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BOLETIM INFORMATIVO
NESTA EDIÇÃO O Centro de Apoio Operacional das Promotorias
de Justiça Cíveis - CAOCIVEL - foi criado pela
ATUALIZAÇÃO
Resolução PGJ n. 8, de 19 de fevereiro de 2021,
LEGISLATIVA: LEI N.
14.382/22 E ALTERAÇÕES
para funcionar como órgão auxiliar da atividade
DA LEI DE REGISTROS funcional do Ministério Público nas áreas de
PÚBLICOS família, sucessões e ausências, interesses de
ATUALIZAÇÕES DO CNJ E incapazes, falências, Fazenda Pública e demais
DO CNMP
áreas residuais relacionadas ao direito civil,
E-BOOK DAS JORNADAS DE
empresarial ou processual civil.
DIREITO CIVIL DO STJ
NOTÍCIAS
ACONTECEU
JULGADOS RECENTES
Atualização legislativa
LEI N. 14.382, DE 27 DE JUNHO DE 2022
A Lei n. 14.382, sancionada pelo Presidente da República, com 11 vetos, no dia 27 de junho de
2022, é fruto da conversão da Medida Provisória nº 1.085 (editada em 28/12/2021 e aprovada no
dia 31/05/2022), a qual, durante seu período de tramitação, foi objeto de centenas de emendas no
Congresso Nacional.
A Medida Provisória convertida em lei, inicialmente, dispunha, essencialmente, sobre o Sistema
Eletrônico dos Registros Públicos (Serp), propondo alterações ao sistema registral no arrimo de
modernizar e simplificar os procedimentos relativos aos registros públicos de atos e negócios
jurídicos e incorporações imobiliárias. Diante das emendas apresentadas, foram incorporadas
mudanças significativas aos procedimentos de registros, destacando-se os procedimentos
relacionados ao registro e alteração de nome, procedimento de habilitação para o casamento,
suscitação de dúvida, entre outros, além das inovações trazidas, como a regulamentação da
adjudicação compulsória extrajudicial (art. 216-B da Lei nº 6.015/1973) e do procedimento de
conversão da união estável em casamento.
A lei entrou em vigor na data de sua publicação, com exceção do artigo 11, na parte em que altera
o art. 130 da Lei de Registros Públicos, dispositivo que entrará em vigor em 1º de janeiro de 2024.
Diante da relevância das alterações sofridas, traremos adiante algumas considerações e
comparações, especialmente, no que toca a atuação do Ministério Público em registros
públicos.
LEI 14.382, DE 27 DE JUNHO DE 2022
LEI N. 6.015, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1973
A Lei n. 14.382/2022 traz inovações aos serviços prestados pelos cartórios de registros públicos,
tais como o registro público eletrônico dos atos e negócios jurídicos, interconexão das
serventias dos registros públicos, possibilidade de atendimento remoto ao usuário pela internet,
e recepção e envio de documentos e títulos online, o que se dará a partir do Sistema Eletrônico
dos Registros Públicos (SERP), que deverá ser implantado até 31 de janeiro de 2023.
Para além da implementação do SERP, a lei trouxe novidades em tema de incorporações
imobiliárias (simplificação de exigências para averbação de extinção de afetação de unidades
não negociadas, exclusão de obrigação do incorporador de encaminhar trimestralmente
informações aos adquirentes nas incorporações a prazo e preço certo e obrigatoriedade de
promoção da incorporação imobiliária para aqueles que realizarem atividade de alienação de
lote objeto de parcelamento do solo, quando a alienação for vinculada à construção de casas).
Ainda, e mais importante sob as lentes ministeriais, a lei promoveu variadas e substanciais
alterações na Lei de Registros Públicos, as quais são agora apresentadas.
Antes da publicação da Lei n. 14.382/2022, em conformidade com o teor do art. 67, §1º da Lei de
Registros Públicos, autuada a petição de habilitação para o casamento e os respectivos
documentos, com os posteriores trâmites seguidos pelo oficial, previa-se a abertura de vista dos
autos ao órgão do Ministério Público para se manifestar. Em que pese tal previsão, o CNMP
(Recomendação nº34/2016) e o MPMG (Ato CGMP n. 02/2022), ao tratar sobre a atuação do
Ministério Público como órgão interveniente no processo civil, já excepcionavam a atuação
ministerial no mencionado procedimento, quando não verificado interesse público ou social.
