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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS


Timbre
SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

NOTA JURÍDICA Nº 270/2019

Procedência: DIRETORIA CENTRAL DE GESTÃO LOGÍSTICA - SCDP

Interessado: SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

Número: 270/2019

Data: 27/01/2020

Processo SEI - MG: 1500.01.0049067/2019-69

Classificação Temática: Direito Administrativo. Servidor Público. Diárias de viagem.

Ementa: CONSULTA – ART. 59 DO DECRETO 47.727/2019 – DECRETO ESTADUAL Nº 47.045/2016


– SERVIDOR PÚBLICO – ANALISTA EDUCACIONAL - DIÁRIAS DE VIAGEM –
RECOMENDAÇÕES – ENTENDIMENTO DO TCE/MG.

RELATÓRIO

1. A Diretoria Central de Gestão Logística – SCDP da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão


encaminha o Memorando.SEPLAG/DCGL/SCDP nº 3/2019 (SEI 9780715) demandando manifestação
deste Núcleo de Assessoramento Jurídico sobre: “...o recebimento de diárias de viagem e demais
despesas indenizatórias pelos servidores da carreira de ANE/Inspetor Escolar na realização de
deslocamentos a serviço, as Subsecretarias de Administração e de Articulação Educacional da
SEE/MG...”

2. Os autos foram instruídos apenas com o Memorando 3 (SEI 9780715).

3. Requer a Consulente, manifestação deste Núcleo de Assessoramento Jurídico.

4. É o breve relatório, no essencial.

DO ÂMBITO DE ATRIBUIÇÃO DO ASSESSORAMENTO JURÍDICO

5. Necessário delimitar que o escopo da análise se restringe aos termos em que a Consulta foi formulada,
manifestando-se, em abstrato, no seu aspecto da juridicidade.

6. Não cabe ao Assessoramento Jurídico analisar aspectos técnicos por total desconhecimento, bem como
não ser de sua atribuição funcional, atendendo à normativa do §3º do art. 17 da Resolução AGE nº
26/2017. É defeso ao Procurador do Estado:

“adentrar na análise de aspectos técnicos, econômicos e financeiros, bem como nas questões adstritas ao
exercício da competência e da discricionariedade administrativa, a cargo das autoridades competentes”.

7. Insta asseverar que as competências atribuídas a este Núcleo de Assessoramento Jurídico não
alcançam o exame de critérios de oportunidade e conveniência levados em conta pelo gestor, e que a
presente análise feita está circunscrita aos aspectos legais e jurídicos das informações e documentos

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colacionados nos autos em apreço.

8. Nas palavras do Ministro Carlos Velloso, no MS 24.073/DF, os pareceristas “não são administradores
públicos, não ordenam despesas públicas”. Afirma o Ilustre Ministro que a emissão de pareceres trata-
se de uma atividade técnico-jurídica: “o parecer emitido por procurador ou advogado de órgão da
administração pública não é ato administrativo. Nada mais é do que a opinião emitida pelo operador
do direito, opinião técnico-jurídica, que orientará o administrador na tomada da decisão, na prática
do ato administrativo, que constitui na execução ex officio da lei”.

9. O posicionamento deste Núcleo de Assessoramento Jurídico não deve substituir a decisão


privativa do Gestor Público, que adotará segundo seu juízo meritório de análise global, e nem poderia,
sob pena de desvio de função.

10. Passamos, assim, ao mérito da questão posta pela Consulente.

DA CONSULTA

11. Por meio do Memorando 3 (SEI 9780715), a Consulente apresenta as seguintes indagações e
entendimentos:

“Assunto: Consulta NAJ – Decreto 47.045/16

Referência: [Caso responda este documento, indicar expressamente o Processo nº


1500.01.0049067/2019-69].

(...)

Apesar de ser lotado e ter exercício no órgão regional, a atuação do Inspetor Escolar se dá nas unidades
escolares dos diversos municípios do estado. Desse modo, considerando a especificidade, solicitamos
esclarecimentos quanto à questão que se coloca:

- O ANE/Inspetor Escolar que reside fora do município de sua sede (órgão de lotação) pode solicitar a diária
e ressarcimento das despesas de transporte (ônibus) se deslocando do seu município de residência para atuar
nos demais municípios que compõem seu setor de inspeção – considerando, inclusive, que este deslocamento
pode ser mais econômico e mais rápido? Ou deverá, obrigatoriamente, se deslocar do município sede do seu
órgão de lotação e de lá se dirigir aos demais municípios em que atua?

