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INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO DA FRELIMO ZAMBÉZIA

A Problemática da Morosidade No Pagamento de Ajudas De Custo No Aparelho Do


Estado: Caso Da Direcção Provincial De Assuntos Sociais Da Zambézia No Período de
2017 – 2019

Américo Muquinhalene Manuessa

Quelimane, Agosto de 2023


INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO DA FRELIMO ZAMBÉZIA

A Problemática Da Morosidade No Pagamento De Ajudas De Custo No Aparelho Do


Estado: Caso Da Direcção Provincial De Assuntos Sociais Da Zambézia No período de
2017 – 2019

Projecto de carácter avaliativo a ser apresentado


na cadeira de …….

Discente: Docente:
Américo Muquinhalene Manuessa
\

Quelimane, Agosto de 2023


Índice

1.1. DELIMITAÇÃO DO TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA..........................................3

1.2. JUSTIFICATIVA................................................................................................................4

1.4. OBJECTIVOS......................................................................................................................5

1.4.1. Objectivo geral..................................................................................................................5

1. 4.2. Objetivos Específicos.......................................................................................................5

1.3. Perguntas de Partidas...........................................................................................................5

CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA....................................................................6

2.1. Conceitos básicos.................................................................................................................6

2.2. Salário e remuneração..........................................................................................................6

2.3. O conceito de salário............................................................................................................6

2.4. A diferença entre salário e remuneração..............................................................................7

2.5. Ajudas de custo e diárias para viagem.................................................................................7

2.6. Auxílio-alimentação.............................................................................................................9

2.7. Remuneração variável..........................................................................................................9

2.8. Contabilidade de custo.......................................................................................................10

2.9. Gestão estratégica de custos...............................................................................................10

CAPÍTULO III: METODOLOGIA DE PESQUISA................................................................11

3.1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..........................................................................................11

3.2. TIPO DE PESQUISA........................................................................................................11

3.3. TÉCNICAS DE PESQUISA..............................................................................................12

3.3.1. Observação Directa Participante.....................................................................................12

3.3.2. ENTREVISTA ESTRUTURADA..................................................................................12

3.3.3. QUESTIONÁRIO...........................................................................................................13

3.4. ESTUDO DE CASO..........................................................................................................13

3.5. UNIVERSO E AMOSTRA DA POPULAÇÃO................................................................13


4. Cronograma de Actividades..................................................................................................14

4.1. Orçamento da Actividade..................................................................................................14

Referências bibliográficas.........................................................................................................15
1. INTRODUÇÃO

O presente projecto visa abordar sobre a problemática da morosidade no pagamento


de ajudas de custo: Caso de estudo da Direcção Provincial de Assuntos Sociais da Zambézia
no período de 2017 – 2019. Portanto, O Pagamento de ajudas de custo dentro do país deve ser
feito via transferência bancária. Enquanto as ajudas de custo fora do país devem ser pagas por
cheque.

De acordo com o Manual de Procedimentos Financeiros dos ADM (2011:44), após a


entrega do cheque, a área deve apresentar a Tesouraria o justificativo da despesa realizada no
prazo máximo de 24 horas, mas constatou-se que tal procedimento não chega a se cumprir
com exactidão, contudo, o impacto desse atraso no sistema de controlo interno é reduzido,
uma vez que o débito por cheques só fica regularizado na contabilidade mediante documentos
de suporte.

De salientar que o projecto tem como objectivo analisar a morosidade de pagamento


de ajudas de custo na Direcção Provincial de Assuntos Sociais da Zambézia, visto que as
ajudas de custo aos colaboradores das empresas que se desloquem ao seu serviço, até ao
limite dos quantitativos estabelecidos para os servidores do Estado, não se encontram sujeitas
a IRS, nem a contribuições para a Segurança Social.

Do regime legal das ajudas de custo, máxime do disposto no artigo 8.º do Decreto-lei
n.º 106/98, de 24 de Abril, resulta que o ressarcimento das despesas com as deslocações varia,
de acordo com as necessidades do trabalhador, reportadas ao período em que se encontre
deslocado.

De acordo com as alterações introduzidas pela LOE 2013, apenas conferem direito
ao abono de ajudas de custo as seguintes deslocações do domicílio necessário (entendendo-se,
como tal, a localidade onde o trabalhador exerce funções ou onde se situa o centro da sua
actividade funcional).

