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As escalas curta e longa são dois de vários sistemas usados em todo o mundo para
nomenclatura de números grandes. A escala longa é usada por vários países, entre os quais todos
os países lusófonos[nota 1] (à excepção do Brasil) e a maior parte da Europa continental. A escala
curta é usada no Brasil e na maior parte dos países de língua inglesa e árabe. Em todos estes
países, embora as denominações sejam quase sempre traduzidas para a língua local, os termos são
muito semelhantes etimologicamente. Algumas línguas, sobretudo na Ásia Oriental e Meridional,
têm sistemas de nomenclatura de números grandes diferentes das escalas longa e curta.[2][3]
Para números naturais inferiores a mil milhões (< 109), as escalas são idênticas. Para números
iguais ou superiores a um milhar de milhões (≥ 109), as duas escalas divergem ao usar as mesmas
palavras para diferentes valores. Esta semelhança é frequentemente origem de vários equívocos.
Os termos escala curta e escala longa foram introduzidos em 1975 pela matemática francesa
Geneviève Guitel.[2][3]
Comparação
Em números iguais ou superiores a um milhar de milhões (≥ 109), o mesmo valor numérico tem
dois nomes diferentes, conforme está expresso na escala longa ou na escala curta. Da mesma
forma, ao mesmo nome podem corresponder dois valores numéricos diferentes conforme está a
ser usado nas escala curta ou longa.
Cada escala tem uma explicação lógica para atribuir o uso de diferentes denominações numéricas e
valores dentro dessa escala. A lógica da escala curta tem por base as potências de mil, enquanto
que a escala longa tem por base as potências de um milhão. Em ambas as escalas, o prefixo bi-
corresponde a "2", tri- a "3" , etc. No entanto, só na escala longa é que os prefixos para além do
milhão correspondem ao expoente real (de 1 000 000).
A escala longa utiliza a regra N, ou seja: 106N = N-ilião, enquanto que a escala curta utiliza a regra
n-1, ou seja: 103n = (n-1)-ilião.[4]
Os prefixos usados nos nomes dos grandes números correspondem à designação latina, desta
forma obtém-se o nome: n-ilião, substituindo n pelo nome em latim do número correspondente à
potência.[5][6][7]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Escalas_curta_e_longa 1/5
19/07/2023, 22:11 Escalas curta e longa – Wikipédia, a enciclopédia livre
A tabela seguinte mostra a relação entre os valores numéricos e os nomes correspondentes nas
duas escalas:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Escalas_curta_e_longa 2/5
19/07/2023, 22:11 Escalas curta e longa – Wikipédia, a enciclopédia livre
100 1 um um
1 000×1
106 1 000 000 milhão milhão 1 000 0001
0001
bilhão
(português
brasileiro) ou 1 000×1 1
109 1 000 000 000 mil milhões
bilião 0002 000×1 000 0001
(português
europeu)
trilhão bilhão
(português (português
brasileiro) 1 000×1 brasileiro)
ou ou
1012 1 000 000 000 000 1 000 0002
trilião 0003 bilião
(português (português
europeu) europeu)
quatrilhão
(português
brasileiro)
ou
quatrilião mil bilhões
(português (português
europeu) 1 000×1 brasileiro) 1
ou ou
1015 1 000 000 000 000 000
quadrilhão 0004 mil biliões 000×1 000 0002
(português (português
brasileiro) europeu)
ou
quadrilião
(português
europeu)
quintilhão trilhão
(português (português
brasileiro)
ou 1 000×1 brasileiro) ou
1018 1 000 000 000 000 000 000 1 000 0003
quintilião 0005 trilião
(português (português
europeu) europeu)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Escalas_curta_e_longa 3/5
19/07/2023, 22:11 Escalas curta e longa – Wikipédia, a enciclopédia livre
quadrilhão
(português
brasileiro)
ou
quadrilião
(português
europeu)
A tabela seguinte mostra a relação entre os nomes e os valores numéricos correspondentes nas
duas escalas:
Utilização atual
https://pt.wikipedia.org/wiki/Escalas_curta_e_longa 4/5
19/07/2023, 22:11 Escalas curta e longa – Wikipédia, a enciclopédia livre
Ver também
Notação científica
Nomes dos números
Número
Prefixos do SIU
Notas
1. Em Portugal esta regra é determinada pela norma NP-18 de 1960 (Nomenclatura dos grandes
números).[1]
Referências
1. «Bilião» (http://www.ciberduvidas.com/pergunta.php?id=2498). Ciberdúvidas da Língua
Portuguesa. 18 de junho de 1998. Consultado em 5 de novembro de 2008
2. Guitel, Geneviève (1975). Histoire comparée des numérations écrites (em francês). Paris:
Flammarion. pp. 51–52. ISBN 978-2-08-211104-1
3. Guitel, Geneviève (1975). Histoire comparée des numérations écrites (em French). Paris:
Flammarion. pp. 566–574 Chapter: "Les grands nombres en numération parlée (État actuel de
la question)", i.e. "The large numbers in oral numeration (Present state of the question)" .
ISBN 978-2-08-211104-1
4. «O bilião e a nomenclatura dos grandes números» (http://www.gazetadefisica.spf.pt/magazine/
article/911/pdf)
5. «Numerical Adjectives, Greek and Latin Number Prefixes» (http://phrontistery.info/numbers.htm
l). phrontistery.info. Consultado em 27 de maio de 2016
6. «FLiP - Dúvida Linguística» (http://www.flip.pt/Duvidas-Linguisticas/Duvida-Linguistica/DID/147
1). www.flip.pt. Consultado em 27 de maio de 2016
7. «How high can you count?» (http://www.isthe.com/chongo/tech/math/number/howhigh.html).
www.isthe.com. Consultado em 27 de maio de 2016
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