Para exemplificar, citamos um caso específico, mas que é semelhante ao de muitas regionais:

1- Na regional Campo Belo, uma Inspetora reside no município de Cana Verde e as escolas do seu setor de
inspeção é no município de Lavras. O município que a Inspetora reside está localizado entre Campo Belo (a
sede) e Lavras (setor de inspeção). Para fins de recebimento de diária e ressarcimento de passagens, a
Inspetora poderá se deslocar de Cana Verde para Lavras, ou terá que se deslocar de Campo Belo para
Lavras? Neste caso ela teria que ir a Campo Belo e depois seguir para Lavras passando novamente por
Cana Verde.

2- Outra questão: sabemos que o servidor não faz jus a percepção de diárias e ressarcimento de passagens
do seu município de residência para a sede de lotação. Entretanto, há situações em que o município de
residência do inspetor é também o município que faz parte do seu setor de inspeção e não é limítrofe à sede.
Neste caso, este servidor poderia ser ressarcido em suas despesas de transporte do município de inspeção
(que coincide com a sua residência) para a sede - considerando que o inverso seria permitido?" (g.n)

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DA MANIFESTAÇÃO DA ÁREA TÉCNICA

12. A área técnica manifestou-se nos seguintes termos (SEI 9780715):

“(...)

Procedemos, nessa Diretoria Central de Gestão Logística, a análise dos dois questionamentos,
orientados pela legislação vigente que é o decreto 47.045/16.

R.:1 No primeiro questionamento, mesmo que conste no inciso I, do parágrafo 1º do Art. 1º, que a sede é a
localidade onde o servidor está em exercício ou onde reside o colaborador eventual ou membro de conselho
estadual. Entendemos que não é razoável, obrigar o servidor a se deslocar do município onde reside,
para o município onde está em exercício, e somente aí seja considerado o termo inicial de sua viagem a
serviço.

Entendemos também que devemos fazer para esses casos, a restrição, de que se o servidor sair em viagem
a serviço do município que reside, o veículo oficial não poderá sair do município sede, passar no
município onde reside e seguir viagem.

R.:2 No segundo questionamento entendemos que o servidor não poderá receber o valor das diárias no
município que reside, podendo ter o deslocamento, se feito através de transporte rodoviário, pago pelo
Órgão(preferencialmente dentro do contrato).” (g.n)

DA LEGISLAÇÃO e NOTAS TÉCNICAS

13. O cargo de Analista Educacional e a atividade de Inspeção Escolar foram previstos pela lei estadual nº
15293, publicada em 05/08/2004, que instituiu as carreiras dos Profissionais de Educação Básica do
Estado:

“Art. 10 – O ocupante de cargo de carreira instituída por esta Lei atuará:

I – o Técnico da Educação e o Analista Educacional, no órgão central e nas Superintendências Regionais


da SEE, na FHA, na FUCAM e no CEE;

(...)

Parágrafo único – O ocupante de cargo da carreira de Analista Educacional que exerça atividade de
inspeção escolar será lotado em Superintendência Regional de Ensino e atuará nas unidades escolares.

(...)

Art. 31 – As atividades de inspeção escolar serão exercidas por servidor ocupante do cargo de Analista
Educacional, com habilitação em Inspeção Escolar, em regime de dedicação exclusiva, com gratificação
de cinquenta por cento do vencimento básico do cargo de provimento efetivo.”

14. O Decreto nº 47.045/2016 dispõe sobre “viagem a serviço e concessão de diária no âmbito da
Administração Pública direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo e dá outras
providências.”, prevendo em seu art. 1º que o servidor da Administração Pública direta, autárquica e
fundacional do Poder Executivo, e o agente colaborador, que se deslocarem de sua sede, eventualmente
e por motivo de serviço, farão jus à percepção de diária de viagem para fazer face às despesas
extraordinárias com alimentação e hospedagem.

