção através do vale tenebroso
da morte, possa finalmente erguer-se do túmulo da transgressão, para
brilhar como as estrelas, para todo o sempre.
Todos Que Assim Seja (baixam o Sn. e sentam-se).
P. Após essa prece, por onde fostes conduzido?
R. Fui conduzido ao redor da Loja, por três vezes.
P. Como fostes orientado, na primeira perambulação?
R. A saudar o Mestre da Loja como Maçom, a aproximar-me do 2ºV como
tal, mostrando-lhe o Sn. e comunicando o T. e a P.
P. O que vos solicitaram na segunda vez?
R. A saudar o Mestre e o 2ºV como Companheiro, aproximar-me do 1ºV
como tal, mostrando-lhe o Sn. e comunicando o T. e a P. desse Grau.
P. Para o que os Irmãos foram alertados a prestar atenção?
R. Para mim, que fora regularmente iniciado na Franco-maçonaria,
passado ao Grau de Companheiro, e que iria passar diante deles para
mostrar que eu era um candidato devidamente preparado para ser
elevado ao sublime Grau de Mestre Maçom.
P. O que vos solicitaram na terceira perambulação?
R. A saudar o Mestre da Loja e o 2ºV como Companheiro, a aproximar-
me do 1ºV como tal, mostrando-lhe o Sn. e comunicando o T. de P. e a
P. de P. que conduz do Segundo ao Terceiro Grau.
P. Como procedeu então o 1ºV?
R. Ele apresentou-me ao Mestre da Loja como um candidato devidamente
preparado para ser elevado ao Terceiro Grau.
P. A seguir, qual foi a determinação do Mestre da Loja?

452
Preleções do Terceiro Grau

R. Que o 1ºV ordenasse aos Diáconos a me ensinarem a dirigir-me ao


Oriente pelos passos regulares.
P. Peço-vos demonstrar o método de dirigir-se do Ocidente para o Oriente,
neste Grau.
R. (O Irmão segue para o Oriente e demonstra os passos, como se
passando sobre umas., voltando ao seu lugar).
P. O que vos disse o Mestre da Loja quando ficastes à sua frente, no
Oriente?
R. É justo informar-vos que uma prova mais séria da vossa firmeza e
fidelidade, e um Juramento mais solene vos aguarda. Estais preparado
para enfrentá-los, como é vosso dever? - A isto eu respondi
afirmativamente.
P. O que o Mestre da Loja vos solicitou então?
R. A aj. sobre ambos os meus js. E colocar ambas as mãos sobre o
V. L. S.
P. O que vos foi solicitado, nessa posição?
R. A prestar o Solene Juramento de um Mestre Maçom.
P. Eu vos solicito repeti-lo.
ML ( ! ) 1ºV ( ! ) 2ºV (!)
Todos ficam em pé, com o Sn. de Pe. De M.M.
R. "Eu ... (o Cand. Diz o seu nome completo) na presença do Altíssimo e
desta digna e venerável Loja de Mestre Maçons, devidamente constituída,
regularmente reunida, e convenientemente consagrada, de minha livre
e espontânea vontade, por e sobre este Livro, muito solenemente prometo
e juro, que sempre guardarei, ocultarei, e nunca revelarei qualquer dos
ss. ou mistérios de ou pertencentes ao Grau de Mestre Maçom, a qualquer
pessoa no mundo, a não ser àquele ou àqueles a quem os mesmos
possam justa e legalmente pertencer; e nem mesmo àquele ou àqueles,
senão depois da devida prova, exame rigoroso, ou plena convicção de
que ele ou eles são dignos dessa confiança, ou no seio de uma Loja de
Mestres Maçons, devidamente aberta no C ____ o.
Ainda mais solenemente me comprometo a aderir aos princípios do E. e
do C., responder e obedecer a todos os Sns. legais e chamados a mim
dirigidos por uma Loja de Mestres Maçons, quando dentro dos limites da
minha influência, e não alegar escusas a não ser por doença ou
emergências prementes de minhas ocupações públicas ou particulares.
Além disso, prometo solenemente manter e sustentar os C.PP.D.C., tanto
por atos como por palavras: que a minha mão dada a um Mestre Maçom

453
Ritual Emulação

seja um penhor seguro de confraternidade; que os meus pés passem


através de perigos e dificuldades para se unirem com os seus, formando
uma coluna de mútua defesa e apoio; que a posição do meu corpo durante
minhas preces diárias me lembre as suas necessidades, e disponha
meu coração a socorrer sua fraqueza e aliviar suas necessidades, tanto
quanto possa ser feito cabalmente, sem prejuízo meu ou de minha família;
que meu pt. seja o repositório sagrado dos seus ss., quando confiados
ao meu cuidado- excetuando muito especialmente, em qualquer tempo,
o assassinato, a traição, a felonia, e todos os outros delitos contrários às
leis de Deus e às leis do País. Finalmente, que manterei a honra de um
Mestre Maçom, e a defenderei cuidadosamente como a minha própria;
não o ofenderei nem permitirei que outros o façam com o meu
consentimento, se estiver em minhas mãos evitá-lo; ao contrário, repelirei
com intrepidez o difamador do seu bom nome, e muito estritamente
respeitarei a castidade daqueles que lhe são mais próximos e queridos,
nas pessoas de sua mulher, sua irmã e seus filhos. - Juro solenemente
observar todos estes pontos, sem evasiva, subterfúgio ou reserva mental
de qualquer natureza. Assim me ajude o Altíssimo e me conserve firme
neste meu solene Juramento de um Mestre Maçom.
Todos cortam o Sn. e sentam-se.
P. Após o Solene Juramento de um Mestre Maçom, o que o Mestre da
Loja pediu.
R. Como penhor de minha fidelidade e para transformar esse
compromisso num Solene Juramento, por toda a vida, que eu o selasse
com os meus lábios por três vezes no V.L.S.
P. O que ele vos disse a seguir?
R. Chamo mais uma vez a vossa atenção para a posição do E. e do C.
Quando fostes feito Aprendiz, ambas as pontas do C. estavam ocultas;
no Segundo Grau, uma estava exposta; neste, as duas estão visíveis,
significando que agora tendes a liberdade de trabalhar com ambas as
pontas, para tornar completo o círculo de vossos deveres maçônicos.
P. Como procedeu então o Mestre da Loja?
R. Ele tomou a minha mão direita e disse: "Levantai, recém juramentado
Mestre Maçom".
P. Solicito-vos repetir a exortação.
R. Tendo prestado o Solene Juramento de um Mestre Maçom, tendes
agora o direito de pedir esta última e maior prova, pela qual somente
podeis ser admitido à participação dos ss. deste Grau. Mas, primeiro
é meu dever chamar vossa atenção para um retrospecto dos Graus

454
Preleções do Terceiro Grau

na Franco-Maçonaria, através dos quais já passastes, para que possais


ficar melhor habilitado a distinguir e apreciar a conexão de todo o nosso
sistema, e a dependência relativa de suas várias partes.
Vossa admissão entre Maçons em estado de indigência desamparada,
foi uma representação emblemática da entrada de todos os homens
nesta sua mortal existência. Ela inculca as lições úteis de igualdade
natural e mútua dependência; vos instruiu nos princípios ativos da
beneficência universal e da caridade, a procurar o alívio de vossas
próprias aflições, dispensando auxílio e consolação aos vossos
semelhantes na hora de suas aflições. Acima de tudo, ensinou a curvar-
vos com humildade e resignação à vontade do Grande Arquiteto do
Universo; a dedicar vosso coração, assim purificado de qualquer paixão
perversa ou maligna, disposto unicamente a receber a Verdade e a
Sabedoria, à Sua Glória e o bem-estar de vosso próximo.
Seguindo avante, ainda guiando o vosso progresso pelos princípios
da Verdade moral, fostes conduzido, no Segundo Grau, a contemplar
a faculdade intelectual e a persegui-la, conforme seu desenvolvimento,
através dos caminhos celestes e até mesmo ao Trono do próprio Deus.
Os segredos da Natureza e os princípios da Verdade intelectual foram
então desvendados aos vossos olhos. Ao vosso espírito, assim
amoldado pela Virtude e pela Ciência, a Natureza, entretanto, apresenta
mais uma grande e útil lição. Ela vos prepara, por contemplação, para
a hora final da existência; e quando, por meio dessa contemplação,
vos tiver conduzido pelos intrincados meandros desta vida mortal, ela
vos ensina finalmente como morrer.
Tais são, meu Irmão, os objetivos peculiares do Terceiro Grau na Franco-
Maçonaria. Eles vos convidam a refletir sobre esse assunto majestoso e
vos ensinam a sentir que, ao homem justo e virtuoso, o terror da morte
não é igual ao da mancha da falsidade e da desonra. Desta grande
verdade, os anais da Maçonaria oferecem um exemplo glorioso na
inabalável fidelidade e nobre morte do nosso Mestre Hiram Abif, que foi
morto justamente antes da conclusão do Templo do Rei Salomão, em cuja
construção ele foi, como sem dúvida bem o sabeis, o principal Arquiteto.
P. Como Mestre Maçom, de onde vindes?
R. Do Oriente.
P. Para onde dirigis os vossos passos?
R. Para o Ocidente.
P. Por que motivo deixais o Oriente para vos dirigirdes ao Ocidente?
R. Para procurar o que foi perdido e que, por vossa instrução e o nosso
próprio esforço, esperamos encontrar.

455
Ritual Emulação

P. O que foi que se perdeu?


R. Os legítimos segredos de um Mestre Maçam.
P. Como foi que se perderam?
R. Pela morte inesperada de nosso mestre Hiram Abiff.
P. Solicito-vos relatar-me como o nosso mestre Hiram Abiff encontrou a
morte.
R. Quinze Companheiros daquela classe superior nomeada para dirigir os
demais, achando que a obra estava quase terminada e que não possuíam
os ss. do Terceiro Grau, conspiraram entre si para obtê-los de qualquer
forma, mesmo recorrendo à violência. Entretanto, no momento de
colocarem em execução a conspiração, doze dos quinze se retrataram.
Mas três, de caráter mais obstinado e cruel, persistiram no seu ímpio
desígnio, para o que se postaram, respectivamente, nas entradas Leste.,
Norte e Sul do Templo, para onde nosso Mestre se retirara, a fim de
fazer sua adoração ao Altíssimo, como era seu costume habitual às doze
em ponto. Tendo terminado suas devoções, nosso Mestre tentou sair
pela entrada do Sul, onde se lhe interpôs o primeiro daqueles celerados
que, à falta de outra arma ofensiva, munira-se de um pesado Prumo e,
de maneira ameaçadora, exigiu-lhe os ss. de um Mestre Maçam,
advertindo-o de que a morte seria a conseqüência de uma recusa. Nosso
Mestre, fiel a seu juramento, respondeu que aqueles ss. eram conhecidos
apenas por três pessoas no mundo e que, sem o consentimento e
cooperação das outras duas, não poderia revelá-los nem os revelaria;
mas insinuou que não tinha dúvidas, que paciência e diligência dariam,
no devido tempo, aos Maçons dignos, o direito de participarem deles,
mas que, de sua parte, porém, preferiria a morte a trair a sagrada
confiança nele depositada. Não se satisfazendo com esta resposta, o
desordeiro desferiu um violento golpe na cabeça de nosso Mestre mas,
surpreendido com a firmeza e conduta deste, errou a sua testa e o golpe
apenas resvalou sobre a sua têmpora direita, mas com tal força que o
fez cambalear e cair sobre o seu joelho esquerdo.
Refazendo-se do choque, nosso Mestre encaminha-se para a entrada
do Norte, onde foi abordado pelo segundo daqueles infames, a quem
deu a mesma resposta com igual firmeza, pelo que o malvado, que
estava munido de um Nível, desferiu-lhe um golpe brutal na têmpora
esquerda que o atirou com o joelho direito no solo.
Percebendo que sua retirada em ambos aqueles pontos estava cortada,
cambaleante, abatido e ensangüentado, foi para a porta do Leste, onde
estava postado o terceiro celerado, que recebeu idêntica resposta à
sua insolente exigência, pois, mesmo nesse momento de provação,

456
Preleções do Terceiro Grau

nosso Mestre mantinha-se firme e inabalável, quando então o


miserável, que estava armado de um pesado Malho, deu-lhe violenta
pancada na testa que o prostrou sem vida aos seus pés.
P. Quando estivestes estendido no piso da Loja neste Grau da Franco-
maçonaria, o que o Mestre disse à Loja?
R. Os Irmãos notarão que na recente cerimônia, assim como na sua
situação atual, o nosso Irmão foi levado a representar um dos mais
brilhantes personagens lembrados nos anais da Maçonaria, isto é,
Hiram Abiff, que perdeu a vida em conseqüência de sua inabalável
fidelidade à sagrada confiança nele depositada e espero que isto deixe
uma impressão duradoura na sua mente e nas vossas, se alguma vez
estiverdes em idêntica situação de prova.
P. O que foi que o Mestre da Loja ordenou, então?
R. Que o 2ºV procurasse elevar-me com o t. que Aprendiz, que deslizou.
P. O que ele ordenou a seguir?
R. Que o 1ºV tentasse com o de Companheiro, que deslizou também.
P. Como o Mestre da Loja dirigiu-se então aos seus Principais Oficiais?
R. Irmãos Vigilantes, tendo ambos falhado nas vossas tentativas, resta
um terceiro método que é agarrar com mais vigor os tendões da mão
e elevá-lo nos Cinco Pontos de Confraternização, o que experimentarei
com o vosso auxílio.
P. Em que fostes elevado?
R. Nos Cinco Pontos de Confraternização.
P. O que vos habilitou a serdes elevado ao Sublime Grau de Mestre
Maçom?
R. A proteção de Deus, o auxílio do E. e do C. e o meu próprio esforço.
P. De onde e para onde fostes elevado?
R. Do E. para o C., ou de uma superfície plana (faz o Sn. de Companheiro)
para uma perpendicular verdadeira (faz o Sn. de Hr.).
P. Após, o que o Mestre vos disse?
R. É assim que todos os Mestres Maçons são elevados de uma M __ _
e figurada, para se reunirem aos seus antigos companheiros de
trabalho.
P. Solicito-vos agora, repetir a preleção.
R. Peço-vos observar que a luz de um MM é obscuridade visível, servindo
tão somente para exprimir a incerteza que existe na perspectiva do futuro.
Ela é aquele véu misterioso que a visão da razão humana não consegue
penetrar, senão ajudada pela Luz que vem do alto. Todavia, mesmo

457
Ritual Emulação

esse tênue raio de luz vos possibilita ver que estais bem à beira de uma
s., à qual descestes simbolicamente e que, ao findar esta vida passageira,
vos receberá de novo em seu frio seio. Deixai que os emblemas da
mortalidade, que estão diante de vós, façam com que mediteis no destino
inevitável, e guiem vossas reflexões a este que é o mais interessante
dos estudos humanos, o conhecimento de vós mesmo. Cuidai de executar
a tarefa que vos foi atribuída, enquanto é tempo. Continuai a obedecer à
voz da Natureza, que é testemunha de que, mesmo neste corpo perecível,
reside um princípio vital e imortal, que inspira uma sagrada confiança de
que o Senhor da Vida nos habilitará a esmagar, sob nossos pés, o Rei
dos Terrores. Ergamos nossos olhos para aquela radiosa Estrela da
Manhã, cujo aparecimento traz a paz e a salvação a todos os homens
que permanecerem fiéis e obedientes da raça humana.
P. O que mais vos disse o Mestre?
R. Não posso recompensar melhor a atenção que prestastes a esta
exortação e preleção, senão confiando-vos os segredos do Grau.
Portanto, aproximai-vos de mim como Aprendiz e depois como
Companheiro.
P. O que ele vos mandou fazer então?
R. A dar outro passo curto em sua direção com o meu pé esquerdo,
colocando o calcanhar do pé direito na concavidade do esquerdo, como
antes. O Mestre me informou que este é o terceiro passos regular na
Franco-maçonaria e é nesta posição que os segredos do Grau são
comunicados.
P. De que consistem estes segredos?
R. De Sns., um T. e uma P.
P. Após serdes juramentado e receberdes os segredos, qual a permissão
que vos foi dada?
P. A retirar-me para retomar o meu conforto pessoal. O Mestre da Loja
informou-me ainda, que no meu retorno à Loja, os Sns., T. e P. seriam
novamente explicados.
PMI Irmãos, aqui termina a primeira seção da terceira preleção: A
EXORTAÇÃO é:
"Que a fragrância da Virtude possa vicejar e florir como um ramos de
Acácia sobre a sepultura de todo Irmão falecido".
À Ordem, Irmãos!
Todos ficam em pé com o Sn. Pe. de M.M.

458
2ª SEÇÃO da 3ª Preleção

P. Fostes investido no retorno à Loja?


R. Sim, com a insígnia distintiva de um Mestre Maçom, para marcar mais
este progresso que eu tinha feito na Ciência, segundo me informou o
12 V.
P. Solicito repetir as palavras então proferidas pelo Mestre.
R. Devo declarar que a insígnia com que acabais de ser investido, não
somente indica a vossa posição como Mestre Maçom, mas serve
também para vos lembrar dos grandes deveres que agora vos
comprometestes a observar pois, se por um lado assinala vossa
superioridade na Arte, por outro vos conclama a dar assistência e
instrução aos Irmãos dos Graus inferiores.
P. Paramos na parte da nossa história tradicional que menciona a morte
de nosso mestre Hiram Abiff . Que efeito esse melancólico
acontecimento causou em nossa Ordem?
R. Uma perda tão importante como a do principal Arquiteto não podia
deixar de ser geral e grandemente sentida. A falta das plantas e
desenhos, que tinham sido, até então, regularmente fornecidos às
diferentes classes de operários, foi o primeiro indício de que alguma
grave calamidade tinha atingido nosso Mestre. Os Menatschim, ou
Prefeitos ou, mais livremente falando, os Supervisores, designaram
alguns dos seus mais eminentes membros, para informar ao Rei
Salomão a extrema confusão em que os mergulhara a ausência de
Hiram, e manifestar-lhe a grande apreensão de que a alguma catástrofe
fatal devia ser atribuída ao seu súbito e misterioso desaparecimento.
P. O que o Rei Salomão ordenou então?
R. Ordenou o comparecimento geral dos Obreiros de todos os diferentes
departamentos, e então, três, da própria classe de Supervisores, não
foram encontrados. No mesmo dia os doze Companheiros, que tinham
originalmente entrado na conspiração, compareceram perante o Rei
e fizeram uma confissão voluntária de tudo o que sabiam, até o
momento em que se retiraram do grupo dos conspiradores.
P. Como o Rei procedeu a seguir?
R. Os seus receios sobre a segurança de seu principal artífice
aumentaram e por isso ele escolheu quinze fieis Companheiros e
ordenou-lhes que fizessem uma rigorosa busca de nosso Mestre, para
se certificar se ele estava vivo, ou se sofrera a morte numa tentativa
de arrancarem os ss. do seu elevado Grau.

459
Ritual Emulação

P. Que providências tomaram esses Companheiros?


R. Formaram entre si três Lojas de Companheiros e tendo marcado o dia
de seu regresso a Jerusalém, partiram das três entradas do Templo.
Passaram-se muitos dias em buscas infrutíferas. Na verdade, um dos
grupos voltou sem ter feito qualquer descoberta importante.
P. Um segundo grupo foi mais afortunado?
R. Sim, pois em certo dia, à tarde, depois de haver sofrido as maiores
privações e fadigas pessoais, um dos Irmãos, que se tinha reclinado
para descansar, ao levantar-se, agarrou-se a um arbusto que havia
próximo, e para sua surpresa, despregou-se facilmente da terra. Num
exame mais minucioso verificou ele que a terra tinha sido recentemente
revolvida. Chamou então seus companheiros e, com esforços reunidos,
reabriram o terreno e lá encontraram o corpo do nosso Mestre muito
indecentemente enterrado. Cobriram-no de novo com todo o respeito
e reverência , e para assinalar o local , espetaram um ramo de acácia
na cabeceira da sepultura. Então voltaram apressados a Jerusalém,
para comunicar a triste notícia ao Rei Salomão.
P. Que providência o Rei tomou após ouvir esse triste relato?
R. Este, passada a primeira emoção de sua mágoa, ordenou-lhes que
voltassem e dessem ao nosso Mestre uma sepultura digna de sua
categoria e dos seus elevados talentos, comunicando-lhes ao mesmo
tempo que os ss. de um Mestre Maçom estavam perdidos devido a
morte prematura do nosso Mestre. Por isso, encarregou-os de, com
particular cuidado, observar qualquer Sn casual, T. ou P, que pudessem
ocorrer, enquanto prestavam esta última homenagem de respeito ao
Emérito desaparecido.
P. Eles realizaram esta tarefa?
R. Sim , eles desempenharam sua missão com a maior fidelidade. Ao
escavarem de novo a terra, um dos Irmãos, olhando ao redor observou
alguns de seus companheiros nesta posição (faz o Sn de Hr.) como
tomados de Hr. ante a trágica e aflitiva visão enquanto outros,
observando a horrível ferida ainda visível na sua t. , tocaram nas suas
próprias (faz o Sn de Compaixão) em sinal de compaixão com os seus
sofrimentos.
Dois dos Irmãos desceram à s. e procuraram elevá-lo pelo T. de
Aprendiz, que deslizou. Eles então tentaram o de Companheiro, que
deslizou também . Tendo ambos falhado nas suas tentativas, um Irmão
zeloso e hábil agarrou com mais vigor os t.. .s. da m. , e com auxílio
dos outros dois, elevou-o nos C.PP.D.C.; enquanto outros, mais

460
Preleções do Terceiro Grau

animados, exclamaram Mah. ou Mac, tendo ambas as palavras


significado aproximadamente semelhante: uma significando "A morte
do Irmão" e a outra "O Irmão está morto".
P. O que o Rei Salomão determinou então?
R. Que aqueles Sns. casuais e aquele T. e P., servissem para designar
todos os Mestres Maçons, por todo o mundo, até que o tempo ou as
circunstâncias pudessem restabelecer os legítimos.
P. O que aconteceu ao terceiro grupo?
R. Eles tinham procedido as suas buscas na direção de Jopa, e já
pensavam em regressar a Jerusalém quando, passando casualmente
pela entrada de uma caverna, ouviram sons de profunda lamentação
e pesar. Entrando na caverna para verificarem a causa, encontraram
três homens correspondendo à descrição daqueles que tinham
desaparecido, os quais ao serem acusados do assassinato e não vendo
meios de escaparem, fizeram completa confissão de seu crime. Foram
então amarrados e conduzidos para Jerusalém, onde o Rei Salomão os
condenou à morte, que a atrocidade de seu crime amplamente merecia.
P. Onde se ordenou que o nosso Mestre fosse re-enterrado?
R. Tão próximo do Santo Santuário quanto permitisse a lei Israelita. Numa
sepultura, do centro, três pés para o Oriente e três pés para o Ocidente,
três pés entre o Norte e o Sul, e cinco pés ou mais de profundidade.
P. Por que ele não foi sepultado no Santo Santuário?
R. Porque a nenhum estranho ou impuro era permitido entrar ali, nem
mesmo ao Sumo Sacerdote, senão uma vez por ano e depois de muitas
abluções e purificações para o grande dia de expiação dos pecados
porque, pela lei israelita, toda carne era considerada impura.
P. A quem foi determinado comparecer ao funeral?
R. Os mesmos quinze fiéis Companheiros, vestidos com avental e luvas
brancas como emblemas de sua inocência.
PMI Irmãos, aqui termina a segunda seção da terceira preleção: a
EXORTAÇÃO é:
"A ele que edificou o Templo, que viveu e morreu no Esquadro, e que
agora jaz enterrado (Sn. de Hr.) . Ninguém sabe onde além de nós
(Sn. de Compaixão), por sermos Mestres Maçons.
À Ordem, Irmãos!
Todos fazem o G ou Real Sn., por 3 vezes, sentados.

461
3ª SEÇÃO da 3ª Preleção

P. Citai os ornamentos de uma Loja de Mestres Maçons.


R. O Pórtico, a Trapeira e o Pavimento Quadrangular.
P. Para que servem?
R. O Pórtico dava entrada ao Santo Santuário, a Trapeira era a janela
que iluminava o mesmo e o Pavimento Quadrangular, sobre o qual
andava o Sumo Sacerdote.
P. Qual era a função do Sumo Sacerdote?
R. Queimar incenso em honra e glória do Altíssimo e orar fervorosamente
para que o Onipotente, em Sua infinita bondade e sabedoria,
concedesse paz e tranqüilidade à nação israelita no ano seguinte.
P. Dizei a P. de P. que conduz do Segundo ao Terceiro Grau.
R. T _ ___ c __ n.
P. Quem foi T. ?
R. O primeiro a. em m ____ s.
P. Quai é o significado desta palavra?
R. p ____ s Terrenas. (refere-se às coisas materiais desta vida mortal) .
P. Nomeai os c. pontos de c ______________ o.
R. M. a m., p. a p., j. a j., pt. a pt. em. sobre as cs.
P. Explicai-os de forma abreviada.
R. M. a m., eu vos saúdo como Irmão; p. a p., eu vos auxiliarei em todos
os vossos empreendimentos louváveis; j. a j., a postura em minhas
preces diárias me lembrará de vossas necessidades; pt. a pt., eu
guardarei os vossos segredos lícitos como meus próprios, quando a
mim confiados como tais; e, m. sobre as cs., defenderei vosso caráter
na vossa ausência como na vossa presença.
P. Solicito estender-vos na explicação dos mesmos.
R. M. a m., quando as necessidades de um Irmão clamarem por ajuda e
sabendo ser ele digno, não devemos deixar de estender a mão para
prestar-lhe a assistência que poderá salvá-lo da queda, sem prejuízo
nosso ou de nossos familiares. P. a p., que a indolência não detenha
os nossos passos e nem sejam desviados pela ira, deixando de lado
todo sentimento egoísta e lembrando-nos que o homem não nasceu
para seu próprio proveito e prazer apenas mas, para prestar assistência
à sua geração e que devemos nos apressar no auxílio, socorro e na

463
Ritual Emulação

prática da benevolência ao próximo, principalmente a um Irmão Maçom.


J. a j., ao oferecer nossas orações ao Altíssimo, devemos lembrar-
nos do bem estar de um Irmão como se fosse o nosso próprio, pois as
aspirações de um coração fervoroso e as nossa orações recíprocas
seguramente alcançarão o Reino da Bênção da mesma forma que as
vozes das crianças, que são ouvidas no trono da graça. Pt. a pt.,
devemos guardar os segredos lícitos de um Irmão, quando a nós
confiados como tais, como se fossem os nossos próprios pois trair a
confiança de um Irmão depositada em outro será infligir-lhe a maior
injúria desta vida- não apenas isso, será como a vilania do assassino
que, emboscado na escuridão e não apresentando perigo, golpeia
seu adversário desarmado no coração. M. sobre as cs., devemos
defender o caráter de um Irmão na sua ausência como na sua
presença. Não devemos ultrajá-lo nem permitir que outros o façam.
Irmãos!, devemos manter-mos unidos por meio dos C.PP.D.C. como
num laço sincero de amor fraternal que servirá para nos distinguir de
todos os profanos à nossa Ordem Maçônica, demonstrando ao mundo
que, entre Maçons, a designação IRMÃO é algo mais do que uma
simples palavra.
P. Nomeai os instrumentos de trabalho de um Mestre Maçom.
R. Eles são: a Linha, o Lápis e o Compasso.
P. Para que servem?
R. A Linha é um implemento que funciona num eixo central, donde é
tirado um fio para marcar o terreno para o alicerce da construção
projetada. Com o Lápis o artista hábil delineia a construção num
desenho ou planta para instrução e orientação dos obreiros. O
Compasso habilita-o a verificar e determinar os limites e proporções
de suas várias partes com precisão e segurança.
P. Mas como nem todos somos Maçons operativos porém, livres e aceitos,
ou especulativos, como aplicamos estes instrumentos à nossa moral?
R. Neste sentido, a Linha indica aquela linha de conduta reta, traçada
para nosso caminho no V.L.S.; o Lápis nos ensina que as nossas
palavras e ações são observadas e registradas pelo Onipotente
Arquiteto, ao Qual devemos dar conta da nossa conduta durante a
vida; O Compasso lembra-nos de sua infalível e imparcial Justiça pois,
tendo definido para nosso conhecimento os limites do bem e do mal,
nos recompensará ou punirá na proporção em que obedecemos ou
desprezamos as Suas divinas ordens. Assim, os instrumentos de
trabalho de um Mestre Maçam nos ensinam a ter em mente e agir de

464
Preleções do Terceiro Grau

acordo com as Leis do nosso Divino Criador para que, quando formos
chamados desta sublunar morada, possamos ascender à Grande Loja
do além, onde o Grande Arquiteto do mundo vive e reina para sempre.
VMI Irmãos, aqui termina a terceira seção e a preleção: a EXORTAÇÃO é:
"A ele que entendia de muitas coisas, a ele que achou pedras e madeira,
e a ele que com nobreza verteu o seu sangue no cumprimento do
dever.
Bendita seja cada manhã, e bendita seja a era em que nasceram esses
três grandes homens que adornaram o Templo em Israel com
Sabedoria, Força e Beleza".
Todos fazem o Gr. ou R. Sn., três vezes, sentados.

465
APÊNDICE VIII

CERIMÔNIA DE
CONSAGRAÇÃO DE UM
TEMPLO MAÇÔNICO
Ritual Emulação
Cerimônia de Consagração do Templo Maçônico
Traduzidas por Anatoli Oliynik
Past Master
- 1999-
CERIMÔNIA DE CONSAGRAÇÃO

A seguir são apresentas as seqüências das etapas que perfazem a Cerimônia


de Consagração de um Templo Maçônico do Ritual Emulação (Emulation
Ritual).

• Estando os irmãos devidamente reunidos, o DC formará a Procissão com


os Oficiais da Grande Loja, os Vigilantes Passados da Grande Loja, e o
Grão-Mestre da Grande Loja; então, todos entram na Loja.

• Será cantado o Hino de Abertura:

Salve! Deus imortal,


Deste mundo criador;
Nossas preces ouve Tu,
Arquiteto sabedor.

Com a ordem, bem real,


Nossas obras consagrar
Nós pedimos, afinal
Ir em paz ao terminar.

Pela fé que há em Ti,


Pelo Teu poder também,
Pelos místicos sinais,
Ouve Deus , nos mantém!

AMEM (salmodiado por todos).

• Nota do Tradutor: Caso a Loja não tenha o hino de abertura ou não saiba
cantá-lo, utilizar música apropriada do gênero clássico.

• A abertura da Loja será feita na devida forma e será feita a chamada dos
Oficiais.

• O Oficial Consagrador comunica aos irmãos o motivo da reunião e nomeia


os irmãos Oficiais que o assistirão na Cerimônia.

• O Oficial Consagrador será saudado.

• As Delegações visitantes serão recebidas e saudadas.

• O Oficial Consagrador fará a Oração de Abertura.

469
Ritual Emulação

ORAÇÃO DE ABERTURA

OC - Óh! Senhor, nosso pai celestial, Arquiteto e Governador do Universo,


que do Teu trono olhas para todos os habitantes sobre a terra, guia-
nos em todos os nossos afazeres com Tua mais benevolente graça e
favorecei-nos com Tua contínua ajuda, de modo que, em todos os
nossos trabalhos iniciados , continuados e terminados , possamos
glorificar Teu santo nome.

Todos (Salmodiam) - Que assim seja (sentam-se)

• O Presidente do Comitê de Construção apresenta os planos do edifício e


pede que o Templo seja Dedicado para os fins da Maçonaria.
• O Oficial Consagrador dirige-se ao Presidente do Comitê de Construção
e ao Comitê de Construção dando seu consentimento e faz uma oração.
• Os irmãos cantarão o Hino em pé.

Vede como é bom


E como é agradável
Para os irmãos, como são os Maçons,
Viver em união

Óh!, é como óleo na cabeça,


Ou orvalho nos montes de Sião;
Pois disse o Senhor ao povo
"A paz esteja convosco".

QUE ASSIM SEJA.

Todos (Continuam em pé)

• O Oficial Consagrador oficia a oração de consagração.

ORAÇÃO DE CONSAGRAÇÃO

OC - Todo poderoso Arquiteto do Universo, perscrutador e governador de


todos os mundos, condescendei da Tua morada celestial pelo domínio
da luz e glória, abençoai-nos em todas as intenções da nossa reunião.
Permiti-nos, Ó Tu autor da luz e da vida, fonte maior do amor e felicidade,
dedicar este Templo e consagrá-lo em honra e glória do Teu santo nome.

Todos (Salmodiam) - AMÉM.

470
Cerimônia de Consagração do Templo Maçônico

• O Oficial Consagrador pede aos irmãos que se voltem para o Oriente e


então faz a invocação:

OC - Possa o Grande Arquiteto do Universo olhar com generosidade sobre


este Templo, suas acomodações e sobre aqueles que se encontram
dentro. Possam eles serem dotados de bom senso em todos os seus
empreendimentos, com força de vontade em todas as suas tarefas,
com o encanto do amor e harmonia em todas as suas relações, uns
com os outros e com todos os homens.

Todos (Salmodiam) - AMÉM.

