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Código de Normas da Corregedoria-Geral de

Justiça do Estado de Santa Catarina – CNCGJ/SC

Fernanda Schnaider
REQUERIMENTO
Reconhecimento de firma é obrigatório em todos os requerimentos?

Art. 616: NÃO será exigido reconhecimento de firma nos


requerimentos submetidos ao oficial, SENÃO nas hipóteses legais.
ATENÇÃO NA 6.015/73

Art. 246 - Além dos casos expressamente indicados no item II do artigo


167, serão averbados na matrícula as subrogações e outras ocorrências
que, por qualquer modo, alterem o registro.

§1o As averbações a que se referem os itens 4 e 5 do inciso II do art.


167 serão as feitas a REQUERIMENTO DOS INTERESSADOS, COM
FIRMA RECONHECIDA, instruído com documento dos interessados,
com firma reconhecida, instruído com documento comprobatório
fornecido pela autoridade competente.
ATENÇÃO NO CNCGJ/SC
Exemplos de artigos que exigem requerimento:

• Art. 620 (exame e cálculo)


• Art. 703 (retificação de área)
• Art. 722 (loteamento/desmembramento)
• Art. 765 (incorporação)
ATENÇÃO NA 6.015/73
Exemplos de artigos que exigem requerimento:

• Art. 212 (retificação de registro)


• Art. 213, II (retificação de área)
• Art. 216-A (usucapião extrajudicial)
• Art. 246 c/c art. 176 (averbações de saneamento)
• Art. 255 (cancelamento de incorporação)
REQUERIMENTO ASSINADO NA SERVENTIA

Art. 616: NÃO SERÁ EXIGIDO RECONHECIMENTO DE FIRMA nos


requerimentos submetidos ao oficial, SENÃO nas hipóteses legais.

§1º Se o interessado PESSOALMENTE


apresentar documento dotado de fé
pública e ASSINAR O REQUERIMENTO NA
SERVENTIA, deverá ser certificado que o
ato foi requerido por pessoa
comprovadamente identificada e anexada
cópia do documento ao título
apresentado.
REQUERIMENTO COM CERTIFICADO DIGITAL

Art. 616: NÃO será exigido reconhecimento de firma nos


requerimentos submetidos ao oficial, SENÃO nas hipóteses legais.

§4º Fica dispensado o reconhecimento de firma no caso de


requerimento apresentado em MEIO VIRTUAL, DESDE QUE assinado
com USO de CERTIFICADO DIGITAL.
QUESTÃO – TJ CE
É exceção ao princípio da rogação:

a) Da transferência, de imóvel a sociedade, quando integrar quota


social.
b) Do contrato de locação, para os fins de exercício de direito de
preferência.
c) Indicação ou atualização de confrontação.

d) Reestabelecimento de sociedade conjugal.


CINDIBILIDADE
Art. 617. Salvo vedação legal, e desde que formalizado
REQUERIMENTO ESPECÍFICO PELO INTERESSADO, poderá o oficial
CINDIR O TÍTULO, com a prática do ato solicitado.

Exemplos de títulos que podem ser cindidos:

• Inventário com mais de um imóvel;


• Integralização de Capital Social;
• Escritura Pública de Compra e Venda com mais de um imóvel...
ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA - ART

Art. 618. Nos atos que envolvam projetos


elaborados por profissionais registrados no
Conselho de Engenharia e Agronomia (Crea)
ou no Conselho de Arquitetura e Urbanismo
(CAU), é OBRIGATÓRIA A APRESENTAÇÃO da
Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).

Parágrafo único. EXCLUEM-SE da exigência as


cédulas hipotecárias e os títulos de crédito
cujos projetos técnicos tenham sido, de
FORMA EXPRESSA E INEQUÍVOCA,
DISPENSADOS pelo credor.
CÓPIA CERTIFICADA
Art. 619. É dever do oficial AUTENTICAR cópia
reprográfica dos documentos arquivados na
serventia.

Parágrafo único. Mediante requerimento expresso, deverá CERTIFICAR


ter sido a reprodução extraída, conforme o caso, de documento
original, ou cópia simples, ou, ainda, cópia autenticada.

SOMENTE DE ATOS JÁ PRATICADOS!


EXAME E CÁLCULO DE EMOLUMENTOS
REQUERIMENTO SEM EFEITOS DE PRENOTAÇÃO

Art. 620. O título apresentado para mero EXAME E CÁLCULO dos


respectivos emolumentos dependerá de REQUERIMENTO escrito do
interessado, no qual deverá estar consignada sua ciência de que a
recepção do título NÃO GERA OS EFEITOS DA PRENOTAÇÃO.
Art. 12, parágrafo único da Lei Federal nº 6.015/73

Independem de apontamento no
Protocolo os títulos apresentados
apenas para exame e cálculo dos
respectivos emolumentos.
EXAME E CÁLCULO DE EMOLUMENTOS

Art. 620. O título apresentado para mero EXAME E CÁLCULO dos


respectivos emolumentos dependerá de REQUERIMENTO escrito do
interessado, no qual deverá estar consignada sua ciência de que a
recepção do título NÃO GERA OS EFEITOS DA PRENOTAÇÃO.

§1º O oficial fornecerá ao solicitante comprovante de depósito do


título, com descrição dos documentos que eventualmente tenham
sido com ele apresentados e arquivará o requerimento na serventia.

LISTA DE DOCUMENTOS NECESSÁRIOS!


VEDADA A COBRANÇA DE EMOLUMENTOS

Art. 620. O título apresentado para mero EXAME E CÁLCULO dos


respectivos emolumentos dependerá de REQUERIMENTO escrito do
interessado, no qual deverá estar consignada sua ciência de que a
recepção do título NÃO GERA OS EFEITOS DA PRENOTAÇÃO.

§3º É VEDADA A COBRANÇA DE


EMOLUMENTOS no ato do
requerimento ou apresentação de
título ingressado exclusivamente para
exame e/ou cálculo.
ATENÇÃO NO REGIMENTO DE CUSTAS (LCE 156/97)
DEPÓSITO PRÉVIO

Art. 24. RESSALVADAS AS HIPÓTESES EXPRESSAMENTE PREVISTAS EM


LEI, quando da distribuição da petição inicial, de petição avulsa ou de
requerimento às serventias extrajudiciais, deverá a parte ou o
interessado COMPROVAR O RECOLHIMENTO DO TOTAL das custas e
despesas judiciais, DOS EMOLUMENTOS E DOS VALORES DEVIDOS AO
FUNDO DE REAPARELHAMENTO DA JUSTIÇA, se a eles sujeito a ação
ou ato.
§1º Salvo disposição em contrário, os notários e os registradores
PODERÃO EXIGIR DEPÓSITO PRÉVIO DOS VALORES RELATIVOS AOS
EMOLUMENTOS E DAS DESPESAS PERTINENTES AO ATO, fornecendo
aos interessados, obrigatoriamente, recibo com especificação de todos
os valores.
LIVROS E ESCRITURAÇÃO
Art. 621. Haverá no registro de imóveis, além dos livros comuns a
todas as serventias, os seguintes:

I – Livro 1 – Protocolo;
II – Livro 2 – Registro Geral;
III – Livro 3 – Registro Auxiliar; Art. 173, LRP/73
IV – Livro 4 – Indicador Real;
V – Livro 5 – Indicador Pessoal; e

VI – Livro de Cadastro de Aquisição de Imóvel Rural por Estrangeiro.