15. Foi emitida a Nota Técnica SPF nº 08/2016 com informações e orientações sobre o mencionado

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Decreto nº 47.045/2016 (10355769).

16. A Resolução SEE 3428/2017 estabeleceu procedimentos para normatizar o funcionamento do serviço
de Inspeção Escolar da Superintendência Regional de Ensino (SRE), bem como a atuação do Inspetor
Escolar no exercício de suas atribuições(10355538):

“Art. 7º – O Inspetor Escolar, no exercício das atribuições do cargo/função pública de Analista


Educacional/IE, é lotado em Superintendência Regional de Ensino e atuará nas Unidades Escolares, nos
termos do § único do art. 10 da Lei Estadual nº 15.293, de 2004.

Art. 8º – Cada Inspetor Escolar será responsável pelo Setor de Inspeção, conforme distribuição realizada
pelo Diretor da SRE.

§1º – Considera-se como Setor de Inspeção o conjunto de escolas de uma ou de mais de uma localidade sob
a responsabilidade de um mesmo Inspetor Escolar

Art. 9º – A jornada de trabalho do ANE/IE é de 40 (quarenta) horas semanais, que deverá ser integralmente
cumprida na Superintendência Regional de Ensino - SRE, nas unidades de exercício e/ou municípios
pertencentes ao Setor de Inspeção sob sua responsabilidade.

§1º – O trabalho realizado pelo Inspetor Escolar fora da Superintendência Regional de Ensino é
considerado serviço externo.

(...)

§3º – O Inspetor Escolar que se deslocar para cumprir sua jornada de trabalho em outra localidade, fora
de sua unidade de exercício, faz jus à percepção de diárias, nos termos da legislação vigente.”

17. Com o objetivo específico de orientar quanto ao recebimento pelo de diárias de viagem e demais
despesas indenizatórias Analista Educacional/Inspetor Escolar, foi emitida a Nota Técnica SEE/SA nº
01/2019 (10355555), a qual, resumidamente, concluiu que:

a) distinção entre “Setor de Inspeção” ( conjunto de escolas onde o ANE/Inspetor Escolar atua e que está sob
sua responsabilidade) e sua “sede” (Superintendência Regional a qual está ligado/lotado);

b) “direito à percepção de diárias de viagens pelos ANE/Inspetor Escolar quando houver o deslocamento
para fora do município onde se encontra sediada a Superintendência Regional de Ensino na qual se dá
a sua lotação, excetuando-se, porém, quando o deslocamento está compreendido nas hipóteses do artigo 3º do
Decreto 47.045/16, em especial:

– no deslocamento do servidor com duração inferior a seis horas; III – no deslocamento para localidade onde
o servidor resida;

– no caso de utilização de contratos para a prestação de serviços de reserva, emissão e alteração de passagens
aéreas, nacionais e

_ internacionais, de reservas de hospedagem para grupos de servidores e de reservas individuais de


hospedagem, por meio de agências de viagens, quando estes contemplarem pousada e alimentação, nos

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termos dos incisos II e III do § 1º do art. 47;

– quando fornecido alojamento, ou outra forma de pousada, e alimentação pela Administração Pública, por
governo estrangeiro ou organismo internacional, ou pelo evento para o qual o servidor ou empregado público
esteja inscrito;

– cumulativamente com outra retribuição de caráter indenizatório de despesas com alimentação e pousada;

– quando não houver comprovação de pernoite fora da sede nos deslocamentos:

- entre os municípios da Região Metropolitana do Vale do Aço: Ipatinga, Coronel Fabriciano, Timóteo e
Santana do Paraíso;

- entre os seguintes municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte: Belo Horizonte, Betim, Confins,
Contagem, Ibirité, Igarapé, Lagoa Santa, Mário Campos, Matozinhos, Nova Lima, Pedro Leopoldo, Raposos,
Ribeirão das Neves, Rio Acima, Sabará, Santa Luzia, São Joaquim de Bicas, São José da Lapa, Sarzedo e
Vespasiano;

- entre a sede do município e município limítrofe para o qual se deslocar o servidor;

- entre a sede do município e seus distritos.”.

c) além da diária de viagem (despesas com alimentação e pousada), a Nota Técnica SEE/AS nº 01/2019
abordou a indenização pelo deslocamento, citando os possíveis meios de transporte utilizáveis pelo
ANE/Inspetor Escolar (Veículo oficial do estado, conduzido por motorista ou por servidor credenciado;
Veículo oficial dos municípios; ou Ônibus com a devida comprovação do deslocamento), cuja utilização e
ressarcimento são regidos pelos Decretos nº 47.539/2018 e 47.045/2016.

