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Timur Cachápov, turma 18

Caráter nacional – o que é e para que


O conceito do caráter nacional não foi inventado neste século. Mesmo os gregos antigos,
nomeadamente Heródoto descreveu outros povos reais e fantásticos, colocando certas
caraterísticas no seu comportamento. Hoje em dia podemos definir “o caráter nacional”
como um resumo das peculiaridades mais marcantes na língua, nas tradições e no
comportamento de uma nação. No meu trabalho queria destacar os pontos mais
significantes que a meu ver são muitas vezes ignorados e apresentar um perigoso
resultado possível da ideia do caráter nacional.
Em primeiro lugar, vou debruçar-me da questão a que ponto atributos de uma nação
mantêm estáveis durante o tempo. Estou convencido que nem que um aspeto marque um
agrupamento de pessoas este aspeto alterará dentro de um período do tempo. Em
particular, a relação aos franceses no século XIX mudou várias vezes. No início do século
foram considerados bárbaros e criminosos por degolar o seu rei, apoiar Napoleão e
desatar uma série das guerras na Europa. Mas pouco tempo passando depois do fim das
guerras, todo o povo francês ganhou reconhecimento como os profundos intelectuais até
o último camponês. O exemplo mostra a velocidade das mudanças sociais acentuadas na
nossa época pela revolução digital para nem falar de que muitos factos “gerais” se
revelem falsos.
Em segundo lugar, a construção da imagem de um povo não representa um processo
primitivo. A nação manifesta um interesse por outras nações e em geral pelo outro a fim
de que crie o mais pleno conhecimento de si próprio. Daí resulta que na imagem do outro
não que se reflita mentira total, mas são sublinhados os momentos mais distinguíveis em
comparação com o primeiro. Um exemplo clássico são as relações entre cruzados e
muçulmanos do Médio Oriente. De batalhas e combates nasceram sofrimentos vezes sem
conta, porém aquela interação produziu ao mesmo tempo a imagem do Oriente e do
Ocidente que pertencem nas nossas mentes até hoje. Mistérios e segredas não
constituíram um traço mais importante do Oriente, contudo aquilo desviava mais da vida
tradicional europeia e foi marcado. Em resumo, os carateres nacionais informam mais
sobre nós próprios que de outros.
Antes de tirar conclusões é de assinalar as graves consequências que podem acarretar o
fanatismo em descrever as caraterísticas nacionais. Por exemplo, quando Jorge Amado
escreva: “Há qualquer coisa de pagão na religião dos baianos… as múltiplas igrejas não
sejam senão uma continuação, estilizada e civilizada, das macumbas misteriosas”, as
pessoas religiosas, em especial espirituais formam a relação negativa ou até pejorativa
aos baianos e à sua fé. Daqui falta uns passos e coincidências trágicas para um conflito
religioso como ocorreu já inúmeras vezes na história europeia.
Concluindo, queria enfatizar mais uma vez tais caraterísticas do caráter nacional como
instabilidade, variabilidade e dependência dos nossos próprios atributos. Assumindo as
proporções grandes, preconceitos podem incentivar colisões e conflitos. Mais seguro e
justo parece julgar e avaliar cada um em vez de generalizar sem base sólida.

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