No que diz respeito a estrutura do projecto este apresenta-se da seguinte forma:


Introdução, Tema, Justificativa, Problema, perguntas de partidas, Objectivos sendo geral e
específicos, Metodologia, Tipo de pesquisa, Técnicas de obtenção de dados, fundamentação
teórica, Cronograma das actividades, Orçamento do trabalho e finalmente Referencias
bibliográficas.
1.1. DELIMITAÇÃO DO TEMA E PROBLEMA DE PESQUISA

Um dos problemas associados ao trabalho que tem merecido a atenção dos


investigadores desde longa data é a morosidade no pagamento de ajudas de custo no aparelho
do Estado moçambicano tendo se tornado um problema de quase todas instituições públicas,
gerando desta forma uma inquietação no seio dos seus funcionários. Portanto, as deslocações
em missão de serviço conferem ao funcionário e agente do Estado o direito a ajudas de custo,
ajudas estas que consistem no pagamento de despesas de alojamento, alimentação e outras. É
devido o abono de ajudas de custo diárias quando cumulativamente a deslocação do
funcionário e agente do Estado for igual ou superior a 8 horas e a deslocação se realizar para
além de 40 km do seu local de trabalho. Ainda de salientar que, as ajudas de custo diárias são
abonadas pelos serviços a que pertence o funcionário e agente do Estado, em função dos dias
previstos para a deslocação.

Ajuda de custo é um pagamento realizado ao empregado com a finalidade de cobrir


despesas no desempenho de suas funções, tais como deslocamentos para participar de
reuniões fora do local de trabalho, custos que o empregado tenha tido em razão do trabalho,
tais como fotocópias, pedágio, refeições, entre outros. Podem, ainda, serão consideradas
ajudas de custos os valores pagos ao empregado em virtude da mudança definitiva do
empregado para outra localidade, para cobrir as despesas com a mudança, decorrente da
transferência definitiva do empregado, nos termos do artigo 470 da CLT.

De acordo com o decreto nº 95/2018 de 31 de Dezembro, os dias de partida e de


regresso do funcionário e agente do Estado em missão de serviço contam para efeitos de
atribuição do valor de ajudas de custo.

Diante do exposto, levanta-se a seguinte questao: Quais são os factores que


influenciam na morosidade do pagamento de ajudas de custo na Direcção Provincial de
Assuntos Sociais da Zambézia?
1.2. JUSTIFICATIVA

Em quase todas organizações existem a necessidade de deslocamento por parte dos


seus trabalhadores por vários motivos, deslocamento esse que deve ser remunerado para a
questão das necessidades financeiras que estes possam encontrar durante a missão. Portanto, o
custo encontra-se em duas vertentes que são custo direito e indirecto. Porém, Custos directos
são aqueles que podem ser fisicamente identificados para um seguimento particular em
consideração. Assim, se o que esta em consideração é uma linha de produtos, então os
materiais e a mão-de-obra envolvidos na sua manufactura seriam custos directos. Dessa
forma, relacionando-os com os produtos finais, os custos directos são os gastos industriais que
podem ser alocados directa ou objectivamente aos produtos.
A escolha do tema pela autor foi motivado por ter observado o incumprimento
atempado no pagamentos de ajudas de custo dos funcionário desta direção provincial, que
posteriormente tornou-se um assunto a mercê de uma investigação.
Portanto, as ajudas de custo têm como pressuposto a compensação de despesas
(alimentação e alojamento) do trabalhador, gerente, sócio gerente ou administrador em
resultado de deslocações do seu local de trabalho habitual, efetuadas ao serviço da empresa.
Porém, Só há direito ao abono de ajudas de custo nas deslocações diárias que se realizem para
além de 20 km do domicílio necessário e nas deslocações por dias sucessivos que se realizem
para além de 50 km do mesmo domicílio. No que tange as ajudas de custo devem constar no
recibo de vencimento com indicação da parte não sujeita a IRS e devem constar na declaração
mensal de remunerações.
1.4. OBJECTIVOS