• O Oficial Consagrador lerá:

11 Crônicas, cap. 6, vv. 40 a 42

40
"Agora, ó meu Deus, que estejam os teus olhos abertos, e os teus
ouvidos atentos à oração que se fizer neste lugar.

41
"Levanta-te pois agora, Senhor Deus, e vem para o lugar do teu
repouso, tu é a arca da tua fortaleza; sejam os teus sacerdotes, ó
Senhor Deus, vestidos de salvação e os teus santos se regozijem no
bem.

42
"Ó Senhor Deus, não faças virar o rosto do teu ungido; lembra-te
das tuas misericórdias para com teu servo Davi!"

11 Crônicas, cap. 7, vv. 1 a 7

1
''Tendo Salomão acabado de orar, desceu fogo do céu e consumiu o
holocausto e os sacrifícios; e a glória do Senhor encheu a casa.

2
"E os sacerdotes não podiam entrar na casa do Senhor, porque a
glória do Senhor tinha enchido a sua casa.

3"E todos os filhos de Israel, vendo descer o fogo, e a glória do Senhor


sobre a casa, prostraram-se com o rosto em terra sobre o pavimento,
adoraram ao Senhor e lhe deram graças, dizendo: Porque ele é bom;
porque sua benignidade dura para sempre.

4
"Então o rei e todo o povo ofereceram sacrifícios perante o Senhor.

471
Ritual Emulação

3'Eo rei Salomão ofereceu em sacrifício vinte e dois mil bois e cento
e vinte mil ovelhas. Assim o rei e todo o povo consagraram a casa de
Deus.

6"0s sacerdotes estavam em pé nos seus postos, como também os


levitas com os instrumentos musicais do Senhor, que o rei Davi tinha
feito para dar graças ao Senhor (porque a sua benignidade dura para
sempre), quando Davi o louvava pelo ministério deles; e os sacerdotes
tocavam trombetas diante deles; e todo o Israel estava em pé.

""'Salomão consagrou também o meio do átrio que estava diante da


casa do Senhor; porquanto ali ofereceu os holocaustos e a gordura
das ofertas pacíficas; pois no altar de bronze que Salomão tinha feito
não cabiam o holocausto, e a oferta de cereais e a gordura."

Todos (Sentam-se)

• O Oficial Consagrador, ajudado por dois irmãos, transportam os elementos


da consagração ao redor da Loja, por três vezes, parando no Oriente
após cada volta.

PRIMEIRA VOLTA- TRIGO

• Os Irmãos continuam sentados.


• Antes da primeira volta os irmãos cantam:

Nos tempos idos em Israel


Nossos primeiros irmãos trabalharam pesado,
As bênçãos do Senhor sobre eles caíram
Em chuvas de trigo, vinho e azeite.

• Durante a primeira caminhada um irmão lerá o Salmo, cap. 72, v. 16:

"Haja abundância de trigo na terra desde o cume das montanhas; os


frutos tremularão como no Líbano; e todos da cidade florescerão como a
erva dos campos."

• O Oficial Consagrador espalha o trigo, símbolo da fartura e abundância.

Todos (Salmodiam) - Glória a Deus nas alturas.

• O Oficial Consagrador dedica o Templo à Franco-Maçonaria:

472
Cerimônia de Consagração do Templo Maçônico

OC - Dedico agora esta casa à Franco-Maçonaria, a serviço do Grande


Arquiteto do Universo, para a finalidade desta grande irmandade que
aspira, com fé em Deus, promover a boa vontade entre os homens e
inculcar os princípios mais puros da piedade e virtude.

SEGUNDA VOLTA- VINHO

• Os Irmãos continuam sentados.


• Antes da segunda volta os irmãos cantam:

Quando construíram só para ele


Um santuário, para com honra repelir o pecado,
Na soleira e na pedra angular
Derramaram trigo, vinho e azeite.
• Durante a segunda caminhada um irmão lerá Neemias, cap. 1O v. 39:

39
"Pois os filhos de Israel e os filhos de Levi devem trazer ofertas
alçadas dos cereais, do mosto e do azeite para aquelas câmaras, em
que estão os utensílios do santuário, como também os sacerdotes
que ministram, e os porteiros, e os cantores; e assim não
negligenciaremos a casa do nosso Deus."

• O Oficial Consagrador derrama vinho, símbolo da alegria e do


contentamento.
Todos (Salmodiam) - Glória a Deus nas alturas.

• O Oficial Consagrador dedica o Templo à Virtude.

OC - Dedico agora esta casa à virtude. Possa o símbolo da Arte e as


cerimônias que nela serão efetuadas, ensinar e inspirar a prática de
todas as virtudes morais e sociais.

TERCEIRA VOLTA- AZEITE

• Os Irmãos continuam sentados.


• Antes da terceira volta os irmãos cantam:

Chegamos , mãos fraternas,


Com alegria e orgulho e ricos espólios,
Para honrá-lo com mãos devotas,
Com torrentes de trigo, vinho e azeite.

• Durante a terceira caminhada um irmão lerá Êxodo, cap. 30 vv. 25 e 26:

473
Ritual Emulação

25
"Disto farás um óleo sagrado para as unções, um perfume composto
segundo a arte do perfumista; este será o óleo sagrado para as
unções.

26
"Com ele ungirás a tenda da revelação, a arca do testemunho."

• O Oficial Consagrador derrama azeite, o símbolo da paz e conformidade.

Todos (Salmodiam) - Glória a Deus nas alturas.

• O Oficial Consagrador dedica o Templo à Benevolência Universal.


• Os Irmãos continuam sentados.

OC - Dedico esta casa para a causa da bondade universal. Possam os


princípios do amor fraternal, consolo e verdade, induzir aqueles que
aqui dentro são ensinados a agir com bondade para com toda a
humanidade.

• Todos os Irmãos ficam em pé.


• O Oficial Consagrador recita a Sagração.
OC -Santo, Santo, Santo, Senhor Deus todo poderoso, Céu e Terra estão
plenos da Tua glória, Glória para Ti, Óh! altíssimo Senhor.

Todos (Salmodiam) -AMÉM.

• Os Irmãos sentam-se.
• O Oficial Consagrador (anda só), com o incensário, faz a volta ao redor do
Templo por.três vezes, dizendo, na primeira volta:

OC E Aarão queimará incenso suave sobre ele,


Cada manhã quando preparar as lâmpadas,
Ele queimará incenso sobre ele.

• Na segunda volta:

E quando Aarão acender as lâmpadas ao crepúsculo


Queimará incenso sobre ele,
Um incenso perpétuo diante do Senhor
Pelas vossas gerações.

• Na terceira volta:

E ele colocará incenso sobre o fogo

474
Cerimônia de Consagração do Templo Maçônico

Diante do Senhor, e a nuvem de incenso


Cobrirá o santuário no tabernáculo.

• Todos ficam em pé e o Oficial Consagrador tará a oração.

OC - Ó altíssimo, a todos que possuam cargo neste Templo, concede-


lhes sabedoria para instruir seus irmãos em todos os seus trabalhos.
Santificai com Tua graça todos os membros desta fraternidade que
aqui se encontram. Concedei também, ao final desta vida, que eles
possam deixar esta moradia terrena para o Teu templo celestial, para
lá gozarem para sempre, a luz, a felicidade e a alegria.

Todos (Salmodiam) - AMÉM.

• Todos os irmãos cantam o Hino em pé. Se houver somente música, os


Irmãos sentam-se:

Nas alturas do vasto firmamento


Com todo o céu azul celeste
E estrelado, manifesta o criador
Um quadro brilhante.

Dia após dia, o sol incansável


Mostra o poder do criador
E difunde pela Terra
O trabalho de poderosa mão.

Que importa o solene silêncio, tudo


Se move em volta desta terra escura,
Que importa descobrir entre suas órbitas radiantes
A falta de vozes reais ou sons?

Com razão todos se alegram


E gritam com vozes gloriosas
Pois todos os cantares ressaltam
Que a mão que nos fez é divina.

QUE ASSIM SEJA.

• O Oficial Consagrador proferirá a Bênção Patriarcal com todos os presentes


em pé.

475
Ritual Emulação

OC Que o Senhor vos abençoe e proteja,


Que a face do Senhor brilhe para vós
E vos seja benevolente
Que o Senhor mantenha a luz do Seu semblante
Sobre vós e vos dê paz.

Todos (Salmodiam) - AMÉM.

• A Loja é encerrada na devida forma, após o uso da palavra.

CÂNTICO DE ENCERRAMENTO

Arquiteto todo poderoso rogamos


Bênçãos para nossos trabalhos hoje
e possa o Templo sempre provar
Ser o lar da união e do amor.

AMÉM.

• O DC formará uma procissão com os Oficiais da Loja e Vigilantes passados,


Oficiais da Grande Loja e então o Grão-Mestre se retirará durante o Hino
de Encerramento.

HINO DE ENCERRAMENTO

Com trabalho o dia findo,


Evitemos todo o mal,
Artes místicas guardando
Coração sempre leal.

Deus, Tu que (és) infinito


Amas toda a criação,
Nossa Ordem abençoa
Sob a tua proteção.

Vimos todos sempre humildes


Nossas preces ofertar
À Glória do Supremo
Arquiteto exaltar.

AMÉM (salmodiado por todos).

476
APÊNDICE IX

As Constituições dos
Franco-Maçons
1723
As
CONSTITUÇÕES
Dos
FRANCO-MAÇONS
Contendo a
História, as Obrigações. Regulamentos, &c.
Dessa mui Antiga e Mui Venerável FRATERNIDADE

Para o Uso das LOJAS

LONDRES:

Impressas por GUILHERME HUNTER, para JOÃO SENEX no Globo,


E JOÃO HOOKE na Flor-de-Lis em Frente à Igreja de São Dunstan
em Fleet-street

No Ano da Maçonaria _ _ _ _ _ _ 5723


Anno Domini 1723

479
Anato/i 0/iynik

À
Sua Graça o DUQUE de MONTAGU

Meu Senhor,

Por Ordem de sua Graça o DUQUE DE WHARTON, o atual Mui Venerável


GRÃO-MESTRE dos Franco-Maçons; e, como seu Deputado,

DEDICATÓRIA

Deputado, Eu dedico humildemente este Livro das Constituições de nossa


antiga Fraternidade à vossa Graça, em Testemunho do modo honroso,
prudente, e vigilante com que exerceu no Ano anterior o Cargo de nosso
GRÃO-MESTRE.

Não preciso dizer a vossa GRAÇA o Trabalho que teve o nosso erudito AUTOR
para compilar e ordenar este Livro segundo os velhos Arquivos, e com que
escrúpulo comparou e conciliou todas as cousas com a História e a Cronologia,
de modo a fazer destas NOVAS CONSTITUIÇÕES uma exposição justa e
perfeita da Maçonaria desde o Começo do Mundo até o MESTRADO de vossa
Graça, conservando todavia tudo quanto é verdadeiramente antigo e autêntico
nos antigos: Pois cada Irmão ficará satisfeito com o Trabalho realizado, se
souber que ele foi examinado e aprovado por vossa Graça, e que é agora
impresso para o Uso das Lojas, depois de ter sido aprovado pela GRANDE
LOJA, quando vossa Graça foi Grão-Mestre. Toda a Irmandade lembrará
sempre a honra que vossa Graça lhe fez, e de vossa solicitude para a sua
Paz, Harmonia, e duradoura Amizade: Pelo que ninguém é mais devidamente
sensível que,

Meu SENHOR,

De vossa Graça o mais reconhecido, e o mais obediente servidor e fiel Irmão,

J.T. Désaguliers
Deputado Grão-Mestre.

480
As Constituições dos Franco-Maçons- 1723

A
CONSTITUIÇÃO,
História, Leis, Obrigações, Ordens,
Regulamentos e Usos,
Da
Mui Venerável FRATERNIDADE dos
MAÇONS Livres e Aceitos;
Coligidos
De seus ARQUIVOS gerais, e de suas
Fieis TRADIÇÕES de muitas Eras.

Para serem lidas


Quando da Admissão de um NOVO IRMÃO, quando o Mestre ou o
Vigilante começará ou ordenará a qualquer Irmão que leia o que se
segue:

A
dão, nosso primeiro Pai, criado à Imagem de Deus, o grande
Arquiteto do Universo, deve ter tido gravado no seu coração as
Ciências Liberais, particularmente a Geometria, escritas em seu Coração;
pois mesmo depois da Queda 1 , encontramos seus Princípios no coração de
seus descendentes, princípios esses que no curso dos tempos foram reunidos
em um método cômodo de proposições, pela observação das leis de
proporção tiradas da mecânica: De modo que à medida que as Artes
mecânicas davam aos sábios a ocasião de reduzirem os Elementos da
Geometria em um método, essa nobre ciência assim reduzida, é o fundamento
de todas essas Artes (particularmente da Maçonaria e da Arquitetura) e a
regra segundo a qual são conduzidas e praticadas.
Deixaremos de apresentar o restante desta parte histórica da
Constituição, porque o seu conteúdo foge ao escopo do presente livro. Assim
sendo, dirigimo-nos diretamente a parte que trata das Obrigações e dos
Regulamentos Gerais.

1
Significando "desde o pecado original e conseqüente saída do paraíso" .

481
AS OBRIGAÇÕES DE UM MAÇOM LIVRE

Extraídas

Dos antigos ARQUIVOS das Lojas de Além Mar, e daquelas na Inglaterra,


Escócia e Irlanda, para uso das Lojas de LONDRES:
PARA SEREM LIDAS

Ao se fazerem NOVOS IRMÃOS, ou quando o MESTRE o ordenar.

Títulos, a saber,

I. De Deus e da Religião.
11. Do Magistrado Civil supremo e subordinado.
III. Das Lojas.
IV. Dos MESTRES, Vigilantes, Companheiros, e Aprendizes.
V. Da Gestão do Ofício no trabalho.
VI. Da CONDUTA, a saber,

1. Na Loja enquanto constituída.


2. Depois que a Loja terminou e antes que os Irmãos saiam.
3. Quando os Irmãos se reúnem em Estranhos, mas não em Loja.
4. Em presença de Estranhos não-Maçons.
5. Em Casa, e na Vizinhança.
6. Face a um Irmão estranho.

Concernente a DEUS e a RELIGIÃO

Um Maçam é obrigado, por sua condição, a obedecer à Lei moral; e se


compreende bem a Arte , não será jamais um ATEU estúpido, nem um
LIBERTINO irreligioso. Mas se bem que nos Tempos antigos os Maçons
fossem obrigados em cada País a ser da Religião, qualquer que fosse, desse
País ou dessa Nação, contudo é considerado mais conveniente de somente
os sujeitar àquela Religião sobre a qual todos os Homens estão de acordo,
deixando a cada um suas próprias opiniões; isto é, serem Homens de bem
e leais, ou Homens de Honra e de Probidade, quaisquer que sejam as
Denominações ou Confissões que os possam distinguir; pelo que a Maçonaria
se torna o Centro de União, e o Meio de firmar uma Amizade sincera entre
pessoas que teriam ficado perpetuamente Distanciadas.

483
Anato/i 0/iynik

Do MAGISTRADO CIVIL supremo e subordinado

Um Maçom é uma pessoa pacífica perante os Poderes Civis, onde


quer que resida ou trabalhe, e jamais deverá se envolver em Conjuras ou
Conspirações contra a Paz e o Bem-estar da Nação, nem faltar a seus deveres
perante os Magistrados inferiores; pois como a Maçonaria sempre sofreu da
Guerra, da Efusão de Sangue, e da Desordem, resultou que os antigos Reis
e Príncipes estiveram sempre dispostos a encorajar os Artesãos, em razão
de seu caráter Pacífico e de sua Lealdade, por meio dos quais, na prática,
respondiam às Chicanas de seus Adversários, e concorriam para a Honra da
Fraternidade, sempre florescente em Tempos de Paz. Assim, se um Irmão se
Rebelava contra o Estado, não devia se apoiado em sua Rebelião, embora
pudesse ser lamentado como um Homem infeliz; e, se não fosse acusado de
nenhum outro Crime, se bem que a leal Fraternidade devesse e tivesse o
dever de desaprovar sua Rebelião, e de não dar ao Governo do momento
nenhuma Sombra nem Motivo de Desconfiança política; ela não podia expulsá-
lo da Loja, e a Relação entre ela e ele permanecia imutável.

Das LOJAS

Uma Loja é um lugar onde os Maçons se reúnem e trabalham;


conseqüentemente essa Assembléia, ou Sociedade de Maçons devidamente
organizada, é chamada LOJA, e cada Irmão deve pertencer à uma Loja, e se
submeter a seu Regulamento Particular e aos Regulamentos Gerais. Uma
Loja é particular ou geral, e será melhor compreendida ao se freqüentá-la, e
pelos Regulamentos aqui anexados da Loja Geral ou Grande Loja.
Antigamente, nenhum Mestre ou Companheiro podia ficar ausente da Loja,
sobretudo quando fosse avisado para comparecer, sem incorrer em uma
severa Censura, a menos que ao Mestre e aos Vigilantes parecesse que a
pura Necessidade o impediu.
As Pessoas admitidas como Membros de uma Loja devem ser Homens
de bem e leais, nascidas livres, e de Idade madura e circunspecta, nem
Escravos, nem Mulheres, nem Homens sem moralidade ou de conduta
escandalosa, mas de boa Reputação.

Dos MESTRES, VIGILANTES, Companheiros, e Aprendizes

Toda Promoção entre os Maçons está fundada somente no Valor real


e no Mérito pessoal; assim para que os Senhores possam ser bem servidos,
para que os Irmãos não fiquem sujeitos à Vergonha, e que o Ofício Real não

484
As Constituições dos Franco-Maçons- 1723

seja menosprezado: Conseqüentemente nenhum Mestre ou Vigilante é


escolhido pela Antigüidade, mas por seu Mérito. É impossível descrever essas
cousas por escrito, e cada Irmão deve ocupar seu Lugar, e conhecê-lo segundo
um método particular dessa Fraternidade: Todavia, os Candidatos podem
saber, que nenhum Mestre não deve tomar um Aprendiz, a menos que tenha
em que o Empregar, e a menos que ele não seja um Jovem perfeito, sem
Defeito ou Tara Física, que o possa tornar incapaz de aprender a Arte, de
servir o Senhor de seu Mestre, e de ser feito Irmão, depois Companheiro no
tempo devido, mesmo depois de ter servido o Período de Anos fixado pelo
Costume do País; e que ele descenda de Pais honestos; a fim de que,
possuindo as qualidades exigidas, possa esperar a Honra de ser o
VIGILANTE, depois o Mestre da Loja, o Grande Vigilante, e finalmente o
GRÃO-MESTRE DE TODAS AS Lojas, segundo o seu Mérito.
Nenhum Irmão pode ser VIGILANTE antes de ter passado pelo grau
de Companheiro; nem MESTRE antes de Ter ocupado as funções de Vigilante,
nem GRANDE VIGILANTE antes de ter sido Mestre de uma Loja; nem GRÃO-
MESTRE a menos que tenha sido Companheiro antes de sua Eleição, e seja
também de nascimento nobre, ou Fidalgo da melhor Cepa, ou algum Sábio
eminente, ou qualquer Arquiteto esclarecido, ou outro Artista, vindo de Pais
honestos, e que seja de um singular grande Mérito da Opinião das Lojas. E
para poder melhor Exercer seu Ofício, e de um modo mais fácil, e mais
honrado, o Grão-Mestre tem o Poder de escolher seu próprio DEPUTADO
GRÃO-MESTRE, que deve ser, ou ter sido antes, o Mestre de uma Loja
particular, e tem o Privilégio de fazer tudo quanto o GRÃO-MESTRE, seu
Principal, poderia fazer, a menos que o dito Principal esteja presente, ou não
interponha sua Autoridade por uma Carta.
Esses Dirigentes e Governantes, supremos e subordinados, da antiga
Loja, devem ser obedecidos em seus Cargos respectivos por todos os Irmãos,
segundo as antigas Obrigações e Regras, com toda Humildade, Reverência,
Amor, e Alegria.

Da Gestão do OFÍCIO durante o trabalho

Todos os Maçons trabalharão honestamente nos Dias úteis, a fim de


poderem viver honestamente os Dias de festa; e o tempo prescrito pela Lei
do País, ou estabelecido pelo Costume, será observado.
O mais experimentado dos Companheiros será escolhido ou designado
como Mestre, ou Vigilante dos Trabalhos do Senhor, deverá ser chamado
MESTRE por aqueles que trabalham sob suas ordens. Os Artesãos devem
evitar toda Linguagem imprópria, e não dar uns aos outros Nomes

485
Anato/i Oliynik

descorteses, mas aquele Irmão ou Companheiro; e se comportar cortesmente


no interior ou fora da Loja.
O Mestre, consciente de sua Competência, começará os Trabalhos do
Senhor tão razoavelmente quanto possível, e usará verdadeiramente os
Materiais como se fossem seus; não dando Salários mais altos a algum Irmão
ou Aprendiz do que ele mereça realmente.
O Mestre e os Maçons recebendo seus Salários com exatidão, serão
fiéis ao Senhor, e terminarão honestamente seu Trabalho, seja por Tarefa ou
por Diária; e não realizarão por Tarefa a Obra que costumeiramente deve ser
feita por Diária.
Nenhum conhecerá a Inveja diante da Prosperidade de um Irmão, nem
suplantará, ou afastará de seu Trabalho, se for capaz de o terminar; pois
Nenhum não pode terminar o Trabalho de outro com tanto proveito para o
Senhor, a menos que não esteja perfeitamente a par dos Projetas e Planos
daquele que o começou.
Quando um Companheiro for escolhido for escolhido como Vigilante
do Trabalho sob a direção do Mestre, será leal ao mesmo tempo ao Mestre e
aos Companheiros, vigiará com zelo o Trabalho durante a ausência do Mestre
em favor do Senhor; e seus Irmãos o obedecerão.
Todos os Maçons empregados, receberão seus Salários com humildade
sem Murmúrios nem Revolta, e não abandonarão o Mestre antes que o
trabalho esteja terminado.
Um jovem Irmão será instruído no trabalho, para evitar que ele estrague
os Materiais por falta de Julgamento, e para aumentar e fazer durar o Amor
Fraternal.
Todas as Ferramentas usadas no trabalho serão aprovadas pela Grande
Loja.
Nenhum Obreiro desqualificado será empregado no Trabalho próprio
da Maçonaria; e os Maçons Livres não trabalharão senão com aqueles que
são livres, a menos que haja urgente Necessidade; e não instruirão os Obreiros
desqualificados nem os Maçons não-aceitos, como instruiriam um Irmão ou
Companheiro.

Da CONDUTA, a saber

1. Na Loja durante o tempo em que estiver Constituída

Não tereis Reuniões privadas, ou de Conversações separadas, sem


Permissão do Mestre, nem falareis de cousas impertinentes ou
inconvenientes, nem interrompereis o Mestre ou os Vigilantes, nem qualquer

486
As Constituições dos Franco-Maçons - 1723

Irmão quando este falar ao Mestre: Nem vos comportarei de modo ridículo
ou gracejador quando a Loja se ocupar de assuntos sérios e solenes; nem
usareis de qualquer Linguagem imprópria sob qualquer Pretexto que seja;
mas manifestareis ao vosso Mestre, Vigilantes, e Companheiros o Respeito
que lhes é devido, e lhes testemunhareis veneração.
Se alguma Queixa for apresentada, o Irmão reconhecido culpado se
submeterá ao Julgamento e à Decisão da Loja, a qual é o verdadeiro e
competente Juiz de todas as Desavenças (a menos que não façais Apelo
perante a GRANDE LOJA), e é a ela que devem ser deferidas, a menos que
a Obra de um Senhor não sofra interrupção, Caso em que um Procedimento
particular poderá ser instituído; mas não devereis jamais ir à Justiça no que
concerne à Maçonaria, a menos que haja Necessidade absoluta reconhecida
pela Loja.

2. Conduta depois que a LOJA terminou e antes que os Irmãos saiam

Podeis divertir-vos com Brincadeiras inocentes, tratando-vos uns aos


outros segundo vossa Maneira, mas evitando todo Excesso, não forçando
um Irmão a comer ou beber além de sua Inclinação, e não o impedindo de
sair quando seus Negócios o chamarem, nem fazendo ou dizendo algo de
ofensivo, ou que possa impedir uma Conversação fácil e livre; pois isso
destruirá nossa Harmonia, e fará malograr nossas louváveis Finalidades.
Conseqüentemente, nenhuma discórdia ou Querela privada deverá transpor
a Porta da Loja, menos ainda Querelas a respeito de Religião, ou Nações, ou
Política do Estado, pois nós, enquanto Maçons, somos unicamente da Religião
Universal supre mencionada; somos também de todas as Nações, Idiomas,
Parentescos, e Línguas, e somos resolutamente contra todas as Políticas
que jamais contribuíram, a jamais poderão contribuir ao Bem-estar da Loja.
Essa obrigação tem sido sempre estritamente cumprida e observada,
sobretudo depois da Reforma na GRÃ-BRETANHA, onde houve a Dissidência
e a Separação dessas Nações da Comunhão de ROMA.

3. Conduta quando os Irmãos se reúnem sem Estranhos, mas não numa


Loja constituída

Devereis saudar-vos uns aos outros, de modo cortês, como sereis


instruídos, vos chamando reciprocamente de Irmão, dando livre e mutuamente
vossas Instruções quando entenderdes conveniente, sem serdes vistos nem
ouvidos, sem abusar um do outro, ou faltar ao Respeito que é devido a todo

487
Anato/i 0/iynik

Irmão, não fosse ele Maçom: pois se bem que todos os Maçons sejam como
Irmãos do mesmo Nível, a Maçonaria contudo não tira a um Homem a Honra
de que desfrutava antes; pelo contrário, ela acrescenta à sua Honra, sobretudo
se ele bem mereceu a Fraternidade, a qual deve prestar Honra a quem merece,
e evitar as más Maneiras.

4. Conduta em Presença de ESTRANHOS não-Maçons

Sereis circunspetos em vossas Palavras e vosso Aspecto, de modo


que o Estranho mais perspicaz não possa descobrir ou adivinhar aquilo que
não convém que ele saiba; e algumas vezes desviareis a Conversa, e usareis
de prudente tacto para Honra da venerável Fraternidade.

5. Conduta em CASA, e na Vizinhança

Devereis agir como convém a um Homem sábio e de bons costumes;


particularmente, não contar à vossa Família, a vossos Amigos, e Vizinhos o
que Concerne à Loja, mas consultar sabiamente vossa Honra, e a da antiga
Fraternidade, por Razões que não devem ser mencionadas aqui. Devereis
também consultar vossa Saúde, não ficando em reunião muito tarde, ou muito
tempo fora de casa, quando as Horas da Loja terminarem; e evitando a Gula
e a Embriaguez, de modo que vossas Famílias não sejam negligenciadas ou
feridas, nem vós mesmos tornados incapazes de trabalhar.

6. Conduta face a um Irmão estranho

Devereis examinar com circunspeção, da Maneira que a Prudência


vos indicar, de modo que não vos deixeis enganar por um falso Pretendente
ignorante, que devereis repelir com Desprezo e Derrisão, e cuidai de não lhe
dar a Menor Informação.
Mas se descobrirdes nele um sincero e verdadeiro Irmão, deveis em
conseqüência lhe testemunhar respeito; e se estiver necessitado, deveis
socorrê-lo se puderdes, ou então lhe indicar como poderá ser socorrido: Deveis
empregá-lo durante alguns Dias, ou então recomendar para que o
empreguem. Mas não estais obrigado a fazer além de vossos Meios, somente
em dar a um Irmão pobre, que é Homem de bem e leal, a preferência sobre
todas as outras Pessoas pobres nas mesmas Circunstâncias.
Enfim, todas essas Obrigações devem ser por vós observadas, e
também aquelas que vos serão comunicadas de outra maneira; cultivando o
AMOR FRATERNAL, o Alicerce e Cumeeira, o Cimento e a Glória dessa

488
As Constituições dos Franco-Maçons - 1723

antiga Fraternidade, evitando qualquer Disputa ou Querela, toda Calúnia e


Maledicência, não permitindo aos outros que caluniem um Irmão honesto,
mas defendendo sua Reputação, lhe prestando toda espécie de bons Ofícios,
os quantos forem compatíveis com a vossa Honra e vossa Saúde, e não
além disso. E se um deles lhe fizer Mal, deveis vos dirigir à vossa Loja ou à
dele; e daí podereis apelar à GRANDE LOJA quando da Comunicação
Trimestral, e daí à GRANDE LOJA anual, segundo a antiga e louvável Conduta
de nossos Ancestrais em cada País; não recorrer à Justiça salvo quando o
Caso não puder ser resolvido de outra forma , e pacientemente ouvir o
Conselho honesto e amigo do Mestre e dos Companheiros, quando eles
quiserem impedi-lo de chamar Estranhos à Justiça, ou vos convencer a por
imediato Fim a qualquer Processo, a fim de que possais vos ocupar dos
Assuntos da MAÇONARIA com o maior Afinco e Sucesso; mas no que
concerne a Irmãos ou Companheiros em Processo , o Mestre e os Irmãos
deverão oferecer obrigatoriamente sua Mediação, a qual os Irmãos em
discórdia deverão se submeter com reconhecimento ; e se essa submissão
não for praticável, deverão continuar sua Intimação ou Processo, sem Cólera
ou Rancor (ao contrário do que é hábito) não dizendo nem fazendo nada que
possa obstar o Amor Fraternal, nem os bons Ofícios que devem ser retomados
e continuados; a fim de que todos possam constatar a Influência benfazeja
da MAÇONARIA, como todos os verdadeiros Maçons fizeram desde o Começo
do Mundo, e o farão até o Fim dos Tempos.
Amém. Assim seja.

489
REGULAMENTOS GERAIS
Compilados inicialmente pelo Sr. GEORGE PAYNE, no ano de 1720,
quando ele era Grão-Mestre, a aprovados pela GRANDE LOJA no dia de
São João Batista, no ano 1721 , em Stationer's-Ha/1, LONDRES; quando o
mui nobre PRÍNCIPE João Duque de MONTAGU foi eleito por unanimidade
nosso Grão-Mestre para o ano seguinte; o qual escolheu

JOÃO BEAL M.D. seu Deputado Grão-Mestre;


O Sr. Jósias Villeneau } Foram eleitos Grandes
e { O Sr. Tomás Morris, jun. Vigilantes pela Loja.

E então, sob as ordens do nosso dito Mui Venerável Grão-Mestre


MONTAGU, o autor deste livro os comparou, e os reduziu aos antigos arquivos
e usos imemoriais da Fraternidade, e os ordenou segundo esse novo método,
com muitas explicações apropriadas , para uso das Loja de Londres e
Westminster e imediações.

O Grão-Mestre, ou seu Deputado, tem autoridade e direito, não somente


de estar presente a todas as verdadeiras Lojas, mas também de presidir
em qualquer lugar em que se encontre, com o Mestre da Loja 2 à sua mão
esquerda, e ordenar a seus Grandes Vigilantes de assisti-lo, os quais não
podem agir como Vigilantes em Lojas particulares, salvo em sua presença, e
sob suas ordens; pelo que o Grão-Mestre pode ordenar aos Vigilantes dessa
Loja, ou a todos os outros Irmãos que lhe aprouver, de estarem presentes e
de agir como seus Vigilantes pro tempore.
11 O Mestre de uma Loja particular tem o direito e a autoridade de reunir os
membros de sua Loja em Capítulo quando isso lhe aprouver, em qualquer
conjuntura ou ocorrência, como designar a hora e local habituais de sua
formação: Em caso de doença, morte ou ausência necessária do Mestre, o
primeiro Vigilante agirá como Mestre pro tempore, se nenhum Irmão presente
tiver sido anteriormente Mestre dessa Loja; pois nesse caso a autoridade do
Mestre ausente volta ao último Mestre então presente; se bem que não possa
agir antes que o referido primeiro Vigilante, ou em sua ausência o segundo
Vigilante tenha já reunido a Loja.

