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Como muitos outros Orixás, mesmo dentro da cultura Nagô, ela se apresenta
em muitas formas. Oyá na força do tempo, da velha, pode ser entendida
como a Orixá Logunã. Oyá Egunitá, que se manifesta nas roças de
Candomblé, deu o primeiro nome da Orixá do fogo na Umbanda Sagrada, que
depois foi (re)sincretizada com Oroiná, outra Orixá do Candomblé ligada ao
elemento fogo. Todas no entanto representam Iansã, a grande guerreira em
suas múltiplas faces.
Embora seja saudada como a deusa do rio Níger, está relacionada com o
elemento fogo. Na realidade, indica a união de elementos contraditórios, pois
nasce da água e do fogo, da tempestade, de um raio que corta o céu no meio
de uma chuva, é a filha do fogo-Omo Iná.
A tempestade é o poder manifesto de Iansã, rainha dos raios, das ventanias,
do tempo que se fecha sem chover. Iansã é uma guerreira por vocação, sabe
ir à luta e defender o que é seu, a batalha do dia-a-dia é a sua felicidade.
Ela sabe conquistar, seja no fervor das guerras, seja na arte do amor. Mostra
o seu amor e a sua alegria contagiantes na mesma proporção que exterioriza
a sua raiva, o seu ódio. Dessa forma, passou a identificar-se muito mais com
todas as atividades relacionadas com o homem, que são desenvolvidas fora
do lar; portanto não aprecia os afazeres domésticos, rejeitando o papel
feminino tradicional. Iansã é a mulher que acorda de manhã, beija os filhos e
sai em busca do sustento.
Como escolheu a morte por vontade própria, tornou-se amiga e senhora dos
eguns, a quem domina e espanta com seu erukerê. Outro mito sobre o mesmo
assunto conta que, quando da morte de Oxossi, Oya fez oferendas, cantou e
dançou em homenagem ao morto, ajudando sua passagem para o Orum.
Assim, teria criado o axexê e recebido de Olorum a responsabilidade de
transportar os espíritos dos mortos para o Orum.
Outro mito conta que trabalha junto com Oxaguiã: ele retira o emi (respiração,
sopro vital que Obatalá coloca em todos os homens quando molda seu boneco de
argila e lhe confere vida) de cada morto, e Oya transporta o egum para o Orum,
onde fará o que tem que fazer para sua próxima encarnação.
mitologia
Características dos Filhos de Iansã
Para os filhos de Oyá, viver é uma grande aventura. Enfrentar os riscos e desafios
da vida são os prazeres dessas pessoas, tudo para elas é festa. Escolhem os seus
caminhos mais por paixão do que por reflexão. Em vez de ficar em casa, vão à luta
e conquistam o que desejam.