LIVROS E ESCRITURAÇÃO
MEIO ELETRÔNICO

Art. 621. Haverá no registro de imóveis, além dos livros comuns a


todas as serventias, os seguintes:

§4º Os Livros 4 e 5 poderão ser mantidos


apenas em meio eletrônico, desde que o
sistema de automação assegure a
integridade das respectivas informações.
LIVROS E ESCRITURAÇÃO

Art. 621. Haverá no registro de imóveis, além dos livros comuns a


todas as serventias, os seguintes:

3º OS ATOS DEVERÃO SER


ASSINADOS por quem os
tenha praticado.
LIVRO DE PROTOCOLO - APONTAMENTO

Art. 622. O Livro de Protocolo servirá para APONTAMENTO DE TODOS


OS TÍTULOS apresentados diariamente e será escriturado em colunas,
das quais constarão, pelo menos, os seguintes elementos:
I – o número de ordem, que começará pelo algarismo 1 (um) e seguirá ao
infinito;
II – o NOME DO APRESENTANTE, que será GRAFADO POR EXTENSO,
ressalvadas as abreviaturas usuais das pessoas jurídicas;
III – a natureza formal do título e, se escritura pública, a unidade da federação
em que ela foi lavrada; se título judicial, a espécie (formal de partilha, carta
de adjudicação, carta de arrematação, etc.);
IV – os atos formalizados, resumidamente lançados, com menção de sua data;
V – a ocorrência de devolução com exigência, se houver, e a sua data; e
VI – a data de reingresso do título, se na vigência da prenotação.
Paragrafo único. Entre um número de ordem e outro deverá ser traçada uma
linha divisória, a fim de facilitar a leitura do livro.
ATENÇÃO NA 6.015/73

Art. 174 - O livro nº 1 - Protocolo - servirá


para APONTAMENTO DE TODOS OS
TÍTULOS apresentados diariamente,
RESSALVADO O DISPOSTO NO PARÁGRAFO
ÚNICO DO ART. 12 DESTA LEI.

Art. 182 - TODOS OS TÍTULOS tomarão, no Protocolo, o número de


ordem que lhes competir em razão da sequência rigorosa de sua
apresentação.
MODELO LIVRO PROTOCOLO
Livro de protocolo 1-T 19/02/2018

Nº de ordem Nº de protocolo Data Apresentação Nº de ordens anteriores Anotações Apresentante Natureza/UF Ocorrência

19/02/2018
Ocorrências do dia (Apontamentos)

54035 34295 19/02/2018 PEDRO VIEIRA Formal de Partilha/SC Apontado


54039 34296 19/02/2018 JORGE DA SILVA Escritura Pública de Compra e Venda/SC Apontado

54061 34297 19/02/2018 ALISSON ALVES DA SILVA Contrato CEF/SC Apontado


54089 34305 19/02/2018 Protocolo Originário nº 33900 JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA Instituição de Condomínio/SC Apontado

54099 34306 19/02/2018 JJ EMPREENDOMENTOS IMOBILIÁRIOS Incorporação/SC Apontado

Ocorrências do dia
54032 34148 29/01/2018 53470 R-2-19.328 NAZARENO DE SOUSA Escritura Pública de Doação/SC Registrado

54034 34200 10/02/2018 53600 ITW CONTRUTORA E INCORPORADORA LTDA Unificação/SC Devolução com
exigência

54036 34166 29/01/2018 53526 A requerimento da parte. CREDMOL RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO Notificação/SC Cancelado

54066 33900 14/01/2018 53896 Não cumprimento de exigências no prazo legal; JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA Instituição de Condomínio/SC Reingresso de título
Reprotocolado sob nº 34305

54070 34150 26/01/2018 53950 FÁBIO DE SOUZA Averbação de Construção Reingresso de título

Títulos apontados 5
Títulos cancelados 1
Títulos registrados 1
Títulos reprotocolados 1
Devolvidos com exigência 1
Título com reingresso 1
Total de ocorrências 10
Termo de encerramento Ofícial
ENCERRAMENTO DIÁRIO
Art. 623. Deve ser lavrado, AO FINAL DO EXPEDIENTE DIÁRIO, o termo
de encerramento do Livro de Protocolo, no qual será mencionado
número de títulos protocolizados e de ocorrências.

Parágrafo único. O TERMO DE ENCERRAMENTO SERÁ LAVRADO


DIARIAMENTE, ainda que não tenham sido apresentados títulos para
apontamento.

Art. 184, 6.015/73:


O Protocolo será encerrado diariamente.
LIVRO DE PROTOCOLO
QUAL O PRAZO DO PROTOCOLO?

30 DIAS
Fundamento legal:
Art. 188, 6.015/73
Art. 643, CNCGJ/SC

ATENÇÃO AO CÓDIGO CIVIL:


Art. 1.246. O registro é eficaz desde o momento
em que se apresentar o título ao oficial do
registro, e este o prenotar no protocolo.
LIVRO DE PROTOCOLO - APRESENTANTES

Art. 624. Para efeitos de escrituração do Livro de Protocolo,


CONSIDERAM-SE APRESENTANTES as pessoas para quem o registro
criar direitos, extingui-los ou publicá-los, assim:
I – o adquirente, no ato translativo da propriedade;
II – o credor ou devedor, no ato constitutivo de direito real;
III – o autor ou requerente, no registro de citação, penhora, arresto e
sequestro;
IV – o locador e locatário, no atos relacionados à locação;
V – o incorporador, construtor ou condomínio requerente, na
individualização;
VI – o condomínio, nos atos atinentes à respectiva convenção;
VII – o instituidor, na instituição do bem de família;
VIII – o requerente, na averbação; e
IX – o emitente, nas cédulas rurais, industriais, etc.
APRESENTANTES

CNCGJ/SC 6.015/73

Art. 624. Para efeitos de Art. 175 - São requisitos da


escrituração do Livro de escrituração do Livro nº 1 -
Protocolo, consideram-se Protocolo:
APRESENTANTES as pessoas (...)
para quem o registro criar III - o nome do APRESENTANTE;
direitos, extingui-los ou
publicá-los, assim:
QUESTÃO – TJ MS
No registro de Imóveis, a prenotação de título tem por finalidade:
a) Garantir prioridade de registro somente entre os títulos judiciais
encaminhados pela parte interessada ou, diretamente, pelo Poder
Judiciário.
b) Assegurar prioridade de registro de título lançado no protocolo, cujo
número de ordem recebido prevalecerá sobre outro gerado
posteriormente, salvo se os referidos títulos tenham sido apresentados
pela mesma pessoa.

c) Assegurar a prioridade de registro de título lançado no protocolo, cujo


número de ordem recebido prevalecerá sobre o outro gerado
posteriormente, ainda que tenham sido apresentados, simultaneamente,
pelo mesmo interessado.

d) Distribuir o serviço na serventia extrajudicial.


QUESTÃO – TJ RO
Assinale a alternativa correta:
a) De acordo com a Lei n. 6.015/1973, o registro de hipoteca convencional valerá pelo
prazo de 30 (trinta) dias, findo o qual só será mantido o número anterior se
reconstituída por novo título e novo registro.

b) De acordo com a Lei n. 6.015/1973, ainda que o imóvel esteja matriculado, não se
fará registro que dependa da apresentação de título anterior, a fim de que se preserve
a prioridade do registro.

c) De acordo com a Lei n. 6.015/1973, ainda que o imóvel esteja matriculado, não se
fará registro que dependa da apresentação de título anterior, a fim de que se preserve
a continuidade do registro.

d) De acordo com a Lei n. 6.015/1973, nenhum registro poderá ser feito sem que o
imóvel a que se referir esteja matriculado, exceto quando se tratar de desapropriação
de imóvel rural por interesse ou utilidade pública.
QUESTÃO – TJ CE
Sobre o processo de registro nas serventias extrajudiciais de Registro de
Imóveis assinale a alternativa correta:
a) Se o imóvel não estiver matriculado ou registrado em nome do outorgante,
o oficial exigirá a prévia transcrição e averbação do título anterior, qualquer
que seja a sua natureza, para manter a continuidade do registro.
b) O número de ordem determinará a prioridade do título, e esta a
preferência dos direitos reais, ainda que apresentados pela mesma pessoa
mais de um título simultaneamente.

c) Em caso de permuta, e pertencendo os imóveis à mesma circunscrição,


serão feitos os registros nas matrículas correspondentes, sob dois números de
ordem no Protocolo.

d) Serão registrados, no mesmo dia, títulos pelos quais se constituam direitos


reais contraditórios sobre o mesmo imóvel.
LIVRO DE REGISTRO GERAL E AUXILIAR

Art. 625. O LIVRO DE REGISTRO GERAL será DESTINADO À MATRÍCULA


DOS IMÓVEIS e ao registro ou à averbação dos atos não atribuídos ao
Livro de Registro Auxiliar.

L2
Art. 627. O LIVRO DE REGISTRO AUXILIAR destina-se ao registro dos
atos que, sendo atribuídos ao registro de imóveis por disposição legal,
NÃO DIGAM RESPEITO DIRETAMENTE A IMÓVEIS MATRICULADOS.