2 Observe-seque a Constituição dá o tratamento de "Mestre da Loj a" [Master oftlze Lodge} e não " Venerável
Mestre" para designar o cargo de dirigente da Loja.
Anato/i 0/iynik

III O Mestre de cada Loja particular, ou sob suas ordens, um dos Vigilantes
ou um outro Irmão terá um livro contendo os Regulamentos Internos, os nomes
de seus membros, com uma lista de todas as Lojas da cidade, e os horários
e locais habituais de suas reuniões, e de todos os trabalhos que convém ter
por escrito.
IV Nenhuma Loja iniciará mais de cinco novos Irmãos por vez, nem qualquer
homem abaixo de vinte e cinco anos, e que não seja também dono de seus
atos; salvo por dispensa do Grão-Mestre ou de seu Deputado.
V Nenhum homem pode ser iniciado ou admitido membro de uma Loja
particular, sem que a referida Loja tenha sido avisada um mês antes, a fim de
que se possa fazer a sindicância necessária sobre a reputação e a capacidade
do Candidato; salvo por dispensa como acima.
VI Nenhum homem pode ser registrado como Irmão em uma Loja particular,
ou ser admitido como membro, sem o consentimento inânime de todos os
membros dessa Loja, quando o candidato foi proposto, e esse consentimento
é formalmente pedido pelo Mestre; e eles devem manifestar o consentimento
ou dissentimento pelo prudente modo próprio, seja virtual ou formalmente,
mas com unanimidade: E esse privilégio natural não está sujeito à dispensa;
porque os membros de uma Loja particular são os melhores juizes; e se um
membro intratável lhe for imposto, isso poderá arruinar sua harmonia, ou
impedir sua liberdade; ou mesmo quebrar e dispersar a Loja; o que todos os
bons e verdadeiros Irmãos devem evitar.
VIl Cada novo Irmão ao ser iniciado deve ser em uma Loja decentemente
decorada, isto é, com todos os Irmãos presentes, e depositar qualquer cousa
para auxílio aos Irmãos indigentes e senis, segundo o que o candidato
entender dar, além e mais do que a pequena contribuição fixada pelo
Regulamento Interno dessa Loja particular; e essa caridade será entregue
ao Mestre ou aos Vigilantes, ou ao Tesoureiro, se os membros entenderem
de escolher um.
E o candidato prometerá assim solenemente de se submeter às Constituições,
Obrigações, e Regulamentos, e a todos os outros usos que lhe serão
comunicados no tempo e lugar devidos.
VIII Nenhum grupo ou número de Irmãos se retirará ou se separará da Loja em
que foram iniciados como Irmãos, ou foram posteriormente admitidos como
membros, a menos que a Loja se torne muito numerosa; nem mesmo neste
caso, sem dispensa do Grão-Mestre ou de seu Deputado: E quando estiverem
assim separados, deverão imediatamente filiar-se àquela das outras Lojas que
mais lhes agradar, com o consentimento unânime dessa outra Loja para onde
irão (como ficou regulamentado mais acima) ou diversamente deverão obter .
autorização do Grão-Mestre para se reunirem para formar uma nova Loja.

492
As Constituições dos Franco-Maçons - 1723

Se algum grupo ou número de Maçons tomar a si formar uma Loja sem


autorização do Grão-Mestre, as Lojas regulares não deverão apoiá-los, nem
reconhecê-los como Irmãos leais e devidamente constituídos, nem aprovar
seus atas e fatos; mas deverão tratá-los como rebeldes, até que se humilhem,
de modo que o Grão-Mestre em sua prudência indicará, a até que lhes dê
sua aprovação por autorização, a qual será comunicada às outras Lojas,
como é o costume quando uma nova Loja é inscrita na Lista das Lojas.
IX Mas se um Irmão se conduz mal a ponto de inquietar sua Loja, será
devidamente admoestado por duas vezes pelo Mestre ou pelos Vigilantes
em Loja constituída; e se reconhecer sua imprudência, e não se submeter
obedientemente aos conselhos dos seus Irmãos, e não corrigir o que os
ofendeu, será tratado segundo o Regulamento Interno dessa Loja particular,
ou diversamente da maneira que a Comunicação Trimestral em sua grande
prudência julgar boa; pelo que uma regra nova poderá ser feita em seguida.
X A maioria de qualquer Loja particular, quando estiver reunida, terá o privilégio
de dar instruções ao seu Mestre e Vigilantes, antes da reunião do Grande
Capítulo, ou Loja, nas Comunicações Trimestrais mencionadas mais adiante,
e igualmente àquela da Grande Loja Anual; porque seu Mestre e Vigilantes,
são seus representantes, e são supostos de exprimirem suas opiniões.
XI Todas as Lojas particulares devem observar os mesmo usos o quanto for
possível; é por essa razão, e para cultivar uma boa inteligência entre os
Maçons, que alguns membros de cada Loja serão incumbidos de visitar as
outras Lojas sempre que isso for julgado conveniente.
XII A Grande Loja é formada por Mestres e Vigilantes de todas as Lojas
regulares e particulares registradas, com o Grão-Mestre à frente, e seu
Deputado à sua mão esquerda, e os Grandes vigilantes em seus lugares
respectivos; e deverá ter uma Comunicação Trimestral nos dias de São Miguel,
Natal e Anunciação, num lugar apropriado, que o Grão-Mestre designará, e a
qual nenhum Irmão assistirá, se não for nesse momento membro, sem dispensa;
e enquanto estiver presente, não lhe será permitido votar, nem mesmo exprimir
sua opinião, sem que tenha pedido e obtido autorização da Grande Loja, ou a
menos que tenha sido devidamente solicitada pela dita Loja.
Todos os assuntos devem ser decididos na Grande Loja pela maioria de
votos, cada membro tendo um voto, e o Grão-Mestre dois votos a menos que
a dita Loja defira algum assunto particular para a decisão do Grão-Mestre,
por motivo de urgência.
XIII Na referida Comunicação Trimestral, todos os assuntos que concernem
à Fraternidade em geral, ou às Lojas particularmente, ou aos Irmãos
individualmente, serão calma, pausada e maduramente discutidos e tratados:
Somente aí serão admitidos os Aprendizes como os Mestres e Companheiros,
salvo dispensa. Também nesse momento todas as desavenças, que não

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Anato/i 0/iynik

puderem ser resolvidas e solucionadas em particular, ou por uma Loja


particular, deverão ser tomadas em séria consideração e decididas: E se um
Irmão se julgar lesado pela decisão desse Conselho, poderá apelar à Grande
Loja anual que se seguir, e enviar seu recurso por escrito, ao Grão-Mestre,
ou ao seu Deputado, ou aos Grandes Vigilantes.
Nessa reunião o Mestre ou os Vigilantes de cada Loja particular trarão e
apresentarão uma lista daqueles seus membros que foram iniciados, ou
mesmo admitidos em suas Lojas particulares depois da última Comunicação
da Grande Loja: E aí um livro existirá guardado pelo Grão-Mestre, ou por seu
Deputado, ou mesmo por qualquer Irmão que a Grande Loja designar como
Secretário, em cujo livro serão inscritas todas as Lojas, com seus horários e
locais habituais de reunião, e os nomes de todos os membros de cada Loja;
e todos os Assuntos da Grande Loja que devem ser escritos.
Considerarão também os mais prudentes e efetivos métodos de arrecadar e
aplicar o dinheiro que for dado, ou confiado para beneficência, para ser usado
somente em auxílio de qualquer verdadeiro Irmão caído em pobreza ou
senilidade, e de mais ninguém: Mas cada Loja particular disporá de sua própria
beneficência para os Irmãos pobres, segundo seu Regimento Interno, até
que seja decidido por todas as Lojas (em um novo Regulamento) enviar a
beneficência que recolherem à Grande Loja, quando da Comunicação
Trimestral ou Anual, a fim de constituir um Fundo comum, para o auxílio mais
generoso aos Irmãos pobres.
Designarão também Tesoureiro, um Irmão de boa situação, que em virtude
de seu cargo será membro da Grande Loja, e que estará sempre presente, e
terá o poder de propor o que entender à Grande Loja, especialmente no que
diz respeito ao seu cargo. É a ele que será entregue todo o dinheiro recolhido
para beneficência, ou para qualquer outro uso da Grande Loja, dinheiro que
registrará em um livro, com as finalidade e usos respectivos para as quais
diversas importâncias foram destinadas; e ele as usará ou desembolsará
sob uma Ordem assinada, que a Grande Loja fixará depois numa nova Regra:
Mas não votará quando se escolher um Grão-Mestre ou Vigilantes, se bem
que possa votar em todas as outras ocasiões. Da mesma forma o Secretário
será membro da Grande Loja em virtude de seu cargo, e votará em todas as
cousas, exceto quando se escolher um Grão-Mestre ou Vigilantes.
O Tesoureiro e o Secretário terão cada qual um Adjunto, que deve ser Irmão
e Companheiro 3 , mas que não será jamais membro da Grande Loja, nem
tomará a palavra sem ser autorizado ou convidado.

3
Não confundir a designação "Companheiro" com o grau atual.
'•.! '
494
As Constituições dos Franco-Maçons - 1723

O Grão-Mestre, ou o seu Deputado, dirigirão sempre o Tesoureiro e Secretário,


com seus Adjuntos e Livros, a fim de ver como andam os negócios e saber o
que deve ser feito em toda situação emergente.
Um outro Irmão (que deve ser Companheiro) deverá ser designado para
guardar a Porta da Grande Loja; mas não será membro dela.
Mas esses cargos podem ser mais amplamente explicados em uma nova
Regra, quando isso parecer mais necessário e conveniente à Fraternidade
do que no momento.
XIV Se em qualquer Grande Loja, ordinária ou extraordinária, trimestral ou
anual, o Grão-Mestre e seu Deputado estiverem ausentes, então o Mestre
de uma Loja presente, que for o maçom mais antigo, tomará a Cadeira, e
presidirá como Grão-Mestre pró tempore; e estará investido de todos os
poderes e honras durante esse período; contanto que não esteja presente
nenhum Irmão que tenha sido Grão-Mestre anteriormente, ou Deputado Grão-
Mestre; pois estando presente o último Grão-Mestre, ou então o último
Deputado, deverão por direito tomar o lugar na ausência do atual Grão-Mestre
ou seu Deputado.
XV Na Grande Loja ninguém poderá funcionar como Vigilante salvo os
Grandes Vigilantes, se estiverem presentes; e se ausente, o Grão-Mestre,
ou a pessoa que presidir em seu lugar, ordenará a Vigilantes particulares de
funcionar como Grandes Vigilantes pro tempore. Esses cargos deverão ser
ocupados por dois Companheiros da mesma Loja, chamados a servir, ou
enviados pelo Mestre particular de sua Loja; e se este omitir-se em fazê-lo,
então serão chamados pelo Grão-Mestre, a fim de que a Grande Loja possa
estar sempre completa.
XVI Os Grandes Vigilantes, ou quaisquer outros Irmãos, devem consultar
antes o Deputado quanto aos Assuntos da Loja ou dos Irmãos, e não se
dirigir ao Grão-Mestre sem a participação do Deputado, a menos que ele não
recuse seu concurso a qualquer assunto determinado necessário; neste caso,
ou no caso de qualquer desavença entre o Deputado e os Grandes Vigilantes,
ou outros Irmãos, as duas partes devem se dirigir juntamente ao Grão-Mestre,
que poderá facilmente decidir a controvérsia e solucionar a diferença em
virtude de sua grande autoridade.
O Grão-Mestre não deverá receber nenhuma comunicação de assunto
concernente à Maçonaria, salvo por intermédio de seu Deputado, excetuados
os casos em que sua Excelência poderá ser certamente juiz; pois se a súplica
ao Grão-Mestre for irregular, ele poderá facilmente ordenar aos Grandes
Vigilantes, ou a todos os outros Irmãos requerentes, de se dirigirem ao seu
Deputado, que deverá prontamente preparar a matéria, e a apresentar
metodicamente à apreciação de sua Excelência.

495
Anato/i 0/iynik

XVII Nenhum Grão-Mestre, Deputado do Grão-Mestre, Grandes Vigilantes,


Tesoureiro, Secretário, ou quem quer que aja por eles, ou em seu lugar pro
tempore, não poderá ser ao mesmo tempo Mestre ou vigilante de uma Loja
particular; mas tão logo que um deles tenha honradamente exercido seu
Grande Cargo, retornará a esse posto ou posição em sua Loja particular, de
onde foi chamado para funcionar como dito acima.
XVIII Se o Deputado Grão-Mestre estiver doente, ou ausente por necessidade,
o Grão-Mestre poderá escolher qualquer Companheiro que lhe aprouver para
ser seu Deputado pro tempore: Mas aquele que for escolhido Deputado da
Grande Loja, e os Grandes Vigilantes também não podem ser demitidos sem
que haja motivo legítimo perante a maioria da Grande Loja; e se o Grão-
Mestre estiver preocupado, poderá convocar uma Grande Loja com o fim de
lhe expor o motivo diante de seus membros, e obter seus conselhos e
assentimento: Neste caso, a Maioria da Grande Loja, se não puder reconciliar
o Mestre e seu Deputado ou seus Vigilantes, deve concorrer para permitir ao
Mestre demitir o referido Deputado ou seus mencionados Vigilantes, e de
escolher imediatamente um outro Deputado; a mencionada Grande Loja nesse
caso escolherá outros Vigilantes, para que a harmonia e a paz possam ser
preservadas.
XIX Se o Grão-Mestre abusar de seu poder, e se tornar indigno de obediência
e de sujeição das Lojas, será tratado do modo e maneira que serão
determinados por uma nova Regulamentação; porque até o presente a antiga
Fraternidade não teve oportunidade de o fazer, pois seus antigos Grão-Mestres
se comportaram todos de uma maneira digna desse honrado cargo.
XX O Grão-Mestre, com seu Deputado e seus Vigilantes, visitarão (uma vez
ao menos) todas as Lojas da cidade durante seu mestrado.
XXI Se o Grão-Mestre falecer durante seu mestrado, ou por doença ou se
encontrado além Mar, ou por qualquer outra causa estiver incapaz de exercer
seu cargo, o Deputado, ou em sua ausência, o Primeiro Grande Vigilante, ou
em sua ausência o Segundo, ou em sua ausência qualquer dos três Mestres
das Lojas presentes, se reunirão para convocar imediatamente a Grande
Loja, para deliberarem em conjunto sobre essa conjuntura, e enviar dois dentre
eles ao último Grão-Mestre para convidá-lo a retomar o cargo, o que segundo
a regra lhe retorna; ou então ao penúltimo, se ele recusar, e assim por diante:
Mas se algum antigo Grão-Mestre não for encontrado, então o Deputado
agirá como Principal, até que um outro Grão-Mestre seja escolhido; ou se
não houver Deputado, então o Mestre mais antigo assumirá.
XXII Os Irmãos de todas as Lojas de Londres e Westminster e das imediações,
se reunirão em uma Comunicação Anual e Festa, em algum lugar apropriado,
no dia de São João Batista, ou então no dia de São João Evangelista, como

496
As Constituições dos Franco-Maçons - 1723

a Grande Loja pensa fixar por um novo Regulamento, pois essa reunião
ocorreu nos anos passados no dia de São João Batista: Provido,
A maioria dos Mestres e Vigilantes, com o Grão-Mestre, seu Deputado e
seus Vigilantes, decidem três meses antes, à sua Comunicação Trimestral,
que haverá uma Festa, e uma Comunicação Geral de todos os Irmãos: Pois
se o Grão-Mestre, ou a maioria dos Mestres particulares, se opuserem, deverá
ser abandonado por essa vez.
Mas se houver uma Festa para todos os Irmãos, ou não, a Grande Loja deverá
se reunir anualmente em qualquer lugar apropriado, no dia de São João; ou
se cair num domingo, então no dia seguinte, a fim de escolher cada ano um
novo Grão-Mestre, um Deputado, e Vigilantes.
XXIII Se for julgado conveniente, e o Grão-Mestre, com a maioria dos Mestres
e Vigilantes, decidirem realizar uma Grande Festa, segundo o antigo e louvável
costume dos pedreiros, então os Grandes Vigilantes terão o cuidado de
preparar os lngressos4 , selados com o selo do Grão-Mestre, de dispor dos
Ingressos, de receber o dinheiro para os Ingressos, de comprar os materiais
para a Festa, de encontrar um local conveniente e apropriado para nele
festejar; e das demais cousas concernentes à diversão.
Mas para que o trabalho não seja muito pesado para os dois Grandes
Vigilantes, e para que todas as cousas possam ser prontamente executadas
e sem tropeços, o Grão-Mestre, ou seu Deputado, terão o poder de nomear
e designar um determinado número de Mordomas, como o entender sua
Excelência, para funcionarem de acordo com os dois Grandes Vigilantes;
todas as cousas concernentes à Festa serão decididas entre eles por maioria
de votos; exceto se o Grão-Mestre ou seu Deputado se interpuserem com
uma diretiva ou uma designação particular.
XXIV Os Vigilantes e os Mordomas estarão, no tempo devido, à disposição
do Grão-Mestre, ou de seu Deputado, para as diretivas e ordens concernentes
às premissas; mas se sua Excelência e seu Deputado estivem doentes, ou
ausentes por necessidade, eles convocarão os Mestres e os Vigilantes das
Lojas para uma reunião a fim de receber seus conselhos e ordens; ou então
poderão assumir a missão por sua conta, e fazer o melhor que puderem.
Os Grandes Vigilantes e os Mordamos devem prestar contas de todo o dinheiro
que receberem, ou gastarem, à Grande Loja, depois do Jantar, ou quando a
Grande Loja entender conveniente receber suas contas.
Se aprouver ao Grão-Mestre , ele poderá convocar no momento devido todos
os Mestres e Vigilantes das Lojas para consultá-los sobre o andamento da

• Tickets.

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Anato/i 0/iynik

Grande Festa, e sobre qualquer problema ou fato acidental que lhe diga
respeito, e que possa merecer um conselho; ou então tomar tudo para si.
XXV Os Mestres das Lojas 5 designarão cada qual um Companheiro
experimentado e discreto de sua Loja, para compor uma Comissão,
compreendendo um Irmão de cada Loja, que se reunirá para receber, em um
salão próprio, cada pessoa portadora de um bilhete, e ela terá o poder de
inquirí-la, se entender cabível, a fim de admití-la, ou excluí-la com
conhecimento de causa: Cuidando que ela não mande homem algum embora
antes de ter comunicado as razões a todos os Irmãos que já entraram, para
evitar erros; e assim nenhum verdadeiro Irmão poderá ser excluído, nem um
falso Irmão, ou simples pretendente, admitidos. Essa Comissão deverá se
reunir bem cedo no Dia de São João no local designado, antes mesmo que
as pessoas munidas de Ingressos cheguem.
XXVI O Grão-Mestre designará dois irmãos de confiança para serem Porteiros
ou Guardas das portas, os quais devem também estar no local bem cedo,
por boas razões; e eles ficarão sob as ordens da Comissão.
XXVII Os Grandes Vigilantes, ou os Mordamos, designarão com antecedência
para servirem a Mesa um número de Irmãos que entenderem próprio e
conveniente para esse trabalho; e poderão, se assim o quiserem, entender-
se com os Mestres e Vigilantes das Lojas a respeito das pessoas mais aptas,
ou tomá-las sob sua recomendação; pois ninguém deverá servir nesse dia, a
não ser Pedreiros livres e aceitos, a fim de que a Comunicação seja livre e
harmoniosa.
XXVIII Todos os membros da Grande Loja deverão comparecer ao local bem
antes do Jantar, com o Grão-Mestre, ou seu Deputado, à frente, o qual se
retirará, e se formarão eles mesmos. E isso será feito em ordem,
1 . Para receber todos os recursos devidamente apresentados, como ficou
regulamentado acima, para que o recorrente possa ser ouvido e, se
possível, o assunto ser resolvido amigavelmente antes do Jantar; mas
se isso não for possível, ele deve ser remetido para depois da eleição do
novo Grão-Mestre; .e se ele não puder ser solucionado depois do Jantar,
deverá aguardar, para ser enviado à uma Comissão especial, que o
ajustará com calma, e fará um Relatório à Comunicação Trimestral
seguinte, a fim de que o Amor Fraternal possa ser preservado.
2. Prevenir todas as desavenças ou todo descontentamento que se possa
temer que nasça nesse dia; a fim de que a harmonia e a alegria da Grande
Festa não sejam interrompidas,

s Mestres das Lojas se referem aos dirigentes de cada Loja particular. Não confundir com o grau de Mestre
que surgiu por volta de 1725.

498
As Constituições dos Franco-Maçons- 1723

3. Deliberar sobre tudo que diga respeito à decência e decoro da Grande


Assembléia, e prevenir todas as indecências e todas a más maneiras,
que possam trazer confusão à Assembléia.
4. Receber e tomar em consideração todas as boas propostas, ou todos os
assuntos capitais e importantes, que serão trazidos pelas Lojas
particulares, por seus representantes, pelos diversos Mestres e Vigilantes.
XXIX Depois que todos esses assuntos forem discutidos, o Grão-Mestre e
seu Deputado, os Grandes Vigilantes, ou os Mordamos, o Secretário, o
Tesoureiro, os Escriturários, e todas as demais pessoas, se retirarão, e
deixarão a sós os mestres e Vigilantes das Lojas particulares, a fim de que
amigavelmente troquem idéias a respeito da eleição do NOVO GRÃO-
MESTRE, ou de se manter o atual Grão-Mestre, se isso não for feito no dia
precedente; e se forem unânimes em manter o atual Grão-Mestre, sua
Excelência será chamado, e humildemente solicitado a fazer a Honra a
Fraternidade de dirigí-la no ano seguinte. E depois do Jantar será sabido se
ele aceita ou não: Pois o fato não deve ser revelado senão através da eleição.
XXX Então os Mestres e Vigilantes, e todos os Irmãos, podem ficar à vontade
e conversar, ou se lhes agradar reunir-se em grupos, até o momento em que
o Jantar é servido, quando cada Irmão tomará seu lugar à mesa.
XXXI Um pouco depois do Jantar é formada a GRANDE LOJA, não quando
as pessoas estão se retirando, mas a presença de todos os Irmãos, que
ainda não são membros dela, e que conseqüentemente não devem tomar da
palavra sem serem convidados e autorizados.
XXXII Se o Grão-Mestre do ano anterior anunciou particularmente aos Mestres
e Vigilantes, antes do Jantar, que continuará no ano seguinte; então um
membro da Grande Loja, credenciado para isso, relatará a todos os Irmãos o
bom Governo &c. de sua Excelência. E virando-se para que ele lhe pedirá
humildemente, em nome da Grande Loja, de conceder à Fraternidade a grande
Honra (se de nascimento nobre, ou não) o grande Favor de continuar a ser o
Grão-Mestre durante o próximo ano. E sua Excelência declarando seu
consentimento por uma inclinação ou por uma alocução, segundo quiser, o
referido membro credenciado da Grande Loja o proclamará Grão-Mestre, e
todos os membros da Loja o saudarão na devida forma. Depois todos os
Irmãos terão durante alguns minutos a permissão de exprimir sua satisfação,
prazer e felicitações.
XXXIII Mas se os Mestres e os Vigilantes não privativamente, no dia que
precedeu o Jantar, nem no dia precedente, exprimiram o desejo que o último
Grão-Mestre continuasse no mestrado mais um ano; ou se ele próprio, tendo
sido solicitado, não tenha consentido: Então,
O último Grão-Mestre nomeará seu sucessor para o ano seguinte, o qual, se

499
Anato/i 0/iynik

for aprovado por unanimidade pela Grande Loja, e se estiver presente, será
proclamado, saudado, e felicitado como novo Grão-Mestre como foi sugerido
acima, e será imediatamente instalado pelo último Grão-Mestre, segundo o
costume.
XXXIV Mas se esta nomeação não for aprovada por unanimidade, o novo
Grão-Mestre será imediatamente escolhido por Escrutínio, cada mestre e
Vigilante escrevendo o nome de seu Candidato, e o último Grão-Mestre
escrevendo também o nome de seu candidato; e o Candidato cujo nome for
retirado em primeiro lugar pelo último Grão-Mestre, fortuitamente ou por sorte,
será o GRÃO-MESTRE para o ano seguinte; e se estiver presente, será
proclamado, saudado e felicitado, como foi sugerido acima e logo instalado
pelo último Grão-Mestre, segundo o costume.
XXXV O último Grão-Mestre assim mantido, ou o novo Grão-Mestre assim
instalado, nomeará e designará em seguida seu Deputado Grão-Mestre, seja
o último ou um novo, o qual será assim declarado, saudado e felicitado como
ficou acima sugerido.
O Grão-Mestre nomeará também os novos GRANDES VIGILANTES, e se
forem aprovados por unanimidade pela Grande Loja, serão declarados,
saudados e felicitados, como ficou sugerido acima; mas em caso contrário,
serão escolhidos por Escrutínio, da mesma maneira que o Grão-Mestre, Do
mesmo modo os Vigilantes das Lojas particulares devem ser escolhidos por
Escrutínio em cada Loja, se os membros desta não aprovarem a nomeação
feita pelo seu Mestre.
XXXVI Mas se o Irmão, que o atual Grão-Mestre nomear para seu Sucessor,
ou que a maioria da Grande Loja tiver escolhido por Escrutínio, estiver, por
doença ou por outra necessidade, ausente da Grande Festa, não poderá ser
proclamado NOVO GRÃO-MESTRE, a menos que o antigo Grão-Mestre, ou
algum dos Mestres e Vigilantes da Grande Loja não possam atestar, sob sua
Honra de Irmãos, que a referida pessoa, assim nomeada ou escolhida, aceitará
de bom grado o citado cargo; caso em que o antigo Grão-Mestre agirá como
mandatário, e nomeará o Deputado e os Vigilantes em seu nome, e em seu
nome também receberá as honras, homenagens e felicitações habituais.
XXXVII Então o Grão-Mestre autorizará qualquer Irmão, Companheiro, ou
Aprendiz a tomar a palavra, dirigindo seu discurso à sua Excelência; ou fazer
qualquer proposta para o bem da Fraternidade, cuja proposição será
imediatamente considerada e deliberada, ou então será enviada à
consideração da Grande Loja em sua próxima Comunicação, ordinária ou
extraordinária. Quando isso for feito,
XXXVIII O Grão-Mestre ou seu Deputado, ou qualquer Irmão designado por
ele, arengará todos os Irmãos, e lhes dará bons conselhos. E finalmente,

soo
As Constituições dos Franco-Maçons - 1723

depois de outros trabalhos, que não podem ser escritos em qualquer língua,
os Irmãos poderão se retirar ou ficar mais tempo, conforme lhes aprouver.
XXXIX Cada Grande Loja anual tem um inerente poder e autoridade de
estabelecer novos Regulamentos, ou de modificá-los, para o real benefício
dessa antiga Fraternidade; observado, porém, que os velhos LANDMARKS
sejam cuidadosamente preservados e que essas alterações e esse novos
Regulamentos sejam propostos e decididos na terceira Comunicação
Trimestral que preceder a Grande Festa Anual; e que sejam também
apresentados ao exame de todos os Irmãos antes do Jantar, por escrito,
mesmo para o mais jovem Aprendiz; a aprovação e o consentimento da maioria
de todos os Irmãos presentes sendo absolutamente necessário para que
essas alterações e esses novos Regulamentos vinculem os Irmãos e se
tornem obrigatórios; e eles devem ser solenemente aprovados, depois do
Jantar, após o que o novo Grão-Mestre é instalado; como ocorreu com estes
REGULAMENTOS quando foram pela Grande Loja propostos, com a presença
de 150 Irmãos, no Dia de São João Batista, 1721.

POSTSCRIPTUM
Aqui segue a maneira de constituir uma NOVA LOJA, como é praticado por
sua Graça o DUQUE de WHARTON, o atual Mui Venerável Grão-Mestre,
segundo os antigos Usos dos Pedreiros.

U ma Nova Loja, para evitar muitas irregularidades, deve ser


solenemente constituída pelo Grão-Mestre, com seu Deputado e
seus Vigilantes; ou na ausência do Grão-Mestre, o Deputado agirá por sua
Excelência, e escolherá qualquer Mestre da Loja para assistí-lo; ou em caso
de ausência do Deputado, o Grão-Mestre convocará qualquer Mestre de Loja
para funcionar como Deputado pro tempore.
Os Candidatos, ou os novos Mestre e Vigilantes, estando ainda entre
os Companheiros, o Grão-Mestre perguntará ao seu Deputado se os
examinou, e se achou que o Candidato a Mestre é bem hábil na nobre Ciência
e na Arte real, e devidamente instruído em nossos mistérios, &c.
E o Deputado respondendo afirmativamente (sob Ordens do Grão-
Mestre), tirará o Candidato do meio dos Companheiros, e o apresentará ao
Grão-Mestre, dizendo: Mui venerável Grão-Mestre, os Irmãos presentes
desejam formar uma nova Loja apresento-vos este meu digno Irmão para ser
seu Mestre, o qual sei ser de bons costumes e de grande habilidade, sincero
e fiel, e amante de toda a Fraternidade, em qualquer lugar que esteja dispersa
na face da Terra.

501
Anato/i 0/iynik

Então o Grão-Mestre, colocando o Candidato à sua mão esquerda,


depois de ter pedido e obtido o consentimento unânime de todos os Irmãos,
dirá: Eu constituo e formo estes bons Irmãos em nova Loja, e vos designo
Mestre, não duvidando da vossa capacidade e da vossa solicitude para
preservar o Cimento da Loja, &c. com algumas outras expressões que são
apropriadas e habituais nessa ocasião, mas que não convém escrever.
Ao que o Deputado repetirá as Obrigações do Mestre, e o Grão-Mestre
perguntará ao Candidato, dizendo: Submetei-vos a essas obrigações, como
o fizeram os Mestres em todos os tempos? E o Candidato manifestando sua
cordial submissão a elas, o Grão-Mestre, no curso de certas cerimônias
significativas e conforme aos antigos Usos, o instalará, e lhe apresentará as
Constituições, o Livro da Loja, e os Instrumentos de seu cargo, não todos de
uma vez, mas um após o outro; e depois de cada um deles, o Grão-Mestre,
ou seu Deputado, repetirá a curta e concisa Obrigação que convém ao que
foi feito.
Depois disso, os membros dessa nova Loja, se inclinarão em conjunto
diante do Grão-Mestre, agradecerão à sua Excelência, e imediatamente
renderão homenagem ao novo Mestre, e manifestarão a Promessa de
Sujeição e de Obediência por meio das felicitações habituais.
O Deputado e os Grandes Vigilantes, e todos os outros Irmãos
presentes, que não são membros dessa nova Loja, felicitarão em seguida o
novo Mestre; e ele em resposta exprimirá como convém seu reconhecimento
ao Grão-Mestre em primeiro lugar, e aos outros pela ordem.
Então o Grão-Mestre exprimirá o desejo que o novo Mestre entre
imediatamente no exercício de seu cargo, escolhendo seu Vigilantes: E o
NOVO MESTRE chamando dois Companheiros, os apresentará à aprovação
do Grão-Mestre, e ao consentimento da nova Loja. E isto tendo sido aceito,
O primeiro ou o segundo Grande Vigilante, ou qualquer outro Irmão
em seu lugar, repetirá as Obrigações dos Vigilantes; e os Candidatos
solenemente inquiridos pelo novo Mestre, declararão sua submissão a ele.
Ao que o NOVO MESTRE, em lhes apresentando os Instrumentos de
seu Cargo, os instalará, na devida forma, em seus lugares respectivos; e os
Irmãos dessa nova Loja declararão sua obediência aos novos vigilantes pelas
felicitações habituais.

E essa Loja estando assim completamente constituída, será inscrita


no Livro do Grão-Mestre, e por sua ordem notificada às outras Lojas.

502
O CANTO DOS APRENDIZES REGISTRADOS

por nosso antigo IRMÃO


Sr. MATEUS BIRKHEAD, falecido.
Para ser cantado quando todos os Assuntos sérios terminarem, e com
Permissão do MESTRE.

Vinde, vamos preparar,


Nós Irmãos que estamos
Reunidos nesta alegre Ocasião;
Bebamos, riamos, e cantemos;
Nosso vinho vem da Fonte:
À Saúde d'um Pedreiro Aceito.

11
O Universo está prestes
A conhecer nossos Segredos,
Mas deixemo-lo se admirar e continuar
Observando;
Ele não poderá nunca adivinhar
A Palavra ou o Sinal
De um Livre e Aceito Pedreiro .

III
É Isto, e é Aquilo,
Eles não podem dizer O Que,
Porque tantos Grandes Homens da Nação
Usam Aventais, Para fazer de todos apenas um
Com um Livre e Aceito Pedreiro .

IV
Grandes Reis, Duques, e Senhores,
Depuseram sua Espada,
Para Honrar nossos Mistérios,
E nunca se envergonharam
De ouvir seus nomes chamados
Com um Livre e Aceito Pedreiro.

503
Anato/i 0/iynik

v
O Orgulho da Antigüidade
O temos ao nosso lado,
E isso faz Homens no Lugar justo :
Nada existe senão o que é bom
Para ser entendido
Por um Livre e Aceito Pedreiro.

VI
Então unamo-nos Mão a Mão,
Seguremos firmes uns aos outros,
Sejamos alegres, e mostremos Faces francas:
Que Mortal pode se gabar
De um tão nobre brinde,
Do que um Livre e Aceito Pedreiro?

O CANTO DOS COMPANHEIROS

Pelo nosso Irmão CARLOS DELAFAYE Esq;


Para ser Cantado e Tocado na Grande Festa.

Salve Arte de Construir! Tu divino Ofício


Glória da Terra, vinda do Céu;
Brilho de jóias preciosas,
Vendado aos Olhos de todos menos os dos Pedreiros

Coro
Teus devidos Louvores quem pode repeti-los
Em Prosa vigorosa, ou em fáceis Versos?

11
Como os Homens dos Brutos se distinguem,
Um Pedreiro excede os outros Homens;
Pois o que em Conhecimento escolhido e raro
Não mora seguramente em seu Peito?

504
As Constituições dos Franco-Maçons - 1723

Coro
Seu Peito silencioso e seu fiel Coração
Conservam os Segredos da Arte.

III
Contra o Calor abrasador, e o Frio penetrante;
Contra as Bestas, cujo Rugido devasta a Floresta;
Contra os Assaltos de Guerreiros temerários
A Arte dos Pedreiros defende a Humanidade.

Coro
Que se renda Honra devida a essa Arte,
Da qual a Humanidade recebe tal Ajuda.