Ato CGMP n. 02/2022
Art. 122. Em matéria cível, o órgão de execução, constatando a inexistência de interesse público ou social que justifique
sua intervenção, consignará de maneira fundamentada a sua conclusão, especialmente nas seguintes hipóteses: (...)
II - habilitação de casamento, salvo quando se tratar de estrangeiro ou quando houver apresentação de impugnação,
oposição de impedimento, justificações que devam produzir efeito nas habilitações e pedido de dispensa de proclamas;
Agora, a partir da alteração promovida pela Lei n. 14.382/2022, exclui-se a atuação do órgão
ministerial, a priori, em procedimento de habilitação de casamento, vez que retira a necessidade
de remessa de todos os pedidos de habilitação indistintamente ao órgão ministerial, prevendo-
se a participação do Ministério Público apenas quando houver impedimento ou arguição de
causa suspensiva (art. 67, §5º da Lei de Registros Públicos). Veja-se que o oficial não mais fará
remessa obrigatória de todas as habilitações para que o Ministério Público se manifeste.
Assim, em procedimento de habilitação para o casamento, estando a documentação em ordem,
o oficial de registro dará a publicidade necessária à habilitação e extrairá, no prazo de até 5 dias,
o certificado de habilitação, podendo os nubentes contrair matrimônio perante qualquer
serventia de registro civil de pessoas naturais (art. 67, §1º, LRP).
1.HABILITAÇÃO PARA O CASAMENTO E INTERVENÇÃO MINISTERIAL
Art. 67. Na habilitação para o casamento, os Art. 67. Na habilitação para o casamento, os
interessados, apresentando os documentos interessados, apresentando os documentos
exigidos pela lei civil, requererão ao oficial do exigidos pela lei civil, requererão ao oficial do
registro do distrito de residência de um dos registro do distrito de residência de um dos
nubentes, que lhes expeça certidão de que se nubentes, que lhes expeça certidão de que se
acham habilitados para se casarem. acham habilitados para se casarem. (Renumerado
(Renumerado do art. 68, pela Lei nº 6.216, de do art. 68, pela Lei nº 6.216, de 1975).
1975).
§ 3º Decorrido o prazo de quinze (15) dias a contar § 3º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
da afixação do edital em cartório, se não aparecer 14.382, de 2022)
quem oponha impedimento nem constar algum
dos que de ofício deva declarar, ou se tiver sido § 4º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
rejeitada a impugnação do órgão do Ministério 14.382, de 2022)
Público, o oficial do registro certificará a
circunstância nos autos e entregará aos nubentes § 4º-A A identificação das partes e a
certidão de que estão habilitados para se casar apresentação dos documentos exigidos pela
dentro do prazo previsto em lei. lei civil para fins de habilitação poderão ser
realizadas eletronicamente mediante
§ 4º Se os nubentes residirem em diferentes recepção e comprovação da autoria e da
distritos do Registro Civil, em um e em outro se integridade dos documentos. (Incluído pela
publicará e se registrará o edital. Lei nº 14.382, de 2022)
Art. 67 Art. 67
(...) (...)
A partir de alterações promovidas no Art. 55 da LRP, passa a ser possível, agora, que os genitores
acrescentem ao nome dos filhos sobrenomes que eles próprios não possuam mas que façam
parte da composição dos nomes de seus descendentes. Nesse caso, exige-se a comprovação de
que o nome pertence à família, o que se fará por meio da apresentação das certidões necessárias
para comprovar a linha ascendente (certidão de registro de nascimento ou casamento dos
ascendentes).
Ainda, caso o genitor declarante não indique o nome completo do filho, o oficial poderá lançar
adiante do prenome escolhido ao menos um sobrenome de cada um dos genitores, na ordem
que julgar conveniente para evitar homonímias.