1.4.1. Objectivo geral

 Identificar os factores que influenciam para a morosidade do pagamento de ajudas de


custo na direcção provincial de assuntos sociais da Zambézia

1. 4.2. Objetivos Específicos

 averiguar a origem da morosidade no pagamento de ajudas de custos na Direção


Provincial de Assuntos Sociais da Zambézia;
 avaliar o impacto e a interferência desta morosidade no desempenho das atividades.
 Descrever os factores que contribuem na morosidade no pagamento de ajudas de
custos na direcção provincial de assuntos sociais da Zambézia;
 por último sugerir mecanismos de melhorias de modo a que esta morosidade no
pagamento de ajudas de custo não mais se faça sentir nesta Direção Provincial

1.3. Perguntas de Partidas

 Qual é a origem da morosidade no pagamento de ajudas de custo na Direção


Provincial de Assuntos Sociais da Zambézia?
 Qual é o impacto desta morosidade no pagamento de ajudas de custo?
 Quais as estratégias poderão ser usadas para melhoria desta morosidade no pagamento
de ajudas de custo nesta direção?
CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Conceitos básicos

2.2. Salário e remuneração

Alguns termos são utilizados com a finalidade de caracterizar as parcelas económicas


recebidas em face de determinada prestação de serviços ou de uma relação empregatícia.
Delgado (2019) lecciona que tais parcelas “evidenciam que a relação jurídica de trabalho
formou-se com intuito oneroso por parte do empregado, com intuito contraprestactivo”.
Assim, comummente são empregues as expressões “salário” e “remuneração” para ilustrar as
parcelas supracitadas.

O pagamento fornece aos colaboradores da organização uma recompensa palpável


pelos seus serviços, sendo também uma fonte de reconhecimento. Para Hipólito (2002) a
importância da remuneração dá-se pelo seu carácter simbólico, ou seja, é a percepção do valor
do indivíduo dentro da organização.

Segundo Bohlander; Snell e Sherman (2005, pag. 252):

“A remuneração inclui todas as formas de pagamento e recompensas aos funcionários


pelo desempenho de seu trabalho. A remuneração directa abrange ordenados e salários
do funcionário, incentivos, bonificações e comissões. A remuneração indirecta
abrange os vários benefícios oferecidos pelas empresas, e a recompensa não-financeira
inclui programas de reconhecimento do funcionário, actividades gratificantes e horário
de trabalho flexível para acomodar as necessidades pessoais.”

De acordo com Hipólito (2002) afirma que o sistema de recompensa reforça a


proximidade da relação entre aquilo que a organização valoriza e que estimula em seus
profissionais, de modo a incentivar comportamentos e atitudes que agreguem valor. Então o
modo como a organização remunera seus funcionários transmite a estes uma mensagem a
respeito do que a direcção da empresa considera importante e também das actividades que ela
considera relevantes.

2.3. O conceito de salário

O conceito de “salário” poderia ser admitido, independente do método de pagamento,


como o conjunto das parcelas económicas dos empregados, com a retribuição do trabalho
efectivo, as fases de interrupção contratual e os descansos contáveis na jornada de trabalho
(NASCIMENTO, 2006). Contudo, nota-se que Amauri Mascaro Nascimento não fez
distinção entre salário e remuneração. Outra parte da doutrina adopta a concepção de que é
uma prestação paga ao empregado pelo empregador, em virtude do vínculo contratual
trabalhista,
“seja em razão da contraprestação do trabalho, da disponibilidade do trabalhador, das
interrupções contratuais” (MARTINS, 2019).

No mesmo sentido, assevera Delgado (2019) que o “salário é o conjunto de parcelas


contraprestativas pagas pelo empregador ao empregado em função do contrato de trabalho”.
Independentemente das oposições de conceituação proposta pelos doutrinadores acima
citados, há de se destacar o entendimento de que o salário é oriundo da prestação de serviços,
assim como dos períodos em que o empregador tem o empregado à sua disposição (NETO;
CAVALCANTE, 2019).

2.4. A diferença entre salário e remuneração

A doutrina trabalhista traz três conceituações possíveis distintas ao termo


“remuneração”. Ainda que tenham afinidades entre si, cada entendimento possui suas
peculiaridades.

A primeira das correntes, trata e “remuneração” e “salário” como sinónimos. Nesta


concepção, ao abordar o carácter remuneratório de algumas verbas, a doutrina e a
jurisprudência, acabam por realçar a natureza salarial destas (DELGADO, 2019). Assim,
entende-se os termos como se possuíssem a mesma significação.