IV
Insígnias do Estado, que alimentam nosso Orgulho,
Distinções importunas, e vãs!
Pelos verdadeiros Pedreiros são deixadas de lado:
Os Filhos da Arte nascidos livres desdenham tais Ninharias;

Coro
Enobrecidos pelo Nome que usam;
Distinguidos pelas Alfaias que trazem.

v
Doce Companheirismo, livre de Inveja:
Amigável Conversa de Fraternidade;
Seja da Loja o Cimento durável!
Que através dos Tempos resistiu firme .

Coro
Uma Loja, assim construída, nos tempos passados
Durou, e sempre durará.

VI
Então em nossos Cantos façamos Justiça
Àqueles que enriquecem a Arte,
Desde Fabal até Burlington,
E que cada Irmão leve sua Parte .

SOS
Anato/i 0/iynik

Coro
Que circulem os Brindes aos nobres Pedreiros;
E que seus Louvores ressoem na altiva Loja.

O CANTO DO VIGILANTE

ou, uma outra


HISTÓRIA DA ARTE DE CONSTRUIR.
Composto
Depois que o mais nobre Príncipe FELIPE Duque de WHARTON foi
escolhido como GRÃO-MESTRE.
Pelo Autor.
Para ser cantado e tocado na Comunicação Trimestral.

Quando estamos sós,


E já saíram os Estranhos,
No verão, Outono, Inverno e Primavera,
Comecemos a brincar, comecemos a cantar,
O PODEROSO GÊNIO da altiva Loja,
Em qualquer Época
Que convida
E bem inspira o PRÍNCIPE, o PADRE, o JUIZ,
o NOBRE E O Sábio a se unirem
Para erguer o GRANDE PROJETO dos Pedreiros.

11
Erguer o GRANDE PROJETO,
Foi sempre o Cuidado dos Pedreiros,
Desde ADÃO até antes do Dilúvio,
O velho NOÉ compreendeu a ARTE,
E a comunicou a JAFET, SEM e CAM,
Que ensinaram sua Raça
A construir rapidamente
A orgulhosa Cidade e Torre de BABEL, até que vieram
Admira-la muito, e então
Os Filhos dos Homens foram dispersados .

506
As Constituições dos Franco-Maçons - 1723

III
Mas se de suas Línguas confundidas
E das Regiões distantes fizeram uso,
Trouxeram de SHINAR boas Ordens,
Para cultivar a Arte que sabiam :
Assim cantemos primeiro os PRÍNCIPES das ilhas;
Em segu ida o Grande BELUS,
Que fixou sua Sede
Na velha Assíria, construindo pomposos Edifícios;
E as Pirâmides de MISRAIM entre
Os outros Objetos de nosso Canto.

IV
E SEM, que inculcou
A útil e maravilhosa Habilidade
No espírito das grandes Nações :
E em seguida ABRÃO, que relatou
A Ciência Assíria a seus Filhos, que quando estavam
Em Terras do Egito,
Em Mãos do Faraó,
Foram rudemente ensinados a se tornarem Homens hábeis;
Até que seu Grão-Mestre MOISÉS veio,
E os libertou de seus Inimigos .

v
Mas quem pode cantar seus Louvores,
A quem ergueu a TENDA?
Então cantemos seus Obreiros firmes como Aço,
AHOLLAB e BETZALEEI;
Cantemos Tiro e Sidon, e os velhos FENÍCIOS .
Mas a Mancha de SANSÃO
Nunca foi esquecida:
Ele divulgou seus Segredos à sua MULHER, a qual vendeu ·
Seu Marido, que por fim derrubou
O Palácio sobre todos da Cidade de Gaza.

507
Anato/i 0/iynik

VI
Mas o Rei SALOMÃO
Que cantamos com solene Destaque,
Que realizou enfim o GRANDE PROJETO,
Por sua Opulência, Poder e sua divina Arte;
Ajudado pelo sábio Príncipe Tírio HIRAM,
Por bons Obreiros,
Que conheciam
Do sábio HIRAM ABIF a Influência encantadora:
Ele brilhantemente ajudou os Mestres Judeus,
Cujos notáveis Trabalhos ninguém pode descrever.

VIl
Esses gloriosos Reis Pedreiros,
Cada Irmão agradecido canta, Eles que em seu Zênite ergueram a Arte,
E a todas as Nações ensinaram
A útil Habilidade: Pois do magnífico TEMPLO,
A todos os Países,
E Plagas estranhas,
Marcharam os Obreiros, e ensinaram o GRANDE PROJETO:
Dos quais os REIS, com os poderosos Pares,
E os Homens sábios, foram Vigilantes.

VIII
Em seguida o TEMPLO de Diana,
Situado na ÁSIA Menor,
E de BABILÔNIA as orgulhosas Muralhas foram a Sede
De NABUCODONOSOR o Grande;
O Túmulo de MAUSOLO, Rei da Caria;
Com muitos Edifícios
De alto Estilo
Na ÁFRICA e na Grande ÁSIA, cantemo-los,
Como os da GRÉCIA, da SICIÍLIO, e de ROMA,
Que dominou essas Nações.

508
As Constituições dos Franco-Maçons- 1723

IX
Pois Cantemos AUGUSTO também,
O verdadeiro Mestre Geral,
Que graças a VITRÚVIO melhorou
E espalhou o GRANDE PROJETO dos Pedreiros
Através do Norte e do Ocidente, até que os BRETÕES escolheram
A Arte Real
Por toda Parte,
E puderam revelar a Arquitetura Romana;
Até que a Fúria guerreira dos Saxões
Destruiu a Habilidade de vários Séculos.

X
Por fim o Estilo Gótico
Prevaleceu na Ilha Britânica,
Quando os Pedreiros reviveram o GRANDE PROJETO.
E prosperaram em sua Lojas bem formadas,
Se bem que não como ao Tempo dos Romanos:
Contudo cantemos os TEMPLOS
Dos Saxões, dos Dinamarqueses,
Dos Escoceses, Galeses, Irlandeses; mas cantemos antes os Louvores
De ATHELSTAN e do Príncipe EDWIN .
Nosso Mestre de grande Influência.

XI
Os REIS NORMANDOS igualmente
Canta o Pedreiro Britânico;
Até a restauração do Estilo Romano,
E as Coroas Britânicas fossem reunidas
Na cabeça do sábio JAMES, um Real Pedreiro, que ergueu
Belos Conjuntos de Pedras
Graças a INIGO JONES,
Que rivalizou com o sábio PALÁDIO, justamente célebre
Na Itália, e também na Grã-Bretanha,
Por sua Arquitetura sólida e verdadeira .

509
Anato/i 0/iynik

XII
E depois sob cada Reino
A Arte de Construir conquistou
Com os REIS, os Nobres e os Sábios,
Essa Fama que ressoou até os Céus,
Incitando esta Época a se reunir em Loja,
E a usar Aventais
Com Habilidade e Zelo,
Para salientar dos Pedreiros o antigo GRANDE PROJETO
E reviver o ESTILO de Augusto
Em muitos EDIFÍCIOS artisticamente gloriosos.

XIII
Daqui para diante cantemos sempre
O OBREIRO e o REI,
Com Poesia e doce Música
Façamos ressoar sua completa Harmonia;
E com a Geometria em Mão Hábil,
Paguemos devidamente a Homenagem,
Sem Demora,
Ao nobre DUQUE de WHARTON nosso MESTRE GRANDE:
Ele dirige os Filhos da ARTE nascidos Livres,
Pelo Amor e a Amizade, mão e Coração,

Coro
Quem pode repetir os Louvores,
Em doces e Poéticos Cantos,
Ou em boa Prosa, dos verdadeiros PEDREIROS,
Cuja Arte transcende o Ver comum?
Seus Segredos, nunca ainda revelados aos Estranhos,
Serão conservados
Pelos Pedreiros Livres,
E à antiga Loja somente serão revelados;
Pois estão guardados no CORAÇÃO dos Pedreiros
Pelos Irmãos da ARTE REAL.

"Para completar está Página, pensou-se que não seria mal inserir
aqui um Parágrafo de um velho Arquivo dos Pedreiros, ou seja, a
Corporação dos Pedreiros, também chamados PEDREIROS LIVRES, DE

510
As Constituições dos Franco-Maçons - 1723

VELHA Estirpe e boa Reputação, através de Reuniões afáveis e acolhedoras


realizadas em Épocas diversas, como sempre convém à uma Irmandade
cheia de afeição, freqüentada essa Assembléia mútua ao Tempo do Rei
HENRIQUE V6 no 12° Ano de seu gracioso Reinado . E o referido Arquivo
descrevendo um Escudo de Armas, muito parecido com o da
CORPORAÇÃO dos Livres Pedreiros de LONDRES, acredita-se geralmente
que a dita Corporação descende da antiga Fraternidade; e que em Épocas
anteriores nenhum Homem era considerado Livre nessa Corporação
enquanto não fosse instalado em alguma Loja de Pedreiros Livres e Aceitos,
como necessária Qualificação. Mas essa Prática louvável parece ter caído
há bastante tempo em Desuso . Os Irmãos das Nações estrangeiras também
descobriram que muitas nobres e antigas Sociedades e Ordens de Homens
receberam suas Obrigações e Regulamentos dos Pedreiros Livres (que
constituem hoje a mais antiga Ordem sobre a Terra), e talvez originalmente
Membros também da citada antiga e respeitável Fraternidade. Mas isso
será evidenciado no tempo devido."

Observe-se que Anderson fala de uma Assembléia no 12° ano de


reinado de Henrique V, da Inglaterra . Acontece que, Henrique V reinou
entre 1413 e 1422 totalizando apenas 9 anos.

6Henrique V da Inglaterra (1387-1422), rei da Inglaterra (1413-1422), filho e sucessor de Henrique IV.
Ficou famoso por suas vitoriosas campanhas militares contra a França. Derrotou a família rebelde dos
Percy e sufocou a revolta do príncipe galês Owen Glendower. Também continuou a política de seu pai ,
perseguindo a seita religiosa dos lollardos.
Em 1415, Henrique declarou guerra à França, vencendo a batalha de Agincourt, e, em 1419, conquistou a
Normandia. Assinou um tratado de paz em Troyes com Carlos VI da França, em 1420, pelo qual foi
combinado o seu casamento com Catalina de Valois, filha de Carlos, assegurando-se, desse modo, a promessa
da sucessão ao trono da França. Foi sucedido por seu filho Henrique VI.

511
O CANTO DO MESTRE:
Ou,
A HISTÓRIA DA ARTE DE CONSTRUIR.
Pelo Autor.

Para ser cantado com um Coro, quando o MESTRE o permitir, sejam


uma Parte apenas, ou o todo, como lhe aprouver.

PARTE I

Adão, o primeiro do Gênero humano,


Criado com a GEOMETRIA
Gravada em seu Espírito Real,
Instruiu logo sua Progenitura
CAIM e SETH, que então aperfeiçoaram
A Ciência liberal na Arte
Da ARQUITETURA, que eles amavam,
E que comunicaram a seus Descendentes

11
CAIM construiu primeiro uma Cidade bela e poderosa,
Que chamou Consagrada,
Do Nome de Enoch, seu Filho mais velho,
E toda sua Raça o imitou:
Mas o piedoso ENOCH, saído dos Flancos de Seth,
Construiu duas Colunas com grande Habilidade:
E reuniu toda sua Família
Para construir verdadeiras colunatas .

III
Nosso Pai NOÉ surgiu em seguida,
Um Pedreiro também divinamente instruído;
E sob Ordens divinas construiu
A ARCA, que tinha uma enorme Carga:
Ela foi construída segundo a verdadeira Geometria,
E foi uma bela Peça de Arquitetura;
Noé ajudado por seus Filhos, em número de TRÊS,
Concorreram juntos para o grande Projeto.

513
Anato/i 0/iynik

IV
Assim do Dilúvio universal ninguém
Foi salvo, menos os Pedreiros e suas Esposas,
E toda Humanidade só deles sendo
Descendente, fez prosperar a Arquitetura;
Pois eles, capazes de se multiplicarem rapidamente.
Aptos a se dispersar e povoar a Terra,
No largo e soberbo Planalto de SHINAR,
A ARTE DE CONSTRUIR deram um segundo Nascimento.

v
Pois a maioria da Humanidade foi empregada,
Em construir a Cidade e a Torre;
A Loja Geral ficou arrebatada de alegria,
Com tais Efeitos do Poder dos Pedreiros;
Até que sua orgulhosa Ambição provocou
Seu Criador a confundir a Conjura;
Contudo se bem que em Línguas confusas falaram,
Não esqueceram jamais a sábia Arte.

Coro
Quem pode revelar a Arte Real?
Ou cantar seus Segredos em um Canto?
Eles estão bem guardados no CORAÇÃO do Pedreiro.
E pertencem à antiga Loja.
[Faz-se aqui uma pousa poro beber à Saúde do otual GRÃO-MESTRE].

PARTE 11

Então deixando BABEL se dispuseram


Em Colônias para Regiões longínquas.
Todos verdadeiros Maçons, que podiam contar
Suas Obras para aqueles dos Tempos posteriores
O Rei NEMROD fortificou seu Reino,
Com Castelos, Torres, e belas Cidades:
MISRAIM, que Governava o Egito.
Ali construiu prodigiosas Pirâmides.

514
As Constituições dos Franco-Maçons - 1723

11
JAFET. E sua Raça valente,
Não deixaram a Arte de Construir por menos;
Nem SEM, e aqueles que o sucederam
Às Bênçãos prometidas por Herança;
Pois o Pai ABRÃO trouxe de UR
A Geometria, a boa Ciência;
Que revelou, sem demora,
A todos os descendentes de seu Sangue.

III
Mesmo a Raça de JACOB com o tempo foi ensinada,
A deixar de lado o Bordão do Pastor,
E a usar a Geometria foi conduzida,
Enquanto esteve sob o Jugo cruel dos Faraós;
Até que nasceu MOISÉS o Mestre Pedreiro,
E levou a SANTA LOJA de lá,
E preparou os Pedreiros, aos quais quis
Dar sua Ciência notável.

IV
AHOLIAB e BETZALEEL,
Homens inspirados, construíram a TENDA;
Onde o Schekinah decidiu habitar,
E a Habilidade Geométrica surgiu:
Pois quando os valentes Pedreiros ocuparam
Canaã, os sábios FENÍCIOS aprenderam
Que as Tribos de Israel eram mais hábeis
Em arquitetura sólida e verdadeira.

v
Pois o Templo de DAGON na cidade de Gaza,
Artisticamente apoiado em duas COLUNAS;
Pelos Braços potentes de SANSÃO foi derrubado
Sobre os Senhores Filisteus, que massacrou;
Se bem que fosse o mais belo Edifício construído
Pelos Filhos de Cana, não se podia comparar
Ao Templo do louvado Criador,
Por sua Força gloriosa e sua Estrutura bela.

515
Anato/i 0/iynik

VI
Mas aqui paramos um instante para brindar
À saúde de nosso MOSTRE e dos nossos Vigilantes;
E prevenir-se todos a evitar a Costa
Onde Naufragaram a Fama e a Fé de Sansão
Tendo um dia revelado seus Segredos à sua ESPOSA,
Sua Força se foi, sua Coragem enfraqueceu,
Aos seus cruéis Inimigos foi exposto,
E nunca mais recebeu o nome de Pedreiro.

Coro
Quem pode revelar a Arte Real?
Ou cantar seus Segredos em um Canto?
Eles estão bem guardados no CORAÇÃO do Pedreiro,
E pertencem à antiga Loja.

[Faz-se aqui uma pausa para beber à Saúde do Mestre e dos Vigilantes
dessa Loja particular]

PARTE III

NÓS cantamos dos MAÇONS a Fama antiga


Quando oitenta Mil Obreiros estavam ·
Sob MESTRES de Nomeada,
Três mil e Seiscentos de valor.
Foram empregados por SALOMÃO o Sire,
E MESTRE PEDREIRO Geral também;
Quando HIRAM estava em Tiro a majestosa,
Como Jerusalém construída por verdadeiros Pedreiros.

11
A Arte Real era então divina,
Os Obreiros aconselhados do alto,
O Templo eclipsou todas as Obras,
O Mundo maravilhado tudo aprovou;
Homens engenhosos, de todos Lugares,
Vieram inspecionar o glorioso Monumento
E, de volta as casas, começaram a copiar
E a imitar seu elevado Estilo.

516
As Constituições dos Franco-Maçons - 1723

III
Por fim os GREGOS vieram a conhecer
A Geometria, e aprenderam a Arte,
A qual o grande PITÁGORAS demonstrou,
E que o glorioso EUCLIDES lhes comunicou;
O espantoso ARQU l MEDES também,
E muitos outros Sábios de valor;
Até quando os antigos ROMANOS examinaram
A Arte, e compreenderam a Ciência .

IV
Mas quando venceram a altaneira ÁSIA,
E a GRECIA e o EGITO subjugados,
Em Arquitetura excederam,
E Trouxeram toda a Ciência para ROMA;
Onde o sábio VITRÚVIO, o primeiro Mestre
Dos Arquitetos, aperfeiçoou a Arte,
Nos Tempos pacíficos do Grande AUGUSTO,
Quando as Artes e os Artistas eram queridos.

v
Do Este trouxeram o Saber:
E como submeteram as Nações,
A espalharam de Norte a Oeste,
E ensinaram ao Mundo a Arte de Construir;
Testemunhado pelas Cidadelas e suas Torres,
Para tornar mais fortes suas belas Legiões,
Seus Templos, Palácios, e Moradias,
Que falam dos Pedreiros o GRANDE PROJETO.

VI
Assim os poderosos Reis do Oriente, e alguns
Descendentes de Abrão, como os bons Monarcas,
·Do Egito, da Síria, da Grécia, e de Roma,
Compreenderam a verdadeira Arquitetura
Nada de espantar se os Pedreiros se reúnem,
Para celebrar esses Reis-Pedreiros,
Com uma Nota solene e um correr de Vinho,
Enquanto os Irmãos cantam juntos.

517
Anato/i 0/iynik

Coro
Quem pode revelar a Arte Real?
Ou cantar seus Segredos em um Canto?
Eles estão bem guardados no CORAÇÃO do Pedreiro,
E pertencem à antiga Loja.

[Faz-se aqui uma pausa para beber à Memória gloriosa dos


Imperadores, Reis, Príncipes, Nobres, Burgueses, Eclesiásticos, e Sábios
eruditos, que sempre propagaram a Arte].

PARTE IV

OH! Dias gloriosos para os sábios Pedreiros,


Quando através do IMPERIO Romano
Sua Fama, ressoando até nos Céus,
Os proclamava Homens bons e úteis;
E durante muitas Eras foram empregados,
Até que os GODOS, em Fúria guerreira
E Ignorância brutal, destruíram
O Trabalho de Séculos de sabedoria.

11
Mas quando os GODOS conquistadores foram levados
A abraçar a Fé Cristã, descobriram
A Loucura de que seus Pais foram culpados,
Na perda da encontrada Arquitetura
Por fim seu Zelo por TEMPLOS majestosos,
E uma Grandeza opulenta, durante a Paz,
Os fez empregar seus Esforços extremos,
Em construir seus MONUMENTOS GÓTICOS.

III
Assim muitos EDIFÍCIOS suntuosos e notáveis
Foram erguidos em cada Pais Cristão,
Apesar de não serem conformes ao ESTILO Romano,
Entretanto impunham RESPEITO:
O REI e a PROFISSÃO sempre de acordo,
Em Lojas bem aptas a suprir
A Falta deplorável da Habilidade Romana
Com seu novo modo da Arte de Construir.

518
As Constituições dos Franco-Maçons - 1723

IV
Durante muitos Séculos foi assim,
Sua Obra foi considerada de Arquitetura;
Em INGLATERRA, ESCÓCIA, IRLANDA, GALES,
Os Artesãos são altamente estimados,
Pelos REIS, como MESTRES de Loja,
Por muitos ricos e nobres PARES
Pelo SENHOR, pelos PADRES e pelo JUIZ,
Por todo o Povo em todo lugar.

v
Assim dizem os antigos Arquivos dos Pedreiros
Que o Rei ATHELSTAN, de Sangue Saxônico,
Outorgou-lhes uma Carta para livremente ficarem
Em uma LOJA ALTIVA, com boas Ordens,
Tiradas dos velhos Escritos por seu Filho 7 ,
O Príncipe EDWIN, brilhante MESTRE GERAL,
Que logo encontrou Irmãos em York,
E para essa Loja tudo comunicou.

VI
Então suas Leis e belas Obrigações
Foram seguidas com Cuidado em cada Reino,
De Linhagem SAXÔNICA, DINAMARQUESA, ou NORMANDA,
Até a reunião das COROAS Britânicas:
O Primeiro Monarca de toda a ILHA
Foi o sábio JAMES, um Rei Pedreiro,
Que o Primeiro entre os Reis fez reviver o Estilo
Do Grande AUGUSTO: Assim cantemos.

Coro
Quem pode revelar a Arte Real?
Ou cantar seus Segredos em um Canto?
Eles estão bem guardados no CORAÇÃO do Pedreiro.
E pertencem à antiga Loja.

7O Prfncipe EDWIN não era filho do Rei ATHELSTAN que não foi casado e jamais teve filhos; mas sim,
seu Irmão de sangue. (Nota do autor).

519
Anato/i 0/iynik

[Faz-se aqui uma pausa para beber à feliz Memória de todos aqueles
que fizeram Reviver o antigo Estilo de Augusto].

PARTE V

ASSIM como na Itália a Arte


Nasceu dos ESCOMBROS GÓTICOS;
E que o Grande PALADIO fez conhecer
Um Estilo justamente glorificado pelos Pedreiros:
Aqui o seu poderoso Rival JONES,
O Primeiro dos Arquitetos Britânicos,
Construiu tão gloriosos Conjuntos de Pedras,
Que jamais foram igualados desde os Tempos de CÉSAR.

11
O Rei CARLOS o Primeiro, um Pedreiro também,
Com vários Pares, e Homens de fortuna,
O empregou com seus fiéis Obreiros,
Até o começo das lastimáveis Guerras Civis.
Mas depois da Paz e da restauração da Coroa
Apesar de LONDRES ter sido reduzida a Cinzas,
Pela Arte dos Pedreiros e boa Inteligência,
Foi uma bela LONDRES que reergueu a Cabeça.

III
O Rei CARLOS o Segundo ergueu então
A mais bela Coluna da Terra,
Fundou São Paulo, esse Templo majestoso,
E a Bolsa Real, com Júbilo e Alegria:
Mas em seguida as Lojas se abateram,
Até que o Grande NASSAU fez renascer o Gosto,
Cujo brilhante Exemplo prevaleceu tanto,
Que daí por diante a Arte prosperou.

IV
Deixemos outras Nações ufanarem-se à vontade,
A GRÃ-BRETANHA agora não se incomoda com ninguém,
Pela Geometria verdadeira e a Habilidade,
Construindo em Madeira, Tijolo e Pedra;

520
As Constituições dos Franco-Maçons - 1723

Para a Arquitetura de toda espécie,


Para as LOJAS notáveis, onde encontramos
Reunidos os Nobres e os sábios,
Para beber com os Obreiros fiéis e bons .

v
Agora que os bons Irmãos se rejubilam,
E enchem o Copo com o Coração alegre;
Que exprimam com Voz reconhecida
Os Louvores da maravilhosa ARTE :
Que a Saúde de cada Irmão seja feita uma a uma,
Não para Tolos ou Velhacos, mas VERDADEIROS PEDREIROS;
E façamos ressoar a Fama de nosso MESTRE,
O Nobre Duque de MONTAGU.

Coro
Quem pode revelar a Arte Real?
Ou cantar seus Segredos em um Canto?
Eles estão bem guardados no CORAÇÃO do Pedreiro,
E pertencem à antiga Loja .

521
APÊNDICE X

James Andersen
JAMES ANDERSON

Por lrm. LIONEL VIBERT, Mestre Passado da Loja Quatuor


Coronati Nº. 2076, Inglaterra.

O Construtor - agosto de 1723


O lrm. Lionel Vibert, de Marline, Lansdowne, Bath, Inglaterra, é o autor
de "A Franco-maçonaria antes da existência das Grandes Lojas" e "A História
da Arte" e é o editor de Misce/lanea Latomorum. Ele contribuiu com documentos
para a Ars Quatuor Coronatorum, notavelmente um sobre "O Companheirismo
Francês", um tratado crítico e exaustivo que é destinado a substituir o capítulo
famoso de Gould entre as fontes disponíveis para os estudantes principiantes
daquele tema importante. Após ter dedicado sua atenção por vários anos à
Maçonaria pré Grande Loja, o lrm. Vibert está agora se especializando na era
da Grande Loja os registras da qual sejam ainda tão confusos ou incompletos,
que, apesar da grande quantidade de trabalho já realizado por estudiosos no
passado, um trabalho "grande como os Doze Trabalhos de Hércules" resta
ainda a ser feito. O documento a seguir é um dos primeiros estudos publicados
pelo autor sobre era da Grande Loja. Para nós Maçons brasileiros, que vivemos
sob três Obediências e a quem jurisprudência maçônica é uma preocupação
quase necessária, qualquer nova luz sobre aquele período formativo e crítico,
e especialmente sobre James Anderson, cujas Constituições são a base de
nossas leis, não só é interessante como também útil.
"A Grande Loja, fundada em 1717, não achou necessário possuir sua
própria Constituição por alguns anos. O que ocorreu exatamente entre 1717 e
1721 nós não sabemos. Nossa quase única fonte é a informação dada por
Anderson em 1738 que não é confiável em muitos aspectos. Na verdade, não
se pode afirmar com certeza se, até 1721, houveram mais do que as originais
quatro Lojas Antigas; aparentemente pelas Listas e outros registras que
possuímos a primeira loja a se filiar a elas não o fez antes julho daquele ano;
as afirmações quanto ao número de lojas novas a cada ano dadas por Anderson
não são passíveis de verificação. Também foi no ano 1721 que o Duque de
Montagu foi feito Grão-Mestre, tendo provavelmente se filiado à Arte apenas
as vésperas de 24 de junho. O efeito dele se tornar Grão-Mestre- um fato
anunciado na imprensa diária da época- foi que a Arte ganhou popularidade,
seus números aumentaram, e novas lojas foram rapidamente constituídas.
Anato/i 0/iynik

Mesmo agora não era previsível que a Grande Loja ampliaria o âmbito de
suas atividades além de Londres e Westminster, mas o Grão-Mestre George
Payne 1 , possivelmente antecipando o estímulo que seria promovido pela
ascensão do Duque à Arte, providenciou um conjunto de Regulamentos Gerais,
que foram lidos por ocasião da sua instalação. Infelizmente não possuímos
aquele texto original mas temos apenas a versão revisada e expandida por
Andersen. Podemos entender que, em muito pouco tempo, seria necessário
que estes regulamentos fossem impressos e publicados para a Arte. Sua
publicação foi empreendida por Andersen que aproveitou a oportunidade para
escrever uma história da Arte como uma introdução e para preparar um conjunto
de Obrigações; sua intenção foi claramente a de dar ao novo corpo um
documento que substituiria em todos os aspectos as Antigas Constituições
Manuscritas. O documento consiste em uma dedicação escrita por John-
Theophilus Desaguliers, Deputado do Grão-Mestre, e endereçada ao Duque
de Montagu como Grão-Mestre recente; uma introdução Histórica; um conjunto
de seis Obrigações; os Regulamentos de Payne, revisados; a maneira de
constituir uma nova loja; e canções para o Mestre, Vigilantes, Companheiros
e Aprendizes dos quais o último é bem conhecido na Inglaterra e ainda é
cantado até hoje em muitas Lojas. Também há uma fachada elaborada.
O trabalho foi publicado por J. Senex e J. Hooke, em 28 de fevereiro de
1722-3, quer dizer 1722 de acordo com a avaliação oficial ou civil, mas 1723
pelo denominado Novo Estilo, o modo popular de avaliação. (Não se tornou o
estilo oficial até a reforma do calendário em 1752.) A página de título leva
apenas a data 1723.
O Reverendo Andersen nasceu em Aberdeen, e foi Mestre de Artes da
Faculdade de Marischal naquela cidade. Ele estava em Londres em 171 O e
foi o ministro de uma Capela presbiteriana na Swallow Street, Piccaldilly, até
1734. Ele também era o capelão do Conde de Buchan , e como o Conde era
um nobre representante da Escócia de 1714-1734, provavelmente foi durante
estes anos que ele manteve um estabelecimento em Londres. Não sabemos
se o Conde era um Maçom, embora seus filhos fossem . Quando Andersen foi
iniciado, não sabemos tampouco; mas pode ter sido na Loja de Aberdeen. Há
uma semelhança notável entre a sua inscrição nas Constituições de seu nome
como "Mestre de uma Loja e Autor deste Livro", e sua inscrição no Livro de
Marca de Aberdeen , de "James Andersen , Vidraceiro e Maçom e Escritor deste
Livro". Isto foi em 1670 e este James Andersen é sem dúvida outra pessoa.

1 Elei to Grão-Mestre em 17 18 e 1720.

526
James Anderson

Apenas acontece infelizmente que as atas do período preciso durante o qual


nós poderíamos esperar achar nosso autor, foram perdidas. Em todo caso,
ele estava familiarizado com a terminologia escocesa, e sem dúvida ele teve
alguma participação em introduzi-la na Franco-maçonaria inglesa.
Nem pode afirmar com certeza quando ele se filiou à Arte em Londres.
Ele era o Mestre de uma loja em 1722, uma loja não identificada ainda, mas
não há qualquer registro de ele ter tido qualquer relação com a Grande Loja
antes do Grão Mestrado do Duque de Montagu. Ele nem mesmo esteve
presente na instalação do Duque; em todos os eventos Stukeley não o nomeia
como estando lá. Ele próprio, na sua versão das atas, introduz seu próprio
nome pela primeira vez na próxima reunião".

Como Anderson escreveu a Constituição


Sua própria referência ao trabalho, dada como em 1738, é que ele foi
instruído por Montagu em 29 de setembro de 1721 a compilar as Antigas
Constituições góticas em um método novo e melhor, que em 27 de dezembro,
Montagu designou quatorze irmãos instruídos para examinar o MS., e que
depois que eles o tivessem aprovado foi ordenado que fosse impresso em 25
de março de 1722. Ele continua dizendo que foi produzida a impressão para a
aprovação da Grande Loja em 17 de janeiro de 1722-3, quando a maneira do
Grão-Mestre Wharton de constituir uma loja foi adicionada. No livro
propriamente dito, está impressa uma Aprovação formal pela Grande Loja e
pelos Mestres e os Vigilantes de vinte lojas (com a exceção de dois Mestres)
que não está datada e também uma cópia de uma resolução da Comunicação
Trimestral de 17 de janeiro de 1722-3, determinando a publicação e
recomendando-a a Arte.
Com respeito ao comitê de quatorze irmãos instruídos e às três ocasiões
nas quais o livro foi supostamente considerado na Grande Loja, a própria
Aprovação afirma que o autor primeiro submeteu seu texto para o exame dos
Grãos-Mestres Adjuntos presentes e anterior e de outros irmãos instruídos e
também dos Mestres de lojas, e então entregou-o ao Grão-Mestre Montagu
que pelo conselho de vários irmãos ordenou que o mesmo belamente impresso,
o que não é bem a mesma coisa.
E é de ser notado que, em 1735, o Anderson apresentou-se diante da
Grande Loja para protestar contra as ações de um Smith que tinha pirateado
as Constituições que eram de sua propriedade exclusiva. Sua versão deste
incidente na edição de 1738 suprime esta circunstância interessante. E mais,
está muito claro pelas atas da Grande Loja que o aparecimento do livro causou

527
Anato/i 0/iynik

bastante dissensão na própria Grande Loja, e colocou a Arte em situação


ridícula para fora; em particular a re-escritura dos Regulamentos de Payne
por Anderson foi considerado uma exceção pois o próprio Anderson não
apareceu novamente na Grande Loja por quase oito anos.
O caso real parece ser que Anderson decidiu escrever o trabalho como
sua tarefa privada e que isto foi sancionado, uma vez que era desejável que
os Regulamentos fossem pelo menos publicados, sem um exame muito
cuidadoso do seu texto, ou como um tanto dele estava pronto, e que, quando
foi publicado, foi descoberto, senão muito tarde, que ele tinha assumido o que
para muitos eram liberdades incompatíveis não só com as Obrigações
tradicionais mas também com os Regulamentos de Payne.

Análise das Constituições


Usando o termo Constituições ele estava seguindo a fraseologia de
muitas das versões das Antigas Obrigações, e de fato a palavra ocorre (em
latim) no Regius, entretanto o Anderson nunca viu isto. Era aparentemente
tradicional na Arte. O conteúdo do próprio trabalho indica que as várias porções
foram compiladas em datas diferentes e o Anderson nos diz que não foi todo
impresso durante o mandato de Montagu.
Tomando a Aprovação primeiro, este foi assinado por todos os oficiais
de vinte lojas; o Mestre e ambos os Vigilantes menos dois. Daqueles, os de
número oito e dez, o lugar para a assinatura do Mestre está em branco. O Sr.
Mathew Birkhead é mostrado como Mestre de número cinco; e ele morreu em
30 de dezembro de 1722. Portanto a Aprovação deve ter ocorrido de uma
data anterior e das vinte lojas sabemos que a de número dezenove foi
constituído em 25 de novembro de 1722, e a de número vinte, como é provável ,
é de data posterior, poderia ter sido constituída no mesmo dia mas é mais
provável que tenha sido alguns dias depois. Assim nós podemos datar a
Aprovação dentro de limites estreitos. Na sua edição de 1738 Anderson dá
uma série de números de lojas no rol da Grande Loja em datas diferentes que
não podem ser conferidas com qualquer fonte independente, e ele sugere
que em 25 de março de 1722, já existiam pelo menos vinte e quatro lojas
porque ele afirma que os representantes das vinte e quatro lojas prestaram
sua homenagem ao Grande Mestre naquela data; e que aqueles das vinte e
cinco o fizeram em 17de janeiro de 1722-3. Por causa da afirmação de
Anderson sobre vinte e quatro lojas alguns escritores especularam sobre as
lojas das quais os oficiais se abstiveram de assinar ou que foram ignorados
pelo autor. Mas a verdade provavelmente é que estas lojas - se elas realmente
existiam - simplesmente não foram representadas na reunião.