DA JURISPRUDÊNCIA DO TCE/MG

18. O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais é bastante rigoroso, em relação à fiscalização da
concessão de diárias de viagem a servidor público.

19. Em relação às diárias de viagem, o TCE/MG entende que “...seu pagamento deve se dar em
decorrência do exercício da função pública em município distinto daquele em que o servidor trabalha,
mediante necessidade do serviço. A concessão de diárias necessita, portanto, de motivação para o
deslocamento do agente público, demonstrando-se a existência de nexo entre suas atribuições
regulamentares e as atividades realizadas na viagem. (TCE/MG. Tomada de Contas Especial
n. 811389, Rel. Cons. Subst. Hamilton Coelho, 21/3/2019).

20. Ademais, registra-se que em Decisão proferida em 2019, o TCE/MG entendeu que: “Os valores
recebidos pelo servidor público em virtude da realização de viagem a serviço têm caráter
indenizatório, sendo destinados a compensá-los por gastos realizados com hospedagem, alimentação e
locomoção. Tais valores devem obedecer às etapas previstas em lei para o processamento da despesa
pública, entre as quais se destaca o prévio empenho em dotação orçamentária específica.” (TCE/MG.
Tomada de Contas Especial n. 811389, Rel. Cons. Subst. Hamilton Coelho, 21/3/2019).

21. De acordo com o TCE/MG: “Não caberá o pagamento de diária de viagem na hipótese de o servidor
realizar deslocamento sem necessidade de pernoite, para Municípios limítrofes, com o propósito de
realizar tarefas inerentes à sua função.” (TCE/MG. Consulta nº 809.480, Rel. Cons. Sebastião
Helvecio, 19.05.10).

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22. Registre-se, que: “as despesas com alimentação, contudo, serão reembolsadas, ainda que o
deslocamento se dê para Municípios limítrofes, próximos ou não, e não haja necessidade de pernoite.
Decorrendo do exercício da função, mostra-se justificável o seu reembolso, pois, nos períodos em que o
servidor estiver fora de sua localidade, é presumível que sua alimentação se dará em circunstâncias
excepcionais.” (TCE/MG. Consulta nº 809.480, Rel. Cons. Sebastião Helvecio, 19.05.10).

23. As diárias visam indenizar o agente público pelas despesas extraordinárias com alimentação,
hospedagem e locomoção, durante o deslocamento a serviço da administração pública.

24. No caso do ANE/Inspetor Escolar, como sua lotação (sede) pode divergir do local de seu domicílio,
podem surgir dúvidas, como as encaminhadas neste expediente.

25. Entretanto, as respostas devem sempre levar em conta a natureza jurídica do instituto da DIÁRIA
(alimentação, hospedagem e transporte), que está intrinsicamente imbricada com o exercício do serviço
em VIAGEM e, portanto, quando o servidor tem que se deslocar para fora do lugar de sua lotação
(sede) que, na maioria dos casos, coincide com o local de seu domicílio.

26. Festas estas considerações e diante das legislação, das Notas Técnicas e da jurisprudência do TCE,
passa-se às respostas dos questionamentos.

“O ANE/Inspetor Escolar que reside fora do município de sua sede (órgão de lotação) pode solicitar a diária
e ressarcimento das despesas de transporte (ônibus) se deslocando do seu município de residência para atuar
nos demais municípios que compõem seu setor de inspeção – considerando, inclusive, que este deslocamento
pode ser mais econômico e mais rápido? Ou deverá, obrigatoriamente, se deslocar do município sede do seu
órgão de lotação e de lá se dirigir aos demais municípios em que atua?”