Segundo Francisco Neto e Jouberto Cavalcante, em sua obra “Direito do Trabalho”,


aborda a remuneração como “a retribuição paga ao trabalhador por terceiro, em decorrência
do contrato de trabalho, enquanto salário representa os ganhos auferidos pelo empregado, os
quais são pagos pelo empregador, como forma de contraprestação dos serviços
disponibilizados pelo primeiro ao segundo, em função do contrato individual de trabalho”.
Portanto, nesta corrente “remuneração” seria género, enquanto “salário” seria espécie dotada
de maior importância nas tocantes as parcelas contraprestação do emprego.

2.5. Ajudas de custo e diárias para viagem

Considera-se como ajuda de custo o valor atribuído ao empregado, quando pagos


uma única vez, ou eventualmente, para cobrir despesa não habitual por ele realizada na
execução das suas tarefas ou em virtude de serviço externo que se obrigou a realizar.

Passando para análise do §2º do art. 457, tem-se a retirada, do conceito de salário, da
ajuda de custo”, do auxílio-alimentação, das diárias para viagem, dos prémios e dos abonos.

Antes do advento da Lei nº 13.467/2017, na redacção do §2º, tinham-se excluídos “as


ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinquenta por
cento) do salário percebido pelo empregado”. Este parâmetro de 50% do salário visava
estabelecer certa presunção relativa, para melhor distribuir o ónus da prova nesta seara.
Assim, as diárias e ajudas de custo que não excedessem 50% do salário mensal seriam
consideradas regulares. Por outro lado, caso extrapolassem o limite de 50%, cairiam em
fraude, cabendo ao empregador provar não estar se utilizando de um mecanismo para burlar o
sistema. Neste sentido, temos o art. 1º da Instrução Normativa nº 8 da Secretaria Nacional do
Trabalho, de Novembro de 1991, que assim dispõe:

Art. 1.º Consideram-se como de natureza salarial as diárias de


viagem quando, não sujeitas à prestação de contas, excederem a 50%
do salário mensal do empregado, no mês em que forem pagas.
Parágrafo único. Não serão consideradas de natureza salarial as
diárias de viagem quando sujeitas à prestação de contas, mesmo se o
total dos gastos efectivamente incorridos exceder a 50% do salário
do empregado, no mês respectivo.

Na mesma direcção, em 2002, formulou-se o Precedente Administrativo nº 50, da


Secretaria de Inspecção do Trabalho, dispondo que:

PRECEDENTE ADMINISTRATIVO Nº 50 REMUNERAÇÃO.


DIÁRIAS DE VIAGEM QUE EXCEDEM 50% DO SALÁRIO.
NATUREZA JURÍDICA. É ónus do empregador afastar a presunção
de que as diárias de viagem que excedam a 50% do salário do
empregado têm natureza salarial, pela comprovação de que o
empregado presta contas de suas despesas, recebendo os valores a
título de ressarcimento. REFERÊNCIA NORMATIVA: Art. 457, §
2º da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT e Instrução
Normativa nº 8, de 1º de Novembro de 1991.

Contudo, o Tribunal Superior do Trabalho, nas Súmulas nº 101 e nº 318, adoptava


entendimento contrário ao da Instrução Normativa nº 8 e do Precedente Administrativo nº 50.
A Súmula nº 101 fixa que “integram o salário, pelo seu valor total e para efeitos
indemnizatórios, as diárias de viagem que excedam a 50% (cinquenta por cento) do salário
empregado, enquanto perdurarem as viagens”.

As ajudas de custo não devem ser utilizadas como um simples acréscimo à


remuneração, situação que por vezes ocorre, mas que está errado. As ajudas de custo apenas
devem ocorrer quando o funcionário efectivamente se desloca e incorre em despesas (por
exemplo alimentação e alojamento) em consequência dessa deslocação ao serviço da entidade
patronal.

Por outro lado, somos a salientar que o pagamento simultâneo de ajudas de custo e
de subsídio de alimentação nos dias em que o trabalhador se encontra deslocado, poderá não
ser fiscalmente aceite, por haver uma duplicação de custos. Igualmente, há uma duplicação de
custos quando a empresa pague simultaneamente a ajuda de custo e a dormida, colocando em
causa a classificação da verba atribuída como "ajuda de custo".