528
James Anderson

A Aprovação foi assinada por Wharton como Grande Mestre, Desaguliers


como Adjunto, e Timson e Hawkins como Grandes Vigilantes. De acordo com
a história como contada por Anderson em 1738 Wharton se elegeu
irregularmente Grão-Mestre em 24 de junho de 1722, quando ele indicou estes
irmãos como seus Vigilantes mas omitiu-se de indicar um Adjunto. Em 17 de
janeiro de 1722-3, o Duque de Montagu, "reconciliou a ruptura", proclamou
Wharton Grão-Mestre, e ele então indicou Desaguliers como seu Adjunto e
Timson e Andersen, (não Hawkins) os vigilantes, e o Andersen adiciona que
sua indicação foi feita porque Hawkins fora demitido por estar sempre fora da
cidade. Se esta história pudesse ser aceita a Aprovação foi assinada por três
oficiais que nunca estiveram simultaneamente em exercício, uma vez que
quando Desaguliers entrou Hawkins já tinha sido demitido. Isto por si só não
lançaria qualquer dúvida na narrativa posterior de Anderson, mas de fato nós
sabemos que toda sua história de Wharton era um tecido de fabricação. Os
jornais diários do período provam que o Duque de Wharton foi instalado de
fato em 25 de junho, e ele então indicou Desaguliers como seu Adjunto e
Timson e Hawkins como seus Vigilantes. Andersen foi infeliz negligenciando
o fato que sua data, 24 de junho, era impossível por ser domingo, um dia
expressamente proibido pelos Regulamentos de Payne para reuniões da
Grande Loja. Há indícios de alguma discordância; aparentemente alguns
irmãos desejavam que Montagu continuasse, mas de fato Wharton entrou no
curso regular; a lista de oficiais da Grande Loja no livro de atas da Grande
Loja mostra-o como Grão-Mestre em 1722. E que a demissão de Hawkins foi
meramente uma alegação de Anderson. Nesta mesma lista ele aparece como
Grande Vigilante, mas o próprio Andersen escreveu as palavras (as quais ele
teve o cuidado de reproduzir em 1738): "Que foi demitido e James Anderson
A.M. foi escolhido para seu lugar"; vide a reprodução fotográfica do registro
na página 196 da Quatuor Coronatorum Antigrapha Vol. X; enquanto que na
primeira ata registrada da Grande Loja que em 24 de junho de 1723, o registro
sobre os Grandes Vigilantes consta originalmente: Joshua Timson e o
Reverendo Sr. James Anderson que exerceu por Sr. William Hawkins. Mas
estas últimas seis palavras foram cuidadosamente apagadas, vide a
reprodução fotográfica à página 48 Quatuor Corontorum Antigrapha VOL X
que os traz à luz novamente. Hawkins era então ainda o Grande Vigilante em
junho de 1723 , e naquela ocasião o Andersen exerceu por ele na reunião de
janeiro. A explicação de toda esta estória parece ser que Anderson, em 1738,
não estava ansioso por enfatizar sua associação com Wharton, que depois
do seu mandato como Grão-Mestre revelou-se um renegado e Jacobite, e um
inimigo da Arte. Ele morreu na Espanha em 1731. Para o Livro de Constituições
de 1738 há uma Aprovação completamente nova.

529
Anato/i 0/iynik

Mas nós ainda não terminamos com esta Aprovação razão porque surge
a próxima pergunta: Em que reunião da Grande Loja ela foi delineada? A
autorização para publicar se refere a uma reunião de 17 de janeiro de 1722-
23, e que houve tal reunião está implícito pela referência a este documento
nas atas oficiais de junho, quando a acuidade desta parte delas não é
impugnada. Mas esta Aprovação foi, como vimos, delineada entre o fim de
novembro e o fim de dezembro de 1722 e, entre estes limites, uma data mais
cedo é mais provável que uma mais data mais tarde. Tal reunião não é
mencionada pelo próprio Anderson em 1738. Mas a explicação disto é, sem
dúvida, que ele tem agora seu conto da proclamação de Wharton naquela
reunião de 17 de janeiro, e qualquer referência a uma reunião de
aproximadamente um mês antes, presidida por aquele nobre, estultificaria a
narrativa. É provável que uma reunião tenha sido de fato celebrada, e que sua
ocorrência tenha sido suprimida por Anderson quando ele veio a publicar sua
narrativa dos atos da Grande Loja quinze anos depois. A alternativa seria que
todo o documento não fosse autorizado, mas uma fraude tão descarada nunca
poderia ter escapado à crítica contemporânea. Verdadeiramente os caminhos
do enganador são duros.

A descrição da fachada
A Fachada para as Constituições de 1723 que foi usada outra vez sem
alteração em 1738 representa uma arcada clássica no primeiro plano na qual
estão dois nobres personagens, cada um atendido por três outros dos quais
um deles à esquerda do espectador leva capotes e pares de luvas. Os
personagens principais podem dificilmente representar quaisquer outros que
não Montagu e Wharton; e Montagu está usando os trajes da Liga [Ordem da
Jarreteira], e está entregando para seu sucessor um rolo das Constituições,
não um livro.
A intenção disto pode ter sido para o manuscrito de Anderson ainda não
impresso, ou, mais provável indica que uma VEirsão das Velhas Constituições
era considerada na ocasião como parte do equipamento do Grão-Mestre que
seria uma sobrevivência de prática Operativa. Atrás de cada Grão-Mestre estão
seus oficias, Beal, Villeneau, e Morris de um lado, e do outro Desaguliers, Timson,
e Hawkins, Desaguliers como um clérigo e os outros dois em vestimentas normais,
e evidentemente foi feita uma tentativa em cada caso para apresentar retratos
reais. É desnecessário supor, como nós teríamos se nós aceitássemos a história
de Anderson que esta prancha foi planejada, delineada, e impressa no curto
intervalo entre 17 de janeiro e 28 de fevereiro. Ela deve obviamente ter sido
preparada em algum momento após 25 de junho de 1722. Por ela Anderson é
uma vez mais contradito, porque aqui está Hawkins - ou em todo o caso alguém

530
James Anderson

em roupas normais- como Grande Vigilante, e não o Reverendo James Anderson,


como deveria ser o caso se Wharton não fosse o Grão-Mestre até janeiro e
então substituir o ausente Hawkins pelo Doutor. A única outra prancha no livro
é uma ilustração elaborada das armas do Duque de Montagu que está no
cabeçalho da primeira página da dedicação.
Podemos datar a porção histórica do trabalho pela circunstância que
ela termina com as palavras: "nosso presente respeitável Grão-Mestre, o mais
nobre Príncipe John, Duque de Montagu". Podemos estar razoavelmente certos
que as emendas, de Anderson, dos Regulamentos de Payne, foram em parte
feitas depois dos incidentes da eleição de Wharton porque el as contêm
providências elaboradas para a possível continuação do Grão-Mestre e para
a nomeação ou eleição do seu sucessor e novamente, nas obrigações há
uma referência aos Regulamentos até então anexados. Mas além desta
evidência interna, (e que da Aprovação e sanção para a publicação já referidas),
o único guia que temos, para as datas de impressão das várias seções do
trabalho, é a maneira pela qual ocorre o jogo de palavras dos editores. A
ausência de um jogo de palavras não é à prova de que as seções tenham sido
impressas em momentos diferentes porque poderia ser omitido se, p.e.,
estragasse a aparência de uma parte do conto; mas a ocorrência de um jogo
de palavras é uma indicação muito forte de que as seções vinculadas tenham
sido impressas junto. Agora na Constituição de 1723 eles ocorrem como segue:
desde a dedicação até a história, nenhum; da história até as Obrigações, jogo
de palavras; das Obrigações até um Pós-escrito 'ponha aqui para encher uma
pagina' , jogo de palavras; daí até os Regulamentos , nenhum; dos
Regulamentos até o método de constituir uma Nova Loja, jogo de palavras;
daí até a Aprovação, nenhum; da Aprovação até a seção final, as canções,
nenhum ; e nenhum daqui para a autorização para publicar na última página.
Deste modo podemos agora datar as várias partes do trabalho com
algum grau de certeza. Os períodos são como segue:
• A placa; em qualquer tempo depois de 25 de junho de 1722.
• A dedicação, provavelmente escrita imediatamente antes da publicação.
• A parte histórica; anterior a 25 de junho de 1722.
• As Obrigações impressas com a seção precedente, mas rascunhada
juntamente com os Regulamentos.
• pós-escrito; o mesmo.
Os Regulamentos Gerais, depois da instalação de Wharton O método de
constituir uma nova Loja; impresso com a seção precedente.

531
Anato/i 0/iynik

• A Aprovação; entre 25 de novembro e fim de dezembro de 1722.


• As canções e a autorização para publicar; depois de 17 de janeiro de
1722-3, e provavelmente na última hora.
Destas seções, a placa e a Aprovação já foram tratadas. A dedicação
não demanda qualquer atenção especial; ela é uma apologia extravagante à
precisão e à diligência do autor. As canções são de pouco interesse exceto a
familiar Canção do Aprendiz, e esta é descrita agora como por nosso saudoso
Irmão Matthew Birkhead.

A parte histórica
Esta parte requer um pouco mais de atenção. A história lendária, como
talvez não seja necessário recordar aos leitores, trouxe a Maçonaria ou a
Geometria das crianças de Lamech para Salomão; então saltou para a França
e Charles Martel; e então através de St. Alban, Athelstan e Edwin, esta valiosa
Arte foi estabelecida na Inglaterra. Na família Spencer de MSS nenhuma
tentativa foi feita para preencher as lacunas óbvias nesta narrativa pela
introdução dos segundo e terceiro templos, aqueles de Zerubbabel e de
Herodes, e pela eliminação do rei Auviragus da Inglaterra como um vínculo
com Roma, França e Charles Marte I, enquanto uma série de monarcas também
foi introduzida entre o Rei Paynim de St. Alban e Athelstan. O plano de Anderson
era completamente diferente. Ele era obcecado pela idéia da perfeição da
arquitetura romana, o que ele chamava de o Estilo Augustan, e ele assumiu a
atitude que a então recente introdução da arquitetura da Renascença na
Inglaterra como um retorno a um modelo do qual o gótico teria sido meramente
um lapso bárbaro. Ele acompanha a Arte desde Caim que construiu uma
cidade, e que foi instruído em Geometria por Adão. Aqui ele está sem dúvida
meramente melhorando seus originais que estavam de acordo com os filhos
de Lamech. A afirmação mostra um desejo enorme de algum senso de humor,
mas então deste modo faz todas suas contribuições para a história. Mas é
importante mostrar que isto sugere algo mais; sugere que ele não tinha qualquer
familiaridade com a literatura polida do período. Nenhuma pessoa bem lida
da época seria alheia aos escritos de Abraham Cowley, o poeta e ensaísta da
Restauração, e a frase de abertura de seu Ensaio da Agricultura é: " Os três
primeiros homens no mundo foram um jardineiro, um lavrador e um pastor; e
se qualquer homem objetar que o segundo destes era um assassino, eu
desejaria que ele considerasse que tão logo que ele assim se tornou ele
abandonou a nossa profissão, e tornou-se um construtor". É difícil de imaginar
que Anderson teria indicado Caim como o primeiro Maçom se ele fosse
familiarizado com esta passagem.

'117
James Anderson

Deste ponto em diante ele desenvolve a história à sua própria maneira,


mas ele incorpora livremente nas Antigas Obrigações, e com total descuido
com a precisão textual, qualquer passagem que lhe conviesse, e ele usou o
Texto de Cooke de fato, como também algum texto intimamente associado ao
de William Watson. Nós sabemos que o texto de Cooke estava disponível
para ele; nós soubemos por Stukeley que o texto tinha sido produzido na
Grande Loja em 24 de junho de 1721. Anderson, em 1738, omite todas as
referências relativas a este incidente, mas afirma que em 1718 Payne desejava
que os irmãos trouxessem para a Grande Loja quaisquer escritos e registras
antigos, e que várias cópias das Constituições góticas (como ele as chamava)
foram produzidas e conferidas. Ele também alega que em 1720 vários
manuscritos valiosos relativos à Arte foram muito apressadamente queimados
por alguns irmãos escrupulosos.
A primeira destas afirmações nós deveríamos considerar com
precaução; pela única razão que as Constituições de 1723 não indicam
qualquer traço de tais textos; a última pode ser verdadeira e os manuscritos
podem ter sido rituais, ou eles podem ter sido versões das Antigas Obrigações,
mas não havia nada de secreto sobre elas. O antiquário Plot já tinha impresso
longos extratos delas.
Voltando à narrativa nos é dito que o Noé e seus filhos eram Maçons
que é uma afirmação para a qual o Anderson não achou nenhuma garantia
nos seus originais; mas ele parece ter tido um carinho peculiar por Noé. Em
1738 ele fala de Maçons como verdadeiros Noachidae alegando ter sido este
o seu primeiro nome de acordo com algumas velhas tradições, e é interessante
observar que as Constituições irlandesas de 1858 preservam este fragmento
de sabedoria e afirma como um fato que Noachidae foi o primeiro nome dos
Maçons. Anderson também fala dos três grandes artigos de Noé que não são
entretanto elucidados em mais detalhes, mas é provável que a referência seja
à tríade familiar de Amor Fraterno, Caridade e Verdade. Ele omite Abraham e
introduz Euclides na sua própria sucessão cronológica, de forma que ele
corrigiu as velhas histórias a este ponto; mas após Salomão e o segundo
Templo ele vai para a Grécia, Sicília e Roma onde foi aperfeiçoado o glorioso
Estilo de Augustan. Ele apresenta Charles Martel - como Rei de França! -
como ajudando para a Inglaterra a recuperar a verdadeira arte após a invasão
saxônica, mas ignora Athelstan e Edwin.
Ele introduz a maioria dos monarcas, porém depois da Conquista, e faz
uma referência muito especial à Escócia e aos Stuarts. Na passagem final ele
usou a frase "todo o corpo se assemelha a um Arco bem construído" e foi
sugerido, não muito convincentemente talvez, que esta é uma alusão ao Grau
do Arco Real.

533
Anato/i 0/iynik

Há uma narração elaborada do templo de Zerubbabel que pode ter


alguma importância, e o Tabernáculo de Moisés, Aholiab e Bezaleel também
são mencionados com alguma extensão, Moisés sendo na verdade um Grão-
Mestre. Ele também insere, sem razão aparente, uma longa nota sobre as
palavras Hiram Abiff, e neste caso fica mais forte a convicção de que a sugestão
de que há um motivo para o seu ato relacionado com ritual. É uma sugestão
óbvia que o nome era de importância para a Arte neste tempo, ou seja no início
de 1722, e que a correção de tratar Abiff como um sobrenome em vez de como
equivalente para seu "pai" era um assunto que a Arte estava se interessando.

As seis obrigações
As Obrigações, das quais há seis, são ditas como sendo extraídas de
registras antigos de lojas de além Mar, e daquelas na Inglaterra, Escócia e
Irlanda. Na Aprovação , a afirmação é que ele examinou várias cópias da Itália
e Escócia e de várias partes da Inglaterra. Não seria porque ele omite agora
completam ente a Irlanda que nós podemos ficar dispostos a conferir alguma
importância à declaração anterior. Como até o momento nenhuma versão
irlandesa das Antigas Obrigações veio à luz, mas é pouco provável que
houvessem registras da Franco-maçonaria irlandesa na época, os quais
passaram desde então despercebidos, uma Franco-maçonaria que sem dúvida
alguma derivou originalmente da Inglaterra. Mas a discrepância é fatal; nós
temos que concluir que o confiável doutor nunca viu qualquer registro irlandês.
E nós podemos seguramente el iminar suas lojas na Itália ou no além mar
como igualmente místicas.
Das seis Obrigações propriamente ditas a primeira causou dificuldade
de imediato com seu aparecimento. Ela substituiu a velha invocação da
Trindade e quaisquer outras declarações de convicção religiosa e Cristã que
pudessem ter existido na prática das lojas por uma declaração vaga que nós
temos apenas obrigarão com aquela religião na qual todos os homens
concordam. Tolerância religiosa total se tornou de fato a regra de nossa Arte,
mas a Grande Loja de 1723 não estava preparada para tão súbita mudança e
ela causou muito mal estar e possivelmente muitas secessões. Ela foi a base
de uma série de ataques à nova Grande Loja.

Constituindo uma Loja Nova


A maneira de constituir uma Loja Nova é notável pela sua referência às
"Obrigações de um Mestre," e a questão, fam iliar a nós hoje: Você se submete
a estas obrigações como os Mestres fizeram em todos os tempos? Não parece
que estas sejam as seis antigas Obrigações de uma seção anterior; elas eram

534
James Anderson

algo bastante distinto. Mas não foi até 1777, que quaisquer Obrigações do
Mestre tenham sido reconhecidamente impressas. Também merece atenção
o fato de que os oficiais a serem designados Vigilantes da loja nova são
Companheiros Maçons.
Também há uma referência às Obrigações para os Vigilantes que seriam
ministradas por um Grande Vigilante. Esta seção apareceu nas Constituições
da Grande Loja Unida por volta de 1873.
O Anderson em 1738 alega que ele foi instruído para adicionar esta
seção ao trabalho na reunião de 17 de janeiro, e ele fala então desta, como a
maneira antiga de constituir uma loja. Este é também o título da seção
correspondente nas Constituições de 1738, as quais foram ampliadas apenas
com esta. Mas seu título em 1723 é: Aqui segue a Maneira de constituir uma
LOJA NOVA, como praticado por Sua Graça o Duque de Whartotl, o atual
Virtuoso Venerável Grão-Mestre (Right Worshipfu/ Grand Masteré o título do
Grão-Mestre Distrital ou Provincial}, conforme os antigos Usos dos Maçons. Nós
vemos, uma vez mais, Anderson suprimindo referências ao Duque de Wharton
sempre que possível em 1738, e ainda obrigado a afirmar que a seção foi
adicionada depois de 17 de janeiro para ser consistente com sua estória. Não é
nem mesmo provável que isto tenha ocorrido. Tudo indica que ela foi impressa
em um e no mesmo momento que os Regulamentos, que ele próprio nos diz
que foram impressos em 17 de janeiro, e como Wharton constituiu quatro
lojas se não mais em 1722 ele não teria esperado seis meses para estabelecer
seu método. Nós podemos estar bem certos que esta seção foi impressa antes
da Aprovação, porque ela não está ligada por um jogo de palavras.

Os Regulamentos
Os Regulamentos, como eu já mencionei, só chegou a nós já rescritos
por Anderson. As atas oficiais da Grande Loja lançam luz considerável no
assunto. A primeira de todas está relacionada à indicação do Secretário, e a
próxima imediata é como segue:
A Ordem de 17 de janeiro de 1722-3 impressa ao término das
Constituições página 91 para a publicação das ditas Constituições como
pretendendo, que elas tinham sido aprovadas antes em Manuscrito pela
Grande Loja e foram então (vis) em 17 de janeiro supracitado produzidas
impressas e aprovadas pela Sociedade.
Então a Questão foi levantada, que os ditos Regulamentos Gerais
fossem confirmados, visto que eles são consistentes com as Regras Antigas
da Maçonaria.

535
Anato/i 0/iynik

A questão acima foi levantada e proposta, se as palavras "com tanto


que eles sejam consistentes com as Regras Antigas da Maçonaria" sejam
integradas da Questão. Foi decidido no afirmativo, mas a Questão principal
não foi posta.
E a Questão foi movida que não está no Poder de qualquer pessoa, ou
Corpo de homens, fazer qualquer alteração, ou Inovação no Corpo da
Maçonaria sem o consentimento prévio obtido da Grande Loja Anual. E a
Questão tendo sido posta adequadamente Resolveu-se no Afirmativo.
Nós hoje registraríamos estes procedimentos em forma um pouco
diferente, talvez como segue:
Foi proposto (e apoiado) que os ditos Regulamentos Gerais sejam
confirmados uma vez que eles sejam consistentes com as Antigas Regras da
Maçonaria.
Uma emenda para omitir as palavras "uma vez ... Maçonaria" foi negada.
Mas em lugar da proposição original a resolução seguinte foi adotada pela
maioria: Que não é, etc.
O efeito disto é que indica bem claramente que havia um forte sentimento
na Grande Loja que a versão de Anderson dos Regulamentos nunca tinha
sido confirmada; que havia uma diferença de opinião quanto a agora os
confirmar, mesmo que parcialmente; e que de fato isto não foi feito, mas ao
invés uma resolução foi adotada condenando as alterações feitas sem obter
primeiro o consentimento da Grande Loja na sua reunião anual. Eu deveria
talvez dizer que a palavra "pretendendo" não tem aqui o significado nós hoje
associaríamos a ela; não tem sentido de má imagem. Anderson estava presente
nesta reunião, mas naturalmente nenhuma palavra de tudo isso aparece na
narração que ele faz desta em 1738.
O Regulamento XIII, ou melhor uma frase nele, "os Aprendizes devem
ser admitidos os Mestres e Companheiros apenas aqui, (i.e. na Grande Loja)
a menos que por uma Dispensa," era ao mesmo tempo o fundamento da
batalha da escola dos Dois Graus contra a dos Três Graus; mas agora
geralmente é aceito, eu acredito, que só dois graus são referidos, isto é a
admissão e a Parte do Mestre 2 •

2
Este parágrafo deve estar truncado, pois não faz sentido. Poderia significar que Aprendizes, Mestres e
Companheiros NÃO devem ser admitidos nas reuniões da Grande Loja, exceto quando expressamente
autorizados (Nota do Tradutor). ·

536
James Anderson

A ordem das palavras é significativa. No Regulamento se lê "Mestres e


Companheiros". Na resolução de 27 de novembro de 1725 pela qual a regra
foi anulada, o palavreado é "Mestre" nas atas oficiais, o que é uma indicação
forte de que o Regulamento original só se referia a um grau.

Em 1738 Anderson deliberadamente altera o que está estabelecido como


o palavreado original e escreve "Companheiros e Mestres," enquanto no novo
Regulamento impresso junto com a alteração de 27 de novembro de 1725, é
citada como "Mestres e Companheiros" ambos sendo inexatos; e ele dá até
mesmo a data errada.

O segundo Regulamento estabelece que o Mestre de uma loja particular


tem o direito de congregar os membros da sua loja em um capítulo em qualquer
emergência assim como definir a hora e lugar habitual de sua reunião.
Mas seria bastante inseguro presumir que esta é outra referência ao
Arco Real; parece referir-se ao que nós chamaríamos agora de uma reunião
emergente.

Os Regulamentos de Payne, ou melhor, de Anderson, eram a fundação


na qual a lei da Arte foi baseada, sendo ela desenvolvida por um processo
continuo de emendas e adição, e suas fraseologias podem ainda hoje ser
observados em nossas Constituições inglesas.

Alterações Subseqüentes
Na América, Franklin reimprimiu este trabalho aparentemente literalmente,
em 1734. Em 1738, o Anderson lançou uma segunda adição, cuja intenção era
a de substituir completamente a anterior, mas era um desempenho desleixado e
os Regulamentos foram impressos de modo muito confuso, estando tudo
misturado com notas e emendas (muitos imprecisamente descritos), que era
difícil de obter qualquer nexo deles, e averiguar o que era a lei da Arte. Ele
também reescreveu completamente a história, e a ampliou grandemente,
introduzindo tantos absurdos que Gould sugeriu que ele estava deliberadamente
enganando a Grande Loja, ou na alternativa que ele estava demente.
Ele morreu pouco tempo depois. Mas esta mesma história ridícula tem
dado o que fazer com toda a seriedade até os anos comparativamente recentes,
sendo atualizado por Preston e outros que estavam aparentemente bastante
inconscientes de seu verdadeiro valor. Infelizmente aquela porção da história,
que professava dar conta dos procedimentos da Grande Loja, e para tal as
atas oficiais estavam à disposição de Anderson, está cheia do que se pode
considerar inexatidões teimosas e afirmações errôneas.

537
CONSTITUTIONS
OF THE ANTIENT FRATERNITY OF

FREE ANO ACCEPTED MASONS

UNOER THE

UNITED GRANO LODGE


OF ENGLAND

CONTAINING THE GENERAL CHARGES


LAWS ANO REGULATIONS
ETC., ETC.

PUBLISHEO UNOER THE AUTHORITY OF


THE UNITEO GRANO LOOGE

LONDON

FREEMASONS' HALL
GREAT QUEEN STREET, WC2B 5AZ
2001
Grande Loja Unida da Inglaterra

'Ao Mais Venerável o Grande Mestre da Fraternidade Unida de Livres Antigo


e Aceitos Maçons da Inglaterra:
Nos, os abaixo assinados, sendo Mestre Maçons regularmente registrados
das Lojas assinaladas ao lado dos nossos respectivos nomes, tendo a
prosperidade do Craft 1 no coração, estamos ansiosos em exercer nossos
melhores esforços para promover e difundir os princípios genuínos da arte; e
para a conveniência dos nossos respectivos lares e outras boas razões,
desejosos de formar uma nova Loja, a ser chamada .......... Como conseqüência
deste desejo, nos pedimos por uma permissão para uma constituição, dando-
nos o poder de se reunir como uma Loja regular, em ............... no ........... , e ali
desempenhar os deveres da Maçonaria, de uma maneira constitucional,
conforme os formulários da Ordem e as leis da Grande Loja; e nos nomeamos
e recomendamos o Irmão <A.B.>, que já foi Vigilante de uma Loja regular a
ser o primeiro Mestre, Irmão <C.D.> a ser o primeiro Primeiro Vigilante e Irmão
<E.F.> a ser o primeiro Segundo Vigilante desta Loja. Se o pedido desta petição
for atendido, nos prometemos obediência rígida as ordens do Grande Mestre
e das leias e regulamentos da Grande Loja.

Loja nova tem que ser constituída regularmente


97. Toda Loja nova tem que ser constituída solenemente conforme ao uso
antigo, pelo Grande Mestre ou por um outro Grande Oficial ou Mestre ou Past
Master de uma Loja designada a atuar por ele. Nenhum irmão poderá ser
instalado como Mestre ou investido como um Vigilante exceto o irmão nomeado
na petição para tal cargo, salvo sancionado pelo Grande Mestre. Nenhuma
Loja será reconhecida, nem os seus Oficiais serão aceitos como tal na Grande
Loja, ou uma Loja Provincial uma Grande Loja Distrital, nem nenhum de seus
membros designados como tal, poderão usufruir qualquer privilégios
maçônicos, salvo que esta Loja tenha sido constituída e registrada
regularmente.

Loja terá de ter um nome e número


98. Toda Loja tem que se distinguir por um nome ou título, tal qual um número,
e nenhuma Loja terá permissão para fazer qualquer alteração ao seu nome
ou título sem a aprovação do Grande Mestre, e, nas Províncias ou Distritos,
também do Grão-Mestre Provincial ou Distrital.

Precedência das Lojas


99. As Lojas serão ordenadas em precedência por ordem de sua numeração
conforme registrado nos livros da Grande Loja. A Loja dos Grandes Mestres
de Banquetes ou Mordomos2 não terá um número, mas estará registrada nos

' Arte maçônica (Nota do Autor).


'The Grand Stewards'Lodge.

544
Constituição para Lojas Simbólicas

livros da Grande Loja, e colocada na lista impressa no começo de todas as


Lojas e ordenada concordantemente. (antes de qualquer outra Loja).

Precedências locais nas Lojas Provincianas e Distritais


100. Toda Loja terá sua ordem local quanto no geral, para que se alguma Loja
seja removida de uma área Maçônica para outra, embora ela fique com seu
número original nos livros da Grande Loja, e preserve o mesmo status na
Grande Loja, e em todas as reuniões fora da área em que foi transferida, mas
dentro da área para qual se transferiu, ela será ordenada imediatamente após
a última Loja lá registrada quando da sua transferência, tanto nas cerimônias
públicas, Distritais ou Provinciais da área, exceto o Grande Mestre, Pró Grande
Mestre, Vice Grande Mestre, ou um Grande Mestre Assistente esteja
presidindo. A precedência das Lojas Distritais ou Provinciais nas suas próprias
Províncias ou Distritos será determinado pela data do seu registro nos livros
da Grande Loja Provincial ou Distrital.

Uma Loja não pode funcionar sem uma Permissão


101. Exceto sob as provisões da Regra 95, nenhuma Loja pode se reunir sem
uma Permissão de Constituição emitida pelo Grande Mestre, que tem que ser
especificamente dada a cada Mestre na sua instalação, a ser guardada por
ele num lugar seguro em nome do Grande Mestre. O Mestre a apresentará
em toda reunião da Loja. Este regulamento não condiz as seguintes Lojas:
Lodge of Antiquity, No. 2, the Royal Somerset House and lnverness Lodge,
No. 4, the Lodge of Fortitude and 0/d Cumber/and, No. 12, que funcionam sob
constituições imemoráveis.

Permissão não pode ser vendida ou adquirida irregularmente


102. A Permissão de uma Loja é propriedade do Grande Mestre. Tem que ser
retida para o único propósito de uso da Loja à qual foi emitida. Qualquer Loja
envolvida na transferência ou disposição imprópria de qualquer permissão
poderá ser extinta, e todo Irmão envolvido será considerado como ter cometido
uma ofensa Maçônica. A Permissão não poderá ter qualquer endosso ou outras
inscrições exceto com a autorização do Grande Mestre.

Certificado de Amalgamação (União)


102A. Se duas ou mais Lojas quiserem se unir em uma só Loja, o Grande
Mestre pode em sua descrição e sob tais condições que ele acredite ser
propícias para emitir um Certificado de Amalgamação (União) .

Permissão perdida ou retida


103. Se uma Permissão é perdida ou impropriamente retida por pessoas não
legalmente autorizadas a tê-la ou usar a mesma, ou retida por uma autoridade
Maçônica competente, a Loja tem que suspender as suas reuniões até que
uma permissão de confirmação tenha sido pedida e dada pelo Grande Mestre,

545
Grande Loja Unida da Inglaterra

ou até que a permissão perdida ou retida tenha sido encontrada e devolvida,


sendo assim a permissão de confirmação , se houver, será devolvida
imediatamente ao Grande Mestre.

Oficiais de uma Loja


104. (a) Os Oficiais regulares de uma Loja serão o Mestre e seus dois Vigilantes,
um Tesoureiro, um Secretário, dois Diáconos , um Guarda Interno e um
Guardião. O Mestre nomeará como oficiais adicionais um Esmoler e um Mestre
da Caridade, e também poderá nomear como oficiais adicionais um Capelão,
um Diretor de Cerimônias, um Diretor Assistente de Cerimônias, um Organista,
um Assistente de Secretário e um ou mais Mordomas, e não mais. Nenhum
Irmão pode manter mais do que um cargo regular na Loja ao mesmo tempo,
mas o Mestre poderá nomear um Irmão que tenha um cargo regular a um
cargo adicional também.
(b) Um Irmão que não é membro pagante da Loja não pode ter nenhum cargo
na Loja exceto àquele de Guardião.
(c) A Loja nas suas leis complementares pode proporcionar que os serviços
do seu Secretário sejam equivalentes a subscrição apropriada a Loja, mas
enviará à Grande Loja e a Grande Loja Provincial ou Distrital os pagamentos
requisitados devidos à respeito da sua associação à Loja. 3
(d) Os Oficiais de uma Loja terão precedência para investidura na seguinte
ordem: Mestre, Primeiro Vigilante, Segundo Vigilante, Capelão (se existir) ,
Tesoureiro, Secretário, Diretor de Cerimônias (se existir) , Esmoler, Mestre da
Caridade , Primeiro Diácono, Segundo Diácono , Diretor Assistente de
Cerimônias (se existir) , Organista (se existir), Secretário Assistente (se existir),
Guarda Interno, Mordomo (se existir) e Guardião.
e) Nenhum Irmão tem o direito de pedir uma promoção de cargo. A nomeação
de todos os Oficiais, exceto o do Mestre, Tesoureiro, e, se eleito, o Guardião
fica ao critério e discrição e poder do Mestre.
(f) O Past Master Imediato como tal , não é um oficial da Loja. Ele mantêm a
sua posição e responsabilidades em virtude do seu cargo de Mestre, e mantém
este cargo até que um Mestre que o sucedeu vire um PMI. Ele volta a ocupar
este cargo caso este Mestre morra ou deixe de ser um membro da Loja
enquanto estiver no cargo de PMI .
(g) O Past Mas ter Imediato tem precedência na Loja imediatamente em frente
ao Capelão, ou , se não existir um Capelão, então imediatamente à frente do
Tesoureiro.

