Roteiro de Aprendizagem – (Biologia/Biomedicina/Farmácia) - Ciclo 1
Querido educando, este roteiro tem como objetivo desenvolver conhecimentos
relacionados à competência desse ciclo: “Analisar qualitativamente e quantitativamente amostras biológicas, bem como avaliar o procedimento de coleta, processamento e análise para correlação clínico laboratorial com patologias de origem hematológica.”
Aluno: Gabriela Maximo de Freitas Pereira
Curso: Farmácia Matrícula: 171800224
A Resolução da Diretoria colegiada (RDC 302/20050) regulamenta o
funcionamento dos laboratórios clínicos, definindo os requisitos necessários para o funcionamento dos laboratórios clínicos e postos de coleta dos laboratórios públicos ou privados que realizem atividades na área de análises clínicas. Requisitos como biossegurança, recursos humanos, infraestrutura, equipamentos e instrumentos laboratoriais, produtos para diagnóstico de uso in vitro e gerenciamento de resíduos. Além disso, regulamenta os processos operacionais das fases analítica, pré-analítica e pós-analíticas, garantia e controle da qualidade e registros para rastreabilidade laboratorial. Durante as visitas técnicas aos laboratórios de análises clínicas, pode-se observar alguns itens de controle de qualidade como; fases de processamentos: Pré- analítica que começa na coleta de material, seja ela feita pelo paciente (urina, fezes e escarro), seja feita no ambiente laboratorial. Analítica corresponde à etapa de execução do teste propriamente dita. Pós analítica inicia-se no laboratório clínico e envolve os processos de validação e liberação de laudos, onde ocorre a revisão desses resultados pelos profissionais da área. Junto a esse processo é utilizados equipamentos especializados a fim de propor mais precisão aos exames. A rastreabilidade das amostras pode ser feita de forma manual, porém o mais indicado é utilizar um sistema de gestão para laboratórios (LIS), que controla todas as amostras pela leitura da numeração do código de barras e mostra em qual setor elas se encontram. As amostras tem critérios de rejeição estabelecidos, critérios que fazem parte da garantia da qualidade do processo pré-analítico, que uma vez seguido, favorecem a rastreabilidade, confiabilidade e credibilidade dos resultados; alguns dos critérios de rejeição são: amostras sem identificação sem requisição (ficha do GAL) ou sem documentação exigidas, amostras que contém dados incompletos ou incorretos, amostras inadequadas (p.ex.: soro lipêmico, hemolisado) e volume de amostra insuficiente. Para diferentes exames existem tubos de coloração diferentes, referente ao aditivo ou aos aditivos presentes dentro do recipiente. Com isso temos o tubo azul, vermelho, amarelo, verde, roxo e cinza. O tubo azul possui citrato de sódio, que é utilizado com objetivo de estimular a coagulação. Vermelho; contém ativador de coágulo, por isso, objetiva acelerar a coagulação do sangue coletado. Amarelo; possui ativador de coágulo + gel. Esses dois componentes fazem com que o sangue coagule mais rapidamente e, após a coagulação, o gel realiza a separação física entre a porção celular e a líquida (soro). Verde; esse tubo possui heparina de lítio, um aditivo que ativa enzimas antiplaquetárias que bloqueiam a cascata da coagulação. Roxo; esse contém EDTA, conhecido por ser o melhor anticoagulante para a preservação da morfologia celular, sendo assim, é recomendado para as rotinas de hematologia. Cinza; contém fluoreto de sódio e EDTA, com as funções de inibidor glicótico e anticoagulante, respectivamente, esses compostos são utilizados para análises que incluem dosagem de glicose. Os laboratórios são separados por setores. Setores como de automação; que confere resultados além da precisão diagnostica. Setor de bioquímica; que são realizadas análises de proteínas especificas e a dosagem de metais como alumino e zinco. As principais dosagens são glicose, colesterol total e frações, triglicérides, ácido úrico, uréia, creatinina, proteínas, enzimas, eletrólitos, exames função hepática e de função cardíaca, entre outros. Setor de hematologia nesse setor ocorrer a análise da citomorfologia das células, diagnósticos de neoplasias hematológicas e detecção de doenças residual mínima. Setor de hemostasia; são realizadas rotinas especificas de proteína C, proteína S, antitrombina, fatores de coagulação e pesquisas de inibidores de fatores. Setor de biologia molecular; são feitos testes moleculares como a detecção de HPV por genotipagem e pesquisa de E6 e E7, painéis de vírus respiratórios e mutações hematológicas. Setor de microbiologia; são realizados exames que norteiam o diagnóstico de doenças infecciosas que dizem respeito, por exemplo, à atividade bacteriana nociva no organismo. Uma bactéria clinicamente importante é isolada e identificada neste setor técnico. São exemplos a cultura de urina, orofaringe e outras secreções. Setor de parasitologia; nele, é feita pesquisa sobre a presença de determinados microrganismos, como vermes e protozoários. Utiliza-se métodos específicos para realizar exames nas fezes, como coprologia funcional: avaliação das funções digestivas. Setor de cromatografia; as dosagens de drogas terapêuticas são realizadas por cromatografia liquida e espectrometria de massa, além de ser responsável pela dosagem de vitaminas, pesquisas de erros inatos do metabolismo e de inúmeros hormônios. Setor de imunologia; neste local, são realizados testes sorológicos para identificar doenças relacionadas a alterações na capacidade de defesa do organismo (imunidade) e resposta contra infecções. Para realizar os exames, são utilizados métodos específicos com técnicas de enzimaimunoensaio, fluorimetria, soroaglutinação, quimioluminescência e imunofluorescência. Setor de anatomia patológica esse setor exerce papel central em relação aos demais existentes em um hospital no âmbito da medicina diagnóstica. Isso porque os testes que realiza possibilitam o diagnóstico de diversas doenças e problemas de saúde, indo desde inflamações, passando por infecções até chegar a alguns tipos de câncer. E por último a soroteca, onde são armazenados amostras por tempo prolongado.
Solicitação e Interpretação de Exames Laboratoriais: Uma visão fundamentada e atualizada sobre a solicitação, interpretação e associação de alterações bioquímicas com o estado nutricional e fisiológico do paciente.