2.6. Auxílio-alimentação

Ainda que dotado do carácter da habitualidade, sendo proibido seu pagamento em


dinheiro, o auxílio-alimentação não se agrega a contrato de trabalho e não integra a
remuneração, devendo ser disponibilizado como utilidade. Portanto, não será passível de
incidência de encargos previdenciais e trabalhistas (GARCIA, 2019).

2.7. Remuneração variável

Como diz (2002, pag. 95) “a remuneração variável (em sua diversas formas) está
atrelada ao acompanhamento da performance/desempenho, podendo ou não existir, com
maior ou menor intensidade, em face dos resultados alcançados”.

O mesmo autor cita ainda alguns motivos para um crescimento acentuado na


utilização da remuneração variável:

 A busca por reduzir os custos fixos;


 Possibilidade de oferecer maiores ganhos quando os resultados forem positivos;
 Maior aceitação desta prática por sindicatos, trabalhadores e empresas;

Portanto a remuneração variável é um programa desenhado para recompensar os


funcionários com bom desempenho e um de seus principais objectivos é estimular o trabalho
em equipe.

Neste contexto, Pontes (2005, pag. 359) destaca o conceito de remuneração variável
“é o processo de remunerar os colaboradores de forma a ter uma parte fixa e outra parte
móvel. A parcelada fixa advém da definição da estrutura salarial e a parte móvel advém de
outros factores, como desempenho da empresa, da equipe ou do colaborador.”

De acordo com Pontes (2005) são quatro as principais formas de estimular o ganho
variável dos colaboradores.

Participação através de sugestões: o objectivo é estimular a criação de novas ideias


que venham a reduzir os custos da organização ou aumentar a produtividade, e dessa forma o
autor da ideia escolhida receberia um incentivo;

Participação accionaria: pode ser utilizada nas empresas portadoras de acções na


bolsa, onde é possível a participação do colaborador em seu capital;
Participação nos lucros e resultados: é a forma mais simples de fazer com que o
colaborador participe efectivamente da competitividade da empresa, onde os lucros da
empresa são rateados pelos trabalhadores.

2.8. Contabilidade de custo

Sobre contabilidade de custos, podemos dizer que é uma base fundamental. Foi a
partir da contabilidade financeira que se deu início a contabilidade de custos. Martins (2003,
p. 13) afirma que, “para a apuração do resultado de cada período, bem como para o
levantamento do balanço em seu final, bastava o levantamento dos estoques em termos
físicos, já que sua medida em valores monetários era extremamente simples”. A partir desse
ponto a contabilidade de custos evoluiu e é utilizada para várias funções. Ainda segundo
Martins (2003, p. 156), “uma das finalidades da Contabilidade de Custos. é o fornecimento do
preço de venda”.

2.9. Gestão estratégica de custos

Para Shank (1997), o surgimento da gestão estratégica de custos é baseado no


resultado da junção de três temas:

 Análise da cadeia de valor;


 Análise de posicionamento estratégico;
 Análise de direccionadores de custos;

A pesquisa tratou principalmente da análise de direccionamento de custos. Shank


(1997) afirma que no gerenciamento de custos, pode-se dizer que o custo é causado ou
direcionado por diversos factores. Compreender esses valores e seus comportamentos,
significa entender como o sistema está fluindo. Na contabilidade gerencial, o custo é uma
função básica que está ligado directamente ao volume de produção. Para uma gestão
estratégica de custos ser bem envolvente, a análise de direcionadores de custos deve ser feita
de forma clara.

As informações geradas a partir dessa análise proporciona uma vantagem


organizacional a empresa que a aplica. Shank (1997) finaliza dizendo que, a gestão de custos
é um gerenciamento fundamental e importante para o crescimento de qualquer organização.
CAPÍTULO III: METODOLOGIA DE PESQUISA

No que tange neste projecto de pesquisa recorreu-se ao método Indutivo, que


consiste na iniciação de um problema ou uma lacuna no conhecimento científico, passando
pela formulação de perguntas de partida. Portanto, para este projecto irmos usar a pesquisa
qualitativa.

3.1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Para a elaboração do trabalho usou-se a pesquisa bibliográfica neste estudo consistiu


na análise de várias obras disponíveis em artigos electrónicos. Os conteúdos foram
seleccionados tendo em conta com a relevância com a técnica em estudo depois de uma
análise minuciosa, e por seguida do método de observação directa e indirecta, comparativo
que consistiu em compararas várias obras, analítico para análise das fontes e sintético para
sintetizar o volume dos dados recolhidos.