Eleição e Instalação do Mestre


105. (a) Toda Loja, anualmente, no dia descrito nas suas leis complementares

3
Nota do autor: A Loja poderá dispensar o pagamento da mensalidade devida pelo Secretário à titu lo de
serviços prestados, mas deverá recol her à Grande Loja, ou Grande Loja Provincial ou Distrital a taxa
correspondente ao recolhime nto per-capita do referido Irmão.

546
Constituição para Lojas Simbólicas

para o propósito, procede a eleição de um Mestre por uma votação de todos


os membros que tem, ou anteriormente a instalação deste Mestre, tenham
servido por um ano (isto quer dizer de uma reunião regular de instalação até
a próxima reunião de instalação no correspondente período do ano
subseqüente) o cargo de Mestre, ou de um Primeiro Vigilante ou de Segundo
Vigilante, numa Loja regular com Permissão da Grande Loja, ou que tenha
sido regularmente apto e por dispensa conforme Regra 109. A votação será
declarada a favor do membro assim qualificado que tenha recebido o maior
número de votos dos membros presentes e votantes.
(b) Na próxima reunião regular o Mestre eleito será instalado conforme os
ritos antigos, contanto que nenhuma moção que o Mestre Eleito não seja
instalado tenha sido movida e aceita de uma maneira descrita aqui. Uma moção
para tal efeito será entretida pela Loja, somente se for notificado por escrito,
assinado pelo Proponente e o Apoiador, e uma declaração em separado,
igualmente assinada, das razões por mover esta moção, tenha sido dada ao
Secretário da Loja, no mínimo quatorze dias antes da reunião. Neste caso,
cópias da moção proposta e da declaração em separado serão enviados
imediatamente ao Mestre Eleito pelo Secretário, e uma cópia da moção
proposta, mas não uma cópia da declaração em separado, será impressa na
intimação para a próxima reunião. Caso a moção, numa votação a ser feita,
receba o apoio de três quartos dos membros presente, a eleição será nula e
os membros procederão imediatamente em eleger um outro Irmão qualificado
como Mestre. A instalação do Mestre eleito, será, sujeita a provisão precedente,
ocorrerá dentro de cinco semanas da data da eleição na próxima reunião
regular da Loja, se esta ocorrer durante este período, ou numa reunião
emergencial especialmente convocada para este propósito. O Mestre Eleito
deverá, sujeito a provisão precedente, então ser devidamente instalado, e ele
e os Vigilantes investidos por ele deverão, na data da próxima reunião regular
de instalação, ser considerados de terem ocupado os cargos de Mestre e
Vigilantes respectivamente por um ano, em cumprimento com as provisões
da Regra 9 e desta Regra.
(c) Nenhum Mestre Eleito poderá assumir a Cadeira de Mestre até que seja
regularmente instalado.

Morte ou incapacidade do Mestre Eleito


106. Se a não menos de sete dias antes do dia apontado para a reunião
regular de instalação da Loja, o Mestre Eleito venha a morrer ou vir a ser
desqualificado ou incapacitado, ou enviar ao Mestre um aviso por escrito da
sua intenção de não aceitar o cargo de Mestre, então uma intimação será
emitida para cada membro da Loja informando-o do fato e o intimando que
naquele dia os Irmãos procederão novamente a eleger um Mestre. A instalação
do Mestre que for eleito será, sujeito as provisões da Regra 105, feito dentro
de cinco semanas da data da eleição na próxima reunião regular da Loja, se
esta ocorrer dentro deste período, ou numa reunião emergencial especialmente

547
Grande Loja Unida da Inglaterra

para este propósito. O Mestre Eleito então será devidamente instalado, e ele
e seus Vigilantes quando investidos na data da próxima reunião regular de
instalação serão vistos como tendo ocupado os cargos de Mestre e Vigilantes
respectivamente por um ano, conforme as provisões das Regras 9 e 105.
Contando que, quando exista um período de não menos de dois meses entre
os dias regulares da eleição e instalação do Mestre, e quaisquer dos eventos
mencionados anteriormente (causando a eleição do Mestre a ser inefetiva I
nula) ocorram não menos que seis semanas antes do dia regular de instalação,
então o Mestre pode intimar uma reunião emergencial, à ocorrer não menos
que três semanas antes do dia da instalação, com o propósito de eleger um
outro Mestre, e o Mestre que for eleito será, sujeito as provisões da Regra
105, instalado no dia regular de instalação, como se tivesse sido eleito no dia
regular de eleição.

Continuação no cargo de Mestre


107. Se em menos de sete dias antes do dia apontado para a reunião regular
de instalação da Loja o Mestre Eleito venha a morrer ou vir a ser desqualificado
ou incapacitado, ou enviar uma nota por escrito ao Mestre da sua intenção de
não aceitar o cargo de Mestre, então o Mestre que esteja deixando o cargo
continuará como Mestre da Loja até o término do período ao qual o Mestre
Eleito fora eleito, e deverá na referida reunião investir os Vigilantes e outros
Oficiais (se existir) selecionados pelo Mestre Eleito, ou, para aqueles que não
tenham sido selecionados, serão nomeados por ele mesmo, em conjunto com
o Tesoureiro e o Guardião.

Prorrogação da Instalação do Mestre


108. (a) Se no dia marcado para a reunião regular de instalação da Loja o
Mestre Eleito (estando preparado querendo prosseguir como tal) é
inevitavelmente impedido de participar da reunião, a instalação será prorrogada
e ocorrerá dentro de cinco semanas da data da reunião regular de instalação
da Loja, se isto ocorrer dentro deste período, ou numa reunião emergencial
especialmente convocada para este propósito. O Mestre Eleito será
empossado, e ele e seus Vigilantes quando investidos deverão na data da
próxima reunião regular de instalação serão considerados como tendo
preenchido os cargos de Mestre e Vigilantes respectivamente por um ano,
conforme as provisões das Regras 9 e 105.
(b) Contanto que o Mestre Eleito não atenda a última reunião regular ou
emergencial mencionada acima a sua eleição será considerada nula, e o
Mestre que estiver deixando o cargo continuará como Mestre da Loja até o
final do período a qual o Mestre Eleito tenha sido eleito, e deverá nesta reunião
investir os Vigilantes e outros Oficiais (se existir) selecionados pelo Mestre
Eleito, ou, qualquer que não tenha sido selecionado, será indicado por ele,
em conjunto com o Tesoureiro e Guardião, e os Vigilantes uma vez investidos
deverão na data da próxima reunião de instalação serão considerados como

548
Constituição para Lojas Simbólicas

tendo preenchido os cargos de Vigilantes por um ano, conforme as provisões


das Regras 9 e 105.
(c) Se no dia marcado para a reunião regular de instalação ou para uma reunião
postergada conforme esta Regra, uma Junta de Mestres Instalados não pode
ser constituída, as provisões desta Regra deverão se aplicar como se o Mestre
Eleito não estivesse presente.

Qualificações num Vigilante para a Cadeira de Mestre


109. Se a Investidura de um Vigilante não tiver ocorrido na reunião na qual o
Mestre tenha sido instalado, e então o membro indicado não serviu no cargo
por um ano conforme dito anteriormente, ele não pode ser incluído com aqueles
qualificados para serem eleitos Mestres da Loja exceto por dispensa do Grande
Mestre ou numa Província ou Distrito o Grão-Mestre Provincial ou Distrital,
que só pode ser concedido por uma petição descrevendo as circunstâncias
na qual a investidura foi adiada, o trabalho do membro na cadeira de Vigilante,
e as razões especiais para pedir a intervenção do Grande Mestre ou Grão-
Mestre Provincial ou Distrital. O Mestre Instalador não deverá proceder a
instalação de um Mestre somente se estiver satisfeito que os requerimentos
da Regra 105 tenham sido cumpridos, ou caso tal dispensa tenha sido
apresentadas a ele.

Vice Mestre
110. Caso um Príncipe de Sangue Real der a honra de aceitar o cargo de
Mestre em qualquer Loja particular, ele poderá indicar um Vice Mestre,
qualificado conforme as provisões da Regra 105, que será regularmente
instalado, e terá o direito, quando no exercício do cargo, a todos os privilégios
de Mestre, e, após ter servido o seu tempo no cargo, aqueles direitos de um
Past Master.

Obrigação dos Mestres4


111. Todo Mestre Eleito, antes de tomar o seu lugar na Cadeira, deverá
solenemente prometer a preservar os Sinais da Ordem, a observar os usos
antigos e costumes estabelecidos, e os executar rigorosamente dentro da
sua própria Loja.

Eleição do Tesoureiro
112. (a) O Tesoureiro será eleito pelos membros pelo voto no dia regular para
a eleição do Mestre.
(b) O Grande Mestre ou numa Província ou Distrito o Grão-Mestre Provincial
ou Distrital podem, mediante uma representação do Mestre que o Tesoureiro

4
Nota do autor: Refere-se efetivamente ao cargo de Mestre da Loja e não ao Grau de Mestre Maçom.

549
Grande Loja Unida da Inglaterra

por razão de doença, ausência duradoura, ou outras circunstâncias especiais,


não pode exercer seus deveres para a conveniência razoável da Loja, conceder
uma dispensa a Loja para eleger um membro, que não exerça um cargo regular
na Loja, para exercer as funções do tesoureiro até que o Tesoureiro possa
reassumir os deveres normais do seu cargo ou até o próximo período regular
das eleições, o qual ocorrer primeiramente.
(c) Um anúncio de dez dias da intenção de propor tal eleição em conjunto
com uma declaração que a dispensa requisitada tenha sido obtida terá de
aparecer na intimação para a próxima reunião, na qual a eleição irá ocorrer e
esta reunião pode ser ordinária ou emergencial devidamente aprovada
conforme a Regra 140.
113. O Guardião será eleito pelos membros num dia regular de eleição para
Mestre. Uma Loja, contudo, que um membro pagante da Loja poderá ser o
Guardião sem remuneração , neste caso ele será indicado com os Oficiais
pelo Mestre.
Nos casos em que o Guardião é eleito pelos Membros, ele poderá a qualquer
momento ser destituído por um motivo considerado suficiente por uma maioria
dos membros presentes numa reunião regular da Loja.
Todo Guardião tem que ser um Mestre Maçam e registrado como tal nos livros
da Grande Loja.

Mestre responsável pela observância das leis


114. O Mestre é responsável pela devida observância das leis pela Loja que
ele preside.

Período do Mestre no cargo


115. Nenhum Irmão ficará como Mestre da mesma Loja por mais de dois anos
sucessivos, salvo uma dispensa, que poderá ser dada pelo Grande Mestre,
ou se numa Província ou Distrito pelo Grão-Mestre Provincial ou Distrital , nos
casos de necessidade; mas ele pode ser eleito, de novo, uma vez que estiver
fora do cargo por um ano.
Este regulamento não se aplicará a um Príncipe de Sangue Nobre que indica
um Vice, mas se aplicará ao Vice.

Mestre de mais de uma Loja ao mesmo tempo


Nenhum Irmão será Mestre de duas ou mais Lojas ao mesmo tempo sem
uma dispensa do Grande Mestre, ou , se as Lojas forem do mesmo Distrito, do
Grão-Mestre Distrital.

Nomeação e Investidura dos Oficiais


116. Quando de sua instalação o Mestre deverá nomear os seus Vigilantes e
outros Oficiais, exceto aqueles eleitos e deverá investir todos os Oficiais
presentes.

550
Constituição para Lojas Simbólicas

Proprietário do lugar da reunião


117. Nenhum proprietário ou gerente de taberna ou casa aonde a Loja se
reúne deverá ter algum cargo na Loja sem a dispensa do Grande Mestre ou
do Grão-Mestre Provincial ou Distrital se for numa Província ou Distrito.

Irmãos no atendimento as intimações


118. O Mestre e Vigilantes e membros de todas as Lojas quando forem
intimados deverão atender ao Grande Mestre ou seu Vice ou Assistente e se
necessário for deverão produzir a Permissão, livros e papéis da Loja e todo
Irmão assim intimado o seu Certificado da Grande Loja, todos ou partes dos
mesmos poderão ser retidos pelo Grande Mestre ou seu Vice ou Assistente.
O não cumprimento dos termos de uma intimação conforme esta Regra poderá
levar a qualquer Irmão ser suspenso ou advertência.

Morte do Mestre e outras contingências


119. (a) Se o Mestre morrer ou for removido ou se as circunstâncias não o
permitem exercer a autoridade que cai sobre ele pela virtuosidade do seu
º
cargo, o 1 Vigilante, ou na sua ausência o 2º Vigilante, ou na ausência de
ambos o Past Master Imediato, ou na sua ausência o Mestre mais antigo da
Loja deverá intimar a Loja até a próxima Instalação de Mestre ou até que o
Mestre esteja mais uma vez apto a exercer a sua autoridade.
(b) Exceto como previsto adiante, se o Mestre não estiver presente, o Past
Master Imediato, ou se ele estiver ausente o Past Master mais antigo da Loja,
ou se não houver nenhum Past Master da Loja presente, o Mestre Instalado
mais antigo que é um membro pagante da Loja poderá sentar-se a cadeira e
reger a Loja, ou poderá pedir a qualquer outro Mestre Instalado que seja um
membro pagante da Loja. Senão houver algum Mestre Instalado que seja
membro pagante da Loja, presente, então o 1º Vigilante, ou na sua ausência
o 2º Vigilante, conduzirá os negócios da Loja, mas pedirá a um Mestre Instalado
para ocupar a Cadeira para abrir e fechar a Loja e conferir os graus.
(c) Se, na ocasião de qualquer reunião da Loja, nenhum Mestre Instalado
estiver presente para ocupar a Cadeira, a reunião será abandonada e o fato
descrito no Livro de Minutas da Loja.
(d) Se a ausência do Mestre for somente temporária e caso as circunstâncias
permitam, ele poderá exercer tal autoridade como a que cai a ele conforme o
seu cargo. Ele poderá pedir a qualquer Mestre Instalado que é um membro
pagante da Loja que ocupe a Cadeira e que reja a Loja, e confira graus, ou
qualquer Mestre Instalado que ocupe a Cadeira para conferir graus, como se
ele próprio estivesse presente na Loja.

Remoção dos Oficiais


120. Caso o Mestre esteja insatisfeito com a conduta de qualquer dos Oficiais,
ele poderá expor a causa da reclamação para a Loja numa reunião regular.
As particularidades da reclamação deverão ser enviadas ao Oficial em questão

551
Grande Loja Unida da Inglaterra

no mínimo de sete dias antes da reunião. Se a maioria dos membros percebem


que a reclamação tem fundamento, o Mestre terá o poder para destituir tal
Oficial, e indicar um outro.

Vagas em Cargos regulares


121. Se uma vaga ocorrer num cargo regular que não seja aquele de Mestre,
este cargo será preenchido pelo resto do ano pela eleição ou indicação
(conforme o método normal de preenchimento de vagas) por um membro não
servindo um cargo regular na Loja na ocasião que a vaga ocorreu. Se uma .
eleição for necessária, aviso da mesma terá de aparecer na intimação.

Visitas oficiais a Loja


122. O Grande Mestre tem a completa autoridade para presidir em qualquer
Loja, e para ordenar qualquer de seus Grão Oficiais para lhe atender. Seus
Vigilantes, se estiverem presentes e assim comandados, serão os Vigilantes
da Loja que ele estiver presidindo; mas o Grande Mestre pode comandar os
Vigilantes da Loja ou qualquer Mestre Maçom para serem os Vigilantes.
O Pró Grande Mestre, se o Grande Mestre não estiver presente, tem a mesma
autoridade.
O Vice Grande Mestre, se o Grande Mestre e o Pró Grande Mestre não
estiverem presentes, tem a mesma autoridade.
Um Grande Mestre Assistente, se o Grande Mestre, o Pró Grande Mestre e o
Vice Grande Mestre não estiverem presentes, tem a mesma autoridade.
O Grão-Mestre Provincial ou Distrital tem a mesma autoridade em qualquer
Loja que ele visitar dentro da sua Província ou Distrito.
O Mestre Pró Provinciano ou o Pró Grão-Mestre Distrital, se o Grão-Mestre
Provincial ou Distrital não estão presentes, tem a mesma autoridade.
O Vice Grão-Mestre Provinciano ou Distrital, se o Mestre Provinciano ou Distrital
e o Grande Pró Mestre Provincial ou Distrital não estiverem presentes, ele
tem a mesma autoridade.
Um Mestre Provincial Assistente ou Grão-Mestre Distrital, se o Grão-Mestre
Provincial ou Grão-Mestre Distrital, o Grão-Mestre Pró Provincial ou o Grão-
Mestre Distrital e o Vice Grão-Mestre Provincial ou Grão-Mestre Distrital não
estejam presentes, tem a mesma autoridade.
No caso de uma Loja Londrina ou uma Loja no exterior que não subordinada
a um Distrito, se nem o Grande Mestre, nem o Pró Grande Mestre, nem Vice
Grande Mestre, nem um Grande Mestre Assistente estiver disponível para
presidir conforme esta Regra, qualquer um deles poderá sob comissão
autorizar um Grande Oficial presente que não tenha uma patente menor que
Very Worshipful para presidir no seu lugar. Uma comissão emitida conforme
esta Regra será limitada no seu efeito a uma Loja em nome e para uma reunião
específica.
Em todos os casos acima, o Mestre da Loja ficará no lado esquerdo do Irmão
que estiver presidindo.

552
Constituição para Lojas Simbólicas

Visita dos Grandes Oficiais sob comando


123. O Grande Mestre poderá enviar qualquer um de seus Grandes Oficiais,
atuais ou anteriores, a visitar qualquer Loja a qualquer momento que ele
acredite que deva, e este Oficial visitante ficará sentado imediatamente a direita
do Irmão que estiver presidindo.

Oficiais Provinciais e Grão Distritais visitando sob comando


124. O Grão-Mestre Provincial ou Distrital poderão enviar qualquer dos seus
Oficiais Provinciais ou Grão Distritais, atuais ou antigos, para visitar qualquer
Loja na sua Província ou Distrito qualquer hora que ele ache necessário, e
este Oficial visitante sentará imediatamente ao lado direito do Irmão que estiver
presidindo.

Entrada de Visitantes
125. (a) Nenhum Irmão sob a Grande Loja deverá ser admitido numa Loja a
não ser que ele seja pessoalmente conhecido e garantido por um dos Irmãos
presente, ou caso ele possa ser bem garantido após um devido exame. Ele
deverá, se for requisitado, apresentar o seu Certificado da Grande Loja e
prova de boa índole na sua Loja e em Lojas.
(b) Nenhum Irmão que não esteja sob a Grande Loja será admitido somente
se o seu Certificado mostre que ele foi iniciado conforme os ritos antigos e
cerimônias numa Loja pertencente a Grande Loja professando crença no
G.A.D.U., este Certificado não será visto como válido exceto se for emitido por
uma Grande Loja reconhecida pela Grande Loja, nem exceto ele mesmo deverá
confirmar que a sua crença num essencial Landmark of the Order, e possa
produzir prova da sua boa índole na sua Loja e em outras. Recai sob o Mestre
de qualquer Loja a qual um visitante de outra Constituição pede admissão, a
se satisfazer por pesquisas adequadas, se necessário for, do Grande
Secretário, que esta Constituição é reconhecida pela Grande Loja.
(c) Todo visitante durante a sua estadia na Loja está sujeito aos seus estatutos.

Recusa de admissão de visitantes


126. Está dentro dos poderes do Mestre de toda Loja privada a recusar a
admissão de qualquer visitante de conhecido caráter ruim ou cuja presença,
na sua opinião, possa causar uma desarmonia na Loja.

Desqualificação a visita
127.No caso de um Irmão que tenha parado de ser um membro pagante de
todas as Lojas do qual tenha sido um membro, as seguintes provisões terão
efeito, viz.:
(i) Se ele estiver dentro das provisões desta Regra por causa da sua exclusão
conforme Regra 148 e Regra 181 , ele não será permitido a atender qualquer
Loja ou Loja de Instrução até ele mais uma vez venha ser um membro pagante
de uma Loja.

553
Grande Loja Unida da Inglaterra

(ii) Se ele estiver dentro das provisões desta Regra por causa da sua expulsão
da Craft ou pela razão de sue desligamento da Craft conforme Regra 183A ou
Regra 277A, o seu direito de atender qualquer Loja ou Loja de Instrução seu
direito será pedido.
(iii) Em qualquer outro caso ele não será permitido a atender qualquer uma
Loja mais do que uma vez até que ele mais uma vez volte a ser um membro
pagante de uma Loja, e quando da sua participação ele escreverá 'desligado'
após a sua assinatura em qualquer livro de presença, apontando o nome e
número da Loja de qual ele foi um membro pagante por último.
Nada nesta Regra deverá impedir a participação de um Irmão de qualquer
Loja em que ele seja um Membro Honorário.

Lojas Londrinas
128. Sujeito as provisões da Regra 129, todas as Lojas conduzidas num raio
de cinco milhas de Freemason's Hall, Londres, são Lojas Londrinas, e devem
pagar obrigações Londrinas e taxas. O Mestre de toda Loja Londrina terá
causa de ser enviado ao Grande Secretário uma cópia das intimações para
toda reunião regular e reunião emergencial da Loja ao mesmo tempo que os
manda aos membros.

Lojas Provinciais ou Distritais


129. Todas as Lojas conduzidas a uma distância maior do que cinco milhas de
Freemason's Hall, Londres, estão sujeitas às provisões da Regra 91, Lojas
Provinciais ou Distritais, estão sob a superintendência imediata do Grão-Mestre
Provincial ou Grão-Mestre Distrital na jurisdição eles estão, contanto que
sempre que uma Loja conduzida entre cinco e dez milhas de Freemason's
Hall, pode com o consentimento do Grande Mestre se tornar uma Loja Londrina
ao qual Regra 128 se aplicará.

Lojas Militares no exterior


130. Quando qualquer Loja Militar, sob a Grande Loja, se reunir fora da
Inglaterra, ela será conduzida de um modo a não ofender as autoridades
Maçônicas do país ou lugar onde ela estiver sendo conduzida, nunca perdendo
de vista dos deveres que deve a Grande Loja, a qual comunicações serão
sempre feitas, e todas as taxas e obrigações regularmente transmitidas.

Rendição ou troca de Permissão de Lojas Militares


131. Se o corpo militar ao qual a Loja está atachada for dissolvida, os Irmãos
deverão transmitir a permissão ao Grande Secretário, mas, se um número
competente de Irmãos permanecer juntos, eles podem pedir uma nova
permissão com o mesmo número, autorizando uma Loja a ser conduzida como
uma Loja civil, num lugar conveniente e aprovado pelo Grande Mestre, tal
permissão pode ser emitida sem custos adicionais.

554
Constituição para Lojas Simbólicas

Autorização para Loja de Instrução


132. Nenhuma Loja de Instrução poderá acontecer a não ser sob a sanção de
uma Loja Regular com permissão, ou com a licença e autorização do Grande
Mestre. A Loja dando a sua sanção, ou os Irmãos aos quais a licença tenha
sido dada, serão responsáveis para que os procedimentos usados estão
conforme the Antient Charges, Landmarks, e Regulamentos da Ordem
conforme estabelecidos pela Grande Loja.

Aprovação da Hora e lugar das reuniões da Loja de Instrução


133. As horas e lugares das reuniões das Lojas de Instruções em Londres
serão submetidas a aprovação do Grande Secretário, e nas Províncias e
Distritos aos Grandes Secretários Provinciais e Distritais respectivamente.

Livro de Apontamentos das Lojas de Instrução


134. Lojas de Instrução deverão manter livro de apontamentos com os nomes
dos Irmãos presentes a cada reunião, e os Irmãos nomeados a cargos, e tais
apontamentos serão produzidos quando do pedido do Grande Mestre, os
Grandes Mestres Provinciais e Distritais, o Conselho de Propósitos Gerais,
ou a Loja dando a confirmação.
Qualquer oficial que tenha em sua posse qualquer propriedade da Loja deverá,
quando deixar de ser um oficial , entregar está propriedade ao seu sucessor,
ou a uma pessoa ou pessoas ao qual a Loja dando a autorização, ou o Grande
Mestre, ou qualquer outra autoridade competente, ordenar.

Retirada de sanções comunicadas por uma Loja de Instrução


135. Se uma Loja que tenha dado sua sanção para uma Loja de Instrução
aconteça acha que, ela pode durante qualquer reunião regular retirar está
sanção por uma resolução da Loja, contanto que este aviso de intenção de
retirada desta sanção seja inserida na intimação desta reunião, e ao mesmo
tempo seja comunicado ao Secretário da Loja de Instrução. Uma decisão de
retirar a sanção da Loja será notificada a Loja de Instrução, que deixará de
existir no ato. A decisão será notificada ao Grande Secretário ou Grande
Secretário Provincial ou Distrital, conforme o caso.
O Grande Mestre poderá a qualquer momento retirar a licença dada por ele
para uma Loja de Instrução, que deixará de existir no ato.
Sempre que uma Loja de Instrução deixar de existir, os livros, papéis e outros
documentos viram a propriedade de, e terão de ser entregues, a Loja sob a
sanção da qual trabalhava, ou para o Grande Secretário em nome do Grande
Mestre. As outras propriedades da Loja de Instrução serão dispostas de uma
maneira da qual os seus membros achassem propício.

Estatutos
136. Toda Loja tem o poder de criar estatutos corretos para governar, mas
nenhum estatuto, nem sua alteração, entrará em vigor até que seja aprovado
conforme estas Regras. Nos casos das Lojas nas Províncias ou Distritos, um

555
Grande Loja Unida da Inglaterra

esboço dos estatutos ou (dependendo do caso) de qualquer alteração dos


estatutos será enviado ao Grande Secretário Provincial ou Distrital para a
aprovação do Grão-Mestre Provincial ou Distrital que poderá, se os estatutos
ou as alterações estão substancialmente em concordância com o estatuto
modelo emitido de tempos em tempos em nome do Grande Mestre, os aprovar
em nome do Grande Mestre. Em todos os outros casos, o esboço também
será enviado ao Grande Secretário para a aprovação do Grande Mestre.
Quando finalmente aprovados, os estatutos terão que ser impressos, e uma
cópia será enviada ao Grande Secretário, e também, no caso mencionado
anteriormente, ao Grande Secretário Provincial ou Distrital.

Hora e local da reunião


137. Os estatutos deverão especificar os dias regulares e o local de reunião
da Loja, também a reunião regular para a eleição do Venerável Mestre,
Tesoureiro e (se ele for eleito) o Guardião, e a reunião regular para a instalação
do Mestre, que será a próxima reunião regular após a eleição específica para
a sua eleição. Não existe nenhum poder para cancelar qualquer reunião regular,
nem qualquer reunião da Loja pode acontecer, exceto no lugar específico e
no dia específico, conforme descrito nestas Regras. Nenhuma reunião de uma
Loja pode ser prorrogada. 5

Prorrogação proibida Sujeição aos Estatutos


138. Uma cópia dos estatutos deverá ser entregue ao Mestre na sua instalação,
e a sua aceitação do mesmo deverá ser vista como um juramento solene de
sua parte, que ele observará e os colocará em vigor.
Todo Irmão deverá ser suprido com uma cópia impressa dos estatutos da
Loja quando ele se torna um membro, e a sua aceitação do mesmo será visto
como uma declaração de sujeição aos mesmos.

Dias proibidos para Reuniões, Reuniões que caem em dias proibidos ou


feriados
139. (a) De maneira alguma pode haver uma reunião da Grande Loja, ou de
qualquer Grande Loja Provincial ou Distrital , ou de qualquer Loja privada no
dia de Natal, Sexta-Feira Santa, ou num Domingo, e as provisões desta Regra
estão sempre sujeitas aqueles dias proibidos para qualquer réunião .
(b) No caso do dia específico para a reunião regular da Loja cair no dia de
Natal, Sexta-Feira Santa, um Domingo, ou um feriado nacional, então a reunião
deverá ser realizada num dia alternativo (não sendo mais do que sete dias
antes nem mais do que sete dias depois do dia específico) conforme indicado
pelo Mestre, exceto quando o dia específico cair num feriado nacional, a reunião
poderá acontecer no dia contanto que não seja um dia proibido.

5
Nem mesmo uma prorrogação de qualquer Reunião Maçônica é permitida.

556
Constituição para Lojas Simbólicas

Alteração do dia da reunião por dispensa


(c) Se, em qualquer Loja for desejo ter uma reunião em dia que não o
especificado, então o Grande Mestre ou, se numa Província ou Distrito, o
Grão-Mestre Provincial ou Distrital pode, tendo uma boa justificativa, pode
autorizar tal reunião num dia alternativo, não sendo mais do que vinte e oito
dias antes ou mais do que vinte e oito dias depois do dia específico.

Computação de intervalo de quatro semanas na Regra 172


(d) Para o propósito de computar o intervalo de quatro semanas, mencionado
na Regra 172, uma reunião será considerada como tendo sido realizada no
dia atual em que foi e não no dia especificado por qual aquele dia foi substituído.
Para todos os outros propósitos uma reunião realizada num dia alternativo
será visto como tido sido realizada no dia especificado.

Reuniões Emergenciais
140. Não mais que uma reunião de uma Loja poderá acontecer em um ou
mesmo dia. Quando, tendo mostrado boa razão, Quando, com uma boa razão,
uma dispensa terá de ter sido emitida pelo Grande Mestre, ou, numa Província
ou Distrito, pelo Grão-Mestre Provincial ou Distrital, uma reunião de emergência
de uma Loja poderá ser intimada pela autoridade do Mestre, ou, se não estiver
disponível, então o Primeiro Vigilante, ou, se não estiver disponível, então o
Segundo Vigilante, mas sob nenhum pretexto sem está autoridade. Nenhum
trabalho em que estas Regras requerem transação somente na reunião regular
serão transacionados numa reunião emergencial e o negócio a ser discutido
nela, não deverá incluir qualquer negócio discutido nela não incluirá qualquer
trabalho, exceto aquele mencionado na intimação convocando a reunião, nem
as atas de reuniões passadas serão lidas ou confirmadas, exceto no caso
que estas atas tenham relação com ou afetem a validade do trabalho
mencionado anteriormente.

Remoção de Lojas
141. Sem preconceito para com qualquer poder conferido por sua permissão,
qualquer Loja pode ser removida de uma casa para outra, se as seguintes
provisões torem estritamente seguidas:
(i) Se em qualquer reunião regular uma notice of motion para a remoção da
Loja assinada por não menos que sete membros pagantes for dada, o Mestre
deverá fazer com que esta moção, que poderá também propor uma alteração
conseqüencial dos dias da reunião, a ser colocada na intimação para a próxima
reunião regular ou para uma reunião emergencial chamada com o único motivo
de considerar e decidir finalmente a moção, que para ambos não menos de
sete dias de aviso será dada.
(ii) A moção não passará se dois terços dos membros presentes e votantes
votarem a favor, e, se passar, deverão efetuar, sujeito a todas as aprovações
necessárias, as alterações apropriadas nos estatutos da Loja.

557
Grande Loja Unida da Inglaterra

Consentimento a remoção
(iii) Nenhuma Loja será removida sem o consentimento do Grande Mestre, e,
se a remoção seja para ou de ou dentro de uma Província ou Distrito, o
consentimento do Grão-Mestre Provincial ou Distrital respectivo tem que ser
obtido primeiramente.

Remoção a ser registrada


(iv) Quando a Loja tiver resolvido alterar o seu local ou dia e reunião, uma
cópia das alterações dos estatutos será imediatamente submetida à aprovação
conforme a Regra 136, junto com uma cópia das atas relativas a estas
alterações.

Remoção temporária
(v) Se for desejo remover a Loja permanentemente, e não for possível
especificar imediatamente um lugar particular para uma futura reunião, o Mestre
deverá pedir uma dispensa apropriada ou dispensas apropriadas conforme a
Regra 142. A dispensa, se autorizada, será pelo tempo conforme especificado
e autorizará a Loja a se reunir e continuar com seu trabalho até que as provisões
destas Regras tenham sido obedecidas.

Remoção de Lojas por uma reunião


142. Se qualquer reunião de uma Loja for impraticável ou indesejável no seu
lugar regular, o Mestre deverá, imediatamente, pedir ao Grande Mestre ou o
Grão-Mestre Provincial ou Distrital, conforme o caso, por uma dispensa para se
reunir num lugar específico para fazer os trabalhos gerais da Loja, e, se o lugar
específico seja fora da área de jurisdição em que a Loja regularmente se
reúne, uma dispensa será pedida de cada uma das autoridades interessadas.

Propriedade, Móveis, Jóias, Livros, Papéis, &c., de uma Loja


143. Toda propriedade de uma Loja não adquirida por um curador pertence, e
é de propriedade do Mestre e Vigilantes pelo tempo presente, em nome dos
membros da Loja. Se qualquer Loja penhorar suas jóias e móveis ou qualquer
parte destes, ou permitir ou sofrer algum encargo ou hipoteca dos mesmos
que venha acontecer ou criado, então a sua permissão é possível de ser
confiscada. Todo membro de uma Loja está obrigado a não mais ter um cargo
numa Loja e imediatamente entregar ao seu sucessor neste cargo todos os
livros, papéis, documentos, e outras propriedades, se houver, que estiverem
com ele ou sob seu controle devido ao cargo que possuía.