L3
ATENÇÃO NA 6.015/73

Art. 176 - O Livro nº 2 - REGISTRO GERAL - será destinado, à matrícula


dos imóveis e ao registro ou averbação dos atos relacionados no art.
167 e não atribuídos ao Livro nº 3.

L2
Art. 177 - O Livro nº 3 - REGISTRO AUXILIAR - será destinado ao
registro dos atos que, sendo atribuídos ao Registro de Imóveis por
disposição legal, não digam respeito diretamente a imóvel
matriculado.

L3
QUESTÃO – TJ PB

Assinale a alternativa relacionada aos atos registrados no livro nº 3 -


Registro Auxiliar, do Registro de Imóveis, de acordo com a Lei Federal
nº 6.015/73:
a) Destaque de gleba pública originária e cédulas de crédito industrial.

b) Convenção de condomínio e antenupcial.

c) Extinção de ônus e direitos reais de imóveis e contrato de penhor


rural.

d) Loteamentos urbanos e rurais e citações de ações reais ou pessoais


reipersecutórias.
QUESTÃO – TJ MS
Examine as seguintes assertivas:
I. No registro de imóveis existem os seguintes livros: 1 - Protocolo; 2 - Registro
Geral; 3 - Registro Auxiliar; 4 - Indicador Real; 5 - Indicador Pessoal.
II. O Livro no 1 - Protocolo - terá por finalidade o apontamento de todos os
títulos apresentados diariamente, ressalvados aqueles deixados apenas para
exame e cálculos dos respectivos emolumentos.
III. O livro no 2 - Registro Geral - é destinado, exclusivamente, à prática de atos
de registro.
IV. O livro no 3 - Registro Auxiliar - é destinado ao registros dos atos que, sendo
atribuídos ao Registro de Imóveis por disposição legal, não digam respeito
diretamente a imóvel matriculado.
a) Apenas os itens I, II e IV estão corretos.
b) Apenas os itens II, III e IV estão corretos.
c) Apenas os itens I, II e III estão corretos.
d) Todos os itens estão corretos.
INDICADOR REAL - REPOSITÓRIO DE IMÓVEIS

Art. 628. O Indicador Real constitui o REPOSITÓRIO DE TODOS OS


IMÓVEIS a figurarem nos demais livros, e deve conter a identificação
deles, a referência aos números de ordem dos outros livros e as
anotações necessárias.

Parágrafo único. O indicador deverá ser escriturado de forma a


identificar os imóveis por suas denominações, organizado pela
denominação das ruas, quando se tratar de imóveis urbanos, e pelos
nomes identificadores da sua situação, quando rurais, de modo que
facilite a busca.
ATENÇÃO NA 6.015/73

Art. 176 - O Livro nº 2 - Registro Geral - será destinado, à matrícula dos


imóveis e ao registro ou averbação dos atos relacionados no art. 167 e
não atribuídos ao Livro nº 3.
PRINCÍPIO DA UNITARIEDADE MATRICIAL

I - CADA IMÓVEL TERÁ MATRÍCULA PRÓPRIA, que será aberta por


ocasião do primeiro registro a ser feito na vigência desta Lei;

II - são REQUISITOS DA MATRÍCULA:

1) o número de ordem, que seguirá ao infinito;

2) a data;
LIVRO 3 – REGISTRO AUXILIAR
Art. 683. A cédula de crédito – rural, comercial, industrial e à
exportação – será registrada no Livro de Registro Auxiliar e, quando
for garantida por hipoteca, esta será registrada no Livro de Registro
Geral, com remissões recíprocas.

§1º Na hipótese de a cédula ser garantida por hipotecas de imóveis


localizados na mesma circunscrição, será realizado apenas um registro
auxiliar, sem prejuízo do registro das garantias no Livro de Registro
Geral.

§2º Os penhores cedulares serão inscritos no Livro n. 3 – Registro


Auxiliar das serventias das circunscrições em que estão localizados os
objetos da garantia.
ATENÇÃO NA 6.015/73
Art. 176 - O Livro nº 2 - Registro Geral - será destinado, à matrícula dos
imóveis e ao registro ou averbação dos atos relacionados no art. 167 e
não atribuídos ao Livro nº 3.

II - são requisitos da matrícula:

3) a identificação do imóvel, que será feita com indicação:

a - se rural, do código do imóvel, dos dados constantes do CCIR, da


denominação e de suas características, confrontações, localização e
área;

b - se urbano, de suas características e confrontações, localização,


área, logradouro, número e de sua designação cadastral, se houver.
INDICADOR REAL - ESQUINA

Art. 630. Tratando-se de IMÓVEL


LOCALIZADO EM ESQUINA, devem
ser abertas indicações para todas
as ruas confluentes.

Art. 631. Sempre que forem averbadas a mudança da denominação do


logradouro para o qual o imóvel faça frente, a construção de prédio ou
a mudança de sua numeração, deverá ser feita indicação no livro.
INDICADOR REAL - URBANO
Art. 674. A identificação e a caracterização do imóvel compreendem:

I – se urbano:

a) localização e nome do logradouro para o qual faz frente;

b) o número, quando se tratar de prédio; ou, sendo terreno, se fica


do lado par ou ímpar do logradouro, em que quadra e a que
distância métrica da edificação ou da esquina mais próxima; ou o
número do lote e da quadra, se houver; e

c) a designação cadastral, se houver.


INDICADOR REAL
Art. 674. A identificação e a caracterização do imóvel compreendem:

II – se rural, o código do imóvel e os dados constantes do Certificado


de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR), a localização e denominação;

III – o distrito em que se situa o imóvel;

IV – as confrontações, com menção correta do lado em que se situam,


inadmitidas expressões genéricas, tais como “com quem de direito”,
ou “com sucessores” de determinadas pessoas; e

V – a área do imóvel.
INDICADOR REAL – IMÓVEL RURAL
Art. 632. Os IMÓVEIS RURAIS deverão ser indicados no livro não só por
sua denominação, mas também por todos os demais elementos
disponíveis para permitir a sua precisa localização.

§1º Os elementos atinentes a acidentes geográficos conhecidos e


mencionados nas respectivas matrículas deverão ser indicados.

§2º A menção do número de inscrição no cadastro do Instituto


Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) é obrigatória e, em
casos de omissão, deve ser incluída sempre quando realizado novo
assentamento

Art. 176, II, 3, a, da 6.015/73


INDICADOR PESSOAL
Art. 633. O INDICADOR PESSOAL, dividido alfabeticamente, conterá os
nomes de TODAS AS PESSOAS que, individual ou coletivamente, ativa
ou passivamente, direta ou indiretamente, figurarem nos demais
livros, e fará referência aos respectivos números de ordem.

Art. 634. Para facilitar as buscas, é recomendável que nas indicações


do livro figure, ao lado do nome do interessado, o número de inscrição
no CPF, OU DO REGISTRO GERAL DA CÉDULA DE IDENTIDADE, ou a
filiação respectiva, quando se tratar de pessoa física; ou o NÚMERO DE
INSCRIÇÃO NO CNPJ, quando pessoa jurídica.

Art. 635. Após a AVERBAÇÃO DE CASAMENTO, deve ser indicado, se


for o caso, o nome adotado pelo cônjuge, com remissão ao nome
antigo, cuja indicação será mantida.
ATENÇÃO NA 6.015/73
Art. 176 - O Livro nº 2 - Registro Geral - será destinado, à matrícula dos
imóveis e ao registro ou averbação dos atos relacionados no art. 167 e
não atribuídos ao Livro nº 3.

§ 1º A escrituração do Livro nº 2 obedecerá às seguintes normas:

II - são requisitos da matrícula:

4) o nome, domicílio e nacionalidade do proprietário, bem como:

a) tratando-se de pessoa física, o estado civil, a profissão, o número de


inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda ou
do Registro Geral da cédula de identidade, ou à falta deste, sua
filiação;
LIVRO DE CADASTRO DE AQUISIÇÃO DE IMÓVEL RURAL POR ESTRANGEIRO

Art. 636. O Livro de Cadastro de Aquisição de Imóvel Rural por


Estrangeiro servirá para cadastro especial das aquisições de terras
rurais por pessoas estrangeiras.