De acordo com SIENA (2007) a pesquisa bibliográfica, abrange toda a bibliografia já


tornada pública em relação ao tema em estudo, desde as publicações avulsas, boletins, jornais,
revistas, livros, monografias, teses, até meios de comunicação oral: rádio, gravações em fita
electromagnéticas, e audiovisuais: filmes e televisões, com finalidade de colocar o
pesquisador/a em contacto directo com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre o tema,
inclusive conferencias seguidas de debate, que tenham sido escritos por alguma forma, quer
publicadas, quer gravadas. Portanto, com este método far-se-á levantamento de dados de
diversas referências bibliográficas os quais serão analisados e compilados no trabalho.

Antes do trabalho de campo será realizado um levantamento bibliográfico no qual


constituirá o suporte científico que guiará esta pesquisa. O mesmo consistirá na leitura de
bibliografia publicada em relação ao tema em estudo, o que permitirá a aquisição de
pressupostos teóricos sobre a problemática da morosidade no pagamento de ajudas de custos,
na Direcção Provincial de Assuntos Sociais da Zambézia.

3.2. TIPO DE PESQUISA

Tendo em conta a abordagem do estudo que pretende-se realizar, do problema assim


como dos objectivos previamente definidos, a pesquisa será do tipo descritiva e quanto a
forma de abordagem do problema será qualitativa, pois de acordo com estudo feito por GIL
(2002), esta pesquisa tem como objectivo proporcionar maior familiaridade com o problema,
com vistas a torná-lo mais explícito. Nesta linha de ideias o projecto ira envolver
levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado.
Geralmente, assume a forma de pesquisa bibliográfica e estudo de caso.

3.3. TÉCNICAS DE PESQUISA

3.3.1. Observação Directa Participante

A técnica de observação directa e participativa ira nesta pesquisa, permitir que o


observador chegar mais perto da perspectiva dos sujeitos, isto é, o observador acompanhou
“in loco” as experiências diárias dos sujeitos, permitindo a colecta de dados e um contacto
directo e prolongado do pesquisador com o objecto por pesquisar. Todavia, esta técnica
servira de auxílio para a efectivação de outras técnicas de colecta de dados, pois, ela é por
excelência útil em todos as etapas de uma pesquisa (LUDKE, 1986).

Esta será utilizada para a obtenção de informações reais, isto é, a pesquisadora irá
observar a realidade do fenómeno assim como do local de ocorrência. Com esta técnica, a
pesquisadora obterá informações sobre o tema, e que ajudará muito na observação e registo de
fenómenos que aparecem na realidade, sendo um recurso importante para a realização da
pesquisa. Neste sentido a obtenção de informações sobre o problema será feita pela interacção
ou contacto no local este vai permitir o conhecimento real da realidade a ser estudado.

3.3.2. ENTREVISTA ESTRUTURADA

Na mesma ordem de ideia, será usada a entrevista, que segundo Gil, (2009). “É uma
comunicação verbal entre duas ou mais pessoas com uma estruturação previamente traçada e
realizada com a intenção de obter informações de uma pesquisa”.

Com esta técnica serão recolhidos dados não documentados sobre o tema. São
entrevistados os funcionários da instituição, esta vai permitir conhecer o problema a partir de
uma interacção e dialogo com os funcionários do local em estudo. Todavia, será feita uma
entrevista formal e estruturada com questões previamente formuladas e organizadas, cujas
respostas atenderão ao objectivo especifico da colecta de dados para pesquisa. No geral, as
respostas serão analisadas qualitativamente e dai extrair o subsídio da pesquisa.
3.3.3. QUESTIONÁRIO

Antes porém é necessário lembrar que o questionário é um documento escrito, usado


para guiar uma ou mais pessoas a responder a uma série de questões.

De acordo com Chizzott, (2001) “questionário é um conjunto de questões pré-


elaboradas, sistemáticas e sequencialmente dispostas em itens que constituem os temas de
pesquisa com objectivos de suscitar dos informantes respostas por escrito ou verbalmente
sobre o assunto que estes saibam opinar”.

