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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e os 27 Tribunais Regionais

Eleitorais espalhados pelo país realizam no período de 24 de julho a


08 de agosto, a 12ª edição do Simulado Nacional de Hardware. A
ação, que começou no dia 26 de fevereiro, vai testar 4% do total das
550 mil urnas existentes. A ideia da Justiça Eleitoral é se antecipar a
eventuais problemas no equipamento no dia das eleições.

Cada TRE escolhe aleatoriamente as urnas para teste, atendendo à


meta estabelecida. Os técnicos trabalham na missão de identificar
eventuais falhas no hardware, que é a parte física da urna formada
pelos componentes eletrônicos. Durante quase um mês,
são simulados procedimentos de identificação biométrica
e de votação.

“A ideia é simular o dia da eleição e observar a taxa de falhas.


Muitas vezes, a simulação é realizada no próprio galpão, onde as
urnas são armazenadas. A partir daí, muitas vezes os servidores do
regional são deslocados para, então, poder simular a votação e
analisar o comportamento da urna”, explica o
coordenador de Tecnologia Eleitoral do TSE, Rafael Azevedo.

Segundo o coordenador, o evento é de extrema importância e tem o


objetivo principal de prevenir problemas para promover a
estabilidade dos equipamentos no dia da eleição, uma vez que a
urna eletrônica tem vários procedimentos de segurança e o
sistema dela é muito sensível a qualquer tipo de situação anormal.

“Qualquer anormalidade provoca a paralisação do seu


funcionamento. A gente precisa que a urna esteja muito estável no
dia da eleição. Os testes servem para detectar a origem do problema
para então fomentar soluções, projetar esse problema na
escala de uma eleição nacional e tentar resolver antes que eles
aconteçam. Um problema desses no dia da eleição é muito
impactante para a votação, por isso, a importância de se prevenir”,
afirma.

Um exemplo de falha ocorrida em um pleito e que poderia ter sido


evitada se tivesse havido simulado à época foi em uma urna recém-
fabricada que havia passado por todos os controles de qualidade,
inclusive do TSE. Uma substância decorrente da solda dos
componentes da placa-mãe estava fora das especificações, o que
provocou falhas naquele modelo de urna.

“O elemento químico reagia com a umidade do ar.


Somente depois de alguns meses, muito próximo das eleições,
foi detectado que isso fazia com que a urna não ligasse em locais
com alta umidade relativa do ar. Felizmente, a causa foi detectada e
uma solução de contorno foi providenciada a tempo das eleições”,
esclarece.

A intenção da Justiça Eleitoral é realizar o evento com mais


frequência, pelo menos três ou quatro vezes antes de cada eleição.

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