Art. 15, Decreto Federal nº 74.965/74

• Lei Federal nº 5.709/71


• Decreto Federal nº 74.965/74
LIVRO DE CADASTRO DE AQUISIÇÃO DE IMÓVEL RURAL POR ESTRANGEIRO

Art. 637. TRIMESTRALMENTE, o OFICIAL REMETERÁ à Corregedoria-


Geral da Justiça e ao Ministério da Agricultura RELAÇÃO DAS
AQUISIÇÕES de áreas rurais por pessoas estrangeiras, da qual constem
os dados estabelecidos em lei.

Art. 16, Decreto Federal nº 74.965/74

§1º Quando se tratar de imóvel situado em área indispensável à


segurança nacional, a relação mencionada neste artigo deverá ser
remetida também à Secretaria-Geral do Conselho de Segurança
Nacional.

§2º Caso não haja aquisições no período considerado, fica dispensada


a realização de comunicação.
PROTOCOLO - NÚMERO DE ORDEM

Art. 638. O título será apontado no Livro de Protocolo no dia de sua


apresentação, de forma sequencial e imediata ao lançamento mais
recente.

§1º A CADA TÍTULO CORRESPONDERÁ UM NÚMERO DE ORDEM DO


PROTOCOLO, INDEPENDENTEMENTE DA QUANTIDADE DE ATOS QUE
O GERAR.
PRIORIDADE
Art. 638. O título será apontado no Livro de Protocolo no dia de sua
apresentação, de forma sequencial e imediata ao lançamento mais
recente.

§2º PARA O APONTAMENTO DE TÍTULOS, NÃO HAVERÁ


ATENDIMENTO PRIORITÁRIO, assegurado ao beneficiário a pronta
informação quanto aos procedimentos adotados na serventia.
ATENÇÃO AOS ATENDIMENTOS PREFERÊNCIAIS

• Lei Federal nº 10.048/00 • Lei Federal nº 10.741/03

Art. 1o As pessoas com Art. 71. É assegurada prioridade na


deficiência, os idosos com tramitação dos processos e
idade igual ou superior a 60 procedimentos e na execução dos
(sessenta) anos, as gestantes, atos e diligências judiciais em que
as lactantes, as pessoas com figure como parte ou interveniente
crianças de colo e os obesos pessoa com idade igual ou superior
terão atendimento prioritário, a 60 (sessenta) anos, em qualquer
nos termos desta Lei. instância.
(...)
§ 5º Dentre os processos de idosos,
dar-se-á prioridade especial aos
maiores de oitenta anos.
ATENÇÃO NA 6.015/73
Art. 175 - São requisitos da escrituração do Livro nº 1 -
Protocolo:
I - o número de ordem, que seguirá indefinidamente nos livros da
mesma espécie;
II - a data da apresentação;
III - o nome do apresentante;
IV - a natureza formal do título;
V - os atos que formalizar, resumidamente mencionados.

Art. 186 - O NÚMERO DE ORDEM DETERMINARÁ A PRIORIDADE DO


TÍTULO, e esta a preferência dos direitos reais, ainda que apresentados
pela mesma pessoa mais de um título simultaneamente.
OFICIAL DE JUSTIÇA

Art. 638. O título será apontado no Livro de Protocolo no dia de sua


apresentação, de forma sequencial e imediata ao lançamento mais
recente.

§3º A ORDEM JUDICIAL, quando APRESENTADA POR OFICIAL DE


JUSTIÇA, TERÁ RECEPÇÃO PRIORITÁRIA, mas seu lançamento seguirá
o fluxo dos demais títulos, vinculado à próxima senha de atendimento
comum disponível.
PRENOTAÇÕES SUCESSIVAS
Art. 641. No caso de PRENOTAÇÕES SUCESSIVAS DE TÍTULOS
CONTRADITÓRIOS OU EXCLUDENTES, criar-se-á uma fila de
precedência.

§1º Cessados os efeitos da prenotação, o título poderá retornar à fila,


mas após os outros, que nela já se encontravam no momento da
cessação.

§2º O exame do segundo título subordina-se ao resultado do


procedimento de registro do título que goza de prioridade, de forma
que somente será inaugurado procedimento registrário ao cessarem
os efeitos da prenotação do primeiro.
ATENÇÃO NA 6.015/73

Art. 190 - Não serão registrados, no mesmo dia, títulos pelos quais se
constituam direitos reais contraditórios sobre o mesmo
imóvel.

Art. 191 - Prevalecerão, para EFEITO DE PRIORIDADE DE REGISTRO,


quando apresentados no mesmo dia, os títulos prenotados no
Protocolo sob número de ordem mais baixo, protelando-se o registro
dos apresentados posteriormente, pelo prazo correspondente a, pelo
menos, um dia útil.
COMPROVANTE DE PROTOCOLO

Art. 642. Deverá ser fornecido ao interessado COMPROVANTE DE


PROTOCOLO de todos os documentos ingressados, com numeração
de ordem idêntica à lançada no Livro de Protocolo, a qual,
necessariamente, constará anotada, ainda que por cópia do
mencionado recibo, nos títulos em tramitação.
DINÂMICA TEMPORAL PRÓPRIA

PRAZO DO PROTOCOLO 30 DIAS


Art. 643. Excetuados os casos específicos regrados em lei ou por força
de decisão judicial, o PRAZO GERAL de 30 (trinta) dias para EXAME,
QUALIFICAÇÃO E DEVOLUÇÃO DO TÍTULO, com exigências ou registro,
será contado da data em que ingressou na serventia e terá dinâmica
temporal própria.

§1º Será de 15 DIAS o prazo para


qualificação do título.
§2º No caso de QUALIFICAÇÃO POSITIVA, o ato será praticado até o
30º (trigésimo) dia da data do protocolo.

§3º Caso a QUALIFICAÇÃO SEJA NEGATIVA, as exigências assinaladas


deverão ser satisfeitas pelo interessado no prazo que restar entre a
data da notificação e o termo final dos 30 (trinta) dias, contados da
data do protocolo, sob pena de cessação de seus efeitos.

§4º Superadas as exigências apresentadas, o oficial disporá, para fins


da prática do ato perseguido, de todo o período que restar entre a
data do cumprimento das solicitações por parte do usuário e o
transcurso dos 30 (trinta) dias, assegurado ao registrador, em
qualquer hipótese, o prazo mínimo de 5 (cinco) dias para a tomada
da providência requerida, independentemente do trintídio
mencionado no caput deste artigo.
Capítulo III – Procedimento

LINHA DO TEMPO DO PROTOCOLO

Prazo para Prazo para registro


Entrada qualificação (15 dias) ( 30 dias)
01.08.18 15.08.18 30.08.18

Prazo 5
dias final
04.09.18

Poderá haver mais de uma exigência dentro da vigência do protocolo


(Art. 648, §1º, CNCGJ/SC).
TÍTULO JUDICIAL - EXIGÊNCIA
Art. 644. O título judicial será submetido à qualificação formal.

Art. 646. EVENTUAIS EXIGÊNCIAS relacionadas a título judicial e cujo


ATENDIMENTO CAIBA AO JUÍZO PROLATOR da decisão SERÃO A ESTE
SUBMETIDAS, de forma a auxiliá-lo na efetivação do provimento
judicial e no cumprimento da legislação.

Provimento nº 2/17, CGJ/SC


EXEMPLOS DE TÍTULOS JUDICIAIS

PENHORA

ARRESTOS

FORMAL DE PARTILHA

CARTA DE ADJUDICAÇÃO
TÍTULO JUDICIAL - EXIGÊNCIA
Art. 646. EVENTUAIS EXIGÊNCIAS relacionadas a título judicial e cujo
ATENDIMENTO CAIBA AO JUÍZO PROLATOR da decisão SERÃO A ESTE
SUBMETIDAS, de forma a auxiliá-lo na efetivação do provimento
judicial e no cumprimento da legislação.

§1º O prazo do protocolo será conservado até a prolação de nova


decisão.

§2º Se houver retardo na manifestação judicial, eventual prejudicado


poderá comparecer aos autos e requerer a impulsão do processo.

§3º Eventuais exigências relacionadas a título judicial e cujo


atendimento caiba à parte interessada serão a ela submetidas,
cientificando-a dos efeitos do art. 648, e comunicadas ao juízo prolator
da decisão para ciência.
EFEITOS DA PRENOTAÇÃO

Art. 648. CESSARÃO AUTOMATICAMENTE OS EFEITOS DA


PRENOTAÇÃO, salvo prorrogação por previsão legal ou normativa, se,
decorridos 30 (trinta) dias do seu lançamento no livro protocolo, o
título não tiver sido registrado por OMISSÃO DO INTERESSADO EM
ATENDER ÀS EXIGÊNCIAS LEGAIS.