A escolha desta técnica deve-se pelo tempo que se economiza durante o processo do
seu uso assim como a objectividade da mesma. É de referir que as questões serão feitas para
os funcionários daquela instituição de modo a podermos obter as informações precisas em
relação ao tema em estudo para posteriormente avançar com as possíveis soluções.

As perguntas formuladas nos questionários comportaram os dois tipos de perguntas


(abertas e fechadas). Mas nas abertas não houve pré-categorização das respostas, deixando
assim que os informantes expusessem as suas ideias livremente, embora pela apresentação
(introdução) do questionário e pelo contexto já se pudesse ter uma noção das possíveis
respostas pretendidas de acordo com a pergunta.

3.4. ESTUDO DE CASO

Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objectos, de maneira que


permita seu amplo e detalhado conhecimento. Caracterizado por ser um estudo intensivo. É
levada em consideração, principalmente, a compreensão, como um todo, do assunto
investigado. Todos os aspectos do caso são investigados. Quando o estudo é intensivo podem
até aparecer relações que de outra forma não seriam descobertas. (FACHIN, 2001)

3.5. UNIVERSO E AMOSTRA DA POPULAÇÃO

Amostra é uma parte representativa de um universo de seres que se pretende estudar, e que
possui pelo menos, uma característica em comum. Pelo que, com o objetivo de colher dados,
que forneçam indicadores credíveis sobre a realidade em estudo

A Direção Provincial de Assuntos Sociais, conta com um universo de 30


funcionários dos quais formaremos uma amostra com apenas 10 sendo dois técnicos de
Recursos Humanos, dois técnicos de Administração e Finanças incluindo o Diretor e mais 5
funcionários afectos aquela Direcção Provincial, com propósito de tirar conclusões sobre o
problema em estudo.
4. Cronograma de Actividades

ACTIVIDADES AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEM/DEZEMBRO


Escolha do tema xxxxxxxxx
Pré-visita xxxxxxxxxx
Revisão xxxxxxxxxx
bibliográfica
Analise dos dados xxxxxxxxx
Compilação dos xxxxxxxxxx
temas
Revisão final do xxxxxxxxxxxx
trabalho
Entrega do xxxxxxxxxxxx
trabalho

Fonte: Autor (2023)


4.1. Orçamento da Actividade

Designação Quantidade Preço Unitário Preço Total


Papel A4 30 2, 00Mts 60
Digitação 38 25mts 950
Impressão 38 2mts 76
Canetas 04 15mts 60
Borracha 01 5mts 5
Transporte 14/dias 20mtc 280
Total 125 69mts 1431mts

Fonte: Autor (2023)


Referências bibliográficas

CHIAVENATO, I (2000). Recursos Humanos. 6. ed. São Paulo: Atlas.

CHIZZOTTI, António (2001). Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. 4ª Edição.


São Paulo.

DELGADO, Maurício Godinho (2019). Curso de Direito do Trabalho. 18. ed. São
Paulo: Ltr.

GARCIA; Gustavo Filipe Barbosa (2019). CLT COMENTADA. 5. ed. Rio de


Janeiro: Forense; São Paulo: Método.

GIL, António Carlos. Como elaborar projectos de pesquisa. 4ª. ed. São Paulo:
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LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Maria de Andrade. Metodologia de


investigação Científica: procedimentos básicos, projectos de relatório, 4ª.ed. são 1902.

MARTINEZ, Luciano (2018). Reforma trabalhista – entenda o que mudou: CLT


comparada e comentada. 2. ed. São Paulo: Saraiva Educação.

MARTINS, E (2010). Contabilidade de Custos. [S.l.]: São Paulo, Atlas S.A.

MARTINS, E (2003). Contabilidade de Custos. [S.l.]: São Paulo, Atlas S.A.

MARTINS, Sérgio Pinto (2019). Direito da Seguridade Social. 38. ed. São Paulo:
Saraiva Educação.

NASCIMENTO, Amauri Mascaro (2006). Curso de direito do trabalho. 21. ed. São
Paulo: Saraiva.

NETO; F.F.J.; CAVALCANTE; J.Q.P (2019). Direito do Trabalho. 9. ed. São Paulo:
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SHANK, J. K.; GOVINDARAJAN, V (1997).; A revolução dos custos: Como


Reinventar e Redefinir Sua Estratégia de Custos para Vencer em Mercados Crescentemente
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Fundação Calouste Gulbenkian.

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