Minutas
144. Toda Loja manterá um Livro de Apontamentos em que o Mestre ou o
Secretário deverão regularmente de tempos em tempos anotar:
(i) Os nomes de todas as pessoas iniciadas, passadas, ou elevadas na Loja,
ou tornado-se membros da mesma, com datas das suas proposta, iniciação,

558
Constituição para Lojas Simbólicas

passagem e elevação ou admissão respectivamente, com suas idades,


endereços, títulos, profissões ou ocupações.
(ii) Os nomes de todos os membros presentes em cada reunião da Loja, e de
todos os Irmãos visitantes com o nome e número de suas Loja e seus cargos
Maçônicos.
(iii) Atas de todos os acontecimentos na Loja. As Atas de cada reunião da Loja
deverão ser lidas na próxima reunião regular (exceto se uma cópia exata tenha
sido enviada a cada membro com a intimação para a reunião) e submetida
para confirmação como um registro verídico dos fatos.

Mensalidades da Loja
145. Todos os Irmãos intitulados aos mesmos privilégios de uma Loja têm que
pagar anualmente a mesma quantia da assinatura, exceto aqueles, se os
estatutos permitirem, uma taxa menor da assinatura anual poderá ser fixada
para membros que, por algum motivo que satisfaça a Loja, não estão numa
posição para usufruir tais privilégios regularmente.
Nenhuma Loja poderá por meio dos seus estatutos ou outra maneira,
estabelecer que qualquer membro pagante da mesma, não tenha o direito de
receber intimações, ou ser desqualificado de exercer algum cargo na Loja,
mas uma Loja poderá providenciar e ter em seus estatutos que membros em
atraso com pagamentos das suas assinaturas por um período especificado,
não menos que três meses da data devida, serão privados enquanto devedores
de todos os seus direitos a votos, propondo ou coadjuvando candidatos, e
sendo indicados ou eleitos para cargos.

Relatórios Anuais dos Membros


146. (i) Toda Loja, por meio do seu Secretário, deverá dentro de um mês após
o término do ano de cada assinatura, se a Loja se reúne em Londres ou numa
Província, ou três meses após o ano da assinatura, se a Loja se reúne em
outro local, enviar ao Grande Secretário, num formulário que lhe será enviado,
um relatório das pessoas, que durante esse ano foram os seus membros
pagantes. Particularidades deverão também ser dadas nos relatórios das datas
de eleição para membros Honorários, e das mortes, renúncias, términos
conforme Regra 148 e exclusões conforme Regra 181 de membros pagantes
que tenham acontecido durante este ano. Tais relatórios deverão ser assinados
pelo Mestre e o Secretário.
(ii) Também será o dever de cada Loja para manter um registro dos seus
membros presentes e passados, contendo os particulares das suas datas de
Iniciação, Passagem e Elevação, ou associação ou ré-associação, conforme
o caso, suas idades, endereços, títulos, e profissões ou ocupações e as datas
e razões por terem deixado de serem membros.

Remessa de taxas, &c.


147. Toda Loja quando envia os seus relatórios requisitados conforme a Regra

559
Grande Loja Unida da Inglaterra

precedente deverá enviar as taxas e contribuições pagáveis conforme as Regras


269 e 270 com respeito a todos os membros cujo nome aparece, irrespectivel se
a sua assinatura6 tenha sido paga ou não. No caso de um membro que não
tenha pago sua assinatura, o dia em que ele estiver livre da dívida nos livros da
Loja deverá ser informado no lugar apropriado no formulário de retorno.

148. Caso a assinatura de um membro para sua Loja fique sem ser paga por
dois anos, no término deste período ele deixará de ser um membro da Loja,
fato que será reportado a Loja na próxima reunião regular, e escrito nas Atas.
Ele só poderá voltar a ser um membro novamente, por proposição regular e
voto conforme Regra 163, e a Loja deverá requisitar o pagamento das dívidas
como condição que precede a sua eleição. Está Regra não evitará que qualquer
Loja indo contra qualquer um de seus membros sob Regra 181 em respeito
aos valores devidos por um período menor que dois anos, se descrito nos
seus estatutos. Quando um Irmão deixa de ser um membro sob está Regra, e
também quando um Irmão, subseqüentemente, paga os seus débitos de
assinatura o fato será notificado ao Grande Secretário e, se a Loja for de uma
Província ou Distrito, também ao Grande Secretário Provincial ou Distrital. As
provisões das Regras 9, 163, 175 e 182 deverão se aplicar no caso de um
Irmão deixando de ser um membro sob está Regra como se tivesse sido
excluído pelo voto.

Retorno por Lojas nas Províncias e Distritos


149. Se uma Loja estiver numa Província ou Distrito, ela deverá enviar relatórios
similares aqueles devidos ao Grande Secretário uma vez por ano, ou antes,
se necessário, ao Grande Secretário Provincial ou Distrital, e enviar toda a
receita devida a Grande Loja Provincial ou Distrital.

Direitos dos Irmãos não prejudicados pela impossibilidade de fazer


retornos, &c.
150. Para prevenir qualquer dano aos indivíduos, por ser excluídos dos
privilégios Maçônicos devido a negligência em não registrando os seus nomes
ou não ter pago as suas taxas à Grande Loja, qualquer Irmão nesta circunstância,
em produzindo provas suficientes que tenha pago a sua assinatura a Loja,
incluindo a taxa de registro, não deverá sofrer qualquer inabilidade devido a está
negligência, e a Loja ofensora deverá ser reportada ao Conselho de Propósitos
Gerais por segurar dinheiro que é propriedade da Grande Loja.

Relatório Anual da Instalação


151. Toda Loja, pelo seu Secretário, deverá anualmente, imediatamente após
a instalação do Mestre, fazer um relatório ao Grande Secretário do Mestre,

6 O mesmo que "Anuidade".

560
Constituição para Lojas Simbólicas

Vigilantes e Mestres Passados da Loja, e de todos os membros que julgam


que podem atender a Grande Loja como Mestres Imediatos, sob Regra 9,
tendo servido no cargo de Mestre em outra Loja, especificando a Loja em que
cada um deles tenha servido como Mestre; a nenhum Irmão será permitido
atender a Grande Loja caso o seu nome não apareça neste relatório. Este
relatório deverá conter os nomes completos e endereços do Mestre, Secretário,
Mestre de Caridade e Esmoler. O Mestre e Secretário deverão assinar o
relatório.

Penalidade por não enviar os relatórios


152. Se qualquer Loja negligenciar o envio dos seus relatórios e pagamentos
à Grande Loja por um período de seis meses após a data devida conforme
estas regras, ela estará sujeita a fechamento ou a uma pena menor conforme
Regra 179 e em adição o Comitê de Propósitos Gerais poderá impor qualquer
penalidade que considere justa sob qualquer membro da Loja que possa ter
sido responsável por está negligência. O Mestre, Vigilantes e Mestres
Passados, não serão permitidos a atender a Grande Loja ou participar de
qualquer Conselho ou Comitê por virtude de qualquer qualificação de uma
Loja até que os relatórios corretos e pagamentos a Grande Loja tenham sido
feitos pela Loja devedora.

Deveres do Tesoureiro e Finanças da Loja


153. Todo o dinheiro devido a Loja será pago ou enviado , ao Tesoureiro
diretamente, que deverá sem nenhuma demora depositar o mesmo numa
conta em nome da Loja num banco a ser aprovado por uma resolução da
Loja. O Tesoureiro deverá efetuar tais pagamentos que estiverem devidamente
autorizados, ou ter sido sancionados pela Loja. Todos os cheques terão de ter
a assinatura do Tesoureiro e (caso a Loja decida ao contrário) de ao menos
um outro membro autorizado pela Loja.
O Tesoureiro deverá manter regularmente um registro completo de todo
dinheiro recebido por ele nos livros de contabilidade, que será de propriedade
da Loja, e que, em conjunto com todas as verbas da Loja e propriedade em
suas mãos, serão transferidos ao seu sucessor no ato da investidura. Ele
deverá preparar relatório de contas anualmente, numa data a ser determinada
pelos membros, mostrando a posição financeira exata da Loja, cujo relatório
será verificado e auditado por um Comitê de membros da Loja eleitos
anualmente para este propósito. Cópias das contas e do certificado assinado
por este Comitê Auditor que todos os saldos tenham sido verificados e que as
contas tenham sido auditados serão enviadas a todos os membros da Loja
em conjunto com a intimação chamando para a reunião no qual serão
considerados. Está reunião deverá acontecer e não poderá ser mais do que a
terceira após a data em que as contas foram feitas. Os livros contábeis deverão
ser produzidos para inspeção em Loja aberta nesta reunião, e em qualquer
outra ocasião , se necessário, por uma resolução da Loja. O mesmo

561
Grande Loja Unida da Inglaterra

procedimento de contabilidade anual, auditoria e apresentação aos membros


da Loja deverá, mutatis mutandis, ser seguido com relação a qualquer outras
verbas mantidas por ou em conexão com a Loja (seja pelo Tesoureiro ou por
um Esmoler ou um Mestre de Banquetes) como Fundos de Benefício da Loja,
fundos para Associações de Caridade ou Benevolência, Fundos para Jantares,
Caixas de coleta de Caridade ou outros dinheiros a receber de membros
individuais da Loja ou seus Oficiais.

Comitês de Loja
154. Uma Loja, se autorizado por seus estatutos, poderá nomear um Comitê
de membros para o propósito de considerar e reportar sobre propostas de
admissão a Loja.
A Loja por uma resolução poderá especificamente referir qualquer outra matéria
para este Comitê (ou outro Comitê especialmente criado em Loja aberta) para
deliberar e reportar, ou com o poder para agir dentro de limites definidos pela
Loja, mas nenhum Comitê poderá ser investido com poderes executivos gerais.
Qualquer Comitê poderá enviar a Loja para consideração qualquer matéria
que crer ser em benefício da Loja. O Mestre ex officio pertencerá, e poderá
presidir, todos os Comitês da Loja.

Loja poderá implementar seus próprios procedimentos


155. Os membros presentes em qualquer Loja devidamente chamados têm
um direito indiscutível de implementar seus próprios procedimentos, contanto
que estes sejam consistentes com as leis gerais e regulamentos da Arte; mas
um protesto contra qualquer resolução ou procedimentos, baseado em que seja
contrário as leis e costumes da Arte, e para o propósito de reclamação ou apelação
a uma autoridade Maçônica maior, pode ser feita, e tal protesto poderá ser
escrito no Livro de Apontamentos se o Irmão que fez o protesto assim o desejar.

Votação
156. Quando acontecer que os votos são iguais sobre qualquer questão a ser
decidida por maioria, por votação ou outro método, o Mestre na cadeira ou o
Vigilante regendo a Loja, deverá pedir uma segunda votação ou dar o seu
voto.

Qualificações para Iniciação


157. Nenhuma pessoa será aceita como Maçam enquanto tiver menos que
vinte e um anos, exceto por uma dispensa do Grande Mestre ou pelo Grão-
Mestre Provincial ou Distrital. Todo candidato tem que ser um homem livre, e
ter uma situação econômica irrrefutável.

Indagações sobre candidatos de outras localidades


158. Se um candidato para iniciação pede admissão a uma Loja em que ele
não tenha residência permanente, nem um lugar de trabalho regular ou

562
Constituição para Lojas Simbólicas

emprego, ele deverá dar os seus motivos por escrito, e sua razão por não
conseguir admissão em uma Loja na localidade de sua residência ou lugar
principal de trabalho.
Neste caso, a Loja em que ele busca admissão, no recebimento do formulário
de proposta para admissão, deverá imediatamente fazer indagações sobre a
adequabilidade do candidato da Autoridade Maçônica que tenha jurisdição
sob a localidade de residência ou local de trabalho. Um candidato que caia
nas provisões desta Regra não será proposto em Loja aberta até que a
Autoridade Maçônica tenha dado resposta as indagações.

Candidatos para Iniciação


159. Exceto conforme a Regra 160, um candidato para iniciação pode ser
proposto e secundado somente numa reunião regular, e ele tem que ser votado
na próxima reunião regular. Se a votação assim não ocorrer, a proposta
prescreverá. As particularidades necessitadas do candidato, também do seu
proponente e apoiador, serão fornecidas ao Secretário da Loja, anteriormente
a reunião da Loja na qual a proposta será feita. Por este propósito o formulário
de proposta impresso aprovado pelo Comitê de Propósitos Gerais e no presente
momento em uso, tem que ser utilizado. Cópias deste formulário impresso
serão supridas pelo Grande Secretário. O proponente e o apoiador do candidato
tem que ser membros pagantes da Loja, ou qualificar-se neste respeito
conforme Regra 167; o candidato tem que ser pessoalmente conhecido por
eles e eles têm que poder dizer que ele é um homem de boa reputação e bem
ajustado para ser um membro da Loja. Quando um candidato não é iniciado
na data da sua eleição, a data desta eleição será escrita na intimação para a
próxima reunião na qual a iniciação ocorrerá. Se um candidato não for iniciado
dentro de um ano após a sua eleição, a eleição será nula. Todo Irmão na sua
iniciação será suprido com uma cópia do Livro de Constituições, e sua aceitação
do mesmo será visto como sua declaração de submissão aos seus conteúdos.

Iniciação em casos de urgência


160. Nos casos onde a duração do procedimento sob Regra 159 imporia
sofrimento sério a um candidato em potencial, qualquer dois membros de
uma Loja poderão enviar por escrito ao Mestre, o nome, idade, profissão ou
ocupação (se houver), e lugar de moradia do candidato, e as circunstâncias
que na opinião deles fazem dele um candidato desejável, que tem que ser um
conhecido deles pessoalmente deveria ser iniciado como uma matéria de
urgência. Se na opinião do Mestre a urgência é verdadeira, e que sofrimento
ao candidato seria sério, ele deverá requisitar que o candidato e o seu
proponente e seconder respectivamente forneçam as razões particulares ao
Secretário da Loja no formulário impresso de pedido mencionado na Regra
159, não menos que quatorze dias antes da reunião regular ou emergencial
da Loja na qual a proposta será apresentada, e vota acontecer, e o candidato,
se eleito, estará iniciado.

563
Grande Loja Unida da Inglaterra

Uma declaração do Mestre da causa da urgência e a natureza do sofrimento


deverá em todo caso ser especificado na intimação (emitido conforme a Regra
164) para a reunião regular na qual a proposta será submetida. O Mestre,
antes que a votação ocorra, deverá declarar em Loja aberta a causa da
emergência e a natureza do sofrimento, e estas matérias serão gravadas nas
minutas da Loja.

Candidatos da Irlanda e Escócia


161. Nenhuma Loja sob a jurisdição da Grande Loja deverá iniciar qualquer
candidato cuja moradia usual seja na Irlanda ou Escócia ou qualquer lugar
aonde a Grande Loja da Irlanda ou Grande Loja da Escócia tenha jurisdição
Maçônica exclusiva sem primeiramente informar o Grande Secretário, para
que ele possa fazer indagações do Grande Secretário da Jurisdição de onde
o candidato vem, antes que a votação para sua eleição ocorra.
Está Regra não se aplicará aos membros das Forças Armadas de Sua
Majestade na Ativa, ou para membros de qualquer Universidade que são
candidatos para iniciação numa Loja especificamente associada com uma
Universidade.

Declaração do Candidato
162. Todo candidato antes da sua iniciação tem que dar o seu nome por inteiro
a uma declaração do seguinte conteúdo, viz:
Ao Mestre, Vigilantes, Oficiais e Membros da Loja .... ... ..... ........No ...... ... Eu,
.. ...... ... ........ ...... , sendo um homem livre, e da idade cheia de vinte e um anos,
declaro que, sem preconceitos pela solicitação imprópria de amigos, e sem
influência por motivos mercenários e outros indignos, Eu livremente e
voluntariamente me ofereço como candidato aos mistérios da Maçonaria; que
eu seja estimulado por uma opinião favorável concebido da instituição, e um
desejo de conhecimento; e que eu acatarei alegremente a todos usos antigos
e costumes estabelecidos da Ordem.
Testemunhe minha mão, este ....... ....... ....... de .................. .
Testemunha .. .. .. ... .. .. ... .. ..

Membros lngressantes
163. (a) Um Irmão querendo ser um membro ingresso ou membro ré-
ingressante de uma Loja tem que ser proposto e secundado somente numa
reunião regular. Ele tem que ser votado na próxima reunião regular. Se o voto
não acontecer, a proposta virará nula. Se eleito, ele terá que virar um membro
dentro de um ano, e se ele não o fizer a eleição será nula.
b) As particularidades necessárias do candidato, tanto do seu proponente
quanto do apoiador, serão fornecidos ao Secretário da Loja anteriormente a
reunião da Loja na qual a proposição será feita. Para este propósito o formulário
impresso de proposta mencionado na Regra 159 deve ser utilizado. O
proponente e o apoiado r de um candidato devem estar qualificados da mesma

564
Constituição para Lojas Simbólicas

maneira e preencher os requisitos conforme citado nas Regras 159 e 167 no


que tange ao proponente e apoiador de um candidato à iniciação.

Certificado a ser produzido


(c) Antes que o voto ocorra o candidato terá que produzir ao Secretário da
Loja o seu Certificado da Grande Loja, e, conforme a Regra 175, um certificado
de boa conduta de cada Loja aonde ele for um membro mostrando que todas
as taxas devidas tenham sido pagas, inclusive um certificado de cada uma
das Lojas das quais deixou de ser um membro, descrevendo a circunstância
que o levaram a deixar a Loja, e se naquele instante todas as taxas estavam
pagas, ou tenham sido pagas. Se qualquer destas Lojas deixou de existir, e o
candidato não tenha em suas mãos o certificado necessário, um certificado
do Grande Secretário o substituirá dando todos os fatos relevantes como
sabidos no momento.
(d) Se qualquer Irmão que tenha sido excluído de uma Loja ou que tenha
renunciado sem ter cumprido com seus estatutos ou os regulamentos gerais
da Craft deseje entrar para uma outra Loja, as circunstâncias desta exclusão
ou renúncia serão divulgados antes da votação, para melhor ajudar os Irmãos
para exercerem seu discernimento quanto a sua admissão. Se uma Loja aceitar
este Irmão como um membro associado, ela será responsável por taxas em
atraso que ele possa estar devido por ele a Loja ou Lojas de qual ele tenham
sido excluído ou renunciado .

Membros Admitidos de outras Jurisdições


(e) No evento que um Irmão que tenha sido iniciado numa Loja não sob a
Grande Loja candidatando-se a associar a uma Loja sob a Grande Loja, o
Secretário da Loja deverá, antes que a votação comece, pedir ao Grande
Secretário (ou no caso de uma Loja Distrital, ao Grande Secretário Distrital)
para verificar que a Grande Loja sob o qual o Irmão foi iniciado é reconhecido
pela Grande Loja.
(f) Sendo eleito ou num prazo de um ano após a eleição, e previamente a ser
admitido pela primeira vez como membro da Loja, o Irmão sendo admitido
deverá fazer a seguinte declaração:
'Eu , ..... ..... ....... .. ... .... , iniciado na Loja .. ........ ..... ... ... ... , No ........ . no Registro
da Grande Loja da .......... .. ..... .... ...... .. declaro solenemente que se eu for
admitido como membro desta Loja eu seguirei o Livro de Constituições da
Grande Loja Unida da Inglaterra, e prometo a devida obediência ao Grande
Mestre e de todas as Regras e Regulamentos desta Grande Loja Unida.'
(g) A declaração será feita na Loja em que o Irmão está se associando ou em
uma outra Loja sob a Grande Loja, ou por escrito testemunhado por um Irmão,
que declarara o nome, número e Jurisdição (que tem que ser a Grande Loja
ou uma Jurisdição reconhecida pela Grande Loja) da Loja ao qual ele pertence.
A declaração valida a eleição retrospectivamente e tem que ser anotada nas
minutas da Loja.

565
Grande Loja Unida da Inglaterra

(h) Uma cópia do Livro de Constituições tem que ser dada a cada Irmão que
se associar (p. 78).
(j) Uma Loja, poderá promulgar nos seus estatutos que, adicionalmente a
taxa de associação ou ré-associação, o candidato deverá pagar a Loja taxas
de registro como as paga a Grande Loja e, se aplicável, a Grande Loja
Provincial ou Distrital, em conjunto com a taxa normal, e o candidato antes de
se tornar um membro será informado do total devido.

Eleição de candidatos para iniciação ou associação


164. (a) (i) As particularidades requisitadas pelas Regras 159, 160 e 163 serão
inseridas no formulário impresso de ingresso e consideradas pelo Comitê
apropriado da Loja ou, se não existir tal Comitê, pelo Mestre. O certificado para
este efeito no formulário deverá ser assinado pelo Mestre, e as particularidades
com o Certificado do Mestre serão lidas na Loja imediatamente antes da votação
ocorrer. Se o Candidato for eleito e subseqüentemente for Iniciado ou se associa
ou se ré-associa a Loja, o formulário será imediatamente assinado pelo
Secretário e enviado com a taxa apropriada ao Grande Secretário para registro.
Numa Província ou Distrito o Grão-Mestre Provincial ou Distrital poderá pedir
que uma cópia deverá ser enviada ao Grande Secretário Provincial ou Distrital.
(ii) Se um candidato para !nidação, ou candidato para associação ou ré-
associação que estiver sem vínculos conforme Regra 127, não consegue fazer
a declaração devida por ele no formulário sem qualificação, o formulário com
o Certificado do Mestre devidamente assinado com um relato do acontecido
será transmitido ao Grande Secretário. O Grande Secretário deverá verificar,
se isto for o caso, que as matérias reveladas em conexão com o pedido de
ingresso não constituem um impedimento a Iniciação (ou associação ou ré-
associação, conforme o caso)
O seu certificado junto com qualquer declaração adicional que ele poderá
necessitar serão lidos em Loja aberta imediatamente antes do candidato ser
proposto e apoiador e também antes da votação ocorrer, e será escrita nas
Minutas das respectivas reuniões. Se o Grande Secretário recusar a emitir
um certificado, o Mestre poderá, se autorizado por uma resolução da Loja
seguindo uma nota na intimação, procurar obter um entendimento da Regra
184; contanto que um Grão-Mestre Provincial ou Distrital entenda que um
certificado deveria ter sido emitida, ele causará que está matéria seja lidada
conforme a Regra 184 (b) .
(iii) Um candidato que conscientemente faz ou deixa sem corrigir uma
declaração falsa no formulário impresso de admissão deverá se ele for ou
subseqüentemente se tornar um membro da Arte ser passível de expulsão ou
uma outra penalidade Maçônica menor. O proponente ou segundo do
candidato, ou Secretário da Loja, que sabidamente faz ou deixa sem correção
uma declaração falsa será passível também da mesma punição.
(b) No caso de um candidato a iniciação seus
(i) nome completo,

566
Constituição para Lojas Simbólicas

(ii) idade,
(iii) profissão ou ocupação (se houver),
(iv) lugar ou lugares de residência,
(v) endereço ou endereÇos de trabalho,
(vi) os nomes dos proponentes e apoiadores (seconder}, e
(vii) a data da sua proposta em Loja aberta,
e, no caso de um candidato para admissão ou ré-admissão, os mesmos dados
(exceto idade) , junto com o nome e número da Loja ou Lojas da qual ele é ou
tenha sido um membro, deverão ser escritos na intimação para a reunião na
qual a votação ocorrera, e uma cópia da intimação deverá ser enviada a todos
os membros da Loja pelo menos dez dias antes desta reunião (p. ao) .
(c) É de competência da Loja para detalhar nos seus estatutos que o formulário
contendo os detalhes do candidato deverá ser depositado com o Secretário
por um número de dias razoável antes da reunião na qual o candidato será
proposto, tal número sendo detalhado nos estatutos, mas o período de quatorze
dias mencionado na Regra 160 não poderá ser alterada.

Rejeição por votação


165. Nenhuma pessoa ser feito um Maçom em, ou admitido como membro de
uma, Loja, se, na votação, três bolas pretas aparecerem contra ele; mas os
estatutos de uma Loja podem ordenar que duas bolas pretas ou uma bola
preta pode excluir um candidato; e os estatutos poderão também ordenar que
um período razoável terá de passar antes que qualquer candidato rejeitado
possa ser proposto novamente naquela Loja.

Iniciando se torna membro


166. Exceto no caso de Irmãos que estão servindo, todo candidato se torna
um membro pagante da Loja quando da sua iniciação.

Membros Honorários
167. Uma Loja terá o poder, após aviso posto na intimação, para eleger como
Membro Honorário qualquer Irmão de boa reputação e digno de tal distinção
pelos seus serviços a Craft, ou para uma Loja em particular, que é, ou que
tenha no último ano, sido um membro pagante da Loja. A moção para sua
eleição deverá ser votada por voto e declarado aceito salvo se três ou mais
bolas pretas aparecerem contra a moção. Tal Membro Honorário, que não
deverá quaisquer taxas pagáveis a Loja, terá o direito de atender as reuniões
da Loja, mas não, caso ele deixe de ser um Membro Honorário e venha ser
um membro pagante da Loja conforme as Regras 163 e 164, de fazer ou votar
em qualquer proposta ou ter qualquer cargo na Loja. As taxas da Grande Loja
e Grande Loja Provincial ou Distrital conforme Regras 83, 84 e 270 não serão
pagas com respeito a Membros Honorários, e os seus nomes não serão
incluídas na lista de membros pagantes enviadas a Grande Loja conforme
Regra 164 ou por Regra.

567
Grande Loja Unida da Inglaterra

Onde, contudo, a distinção de Membro Honorário tenha sido conferida a um


Imediato por seus serviços dedicados a Loja, ele poderá, se tenha sido um
membro pagante desta Loja, propor ou secundar candidatos para admissão a
Loja.

Número de candidatos no mesmo dia


168. Nenhuma Loja poderá iniciar ou conferir qualquer grau a mais do que
dois candidatos no mesmo dia sem dispensa do Grande Mestre ou o Grão-
Mestre Provincial ou Distrital. O pedido para tal dispensa deverá especificar
os nomes dos candidatos, o grau a ser conferido e as circunstâncias na qual
este pedido está sendo feito.

Taxa de Iniciação
169. Quando uma pessoa se torna Maçom (exceto conforme nesta Regra) ele
deverá no dia ou antes da sua iniciação pagar a Loja a Taxa de Iniciação
descrita nos estatutos. Nenhuma Loja abrirá mão ou deferir o pagamento desta
quantia ou qualquer parte da mesma.
A Loja poderá ordenar conforme seus estatutos que, adicionalmente a Taxa
de Iniciação. O candidato deverá pagar a Loja quaisquer taxas de registro
pagas a Grande Loja e, se aplicável, a Grande Loja Provincial ou Distrital ,
conjuntamente quaisquer taxas, e o candidato deverá ser informado do total
devido antes de se tornar um membro.
170. (a) Uma pessoa pode ser iniciada como um Irmão sem qualquer taxa da
Loja em que será membro ou por qualquer Loja para o serviço da Grande Loja
ou Grande Loja Provincial ou Distrital , sujeito a obtenção de uma dispensa do
Grande Mestre ou Grão-Mestre Provincial ou Distrital.

Iniciação e status de Irmãos ativos


(b) Toda qual iniciação e as circunstâncias do mesmo deverão ser
especificamente notificadas ao Grande Secretário nos retornos enviados a
ele e o Irmão será registrado como livre de custos, mas será obrigado a pagar
a taxa por um Certificado especial da Grande Loja. Um Irmão iniciado como
irmão servidor pode se tornar um membro de uma Loja somente por eleição a
mesma como membro associado e pagando a Loja as mesmas taxas como
um iniciado, mas, desde e após tal eleição e pagamento ele será intitulado a
todos os direitos e privilégios ao qual teria direito caso tivesse sido iniciado
em uma Loja não como Irmão servidor. No ato do primeiro registro de um
Irmão servidor como um membro associado de uma Loja, a taxa apropriada
para um registro de um iniciante deverá ser paga pela Loja, e o Irmão terá o
direito de devolve o Certificado especial da Grande Loja originalmente emitida
para ele, em troca por um Certificado da Grande Loja com a mesma data do
seu Certificado original.
(c) Um membro atuante poderá pagar ele mesmo pela Loja em que foi iniciado

568
Constituição para Lojas Simbólicas

tais quantias que deveriam, se fosse um membro da mesma, devidas por ele
a Grande Instituição de Caridade conforme a Regra 271, mas tais pagamentos
deverão somente ser recebidas enquanto o Irmão estiver servindo a Loja em
questão e não tiver se associado a mesma ou qualquer outra Loja conforme
as provisões na Regra anteriormente mencionada.
(d) Um Guarda Externo não iniciado como um Irmão atuante não está
qualificado ele mesmo para pagar as taxas devidas referidas no parágrafo
anterior, nem poderá uma Loja pagar estas taxas por ele salvo se for um
membro daquela Loja.

Responsabilidade pelas taxas


171. Um membro que propõe ou segundo um candidato para iniciação ou
membro associado deverá ser responsável a Loja pelo pagamento de todas
as taxas pagáveis conforme os estatutos a respeito deste candidato.

Intervalo (interstício) entre os graus


172. Exceto no estrangeiro conforme Regra 90, nenhuma Loja, poderá conferir
um grau a qualquer Irmão num intervalo menor que quatro semanas desde
que ele recebeu o grau anterior, e toda cerimônia feita em contravenção desta
provisão (a menos que validada conforme abaixo) será nula. O Grande Mestre
deverá passar toda quebra desta Regra ao Conselho de Propósitos Gerais, e
poderá se ele achar apropriado com a recomendação do Conselho dar uma
dispensa validando qualquer cerimônia retroativamente, sujeito a (se alguma)
condição que ele considere correta.

Conferimento de graus por pedido


173. (a) Nenhuma Loja do qual não for um membro passará ou elevará um
Irmão que tenha sido iniciado em outra Loja exceto com um pedido por escrito
do Mestre (ou na sua ausência um Vigilante) e o Secretário da Loja na qual foi
iniciado.
(b) No caso de um pedido por ou em nome de uma Loja sob uma Grande Loja
reconhecida ter um degrau conferido num Irmão numa Loja sob a Grande
Loja, o pedido terá de ser subscrita pelo Grande Secretário da Grande Loja
reconhecida e por ele enviado ao Grande Secretário para transmissão a Loja,
na qual o grau será conferido.
(c) No caso contrário de um pedido por ou em nome de uma Loja sob a Grande
Loja para conferir um degrau num Irmão numa Loja sob uma Grande Loja
reconhecida, o pedido terá de ser subscrito pelo Grande Secretário e por ele
enviado ao Grande Secretário da Grande Loja reconhecida para transmissão
a Loja na qual o grau será conferido.
(d) Quando um Irmão tenha sido passado ou elevado sob qualquer provisão
desta Regra um documento certificando está passagem ou elevação será
imediatamente enviado ao Grande Secretário e para a Loja da qual o candidato
pertence.

569
Grande Loja Unida da Inglaterra

Pedidos para Certificados da Grande Loja


174. (a) Pedidos por Certificados da Grande Loja tem que ser feitos pela Loja
em que o Irmão foi iniciado ao Grande Secretário, no formulário apropriado
entregue a ele , exceto no caso de Lojas Distritais onde o Grão-Mestre Distrital
está autorizado pela Regra 87 a emitir Certificados, neste caso o pedido tem
que ser feito ao Grande Secretário Distrital.

Taxa pelo Certificado tem que ser paga


(b) A taxa pagável para o registro de um Maçom, conforme a Regra 270,
deverá ser paga e enviada, junto com o formulário de proposta, no ato de
registro do nome de um Irmão pela Loja em que foi iniciado. Nenhum certificado
pode ser emitido até que a taxa apropriada é paga e o formulário de proposta
devidamente preenchido é recebido.

Quem tem direito ao Certificado


(c) Todo Irmão que estiver em dia terá o direito a um Certificado da Grande
Loja imediatamente quando do seu registro nos livros da Grande Loja como
tendo recebido o terceiro grau ; mas um Irmão poderá em circunstâncias
especiais obter um Certificado do primeiro ou segundo grau, e, após o seu
avanço a um grau superior, terá direito de uma toca sem custos deste
Certificado por um de um grau superior.

Entrega do Certificado
(d) O Certificado da Grande Loja de um Irmão deverá ser entregue a ele em
Loja aberta, e o evento escrito nas minutas, mas, em casos onde isto não
puder ser feito convenientemente, o Certificado será enviado a ele por correio
registrado, e o Secretário deverá informar isto na próxima reunião regular da
Loja para que possa ser gravado nas atas.

O Certificado tem que estar assinado


(e) Um Certificado da Grande Loja tem que imediatamente na sua entrega ser
assinado na margem pelo Irmão a quem o foi outorgado.

Certificados Perdidos
(f) No caso de um Certificado ser perdido ou destruído, do qual prova satisfatório
tem que ser mostrado/citado, o Grande Secretário poderá emitir uma Segunda
via mediante do pagamento de uma taxa conforme Regra 270.