2. REGISTRO DE NASCIMENTO
Art. 55. Quando o declarante não indicar o nome Art. 55. Toda pessoa tem direito ao nome,
completo, o oficial lançará adiante do prenome nele compreendidos o prenome e o
escolhido o nome do pai, e na falta, o da mãe, se sobrenome, observado que ao prenome serão
forem conhecidos e não o impedir a condição de acrescidos os sobrenomes dos genitores ou
ilegitimidade, salvo reconhecimento no ato. de seus ascendentes, em qualquer ordem e,
(Renumerado do art. 56, pela Lei nº 6.216, de na hipótese de acréscimo de sobrenome de
1975). ascendente que não conste das certidões
apresentadas, deverão ser apresentadas as
certidões necessárias para comprovar a linha
ascendente. (Redação dada pela Lei nº 14.382)
Art. 55 Art. 55
(...) (...)
Sempre se destacou, em doutrina (ver, por todos, FARIAS e ROSENVALD, 2022), que a principal
característica do nome é a sua imutabilidade relativa. Isso porque, por estar intimamente ligado
à identidade da pessoa, permitindo sua identificação no meio social, o nome civil sempre esteve
submetido à inalterabilidade, possibilitando-se a alteração apenas no prazo de um ano a partir
da maioridade civil, ou em casos excepcionais, submetidos a análise judicial.
Ocorre que há tempos se vem flexibilizando essa forma de alteração (vide, v.g., a crescente
utilização do "nome social"), sobretudo considerando-se a proeminência da dignidade da pessoa
humana em razoável detrimento de obstáculos burocráticos e de voluntarismos judiciais.
Foi com os olhos voltados à atualização da legislação de regência (relembre-se que a Lei de
Registros Públicos é do ano de 1973, anterior, portanto, à ordem constitucional vigente) que
introduziu-se, no sistema, a faculdade de que a pessoa registrada possa, após ter atingido a
maioridade civil, requerer pessoal e imotivadamente a alteração de seu prenome,
independentemente de decisão judicial.
Tal proceder poderá ocorrer extrajudicialmente por apenas uma vez e, por questões de
segurança jurídica, sua desconstituição dependerá de sentença judicial. Ainda, a averbação de
alteração do prenome conterá, obrigatoriamente, o prenome anterior e os números de
documento de identidade, inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas, passaporte e título de
eleitor registrados, dados esses que constarão expressamente de todas as certidões solicitadas.
Por fim, o oficial de registro civil poderá, fundamentadamente, recusar a retificação caso
suspeite de fraude, falsidade, má-fé, vício de vontade ou simulação quanto à real intenção da
pessoa requerente. Veja-se que os documentos serão todos mantidos, não havendo, portanto,
qualquer prejuízo a terceiros.
Art. 56. O interessado, no primeiro ano após ter Art. 56. A pessoa registrada poderá, após ter
atingido a maioridade civil, poderá, pessoalmente atingido a maioridade civil, requerer
ou por procurador bastante, alterar o nome, desde pessoalmente e imotivadamente a alteração
que não prejudique os apelidos de família, de seu prenome, independentemente de
averbando-se a alteração que será publicada pela decisão judicial, e a alteração será averbada e
imprensa. (Renumerado do art. 57, pela Lei nº publicada em meio eletrônico.(Redação dada
6.216, de 1975). pela Lei nº 14.382, de 2022)
(...)
SEM CORRESPONDÊNCIA
§ 1º A alteração imotivada de prenome poderá
ser feita na via extrajudicial apenas 1 (uma)
vez, e sua desconstituição dependerá de
sentença judicial.(Incluído pela Lei nº 14.382,
de 2022)
Nesses casos, a alteração será requerida pessoalmente perante o oficial do registro civil,
acompanhada de certidões e documentos necessários. A averbação se fará nos assentos de
nascimento e casamento, independentemente de autorização judicial.
Ainda, há expressa disposição no sentido de que os conviventes em união estável devidamente
registrada no registro civil de pessoas naturais poderão requerer a inclusão de sobrenome de seu
companheiro, a qualquer tempo, bem como alterar seus sobrenomes nas mesmas hipóteses
previstas para as pessoas casadas, e o retorno ao nome de solteiro ou de solteira do
companheiro ou da companheira será realizado por meio da averbação da extinção de união
estável em seu registro.