ATENÇÃO NA 6.015/73:
Art. 205 - Cessarão automaticamente os efeitos da prenotação se,
decorridos 30 (trinta) dias do seu lançamento no Protocolo, o título
não tiver sido registrado por omissão do interessado em atender às
exigências legais.
EFEITOS DA PRENOTAÇÃO
Art. 648. CESSARÃO AUTOMATICAMENTE OS EFEITOS DA
PRENOTAÇÃO, salvo prorrogação por previsão legal ou normativa, se,
decorridos 30 (trinta) dias do seu lançamento no livro protocolo, o
título não tiver sido registrado por OMISSÃO DO INTERESSADO EM
ATENDER ÀS EXIGÊNCIAS LEGAIS.

§1º Eventual cumprimento parcial das exigências dentro do prazo de


eficácia do protocolo não cessará os efeitos da prenotação, desde que
as indicações faltantes sejam atendidas dentro do referido prazo.

§2º Será PRORROGADO O PRAZO DA PRENOTAÇÃO nos casos dos


artigos 189, 198, 213, II, § 2º, e 260, todos da Lei n. 6.015/1973, como
também do artigo 18 da Lei n. 6.766, de 19 de dezembro de 1979, e
ainda do artigo 26, § 1º, da Lei n. 9.514, de 20 de novembro de 1997.
ARTIGOS QUE PERMITEM PRORROGAÇÃO DO PRAZO DE PRENOTAÇÃO

• Art. 189 da Lei 6.015/73: Apresentado título de SEGUNDA HIPOTECA, com


referência expressa à existência de outra anterior, o oficial, depois de prenotá-lo,
aguardará durante 30 (trinta) dias que os interessados na primeira promovam a
inscrição. Esgotado esse prazo, que correrá da data da prenotação, sem que seja
apresentado o título anterior, o segundo será inscrito e obterá preferência sobre
aquele.

• Art. 198 da Lei 6.015/73: Havendo exigência a ser satisfeita, o oficial indicá-la-á por
escrito. Não se conformando o apresentante com a exigência do oficial, ou não a
podendo satisfazer, será o título, a seu requerimento e com a DECLARAÇÃO DE
DÚVIDA, remetido ao juízo competente para dirimí-la (...).

• Art. 213 da Lei 6.015/73: O oficial RETIFICARÁ O REGISTRO ou a averbação:


II - a requerimento do interessado, no caso de INSERÇÃO OU ALTERAÇÃO DE MEDIDA
PERIMETRAL de que resulte, ou não, alteração de área, instruído com planta e
memorial descritivo assinado por profissional legalmente habilitado, com prova de
anotação de responsabilidade técnica no competente Conselho Regional de
Engenharia e Arquitetura - CREA, bem assim pelos confrontantes.
ARTIGOS QUE PERMITEM PRORROGAÇÃO DO PRAZO DE PRENOTAÇÃO

• Art. 260 da Lei 6.015/73: A INSTITUIÇÃO DO BEM DE FAMÍLIA far-se-á por


escritura pública, declarando o instituidor que determinado prédio se destina a
domicílio de sua família e ficará isento de execução por dívida.

• Art. 18 da Lei n. 6.766/79: Art. 18. Aprovado o projeto de LOTEAMENTO OU DE


DESMEMBRAMENTO, o loteador deverá submetê-lo ao registro imobiliário dentro
de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de caducidade da aprovação (...)

• Art. 26, § 1º, da Lei n. 9.514/97: Art. 26. Vencida e não paga, no todo ou em parte,
a dívida e constituído em mora o fiduciante, CONSOLIDAR-SE-Á, nos termos deste
artigo, a PROPRIEDADE do imóvel em nome do fiduciário.
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, o fiduciante, ou seu representante legal ou
procurador regularmente constituído, será intimado, a requerimento do fiduciário,
pelo oficial do competente Registro de Imóveis, a satisfazer, no prazo de quinze dias, a
prestação vencida e as que se vencerem até a data do pagamento, os juros
convencionais, as penalidades e os demais encargos contratuais, os encargos legais,
inclusive tributos, as contribuições condominiais imputáveis ao imóvel, além das
despesas de cobrança e de intimação.
MATRÍCULA - ESPECIALIZAÇÃO DO IMÓVEL

Art. 649. NÃO SERÁ ABERTA MATRÍCULA com base em título público
ou particular que contenha OMISSÕES quanto à perfeita
caracterização do imóvel a que se referir ou em que as medidas ou
áreas sejam enunciadas de forma imprecisa, mediante a utilização de
expressões tais como “MAIS OU MENOS”, “APROXIMADAMENTE” e
“CERCA DE”.

Parágrafo único. As alterações de área ou medidas de imóvel


matriculado nessas condições somente serão admitidas por meio do
processo de retificação previsto na Lei n. 6.015/1973.
QUALIFICAÇÃO OBJETIVA - CONFRONTANTES
Art. 650. Não será considerado
imperfeito o título que corrija
omissões ou atualize os nomes dos
titulares dos imóveis confrontantes,
com referência expressa aos
anteriores e aos que os
substituíram.

§1º Sempre que possível, nos


títulos DEVEM SER MENCIONADOS
COMO CONFRONTANTES, os
proprietários e os próprios prédios,
mediante indicação do número da
matrícula ou do lote, desde que
integrante de loteamento
aprovado, ou da edificação.
ESCRITURA PÚBLICA VS DOCUMENTOS
Art. 653. O oficial não exigirá nova apresentação de expedientes que já
se encontrem descritos ou com apresentação certificada em escritura
pública.

§1º Será exigida a apresentação de documentos quando forem


essenciais à prática do ato registral ou na hipótese de o oficial possuir
fundada dúvida a respeito da fidedignidade das informações
transcritas no título.
ENTREGA DO TÍTULO DOCUMENTADA
Art. 654. Praticado o ato, a DEVOLUÇÃO DO TÍTULO SERÁ
DOCUMENTADA mediante documento comprobatório da entrega ao
interessado.

§1º A entrega do título registrado fica condicionada à exibição do


comprovante de protocolo.

§2º Na ausência de tal documento, a entrega fica vinculada à


verificação de o solicitante figurar como apresentante do título ou
possuir autorização para retirada, a qual ficará arquivada junto como
comprovante de entrega, dispensado o reconhecimento de firma.
CANCELAMENTO DO PROTOCOLO
Art. 655. O cancelamento do protocolo pelo interessado submeter-se-
á às mesmas exigências relativas a requerimento, conforme previsto
no art. 616 deste código.

Parágrafo único. Quando não houver o registro, por culpa ou


desistência do apresentante, a importância relativa aos emolumentos
será restituída, deduzida a quantia correspondente ao cancelamento.

Tabela II, item 5, LCE nº 156/97:


Cancelamento de protocolo ou processo de
registro, a requerimento da parte: R$ 34,00.
QUALIFICAÇÃO DOS TÍTULOS
Mesma qualificação para qualquer título:

• Escrituras Públicas;

• Instrumentos Particulares;

• Títulos Judiciais.

Art. 657. Incumbe ao oficial impedir acesso ao fólio imobiliário de título


incapaz de satisfazer os requisitos exigidos pela lei, quer seja ele
consubstanciado em instrumento público ou particular, quer em ato judicial.

Parágrafo único. Para o registro de título judicial, é vedado ao oficial opor


exigências relativas à quitação de débitos para com a Fazenda Pública,
ressalvada a hipótese de recolhimento dos tributos incidentes e do laudêmio.
ARQUIVAMENTO DO TÍTULO
Art. 658. É DEVER do oficial providenciar o arquivamento:

I – de uma via do título original e dos documentos que o


acompanham, nas hipóteses em que o ato registral decorrer de
INSTRUMENTO PARTICULAR; e

II – de uma cópia do instrumento, em se tratando de ato decorrente


de título de NATUREZA PÚBLICA.
ABERTURA DE MATRÍCULA
Art. 660. A matrícula poderá ser aberta a requerimento.

Tabela II, item 4, LCE nº 156/97:


Abertura de matrícula a requerimento do
interessado, nas hipóteses de incorporação
ou instituição de condomínio, loteamentos e
desmembramentos: R$ 7,70 por matrícula.