Concessões de Certificados por Lojas Particulares


175. Uma Loja concederá um Certificado isento de ônus a qualquer Irmão
sempre que requerido por este em cada um dos seguintes casos:
(i) Quando ele for membro da Loja, um Certificado nesse sentido e declarando
(se for o caso) que ele não se encontra em débito com a Loja; e
(ii) Quando ele foi, mas não é mais, um membro da Loja, um Certificado

570
Constituição para Lojas Simbólicas

declarando se ele deixou de ser um membro por renúncia sob a Regra 183 ou
por exclusão, fornecendo a data e as circunstâncias envolvidas, e declarando
se e quando tal débito lhe foi atribuído.
Se um Irmão se encontra suspenso, tal informação deverá ser incluída no
Certificado emitido sob está Regra. O Certificado será datado e, exceto se
entregue ao próprio Irmão, será transmitido por correio registrado, com o
envelope marcado simplesmente na parte externa "Particular e Confidencial".
Exceto se provisionado por está Regra nenhuma Loja concederá um Certificado
de qualquer espécie a um Irmão. Em particular, um Irmão que foi expulso da
Ordem ou que quitou da mesma sob a Regra 277 A não terá a concessão de
um Certificado.

Filiação a Organizações Pára-Maçônicas e outras


176. Uma pessoa que de alguma maneira tenha estado em contato com
qualquer organização que seja quase-Maçônica, imitadora da Maçonaria, ou
considerada pela Grande Loja como irregular ou como incompatível com a
Ordem, não pode ser iniciada na Ordem exceto por dispensa do Grande Mestre
ou do Grão-Mestre Distrital ou Provincial, qualquer que seja o caso.
Um Irmão que subseqüentemente à sua filiação possa ter estado ou esteja
em ligação com tal organização como acima mencionado será solicitado a
retirar seu pedido de filiação da mesma e finalmente cortar tal ligação, ou em
deixando de fazê-lo quando convocado a assim proceder por qualquer
autoridade Maçônica será passível de suspensão ou expulsão e não poderá a
partir daí reassumir seus privilégios Maçônicos até que assim tenha solicitado
ao Grande Mestre, prestado a devida obediência, e obtido a graça.

Impressão ou publicação de procedimentos


177. Nenhum Irmão publicará ou fará com que seja publicada qualquer coisa
que, de acordo com os princípios estabelecidos da Maçonaria, não deve ser
levada a público.
Nenhum Irmão, sem o consentimento do Grande Mestre ou do Grão-Mestre
Distrital ou Provincial , conforme seja o caso, publicará ou concorrerá para que
sejam publicados os procedimentos de qualquer Loja.
Nenhum Irmão, sem o devido consentimento, publicará, circulará ou dará causa
para publicação de quaisquer documentos relativos a quaisquer casos antes
da constituição de um tribunal Maçônico regular, exceto que cópias de
documentos podem ser fornecidas para uso do referido tribunal se enviadas
através do Grande Secretário ou do Grande Secretário Distrital ou Provincial
ou do Presidente ou Secretário da Comissão Diretora ou Comitê formando o
tribunal, conforme requeira o caso.

Aparição pública em trajes maçônicos


178. Nenhum Irmão aparecerá publicamente trajado com quaisquer jóias,
colares ou medalhas da Ordem, em qualquer cortejo, reunião ou assembléia

571
Grande Loja Unida da Inglaterra

nas quais estejam presentes outras pessoas que não os Maçons, ou em


qualquer lugar de reunião pública, exceto se o Grande Mestre ou o Grão-
Mestre Distrital ou Provincial, conforme for o caso, tenham previamente
concedido a dispensa aos Irmãos para que se apresentassem em trajes
Maçônicos.

Dever em atender à lei: Reputação da Franco-Maçonaria: Quebras de


Regulamenntos:
179. Como cidadão, todo Franco-Maçam tem o dever de não se envolver em
condutas que sejam contrárias às leis locais vigentes. Como Franco-Maçam
ele tem o dever de não se envolver em atividades que possam levar a Franco-
Maçonaria ao descrédito. Uma Loja ou Irmão que ofendam quaisquer leis ou
regulamentos da Ordem ao ponto de que nenhuma penalidade específica
seja aplicada será passível de repreensão ou suspensão.
(i) Se uma Loja for suspensa os membros da mesma não estão liberados de
sua responsabilidade em pagar as taxas devidas à Grande Loja ou à Grande
Loja Distrital ou Provincial e cada membro é responsável por sua quota das
devidas despesas incorridas pela Loja durante o período de suspensão.
(ii) Se um Irmão for suspenso a penalidade poderá ser a de se aplicá-la à sua
filiação a uma Loja em particular, ou Lojas, ou a todos ou apenas alguns de
seus privilégios Maçônicos e tal Irmão permanece responsável por sua
inscrição perante qualquer Loja da qual tenha sido suspenso.
(iii) Exceto como expressamente provisionado pelas Regras 233 e 277 a
suspensão deverá ser por período determinado.
(iv) Se novas circunstâncias sejam provadas para satisfação da autoridade
que aplicou uma penalidade de suspensão o período remanescente da
suspensão poderá ser revogado no todo ou em parte.

Relato de sentença custodiai e outras condutas capazes de levar a


Maçonaria ao descrédito
179A. É dever de qualquer Irmão que tenha sido sentenciado por poder civil
(seja no Reino Unido ou em outro país) com sentença custodiai (imediata ou
suspensa) ou a respeito de quem uma Ordem de Serviço Comunitário seja
dada por um Tribunal no Reino Unido, reportar o fato dentro de 28 dias ao
Mestre de sua Loja, ou (se ele não estiver disponível) ao Grande Secretário.
O Mestre deverá, dentro de período de tempo idêntico, reportar qualquer
sentença custodiai (imediata ou suspensa) ou qualquer Ordem de Serviço
Comunitário imposta a qualquer membro de sua Loja, ao Grande Secretário
Distrital ou Provincial conforme for apropriado ou (se a Loja for uma Loja de
Londres ou de qualquer maneira administrada a partir do Palácio Maçónico)
ao Grande Secretário.
Um Irmão que se encontre sob um dever de relatar suas convicções como
dito anteriormente, tenha ou não cumprido com isso, não poderá, pendente
da determinação de seu caso pela autoridade Maçônica, freqüentar qualquer

572
Constituição para Lojas Simbólicas

Loja ou Capítulo sem a permissão escrita da autoridade Maçônica detendo a


jurisdição competente.
É dever de um Grande Secretário Distrital ou Provincial que recebe um relato
de uma sentença custodiai ou qualquer Ordem de Serviço Comunitário do
tipo, imposta a um Irmão, de transmitir o assunto sem delongas ao Grande
Secretário, e também lhe reportar qualquer outra conduta que, na opinião do
Grão-Mestre Distrital ou Provincial, pode levar a Franco-Maçonaria ao
descrédito.
É dever de cada Irmão comentar ou fornecer informações em relação a uma
queixa ou alegação de má conduta (seja tal queixa ou alegação feita contra
ele ou contra qualquer outro Irmão ou uma Loja), se assim for requerido por
qualquer Grão-Mestre Distrital ou Provincial, Grande lnspetor ou a Comissão
de Assuntos Gerais.

Suspensão ou Expulsão do Real Arco


179B.Todas as sentenças de suspensão dos privilégios do Real Arco exaradas
contra um Companheiro pelo Grande Capítulo ou outra autoridade competente
no Real Arco suspenderão, exceto se declarado em contrário pela referida
autoridade, tal Companheiro como um Irmão dos privilégios equivalentes na
Ordem . Todas as sentenças de expulsão por parte do Grande Capítulo
expulsarão igualmente, iso facto, da Ordem Maçônica.

Comportamento impróprio em Loja


180. Se qualquer Irmão se comportar impropriamente em Loja de maneira tal
que perturbe a harmonia da mesma, será repreendido formalmente pelo Mestre
e, se persistir em sua conduta irregular, será punido com censura ou exclusão
do restante da sessão, de acordo com a opinião da maioria dos membros
presentes, ou o caso será reportado à autoridade Maçônica superior.

Exclusão permanente
181. (a) Qualquer Loja, por resolução , pode excluir qualquer membro por causa
suficiente, desde que
(i) um aviso escrito lhe seja fornecido por Correio Registrado, sendo o envelope
marcado simplesmente na parte externa como "Particular e Confidencial", não
menos que quatorze dias antes da sessão na qual a queixa será levada em
consideração, junto com particularidades a respeito da queixa formulada,
declarando a hora e local designados para a sessão, e que o referido Irmão
pode comparecer para responder à queixa pessoalmente ou enviar sua
resposta por escrito se assim o preferir.
(ii) com antecedência não inferior a dez dias uma notificação escrita deverá
também ser fornecida aos membros da Loja com a intenção de propor tal
resolução.
(b) A notificação será considerada como cumprida se enviada por correio para
o último endereço conhecido de cada membro.

573
Grande Loja Unida da Inglaterra

(c) O nome do Irmão sob consideração não aparecerá na notificação enviada


aos membros da Loja, mas deverá ser dado ao conhecimento dos Irmãos
quando a resolução for colocada durante a sessão da Loja.
(d) A votação será por escrutínio.
(e) A resolução não será considerada para efeitos de continuidade exceto se
dois terços dos membros presentes votarem em favor da mesma.
(f) Se a resolução for levada adiante, a exclusão será efetiva em seguida.
(g) O nome de todo Irmão excluído de uma Loja, com a causa da exclusão,
será enviado em seguida ao Grande Secretário e, se a Loja estiver dentro de
um Distrito ou Província, também ao Grande Secretário Distrital ou Provincial.
(h) Quando a causa da exclusão for a falta de pagamento de taxas por um
período menor do que aquele estabelecido na Regra 148 (se assim estiver
provisionado nos Regulamentos Internos da Loja), o Grande Secretário, e se
a Loja estiver dentro de um Distrito ou Província, ou o Grande Secretário
Distrital ou Provincial, serão comunicados caso o Irmão envolvido
subseqüentemente pague os débitos vencidos de sua inscrição.
(i) Nesta Regra, "excluir" um Irmão significa encerrar a filiação desse Irmão na
Loja e os termos "excluir'', "excluído" e "exclusão" devem ser considerados
de conformidade com isso.
N.B. o termo expulso só é empregado quando um Irmão é retirado da Ordem
pela Grande Loja.

Poder para regularizar Irmãos excluídos


182. (a) Se o Grande Mestre se encontrar satisfeito pelo fato de que qualquer
Irmão tenha sido excluído sem causa devida, ou que as provisões da Regra
181 não tenham sido atendidas ele pode, por decisão própria ou atendendo a
queixa do Irmão que tenha sido excluído, determinar que este seja regularizado
e pode suspender qualquer Loja que deixe de cumprir com essa determinação.
(b) Um Grão-Mestre Distrital ou Provincial tem o mesmo poder dentro de seu
Distrito ou Província.
(c) Uma queixa sobre sob está Regra deve ser feita dentro de três meses
após a exclusão do Irmão que a formular.
(d) Nenhum apelo será cabível de qualquer decisão do Grande Mestre sob
está Regra, mas qualquer apelo pode ser feito sob a Regra 185 contra a
decisão de um Grão-Mestre Distrital ou Provincial se o Grande Notário for de
opinião de que tal decisão é uma que requeira maiores considerações.

Renúncia
183. Um membro de uma Loja pode a qualquer tempo renunciar à sua filiação
(seja imediatamente ou em alguma outra data posterior especificada por ele
na ocasião), notificando tal renúncia por escrito ao Secretário ou verbalmente
à Loja em uma sessão regular. Se a renúncia for assim notificada ao Secretário,
ele deverá (exceto se tiver sido retirada nesse ínterim por outra notificação
escrita), comunicá-la à Loja na próxima sessão regular. A renúncia, se notificada

574
Constituição para Lojas Simbólicas

ao Secretário e reportada à Loja, tem efeito a partir do momento em que essa


notificação escrita tenha sido recebida pelo Secretário ou, se comunicada
verbalmente à Loja, tem efeito logo em seguida ou (em qualquer caso) a partir
da referida data posterior mencionada acima (caso haja). Não é necessária
nenhuma aceitação da renúncia e, sujeita às provisões seguintes é, após a
notificação ou comunicação à Loja, irrevogável.
Garantido primeiramente que se , quando a renúncia for notificada ou
comunicada à Loja como dito anteriormente, o membro citado seja desejado
pela maioria dos presentes e votantes que retire sua renúncia, está será, se
dentro dos vinte e um dias subseqüentes ele a retirar, considerada cancelada;
e, em segundo lugar, a renúncia de um Irmão notificada ou comunicada a
uma Loja após a notificação lhe ter sido atribuída, de acordo com a Regra
181, de que uma resolução está proposta para excluí-lo da Loja, não pode ser
retirada, e tal renúncia não impede a Loja de considerar e votar sobre tal
resolução se assim for desejado, mas, salvo se a Loja tenha resolvido que o
Irmão será excluído, pode nesse caso proceder da maneira indicada na primeira
provisão desta Regra.

Renúncia da Ordem
183A (a) Um Irmão pode a qualquer tempo renunciar a sua filiação na Ordem
notificando tal renúncia ao Grande Secretário, por escrito, na forma ou formas
eventualmente prescritas para tal propósito pela Comissão de Assuntos Gerais,
acompanhada pelo Certificado da Grande Loja do Irmão e, se for ele um Maçom
do Real Arco , pelo seu Certificado do Grande Capítulo. Tal formulário ou
formulários devem incluir inter alia uma declaração de que o Irmão
(i) deixou de pertencer a todas as Lojas sob a Grande Loja Unida da Inglaterra
e os Capítulos sob o Supremo Grande Capítulo da Inglaterra dos quais tenha
sido membro a qualquer tempo;
(ii) renúncia a qualquer Grande Patente ou Grande Patente de Alem-Mar,
Distrital, Provincial ou de Londres; e
(iii) não mais se considera, nem deseja que outros o considerem mais, como
um Franco-Maçom.
(b) O Grande Secretário pode, à sua discrição, (ou mesmo impor em tais
condições) determinar sobre a solicitação escrita do Irmão que a emissão de
tal Certificado, ou atendimento a quaisquer outros requisitos impostos sob
está Regra, será deixada de lado, e terá poder para comunicar a qualquer
Loja ou Capítulo dos quais o Irmão ainda possa ser membro sua imediata e
irrevogável renúncia (a qual terá, como entre o Irmão e tal Loja ou Capítulo,
efeito em conformidade com as provisões do primeiro parágrafo da Regra
183).
(c) A renúncia da Ordem terá efeito a partir da data na qual o Grande Secretário
receber notificação sob o parágrafo (a) desta Regra ou da data na qual tal
ação conforme requerido ou permitido sob as provisões do parágrafo (b) tenha
sido tomada, qualquer que tenha sido a última. O Grande Secretário enviará

575
Grande Loja Unida da Inglaterra

ao Irmão uma confirmação escrita de que ele efetivamente renunciou à Ordem.


(d) Um Irmão que tenha renunciado sob está Regra permanecerá ligado pelas
várias Obrigações Maçônicas a ele impostas, mas não estará sujeito a
quaisquer dos deveres impostos, nem a qualquer dos direitos e privilégios
conferidos a um Franco-Maçam, seja sob as provisões do Livro das
Constituições ou em conformidade com a prática geral da Ordem.
(e) Um Irmão que tenha renunciado sob está Regra não terá direito de
reassumir quaisquer dos citados direitos e privilégios de um Franco-Maçam
exceto se vier a se tornar novamente um membro inscrito de uma Loja. Para
tal propósito ele primeiramente preencherá tal formulário ou formulários, e
produzirá os documentos devidos, conforme possa ser eventualmente prescrito
pela Comissão de Assuntos Gerais como uma condição para o retorno do
Certificado de sua Grande Loja e, se for um Maçam do Real Arco, do Certificado
de seu Grande Capítulo. O Grande Secretário, se estiver satisfeito de que a
aplicação esta de acordo , devolverá tal Certificado ao Irmão a fim de que ele
possa ser devidamente proposto e secundado como um membro filiando ou
regularizando de uma Loja.

Diferenças e queixas
184. (a) Quaisquer questões, disputas ou diferenças Maçônicas que não sejam
aquelas que provenham sob a Regra 181 ou 182, que não podem ser acertadas
entre as partes envolvidas serão reduzidas a escrito e entregues como se
segue:

Não em Províncias e Distritos


(i) Se emergentes de, ou em conexão com membro de uma Loja em Londres
ou em qualquer outro lugar onde nenhum Grão-Mestre Distrital ou Provincial
tenha jurisdição, ao Grande Secretário, que colocará as mesmas perante a
Comissão de Assuntos Gerais.

Em Províncias e Distritos
(ii) Se emergentes de, ou em conexão com um membro de uma Loja em uma
Província ou Distrito ao Grande Secretário Distrital ou Provincial com vistas
sendo dadas em conformidade com as Regras 74, 75 e 76.
(b) Desde que um Grão-Mestre Distrital ou Provincial possa, com a aprovação
da Comissão de Assuntos Gerais, dar origem a qualquer caso recaindo sob o
título (a) (ii) desta Regra a ser referido a um Tribunal de Apelações constituído
em conformidade com a Regra 276.

Apelações
185. Qualquer Loja ou Irmão que se sinta atingido por uma decisão emitida
sob as regras 74, 75 , 182(b), 184, 233 e 234, ou quaisquer dessas Regras
pode apelar de tal decisão a um Tribunal de Apelações constituído de
conformidade com a Regra 276. A apelação pode ser interposta por escrito,

576
Constituição para Lojas Simbólicas

especificando a queixa, e ser transmitida com todos os dados relevantes ao


Grande Secretário, acompanhada de um certificado que duplique a apelação
e os documentos relevantes que foram enviados pelo apelante para a
autoridade contra cuja decisão a apelação foi interposta, e também para a
parte contrária se houver, e no recebimento da apelação e dos certificados
pelo Grande Secretário o mesmo dará ciência à autoridade cuja decisão esta
sendo objeto de questionamento, e também à parte contrária se houver-, e, na
audiência da Apelação a prova do serviço da notificação e cópias da apelação
serão, salvo admitido, de responsabilidade do apelante. Tais notificações serão
consideradas como devidamente satisfeitas se for comprovado que foram
enviadas pelo correio para o último endereço conhecido.
Nenhuma apelação pode ser levada em consideração exceto se colocada em
linguagem adequada e respeitosa e nem, senão dentro de três meses após a
decisão da qual se apelou ou algo similar, se houver, por períodos mais longos
do que os permitidos pelo Grande Mestre.
Quaisquer penalidades de suspensão ou exclusão permanecerão em vigor
pendentes da determinação sobre a apelação.

Sessão para discutir a formação de uma Grande Loja Soberana


186. Em qualquer território no qual exista uma Grande Loja Distrital, se o
Grão-Mestre Distrital considerar conveniente conceder uma dispensa para
esse propósito, será legal para qualquer Loja realizar uma sessão especial,
ou sessões, para discutir e resolver sobre a questão da formação de uma
Grande Loja Soberana para ou incluindo o Distrito ou qualquer parte resultante
dele, ou qualquer Distrito vizinho ou parte dele resultante, ou quaisquer Loja
ou Lojas não em um Distrito. Tal dispensa pode ser concedida sujeita a
quaisquer condições que o Grão-Mestre Distrital possa considerar apropriadas,
e também a provisões capacitando duas ou mais Lojas a se unirem na sessão
especial; e se o Grão-Mestre Distrital se recusar a conceder uma dispensa,
uma apelação contra tal recusa pode ser colocada perante o Grande Mestre.
Em um território onde exista mais que uma Grande Loja Distrital o mesmo
procedimento será adotado em cada Distrito, e antes que qualquer Grande
Loja seja reconhecida como detendo jurisdição sobre o todo de tal território o
consentimento de cada Grande Loja Distrital será certificado
subseqüentemente pelo Grão-Mestre Distrital.

Normas a serem observadas pelas Lojas na jurisdição de uma nova


Grande Loja Soberana
187. Sempre que a Grande Loja vier a reconhecer, com o assentimento do
Grande Mestre, uma Grande Loja como Corpo Soberano regular e
independente, tendo jurisdição sobre qualquer território onde não exista uma
Grande Loja Distrital (ou mais) ou de Londres, e o Grande Mestre devendo
especificar que não é sua intenção conceder para o futuro qualquer patente
para uma nova Loja naquela jurisdição, as seguintes regras se aplicam:

577
Grande Loja Unida da Inglaterra

(i) Dentro de seis meses do reconhecimento o Mestre de cada Loja na referida


jurisdição convocará uma sessão especial da Loja com data de notificação
aos membros com antecedência não inferior a vinte e um dias; não estando
disponível o Mestre, ou o Grão-Mestre Distrital, ou, em sua falta, seu Delegado
deverá convocar tal sessão e presidi-la conseqüentemente.
(ii) Os Irmãos presentes a tal sessão, cujos nomes apareçam como membros
inscritos no último retorno arquivado junto ao Grande Secretário, decidirão se
desejam ou não se a Loja continua sob a Grande Loja da Inglaterra ou se
unirá sob a nova Grande Loja. Se a decisão for a de se unir à nova Grande
Loja, os irmãos deverão, na mesma sessão, decidir a quem as propriedades
e utensílios da Loja caberão, e a garantia disso será enviada ao Grande
Secretário para ser entregue ao Grande Mestre. Uma maioria de dois terços
dos membros será exigida para levar avante tal resolução.
(iii) Nenhuma questão será colocada nem discutida em tal sessão exceto os
assuntos acima referenciados.
(iv) Imediatamente após tal sessão uma cópia completa das Atas e uma lista
das assinaturas no Livro de Presenças por part~ de todos os membros
presentes, juntamente com o número de votantes a favor ou contra, serão
enviadas ao Grande Secretário, após verificação formal por parte do Mestre
que estiver presidindo à sessão e com a contra-assinatura do Secretário da
Loja.
(v) Nenhuma sessão posterior poderá ser convocada para discussão das
questões acima citadas exceto por especial permissão do Grande Mestre.

Loja com menos de cinco membros


188. Sempre que o número de Irmãos inscritos de qualquer Loja, como
mostrado no último retorno para a Grande Loja, for inferior a cinco a Loja
deixará de se reunir, e a Patente, livros e papéis deverão ser entregues ao
Grande Mestre que pode, se assim julgar adequado, conceder uma dispensa
para que os membros se reúnam, sujeitos às condições que ele julgar
apropriadas, até que decida se a Loja deverá ter continuidade ou terá colunas
abatidas definitivamente.

Lojas que deixam de se reunir


189. Caso uma Loja deixe de se reunir por um ano, será passível de abatimento
de colunas.

Devolução de Patente
190. Seguindo-se à dissolução de uma Loja a Patente, juntamente com todos
os livros e papéis relativos aos assuntos da Loja, deverão ser entregues ao
Grande Mestre. Suas outras propriedades conforme as decisões que a Loja
tenha tomado, antes da dissolução, ou na falta de qualquer matéria para essa
decisão, conforme possa determinar o Grande Mestre. Uma Patente não pode,
em tais circunstâncias, ser transferida.

578
Constituição para Lojas Simbólicas

Petições para Caridade


191. Toda petição à Grande Caridade, à Fundação Maçônica para Idosos e
Enfermos, a Curadoria Maçôn ica para Moças e Rapazes (ou enquanto
estiverem em operação como corpos individuais, e a Real Instituição Maçônica
Benevolente) deve ser submetida através de uma Loja à qual o peticionário
pertença ou pertenceu ou da qual foi dependente, conforme seja o caso, será
considerada pela Loja. Qualquer Loja que receba tal petição deverá enviá-la
à Caridade concernente acompanhada de um relatório.

Serviço de Notificação
191 A. Onde quer que um serviço de notificação a membros de uma Loja seja
requerido nestas Regras, relacionadas com tal serviço, deverá ser aplicado
aos membros da Loja residentes no país no qual a Loja se reúne . Todos os
esforços razoáveis serão feitos para se atender a tais Regras no que tange
aos membros da Loja residentes em outros locais, mas a falha em não se
proceder dessa forma no que diz respeito aos membros não invalidará o serviço
de tal notificação.

Notificação de Serviço a Irmão


1918. Sempre que qualquer notificação ou outro documento ligado a
procedimentos disciplinares seja requerido (seja por Regras ou outra razão) a
ser fornecido a um Irmão queixoso o mesmo será considerado devidamente
atendido se encaminhado ao último endereço conhecido do Irmão sendo que
esse endereço, na ausência de informações em contrário, será considerado
como o endereço desse Irmão para efeitos de
(a) a Loja com a qual a queixa de irregularidade está ligada,
(b) ou , se não houver tal Loja, da qual ele é, ou tem sido por longo tempo, um
membro inscrito,
(c) ou, se ele não pertencer a qualquer Loja, a Loja da qual ele foi mais
recentemente um membro inscrito e deixada nesse endereço ou enviada pelo
correio. Para efeitos da autoridade Maçônica será notificação feita ou
documento postado suficiente para provar que a notificação ou documento
foram entregues às autoridades postais, e para manter registras suficientes
dessa notificação.
As Regras relativas à Comissão de Benevolência (192 a 215) foram apagadas
in toto em 1980 quando a Grande Caridade começou a existir. A constituição
e regrasltfa Grande Caridade podem ser encontradas no final deste livro.

181181181

579
APÊNDICE XII

Cerimônia de Filiação
Traduzido do Original Inglês por
Anatoli Oliynik
Past Master
- 1999 -
CERIMÔNIA DE FILIAÇÃO

• A Loja estará aberta no Primeiro Grau. Após a leitura da ATA, o Mestre da


Loja anuncia a realização da cerimônia para a qual o Cand. terá sido
informado e aguarda na ante-sala do Templo. O GE introduz o Cand. e o
Gl recebe passando-o para o 2 12D, se for Aprendiz; e para o 1ºD, se
Companheiro ou Mestre. Feita a saudação o Diácono tomará a m. d. do
Cand. e se colocará com ele à esquerda do 1ºV sem nada dizer.

(Pausa prolongada)

ML - Irmãos F. ... , que quereis?


Cand. - Ser admitido nesta Loja.
ML -Em que Grau solicitais?
Cand. - No (primeiro, ou segundo, ou terceiro ) Grau .
ML - Como provareis possuir este Grau?
Cand. - Com o P, Sns e P ____ __ s S _____ _ s do meu Grau .

• Se tratar-se de Comp. ou Mestre, o ML solicita que os Aprendizes e


eventualmente os Companheiros sejam retirados do Templo. A seguir,
procede a reversão da Loja para o Grau pretendido. No caso do candidato
ser Aprendiz a cerimônia segue sem essas providências.

ML - Aproximai-vos do 2ºV e com P e Sn de vosso Grau e dai-lhe a


respectiva P. S . .

• O Cand. é conduzido pelo Diácono à direita do 2ºV e na perambulação


quando passar em frente da Cad. saúda o ML com P e Sn do Primeiro
Grau.

2ºV - Mestre, o candidato cumpriu perfeitamente vossas ordens.

• O candidato é levado à frente da cadeira do ML, ajoelha-se e coloca a(s)


mão(s) sobre o VLS conforme seu Grau.

ML - Irmãos, vou admitir o lrm. F. ... como Membro Ativo desta Loja:

• Os Diáconos cruzam as vv.. Todos levantam e fazem o Sn de Fid, inclusive


os Diáconos.

583
Ritual Emulação

Irmão, ... ratificai vosso(s) juramento(s) anterior(es). "Prometeis respeitar os


Estatutos e Regulamentos do( a)" Obediência "e desta Loja 'nomina-a'; submeter-
se às suas decisões; aceitar a autoridade do Mestre da Loja; cumprir as
obrigações que lhe forem designadas e atender os seus chamamentos?"
Cand. -Sim!
ML - Em nome do "denominação relativa ao grau" 1 e em virtude dos poderes de
que estou investido declaro o Irmão ... (pelo nome) Membro Ativo desta
Loja .... Como penhor de vossa fidelidade selai este solene
compromisso com os vossos lábios sobre o VLS.

• Todos desfazem o Sn de Fid. Os Diáconos descruzam as vv..


• O Cand. se levanta e é levado à direita da Cad. do ML.
• Um dos Diáconos permanece ao seu lado.
• O ML determina a reversão ao Primeiro Grau e a reentrada dos Irmãos,
que permanecem de pé.

ML -Irmãos, o Irmão ... foi admitido Membro Ativo desta Loja no Grau de
... e como tal deve ser reconhecido.

Todos - "Nos o reconhecemos!".

• O ML entrega ao Cand. os documentos exigidos e lhe dá o abraço simples.


• Os lrms. aplaudem {batem com a m. d. sobre o av. uma única vez).
• A seguir o candidato é conduzido ao lugar indicado pelo Mestre da Loja.

A sessão prossegue normalmente

1
Grau 1- Grande Arquiteto do Uni verso. Grau 2 - Grande Geômetra do Universo. Grau 3 -Altíssimo.

584
BIBLIOGRAFIA

EMULATION LODGE OF IMPROVEMENT (LONDON). Emulation Ritual.


Published by A Lewis Ltd., Eighth and Revised Edition, 1986.
GRANDE ORIENTE DO BRASIL (BRASÍLIA). Cerimônias Exatas do
Rito de York: Emulation Ritual - 1° Grau - Aprendiz. Gráfica do
Grande Oriente do Brasi l, 1999.
OLIYNIK, Anatoli. "O Rito de York: Emulation Ritual". Curitiba: Editora
Gráfica Vicentina, 1997.
SITE DA UNITED GRAND LODGE OF ENGLAND (LONDON), 2003.
THE CONSTITUTIONS OF THE FREEMASONS ln the Year Masonry-
5723. Printed in Great Britain by Burgess & Son (Abingdon) Ltd
StatiRoad Abingdon Oxfordshire. First impression of this facsimile
edition, 19 76.
UNITED GRAND LODGE OF ENGLAND (LONDON). Constitution ofthe
Antient Fraternity of Free and Accepted Masons. Printed by Butler
& Tanner Ltd., 2001.

585
BREVE BIOGRAFIA DO AUTOR

Anatoli Oliynik, filho de ucranianos, nasceu na Alemanha


[Wangen im Allgau], a 16 de maio de 1946. Emigrou para o Brasil
em 1949 fixando residência no Paraná, inicialmente na cidade de
Ponta Grossa e posteriormente em Maringá onde passou sua infância
e juventude. Atualmente reside em Curitiba desde 1988.
Formado em Administração e Estudos Sociais, exerceu, durante
trinta anos cargos gerenciais de destaque. Foi professor universitário
do curso de Administração de Empresas e atualmente exerce as
atividades de Consultor de Empresas nas áreas de Sistemas de Gestão
pela Qualidade e Planejamento Estratégico, sendo diretor da empresa
ANATOLLI Consultaria Empresarial Ltda. Casado com D. Irma possui
quatro filhos: Cibele, Jackeline, Rogério e Vera.
Iniciado na Maçonaria a 21 de fevereiro de 1978, na cidade de
Campo Mourão e investido no Grau 33 em 9 de junho de 1984,
destacou-se por seu dinamismo e espírito empreendedor, tendo
exercido inúmeros cargos tanto na Maçonaria Simbólica quanto na
Filosófica. Recebeu, de ambas, várias distinções e destaques.
Nas lides maçônicas, exerceu os cargos de Venerável Mestre
em duas oportunidades, presidente de Loja de Perfeição em quatro
ocasiões, presidente de Consistório em duas gestões, secretário de
Inspetoria Litúrgica, Inspetor Litúrgico da P Região do Paraná,
Deputado da Ordem DeMolay, Deputado Estadual, Grande Secretário
de Orientação Ritualística Adjunto para o Rito de York no Grande
Oriente do Brasil-Paraná e Grande Secretário-Geral de Orientação
Ritualística Adjunto, no Grande Oriente do Brasil - Poder Central,
Assessor de Planejamento e Coordenação do Grão-Mestre do GOB-
PR, Coordenador-Geral do V Congresso do Grande Oriente do Brasil-
Paraná, em 2002, e Benemérito do Grande Oriente do Brasil.
Palestrante em vários Congressos maçônicos e promotor de
inúmeros seminários sobre o Rito de York nos Estados de São Paulo,
Minas Gerais, Macapá, Acre, Rio Grande do Sul e Paraná.
Fundador de duas academias maçônicas: Academia Maçônica
de Letras do Paraná [1989] e Academia Para'n aense de Letras
Maçônicas [1996]. Na primeira, exerceu as funções de Secretário e

587
Presidente. Na segunda, é seu atual Secretário. Membro da Academia
de Cultura de Curitiba.
Escritor e pesquisador maçônico, tendo publicado o livro "O
Rito de York Emulation Rite", em 1997, pela Editora Vicentina, única
obra no gênero em língua portuguesa. Lança, nesta oportunidade, a
presente obra, igualmente inédita em língua portuguesa.

588
Apoio:

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A AnatoDi Consultaria Empresarial é uma organização dedicada ao desenvolvimento
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Gestão da Qualidade: ISO 9000:2000 I SS- Cinco Sensos I Ferramentas da Qualidade I
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Treinamentos: Planejamento Estratégico I Qualidade no Atendimento: Como encantar
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Drenagem Urbana: Assessoria e Projetas de Micro e Macrodrenagem Urbana.
Estudos Hidrológicos: Estudo em Bacias Hidrográficas Rurais e Urbanas I Modelos e
Métodos Hidrológicos.
Projetos e Adm. de Obras: Obras residenciais e comerciais. Reformas e Ampliações.

RICHARD STRAUSS, 1 97
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Este livro foi impresso em papel Chamais Fine Dunas de cor


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Griflca Editora

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