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Resenha do artigo: Sistemas automatizados em urinálise: Aplicação na rotina laboratorial

das novas tecnologias.


Curso. Analises clinicas
Drielle Cecilia Nascimento, RA: 716822137406, turma S2

Um dos exames mais solicitados em rotina laboratorial é o exame parcial de urina, que
oferece informações simples e rápidas sobre os rins e o trato urinário, esse exame é
realizado de forma manual na maioria dos laboratórios a muitos anos, a sedimentação da
urina feita nesse exame é considerada padrão ouro em análise microscópica.
O exame de urina é considerado um método ideal se tratando de um líquido instável por
mudar assim que a doença se instala no organismo. Alguns relatos indicam o Antigo Egito
como pioneiro em análise urinária, com a criação das fitas reagentes e futuras evoluções
nas técnicas de análise, a automação em análises urinárias se deu início com o
acontecimento da leitura de fitas reagentes.
A visualização das fitas reagentes pode sofrer com influência da luz do ambiente, pode ter
diferenciação entre os indivíduos e pode ocorrer dificuldade com o tempo de reação,
portanto, equipamentos foram criados para que se tenha uma padronização nos resultados,
evitando falsos resultados. Esse equipamento de leitura de fitas utiliza o método de
fotometria por refletida, mediada pela intensidade da luz a partir de uma fonte luminosa
(LED); quando a luz reflete na área reagente é comparada com a luz que reflete a superfície
de referência. Mesmo com esses avanços, esse método ainda está passando por
aprimoramento, sendo adicionados sistemas ópticos capazes de digitalizar a imagem e
transmitir para sensores que permita leitura mais precisa. Sensores de cor com tecnologia
CMOS vêm sendo empregados, o que permite distinguir a reação de cor entre hemácias
íntegras e hemoglobina livre. A Citometria de Fluxo tem como função medir as células
individualmente que passam pelo citômetro quando são arrastadas por um fluxo constante
de um líquido que conduz eletricidade. Quanto maior a célula, mais longa será a diferença
de potencial e maior a sua bioimpedância será, isso ocorre porque atrás da fonte de luz e
da câmara tem um detector de luz que avalia a dispersão frontal, o tamanho das células. Na
urinálise as informações de conteúdo celular (núcleo e grânulos), não são muito confiáveis,
nesse método de análise, pois em sua composição contém cristais, cilindros, bactérias,
fungos e outros. Por esse motivo os elementos da urina são classificados conforme volume,
tamanho e características tintoriais (fluorescência). Mesmo sendo um método fácil e
automatizado, há uma dificuldade na taxa de revisão, já que o equipamento não consegue
diferenciar os elementos da urina e isso deve ser realizado pelo analista por microscopia de
sedimento. Podendo ter erros de contagem de eritrócitos em amostras que demonstram
quantidades elevadas de microrganismo e erros de contagem de leucócitos quando se tem
células redondas pequenas em maior quantidade.
Com a evolução tecnológica, se desenvolveu a Análise Microscópica Automatizada, que
durante anos passou por aperfeiçoamento e mudanças na forma de analisar, mesmo
oferecendo uma maior precisão na quantificação dos elementos, quando se compara com o
método manual, os equipamentos ainda apresentam dificuldade em identificar certos
elementos urinários, o que torna a necessidade da revisão com a análise de microscopia
tradicional. Existem algumas composições, como gotículas de gordura, pequenas células
redondas, Trichomonas sp entres outros que não são fáceis de serem distinguidos por esse
método. O que se faz necessário ter profissionais competentes e que estejam sempre se
aperfeiçoando para que possam revisar as amostras em caso de uma releitura, assim
liberando resultados mais confiáveis. Em geral, a vantagem desse método automatizado é a
padronização dos resultados; a realização de grandes rotinas em pouco tempo; permitindo
a contagem de elementos por unidade de volume e a leitura manual (em caso de
necessidade) nas imagens disponibilizadas pelas câmeras.
Microscopia automatizada, é um método que foi desenvolvido com o uso de câmera digital
com alta definição, em conjunto a uma lente de microscópio óptico, com capacidade de
fotografar elementos urinários, apresentando importância na urinálise. A câmera fotografa
quadros contendo a amostra e com a ajuda de um software identifica os elementos, seus
tamanhos, forma, textura entre outros, identificando também eritrócitos, leucócitos, bactérias
e afins. Entretanto, é preciso ter um profissional experiente e de confiança para que se
realize uma avaliação confiável.
Com a implementação da microscopia automatizada, surgiu o sistema de microscopia
automática com imagens digitais, nesse método, se permite a identificação dos mesmos
elementos que do outro método e também permite a reclassificação manual pelo
profissional em caso de desconfiança, o sistema é totalmente automatizado e categoriza as
partículas em forma e tamanho. Já o sistema modular misto possui e módulos diferentes:
um sendo para análise química e tem tecnologia de fotometria com sensor de tirar com
reagentes, outro para análise de partículas com a utilização de citometria de fluxo
fluorescente e o último para análise de partículas por meio de imagem digital. Apesar de ser
vantajoso poupar tempo em locais com muita demanda, esse equipamento tem um custo
alto e necessita de profissionais competentes.
O artigo trouxe informações sobre a automação na urinálise, que é pouco conhecida,
apresentando a evolução dos equipamentos, apontado que apesar dos muitos métodos, é
preciso ainda aperfeiçoar esses métodos, tendo a possibilidades de novas formas surgiram
para facilitar a rotina laboratorial. Entretanto é necessário um programa de treinamento para
os profissionais que atuam nessa área para que se aperfeiçoem e para que possam operar
os maquinários, de forma para que se tenha ótimas resoluções.

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