Art. 661. É facultada a abertura, de ofício, de matrícula por interesse


do serviço, desde que não acarrete despesas ao interessado.
MATRÍCULAS FILHAS

Art. 662. Registrada a instituição de condomínio, loteamento ou


desmembramento, o oficial abrirá matrícula para os lotes e as
unidades autônomas.
INSERÇÃO DE MAPA NA MATRÍCULA
Art. 663. O oficial fica autorizado a inserir
na matrícula mapa do imóvel, desde que
elaborado por profissional habilitado
correspondente à descrição da propriedade
imobiliária.
PROIBIDA ABERTURA DE PARTE DE IMÓVEL

Art. 664. É VEDADA a abertura de


matrícula para:

I – parte ideal de imóvel;

II – parte do imóvel sobre a qual


tenha sido instituída servidão; e

III – parcela do imóvel que tenha sido


onerada.
COMUNICAÇÃO DE ABERTURA DE MATRÍCULA

Art. 665. A abertura de matrícula derivada de pretérita será


comunicada à serventia de origem em até 3 (três) dias.

Parágrafo único. A comunicação recebida será lançada no livro de


protocolo, respeitado o prazo de 30 (trinta) dias para a averbação de
encerramento na respectiva matrícula.
COMUNICAÇÃO DE ABERTURA DE MATRÍCULA
ATENÇÃO NA 6.015/73

Art. 169 - Todos os atos enumerados no art. 167 são obrigatórios e efetuar-se-
ão no CARTÓRIO DA SITUAÇÃO DO IMÓVEL, salvo:

I - as averbações, que serão efetuadas na matrícula ou à margem do registro a


que se referirem, ainda que o imóvel tenha passado a pertencer a outra
circunscrição;

II – os registros relativos a imóveis situados em comarcas ou


circunscrições limítrofes, que serão feitos em todas elas, devendo os
Registros de Imóveis fazer constar dos registros tal ocorrência.
TRANSPOSIÇÃO DE ÔNUS E AÇÕES
Art. 666. Eventuais ônus ou ações constantes do registro anterior
deverão ser averbados na matrícula aberta, com menção à natureza e
ao valor.

Parágrafo único. Por tais


averbações de transporte não
são devidos emolumentos.
NOVA MATRÍCULA

Art. 668. Aberta matrícula,


NÃO mais serão realizadas
averbações à margem do
registro de transcrição
anterior.
ABERTURA DE MATRÍCULA POR USUCAPIÃO

Art. 670. Ao se abrir matrícula para registro de


sentença de usucapião, será mencionado, se
houver, o registro anterior.
ABERTURA DE MATRÍCULA POR UNIFICAÇÃO/FUSÃO

Art. 673. No caso de fusão ou unificação, o oficial deverá verificar as


características, as confrontações, a localização e a individualização de
cada um dos imóveis, a fim de evitar retificações sem a observância
do procedimento legal ou efeitos só alcançáveis mediante processo de
usucapião.

§1º Recomenda-se que o requerimento, nesse caso, seja instruído com


prova da AUTORIZAÇÃO DO MUNICÍPIO, que poderá ser a aprovação
da planta da edificação a ser erguida no imóvel resultante da fusão.

§2º Para unificação de diversas transcrições e matrículas, não deve ser


aceito requerimento formulado por apenas um dos vários titulares de
partes ideais.
ABERTURA DE MATRÍCULA POR UNIFICAÇÃO/FUSÃO

Art. 673. No caso de fusão ou unificação, o oficial deverá verificar as


características, as confrontações, a localização e a individualização
de cada um dos imóveis, a fim de evitar retificações sem a
observância do procedimento legal ou efeitos só alcançáveis mediante
processo de usucapião.
KIT KINDER: ART, PLANTA E MEMORIAL
§3º A fusão e a unificação não devem ser admitidas quando o
requerimento vier acompanhado de simples memorial, cujos dados
dificultam a verificação da regularidade do ato pretendido.

§4º No caso de registro de transcrição, somente serão abertas


matrículas individuais se houver necessidade de prévia retificação ou
aperfeiçoamento da descrição dos imóveis envolvidos.
ABERTURA DE MATRÍCULA POR UNIFICAÇÃO/FUSÃO

Art. 234, da 6.015/73:

Quando dois ou mais imóveis contíguos pertencentes ao mesmo


proprietário, constarem de matrículas autônomas, pode ele requerer a
fusão destas em uma só, de novo número, encerrando-se as
primitivas.
MATRÍCULA PROVISÓRIA

Art. 676. Apresentados MANDADOS OU CERTIDÕES para registro de


PENHORA, ARRESTO, SEQUESTRO, CITAÇÃO DE AÇÃO REAL OU
PESSOAL REIPERSECUTÓRIA RELATIVA A IMÓVEL, ou qualquer outra
medida de exceção, e não houver possibilidade de se abrir matrícula
com todos os requisitos exigidos pela Lei n. 6.015/1973, no que tange
à completa e perfeita caracterização do imóvel, o oficial abrirá,
somente nesses casos e exclusivamente para esses fins, uma matrícula
provisória do imóvel com os elementos existentes, para efetuar o
registro pretendido.

ATENÇÃO: ABERTURA MESMO SEM


QUALIFICAÇÃO OBJETIVA E SUBJETIVA
MATRÍCULA PROVISÓRIA
§1º A matrícula provisória será encerrada por ocasião da definitiva, por
meio de averbação da qual conste o número da matrícula e o livro para
o qual foi transferida.

§2º Na nova matrícula, far-se-á referência àquela encerrada, como


registro anterior, e averbar-se-á a existência de eventual ônus ou ação
judicial.