Art. 57. A alteração posterior de nome, somente Art. 57. A alteração posterior de sobrenomes
por exceção e motivadamente, após audiência do poderá ser requerida pessoalmente perante o
Ministério Público, será permitida por sentença do oficial de registro civil, com a apresentação de
juiz a que estiver sujeito o registro, arquivando-se certidões e de documentos necessários, e será
o mandado e publicando-se a alteração pela averbada nos assentos de nascimento e
imprensa, ressalvada a hipótese do art. 110 desta casamento, independentemente de
Lei. (Redação dada pela Lei nº 12.100, de 2009). autorização judicial, a fim de:(Redação dada
pela Lei nº 14.382, de 2022)
(...)
(...)
§6º Tanto o aditamento quanto o cancelamento da § 6º (Revogado) . (Redação dada pela Lei
averbação previstos neste artigo serão nº 14.382, de 2022)
processados em segredo de justiça. (Incluído pela
Lei nº 6.216, de 1975).
§ 7º Quando a alteração de nome for concedida em § 7º Quando a alteração de nome for concedida em
razão de fundada coação ou ameaça decorrente de razão de fundada coação ou ameaça decorrente de
colaboração com a apuração de crime, o juiz colaboração com a apuração de crime, o juiz
competente determinará que haja a averbação no competente determinará que haja a averbação no
registro de origem de menção da existência de registro de origem de menção da existência de
sentença concessiva da alteração, sem a averbação sentença concessiva da alteração, sem a averbação do
do nome alterado, que somente poderá ser procedida nome alterado, que somente poderá ser procedida
mediante determinação posterior, que levará em mediante determinação posterior, que levará em
consideração a cessação da coação ou ameaça que consideração a cessação da coação ou ameaça que
deu causa à alteração. (Incluído pela Lei nº deu causa à alteração. (Incluído pela Lei nº 9.807, de
9.807, de 1999) 1999)
Atenção:
Nos termos do Art. 110 da LRP, continua sendo possível a retificação de registro, mediante petição
assinada pelo interessado, independentemente de prévia manifestação judicial ou do Ministério
Público, nos casos de:
I - erros que não exijam qualquer indagação para a constatação imediata de necessidade de sua correção;
II - erro na transposição dos elementos constantes em ordens e mandados judiciais, termos ou requerimentos, bem como
outros títulos a serem registrados, averbados ou anotados, e o documento utilizado para a referida averbação e/ou retificação
ficará arquivado no registro no cartório;
III - inexatidão da ordem cronológica e sucessiva referente à numeração do livro, da folha, da página, do termo, bem como da
data do registro;
IV - ausência de indicação do Município relativo ao nascimento ou naturalidade do registrado, nas hipóteses em que existir
descrição precisa do endereço do local do nascimento;
V - elevação de Distrito a Município ou alteração de suas nomenclaturas por força de lei.
A partir do Art. 70-A, a conversão da união estável em casamento passa a seguir processo de
habilitação sob o mesmo rito previsto para o casamento (habilitação para o casamento), norma
que regulamenta o Art. 226, §3º da Constituição Federal.
A Resolução n. 465, que entrou em vigor na data de sua publicação, institui diretrizes para a
realização de videoconferências no âmbito do Poder Judiciário.
A proposta foi apresentada pelo conselheiro Paulo Cezar dos Passos, no dia 14 de
junho de 2022, contando com o seguinte teor, em consonância com decisões do
STF, STJ e Resolução nº 175/2013 do CNJ:
ENUNCIADO 672 – Art. 1.589, parágrafo único: O direito de convivência familiar pode ser estendido aos avós
e pessoas com as quais a criança ou adolescente mantenha vínculo afetivo, atendendo ao seu melhor
interesse. (O enunciado cancela o enunciado 333, da IV JDC).
"Não obstante, ainda que nesse momento a manutenção da medida cautelar se justifique,
volto a registrar que a suspensão não deve se estender de maneira indefinida. Na última
decisão de prorrogação da medida cautelar, registrei que os limites da jurisdição deste
relator em breve se esgotarão. Embora possa caber ao Tribunal a proteção da vida e da
saúde durante a pandemia, não cabe a ele traçar a política fundiária e habitacional do país."