Sim. O ANE/Inspetor Escolar que reside fora do município de sua sede (órgão de lotação) pode solicitar a
diária e ressarcimento das despesas de transporte (ônibus) se deslocando do seu município de residência
para atuar nos demais municípios que compõem seu setor de inspeção, quando este deslocamento se mostrar
mais econômico e desde que observadas as regras contidas no Decreto 47.045/16, em especial o Capítulo III
“Das Diárias E Despesas Em Viagem”, Capítulo IV “Dos Meios De Transporte” e as exclusões previstas no
seu art. 3º.

Não há obrigatoriedade de se deslocar do município sede do seu órgão de lotação e de lá se dirigir aos demais
municípios em que atua, tendo em vista os princípios da razoabilidade e proporcionalidade e que o
deslocamento partindo de sua residência se mostra mais econômico e mais rápido para a Administração
Pública.

A força normativa do princípio da ECONOMICIDADE, previsto no art. 70, da CF/88, determina a promoção
de resultados com o menor custo possível.

Neste caso, exigir que o ANE/Inspetor sai de sua sede implica em maior ônus para o Estado em eventual
pagamento de diárias (alimentação e hospedagem) e custos com transporte.

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Entendemos, também, que quando o servidor sair do município que reside em viagem a serviço, o veículo
oficial poderá sair do município sede, passar no município onde reside e seguir viagem, desde que não haja
alteração de rota e custos a mais para o Estado.

2- “Outra questão: sabemos que o servidor não faz jus a percepção de diárias e ressarcimento de
passagens do seu município de residência para a sede de lotação. Entretanto, há situações em que o
município de residência do inspetor é também o município que faz parte do seu setor de inspeção e não é
limítrofe à sede. Neste caso, este servidor poderia ser ressarcido em suas despesas de transporte do
município de inspeção (que coincide com a sua residência) para a sede - considerando que o inverso seria
permitido?"

Não. O servidor não poderia ser ressarcido em suas despesas de estadia e alimentação no município que
reside, nem pelo transporte partindo do município de inspeção (que coincide com a sua residência) para
a sede, mesmo considerando que o inverso seria permitido para o caso de transporte da sede para o município
de inspenção, que coincide com sua residência.

Isso porque o instituto da diária (alimentação e hospedagem) pressupõe que o servidor não tenha como prover
a estes custos extraordinários, exatamente por estar fora do local de sua residência, ou de sua lotação, como
no caso dos ANE/Inspetor Escolar.”

27. Diante do exposto, nos limites da análise jurídica, ressalvados os aspectos técnicos e econômicos e os
juízos de oportunidade e conveniência, com fulcro no entendimento jurisprudencial citado, esta é a
manifestação jurídica deste Núcleo de assessoramento Jurídico.

28. O parecer jurídico emitido, como o presente, tem natureza meramente opinativa, não vinculando a
decisão a ser tomada pelo agente competente (TCE/MG, Denúncia nº 887.859, Rel. Cláudio Terrão,
pub. 07/03/2017).

É a Nota Jurídica.

À elevada consideração e decisão superior.

Belo Horizonte, 27 de Janeiro de 2020

GILSON SILVA

Assessor Jurídico / Masp 1.335.701-7

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De acordo,

MARIA TERESA CORA HARA

Procuradora do Estado

Masp. 1.326.929-5 – OAB/MG 109.273

Documento assinado eletronicamente por Maria Teresa Cora Hara, Procuradora do Estado, em 27/01/2020,
às 15:28, conforme horário oficial de Brasília, com o emprego de cer ficado digital emi do no âmbito da
logotipo
ICP-Brasil, com fundamento no art. 6º, caput, do Decreto nº 47.222, de 26 de julho de 2017.
Nº de Série do Cer ficado: 143867771042101341706789391748812717231

Documento assinado eletronicamente por Gilson da Silva, Assessor(a), em 27/01/2020, às 15:29, conforme
logotipo
horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 47.222, de 26 de julho de 2017.
A auten cidade deste documento pode ser conferida no site h p://sei.mg.gov.br/sei/
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Assinatura
código verificador 10963673 e o código CRC 042881DF.

Referência: Processo nº 1500.01.0049067/2019-69 SEI nº 10963673

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