§3º O mandado, o ofício ou a certidão que contiver elementos


diferentes dos constantes do registro anterior, com relação à
caracterização do imóvel ou à qualificação do respectivo proprietário,
inviabilizará a formalização da matrícula.
ATOS DE REGISTRO – ART. 167, I, 6.015/73
1) da instituição de bem de família; 20) dos contratos de promessa de compra e venda de terrenos loteados em conformidade com
o Decreto-lei nº 58, de 10 de dezembro de 1937, e respectiva cessão e promessa de cessão,
2) das hipotecas legais, judiciais e convencionais;
quando o loteamento se formalizar na vigência desta Lei;
3) dos contratos de locação de prédios, nos quais tenha sido consignada cláusula 21) das citações de ações reais ou pessoais reipersecutórias, relativas a imóveis;
de vigência no caso de alienação da coisa locada;
23) dos julgados e atos jurídicos entre vivos que dividirem imóveis ou os demarcarem inclusive
4) do penhor de máquinas e de aparelhos utilizados na indústria, instalados e em nos casos de incorporação que resultarem em constituição de condomínio e atribuírem uma ou
funcionamento, com os respectivos pertences ou sem eles; mais unidades aos incorporadores;
5) das penhoras, arrestos e sequestros de imóveis; 24) das sentenças que nos inventários, arrolamentos e partilhas, adjudicarem bens de raiz em
6) das servidões em geral; pagamento das dívidas da herança;
25) dos atos de entrega de legados de imóveis, dos formais de partilha e das sentenças de
7) do usufruto e do uso sobre imóveis e da habitação, quando não resultarem do
adjudicação em inventário ou arrolamento quando não houver partilha;
direito de família;
26) da arrematação e da adjudicação em hasta pública;
8) das rendas constituídas sobre imóveis ou a eles vinculadas por disposição de 27) do dote;
última vontade;
28) das sentenças declaratórias de usucapião;
9) dos contratos de compromisso de compra e venda de cessão deste e de 29) da compra e venda pura e da condicional;
promessa de cessão, com ou sem cláusula de arrependimento, que tenham por
30) da permuta;
objeto imóveis não loteados e cujo preço tenha sido pago no ato de sua
31) da dação em pagamento;
celebração, ou deva sê-lo a prazo, de uma só vez ou em prestações;
32) da transferência, de imóvel a sociedade, quando integrar quota social;
10) da enfiteuse;
33) da doação entre vivos;
11) da anticrese; 34) da desapropriação amigável e das sentenças que, em processo de desapropriação, fixarem o
12) das convenções antenupciais; valor da indenização;
13) das cédulas de crédito rural; 35) da alienação fiduciária em garantia de coisa imóvel.
14) das cédulas de crédito, industrial; 36). da imissão provisória na posse, quando concedida à União, aos Estados, ao Distrito Federal,
aos Municípios ou às suas entidades delegadas, e respectiva cessão e promessa de cessão;
15) dos contratos de penhor rural;
37) dos termos administrativos ou das sentenças declaratórias da concessão de uso especial
16) dos empréstimos por obrigações ao portador ou debêntures, inclusive as para fins de moradia;
conversíveis em ações; 39) da constituição do direito de superfície de imóvel urbano;
17) das incorporações, instituições e convenções de condomínio; 40) do contrato de concessão de direito real de uso de imóvel público.
18) dos contratos de promessa de venda, cessão ou promessa de cessão de 41. da legitimação de posse;
unidades autônomas condominiais a que alude a Lei nº 4.591, de 16 de 42. da conversão da legitimação de posse em propriedade, prevista no art. 60 da Lei no 11.977,
dezembro de 1964, quando a incorporação ou a instituição de condomínio se de 7 de julho de 2009;
formalizar na vigência desta Lei; 43. da Certidão de Regularização Fundiária (CRF);
19) dos loteamentos urbanos e rurais; 44. da legitimação fundiária.
ATOS DE AVERBAÇÃO – ART. 167, II, 6.015/73
1) das convenções antenupciais e do regime de bens diversos do legal, nos registros 17) do Termo de Securitização de créditos imobiliários, quando submetidos a regime
referentes a imóveis ou a direitos reais pertencentes a qualquer dos cônjuges, fiduciário.
inclusive os adquiridos posteriormente ao casamento; 18) da notificação para parcelamento, edificação ou utilização compulsórios de imóvel
2) por cancelamento, da extinção dos ônus e direitos reais; urbano;
3) dos contratos de promessa de compra e venda, das cessões e das promessas de 19) da extinção da concessão de uso especial para fins de moradia;
cessão a que alude o Decreto-lei nº 58, de 10 de dezembro de 1937, quando o 20) da extinção do direito de superfície do imóvel urbano.
loteamento se tiver formalizado anteriormente à vigência desta Lei; 21) da cessão de crédito imobiliário.
4) da mudança de denominação e de numeração dos prédios, da edificação, da 22. da reserva legal;
reconstrução, da demolição, do desmembramento e do loteamento de imóveis;
23. da servidão ambiental.
5) da alteração do nome por casamento ou por desquite, ou, ainda, de outras
circunstâncias que, de qualquer modo, tenham influência no registro ou nas pessoas 24. do destaque de imóvel de gleba pública originária.
nele interessadas; 26. do auto de demarcação urbanística.
6) dos atos pertinentes a unidades autônomas condominiais a que alude a Lei nº 27. da extinção da legitimação de posse;
4.591, de 16 de dezembro de 1964, quando a incorporação tiver sido formalizada 28. da extinção da concessão de uso especial para fins de moradia;
anteriormente à vigência desta Lei; 29. da extinção da concessão de direito real de uso.
7) das cédulas hipotecárias; 30. da sub-rogação de dívida, da respectiva garantia fiduciária ou hipotecária e da
8) da caução e da cessão fiduciária de direitos relativos a imóveis; alteração das condições contratuais, em nome do credor que venha a assumir tal condição
9) das sentenças de separação de dote; na forma do disposto pelo art. 31 da Lei no 9.514, de 20 de novembro de 1997, ou do art.
10) do restabelecimento da sociedade conjugal; 347 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, realizada em ato único, a
requerimento do interessado instruído com documento comprobatório firmado pelo
11) das cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade credor original e pelo mutuário.
impostas a imóveis, bem como da constituição de fideicomisso;
31. da certidão de liberação de condições resolutivas dos títulos de domínio resolúvel
12) das decisões, recursos e seus efeitos, que tenham por objeto atos ou títulos emitidos pelos órgãos fundiários federais na Amazônia Legal.
registrados ou averbados;
32. do termo de quitação de contrato de compromisso de compra e venda registrado e do
13) " ex offício ", dos nomes dos logradouros, decretados pelo poder público. termo de quitação dos instrumentos públicos ou privados oriundos da implantação de
14) das sentenças de separação judicial, de divórcio e de nulidade ou anulação de empreendimentos ou de processo de regularização fundiária, firmado pelo empreendedor
casamento, quando nas respectivas partilhas existirem imóveis ou direitos reais proprietário de imóvel ou pelo promotor do empreendimento ou da regularização
sujeitos a registro. fundiária objeto de loteamento, desmembramento, condomínio de qualquer modalidade
15 - da re-ratificação do contrato de mútuo com pacto adjeto de hipoteca em favor ou de regularização fundiária, exclusivamente para fins de exoneração da sua
de entidade integrante do Sistema Financeiro da Habitação, ainda que importando responsabilidade sobre tributos municipais incidentes sobre o imóvel perante o Município,
elevação da dívida, desde que mantidas as mesmas partes e que inexista outra não implicando transferência de domínio ao compromissário comprador ou ao beneficiário
hipoteca registrada em favor de terceiros. da regularização.
16) do contrato de locação, para os fins de exercício de direito de preferência.
QUESTÃO – TJ AM
A respeito do tema “matrícula” no Registro de Imóveis, é correto afirmar:
a) É expressamente vedada a unificação de matrículas de 2 (dois) ou mais imóveis contíguos
tendo por objeto a imissão provisória na posse registrada em nome da União, Estado,
Município ou Distrito Federal, justamente em razão da provisoriedade – precariedade da
imissão e do consequente registro.

b) Se na certidão constar ônus, o Oficial mesmo assim promoverá a matrícula, sendo hoje
desnecessária a averbação do ônus, pois já formado o Cadastro Nacional Registral de Ônus
instituído pelo CNJ, devendo constar do título que o Oficial devolver à parte a observação
de que podem existir ônus incidentes sobre o imóvel.

c) A matrícula será cancelada: I - por decisão judicial; II – quando, em virtude de alienações


parciais, o imóvel for inteiramente transferido a outros proprietários; III - pela fusão,
observado o disposto na Lei dos Registros Públicos.
d) Quando dois ou mais imóveis contíguos pertencentes a proprietários distintos constarem
de matrículas autônomas, podem eles requerer a fusão destas em uma só, de novo
número, encerrando-se as primitivas, desde que os proprietários sejam parentes em linha
reta até o 2º (segundo grau) e haja expressa e prévia concordância do representante do
Ministério Público.
QUESTÃO – TJ AM
A respeito do tema “atribuições” no Registro de Imóveis, é correto afirmar:

a) No Registro de Imóveis, além da matrícula, serão feitos vários registros,


como o registro, "ex offício", dos nomes dos logradouros, decretados pelo
poder público.

b) No Registro de Imóveis, além da matrícula, serão feitos vários registros,


como o registro das sentenças de separação judicial, de divórcio e de
nulidade ou anulação de casamento, quando nas respectivas partilhas
existirem imóveis ou direitos reais sujeitos a registro.
c) No Registro de Imóveis, além da matrícula, serão feitos vários registros,
como o registro da instituição de bem de família.
d) No Registro de Imóveis, além da matrícula, serão feitas várias averbações,
como a averbação das sentenças declaratórias de usucapião.
QUESTÃO – TJ AM
A respeito do tema “Livros no Registro de Imóveis”, é correto afirmar:
a) O Livro nº 5 – Registro Auxiliar - dividido alfabeticamente, será o
repositório dos nomes de todas as pessoas que, individual ou coletivamente,
ativa ou passivamente, direta ou indiretamente, figurarem nos demais livros,
fazendo-se referência aos respectivos números de ordem.
b) Será registrada no Livro nº 3 – Indicador Real - a penhora judicial de
máquinas e de aparelhos utilizados na indústria, instalados e em
funcionamento, com os respectivos pertences ou sem eles.
c) O Livro nº 1 - Protocolo - servirá para apontamento de todos os títulos
apresentados diariamente, inclusive daqueles apresentados apenas para
exame e cálculo dos respectivos emolumentos, conforme nova dicção legal.
d) O Livro nº 4 - Indicador Real - será o repositório de todos os imóveis que
figurarem nos demais livros, devendo conter sua identificação, referência aos
números de ordem dos outros livros e anotações necessárias
QUALIFICAÇÃO SUBJETIVA

Art. 677. Nas escrituras e atos relativos a imóveis, os interessados


serão identificados pelos seus nomes, e não serão admitidas
referências dúbias ou não coincidentes com as que constem dos
registros anteriores.
DECLARAÇÃO DE 1ª AQUISIÇÃO

Art. 678. O registro de título relativo a imóvel adquirido com


financiamento pelo Sistema Financeiro de Habitação, para fins
residenciais, será realizado mediante DECLARAÇÃO ESCRITA do
interessado, da qual constará, caso a circunstância não esteja inserta
no próprio título, se a situação contempla, ou não, primeira aquisição.