Nos termos do art. 1º da Resolução PGJ nº 33, o objetivo da política em questão visa assegurar
"direitos fundamentais aos ofendidos por infrações penais, atos infracionais, desastres naturais,
calamidades públicas e graves violações de direitos humanos, garantindo-lhes acesso à informação,
comunicação, participação, verdade, justiça, diligência devida, segurança, apoio, tratamento
profissional individualizado e não discriminatório, proteção física, patrimonial, psicológica e de
dados pessoais, reparação dos danos materiais, morais e simbólicos, suportados em decorrência do
fato vitimizante."
Dentre outras práticas e ações a serem executadas, restou estabelecida a atuação preventiva e
difusa, que será norteada pelo Programa de Atenção Integral às Vítimas (Programa
Recompondo), que será executado por diversos órgãos, entre os quais este centro de Apoio
Operacional às Promotorias de Justiça Cíveis.
O evento foi aberto pela Dra. Elaine Martins Parise - Diretora do Centro de Estudos
e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF) e mediado pela Dra. Maria Carolina Silveira
Beraldo - Coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de
Justiça Cíveis (CAOCÍVEL).
FAMÍLIA
1) Diante do atual contexto do avanço da imunização nacional contra o coronavírus -
COVID-19 - e a redução concreta dos perigos causados pela pandemia, se mostra
possível e razoável a adoção da medida de prisão civil em regime fechado.
Remanescendo débito alimentar, se revela justa, necessária e adequada a decretação
da prisão civil do devedor (TJMG - AI: 10000220076756001 MG, Relator: Ana Paula
Caixeta).
2) Não cabe fixação de aluguel pelo uso exclusivo do imóvel comum enquanto o bem
estiver em comunhão entre o casal (TJGO 54929714720218090176, Relator:
Desembargador Jeova Sardinha de Moraes).
REGISTROS PÚBLICOS
1) Considerando que uma das reais funções do patronímico é diminuir a possibilidade
de homônimos e evitar prejuízos à identificação da pessoa a ponto de lhe causar
algum constrangimento, foi deferida a retificação do registro público para inserção do
sobrenome da avó materna do autor, que é advogado atuante na área criminal e
apontou a existência de homonímia com réus em ações penais (STJ - REsp: 1962674
MG 2021/0309293-3, Relator: Min. Marco Aurélio Bellizze).
2) Dissolvida a sociedade conjugal, o bem imóvel comum do casal rege-se pelas regras
relativas ao condomínio, ainda que não realizada a partilha de bens, possuindo
legitimidade para usucapir em nome próprio o condômino que exerça a posse por si
mesmo, sem nenhuma oposição dos demais coproprietários (REsp 1.840.561-SP, Rel.
Min. Marco Aurélio Bellizze, Informativo 739 – STJ).
3) O Protocolo de Las Leñas, do qual o Brasil é signatário, não traz dispensa genérica da
prestação de caução, limitando-se a impor o tratamento igualitário entre todos os
cidadãos e residentes nos territórios de quaisquer dos Estados-Partes (REsp 1.991.994-
SP, Rel. Min. Raul Araújo, Informativo 742 – STJ).
12) Se a parte autora não deu causa ao negócio fraudulento, que originou a ação
declaratória, os honorários advocatícios e as custas e despesas processuais devem ser
arbitrados com observância do princípio da sucumbência (TJMG - Apelação Cível nº
1.0000.22.022190-7/001, Rel. Des. Afrânio Vilela).
13) Não cabe recurso especial contra acórdão proferido pelo Tribunal de origem que
fixa tese jurídica em abstrato em julgamento do IRDR, por ausência do requisito
constitucional de cabimento de "causa decidida", mas apenas naquele que aplique a
tese fixada, que resolve a lide, desde que observados os demais requisitos
constitucionais do art. 105, III, da Constituição Federal e dos dispositivos do Código de
Processo Civil que regem o tema. (REsp. 1.798.374-DF, Rel. Min. Mauro Campbell
Marques, Informativo 737).
NOSSA EQUIPE