Parágrafo único. A declaração subscrita pelo interessado deverá


permanecer arquivada na serventia.

Redução de emolumentos e FRJ:


Art. 290, da Lei 6.015/73
INDICAÇÃO DO PROTOCOLO

Art. 679. É dever do oficial fazer constar do REGISTRO o número e a


data do protocolo do documento apresentado.

Art. 684. É dever do oficial fazer constar da AVERBAÇÃO o número e a


data do protocolo do documento apresentado.
SEPARAÇÃO E DIVÓRCIO

Art. 681. A sentença de separação judicial ou divórcio, de nulidade ou


de anulação de casamento que versar sobre a divisão de bens será
objeto de registro independentemente do percentual que tocar a cada
um dos cônjuges por força da partilha.

Parágrafo único. Será, porém, apenas caso de averbação da alteração


do estado civil sempre que não houver decisão sobre a partilha de
bens

R- ou AV-
REQUISITOS: TÍTULO JUDICIAL
Art. 682. Além dos requisitos legais exigidos, o registro de título
judicial deverá conter:

I - a identificação do juízo, o nome do juiz, das partes, e, quando for o


caso, do depositário;

II - o número e a natureza do processo; e

III - o valor da causa, da dívida ou da avaliação do bem, que servirão


para o cálculo dos emolumentos e da taxa do Fundo de
Reaparelhamento da Justiça (FRJ).
AVERBAÇÃO – ROL EXEMPLIFICATIVO
Art. 685. Além das previsões legais específicas, averbar-se-ão, na matrícula ou no registro de transcrição, para
mera publicidade:
I – o tombamento definitivo e o provisório declarado por ato administrativo ou legislativo ou decisão judicial
específicos;
II – as restrições às propriedades circunvizinhas de bem tombado definitiva ou provisoriamente;
III – as restrições a imóvel reconhecido como integrante do patrimônio cultural, por forma diversa do
tombamento, em decorrência de ato administrativo, legislativo ou decisão judicial específicos;
IV – o decreto que declarar imóvel como de utilidade ou necessidade pública, para fim de desapropriação;
V – o contrato de comodato, satisfeitas as condições gerais de conteúdo e forma;
VI – a existência de área contaminada sob investigação ou sob intervenção, conforme classificação da
Resolução n. 420, de 28 de dezembro de 2009 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), declaradas
por órgãos ambientais;
VII – a existência de contaminação de água subterrânea que torne o imóvel área de restrição e controle de uso
de água subterrânea, nos termos da Resolução n. 396, de 3 de abril de 2008 do Conama, declaradas por órgãos
ambientais;
VIII – a escritura pública e a sentença de constituição ou dissolução de união estável;
IX – o contrato de arrendamento rural, desde que preencha os requisitos definidos na Lei n. 6.015/1973; e
X – a declaração de indisponibilidade de bens, na forma prevista em lei.

ATENÇÃO: Art. 167, II, 6.015/73: rol taxativo.


AVERBAÇÃO PREMONITÓRIA
Art. 686. Para averbação de que a execução foi admitida pelo juiz, deverá
o exequente ou seu procurador, apresentar ao registrador certidão
fornecida pela unidade jurisdicional em que foi distribuída à execução.

§4º Na hipótese de entender necessário, poderá o registrador conferir a


validade/autenticidade da documentação fornecida pelo exequente ou
por seu procurador, mediante contato por malote digital ou diretamente
com a unidade jurisdicional em que tramita à execução, reduzido a termo.

§7º O cancelamento da averbação, de que a execução foi admitida pelo


juiz, poderá ser feito à vista de requerimento escrito assinado pelo
exequente ou por seu procurador, independentemente de 167 ordem
judicial, ou por decisão do juiz.
AVERBAÇÃO DE ARRESTO/PENHORA
Art. 686-A. Para averbação do arresto ou da penhora no ofício imobiliário,
poderá o exequente ou seu procurador, apresentar CÓPIA DO RESPECTIVO
AUTO OU TERMO ao registrador, que fará o protocolo e fornecerá
comprovação do recebimento da documentação, vedada a exigência de
certidão judicial, autenticação nos documentos ou a expedição de mandado
judicial.

§1º Na hipótese de entender necessário, poderá o registrador conferir a


validade/autenticidade da documentação fornecida pela parte ou por seu
procurador, mediante contato por malote digital ou diretamente com a
unidade jurisdicional responsável pela constrição, reduzido a termo.

§4º O cancelamento da averbação do arresto ou da penhora poderá ser feito


à vista de requerimento escrito assinado pelo exequente ou por seu
procurador, independentemente de ordem judicial, ou por decisão do juiz.
AVERBAÇÃO DE PACTO ANTENUPCIAL
Art. 687. É obrigatória a averbação da convenção antenupcial e do regime de
bens diverso do legal, no registro referente a imóvel ou direito real
pertencente a qualquer dos cônjuges, mesmo o adquirido posteriormente ao
casamento.

Parágrafo único. No ato de transmissão, o oficial deverá tomar as


providências necessárias para que se proceda, quando for o caso, à averbação
das convenções antenupciais tanto do comprador quanto do vendedor, a fim
de garantir a segurança jurídica do negócio.

Art. 244, Lei 6.015/73: As escrituras antenupciais serão registradas no livro nº


3 do cartório do domicílio conjugal, sem prejuízo de sua averbação
obrigatória no lugar da situação dos imóveis de propriedade do casal, ou dos
que forem sendo adquiridos e sujeitos a regime de bens diverso do comum,
com a declaração das respectivas cláusulas, para ciência de terceiros.
AVERBAÇÃO MONSTRO
Art. 688. O oficial deve estar atento à completa identificação do titular de
direito real e da propriedade imobiliária.

§1º Quanto às pessoas, a averbação deverá ser feita em ATO ÚNICO, ainda
que faça referência a vários proprietários e elementos, que esteja prevista
expressamente em lei ou que fundada em título diverso.

§2º Quanto à propriedade, a averbação deverá ser feita em ATO ÚNICO,


ainda que faça referência a vários elementos, que esteja prevista
expressamente em lei ou que fundada em título diverso.

§3º É defesa a averbação que ao mesmo tempo se refira à identificação do


proprietário e da propriedade.

§6º Os dados constantes do título podem ser utilizados para os atos de


averbação, independentemente de requerimento expresso do apresentante.
CLÁUSULA RESOLUTIVA

Art. 690. A cláusula resolutiva deve ser mencionada


de forma destacada no corpo do registro.

§2º O cumprimento da cláusula será averbado a


requerimento do interessado.
ALTERAÇÃO DE RURAL PARA URBANO
Art. 691. A averbação da transformação de imóvel rural
em urbano sem a prévia especialização da reserva legal
deverá ser comunicada ao Ministério Público.

Parágrafo único. A ausência de especialização será


averbada na matrícula do imóvel.
AVERBAÇÃO DE CONSTRUÇÃO
Art. 692. Para averbação de obra de construção civil (construção,
reconstrução, demolição, reforma ou ampliação de prédios), é
necessária a apresentação de licença municipal e dos documentos
exigidos pela legislação previdenciária (certidão negativa de débito –
CND –, quando for o caso).

§2º No caso de CONSTRUÇÃO IRREGULAR, o título será cindido para


que se faça o registro do negócio jurídico, sem prejuízo da averbação
da necessidade de regularização da situação.

§3º Para a averbação de construção em imóvel situado em zona rural,


não se exigirá “habite-se” ou alvará de conservação, mas tão
somente declaração do proprietário de que, no imóvel matriculado ou
transcrito, se realizou a edificação.
OBRIGADA PELA ATENÇÃO
E BOA SORTE!!!

O sucesso é a soma de
pequenos esforços repetidos
dia após dia – Robert Collier

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